quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Putin apela ao fim das "tragédias" na Ucrânia e em Gaza

© Contributor/Getty Images

POR LUSA    22/11/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, voltou hoje ao palco internacional na cimeira do G20, apelando ao fim das "tragédias" na Ucrânia, uma guerra iniciada pela Rússia em 2022, e na Faixa de Gaza, território bombardeado há semanas por Israel.

"Eo golpe sangrento na Ucrânia em 2014 que levou à guerra do regime de Kyiv contra o seu próprio povo no Donbass [leste ucraniano], isso não vos comove?", disse o chefe de Estado russo, durante o seu discurso na cimeira em formato virtual do G20 (as 19 maiores economias mundiais mais a União Europeia), hoje organizada pela Índia.

A intervenção de Putin foi transmitida pela televisão estatal russa.

Putin, que não marca presença nas reuniões do G20 há três anos e nem sequer participou por vídeo na cimeira de setembro, igualmente organizada pela Índia, respondeu aos homólogos que se afirmaram hoje "chocados" com as consequências da "agressão" russa contra a Ucrânia.

"Sem dúvida, temos de pensar em como parar esta tragédia", admitiu o governante, referindo-se à guerra na Ucrânia.

"É claro que as ações militares são sempre uma tragédia para as pessoas e famílias, e para o país como um todo", disse, acrescentando que a Rússia "nunca" se recusou a entrar em negociações de paz com Kyiv.

Putin recordou que foi o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que proibiu por decreto as conversações com a Rússia para pôr fim aos combates, que já custaram a vida a dezenas de milhares de militares de ambos os lados.

O líder do Kremlin manifestou estar disposto a sentar-se e a negociar com Zelensky, desde que este aceite a anexação de mais quatro regiões ucranianas, uma linha vermelha intransponível para Kyiv.

No entanto, ao aludir à necessidade de pôr termo ao derramamento de sangue na Ucrânia, Putin quis destacar o que considera ser a duplicidade de critérios dos Estados Unidos e dos seus aliados.

"E o extermínio da população civil na Palestina, na Faixa de Gaza, não é chocante? E o facto de os médicos terem de operar crianças (...), usar bisturis no corpo de crianças sem anestesia, não é chocante?", questionou Putin, durante a mesma intervenção.

"E o facto de o secretário-geral da ONU dizer que Gaza se tornou um grande cemitério de crianças, não vos comove?", prosseguiu.

Putin tem adotado uma postura particularmente ativa desde o início do conflito entre o grupo islamita palestiniano Hamas e Israel, um país que se manteve fora do conflito em solo ucraniano, para o qual quase não forneceu armas, apesar da insistência de Zelensky, de origem judaica.

Embora não se tenha reunido com representantes palestinianos, Putin aprovou a visita a Moscovo de uma delegação do Hamas e aguarda a chegada do presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmud Abbas.

Ainda no discurso no G20, Putin voltou a recordar ao Ocidente que o mundo está a passar por "transformações radicais" e que grande parte do investimento se destina a África, Ásia e América Latina, regiões que albergam a maioria da população mundial, e apelou a "decisões coletivas e consensuais".

Acusou "alguns países" de desestabilizarem a economia mundial e de provocarem uma explosão inflacionista e aumentos dramáticos dos preços dos alimentos e da energia, através de políticas económicas irresponsáveis e de uma concorrência desleal.

Para inverter a atual tendência, defendeu o reforço do papel dos países em desenvolvimento nas instituições financeiras internacionais e a reforma da Organização Mundial do Comércio.

Putin voltou a partilhar o palco internacional com outros líderes ocidentais, quando se espera que, em dezembro, anuncie a sua decisão de se candidatar à reeleição nas eleições presidenciais de março de 2024.

Na ausência de sucessos no campo de batalha, a campanha eleitoral centrar-se-á no antagonismo permanente com os Estados Unidos e a NATO, que deu bons resultados no passado.

Com a desculpa da pandemia de covid-19 e da guerra, Putin não participou nas últimas três cimeiras do G20, em Itália, na Indonésia e, em setembro passado, na Índia.

Este ano, o líder russo quase não viajou para o estrangeiro, com exceção do Quirguistão e da China no mês passado.

No início deste ano, o Tribunal Penal Internacional (TPI) indiciou Putin e a comissária russa para os direitos das crianças, Maria Lvova-Belova, pelo seu alegado envolvimento em crimes relacionados com a deportação forçada de crianças da Ucrânia e emitiu mandados de captura para eles.


Forças israelitas afirmam ter intercetado míssil que visava sul do país

© Reuters

POR LUSA  22/11/23 

O exército israelita afirmou hoje ter intercetado com um avião de combate um míssil de cruzeiro que avançava em direção ao sul do país, em plena guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

"Um caça da Força Aérea Israelita intercetou com sucesso um míssil de cruzeiro que lançado em direção a Israel", disse em comunicado o Exército, após relatos de uma intrusão no espaço aéreo perto da cidade de Eilat.

"Nenhuma infiltração em território israelita foi identificada", disse o comunicado.

A guerra entre o Hamas e Israel, desencadeada pelo ataque do movimento palestiniano em solo israelita em 07 de outubro, suscita receios de uma escalada regional, envolvendo particularmente o chamado "eixo de resistência" contra Israel, que conta com grupos apoiados pelo Irão incluindo, além do Hamas, o grupo libanês Hezbollah e os rebeldes Houthi no Iémen.

No domingo, os Houthis alegaram ter apreendido um navio comercial no Mar Vermelho, o Galaxy Leader, propriedade de um empresário israelita, em retaliação contra a guerra travada por Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

O navio cargueiro foi fretado por um grupo japonês e Tóquio anunciou que abordaria diretamente os Houthis para obter a libertação da embarcação.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 47.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14 mil mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.


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COMUNICADO FINAL DO CONSELHO DOS MINISTROS _22.11.2023


   Radio Voz Do Povo


𝗢 𝗖𝗛𝗘𝗙𝗘 𝗗𝗘 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗗𝗢 𝗙𝗘𝗟𝗜𝗖𝗜𝗧𝗔 𝗢 𝗚𝗢𝗩𝗘𝗥𝗡𝗢 𝗣𝗘𝗟𝗔 𝗔𝗣𝗥𝗢𝗩𝗔ÇÃ𝗢 𝗗𝗢 𝗦𝗘𝗨 𝗣𝗥𝗢𝗚𝗥𝗔𝗠𝗔

O Presidente da República, Úmaro Sissocó Embaló, voltou hoje ao Palácio do Governo para presidir o Conselho de Ministros após atentado de "1 de Fevereiro" de 2022.

A saída da reunião com o executivo, o chefe de Estado informou que aproveitou a ocasião para felicitar o governo sob liderança do Geraldo Martins pela aprovação do seu programa no Parlamento.

Questionado sobre a sua visita às regiões, Úmaro Sissocó Embaló anunciou que vai realizar a sua "Presidência aberta" no primeiro trimestre do próximo ano.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PRESIDE CONSELHO DE MINISTROS

O Conselho de Ministros reuniu-se esta quarta-feira, 22 de Novembro de 2023, em Sessão Ordinária, sob a presidência do Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embalo.🇬🇼

Presidência da República da Guiné-Bissau

ANP: Apresentação do Relatório das Comissões Eventuais criadas na Sessão Extraordinária de Agosto de 2023

Radio Voz Do Povo 

PR Umaro Sissoco Embalo volta presidir Conselho de Ministros no Palácio do Governo depois de tentativa de golpe de estado no passado dia 1 de fevereiro de 2022.

 Radio Voz Do Povo

COREIA DO NORTE: Kim Jong-un já consegue espiar bases militares dos EUA em Guam

© Lusa

POR LUSA   22/11/23 

A Coreia do Norte revelou hoje que obteve fotografias de bases militares norte-americanas na ilha de Guam, no Oceano Pacífico, tiradas pelo satélite espião que lançou na terça-feira a bordo de um foguetão espacial.

A agência estatal KCNA noticiou que o líder Kim Jong-un viu "imagens da Base Aérea de Anderson, do Porto de Apra [onde se encontra uma base naval] e de outras áreas de importantes enclaves militares dos Estados Unidos".

As fotografias foram "tiradas do céu sobre a ilha de Guam, no Pacífico, e recebidas às 09:21 (locais, 00:21 em Lisboa] de 22 de novembro", precisou, segundo a agência espanhola EFE.

Kim terá visto as imagens durante uma visita ao centro de controlo geral da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial (NATA), em Pyongyang.

Os técnicos disseram a Kim que o satélite Malligyong-1 começará oficialmente a funcionar em 01 de dezembro, depois de sofrer ajustes durante os próximos "7-10 dias", segundo a KCNA.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos ainda não confirmaram que o satélite está numa órbita correta.

A KCNA publicou uma foto de Kim a visitar o centro na companhia do marechal Kim Jong-sik, vice-diretor do Departamento da Indústria de Munições, uma das principais figuras do programa de mísseis norte-coreano.

Divulgou outra foto das instalações mostrando apenas painéis de controlo gerais, que foram desfocados antes da publicação.

Se as afirmações do regime forem verdadeiras, as capacidades de vigilância da Coreia do Norte terão dado um grande salto em frente com a instalação deste satélite, segundo a EFE.

O Malligyong-1 permitirá detetar movimentos de tropas no nordeste asiático a diferentes horas, uma vez que o aparelho, situado numa órbita polar, dará mais de uma volta completa à Terra todos os dias.

O lançamento de terça-feira seguiu-se a duas tentativas falhadas, em maio e agosto, e foi supervisionado por Kim Jong-un.

A iniciativa foi condenada pelo Japão, pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos.

O lançamento desencadeou a ativação do sistema nacional antimíssil do Japão durante alguns minutos, através do qual foi enviada uma mensagem aos habitantes da prefeitura de Okinawa (sudoeste) recomendando-lhes que procurassem abrigo.

Os três países recordaram hoje que as sanções do Conselho de Segurança da ONU proíbem a Coreia do Norte de efetuar lançamentos espaciais, uma vez que utiliza a sua própria tecnologia de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM).

A Coreia do Sul admitiu que, para resolver os problemas técnicos registados pelo Chollima-1 em maio e agosto, Pyongyang tenha recebido assistência técnica de Moscovo em troca de armas para utilização na Ucrânia.

Seul afirmou que o Pyongyang enviou a Moscovo cerca de 2.000 contentores de equipamento militar, incluindo mais de um milhão de cartuchos de artilharia e, possivelmente, também munições para tanques, mísseis guiados antitanque ou mísseis terra-ar portáteis.

Em reação a este lançamento, Coreia do Sul suspendeu parcialmente um acordo militar com o vizinho do Norte.



Leia Também: Coreia do Norte colocou em órbita o seu primeiro satélite militar espião

𝗠𝗔𝗡𝗘𝗟𝗜𝗡𝗛𝗢 𝗗𝗘𝗦𝗔𝗙𝗜𝗔 𝗖𝗢𝗟𝗘𝗚𝗔𝗦 𝗗𝗘𝗣𝗨𝗧𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗔𝗕𝗗𝗜𝗖𝗔𝗥𝗘𝗠 𝗗𝗢𝗦 𝗦𝗘𝗨𝗦 𝗦𝗔𝗟Á𝗥𝗜𝗢𝗦 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗔𝗝𝗨𝗗𝗔𝗥 𝗢𝗦 𝗠𝗔𝗜𝗦 𝗖𝗔𝗥𝗘𝗡𝗖𝗜𝗔𝗗𝗢𝗦

O deputado da nação, Manuel Irénio Nascimento Lopes, vulgo Manelinho, anunciou hoje no parlamento guineense que, abdicou do seu salário para apoiar mulheres da sua comunidade em Bissorã, realçando a importância do seu gesto.

Na sua comunicação no período antes de ordem do dia, o representante do povo pertencente ao grupo parlamentar do MADEM-G15 desafia aos colegas deputados para copiarem a sua iniciativa de ajudar os que mais necessitam.

 Rádio Jovem Bissau

Israel divulga lista de 300 prisioneiros que deverão ser libertados

© MAHMUD HAMS/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto   22/11/23 

De acordo com o documento, entre os detidos estão pessoas dos 14 aos 59 anos, com acusações que vão desde tentativa de homicídio ao contacto com organizações hostis.

Ainda que o acordo de cessar-fogo temporário entre Israel e o grupo islâmico Hamas tenha contemplado a libertação de 150 prisioneiros palestinianos, Telavive divulgou uma lista com os nomes de 300 pessoas, a maioria das quais homens com idades entre os 17 ou 18 anos.

De acordo com o documento, entre os detidos estão pessoas dos 14 aos 59 anos, com acusações que vão desde tentativa de homicídio ao contacto com organizações hostis.

Estão também incluídos os nomes de 60 mulheres, a maioria detidas nos últimos dois anos por ofensas como colocar em causa a segurança da região, infiltrar-se em Israel sem autorização, atirar pedras, e posse de armas.

De notar que Israel aceitou o acordo para um cessar-fogo de pelo menos quatro dias na terça-feira, tendo todos os membros do Executivo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a votado a favor, exceto os três ministros do Partido do Poder Judaico (Otzma Yehudit), de extrema-direita, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.

Para o efeito, o Hamas levará os reféns para o Egito através da passagem de Rafah, em grupos diários de cerca de dez, que serão, depois, transferidos para Israel.

Por seu lado, Israel deverá libertar pelo menos 150 prisioneiros palestinianos - na maioria mulheres e menores - que não tenham sido condenados por crimes de sangue.

O Qatar detalhou, esta quarta-feira, que o início da trégua será anunciado nas próximas 24 horas, estando sujeita a prorrogação.

"O número de pessoas libertadas irá aumentar em fases posteriores da implementação do acordo", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país, em comunicado.

A entidade sublinhou ainda que cessar-fogo "irá permitir a entrada de um maior número de comboios humanitários e ajuda humanitária, incluindo combustível designado para necessidades humanitárias".

Apesar de o Hamas ter saudado o acordo, o grupo garantiu que a luta não terminou. "Confirmamos que as nossas mãos continuarão no gatilho e que os nossos batalhões triunfantes continuarão atentos", alertou a milícia, em comunicado.

Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelita declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.


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Bill Gates entrou nos esgotos de Bruxelas. Porquê? Este vídeo mostra-lhe

© @thisisbillgates/ X (antigo Twitter)

Notícias ao Minuto    21/11/23

O vídeo mostra ainda o encontro do filantropo norte-americano a falar com alguns cientistas por forma a perceber o funcionamento do sistema de esgotos de água de Bruxelas. A rede tem cerca de 320 quilómetros.

Bill Gates partilhou, no domingo, um vídeo no qual se mostra a 'passear' pelos esgotos de Bruxelas, na Bélgica, na data em que se assinala o Dia Mundial da Sanita.


"Explorei a história oculta do sistema de esgotos de Bruxelas – e o papel das águas residuais na saúde global – para a edição deste ano", escreveu o bilionário na legenda da publicação, partilhada na rede social X (antigo Twitter).

Este dia assinala-se a 19 de novembro, e foi oficialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas em 2013, por forma a alertar a população para o facto de mais de 2,4 mil milhões de pessoas não terem acesso a uma casa de banho limpa, segura e privada.

O vídeo mostra ainda o encontro do filantropo norte-americano a falar com alguns cientistas por forma a perceber o funcionamento do sistema de esgotos de água da cidade. A rede tem cerca de 320 quilómetros.

O empresário é também um ativista climático, tendo vindo a falar sobre o tema das alterações climáticas, e a realizar algumas ações para chamar a atenção da população.

Veja o vídeo na galeria acima.


"O povo ucraniano defende a sua identidade", elogia Papa depois de ver documentário

VATICAN MEDIA

SIC Notícias

A exibição do filme contou com a presença de membros do corpo diplomático do Vaticano, bem como do embaixador ucraniano na Santa Sé e outros convidados internacionais, informou a Santa Sé.

O Papa afirmou, nesta terça-feira, que "o povo [ucraniano] defende a sua identidade", depois de ver, no Vaticano, o documentário "Liberdade em chamas: a luta da Ucrânia pela liberdade", apresentado em 2022 no Festival de Cinema de Veneza.

"As guerras são sempre uma derrota e nós, que vimos esta crueldade, este povo que defende a sua identidade, devemos estar solidários com tanto sofrimento e rezar por este povo, rezar para que a paz chegue", disse o Papa Francisco no final do documentário.

A exibição do filme contou com a presença de membros do corpo diplomático do Vaticano, bem como do embaixador ucraniano na Santa Sé e outros convidados internacionais, informou a Santa Sé.

Dirigido por Evgeny Afineevsky, "Liberdade em chamas: a luta da Ucrânia pela liberdade", investiga o conflito e narra o combate do país desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro do ano passado.

"Tentei mostrar a guerra na Ucrânia através dos olhos dos civis: as pessoas que são mais atingidas e vivem as suas vidas quotidianas no meio do conflito", explicou Afineevsky na apresentação do filme em Veneza.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

África do Sul corta relações diplomáticas e acusa Israel de "genocídio"

© Reuters

POR LUSA  21/11/23 

O parlamento sul-africano votou hoje favoravelmente o corte de relações diplomáticas com Israel, tendo o Presidente Cyril Ramaphosa reiterado, durante a cimeira virtual do BRICS, as acusações de crimes de guerra e "genocídio" na Faixa de Gaza.

"O castigo coletivo de civis palestinianos através do uso ilegal da força por parte de Israel é um crime de guerra", disse o chefe de Estado sul-africano, que presidiu hoje a uma cimeira virtual extraordinária do grupo de países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre a atual situação no Médio Oriente.

"A negação deliberada de medicamentos, combustível, alimentos e água aos residentes de Gaza equivale a genocídio", declarou.

Na Cidade do Cabo, a Assembleia Nacional, onde o partido governante Congresso Nacional Africano (ANC) tem a maioria (57,50%), aprovou hoje uma moção para suspender as relações diplomáticas com Israel até que este país concorde com um cessar-fogo com o movimento islamista Hamas, considerado terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

A moção, que contou com o apoio dos partidos ANC, Economic Freedom Fighters (EFF), National Freedom Party (NFP), Pan Africanist Congress (PAC) e Al Jama-ah, incluiu ainda o encerramento da embaixada sul-africana em Telavive, bem como da embaixada israelita em Pretória.

Todavia, o Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), principal partido na oposição, o Inkatha Freedom Party (IFP), o Freedom Front Plus (FF Plus) e o African Christian Democractic Party (ACDP) votaram contra, considerando que se tratava de uma medida "míope" que excluiria a África do Sul de quaisquer conversações de paz, segundo a imprensa local.

Na sua intervenção perante os BRICS, Ramaphosa sublinhou que "as ações de Israel violam claramente o direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas e a Convenção de Genebra, lidas em conjunto com os seus protocolos."

"Nos seus ataques a civis e na tomada de reféns, o Hamas também violou o direito internacional e deve ser responsabilizado por estas ações", adiantou.

Na ótica do Presidente da África do Sul, a raiz deste conflito "é a ocupação ilegal do território palestino por Israel, conforme a resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU", que afirma que "os colonatos israelitas constituem uma violação flagrante do direito internacional".

Em comunicado, os líderes do BRICS condenaram, no final da reunião, "os atos de violência dirigidos a civis palestinianos e israelitas, incluindo crimes de guerra, ataques indiscriminados e ataques a infraestruturas civis, bem como todos os atos de provocação, incitamento e destruição".

"Enfatizamos que os civis devem ser protegidos, de acordo com o direito internacional humanitário e o direito internacional em matéria de direitos humanos", adiantou a nota, a que a Lusa teve acesso.

Os líderes do BRICS apelaram também à "responsabilização" da violência em Gaza.


Oops, he did it again! Biden comete gafe e confunde Swift com Britney

© Celal Gunes/Anadolu via Getty Images

Notícias ao Minuto   21/11/23 

Esta não é a primeira vez que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comete uma gafe. Veja o momento em que o líder confunde duas artistas, e recorde outros enganos.

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, voltou a protagonizar mais um momento caricato, na segunda-feira, durante uma cerimónia em que concedia "perdão" a perus, uma cerimónia realizada anualmente.

Durante o seu discurso, que aconteceu no dia do seu 81.º aniversário, Biden quis 'brincar' com a tradução, que 'salvou' os dois animais de serem uma refeição, e referiu que estes tinha "sorte".  Enquanto falava, quis comparar a sorte dos perus, Liberty e Bell, à que falta aos fãs de alguns artistas na hora de arranjar bilhetes.

"É mais difícil do que ter um bilhete para a Renaissance World Tour [de Beyoncé] ou para a tour da Britney. Está muito calor no Brasil agora", referiu, confundido a presença de Taylor Swift, que está agora a passar pelo Brasil com Briney Spears, conhecida por êxitos como 'Oops! … Did It Again' ou 'Toxic'.

Este não é o único momento caricato de Biden, havendo já uma lista bem completa de momentos protagonizados pelo presidente norte-americano. Em novembro do ano passado, Biden confundiu a guerra do Iraque com a da Ucrânia - por duas vezes.

Já este ano, em junho, o líder norte-americano referiu "God save de the Queen" [Deus salve a Rainha, na tradução livre], durante um discurso na Universidade de Hartford, em Connecticut - e quando Carlos III já tinha sucedido a Isabel II, que já havia morrido, não se aplicando também por isso a frase.


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ÚLTIMA HORA! Frente Sindical Da Direção Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) vem pela presente anunciar que a partir das 00:00 horas do dia 28, 29 e 30 de Novembro 2023, os Funcionários da DGCI irão Cumprir três dias de greve como acima indicado.

Junta militar na Guiné-Conacri ordena novos processos contra ex-Presidente por traição

 24.sapo.pt/    21 nov 2023 

A junta militar que governa a Guiné-Conacri ordenou novos processos contra o ex-Presidente Alpha Condé, que derrubou num golpe de Estado em 2021, por alegados atos de traição, segundo uma carta do Governo enviada ao Procurador-Geral da capital.

O ex-chefe de Estado, no poder entre 2010 e 2021, exilado na Turquia desde que foi deposto, já está a ser processado por alegados atos de corrupção, bem como por “assassínios, tortura, raptos e violações”, neste país, vizinho da Guiné-Bissau, onde a repressão das manifestações políticas é muitas vezes brutal, segundo organizações internacionais.

“Estão ordenados (…) a iniciar processos judiciais por supostos atos de traição, conspiração criminosa e cumplicidade na posse ilícita de armas e munições contra o Professor Alpha Condé, ex-Presidente da República”, escreveu o ministro da Justiça, Alphonse Carlos Wright.

“Foi levado ao conhecimento do Ministro da Justiça (…) que Alpha Condé, em conjunto com o senhor Fodé Moussa Mara”, um famoso blogueiro, se terão “apoderado de munições e materiais relacionados”, disse Wright na carta pública datada de segunda-feira.

O ministro não forneceu mais informações sobre a natureza e a quantidade de armas.

Em 2010, Alpha Condé tornou-se o primeiro Presidente democraticamente eleito da Guiné-Conacri, após décadas de regimes autoritários ou ditatoriais, mas o seu desejo de permanecer no poder e de concorrer a um terceiro mandato suscitou fortes protestos até à sua queda e que foram violentamente reprimidos.

Após o golpe de Estado de 2021, o coronel Mamady Doumbouya foi empossado Presidente e, sob pressão internacional, comprometeu-se a entregar o poder aos civis eleitos no prazo de dois anos, a partir de janeiro de 2023.

E prometeu reconstruir um Estado minado por divisões e pela corrupção considerada endémica. O seu Governo iniciou um grande número de processos contra pessoas próximas do antigo Presidente Condé.

O golpe de 05 de setembro de 2021 é um dos vários que abalaram a África Ocidental desde que os coronéis tomaram o poder no Mali, em agosto de 2020.


Grávida e bebé morrem após parto em casa em França

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Notícias ao Minuto   21/11/23 

Mulher, de 37 anos, estava a ser assistida por uma parteira, mas sentiu-se mal e sofreu uma paragem cardiorespiratória.

Uma mulher grávida morreu, junto com o bebé, na noite de sexta-feira, durante um parto em casa na Ille-et-Vilaine, França.

De acordo com o Le Télégramme, a parteira que assistia ao parto ligou para o número de emergência médica quando a grávida começou a sentir-se mal. Contudo, quando os paramédicos chegaram ao local, a situação já era muito grave.

A mulher ainda foi transportada para o hospital, mas já não havia nada a fazer. Acabou por falecer.

Os médicos tentaram ainda salvar o bebé, através de uma cesariana de emergência mas este também acabou por morrer.

O caso está agora a ser investigado.


Declaração do deputado do MADEM G-15 José Carlos Macedo Monteiro após a saída de audiência na Procuradoria Geral da República.

Radio TV Bantaba 

PM Geraldo Martins Preside Cerimónia de Celebração do dia Mundial da Pesca e inauguração do Centro de Pescas Artisanal Anssumane Mané Corona

Radio TV Bantaba 

Quénia pede fim de relações UE-África de "ciclos de dívida e dependência"

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POR LUSA   21/11/23 

O Presidente do Quénia pediu hoje à União Europeia que "redefina" a cooperação internacional e deixe de assentar as relações com África em "ciclos de dívida e dependência", num discurso centrado também nos desafios das alterações climáticas.

William Ruto apelou, num discurso proferido no plenário do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, ao fim das políticas europeias baseadas em dependências, que acabam por promover a "fragilidade económica" dos países africanos. "O Ocidente contra o Oriente é contraproducente", alertou.

Na opinião do líder queniano, é necessária uma "nova era de cooperação e colaboração", centrada nos desafios globais, porque "há ameaças que transcendem as fronteiras e os mares".

"É altura de adotarmos uma abordagem comum às alterações climáticas, à desigualdade e aos conflitos", afirmou.

Observando que o aumento do custo de vida, a tensão orçamental e os desafios migratórios estão a enfraquecer a solidariedade internacional, apelou à UE para que colabore com os países africanos na gestão da migração, abordando as causas profundas da migração ilegal.

O Presidente queniano disse ainda aos eurodeputados que as decisões tomadas agora irão moldar o século XXI, pelo que os instou a serem "visionários" e a investirem num futuro marcado pela "colaboração, solidariedade e compromisso".

África não pode cair na "dependência energética" e deve apanhar o comboio da energia sustentável, seguindo esse caminho com o resto do mundo, para o que precisa de financiamento que não gere encargos a longo prazo ou relações baseadas na extração de matérias-primas, sublinhou ainda o chefe de Estado queniano.

Financiar um país africano custa cinco vezes mais do que um país ocidental, o que é "indefensável, tanto económica como moralmente", afirmou.

A arquitetura financeira global que gera "ciclos de dívida" para os países em desenvolvimento "pode ser mudada", disse William Ruto, "mas é necessária vontade coletiva e novas formas de cooperação baseadas em estratégias mutuamente benéficas", acrescentou.


Sessão Parlamentar Terça-F. 21/11/2023

 Radio TV Bantaba 

Escovar mal os dentes afeta mais a saúde do que pensa... E não falamos apenas das cáries. Saiba tudo.

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Notícias ao Minuto   21/11/23 

À partida, as cáries são logo a primeira coisa em que se pensa quando se fala de higiene oral. Contudo, não é apenas a única coisa com que se deve preocupar. Existem outros problemas que podem surgir quando não faz a correta escovagem dos dentes.

Segundo Elena Figuero, professora de odontologia da Universidade Complutense, em Espanha, "mais de 50 doenças podem ser causadas ou agravadas pela doença periodontal", explicou em entrevista ao jornal El Pais.

"Podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como doenças coronárias e ataques cardíacos", continua Juan Carlos Pérez, presidente da Sociedade Espanhola de Ortodontia e Ortopedia Dentofacial.

As doenças cardiovasculares não são as únicas com que se deve preocupar. Também a diabetes pode ser outra das consequências. "Pessoas diabéticas que não cuidam  corretamente da sua saúde oral têm maior dificuldade em controlar o nível de açúcar no sangue", refere Juan Carlos Pérez. 

Também a artrite pode estar relacionada com a má escovagem dos dentes. As bactérias acabam por entrar no estômago e na corrente sanguínea através da saliva. Podem chegar às articulações e causar inflamação.


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Os Deputados da Nação aprovaram hoje, segunda-feira (20.11) por unanimidade a adesão da Guiné-Bissau no Exim Bank África.

 Radio Voz Do Povo

Líder da Bancada de PAI TERRA RANKA Califa Seidi, fala a imprensa momentos após da discussão e aprovação do Projecto de Resolução sobre a celebração do Centenário de Amílcar Lopes Cabral em 2024.

 
Radio Voz Do Povo

Calor causou 70 mil mortes na Europa em 2022

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POR LUSA   21/11/23 

Um estudo divulgado hoje pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) indica que cerca de 70 mil pessoas podem ter morrido em toda a Europa, em 2022, na sequência das temperaturas de calor extremo.

Em comunicado, o ISGlobal explicou que a investigação, publicada na revista The Lancet Regional Health-Europe, revê em alta as estimativas feitas até agora sobre as mortes associadas às temperaturas recorde registadas no verão do ano passado no continente europeu.

Os autores reconhecem que, num estudo publicado anteriormente na revista Nature Medicine, a metodologia utilizada, baseada em médias semanais de temperatura, subestimava a mortalidade atribuída ao calor, uma vez que são necessários dados diários para estimar com precisão o impacto dos picos de temperaturas extremas.

Publicada em julho, essa primeira investigação estimava a morte de 62.800 pessoas no ano passado.

Os investigadores aplicaram agora uma análise exaustiva dos dados, recolhendo séries diárias de temperatura e mortalidade em 147 regiões de 16 países europeus entre 1998 e 2004, e compararam depois as estimativas de mortalidade relacionadas com o calor e o frio a diferentes níveis de classificação: semanas, quinzenas e meses.

Os dados revelaram diferenças nas estimativas epidemiológicas consoante a escala temporal de classificação e confirmaram que o resumo dos dados diários em períodos de tempo superiores a um dia subestima o impacto das temperaturas na mortalidade.

Concretamente para o período entre 1998 e 2004, o modelo de dados diários estimou a mortalidade relacionada com o frio e o calor em 290.104 e 39.434 mortes prematuras, respetivamente, enquanto o modelo semanal apresentou valores 8,56% e 21,56% inferiores para estas duas estimativas.


Dez mortos após atropelamento de apoiantes do presidente da Libéria

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POR LUSA   21/11/23 

Pelo menos dez pessoas morreram após um automóvel ter avançado na segunda-feira à noite contra uma multidão de apoiantes de Joseph Boakai, disse o partido do veterano político, declarado vencedor das eleições presidenciais na Libéria horas antes.

"Dez pessoas morreram", disse o porta-voz do Partido da Unidade, Mohammed Ali, à agência de notícias France-Presse (AFP), acrescentando que tinha poucas dúvidas de que tinha sido um ato deliberado do motorista, que fugiu.

"Achamos difícil acreditar que o carro teve um problema mecânico ou que o travão falhou, pois disseram-nos que estava estacionado [perto], acendeu os faróis e acelerou em direção" à multidão, disse Ali.

O porta-voz disse que o ataque aconteceu depois das 21:00 (22:00 em Lisboa), quando apoiantes de Boakai comemoravam a vitória em frente aos escritórios do Partido da Unidade, no centro da capital, Monróvia.

Um oficial da polícia da Libéria, Melvin Sacko, disse que o veículo se incendiou após atingir a multidão e indicou que pelo menos 16 pessoas, 12 homens e quatro mulheres, foram transportadas para o mesmo hospital.

A polícia está a tentar localizar outras vítimas em outros hospitais, disse Sacko à AFP por telefone.

Questionado sobre a causa do incidente, o oficial respondeu que "a investigação ainda está em curso". "Não sabemos onde está o motorista", admitiu.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram muitas pessoas ensanguentadas caídas no chão, algumas a receber assistência, outras com dificuldades em andar.

Joseph Boakai foi na segunda-feira declarado vencedor das eleições presidenciais contra o atual presidente George Weah, pela Comissão Eleitoral Nacional, depois de terem sido contados os boletins de todas as assembleias de voto.

Boakai, de 78 anos, venceu com 50,64% dos votos, contra 49,36% de Weah, declarou à imprensa a presidente da Comissão Eleitoral Nacional (CNE), Davidetta Browne Lansanah.

O veterano ficou à frente de Weah por apenas 20.567 votos, num universo de pouco mais de 1,6 milhões de eleitores.

Weah, uma antiga estrela do futebol eleita em 2017, reconheceu a vitória do adversário, num discurso difundido na emissora pública na sexta-feira à noite.

Os observadores da União Europeia e da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) tinham felicitado a Libéria pelo desenrolar "largamente pacífico" da segunda volta das presidenciais.

No entanto, a CEDEAO indicou ter registado incidentes isolados nas províncias de Lofa, Nimba, Bong e Montserrado, que resultaram em "ferimentos e hospitalizações".

Este foi o primeiro ato eleitoral realizado sem a presença da missão da ONU (2003-2018), criada para garantir a paz após as guerras civis que causaram mais de 250 mil mortos entre 1989 e 2003.

Os confrontos durante a campanha causaram várias mortes antes da primeira volta e fizeram temer uma vaga de violência pós-eleitoral.


Israel chama embaixador na África do Sul para consultas

© Getty Imagens

POR LUSA  20/11/23 

Israel anunciou hoje a retirada do seu embaixador na África do Sul, depois de Pretória ter chamado todos os diplomatas destacados em Israel e na véspera de uma cimeira virtual dos BRICS sobre a guerra em Gaza.

"Na sequência das últimas declarações sul-africanas, o embaixador israelita em Pretória foi chamado a Jerusalém para consultas", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lior Haiat, na rede social X (antigo Twitter), sem especificar a natureza dessas declarações.

Os líderes do grupo de países emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin, vão reunir-se virtualmente na terça-feira para discutir "a situação em Gaza e no Médio Oriente".

Os BRICS defendem um equilíbrio mundial mais inclusivo, menos influenciado pelos Estados Unidos e pela União Europeia em particular.

Esta "reunião conjunta extraordinária" sobre Gaza será liderada pelo chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, presidente em exercício dos BRICS, anunciou a presidência sul-africana num comunicado de imprensa.

A África do Sul é um dos países mais críticos do bombardeamento maciço da Faixa de Gaza por Israel, em represália pelos ataques sangrentos do movimento islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro.

Em 06 de novembro, Pretória anunciou a decisão de chamar os seus diplomatas destacados em Israel para consultas, para "assinalar" a sua "preocupação".

"Como sabem, estamos extremamente preocupados com os contínuos assassínios de crianças e civis inocentes nos Territórios Palestinianos e acreditamos que a resposta de Israel se tornou um castigo coletivo", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros sul-africana, Naledi Pandor.

Há muito que Pretória é um sólido apoiante da causa palestiniana, com o ANC, o partido no poder desde o advento da democracia no país, a estabelecer frequentemente paralelos com a sua própria luta histórica contra o regime de segregação racial 'apartheid'.


segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Fenómeno estranho nos céus de Portugal? Exército francês esclarece... No sábado, houve quem visse clarões no céu.

© Twitter/Márcio Santos - Meteorologia e Ambiente

Notícias ao Minuto    20/11/23 

No sábado surgiram nas redes sociais alegações de que se estavam a assistir a clarões no céu. O fenómeno parecia ter sido avistado no sudoeste da Europa, com Portugal incluído.

Por cá, o meteorologista Márcio Santos era um dos primeiros a dar conta de uma situação estranha nos céus nacionais e questionava outros internautas se tinham assistido à situação. 

"Vários relatos de vários pontos do país dão conta de algo que parece ter explodido na atmosfera e há imagens. Alguém sabe do que se tratou?", questionou.

O mesmo fenómeno teria sido visto na Itália e em França. E a explicação para o sucedido surgiu mais tarde.

O Exército francês viria a esclarecer que havia lançado um míssil de uma das suas bases no sudoeste do país.

"Este foi o primeiro disparo de uma versão do míssil M51 na sua versão M51.3", esclareceu.



Israel bombardeia posições do Hezbollah no Líbano em resposta a ataques

© Lusa

POR LUSA    20/11/23 

O exército israelita atacou hoje alvos do grupo xiita libanês Hezbollah em resposta ao disparo de vários obuses a partir do sul do Líbano, em mais um dia de troca de tiros na zona fronteiriça.

Um comunicado militar israelita indicou que o exército utilizou "tanques, um avião de combate e um helicóptero" para atacar "as infraestruturas terroristas do Hezbollah no Líbano", em resposta ao bombardeamento de várias comunidades fronteiriças e ao incêndio de uma base militar.

O exército anunciou também que registou uma tentativa de ataque a partir do Líbano com três 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) e 25 outros projéteis, alguns dos quais foram intercetados pelos sistemas de defesa aérea, enquanto outros atingiram zonas despovoadas.

Segundo o comunicado, as tropas israelitas também atacaram "uma célula terrorista que tentava lançar mísseis antitanque".

Os ataques de hoje marcam um novo dia de violência na zona fronteiriça, onde os confrontos armados entre Israel e as milícias palestinianas do Líbano e do Hezbollah têm ocorrido diariamente desde 08 de outubro, um dia depois do início da guerra entre o exército israelita e o Hamas na Faixa de Gaza, que levou a uma escalada de tensão em toda a região.

Segundo os números divulgados domingo pelo ministro da Defesa israelita, Yoav Galant, o Hezbollah disparou mais de mil projéteis contra Israel desde a atual escalada de tensão na fronteira, a mais grave desde a guerra de 2006 entre o exército israelita e o grupo xiita.

Desde o início das hostilidades na região, pelo menos 103 pessoas foram mortas: 10 em Israel - sete soldados e três civis - e pelo menos 93 no Líbano, incluindo 72 membros do Hezbollah, oito membros das milícias palestinianas e 13 civis, contando com um operador de câmara da Reuters e três crianças. 

As trocas de tiros provocaram também a retirada de dezenas de milhares de habitantes de cidades de ambos os lados da fronteira.



Leia Também: Gaza. Israelitas terão extraído importantes informações a 300 capturados

Guterres rejeita que "protetorado" da ONU em Gaza seja solução

© Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images

POR LUSA    20/11/23 

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, rejeitou hoje que Gaza se torne "protetorado da ONU" depois da guerra, defendendo em alternativa uma "transição" envolvendo múltiplos atores, nomeadamente os Estados Unidos e os países árabes.

"É importante poder transformar esta tragédia em oportunidade e, para que isso seja possível, é essencial que depois da guerra avancemos de forma decisiva e irreversível em direção a uma solução de dois Estados", disse António Guterres à imprensa na sede da ONU.

Isto requer que "a responsabilidade por Gaza seja assumida por uma Autoridade Palestiniana fortalecida", mas esta "não pode ir para Gaza com os tanques israelitas", pelo que "a comunidade internacional deve considerar um período de transição", adiantou.

"Não creio que um protetorado da ONU em Gaza seja uma solução. Penso que precisamos de uma abordagem multilateral, onde diferentes países, diferentes entidades, irão cooperar", disse Guterres.

Guterres mencionou entre estes atores os Estados Unidos, "fiadores" da segurança de Israel, e os países árabes da região, "essenciais" para os palestinianos.

"Todos devem unir-se para criar as condições para uma transição", afirmou.

Guterres também denunciou, mais uma vez, "violações do direito humanitário internacional e violações da proteção de civis em Gaza".

O secretário-geral frisou que o assassínio de crianças na Faixa de Gaza na guerra entre Israel e o Hamas "não tem precedentes" em nenhum outro conflito desde que assumiu a liderança das Nações Unidas.

Guterres respondia a uma pergunta da imprensa sobre se os ataques de fim de semana a duas escolas da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) constituem crimes de guerra.

O ex-primeiro-ministro português disse que não é da sua responsabilidade fazer esse tipo de avaliação, mas que, olhando apenas para o número de menores mortos durante as hostilidades, as crianças em Gaza morrem a um ritmo superior a qualquer outro conflito.

Guterres apontou para os relatórios da ONU sobre crianças mortas em conflitos ao longo de um ano, que teve de apresentar em diversas ocasiões, e disse que, até agora, o número mais elevado correspondia ao Afeganistão, onde mais de 900 crianças morreram em 2018.

"Sem entrar em discussões sobre a precisão dos números publicados pelas autoridades 'de facto' em Gaza, o que fica claro é que em poucas semanas tivemos milhares de crianças" mortas, disse o secretário-geral.

O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela UE e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.