O antigo candidato às presidenciais da Guiné-Bissau Nuno Nabian considerou hoje que o anúncio do fecho das emissões da RTP e RDP-Africa significa "o fim do regime" em vigor no país.
O líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Social Democrata da Guiné-Bissau (APU-PDGB) comentava desta forma a intenção de o Governo guineense suspender a partir de dia 30 as emissões e as atividades da RTP e RDP-África na Guiné-Bissau.
A medida é a resposta do governo guineense a uma alegada ausência de resposta por parte das autoridades de Lisboa aos apelos de Bissau para a renegociação do contrato de instalação daqueles canais portugueses na Guiné-Bissau.
Nuno Nabian afirmou que nada justifica o corte das emissões dos dois órgãos públicos portugueses na Guiné-Bissau.
"Mas, como disse alguém, fechar esses canais de informação é o fim deste regime", notou o líder da APU-PDGB, acrescentando ainda que "com o aproximar do fim perde-se a noção da realidade dos factos".
Enquanto antigo estudante nos Estados Unidos da América, Nuno Nabian lembrou que era através da RTP-África que recebia as informações sobre a Guiné-Bissau, o que disse, também acontece "com muitos guineenses na diáspora".
O dirigente partidário guineense só vê uma explicação para o fecho das emissões dos dois órgãos portugueses: "A verdade (transmitida pela RTP e RDP Africa) não tem caído bem aos poderes atuais" na Guiné-Bissau, sublinhou.
MB // ANP
Lusa/Fim
24.sapo.pt
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