terça-feira, 11 de dezembro de 2018
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
Em Marraquexe: Conferência Intergovernamental para adopção do Pacto Global.
Congratulamo-nos, nós todos, pela feliz opção de se realizar em África - e aqui no Reino de Marrocos à beira do Mediterrâneo – esta conferência intergovernamental, mobilizada por uma agenda de grande alcance estratégico, e que certamente estabelecerá um novo marco na história das Nações Unidas.
Distintos Chefes de delegação
Minhas Senhoras, meus senhores,
Como bem se percebe pelo texto do Pacto Global Por uma Migração Segura, Ordenada e Regular que esta conferência adoptou, já não se trata de promover ou reforçar dispositivos já existentes de resposta humanitária quer para continuar a atender os refugiados, muitas vezes expostos a perigo de vida ou a tratamentos degradantes, mas sim para mitigar dificuldades dos migrantes.
Fazer isso, hoje em dia, já não é suficiente. Da perceção aprofundada das realidades do nosso tempo – realidades políticas, económicas, demográficas e culturais - resulta a ideia de que é preciso, e urgente, fazer muito mais, ou seja, é preciso agir. É preciso elevar o padrão das nossas responsabilidades coletivas e individuais, e fazê-lo a todos os níveis, no âmbito das Nações Unidas bem como à escala regional, sub-regional, nacional e local.
A tarefa consiste, pois, em conceber e desenvolver uma resposta adequada, global, coordenada e sistémica, capaz de fazer face aos desafios que são postos quer a montante quer a jusante dos fluxos migratórios em geral. Mas uma tal resposta teria de saber lidar com as vicissitudes por que passam aqueles que precisam, muitas vezes com urgência, de um refúgio para se albergar e, em consequência, de uma oportunidade para começar uma vida nova.
Vale a pena lembrar que nos encontramos num país da bacia do Mar Mediterrâneo, espaço geopolítico que foi um dos palcos da história universal, espaço de intercâmbio mútuo e enriquecedor entre povos, culturas e civilizações. E é este Mar Mediterrâneo que nos tempos mais recentes tem sido o palco de teatros macabros e de tragédias humanas de grandes dimensões e proporções.
Refiro-me à tragédia que se abateu sobre milhares de refugiados – homens, mulheres e crianças, africanos e árabes – cujos corpos se perderam no agitar das suas águas. Uma imagem de sofrimento e de luto que continua a pesar na consciência da humanidade e que, certamente, está presente nesta nossa Conferência para responder aos desafios do nosso tempo, e, em particular, concretizar o imperativo de regulação dos fluxos migratórios, da segurança e proteção da dignidade humana dos migrantes e dos refugiados.
(...)
A Guiné-Bissau, também país das migrações, identifica-se inteiramente com os objetivos e princípios que norteiam o Pacto Global Por uma Migração Segura, Ordenada e Regular, ao qual declara a sua plena adesão.
E, enfim, quero deixar aqui um testemunho: em 2017, a Guiné-Bissau comprometeu-se com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) a conceder cidadania guineense a dez mil refugiados que há vinte anos vivem no nosso país, compromisso esse que temos sabido honrar.
Esta politica de coerência fez da Guiné-Bissau um exemplo de solidariedade e de responsabilidade como, aliás, foi claramente referido pelo ACNUR no Sexto Simpósio Humanitário Anual da União Africana que decorreu recentemente em Nairobi, Quénia.
Muito obrigado pela vossa atenção.
José Mário Vaz - Presidente da Republica da Guiné-Bissau
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segunda-feira, dezembro 10, 2018
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Presidente do parlamento guineense pede esclarecimento sobre incidente com peritos nigerianos
O presidente do parlamento guineense pediu hoje um "completo esclarecimento" sobre o incidente entre a polícia do país e peritos eleitorais da Nigéria, que foram impedidos de prestar apoio no âmbito do recenseamento eleitoral, entretanto suspenso por ordens judiciais.
Para Cipriano Cassamá, a Nigéria tem ajudado a Guiné-Bissau a organizar eleições legislativas livres, justas, transparentes e credíveis, pelo que não são razoáveis as críticas que têm recebido por parte de vários setores políticos guineenses.
Três peritos informáticos nigerianos foram expulsos, pela polícia, na quinta-feira, do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (Gtape) em Bissau, por ordens do Ministério Público que está a investigar alegadas suspeitas de fraude eleitoral.
No seu discurso hoje no ato solene do Dia Internacional dos Direitos Humanos, o presidente do parlamento guineense lamentou o incidente com os técnicos nigerianos e disse aguardar por "um completo esclarecimento" do que se passou.
O responsável considerou que o incidente "não dignifica o Estado" nem contribui para o fortalecimento das relações com a Nigéria.
A Guiné-Bissau "tem beneficiado muito dos esforços desse país em diversos domínios", sobretudo no atual processo eleitoral, assinalou Cipriano Cassamá.
O líder do parlamento guineense, questionou se ao invés das suspeitas, não seria melhor deixar que os técnicos nigerianos atuem, tendo em vista o esclarecimento das dúvidas.
Para Cassamá, a Guiné-Bissau "tem que saber preservar as suas relações de amizade e de cooperação com os seus parceiros", particularmente com aqueles que sempre se prontificaram a ajudar o país, sem reclamar qualquer contrapartida, sublinhou.
DN.PT
Para Cipriano Cassamá, a Nigéria tem ajudado a Guiné-Bissau a organizar eleições legislativas livres, justas, transparentes e credíveis, pelo que não são razoáveis as críticas que têm recebido por parte de vários setores políticos guineenses.
Três peritos informáticos nigerianos foram expulsos, pela polícia, na quinta-feira, do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (Gtape) em Bissau, por ordens do Ministério Público que está a investigar alegadas suspeitas de fraude eleitoral.
No seu discurso hoje no ato solene do Dia Internacional dos Direitos Humanos, o presidente do parlamento guineense lamentou o incidente com os técnicos nigerianos e disse aguardar por "um completo esclarecimento" do que se passou.
O responsável considerou que o incidente "não dignifica o Estado" nem contribui para o fortalecimento das relações com a Nigéria.
A Guiné-Bissau "tem beneficiado muito dos esforços desse país em diversos domínios", sobretudo no atual processo eleitoral, assinalou Cipriano Cassamá.
O líder do parlamento guineense, questionou se ao invés das suspeitas, não seria melhor deixar que os técnicos nigerianos atuem, tendo em vista o esclarecimento das dúvidas.
Para Cassamá, a Guiné-Bissau "tem que saber preservar as suas relações de amizade e de cooperação com os seus parceiros", particularmente com aqueles que sempre se prontificaram a ajudar o país, sem reclamar qualquer contrapartida, sublinhou.
DN.PT
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segunda-feira, dezembro 10, 2018
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REAÇÃO DA COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES DA GUINÉ-BISSAU (CNE) SOBRE A SUSPENSÃO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
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segunda-feira, dezembro 10, 2018
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HOJE É ANIVERSÁRIO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU
O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz completa hoje, dia 10 de Dezembro, 61 anos de idade.
Bissau On-line
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segunda-feira, dezembro 10, 2018
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CEDEAO adiou a visita da Missão Ministerial
A CEDEAO informou hoje que ficou adiada deslocação a Bissau da sua Missão Ministerial de Alto Nível, que deveria começar nesta segunda-feira, dia 10, uma série de contactos com os atores políticos da Guiné-Bissau.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental não deu mais pormenores sobre o adiamento, tendo revelado apenas que uma nova data da visita será anunciada brevemente por via de um comunicado de imprensa.
"Em referência à nota de imprensa, previamente enviada, dando conta da vinda de uma missão ministerial de alto nível da CEDEAO à Guiné-Bissau, prevista para hoje, cumpre-nos informar que a dita missão foi adiada. Posteriormente uma nova data será comunicada", informa a representação da CEDEAO.
Durante a sua estada em Bissau, a missão deveria reunir-se com as autoridades nacionais, líderes políticos e representantes da comunidade internacional, mas o Presidente guineense, José Mário Vaz, não se encontra no país por estar em Marrocos a participar na conferência intergovernamental para adoção do pacto global sobre migração segura, ordenada e regular.
Braima Darame
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental não deu mais pormenores sobre o adiamento, tendo revelado apenas que uma nova data da visita será anunciada brevemente por via de um comunicado de imprensa.
"Em referência à nota de imprensa, previamente enviada, dando conta da vinda de uma missão ministerial de alto nível da CEDEAO à Guiné-Bissau, prevista para hoje, cumpre-nos informar que a dita missão foi adiada. Posteriormente uma nova data será comunicada", informa a representação da CEDEAO.
Durante a sua estada em Bissau, a missão deveria reunir-se com as autoridades nacionais, líderes políticos e representantes da comunidade internacional, mas o Presidente guineense, José Mário Vaz, não se encontra no país por estar em Marrocos a participar na conferência intergovernamental para adoção do pacto global sobre migração segura, ordenada e regular.
Braima Darame
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segunda-feira, dezembro 10, 2018
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José Mário Vaz garante legalidade do processo eleitoral
Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. 7 de Setembro 2018
Presidente da Guiné-Bissau reage ao impedimento de técnicos nigerianos entrarem no edifício do órgão que faz o recenseamento
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, diz que vai cumprir a legalidade democrática depois de o Ministério Público ter impedido técnicos nigerianos que apoiam o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) de entrarem nas instalações do órgão.
José Mário Vaz assegura “aos guineenses e aos parceiros internacionais que tudo continuará a fazer, no âmbito das suas competências constitucionais e legais para assegurar o cumprimento da legalidade democrática, a manutenção da ordem constitucional, o respeito pela autonomia e interdependência dos órgãos soberania legalmente constituídos".
Em comunicado enviado à imprensa na noite de domingo, 9, Vaz acrescenta garantir “o regular funcionamento das instituições, a igualdade de direitos dos actores políticos e a fiabilidade do processo de registo eleitoral”.
Na quinta-feira, 6, o Ministério Público suspendeu o processo eleitoral por alegadas irregularidades no processo e determinou a presença de forças policiais na sede do GTAPE para que possam entrar apenas pessoas autorizadas.
A decisão resulta de uma queixa apresentada pelo PRS, MADEM-G15, APU-PDGB e outros partidos políticos.
O Governo reagiu dizendo que vai recorrer da decisão porque a medida “carece de fundamento legal”.
José Mário Vaz assegura também à comunidade internacional que a "actuação dos órgãos de soberania da Guiné-Bissau acautelará sempre a necessidade de estabilidade e equilíbrio político, a justiça, os princípios democráticos e o interesse da preservação e aprofundamento das boas relações de amizade e cooperação".
Entretanto, sem adiantar detalhes, o Presidente afirma aguardar conclusões de um inquérito aberto pelo Governo.
Por outro lado, uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental que devia chegar hoje a Bissau para avaliar o processo eleitoral em curso cancelou a deslocação, sem avançar os motivos nem a data da nova visita.
O gabinete da CEDEAO na capital guineense enviou à imprensa um comunicado nesta segunda-feira, 10, a informar do cancelamento da missão.
As eleições legislativas estavam marcadas para 18 de Novembro, mas foram adiadas em virtude de o recenseamento estar ainda em curso.
Não há data marcada para o pleito eleitoral.
VOA
Presidente da Guiné-Bissau reage ao impedimento de técnicos nigerianos entrarem no edifício do órgão que faz o recenseamento
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, diz que vai cumprir a legalidade democrática depois de o Ministério Público ter impedido técnicos nigerianos que apoiam o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) de entrarem nas instalações do órgão.
José Mário Vaz assegura “aos guineenses e aos parceiros internacionais que tudo continuará a fazer, no âmbito das suas competências constitucionais e legais para assegurar o cumprimento da legalidade democrática, a manutenção da ordem constitucional, o respeito pela autonomia e interdependência dos órgãos soberania legalmente constituídos".
Em comunicado enviado à imprensa na noite de domingo, 9, Vaz acrescenta garantir “o regular funcionamento das instituições, a igualdade de direitos dos actores políticos e a fiabilidade do processo de registo eleitoral”.
Na quinta-feira, 6, o Ministério Público suspendeu o processo eleitoral por alegadas irregularidades no processo e determinou a presença de forças policiais na sede do GTAPE para que possam entrar apenas pessoas autorizadas.
A decisão resulta de uma queixa apresentada pelo PRS, MADEM-G15, APU-PDGB e outros partidos políticos.
O Governo reagiu dizendo que vai recorrer da decisão porque a medida “carece de fundamento legal”.
José Mário Vaz assegura também à comunidade internacional que a "actuação dos órgãos de soberania da Guiné-Bissau acautelará sempre a necessidade de estabilidade e equilíbrio político, a justiça, os princípios democráticos e o interesse da preservação e aprofundamento das boas relações de amizade e cooperação".
Entretanto, sem adiantar detalhes, o Presidente afirma aguardar conclusões de um inquérito aberto pelo Governo.
Por outro lado, uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental que devia chegar hoje a Bissau para avaliar o processo eleitoral em curso cancelou a deslocação, sem avançar os motivos nem a data da nova visita.
O gabinete da CEDEAO na capital guineense enviou à imprensa um comunicado nesta segunda-feira, 10, a informar do cancelamento da missão.
As eleições legislativas estavam marcadas para 18 de Novembro, mas foram adiadas em virtude de o recenseamento estar ainda em curso.
Não há data marcada para o pleito eleitoral.
VOA
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segunda-feira, dezembro 10, 2018
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domingo, 9 de dezembro de 2018
sábado, 8 de dezembro de 2018
PGR da Guiné-Bissau declara "tolerância zero" a protestos que não cumpram lei
A Procuradoria-Geral da República (PGR) da Guiné-Bissau declarou "tolerância zero" a qualquer protesto que não respeite as leis do país, em comunicado divulgado à imprensa.
No comunicado, a PGR guineense refere que se tem assistido nos últimos tempos à realização de "manifestações em dias e horas contrários ao previsto na lei" e "perante este facto", e no cumprimento da sua missão constitucional determina "declarar tolerância zero a qualquer tipo de manifestação que não respeita a Constituição da República e leis em vigor na Guiné-Bissau".
A PGR adverte "todos os cidadãos à observância escrupulosa dos limites geográfico e temporal prescritos na lei, sob pena dos seus organizadores incorrerem no crime de desobediência previsto e punível" na lei.
A procuradoria-geral guineense exorta também o Governo a "não restringir a referida liberdade para além dos limites previstos na lei".
No comunicado, a PGR salienta que o "exercício de nenhum direito, liberdade e garantia é ilimitado, pois, as liberdades e direitos de todos os cidadãos têm de compatibilizar-se entre si".
"No exercício de direito de liberdade de manifestação, o cidadão está adstrito a respeitar a liberdade de movimento aos cidadãos alheios às manifestações, por gozarem de direitos de não serem perturbados no seu quotidiano", pode ler-se no comunicado.
Os estudantes das escolas públicas da Guiné-Bissau têm realizado vários protestos públicos a reclamar a abertura dos estabelecimentos públicos de ensino, encerrados desde outubro devido a uma greve dos professores.
As escolas públicas da Guiné-Bissau não abriram durante todo o primeiro período do ano letivo, que deveria terminar em meados deste mês.
O Governo guineense tem criticado a postura dos sindicatos dos professores.
Em novembro, durante um protesto os jovens foram violentamente dispersos pelas forças de segurança. O ministro do Interior foi demitido e desde então nunca mais foi nomeado um sucessor.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos afirmou que a greve dos professores está a violar o direito à educação dos jovens guineenses.
A Guiné-Bissau está a viver mais um momento de tensão política depois de na quinta-feira à noite, através de um despacho, o Ministério Público suspender o recenseamento eleitoral em curso no país e colocar forças de segurança no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral.
O Governo da Guiné-Bissau já considerou a decisão ilegal e vai recorrer.
O Ministério Público iniciou uma investigação a alegadas irregularidades no processo eleitoral depois de uma queixa apresentada por um grupo de partidos políticos, entre os quais se encontra o Partido de Renovação Social (segunda maior força política do país e que faz parte do atual Governo de consenso).
DN.PT
No comunicado, a PGR guineense refere que se tem assistido nos últimos tempos à realização de "manifestações em dias e horas contrários ao previsto na lei" e "perante este facto", e no cumprimento da sua missão constitucional determina "declarar tolerância zero a qualquer tipo de manifestação que não respeita a Constituição da República e leis em vigor na Guiné-Bissau".
A PGR adverte "todos os cidadãos à observância escrupulosa dos limites geográfico e temporal prescritos na lei, sob pena dos seus organizadores incorrerem no crime de desobediência previsto e punível" na lei.
A procuradoria-geral guineense exorta também o Governo a "não restringir a referida liberdade para além dos limites previstos na lei".
No comunicado, a PGR salienta que o "exercício de nenhum direito, liberdade e garantia é ilimitado, pois, as liberdades e direitos de todos os cidadãos têm de compatibilizar-se entre si".
"No exercício de direito de liberdade de manifestação, o cidadão está adstrito a respeitar a liberdade de movimento aos cidadãos alheios às manifestações, por gozarem de direitos de não serem perturbados no seu quotidiano", pode ler-se no comunicado.
Os estudantes das escolas públicas da Guiné-Bissau têm realizado vários protestos públicos a reclamar a abertura dos estabelecimentos públicos de ensino, encerrados desde outubro devido a uma greve dos professores.
As escolas públicas da Guiné-Bissau não abriram durante todo o primeiro período do ano letivo, que deveria terminar em meados deste mês.
O Governo guineense tem criticado a postura dos sindicatos dos professores.
Em novembro, durante um protesto os jovens foram violentamente dispersos pelas forças de segurança. O ministro do Interior foi demitido e desde então nunca mais foi nomeado um sucessor.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos afirmou que a greve dos professores está a violar o direito à educação dos jovens guineenses.
A Guiné-Bissau está a viver mais um momento de tensão política depois de na quinta-feira à noite, através de um despacho, o Ministério Público suspender o recenseamento eleitoral em curso no país e colocar forças de segurança no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral.
O Governo da Guiné-Bissau já considerou a decisão ilegal e vai recorrer.
O Ministério Público iniciou uma investigação a alegadas irregularidades no processo eleitoral depois de uma queixa apresentada por um grupo de partidos políticos, entre os quais se encontra o Partido de Renovação Social (segunda maior força política do país e que faz parte do atual Governo de consenso).
DN.PT
“ÀS VEZES, DAR A ALGUÉM UMA SEGUNDA CHANCE É COMO QUERER RECEBER OUTRO TIRO, PORQUE O PRIMEIRO NÃO TE MATOU”
Apelos à “contenção” e “responsabilização” para evitar situações de violência na Guiné-Bissau
Representantes das organizações internacionais na Guiné-Bissau apelaram nesta sexta-feira ao "bom senso" dos atores políticos para evitar violência no país e permitir organização de eleições justas e transparentes.
A Comunidade Internacional, reunida no chamado P5 (UE, ONU, União Africana, CEDEAO e CPLP) apelou esta sexta-feira (07.12) à responsabilização e contenção das autoridades políticas guineenses para que situações de violência não aconteçam na Guiné-Bissau devido ao impasse que se verifica no processo de recenseamento eleitoral com vista às eleições legislativas ainda sem data.
A Guiné-Bissau vive momento político conturbado com a incerteza quanto à realização das legislativas, numa altura em que aumenta a pressão social com a realização de greves em vários setores e protestos de rua.
Na quinta-feira (06.12.), o Ministério Público (MP) suspendeu o recenseamento eleitoral no país por alegadas irregularidades no processo. No mesmo despacho, o MP determinou ainda a presença de forças policiais no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), sendo apenas permitida a entrada de pessoas autorizadas.
Governo reage à decisão do MP
Em reação o Governo diz que é uma medida sem base legal e que vai recorrer da decisão do Ministério Público. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (07.12.), o executivo fez saber que não deu ordens às forças de segurança para impediram a entrada dos técnicos da Nigéria na sede do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).
"Condenar firmemente a atitude das forças de segurança que impediram a entrada dos técnicos da Nigéria, que se encontram no país, por solicitação do gabinete do Presidente da República, com o propósito de participarem na configuração e parametrização do servidor doado pelo Governo de Timor-Leste, para a consolidação dos dados do recenseamento eleitoral e consequente viabilização da produção dos cadernos eleitorais, conferindo assim maior fiabilidade ao processo do registo de eleitor”, lê-se no comunicado do Governo na posse da DW África.
P5 apela "bom senso"
No final de um encontro esta tarde com o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, o representante da União Africana, Ovídeo Pequeno, disse que a comunidade internacional agrupada no chamado P5, apela para a necessidade de uma certa serenidade e responsabilização dos atores políticos guineenses neste processo.
"Se há problemas, nós temos sempre que encontrar possibilidades de diálogo para ultrapassar esta situação. Não esgrimindo os nossos problemas na praça pública e através de comunicados que iremos resolver os problemas que são complicados. Por outro lado, também apelamos àss entidades políticas deste país que tenham uma certa contenção para evitar que haja uma situação de violência."
O representante da União Africana disse também que "não é de bom-tom" para a Guiné-Bissau, que recebeu ajuda da Nigéria, estar a "fazer uma propaganda negativa contra esse país".
"Um país que ajudou e continuar a ajudar, foi chamado à última hora para este processo todo e veio com boa vontade", afirmou.
A Nigéria é que deu à Guiné-Bissau os 'kits' que estão a ser utilizados para o recenseamento eleitoral.
Governo contra a decisão do Ministério Público
O Governo liderado por Aristides Gomes reuniu-se nesta sexta-feira com os parceiros internacionais do país no sentido de dar a conhecer a posição do executivo guineense que contesta a decisão do Ministério Público. O advogado que defende o Governo, Alcides Gomes, diretor da Faculdade de Direito de Bissau, disse que foi uma medida tomada sem base legal e garantiu que o Governo vai recorrer judicialmente da decisão.
"A desproporcionalidade do despacho com aquilo que é o interesse nacional está patente na decisão do MP. Mesmo não sendo jurista, nós percebemos, à partida, que este tipo de despacho não traz nada de bom para o país. É preciso o Ministério Público ter a noção do que é um Estado de direito".
O advogado Alcides Gomes acrescentou que no despacho do Ministério Público, assinado por três magistrados, "não há indícios" que possam levar ao encerramento do GTAPE:
"No despacho do Ministério Público não se demonstra qualquer ato de gravidade e muito menos de extrema gravidade. Acho que estamos perante uma ilegalidade", declarou, lamentando que as pessoas com formação jurídica ainda não tenham percebido os princípios de um Estado de direito e os limites da sua atuação.”
GTAPE sob investigação
Na terça-feira (04.12.), três técnicos do GTAPE foram ouvidos pelo MP guineense, tendo-lhes sido imposta a medida de coação com termo de identidade e residência.
O diretor-geral interno do GTAPE e outros três técnicos foram também ouvidos, mas na qualidade de testemunhas.
O MP abriu um processo de averiguação de irregularidades no processo eleitoral na sequência de uma queixa apresentada por um grupo de partidos políticos, incluindo o Partido da Renovação Social, segunda maior força política da Guiné-Bissau e que integra o atual Governo de consenso.
Recorde-se que dificuldades no recenseamento de eleitores fizeram com que as eleições, marcadas para 18 de novembro, fossem adiadas, mas ainda não foi marcada uma nova data já que se mantêm profundas divergências entre os atores políticos.
Recorde-se, que dificuldades no recenseamento de eleitores fizeram com que as eleições, marcadas para 18 de novembro, fossem adiadas, mas ainda não foi marcada uma nova data já que se mantêm profundas divergências entre os atores políticos guineenses.
Vários partidos, entre os quais o Partido da Renovação Social (PRS), que integra o atual executivo, têm solicitado ao chefe do Estado a demissão do Governo do primeiro-ministro, Aristides Gomes, que acusam de ter sido incapaz de organizar eleições como estava previsto.
DW
A Comunidade Internacional, reunida no chamado P5 (UE, ONU, União Africana, CEDEAO e CPLP) apelou esta sexta-feira (07.12) à responsabilização e contenção das autoridades políticas guineenses para que situações de violência não aconteçam na Guiné-Bissau devido ao impasse que se verifica no processo de recenseamento eleitoral com vista às eleições legislativas ainda sem data.
A Guiné-Bissau vive momento político conturbado com a incerteza quanto à realização das legislativas, numa altura em que aumenta a pressão social com a realização de greves em vários setores e protestos de rua.
Na quinta-feira (06.12.), o Ministério Público (MP) suspendeu o recenseamento eleitoral no país por alegadas irregularidades no processo. No mesmo despacho, o MP determinou ainda a presença de forças policiais no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), sendo apenas permitida a entrada de pessoas autorizadas.
Governo reage à decisão do MP
Em reação o Governo diz que é uma medida sem base legal e que vai recorrer da decisão do Ministério Público. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (07.12.), o executivo fez saber que não deu ordens às forças de segurança para impediram a entrada dos técnicos da Nigéria na sede do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).
"Condenar firmemente a atitude das forças de segurança que impediram a entrada dos técnicos da Nigéria, que se encontram no país, por solicitação do gabinete do Presidente da República, com o propósito de participarem na configuração e parametrização do servidor doado pelo Governo de Timor-Leste, para a consolidação dos dados do recenseamento eleitoral e consequente viabilização da produção dos cadernos eleitorais, conferindo assim maior fiabilidade ao processo do registo de eleitor”, lê-se no comunicado do Governo na posse da DW África.
P5 apela "bom senso"
Ovídeo Pequeno |
"Se há problemas, nós temos sempre que encontrar possibilidades de diálogo para ultrapassar esta situação. Não esgrimindo os nossos problemas na praça pública e através de comunicados que iremos resolver os problemas que são complicados. Por outro lado, também apelamos àss entidades políticas deste país que tenham uma certa contenção para evitar que haja uma situação de violência."
O representante da União Africana disse também que "não é de bom-tom" para a Guiné-Bissau, que recebeu ajuda da Nigéria, estar a "fazer uma propaganda negativa contra esse país".
"Um país que ajudou e continuar a ajudar, foi chamado à última hora para este processo todo e veio com boa vontade", afirmou.
A Nigéria é que deu à Guiné-Bissau os 'kits' que estão a ser utilizados para o recenseamento eleitoral.
Governo contra a decisão do Ministério Público
O Governo liderado por Aristides Gomes reuniu-se nesta sexta-feira com os parceiros internacionais do país no sentido de dar a conhecer a posição do executivo guineense que contesta a decisão do Ministério Público. O advogado que defende o Governo, Alcides Gomes, diretor da Faculdade de Direito de Bissau, disse que foi uma medida tomada sem base legal e garantiu que o Governo vai recorrer judicialmente da decisão.
"A desproporcionalidade do despacho com aquilo que é o interesse nacional está patente na decisão do MP. Mesmo não sendo jurista, nós percebemos, à partida, que este tipo de despacho não traz nada de bom para o país. É preciso o Ministério Público ter a noção do que é um Estado de direito".
O advogado Alcides Gomes acrescentou que no despacho do Ministério Público, assinado por três magistrados, "não há indícios" que possam levar ao encerramento do GTAPE:
"No despacho do Ministério Público não se demonstra qualquer ato de gravidade e muito menos de extrema gravidade. Acho que estamos perante uma ilegalidade", declarou, lamentando que as pessoas com formação jurídica ainda não tenham percebido os princípios de um Estado de direito e os limites da sua atuação.”
GTAPE sob investigação
Na terça-feira (04.12.), três técnicos do GTAPE foram ouvidos pelo MP guineense, tendo-lhes sido imposta a medida de coação com termo de identidade e residência.
Sede do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) |
O MP abriu um processo de averiguação de irregularidades no processo eleitoral na sequência de uma queixa apresentada por um grupo de partidos políticos, incluindo o Partido da Renovação Social, segunda maior força política da Guiné-Bissau e que integra o atual Governo de consenso.
Recorde-se que dificuldades no recenseamento de eleitores fizeram com que as eleições, marcadas para 18 de novembro, fossem adiadas, mas ainda não foi marcada uma nova data já que se mantêm profundas divergências entre os atores políticos.
Recorde-se, que dificuldades no recenseamento de eleitores fizeram com que as eleições, marcadas para 18 de novembro, fossem adiadas, mas ainda não foi marcada uma nova data já que se mantêm profundas divergências entre os atores políticos guineenses.
Vários partidos, entre os quais o Partido da Renovação Social (PRS), que integra o atual executivo, têm solicitado ao chefe do Estado a demissão do Governo do primeiro-ministro, Aristides Gomes, que acusam de ter sido incapaz de organizar eleições como estava previsto.
DW
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
Missão de Alto Nível da CEDEAO chega à Bissau na próxima segunda-feira, para acompanhar o evoluir do processo eleitoral,
A CEDEAO tem acompanhado o desenrolar do processo eleitoral como forma de garantir o retorno a normalidade governativa, paz e estabilidade.
Sob o mandato das Nações Unidas, a CEDEAO colocou desde 2012 na sequência dos acontecimentos com a missão angolana, uma força de alerta, ECOMIB para garantir a segurança.
Aliu Cande
Sob o mandato das Nações Unidas, a CEDEAO colocou desde 2012 na sequência dos acontecimentos com a missão angolana, uma força de alerta, ECOMIB para garantir a segurança.
Aliu Cande
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sexta-feira, dezembro 07, 2018
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Atualidade política
O primeiro-ministro, Aristides Gomes, está reunido com os representantes dos partidos políticos com e sem assento parlamentar para analisar os últimos desenvolvimentos políticos no país.
Participam na reunião, elementos do GETAP e da comunidade internacional. O Ministério Público (MP) da Guiné-Bissau suspendeu ontem o recenseamento eleitoral no país por alegadas irregularidades no processo, segundo um despacho a que a agência Lusa teve acesso.
No mesmo despacho, o MP determina também a presença de forças policiais no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), sendo apenas permitida a entrada de pessoas autorizadas.
Braima Darame
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sexta-feira, dezembro 07, 2018
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Sociedade - " A UNTG−CS repudia sindicalismo lucrativo ", diz Alberto Djata
Bissau, 07 Dez 18 (ANG) – O Vice-secretário Geral da União Nacional dos Trabalhadores Guineense−Central Sindical, Alberto Djata, disse que a sua instituição repudia o sindicalismo lucrativo na Guiné-Bissau, que tem vindo a descredibilizar o sector.
Em entrevista exclusiva à ANG, sobre a alegada oferta, por parte do Presidente da República, de viaturas à alguns dirigentes sindicais filiados naquela Central Sindical, o Vice-secretário Geral desta organização, disse que a actual direcção da UNTG tem vindo a denunciar e desencorajar situações dos líderes sindicais de tirarem proveitos pessoais em nome dos seus associados.
"Quem escolheu a vida de sindicalista, deve estar pronto para sacrificar para o bem dos trabalhadores e não ao contrário", disse Alberto Djata.
Segundo este responsável, o assunto tornado público no decorrer da semana passada sobre a entrega das viaturas pelo Presidente da República aos dois sindicatos afiliados na Central Sindical, nomeadamente Sindicato Democrático de Professores (SINDEPROF) e Sindicato dos Técnicos de Saúde (STS), não constitui surpresa.
Fez questão de salientar que os líderes envolvidos no escândalo não fazem parte da direção da UNTG, para sustentar que o caso demonstra a equidistância da actual direcção da UNTG em relação aos assuntos obscuros que prejudicam os trabalhadores guineenses.
Djata garante que a UNTG vai continuar a distância, a observar o desenrolar deste episódio, embora reconhece que o nome de setor sindical está em causa.
Alberto Djata, também culpou aos governantes, e os acusa de serem os patrocinadores de actos de desacreditação da luta pelo direitos e melhoria da vidas dos trabalhadores.
Alberto Djata exorta a todos os trabalhadores guineenses para se manterem serenos e confiantes de que a UNTG vai defender e dignificar sempre os seus associados de forma transparente e honesta.
ANG/CP/ÂC//SG
Em entrevista exclusiva à ANG, sobre a alegada oferta, por parte do Presidente da República, de viaturas à alguns dirigentes sindicais filiados naquela Central Sindical, o Vice-secretário Geral desta organização, disse que a actual direcção da UNTG tem vindo a denunciar e desencorajar situações dos líderes sindicais de tirarem proveitos pessoais em nome dos seus associados.
"Quem escolheu a vida de sindicalista, deve estar pronto para sacrificar para o bem dos trabalhadores e não ao contrário", disse Alberto Djata.
Segundo este responsável, o assunto tornado público no decorrer da semana passada sobre a entrega das viaturas pelo Presidente da República aos dois sindicatos afiliados na Central Sindical, nomeadamente Sindicato Democrático de Professores (SINDEPROF) e Sindicato dos Técnicos de Saúde (STS), não constitui surpresa.
Fez questão de salientar que os líderes envolvidos no escândalo não fazem parte da direção da UNTG, para sustentar que o caso demonstra a equidistância da actual direcção da UNTG em relação aos assuntos obscuros que prejudicam os trabalhadores guineenses.
Djata garante que a UNTG vai continuar a distância, a observar o desenrolar deste episódio, embora reconhece que o nome de setor sindical está em causa.
Alberto Djata, também culpou aos governantes, e os acusa de serem os patrocinadores de actos de desacreditação da luta pelo direitos e melhoria da vidas dos trabalhadores.
Alberto Djata exorta a todos os trabalhadores guineenses para se manterem serenos e confiantes de que a UNTG vai defender e dignificar sempre os seus associados de forma transparente e honesta.
ANG/CP/ÂC//SG
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sexta-feira, dezembro 07, 2018
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Suspensão do recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau sem base legal - advogado
A suspensão do recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau determinada pelo Ministério Público não tem base legal, disse hoje o advogado que vai representar o Governo guineense neste processo, sublinhando que vai recorrer da decisão.
"É claro que isto é uma medida que está longe de ter uma base legal, um fundamento jurídico para acontecer", afirmou o advogado Alcides Gomes, que é também diretor da Faculdade de Direito de Bissau.
O Ministério Público (MP) da Guiné-Bissau suspendeu hoje o recenseamento eleitoral no país por alegadas irregularidades no processo, segundo um despacho a que a agência Lusa teve acesso.
No mesmo despacho, o MP determina também a presença de forças policiais no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), sendo apenas permitida a entrada de pessoas autorizadas.
Segundo o advogado, o Governo vai dirigir-se "judicialmente para tentar pôr em causa um despacho que é manifestamente ilegal e que prejudica muito o país".
"A desproporcionalidade do despacho com aquilo que é o interesse nacional é patente. Mesmo não sendo juristas, nós percebemos, à partida, que este tipo de despacho não traz nada de bom para o país. É preciso o Ministério Público ter consciência, ter noção do Estado", declarou.
O advogado Alcides Gomes sublinhou que no despacho do MP, assinado por três magistrados, "não há indícios que possam levar ao encerramento do GTAPE", porque uma instituição do Estado só pode ser fechada "numa situação de extrema gravidade".
"No despacho do Ministério Público não se demonstra qualquer ato de gravidade e muito menos de extrema gravidade. Acho que estamos perante uma ilegalidade", declarou, lamentando que as pessoas com formação jurídica ainda não tenham percebido o Estado de Direito e os limites da sua atuação.
Na terça-feira, três técnicos do GTAPE foram ouvidos pelo MP guineense, tendo-lhes sido imposta a medida de coação de termo de identidade e residência.
O diretor-geral interno do GTAPE e outros três técnicos foram também hoje ouvidos, mas na qualidade de testemunhas.
O MP abriu um processo de averiguação de irregularidades no processo eleitoral na sequência de uma queixa apresentada por um grupo de partidos políticos, incluindo o Partido da Renovação Social, segunda maior força política da Guiné-Bissau e que integra o atual Governo de consenso.
As eleições legislativas na Guiné-Bissau estavam marcadas para 18 de novembro, mas foram adiadas devido a problemas técnicos e financeiros que impediram que o recenseamento eleitoral começasse na data prevista, em agosto.
O recenseamento eleitoral ainda decorre no país, mas tem sido muito contestado.
dn.pt
"É claro que isto é uma medida que está longe de ter uma base legal, um fundamento jurídico para acontecer", afirmou o advogado Alcides Gomes, que é também diretor da Faculdade de Direito de Bissau.
O Ministério Público (MP) da Guiné-Bissau suspendeu hoje o recenseamento eleitoral no país por alegadas irregularidades no processo, segundo um despacho a que a agência Lusa teve acesso.
No mesmo despacho, o MP determina também a presença de forças policiais no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), sendo apenas permitida a entrada de pessoas autorizadas.
Segundo o advogado, o Governo vai dirigir-se "judicialmente para tentar pôr em causa um despacho que é manifestamente ilegal e que prejudica muito o país".
"A desproporcionalidade do despacho com aquilo que é o interesse nacional é patente. Mesmo não sendo juristas, nós percebemos, à partida, que este tipo de despacho não traz nada de bom para o país. É preciso o Ministério Público ter consciência, ter noção do Estado", declarou.
O advogado Alcides Gomes sublinhou que no despacho do MP, assinado por três magistrados, "não há indícios que possam levar ao encerramento do GTAPE", porque uma instituição do Estado só pode ser fechada "numa situação de extrema gravidade".
"No despacho do Ministério Público não se demonstra qualquer ato de gravidade e muito menos de extrema gravidade. Acho que estamos perante uma ilegalidade", declarou, lamentando que as pessoas com formação jurídica ainda não tenham percebido o Estado de Direito e os limites da sua atuação.
Na terça-feira, três técnicos do GTAPE foram ouvidos pelo MP guineense, tendo-lhes sido imposta a medida de coação de termo de identidade e residência.
O diretor-geral interno do GTAPE e outros três técnicos foram também hoje ouvidos, mas na qualidade de testemunhas.
O MP abriu um processo de averiguação de irregularidades no processo eleitoral na sequência de uma queixa apresentada por um grupo de partidos políticos, incluindo o Partido da Renovação Social, segunda maior força política da Guiné-Bissau e que integra o atual Governo de consenso.
As eleições legislativas na Guiné-Bissau estavam marcadas para 18 de novembro, mas foram adiadas devido a problemas técnicos e financeiros que impediram que o recenseamento eleitoral começasse na data prevista, em agosto.
O recenseamento eleitoral ainda decorre no país, mas tem sido muito contestado.
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sexta-feira, dezembro 07, 2018
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Jornal Última Hora destaca na sua Edição de hoje:
Técnicos do Gtape roubam ata de reunião interna não assinada para entregar na Presidência, criando confusão, cintando o Diretor geral interino Cristiano Na Betam-a.
Aliu Cande
Aliu Cande
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quinta-feira, dezembro 06, 2018
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UA APELA CALMA DURANTE PROCESSE ELEITORAL
O representante da União Africana (UA), igualmente porta-voz do P5, apela Serenidade e Calma dos Lideres Políticos da Guiné Bissau a volta do processo de recenseamento eleitoral em curso
Ouvido Pequeno fez este apelo, hoje quinta-feira 06 de Dezembro, à saída da audiência com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassama.
O diplomata São-tomense ao serviço da União Africana reconheceu que o processo começou com algumas dificuldades mas acredita que o diálogo poderá ajudar a ultrapassar os problemas.
“O processo começou com algumas dificuldades mas as dificuldades quando eles existem são para serem suprimidas na base de um diálogo permanente entre os actores políticos para a satisfação de todos”, referiu Ovídio Pequeno.
Pequeno pede ainda, capacidade e paciência de esperar, para a resolução dos problemas que afligem o processo de recenseamento eleitoral em curso.
O chefe do escritório da União Africana na Guiné Bissau, disse por outro lado que a comunidade internacional está preocupada e contínua aguardar da parte do governo, que seja indicada uma data para o fim do recenseamento eleitoral e a marcação das eleições legislativas.
Por: Turé Da Silva
Radiosolmansi.net
Ouvido Pequeno fez este apelo, hoje quinta-feira 06 de Dezembro, à saída da audiência com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassama.
O diplomata São-tomense ao serviço da União Africana reconheceu que o processo começou com algumas dificuldades mas acredita que o diálogo poderá ajudar a ultrapassar os problemas.
“O processo começou com algumas dificuldades mas as dificuldades quando eles existem são para serem suprimidas na base de um diálogo permanente entre os actores políticos para a satisfação de todos”, referiu Ovídio Pequeno.
Pequeno pede ainda, capacidade e paciência de esperar, para a resolução dos problemas que afligem o processo de recenseamento eleitoral em curso.
O chefe do escritório da União Africana na Guiné Bissau, disse por outro lado que a comunidade internacional está preocupada e contínua aguardar da parte do governo, que seja indicada uma data para o fim do recenseamento eleitoral e a marcação das eleições legislativas.
Por: Turé Da Silva
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quinta-feira, dezembro 06, 2018
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