País registou avanços, mas relatório diz que há muito por fazer
O Departamento de Estado americano manteve Angola pelo segundo ano consecutivo no grupo de países que não cumprem todos os requisitos para combater o tráfico de pessoas.
O "Relatório sobre o Tráfico de Pessoas 2017", destaca, no entanto, os esforços realizados para combater o fenómeno e recomenda mais e melhor investigação, legislação e assistência às vítimas.
Angola tem sido durante os últimos cinco anos origem e destino de homens, mulheres e crianças ligados ao tráfico sexual e trabalhos forçados, sobretudo nas áreas da construção civil, serviços domésticos, agricultura e no mercado diamantífero.
O país continua a ser um destino de mulheres do Brasil, Namíbia, República Democrática do Congo e Vietname, para tráfico sexual, enquanto a comunidade chinesa recrutar jovens mulheres para as empresas no país, com a promessa de emprego, mas depois são forçadas a se prostituírem para pagar os custos da viagem.
O Departamento de Estado nota a criação de uma comissão interministerial que, desde 2014, tem tomado medidas e decisões com impacto no combate ao fenómeno.
O documento recomenda ao Governo angolano que aumente as investigações a situações de tráfico laboral e sexual, inclusivamente nos casos em que existe suspeita de cumplicidade de altos dirigentes do país, mais e melhor legislação para combater a "lavagem de capitais", maior fiscalização aos locais de trabalho onde as suspeitas são maiores e melhoria na assistência médica e jurídica às vítimas.
As autoridades angolanas, diz o relatório do Departamento de Estado americaro, não atingiram os requisitos mínimos em "muitas áreas", como a criação do fundo de protecção de mecanismos, bem como legislação, abrigos e serviços médicos e psicológicos às vítimas.
VOA
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