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Notícias ao Minuto 22/08/23
Na ótica de Podolyak, "os países que estão atualmente a transferir equipamento de aviação para a Ucrânia demonstram abertamente que estão profundamente interessados em proteger o direito internacional, a democracia e a justiça".
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, rejeitou, esta terça-feira, que o envio de caças F-16 por parte da Dinamarca e dos Países Baixos à Ucrânia venha a contribuir para a escalada do conflito contra a Rússia, apelando a “decisões semelhantes” por parte dos restantes parceiros daquele país invadido.
“O fornecimento de aviões de combate F-16 para a Ucrânia relaciona-se, antes de mais, com a plena compreensão por parte dos países doadores (países nórdicos) da natureza geral da guerra e desta fase específica”, começou por explicar o responsável, na rede social X (antigo Twitter).
E esclareceu: “Trata-se também da desescalada, da redução significativa dos riscos de expansão da guerra e da aceleração de um final justo. Trata-se de minimizar as perdas ucranianas, otimizar as operações ofensivas e aumentar a eficácia da destruição do grupo de ocupação russo.”
Na sua ótica, “os países que estão atualmente a transferir equipamento de aviação para a Ucrânia demonstram abertamente que estão profundamente interessados em proteger o direito internacional, a democracia e a justiça”, ressalvando, contudo, que “tudo isto só será possível se a Rússia for absolutamente derrotada”.
“É extremamente importante que os outros parceiros da Ucrânia tomem decisões semelhantes”, apelou.
De notar que, na segunda-feira, o embaixador russo Vladimir Barbin condenou o fornecimento de caças F-16 à Ucrânia por parte da Dinamarca e dos Países Baixos, atirando que “ao refugiar-se na premissa de que a própria Ucrânia deve determinar as condições para a paz, a Dinamarca procura, com as suas ações e palavras, deixar a Ucrânia sem outra escolha a não ser continuar o confronto militar com a Rússia”.
No entanto, o ministro da Defesa dinamarquês, Jakob Ellemann-Jensen, ressalvou que a Ucrânia só poderá usar as aeronaves no seu território.
"Doamos armas com a condição de que sejam usadas para expulsar o inimigo do território da Ucrânia. E não mais do que isso. Essas são as condições, sejam tanques, aviões de combate ou qualquer outra coisa", disse, na segunda-feira.
Recorde-se que a Dinamarca doará 19 caças F-16 à Ucrânia, enquanto os Países Baixos fornecerão 42 aeronaves, naquilo que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou ser uma decisão “histórica”.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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