A Rádio Sol Mansi (RSM) deslocou-se, esta terça-feira (27), junto do Ministério da Educação Nacional e constatou que os estudantes construíram barracas e colocaram esteiras e panos no chão onde passam a noite. No mesmo local os estudantes construíram cozinha improvisada com fogareiros e caçarolas.
No entanto, verificou-se que a manifestação é apoiada por número significante dos estudantes das escolas privadas.
Numa entrevista á RSM, o presidente da Associação dos alunos das escolas públicas “congregados na nova frente denominada da carta 21” e igualmente coordenador da vigília, Franique Alberto da Silva, disse que os alunos vão continuar a manifestação enquanto a greve não for levantada.
“Não vamos sair daqui nem um segundo. Eles (governantes) já mandaram em nossos pais e nós também devemos ter acesso ao ensino para poder mandar em seus filhos”
Amadeu Belle Djalo, representante das organizações dos alunos das escolas privadas, diz que estão em solidariedade com os alunos da escola pública numa luta por uma causa nacional e exigimos a abertura das escolas públicas.
“As escolas privadas estão a funcionar e enquanto guineenses não podemos ficar de braços cruzados em relação a falta de aulas nas escolas públicas”.
Sidiri Indjai, representantes da Associação dos estudantes das Universidades privadas do país, apela o governo a ter uma atenção especial ao ensino que ajuda no desenvolvimento nacional.
“Vamos ficar com os estudantes o tempo necessário”.
A greve continua no sector do ensino público do país e os estudantes não desmarcam – criam estratégias de reivindicações e depois da marcha da semana passada uma outra parte dos estudantes está barricada desde o dia domingo em frente Ministério da Educação Nacional.
Para a segunda-feira, os estudantes agendaram uma manifestação até ao palácio do governo com o mesmo propósito.
Embora a aprovação do estatuto da carreia docente, os professores continuam em greve exigindo a implementação da lei e o pagamento dos salários em atraso.
Por: Elisangila Raisa dos Santos
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