© Lusa Por Lusa 28/10/24
O secretário-geral da NATO anunciou hoje que militares norte-coreanos estão a caminho de região russa de Kursk, ocupada pela Ucrânia, e exigiu à Rússia que "pare imediatamente" com o que classificou de uma "expansão perigosa" da guerra.
"Hoje posso confirmar que as tropas norte-coreanos enviadas para a Rússia estão a caminho da região de Kursk", disse Mark Rutte, numa declaração sem direito a perguntas no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas.
O secretário-geral da NATO considerou que o "envolvimento de tropas norte-coreanas é uma escalada significativa na guerra ilegal da Rússia" e é "mais uma quebra de todas as resoluções do Conselho de Segurança" das Nações Unidas.
"É uma expansão perigosa da guerra da Rússia. A NATO exige que pare imediatamente com estas ações", completou Mark Rutte.
Nas últimas duas começaram a surgir notícias de que a Coreia do Norte ia enviar militares para ajudar a Rússia na invasão à Ucrânia. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi o primeiro a fazer o alerta, durante uma visita a Bruxelas para participar na reunião do Conselho Europeu e, mais tarde, numa reunião ministerial no quartel-general da Aliança Atlântica.
Seul confirmou depois que Pyongyang estava a preparar-se para transportar militares, incluindo elementos das forças especiais, para a Rússia.
Os Estados Unidos da América e, posteriormente, a NATO confirmaram as intenções de Pyongyang e o elo mais forte com Moscovo.
A Ucrânia iniciou em 06 de agosto deste ano uma incursão no território russo e ocupou a região de Kursk. Foi a primeira vez que a integridade territorial da Rússia foi colocada em causa desde a Segunda Guerra Mundial.
A Ucrânia ocupou aquela região para tentar pressionar as tropas russas a recuar das regiões que ocuparam: Donetsk e Lugansk, e também a Crimeia, que está ocupada desde 2014.
O presidente ucraniano chegou a anunciar que o país controlava mais de 1.000 quilómetros quadrados daquela região russa e até hoje a Rússia pouco avançou em Kursk para repelir os militares ucranianos.
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