quarta-feira, 23 de agosto de 2023
Ucrânia. Kyiv anuncia destruição de sistema de mísseis russo na Crimeia
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POR LUSA 23/08/23
O serviço de informações militares da Ucrânia (GUR) anunciou hoje a destruição de um sistema russo de mísseis de médio e longo alcance S-400 na Península da Crimeia, na sequência de "uma explosão".
A explosão ocorreu "perto da aldeia de Olenivka, no Cabo Tarkhankut, na Crimeia temporariamente ocupada", disse o GUR num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
"Como resultado da explosão, a própria instalação, os mísseis nela instalados e o pessoal foram completamente destruídos", afirmou.
Os serviços de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia não especificaram a origem da explosão.
O anúncio foi acompanhado de um vídeo que divulgaram nas redes sociais, em que se vê uma explosão.
"Dado o número limitado de tais complexos no arsenal do inimigo, este é um golpe doloroso para o sistema de defesa aérea dos ocupantes, que terá um sério impacto em eventos futuros na Crimeia ocupada", acrescentou o GUR.
Esta última declaração aponta para uma intensificação dos ataques com 'drones' (aparelhos sem tripulação) contra infraestruturas militares na Crimeia, segundo a EFE.
Nas últimas semanas, a Ucrânia intensificou os ataques a portos, aeródromos e outras instalações militares estratégicas dentro da Federação Russa ou em territórios ocupados como a Crimeia.
O exército ucraniano e os serviços secretos desenvolveram 'drones' de ataque aéreo e marítimo de longo alcance com os quais atingiram alvos que as forças de Kyiv não conseguiram alcançar nas fases anteriores da guerra.
As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
A Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014.
Após a invasão de 24 de fevereiro de 2022, Moscovo também declarou como anexadas as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania da Federação Russa nas cinco regiões anexadas.
Kyiv exige a retirada das forças russas de todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, e a reposição das fronteiras definidas em 1991, quando se tornou independente após o colapso da União Soviética, de que fez parte.
Leia Também: Ucrânia diz que ataques destruíram 270 mil toneladas de cereais num mês
CHINA: Prédio de 27 andares consumido pelas chamas na China. As imagens
© Reprodução/X
Notícias ao Minuto 23/08/23
As chamas foram combatidas por mais de 280 operacionais, apoiados por 62 viaturas, de 23 corporações diferentes.
Um incêndio deflagrou, na terça-feira, num prédio de 27 andares na cidade de Tianjin, na China. Segundo a agência de notícias Reuters, não há registo de vítimas mortais ou feridos.
As chamas deflagraram no Edifício Xintiandi, na Nanjing Road, pelas 14h30 locais (7h30 em Lisboa), e foram combatidas por mais de 280 operacionais, apoiados por 62 viaturas, de 23 corporações diferentes, segundo indicou o corpo de bombeiros de Tianjin na rede social chinesa WeChat.
De acordo com a Reuters, pelas 16h10 locais (09h10 em Lisboa) não havia registo de pessoas presas no edifício ou feridas.
Na plataforma Weibo, um residente revelou que o edifício ficou "completamente vermelho" ao ser consumido pelas chamas.
Pode ver imagens do incêndio.👇
Ucrânia? "Pôr fim à guerra desencadeada pelo Ocidente", defende Putin
© Reuters
Notícias ao Minuto 23/08/23
O presidente da Rússia defende que, "com ajuda dos países ocidentais, foi realizado um golpe de Estado" na Ucrânia, em 2014, e depois foi "desencadeada uma guerra" contra quem não concordava com a revolução.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu, esta quarta-feira, que a chamada "operação militar especial" na Ucrânia teve como objetivo "pôr fim à guerra que foi desencadeada pelo Ocidente e os seus satélites" contra "as pessoas que vivem no Donbass.
"A Rússia decidiu apoiar as pessoas que lutam pela sua cultura, pelas suas tradições, pela sua língua, pelo seu futuro. As nossas ações na Ucrânia são ditadas por apenas uma coisa - pôr fim à guerra que foi desencadeada pelo Ocidente e os seus satélites na Ucrânia contra as pessoas que vivem no Donbass", disse no seu discurso por videoconferência, na 15.ª cimeira dos BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, citado pela agência de notícias TASS.
Putin, que discursou à distância devido a um mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), afirmou que o "desejo" do Ocidente em manter a hegemonia no mundo "levou a uma grave crise na Ucrânia".
"Primeiro, com ajuda dos países ocidentais, foi realizado um golpe de Estado inconstitucional neste país, e depois uma guerra foi desencadeada contra aquelas pessoas que não concordaram com este golpe", defendeu Putin, referindo-se à revolução ucraniana de 2014, que levou à deposição do presidente pró-russo, Viktor Yanukovych.
"A guerra é cruel, a guerra de extermínio dura há oito anos", afirmou Putin.
Falando perante os líderes dos BRICS, o presidente russo afirmou que todos "são unânimes a favor da formação de uma ordem mundial multipolar que seja verdadeiramente justa e baseada no direito internacional, respeitando ao mesmo tempo os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, incluindo a soberania e o respeito pelo direito de cada povo ao seu próprio modelo de desenvolvimento".
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 16 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Guiné. Comerciantes questionam decisão de baixar preço do arroz
Gabú: “aumento do preço dos produtos, a redução de rendimento, deficuldades sobrevivência e acesso a água potável ” são as constatações da UBUNTU e UN-HABITAT, através do inquérito no período da pandemia do Covid’19.
Irpin e Bucha: as duas paragens "simbólicas" na agenda de Marcelo durante a visita à Ucrânia
Marcelo Rebelo de Sousa chegou esta manhã à Ucrânia para a primeira visita de Estado ao país desde o início da invasão russa.
O Presidente da República vai visitar dois dos locais que foram palco das maiores atrocidades da guerra - Bucha e Irpin.
O enviado especial da CNN Portugal à Ucrânia explica em detalhe o que está na agenda de Marcelo Rebelo de Sousa para esta visita de dois dias.
Por cnnportugal.iol.pt 23/08/23
GUERRA NA UCRÂNIA: Tanques russos expostos nas ruas da capital ucranianas. As imagens
Notícias ao Minuto 22/08/23
A exposição foi colocada devido ao Dia da Independência da Ucrânia, que se assinala na próxima quinta-feira, 24 de agosto.
Uma rua central de Kyiv, na Ucrânia, é palco para uma exposição de tanques russos danificados no âmbito da guerra no país.
De acordo com a Reuters, a exposição foi colocada devido ao Dia da Independência da Ucrânia, que se assinala na próxima quinta-feira, 24 de agosto.
Nas imagens, é possível ver a vida a 'circular' nas ruas da capital ucraniana, com pessoas em esplanadas enquanto os tanques russos estão no exterior também.
Também foram fotografas crianças que visitam o local, acompanhadas por adultos, e ainda um casal - ambos vestidos de noivos.
Veja as imagens na galeria.👇
Leia Também: Tribunal de Haia ouvirá Rússia em setembro sobre caso iniciado por Kyiv
NÍGER: Emboscada de extremistas islâmicos no Níger resulta em 12 soldados mortos
© Djibo Issifou/picture alliance via Getty Images
POR LUSA 22/08/23
Doze soldados nigerinos foram mortos no domingo numa emboscada executada por presumíveis combatentes extremistas islâmicos na região de Tillabéri (sudoeste do Níger), assolada pela violência dos grupos armados, anunciou hoje a televisão estatal.
Uma missão de operações da Guarda Nacional "foi alvo de uma emboscada" no domingo, por volta das 17h30 locais (16h30 TMG), perto da aldeia de Doukou Saraou, na comuna de Anzourou, na região de Tillabéri, noticiou a Télé Sahel.
"Doze dos nossos soldados" foram "mortos", acrescentou a estação pública de televisão nigerina.
A Télé Sahel refere ainda que a "reação" da guarda "infligiu pesadas perdas ao inimigo", sem indicar o número de mortos.
As vítimas foram enterradas na presença do tenente-coronel Maïna Boucar, o novo governador militar de Tillabéri, informou a estação de televisão.
A região de Tillabéri situa-se na chamada zona das "três fronteiras" entre o Níger, o Burkina Faso e o Mali, um território com forte presença de combatentes de grupos extremistas islâmicos filiados na Al-Qaida e Estado Islâmico.
Há anos que esta parte do Níger é regularmente alvo de ataques destes grupos armados, apesar do destacamento em larga escala de forças anti-extremistas.
Na semana passada, pelo menos 17 soldados nigerinos foram mortos e 20 ficaram feridos numa emboscada levada a cabo por supostos extremistas islâmicos armados no departamento de Torodi, perto da fronteira com o Burkina Faso, segundo o Ministério da Defesa nigerino.
O "agravamento da situação de segurança" no Níger foi um dos principais argumentos invocados pelos membros do regime militar que tomou as rédeas do país na sequência do golpe de Estado de 26 de julho, que derrubou o Presidente, Mohamed Bazoum.
De acordo com a organização não-governamental Acled, que regista as vítimas de conflitos em todo o mundo, nos primeiros seis meses de 2023, os ataques no país contra civis diminuíram 49% em relação aos primeiros seis meses de 2022, e o número de mortos 16%.
Leia Também: O Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, deposto em 26 de julho e detido desde então, não se demite e "decidiu lutar para salvaguardar a democracia", garantiu a sua filha numa carta aberta publicada no diário francês Le Figaro.
Três mortos em ataque com 'drones' na região russa de Belgorod
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POR LUSA 23/08/23
Três pessoas morreram hoje num ataque de um 'drone' ucraniano na região russa de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, disse o governador regional, Vyacheslav Gladkov, na plataforma de mensagens Telegram.
"Três civis foram mortos na aldeia de Lavy, no distrito de Valuysk", escreveu Gladkov.
"As forças armadas ucranianas lançaram um engenho explosivo a partir de um 'drone' no momento em que as pessoas estavam na rua", acrescentou.
O presidente da autarquia de Moscovo já tinha afirmado esta madrugada que a defesa aérea russa abatera dois 'drones' em Moscovo e na região da capital, alvo pelo sexto dia consecutivo de ataques.
"Ontem à noite [terça-feira], a defesa aérea abateu um 'drone' no bairro de Mojaiski, na região de Moscovo. O segundo 'drone' atingiu um edifício em construção na cidade", declarou Sergei Sobyanin na plataforma de mensagens Telegram, acrescentando que, segundo as primeiras informações, não houve vítimas.
A agência de notícias russa RIA Novosti noticiara uma "explosão" na zona comercial da cidade de Moscovo.
O tráfego aéreo nos aeroportos internacionais de Moscovo Domodedovo, Sheremetyevo e Vnukovo chegou a ser interrompido, informou também a TASS.
O território russo tem sido alvo de ataques de 'drones' quase diariamente. Na madrugada de terça-feira, dois aparelhos foram abatidos sobre a região de Moscovo, nomeadamente em Krasnogorsk, a noroeste da capital, onde as janelas de um edifício foram destruídas.
Durante o verão, foram destruídas aeronaves sobre a zona comercial de Moscovo e, em maio, dois 'drones' foram abatidos perto do Kremlin.
terça-feira, 22 de agosto de 2023
EUA: Wagner torna países africanos "mais pobres, débeis e menos seguros"
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POR LUSA 22/08/23
A embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse hoje no Conselho de Segurança que a presença do grupo paramilitar russo Wagner em vários países africanos tornou estes "mais pobres, mais fracos e menos seguros".
A diplomata falava durante uma sessão dedicada à situação na Líbia e aludia à presença do grupo de segurança privada, formado por mercenários, no Mali, Burkina Faso, Níger e Sudão.
Segundo Thomas-Greenfield, a atividade da Wagner nestes países e na Líbia tem "um impacto pernicioso" e, por isso, insistiu em que se deve colocar a tónica na sua presença, que nem sempre é oficialmente reconhecida em Moscovo ou nos países africanos.
Na segunda-feira, o chefe da Wagner, Yevgeny Prigozhin, apareceu em vídeo pela primeira vez desde o fracassado motim de 24 de junho contra o Kremlin, e sugeriu que regressou a África para tornar a Rússia "ainda maior em todos os continentes".
No vídeo, Prigozhin não diz explicitamente que está em África, mas aparece numa paisagem semelhante à savana africana e afirma que a temperatura à sua volta é de 50 graus.
"Justiça e felicidade para os povos africanos", proclama o chefe da Wagner na mensagem de video, na qual afirma que o seu grupo paramilitar é o "pesadelo" do [grupo extremista] Estado Islâmico, da Al-Qaida "e de outros bandidos".
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse à BBC, há dias, que o grupo Wagner está a "tirar partido" da instabilidade no Níger, embora tenha afirmado não acreditar que a Rússia esteja por detrás do recente golpe, insistindo que "onde quer que este grupo Wagner tenha ido, a morte, a destruição e a exploração seguiram-no".
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COSTA DO MARFIM: "Importância global"? Descoberto depósito de manganês na Costa do Marfim
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POR LUSA 22/08/23
Um depósito de manganês de possível "importância global" foi descoberto no norte da Costa do Marfim, anunciou a empresa australiana Mako Gold Limited em comunicado.
Os resultados da perfuração realizada este ano em Uangolodougou "confirmam a possibilidade de uma descoberta de manganês de importância global", disse o diretor-geral da Mako Gold Limited, Peter Ledwidge, citado num comunicado divulgado pela agência France-Presse.
A área de cada uma das duas parcelas perfuradas até 50 metros de profundidade é de cerca de sete quilómetros de comprimento e um quilómetro de largura.
Um dos próximos passos será realizar "um levantamento geofísico para avaliar a largura e profundidade" do depósito, avançou Ledwidge, sem especificar uma data.
"A Costa do Marfim é um dos 10 maiores produtores mundiais de manganês", segundo a empresa australiana.
De acordo com o Ministério de Minas e Petróleo da Costa do Marfim, o país tem quatro minas deste mineral, localizadas em Bondoukou (leste), Guitry (sul), Kaniasso (noroeste) e Lagnonkaha (norte).
A produção deste metal, o quarto mais utilizado no mundo, depois do ferro, cobre e alumínio, ascendeu a 1.325.525 milhões de toneladas em dezembro de 2020, um aumento de 12,16% face a 2019.
MIGRAÇÕES: Morreram já mais de 2.000 migrantes no Mediterrâneo Central este ano
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POR LUSA 22/08/23
Roma, 22 ago 2023 (Lusa) -- Mais de 2.000 migrantes terão morrido na rota do Mediterrâneo Central desde o início do ano, indicou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM), receando, no entanto, que o número real de vítimas seja muito superior.
A rota do Mediterrâneo Central, considerada como uma das mais mortíferas, sai da Argélia, Tunísia e Líbia em direção à Europa, nomeadamente para as costas italianas e maltesas.
"Até à data, 2.013 migrantes morreram no Mediterrâneo Central em 2023, segundo dados atualizados da OIM", revelou o porta-voz desta organização do sistema das Nações Unidas, Flavio di Giacomo, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
O porta-voz admitiu que este número é "uma estimativa revista em baixa".
"As frágeis embarcações que zarpam da Tunísia provocaram provavelmente muitos naufrágios que não são conhecidos", afirmou.
À agência noticiosa espanhola EFE, o porta-voz da OIM esclareceu que as 2.013 mortes confirmadas pela organização são apenas referentes à rota migratória do Mediterrâneo Central, onde 974 pessoas morreram no mesmo período em 2022.
Para toda a zona do Mediterrâneo (que engloba outras duas rotas migratórias), o número oficial de vítimas é de 2.265. O Mediterrâneo Oriental (da Turquia para a Grécia) e o Mediterrâneo Ocidental (de Marrocos para Espanha) são as outras rotas migratórias da região.
De acordo com os últimos dados oficiais do Governo de Itália, mais de 100 mil migrantes chegaram ao país desde o início do ano, um aumento de mais de 115% em relação ao mesmo período de 2022, muito impulsionado pela crise política, económica e social na Tunísia, de onde fogem milhares de migrantes subsarianos, situação que levou o executivo italiano a declarar o "estado de emergência migratória" em maio passado.
"Não existe uma emergência numérica, mas sim uma emergência humanitária", afirmou o porta-voz da OIM, insistindo que o número real de mortos no Mediterrâneo inclui "muitas, muitas, muitas centenas [pessoas] mais".
Até segunda-feira, e desde o início do ano, 105.449 migrantes chegaram às costas italianas, um número bastante mais expressivo quando comparado com os 50.759 registados no mesmo período de 2022.
Atualmente, a Tunísia substituiu a Líbia como principal país de partida em direção a Itália, verificando-se também um aumento nos repatriamentos (28,05%) e nos pedidos de asilo (70,59%), dos quais um em cada dois é rejeitado.
Este número recorde de desembarques de migrantes irregulares coincide com a adoção de uma política migratória mais estrita por parte do Governo italiano, uma coligação de direita e extrema-direita liderada por Giorgia Meloni que chegou ao poder em outubro do ano passado.
Nos últimos dias, a política migratória do executivo de Meloni tem suscitado duras críticas por parte dos autarcas italianos, que têm avisado que a capacidade de acolhimento das cidades está à beira do colapso face ao número de chegadas e à falta de recursos.
As críticas dos presidentes de câmara estão a ser desvalorizadas pelo Governo, com fontes do Ministério do Interior a considerarem que as queixas, que classificam de "surreais", são motivadas por questões políticas, mas a associação de municípios italianos (ANCI) argumentou que "todos os autarcas estão a protestar, não apenas os do Partido Democrático" (PD), principal partido da oposição (centro-esquerda).
Kyiv confirma entrada em cidade no sul ocupada por russos
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POR LUSA 22/08/23
O Exército ucraniano confirmou hoje a entrada das suas tropas em Robotyne, na província de Zaporíjia, após avanços nos últimos dias junto desta cidade no sul do país, ocupada até agora pelas forças russas.
"Os nossos combatentes estão na cidade de Robotyne", escreveu na sua conta no Telegram o brigadeiro-general Oleksandr Tarnavski, comandante do grupo operacional estratégico das forças ucranianas encarregado da área sudeste da frente.
A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, também informou no Telegram a entrada hoje em Robotyne da 47.ª Brigada do Exército Ucraniano.
Depois de serem forçados a deixar a cidade, explicou Maliar, as forças russas estão a usar peças de artilharia contra a cidade e a 47.ª Brigada está a retirar os civis restantes da área.
O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), uma instituição privada norte-americana que acompanha o curso do conflito, confirmou na manhã de hoje, através de imagens geolocalizadas, que as tropas ucranianas chegaram ao centro de Robotyne.
A cidade está localizada num dos três segmentos da frente da contraofensiva que decorre desde o início de junho.
A Rússia afirmou hoje, por sua vez, que repeliu uma nova incursão armada da Ucrânia na região fronteiriça de Bryansk, mas não forneceu qualquer informação sobre baixas nos combates.
"Graças às ações coordenadas e heroicas dos guardas de fronteira do FSB da região de Bryansk, do Ministério da Defesa e de unidades especiais da Guarda Nacional da região de Bryansk, o ataque foi repelido", afirmou no Telegrama ao governador regional, Alexandre Bogomaz.
As regiões fronteiriças russas foram alvo em diversas ocasiões de incursões, geralmente reivindicadas por unidades de combatentes que se afirmam russos opositores do Kremlin, e com base na Ucrânia.
Ao mesmo tempo, as forças russas continuam a bombardear cidades ucranianas e hoje pelo menos uma pessoa foi morta e outra ficou ferida após novos ataques das forças russas à cidade de Komishani, em Kherson (sul).
Por sua vez, em Kharkiv (leste) o governador Oleg Sinegubov sublinhou que as forças ucranianas repeliram mais ataques das tropas russas que têm ocorrido continuamente nos últimos dias na direção de Kupiansk.
"As nossas Forças Armadas não perderam uma única povoação na região de Kharkiv", sublinhou Sinegubov, em declarações à televisão estatal, segundo a agência de notícias Ukrinform.
"Todas as tentativas dos russos de atacar as nossas posições foram duramente repelidas, eles sofreram perdas significativas e retornaram às suas posições anteriores", indicou o governador.
A par destes desenvolvimentos, sabotadores ucranianos coordenados pelos serviços de informações militares de Kyiv realizaram dois ataques recentes de 'drones' que atingiram aviões bombardeiros estacionados em bases aéreas no interior da Rússia, afirmou segundo órgãos de media da Ucrânia.
Os órgãos ucranianos atribuíram dois ataques aos sabotadores: um ataque no sábado à base aérea de Soltsy, na região de Novgorod, no noroeste da Rússia, cerca de 700 quilómetros a norte da fronteira ucraniana, e o ataque na segunda-feira contra a base aérea de Shaikovka, no sudoeste de Kaluga, região que fica cerca de 300 quilómetros a nordeste da fronteira com a Ucrânia.
O porta-voz dos serviços de informações militares ucranianos, Andriy Yusov, disse ao canal de notícias ucraniano LIGA.net na segunda-feira que pelo menos um avião de guerra russo foi danificado no ataque a Shaikovka.
Yusov afirmou que a operação foi realizada por pessoas que trabalharam em estreita coordenação com a secreta militar ucraniana.
O Ministério da Defesa russo disse que o ataque a Soltsy danificou uma aeronave, sem mais comentários.
Imagens de satélite do Planet Labs PBC analisadas pela Associated Press mostraram o que pareciam ser 10 bombardeiros de longo alcance Tupolev Tu-22M estacionados na placa da base aérea de Soltsy em 16 de agosto.
Dois dias depois, os bombardeiros tinham deixado a base aérea e uma grande mancha preta era visível numa das placas onde um dos Tupolevs estivera estacionado.
Fotos supostamente tiradas da base aérea de Soltsy e publicadas por media russos e ucranianos mostraram um bombardeiro russo Tu-22M em chamas após o ataque.
A sessão especial do Primeiro Conselho de Ministros termina com anúncio de algumas medidas, para baixar o preço dos produtos de primeira necessidade (ARROZ).
Veja Também: Decorre o primeiro Conselho de Ministros do Governo inclusivo liderado por Geraldo João Martins.
𝗠𝗜𝗡𝗜𝗦𝗧𝗥𝗢 𝗗𝗔 𝗘𝗗𝗨𝗖𝗔ÇÃ𝗢 𝗡𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗟 𝗘𝗫𝗜𝗚𝗘 𝗔 𝗣𝗨𝗕𝗟𝗜𝗖𝗔ÇÃ𝗢 𝗗𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗦𝗨𝗟𝗧𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗡𝗔𝗜𝗦 𝗗𝗢 𝗔𝗡𝗢 𝗟𝗘𝗧𝗜𝗩𝗢 𝟮𝟬𝟮𝟮-𝟮𝟬𝟮𝟯
Rádio Jovem Bissau
O Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, suspende, “com caráter de urgência", o processo de matrículas em curso nas Escolas Superiores de Educação do novo ano letivo 2023-2024.
Braima Sanhá sustenta a decisão invocando a não publicação dos resultados finais dos alunos referentes ao ano letivo 2022-2023, assim como a não entrega do calendário escolar para o ano letivo 2023-2024.
No despacho com a data de 21 de Agosto consultado pela nossa estação emissora, o responsável pela tutela da pasta, para além de suspender temporariamente as matrículas, decidiu igualmente proibir temporariamente todas as despesas inerentes às matrículas efetuadas.
“O Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Cientifica tem registado com bastante preocupação a situação do processo inicial da realização das matrículas em algumas Unidades Escolares que compõem a Escola Superior de Educação (ESSE), sem a conclusão devida do ano escolar." Lê-se no despacho.
Ainda o mesmo documento acrescenta: "Isto é, a não publicação dos resultados finais dos alunos referente ao ano letivo 2022-2023, o incumprimento da entrega de lista dos estudantes que concluíram, com sucesso, o ano, assim como o calendário escolar para o ano letivo 2023-2024."
UNIÃO AFRICANA suspende Níger e manifesta reservas sobre intervenção da CEDEAO
© Lusa
POR LUSA 22/08/23
A União Africana (UA) anunciou hoje a suspensão do Níger das suas instituições, na sequência do golpe de Estado de 26 de julho, e manifestou reservas quanto a uma eventual intervenção militar da África Ocidental.
O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA "toma nota da decisão" da CEDEAO Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental "de enviar uma força" para o Níger e pede à Comissão da organização pan-africana que "proceda a uma avaliação das implicações económicas, sociais e de segurança" de tal envio, anunciou este orgão da UA através de um comunicado.
O CPS decidiu igualmente "suspender imediatamente a participação da República do Níger em todas as atividades da UA e dos seus órgãos e instituições até à restauração efetiva da ordem constitucional no país", segundo o comunicado publicado hoje.
A posição, assumida num contexto de fortes divergências no seio da UA sobre este assunto, assenta em decisões tomadas numa reunião sobre "a situação no Níger", realizada a 14 de agosto.
Na sequência do derrube pelos militares do Presidente nigerino, Mohamed Bazoum, eleito em 2021, a CEDEAO anunciou em 10 de agosto a sua intenção de enviar uma força da África Ocidental "para restaurar a ordem constitucional no Níger".
A CEDEAO continua a reiterar a preferência por uma solução diplomática, mas mantém a ameaça de recorrer à força, uma opção em relação à qual a UA está dividida.
Na passada sexta-feira, no final de uma reunião de chefes de Estado-Maior da CEDEAO em Acra, capital do Gana, o comissário da organização regional para os Assuntos Políticos, a Paz e a Segurança, Abdel-Fatau Musah, indicou que "o dia da intervenção" tinha sido fixado, assim como "os objetivos estratégicos, o equipamento necessário e o compromisso dos Estados-membros".
"Se uma agressão for levada a cabo contra nós, não será o passeio no parque que alguns parecem acreditar", respondeu este sábado o novo homem forte do Níger, o general Abdourahamane Tiani.
A CEDEAO considerou esta segunda-feira "inaceitável" um período de transição máximo de "três anos" apontado, no sábado, pelo líder da junta militar do Níger.
"Queremos que a ordem constitucional seja restaurada o mais rápido possível", disse Abdel-Fatau Musah.
No sábado, uma delegação da CEDEAO liderada pelo ex-presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar deslocou-se ao Níger para negociar uma saída para a crise, tendo sido recebida por Tiani, e mantido contactos com Mohamed Bazoum, detido desde o golpe.
Durante as conversações, Tiani defendeu o fim das sanções económicas e da proibição de viagens, impostas pela CEDEAO na sequência do golpe de Estado de 26 de julho, e no final garantiu perante a televisão nacional que a transição para o poder político pode durar até três anos, ameaçando as forças estrangeiras contra a preparação de uma eventual intervenção militar regional.
O Níger é o quinto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, que também tiveram golpes militares entre 2020 e 2022, além do Chade, onde o atual Presidente sucedeu ao seu pai, morto em combate.
Desde o derrube do regime do Presidente Bazoum, a comunidade internacional teme ainda mais instabilidade na região do Sahel, que enfrenta crescentes insurgências de grupos fundamentalistas islâmicos ligados aos grupos extremistas Estado Islâmico e Al-Qaida.
Muitos países, liderados pelos Estados Unidos, bem como a ONU e a União Europeia, apelaram a uma resolução pacífica da crise.
TRÁFICO DE DROGA: Tenta embarcar rumo a Lisboa com 5 kg de cocaína escondidos em sutiãs
© Polícia Federal
Notícias ao Minuto 22/08/23
Detido é sueco e tem 78 anos. Às autoridades garantiu que a mala foi-lhe entregue por um desconhecido.
A Polícia Federal brasileira deteve na noite de sexta-feira um idoso de nacionalidade sueca, de 78 anos, no Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, Natal, quando este tentava embarcar com destino a Lisboa, com 4,7 kg de cocaína escondida em peças de roupa femininas.
De acordo com as autoridades brasileiras, o homem foi apanhado durante uma fiscalização de rotina. Na mala do passageiro, os agentes apanharam a droga a servir de enchimento a vários modelos de sutiãs.
De imediato, o turista foi detido e conduzido à esquadra. Ao ser interrogado, garantiu que a mala foi-lhe entregue por um desconhecido, alegadamente relacionado com um empresário que conheceu virtualmente, e que lhe pediu para a transportar até Paris, França.
Apesar disto, o idoso continua detido e vai responder pelo crime de tráfico internacional de estupefacientes.
Irão apresenta novo 'drone' com alcance de 2.000 quilómetros
© Lusa
POR LUSA 22/08/23
As autoridades iranianas apresentaram hoje um novo 'drone', indicando que tem um raio de alcance de 2.000 quilómetros, pode permanecer no ar por 24 horas e transportar vários tipos de armamentos.
O novo 'drone' [aparelho aéreo não tripulado] foi apresentado durante a cerimónia do Dia da Indústria de Defesa, na presença do Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, informou a agência de notícias iraniana Fars, ligada à Guarda Revolucionária.
O Mohajer-10 - que significa Migrante - tem um raio de alcance de 2.000 quilómetros, pode voar a uma velocidade máxima de 210 quilómetros por hora, permanecer 24 horas no ar e transportar até 300 quilos de carga, segundo as autoridades iranianas.
Além disso, possui sistemas de "guerra eletrónica" e sistemas de "inteligência", além de capacidade para transportar todos os tipos de munições e bombas", referiu a agência Fars.
A apresentação do novo armamento contou ainda com a presença do ministro da Defesa, brigadeiro-general Mohamad Reza Qarai Ashtiani, e de outros altos funcionários das Forças Armadas do país.
"Espero que o esforço de todos nós expanda a grandeza, a honra e o poder do país", disse Raisi, de acordo com a agência de notícias iraniana Tasnim.
Na cerimónia também foi apresentada uma nova bomba teleguiada, "Arman 1", sobre a qual não foram fornecidos mais detalhes.
O Irão possui uma desenvolvida indústria de fabrico de 'drones kamikaze'. Em abril passado, foi testado com sucesso o 'drone' Me'raj-532, com um alcance de 450 quilómetros, a uma altura de 12.000 pés e voar durante três horas.
Os países ocidentais denunciaram que o Irão vendeu 'drones kamikaze' Shahed-136/131 à Rússia para serem utilizados na guerra na Ucrânia, algo que Teerão nega.
Em resposta à venda destes 'drones', a União Europeia (UE), os Estados Unidos e o Reino Unido sancionaram indivíduos e empresas ligadas à produção destes aparelhos aéreos não tripulados iranianos.
OUSMANE SONKO: Líder da oposição no Senegal retoma greve de fome apesar de frágil estado
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POR LUSA 22/08/23
O líder da oposição senegalesa, Ousmane Sonko, retomou esta semana a greve de fome, apesar de ter sido hospitalizado após um agravamento do seu estado de saúde devido à forma de protesto que iniciou em 31 de julho.
O advogado de Sonko, Ciré Clédor Ly, alertou para a degradação do estado de saúde do seu constituinte e mostrou-se muito preocupado com as "sequelas" que esta greve de fome está a deixar em Sonko.
"É um precedente perigoso chegar a extremos que podem custar a vida de um adversário político", advertiu Ly, citado pelo portal noticioso Senego.
"Há sempre tempo para salvar vidas e iniciar mecanismos para reconciliar corações e mentes, restabelecendo o Estado de Direito e respeitando os fundamentos de um Estado democrático", afirmou o advogado.
Sonko foi retirado dos cadernos eleitorais e não poderá participar nas eleições de 2024, devido a uma condenação na justiça. Em resposta, o seu partido, o agora dissolvido Patriotas Africanos do Senegal para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade (Pastef), apelou à população para que protestasse contra o que considera ser um novo episódio na longa perseguição política de que diz ter sido alvo durante anos.
Sonko foi detido em 28 de julho e encontra-se em prisão preventiva desde 31 de julho, dia em que o ministério do Interior senegalês anunciou igualmente a dissolução do seu partido. Sonko iniciou a greve de fome no dia em que foi colocado em prisão preventiva.
Desde a sua detenção, eclodiram vários tumultos em Dacar e noutras cidades do país entre as forças policiais e os jovens, que queimaram pneus, montaram barricadas e bloquearam estradas em sinal de protesto.
Os protestos resultantes da prisão de Sonko somam já 15 mortes e danos materiais consideráveis.
Ousmane Sonko foi condenado em 01 de junho a dois anos de prisão por aliciamento de menores, um veredito que o torna inelegível para se candidatar a eleições, de acordo com os seus advogados e juristas. O político senegalês enfrenta ainda outro processo, aberto em março de 2021, por alegada violação de uma mulher.
O popular líder da oposição tem denunciado reiteradamente a "instrumentalização" da justiça pelo Presidente senegalês, Macky Sall, para o impedir de concorrer às próximas eleições presidenciais, previstas para 2024.
Conhecido pelo seu discurso "antissistema", Sonko critica a má governação, a corrupção e o neo-colonialismo francês, e tem muitos seguidores entre a juventude senegalesa.
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ANÁLISE: Ausência de Putin da cimeira dos BRICS é uma "humilhação" para a Rússia
Por SIC Notícias 22/08/23
Germano Almeida, comentador da SIC, aponta temas importantes em cima da mesa na Cimeira dos BRICS e destaca o futuro desta aliança. Sobre o grupo Wagner, alerta que continuam a cometer crimes violentos.
Germano Almeida, comentador da SIC, considera que a ausência do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, da cimeira dos BRICS é uma "humilhação". Sobre o grupo Wagner, alerta que continuam a cometer crimes violentos e defende que África poderá ser o destino de Prigozhin.
"É uma humilhação para a Rússia o facto de Putin não poder entrar em solo sul-africano, na sequência do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI). Enquanto estarão presentes os Presidentes de outros países, da Rússia vai estar o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov", afirma.
O comentador da SIC destaca a importância da cimeira dos BRICS, a primeira presencial depois da pandemia. Com quase quatro dezenas de países a quererem entrar para o bloco, poderá tronar-se uma "espécie de G20 alternativo do novo Sul Global". Indica ainda que haverá dois temas "importantes": a desdolarização e a guerra na Ucrânia.
A 15.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo dos BRICS decorre a partir desta terça-feira e até quinta-feira, com mais de 60 líderes do Sul Global, em Sandton - o subúrbio mais rico situado no norte de Joanesburgo, África do Sul.
Sobre as últimas visitas do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, à Suécia, Dinamarca, Países Baixos e Grécia, realça os avanços em relação aos caças F-16 e à formação de pilotos e mecânicos ucranianos.
Na Edição da Manhã, Germano Almeida alerta que, de acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra, o grupo Wagner continua a cometer crimes violentos.
"A embaixada dos EUA enviou uma recomendação importante para cidadãos da Bielorrússia. Aconselharam os cidadãos a sair imediatamente na sequência da Lituânia ter encerrado postos fronteiriços", acrescenta.
O comentador da SIC acredita que "o destino" de Prigozhin poderá ser o continente africano. O líder do grupo mercenário Wagner reapareceu esta segunda-feira pela primeira vez desde o assalto falhado ao Kremlin, a 24 de junho, e deu a entender que voltou a África.
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Escalada devido a F-16? Podolyak rejeita e pede "decisões semelhantes"
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Notícias ao Minuto 22/08/23
Na ótica de Podolyak, "os países que estão atualmente a transferir equipamento de aviação para a Ucrânia demonstram abertamente que estão profundamente interessados em proteger o direito internacional, a democracia e a justiça".
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, rejeitou, esta terça-feira, que o envio de caças F-16 por parte da Dinamarca e dos Países Baixos à Ucrânia venha a contribuir para a escalada do conflito contra a Rússia, apelando a “decisões semelhantes” por parte dos restantes parceiros daquele país invadido.
“O fornecimento de aviões de combate F-16 para a Ucrânia relaciona-se, antes de mais, com a plena compreensão por parte dos países doadores (países nórdicos) da natureza geral da guerra e desta fase específica”, começou por explicar o responsável, na rede social X (antigo Twitter).
E esclareceu: “Trata-se também da desescalada, da redução significativa dos riscos de expansão da guerra e da aceleração de um final justo. Trata-se de minimizar as perdas ucranianas, otimizar as operações ofensivas e aumentar a eficácia da destruição do grupo de ocupação russo.”
Na sua ótica, “os países que estão atualmente a transferir equipamento de aviação para a Ucrânia demonstram abertamente que estão profundamente interessados em proteger o direito internacional, a democracia e a justiça”, ressalvando, contudo, que “tudo isto só será possível se a Rússia for absolutamente derrotada”.
“É extremamente importante que os outros parceiros da Ucrânia tomem decisões semelhantes”, apelou.
De notar que, na segunda-feira, o embaixador russo Vladimir Barbin condenou o fornecimento de caças F-16 à Ucrânia por parte da Dinamarca e dos Países Baixos, atirando que “ao refugiar-se na premissa de que a própria Ucrânia deve determinar as condições para a paz, a Dinamarca procura, com as suas ações e palavras, deixar a Ucrânia sem outra escolha a não ser continuar o confronto militar com a Rússia”.
No entanto, o ministro da Defesa dinamarquês, Jakob Ellemann-Jensen, ressalvou que a Ucrânia só poderá usar as aeronaves no seu território.
"Doamos armas com a condição de que sejam usadas para expulsar o inimigo do território da Ucrânia. E não mais do que isso. Essas são as condições, sejam tanques, aviões de combate ou qualquer outra coisa", disse, na segunda-feira.
Recorde-se que a Dinamarca doará 19 caças F-16 à Ucrânia, enquanto os Países Baixos fornecerão 42 aeronaves, naquilo que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou ser uma decisão “histórica”.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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AFEGANISTÃO: Mais de 200 funcionários do antigo governo foram mortos por talibãs
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POR LUSA 22/08/23
Mais de 200 execuções extrajudiciais de ex-funcionários do Governo e das forças de segurança afegãs ocorreram desde que os talibãs assumiram o controlo do país há dois anos, segundo um relatório da ONU hoje divulgado.
Os grupos mais visados pelos talibãs têm sido antigos membros do exército, da polícia e dos serviços de informação do país, de acordo com a Missão de Assistência das Nações Unidas (UNAMA) no Afeganistão.
A UNAMA documentou pelo menos 800 violações dos direitos humanos contra antigos funcionários do Governo afegão e das forças de segurança entre 15 de agosto de 2021, quando os talibãs tomaram o poder, e o fim de junho de 2023.
Os talibãs varreram o Afeganistão quando as tropas dos Estados Unidos e da NATO se encontravam nas últimas semanas da sua retirada do país, após duas décadas de guerra.
As forças afegãs treinadas e apoiadas pelos EUA desmoronaram diante do avanço dos talibãs e o ex-presidente afegão, Ashraf Ghani, fugiu do país.
"Indivíduos foram detidos pelas forças de segurança de facto (talibã) do país, muitas vezes brevemente, antes de serem mortos. Alguns foram levados para centros de detenção e mortos enquanto estavam sob custódia, outros foram levados para locais desconhecidos e mortos, os seus corpos foram abandonados ou entregues a familiares", afirmou o relatório da ONU.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse, num comunicado de imprensa, que este relatório da ONU "apresenta uma imagem preocupante do tratamento de indivíduos ligados ao antigo Governo e às forças de segurança".
"Ainda mais, dado que lhes foi garantido que não seriam alvo, é uma traição à confiança do povo", disse Turk.
Turk instou os governantes talibãs do Afeganistão -- as "autoridades de facto" do país - a cumprirem as suas "obrigações ao abrigo do Direito internacional dos direitos humanos, evitando novas violações e responsabilizando os perpetradores" de crimes.
Desde a tomada do poder no Afeganistão, os talibãs (que governaram o Afegansitão num outro período na década de 1990) não enfrentaram oposição significativa e evitaram divisões internas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) do Afeganistão rejeitou o relatório, sublinhando que não tinha conhecimento de quaisquer casos de violações dos direitos humanos cometidos por autoridades ou funcionários ligados aos talibãs.
"Assassínios sem julgamento, detenções arbitrárias, prisões, tortura e outros atos contra os direitos humanos cometidos pelos trabalhadores das instituições de segurança do Emirado Islâmico contra funcionários e forças de segurança do governo anterior não foram relatados", afirmou em comunicado do MNE afegão.
O relatório afirma que os ex-soldados afegãos correm maior risco de sofrer violações dos direitos humanos, seguidos pela polícia e pelos funcionários dos serviços de informação. As violações foram registadas em todas as 34 províncias, com um número maior nas províncias de Cabul, Kandahar e Balkh.
A maioria das violações ocorreu nos quatro meses que se seguiram à tomada do poder pelos talibãs, tendo a UNAMA registado quase metade de todas as execuções extrajudiciais de antigos funcionários do governo e das forças de segurança afegãs durante este período. Entretanto, as violações de direitos continuaram mesmo depois disso, com 70 execuções extrajudiciais registadas em 2022, acrescentou o relatório.
A UNAMA registou pelo menos 14 casos de desaparecimento forçado de antigos funcionários do governo e membros das forças de segurança afegãs. A ONU documentou mais de 424 detenções arbitrárias, nomeadamente de ex-funcionários do governo e membros das forças de segurança afegãs, enquanto mais de 144 casos de tortura e maus-tratos foram documentados no relatório, incluindo espancamentos com canos e cabos, ameaças verbais e outros abusos.
Apesar das promessas iniciais de uma administração moderada, os talibãs aplicaram regras duras no país, proibindo a educação das raparigas após o sexto ano e impedindo as mulheres afegãs participarem na vida pública, incluindo o trabalho para organizações não-governamentais e para a ONU.