sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Dezenas de ataques na Índia contra cristãos no Natal... A organização de defesa dos direitos humanos United Christian Forum (UCF) afirmou hoje que a comunidade cristã na Índia foi alvo de mais de 700 ataques este ano, com dezenas de incidentes este Natal.

Por LUSA 26/12/2025

A.C. Michael, coordenador da organização não-governamental (ONG) no país, disse à agência espanhola EFE que durante as festas de Natal foram relatados ataques contra igrejas, escolas cristãs, grupos de canto natalício e vendedores de artigos de Natal, bem como atos de vandalismo em centros comerciais, incluindo a queima de árvores de Natal e outras decorações festivas. 

Com perto de 30 ataques registados entre 21 e 25 de dezembro, o total de incidentes este ano pode situar-se entre os 730 e os 740, um número que tem crescido continuamente, segundo o responsável da UCF.

"Até mesmo celebrar o Natal usando um gorro de Pai Natal está a tornar-se difícil para os cristãos na Índia" e a situação "está a tornar-se um grande desafio para os cristãos viverem em paz ou praticarem a sua fé", acrescentou.

As organizações internacionais de direitos humanos associam a intensificação destes ataques à ascensão do nacionalismo hindu, apoiado pelo atual Governo. 

Antes do Natal, foram registados 706 ataques contra a comunidade cristã, segundo a UCF, uma ONG que disponibiliza uma linha de apoio para pessoas que enfrentam ameaças de violência na Índia. 

Os cristãos representam menos de 3% da população indiana, a maior do mundo com mais de 1,4 mil milhões de pessoas. 

Os estados de Chhattisgarh e Uttar Pradesh registaram o maior número de incidentes, com 157 e 184 casos, respetivamente, até novembro. 

O receio é menos acentuado em grandes cidades como Nova Deli, Bombaim, Bangalore, Chennai e Calcutá. 

Uma parte significativa dos cristãos na Índia pertence às castas Dalit e grupos tribais, que, segundo relatos de organizações internacionais, estão entre mais expostos a acusações de conversão forçada e violência coletiva. 

Os incidentes foram reportados em vários pontos do país e em alguns casos resultaram em detenções e pedidos de reforço da segurança por parte de organizações cristãs. 

Segundo o Relatório Mundial sobre a Liberdade Religiosa de 2025, a Índia tornou-se um exemplo primordial de "perseguição híbrida", na qual a repressão legal imposta pelo Governo se combina com ataques e ações de multidões ligadas ao nacionalismo hindu contra minorias religiosas, especialmente cristãos e muçulmanos. 

A UCF alertou que muitos ataques contra cristãos não são denunciados ou são simplesmente ignorados pela polícia. 

"A polícia não se preocupa connosco. Protegem sempre os autores da violência, e esse é o problema", disse o coordenador nacional da UCF.  

"São, na sua maioria, hindus, frequentemente ligados a organizações próximas do partido no poder", acrescentou o representante à EFE.

Desde que o Partido Bharatiya Janata (BJP), do primeiro-ministro Narendra Modi, chegou ao poder em 2014, foram aprovadas ou reforçadas leis anticonversão em pelo menos 12 estados --- um desenvolvimento que os relatórios internacionais associam à relação da formação nacionalista com o grupo paramilitar de extrema-direita Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS).  

Em resposta a esta situação, a UCF enviou hoje uma carta ao primeiro-ministro, relatando todos os casos e solicitando a sua intervenção imediata para proteger os direitos e a dignidade da comunidade cristã na Índia. 

Trump diz ter dizimado os campos 'jihadistas' visados no ataque na Nigéria... O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu hoje que foram dizimados todos os campos 'jihadistas' visados pelas forças norte-americanas nos ataques na Nigéria, acrescentando ter ordenado a ofensiva no dia de Natal.

Por  LUSA 26/12/2025

O republicano adiantou ao 'site' informativo Politico que o ataque estava originalmente agendado para quarta-feira, mas determinou que fosse adiado por um dia por razões simbólicas.

"Eles iam fazer isso [o ataque] antes. E eu disse: 'Não, vamos dar um presente de Natal'. (...) Eles não estavam à espera, mas atacámo-los com força. Todos os acampamentos foram dizimados", frisou.

Trump confirmou ainda ao Politico que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o visitará este fim de semana.

Os Estados Unidos realizaram ataques mortais na quinta-feira no noroeste da Nigéria contra 'jihadistas' que a administração Trump acusa de massacrar cristãos.

O Governo e as Forças Armadas da Nigéria afirmaram ter lançado ataques aéreos em conjunto com os Estados Unidos contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no noroeste do país africano.

"Os ataques basearam-se em informações fidedignas e num cuidadoso planeamento operacional, visando enfraquecer a capacidade operacional dos terroristas, minimizando simultaneamente os danos colaterais", indicou o porta-voz das Forças Armadas nigerianas, tenente-general Samaila Uba.

Noutro comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Nigéria assinalou que as autoridades nigerianas mantêm "uma cooperação estruturada em matéria de segurança com parceiros internacionais, incluindo os Estados Unidos, para enfrentar a persistente ameaça do terrorismo e do extremismo violento".

A confirmação surgiu depois de Trump ter anunciado, na quinta-feira, que as tropas norte-americanas tinham lançado um ataque "poderoso e mortal" contra acampamentos do EI no noroeste da Nigéria.

Segundo o Pentágono, os ataques implicaram o lançamento de cerca de uma dezena de mísseis Tomahawk a partir de um navio da Marinha dos Estados Unidos destacado no golfo da Guiné e provocaram "múltiplas vítimas" no estado de Sokoto, perto da fronteira com o Níger.

Em novembro, Trump denunciou, sem apresentar provas, uma alegada matança de cristãos na Nigéria, anunciou a designação do país como "de especial preocupação" (categoria reservada a nações envolvidas em violações graves da liberdade religiosa) e ameaçou realizar uma possível intervenção militar.

O Governo nigeriano assegurou que tomava nota das declarações do Presidente republicano, mas afirmou que essas acusações "não refletiam a realidade no terreno".

O nordeste da Nigéria sofre ataques do grupo extremista islâmico Boko Haram desde 2009, violência que se agravou a partir de 2016 com o surgimento de uma cisão, o Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP).

Ambos os grupos pretendem impor um Estado de inspiração islâmica na Nigéria, país maioritariamente muçulmano no norte e predominantemente cristão no sul.

Dados oficiais indicam que o Boko Haram e o ISWAP mataram mais de 35.000 pessoas, incluindo muçulmanos, e provocaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, sobretudo na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger.


Leia Também: EUA afirmam que ataques na Nigéria foram aprovados por governo de Lagos

Os Estados Unidos disseram hoje que os ataques aéreos realizados no dia de Natal contra grupos extremistas islâmicos na Nigéria foram aprovados por Lagos.


O novo Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Mamadu Badji, convocou para segunda feira 29 de Dezembro, uma reunião extraordinária do Conselho Diretivo do Ministério para analisar, com caráter de urgência, a situação da colocação de professores em todo o território nacional.

Por Ministério da Educação Nacional, 

A decisão surge num contexto marcado por dificuldades persistentes no início e na normalização do ano letivo, sobretudo em várias regiões do país onde se registam défices significativos de docentes, afetando diretamente o funcionamento das escolas públicas e a qualidade do ensino. 

O Conselho Diretivo foi chamado a fazer um diagnóstico detalhado da situação atual, incluindo:

O levantamento do número real de professores em falta por região e por nível de ensino;

A identificação de escolas mais afetadas, especialmente nas zonas rurais;

A análise dos constrangimentos administrativos, financeiros e logísticos que têm atrasado as colocações.

De referir que o novo Ministro da Educação  defendeu  durante a transferencia de poderes com o seu antecessor 

 a necessidade de soluções estruturais e sustentáveis, indo além das respostas de emergência. 

Nesse sentido, orientou os serviços técnicos a trabalharem num plano de médio prazo que inclua:

Melhoria dos mecanismos de planeamento e gestão do pessoal docente;

Criação de critérios mais transparentes para a colocação e mobilidade dos professores;

Valorização e motivação da carreira docente, especialmente para quem aceita trabalhar em zonas de difícil acesso.

Expectativa da comunidade educativa

A convocação do Conselho Diretivo foi bem recebida por diferentes setores da comunidade educativa, que veem na iniciativa um sinal de abertura e de ação imediata por parte do novo titular da pasta da Educação. Professores, encarregados de educação e gestores escolares esperam que as decisões tomadas se traduzam rapidamente em resultados concretos no terreno.

O Ministério da Educação garantiu que, nos próximos dias, serão tornadas públicas as principais deliberações da reunião, bem como um calendário de implementação das medidas urgentes para assegurar que todas as escolas disponham de professores suficientes e qualificados.

Com esta iniciativa, o ministro Mamadu Badji reafirma o seu compromisso de colocar a educação no centro das políticas públicas, reconhecendo que sem professores devidamente colocados não é possível garantir um sistema educativo funcional e inclusivo.

A justiça, por outros meios necessários ... Na Guiné-Bissau- ainda temos pessoas não decentes livres e que deviam estar (nos presidiários) do país neste preciso momento.

Por Juvenal Cabi Na Una.

Se, eu fosse o Manjor e General Horta Inta, o Ministério Público ia ter um PGR Militar e Juízes Militares nos tribunais do país durante toda transição. 

Alto comando Militar faria todo possível para abrir uma investigação de larga escala sobre todos os resgates financeiros fraudulentos que foram efetuados no país entre políticos corruptos e ditos empresários Bandidos, e assim, com o ónus da prova categórica na plena luz do dia e prender todos os envolvidos e beneficiários dos bilhões. Sei que é de árduas investigações, mas é como eu disse na frase em cima, o Ministério Público devia ter um PGR militar neste momento e- os tribunais com juízes militares. 

É possível aliás, tudo é possível quando há vontade. Pouco interessa se não tem precedente histórico.

Sem dúvida é isso que devia ser feito mas, como eles nada sabem fazer em Bissau- Guineense, somos vergonha histórica da África. Os militares deveriam trabalhar em busca da "prova que faltava", saber para quê é que não esclarece nada sobre resgates financeiros ilegais anos e anos. Uma vez que o poder político corrupto do país há décadas na Administração Pública não tem outro objetivo coletivo senão roubar país e o povo, e continua iludir as pessoas verdadeiramente fantásticas, que vivem numa maliciosa e falsa construção argumentativa para defender o indefensável, por isso, visam ocultar o único facto corrupto que está inequivocamente demonstrado no país .

 A ignorância e fanatismo do nosso povo ilustra apenas o desespero e não de que, à falta das evidências ou provas para prender Bandidos na Guiné-Bissau, sempre são denunciadas evidências fortes e irrefutáveis sobre roubo nos cofres públicos, nunca houve ou sequer argumentos de factos para manter Bandidos livres, mas cada vez, se vê Bandidos obrigados a recorrerem às invenções, às mentiras e calúnias para manterem livres a flutuarem na arruinada económica do país. 

Ficámos agora a saber que as instruções judiciais estão no mercado político, ambiente que permite os Bandidos minar os princípios democráticos, como a soberania nacional, vontade popular e o Estado de direito. 

Todavia, o que me parece mais importante dizer neste momento é que já é altura de Alto comando Militar assumir fazer essa investigação sobre tais resgates financeiros fraudulentos, e não continuar a 

fingir que não vemos o que está à vista de todos: porque tudo isto aconteceu com a cumplicidade das próprias autoridades judiciais no país. 

Os Bandidos soltos colocam em perigo Estabilidade do país e futuro da nação. 

Os F-16 ucranianos têm um novo sensor e estão a destruir os mísseis russos em "modo silencioso"

 CNN Portugal 

Novo sistema de sensores instalado nos caças ucranianos permite abater alvos em movimento com maior precisão e sem deixar rasto

A Ucrânia está a melhorar consideravelmente a interceção de mísseis russos e a explicação pode ser o novo sistema de sensores dos F-16.

Trata-se do sistema de mira avançado Sniper (Sniper pod, na designação em inglês) que está acoplado à aeronave e permite melhorar a deteção dos alvos através de um laser que “ilumina” o alvo a abater, de acordo com a Euromaidan Press.

Além de facilitar o trabalho do piloto, o Sniper pod é um sensor passivo, o que significa que não emite qualquer tipo de radiação, tornando o F-16 invisível aos radares russos. Embora o radar APG-66(V)2A, montado no nariz do caça, continue a ser o seu sensor principal, a nova ferramenta é importante uma vez que permite ao piloto desligar o radar e ficar em modo “silencioso” ao mesmo tempo que ataca o inimigo.

Com o novo sistema, os F-16 desbloqueiam ainda uma nova capacidade. Ou seja, os pilotos podem ter na mira um alvo em movimento com maior facilidade, mantendo o laser do Sniper pod apontado durante o tempo que for necessário e alterando o destino do ataque, se necessário.

Na noite de 22 de dezembro a nova aquisição fez um brilharete quando as forças ucranianas defenderam várias cidades dos mísseis de cruzeiro russos, “principalmente” devido aos caças F-16, disse o coronel Yurii Ihnat, chefe de comunicações daquele ramo das Forças Armadas ucranianas, ao Ukrainian Pravda. Foram abatidos 34 de 35 mísseis russos.

Com a ajuda dos aliados, nomeadamente de Bélgica, Dinamarca, Países Baixos e Noruega, a Ucrânia recebeu cerca de 50 caças F-16 supersónicos.

Inchaço abdominal: A sentir-se inchado após o Natal? Médica explica o que pode fazer... A sensação de inchaço após o Natal é comum devido ao excesso de comida. A médica Rachel Lee explica os motivos mais comuns por trás da sensação de enfartamento e de que forma poderá aliviá-los.

© Shutterstock  noticiasaominuto.com  26/12/2025 

Na época de Natal é normal que a grande maioria das pessoas coma mais do que é suposto. Afinal, quem resiste aos doces e iguarias que ocupam a mesa?

Com isto vem a sensação de barriga inchada e disposição. A boa notícia é que a maioria dos inchaços são temporários.

A médica Rachel Lee revelou ao website Aylo Health os motivos que explicam estes sintomas e de que forma os poderá aliviar. 

Porque é que nos sentimos inchados?

Há várias razões pelas quais a sensação de enfartamento e barriga inchada podem aparecer. De seguida destacamos quatro. 

1. Comer em excesso

A razão mais simples, mas também a mais comum, é comer mais do que é habitual. Quando se come demais, o estômago dilata-se para conseguir acomodar toda a comida. Essa pressão extra faz com se que sinta cheio. 

Dica: experimente comer pequenas doses ao longo do dia em vez de uma refeição muito grande, pois assim dará tempo para o corpo digerir melhor os alimentos. 

2. Gases em excesso

Há determinados alimentos que criam mais gases e alguns deles fazem parte dos pratos típicos do final de ano. 

Dica: se perceber que há alimentos que lhe causam desconforto, procure consumi-los em menor quantidade e equilibre-os com opções que não causem gases.

3. Engolir ar

Não se trata apenas do que come, mas a maneira como come também pode levar ao inchaço. Comer muito rápido, falar enquanto mastiga ou até mesmo mascar pastilhas pode fazer com que engula ar em excesso. 

Dica: coma devagar e concentre-se em porções menores. 

Inchaço? Maneiras simples de se sentir mais aliviado

Há várias dicas simples que poderá seguir e que lhe trarão alívio em momentos nos quais se sentir inchado. 

- Dê uma caminhada. Mesmo uma caminhada de 10 a 15 minutos após uma refeição pode ajudar a eliminar gases do sistema digestivo e a reduzir o desconforto;

- Beba mais água. Manter-se hidratado ajuda o sistema digestivo a funcionar corretamente e pode aliviar o inchaço;

- Evite deitar-se logo após comer. Dê tempo para o seu corpo digerir antes de descansar.

A maioria dos inchaços desaparece após algumas horas ou dias. No entanto, se estes sintomas permanecerem ou surgirem com frequência, sendo acompanhados de outros como dor, prisão de ventre ou alterações de apetite, então o melhor será consultar o seu médico. 

Pelo menos 15 feridos em ataque com faca e líxivia no Japão... Um homem foi hoje detido, no centro do Japão, depois de esfaquear oito pessoas, disseram as autoridades.

© Shutterstock  Lusa   26/12/2025 

Os oito feridos, cinco dos quais em estado grave, foram levados para hospitais, na sequência do ataque ocorrido na Yokohama Rubber Company, empresa especializada no fabrico de pneus para camiões e autocarros situada na cidade de Mishima, na província de Shizuoka, a oeste de Tóquio, divulgou o Corpo de Bombeiros de Fujisan Nanto. 

Outras sete pessoas ficaram também feridas ao serem atingidas por lixívia, atirada durante o ataque, acrescentou o corpo de bombeiros.

A polícia da província de Shizuoka disse que o agressor, de 38 anos, foi detido por alegada tentativa de homicídio na fábrica, mas não adiantou mais pormenores.

"Várias pessoas estão a receber assistência dos serviços de emergência", disse o chefe do corpo de bombeiros de Mishima, Tomoharu Sugiyama, citado pela agência de notícias France-Presse.

De acordo com a mesma fonte, os bombeiros receberam uma chamada cerca das 16:30 (07:30 em Lisboa) da fábrica, relatando que "cinco ou seis pessoas tinham sido esfaqueadas" e que um "um líquido" tinha sido pulverizado.

Os meios de comunicação japoneses avançaram que o suspeito foi detido de imediato na fábrica.

Os crimes violentos são relativamente raros no Japão, um país com baixa taxa de homicídios e com algumas das leis sobre armas mais rigorosas do mundo.

Ataques com facas e até mesmo tiroteios acontecem ocasionalmente, como foi o caso do homicídio do antigo primeiro-ministro Shinzo Abe, em 2022.


Guiné-Conacri elege presidente num escrutínio marcado por fraca oposição... Cerca de sete milhões de eleitores escolhem no domingo um Presidente na Guiné-Conacri, entre nove candidatos, num escrutínio marcado pela ausência de uma oposição forte, sendo assim provável a vitória o chefe de Estado interino.

© Shutterstock   Lusa   26/12/2025 

Nove candidatos presidenciais - nomeadamente o atual Presidente interino, o general Mamady Doumbouya - terminam hoje a sua campanha eleitoral para tentar ganhar o voto dos 6,8 milhões de eleitores inscritos. 

O atual líder do país candidata-se de forma independente, mas com o apoio do movimento Geração para a Modernidade e o Desenvolvimento (GMD, na sigla em francês).

Segundo noticiou a agência France-Presse (AFP), Doumbouya parece ter o escrutínio ganho devido à ausência de uma oposição forte. 

A sua campanha tem o 'slogan' "Construir Juntos" e Doumbouya prometeu, num vídeo publicado no início do mês, paz e estabilidade aos cerca de 13 milhões de cidadãos guineenses.

Essa foi a única intervenção de campanha do general que está à frente do país desde 2021 - após ter protagonizado um golpe de Estado e deposto o ex-Presidente Alpha Condé - e que se candidata às eleições presidenciais apesar de, inicialmente, ter prometido devolver o poder aos civis.

A tomada de poder deste militar foi inicialmente acolhida com alegria pela população, após meses de manifestações duramente reprimidas contra um terceiro mandato de Condé.

Desde então, o general tem governado o país viznho da Guiné-Bissau com mão-de-ferro.

Sob a sua presidência, vários partidos políticos e meios de comunicação social foram suspensos, as manifestações foram proibidas em 2022 e são reprimidas.

Numerosos líderes da oposição e da sociedade civil foram detidos, condenados ou empurrados para o exílio e as notícias de desaparecimentos forçados e raptos multiplicaram-se nos últimos anos.

Para se poder candidatar a este escrutínio, realizou um referendo no país, em setembro, para alterar a Constituição, que contou com uma participação de 91%, mas foi fortemente criticado pela oposição.

Nesse novo texto passou a ser permitido que membros da junta militar se candidatassem ao poder e o mandato presidencial foi aumentado para sete anos.

Os restantes oito candidatos destas eleições são Faya Millimono, líder do Bloco Liberal; Bouna Keïta, candidato do Comício do Povo Guineense (RPG na sigla em francês) e eleito deputado em 2020; Abdoulaye Yéro Baldé, líder do Frondeg, trabalhou no Banco Mundial, foi vice-governador do Banco Central e ex-ministro de Condé; Makalé Camara, líder do Fan, ex-ministra da Agricultura e dos Negócios Estrangeiros e única mulher entre os candidatos.

A lista integra ainda Ibrahima Abé Sylla, candidato do partido Novo Compromisso pela República (NGR, na sigla em francês), foi ministro da Energia; Abdoulaye Kourouma líder do Renascimento e Desenvolvimento (RRD, na sigla em francês); Mohamed Nabé e Mohamed Tounkoura.

O escrutínio está a ser organizado pelo Ministério da Administração Territorial e não por um órgão independente.

As urnas vão estar a funcionar entre as 07h00 e as 18h00 (o mesmo horário em Lisboa), mas a data do anúncio dos resultados não foi ainda comunicada.

A Guiné-Conacri continua a ser um dos países mais pobres do mundo, com 52% dos habitantes a viverem abaixo do limiar da pobreza, apesar das suas riquezas naturais, como bauxite, ferro, ouro e diamantes.


Drones russos causam danos em navios da Eslováquia, Palau e Libéria... As defesas aéreas ucranianas neutralizaram 73 dos 99 drones russos durante a noite e madrugada de hoje, informou a Força Aérea.

Por  LUSA 

Os drones não intercetados causaram danos em infraestruturas ucranianas e em três navios com bandeiras da Eslováquia, Palau e Libéria, na costa do Mar Negro, segundo as autoridades militares.

"Na noite de 26 de dezembro [a partir das 18h00 do dia 25 de dezembro], o inimigo atacou com um míssil balístico Iskander-M a partir da área temporariamente ocupada da Crimeia, assim como com 99 drones de ataque dos tipos Shahed, Gerbera e outros", anunciou a força militar no seu relatório diário, nas redes sociais.

Os drones descolaram das regiões russas de Bryansk, Kursk e Primorsko-Akhtarsk, e da península ucraniana anexada da Crimeia.

Segundo dados preliminares da Força Aérea, até às 09h00 (locais), 73 drones Shahed, Gerbera e de outros modelos tinham sido intercetados ou neutralizados no norte, sul e leste da Ucrânia.

Um míssil balístico e 26 veículos aéreos não tripulados (UAV) atingiram, no entanto, 16 diferentes locais na região costeira de Odessa, causando danos em dois navios, um da Eslováquia e outro de Palau, disse o vice-primeiro-ministro ucraniano, Oleksiy Kuleba, no Telegram.

Os ataques também provocaram incêndios e danos em armazéns de empresas, numa barcaça e em elevadores.

Na região vizinha de Mykolaiv, drones russos atingiram um terminal portuário e um navio que navegava sob a bandeira da Libéria.

Um outro ataque, segundo Kuleba, atingiu a região oeste de Lviv, onde foram danificadas infraestruturas ferroviárias, no entroncamento de Kovel, a cerca de 60 quilómetros da fronteira com a Polónia.

EUA atacaram Daesh na Nigéria após "massacres de cristãos". As imagens... Os EUA anunciaram na quinta-feira um ataque contra o Daesh na Nigéria, numa operação conjunta com este país. Não são descartados novos ataques e números de vítimas ainda não são conhecidos.

Por  LUSA 

Já são conhecidas as primeiras imagens relacionadas com os ataques levados a cabo pelos Estados Unidos no noroeste da Nigéria, e que foram dirigidos ao autoproclamado Estado Islâmico (Daesh).

Os ataques aconteceram na quinta-feira à noite e o anúncio de que estes tinham acontecido foi feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Já antes tinha avisado estes terroristas de que, se não acabassem com o massacre de cristãos, pagariam caro, e esta noite [quinta-feira] pagaram", escreveu Trump na sua rede social, Truth Social, acrescentando que "o Departamento de Guerra realizou muitos ataques perfeitos, como só os Estados Unidos são capazes de fazer".

A publicação de Trump não incluía informações sobre como a ofensiva tinha sido levada a cabo e quais os seus efeitos.

"Esta noite, sob as minhas ordens como Comandante-Supremo [das Forças Armadas], os Estados Unidos lançaram um poderoso e mortífero ataque contra a Escumalha Terrorista do EI [Estado Islâmico] no noroeste da Nigéria, que tem atacado e matado violentamente sobretudo cristãos inocentes, a níveis não vistos em muitos anos, até mesmo séculos!", escreveu ainda.

Nigéria confirma ataque

Depois do anúncio feito por Trump - em que não foram dados muitos detalhes - foi a vez de o país que foi palco do ataque confirmar a  situação.

Pouco depois do anúncio de Trump, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Nigéria confirmou a execução de ataques de "precisão contra alvos terroristas" no noroeste do país pelas forças norte-americanas.

"As autoridades nigerianas continuam empenhadas numa cooperação estruturada em matéria de segurança com parceiros internacionais, incluindo os Estados Unidos da América, a fim de combater a ameaça persistente do terrorismo e do extremismo violento", afirmou o ministério num comunicado.

"Isto levou a ataques aéreos de precisão contra alvos terroristas na Nigéria", acrescentou o ministério nigeriano.

À BBC, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Yusuf Maitama Tuggar, disse que esta "foi uma operação conjunta" que teve "terroristas" como alvo e que "não estava relacionado com uma religião em particular".

Sem mencionar especificamente o Estado Islâmico, Tuggar detalhou que a operação já tinha sido planeada "há bastante tempo" e que foram usadas informações recolhidas pela Nigéria.

O ministro não descartou novos ataques, acrescentando que isso dependeria de "decisões a serem tomadas pelas lideranças dos dois países". 

Pelo menos para já, ainda são desconhecidos os números de vítimas ou estragos que foram registados com estes ataques.

Os avisos

No mês passado, Trump disse que tinha ordenado ao Pentágono que começasse a planear uma potencial ação militar na Nigéria, na sequência de denúncias de perseguição de cristãos.

O Departamento de Estado anunciou nas últimas semanas que iria restringir os vistos para nigerianos e familiares, envolvidos em assassínios em massa e violência contra cristãos no país da África Ocidental.

Os Estados Unidos designaram recentemente a Nigéria como "país de particular preocupação" ao abrigo da Lei da Liberdade Religiosa Internacional.

"O nosso país não permitirá que o terrorismo radical islâmico prospere", afirmou Trump na quinta-feira à noite. 

Veja as imagens na galeria.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

EUA realizaram "numerosos ataques" contra Estado Islâmico na Nigéria... O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje que os Estados Unidos realizaram "numerosos ataques" mortais contra o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), no noroeste da Nigéria.

Por LUSA 

Trump ameaçou que as forças norte-americanas procederão a novos ataques se a organização continuar a matar cristãos naquele país africano.

"Já antes tinha avisado estes terroristas de que, se não acabassem com o massacre de cristãos, pagariam caro, e esta noite pagaram", declarou Donald Trump na sua rede social, Truth Social, acrescentando que "o Departamento de Guerra realizou muitos ataques perfeitos".


@MFAA


Forças ucranianas atacam refinaria russa ligada ao abastecimento militar... A Ucrânia atacou hoje uma grande refinaria na Rússia diretamente ligada ao abastecimento das forças armadas russas, com recurso a mísseis britânicos Storm Shadow, anunciou o Estado-Maior das forças armadas ucranianas.

Por  LUSA 25/12/2025

A refinaria de Novoshakhtinsk foi atacada por vários mísseis que causaram múltiplas explosões", disse o Estado-Maior numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

Esse tipo de armamento já foi por diversas vezes utilizado em ataques no território russo.

"As unidades da força aérea ucraniana atacaram com sucesso a fábrica de produtos petrolíferos de Novoshakhtinsk na região de Rostov, na Rússia, com mísseis cruzeiro Storm Shadow disparados a partir do ar", de acordo com a comunicação militar, citada pela agência France Presse (AFP).

O Estado-Maior explicou que a refinaria em causa é uma das principais fornecedoras de produtos petrolíferos no sul da Rússia e "está diretamente ligada ao abastecimento das forças armadas da Federação da Rússia", nomeadamente combustível diesel e querosene para a aviação.

A Ucrânia, que sofre diariamente ataques russos de mísseis e drones com longo raio de ação retalia atacando instalações e infraestruturas energéticas.


Leia Também: Moscovo recomenda a cidadãos russos que evitem viajar para a Alemanha

Recentemente, o Governo alemão convocou o embaixador russo, Serguei Nechayev, depois de os serviços secretos germânicos terem atribuído à Rússia um ciberataque contra o controlo de tráfego aéreo germânico, em 2024, e uma campanha de desinformação em vésperas das eleições gerais realizadas em fevereiro de 2025.


Guiné-Bissau: Praça dos Heróis Nacionais ponto alto do Natal em Bissau


Estamos a Trabalhar     .....Mininus na brinca na império ku avenida Amílcar Cabral

SINDICATO DENÚNCIA SOBRE LOTAÇÃO E MÁS CONDIÇÕES NO CENTRO DE DETENÇÃO DA PJ DE BANDIM BISSAU

Por: Rádio Jovem

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional da Guiné-Bissau denúncia a existência de mais de 90 reclusos atualmente detidos no Centro de Detenção da Polícia Judiciária (PJ) de Bandim, em Bissau, uma situação que, segundo a organização, viola de forma grave a capacidade oficial do espaço, fixada em 65 presos pelo Estado guineense.

De acordo com o sindicato, o centro de detenção já não reúne condições mínimas para continuar a receber novos reclusos, incluindo os provenientes de outras instituições judiciais. 

“O centro ultrapassou largamente a sua capacidade e não tem condições humanas, sanitárias nem de segurança para acolher mais presos”, alertou a organização.

Em entrevista à Rádio Jovem, o presidente em exercício do Sindicato da Guarda Prisional, Donato Bakali, classificou como crítica a situação atual do estabelecimento prisional.

“Estamos perante uma situação extremamente grave. Há mais de 90 prisioneiros num espaço concebido para apenas 65, o que constitui uma violação grosseira das normas estabelecidas pelo próprio Estado”, afirmou.

Perante este cenário, Donato Bakali defendeu o fim imediato da utilização do Centro de Detenção da PJ de Bandim como espaço de reclusão.

“É preciso pôr termo ao uso deste local como centro de detenção e procurar, com urgência, um espaço digno para acolher os presos, enquanto o país não dispõe de uma prisão de alta segurança”, sublinhou.

Durante a entrevista a nossa estação emissora, o dirigente sindical denunciou ainda a existência de registos de mortes no interior do centro, bem como surtos de doenças e o agravamento do estado de saúde dos detidos.

“Temos informações de mortes, casos de tuberculose e de prisioneiros cujo estado de saúde se agrava diariamente devido às péssimas condições de detenção”, revelou.

Segundo Bakali, a situação reflete o abandono do sistema prisional guineense e exige uma resposta imediata das autoridades competentes.

“É urgente que o Estado assuma as suas responsabilidades e garanta o respeito pelos direitos humanos e pela dignidade dos reclusos”, concluiu.

Bissorã: Suspeito do assassinato de Malam Camará é detido pela polícia

Fonte: Guinenews

Um jovem de nome Fernando, residente na tabanca de Bighara, foi detido ontem, 24 de dezembro, pela polícia em Bissorã.

Fernando é um dos suspeitos envolvidos na morte de Malam Camará, ocorrida na localidade de Buborim, no setor de Bigene, no passado dia 15 de dezembro. A vítima foi assassinada durante um assalto perpetrado por indivíduos armados.

Segundo informações apuradas no inquérito policial, Fernando confirmou que se encontrava presente no momento do assassinato de Malam Camará. Ainda de acordo com a polícia, durante o confronto, um dos assaltantes foi atingido por um disparo e acabou por morrer, enquanto outro conseguiu fugir do local.

As investigações prosseguem para localizar os restantes envolvidos no crime.

Rússia precisa de mais 12 milhões de trabalhadores nos próximos sete anos... O presidente russo, Vladimir Putin, estimou hoje que a Rússia vai necessitar de mais 12 milhões de trabalhadores nos próximos sete anos, apelando ao lançamento de um programa de formação "de grande escala" focado na inteligência artificial.

Por LUSA 

"Nos próximos sete anos necessitamos de atrair à economia 12,2 milhões de pessoas", disse Vladimir Putin durante uma reunião do Conselho de Estado no Kremlin, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

Segundo o chefe de Estado, que indicou que a atual taxa de desemprego é de 2,2%, existe no país "um défice de trabalhadores" que, no caso da capital, Moscovo, ronda o meio milhão de pessoas.

Nos últimos anos, as autoridades russas endureceram as políticas migratórias, o que reduziu significativamente o fluxo de trabalhadores provenientes do espaço pós-soviético.

Para contrariar estes desequilíbrios, o Presidente defendeu a introdução de inteligência artificial em todas as esferas da economia e geografia nacionais e a familiarização dos futuros trabalhadores com o uso daquela tecnologia.

"Refiro-me aos próximos 10, 15 anos. Já é evidente que será uma era de transformações tecnológicas colossais e de um desenvolvimento acelerado da Inteligência Artificial. Este é o maior salto tecnológico, seguramente, sem precedentes na história", afirmou.

Embora admitindo que a inteligência artificial substituirá parte da classe trabalhadora, Vladimir Putin sustentou que a tecnologia criará também novos postos de trabalho, pelo que haverá que fazer "mudanças sistémicas" nos programas de formação.

"É necessário mudar todo o paradigma de formação do pessoal. Todo. Isto não é um 'slogan' nem um desejo, mas sim uma missão de vital importância para o Estado, as empresas e a educação", concluiu.


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A Rússia condenou hoje as tentativas dos Estados Unidos da América (EUA) para desestabilizar a Venezuela e manifestou a esperança de que a crise entre os dois países possa ser resolvida por meios legais, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.


quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Estes são os 20 pontos do plano de paz da Ucrânia e dos EUA... O Presidente ucraniano revelou detalhes da nova versão do plano apoiado pelos EUA para pôr fim à guerra na Ucrânia, afirmando que foi negociado entre representantes de Kiev e Washington e enviado para Moscovo para revisão.

Por LUSA 

O documento será complementado por acordos bilaterais adicionais entre os Estados Unidos e a Ucrânia, com foco na segurança e reconstrução. Volodymyr Zelensky não divulgou uma versão preliminar do documento, mas apresentou o conteúdo do plano ponto por ponto durante uma conferência de imprensa com jornalistas, em Kiev, na terça-feira, mas que só hoje foi divulgado.

Segue-se a transcrição completa de como descreveu o conteúdo do acordo, traduzida do ucraniano.

Plano dos 20 pontos:

1.º A soberania da Ucrânia será reafirmada. Declaramos que a Ucrânia é um Estado soberano, e todos os signatários do acordo confirmam isso com as suas assinaturas.

2.º Este documento é um pacto de não-agressão total e incondicional entre a Rússia e a Ucrânia. Para manter uma paz duradoura, será estabelecido um mecanismo de monitorização para controlar a linha de contacto através de vigilância aérea não tripulada, garantindo a comunicação rápida das violações e a resolução de litígios. As equipas técnicas finalizarão todos os detalhes.

3.º A Ucrânia receberá fortes garantias de segurança.

4.º As Forças Armadas da Ucrânia manterão um efetivo de 800.000 militares em tempo de paz.

5.º Os Estados Unidos, a NATO e os Estados europeus signatários fornecerão à Ucrânia garantias de segurança com base no artigo 5.º:

a) Se a Rússia invadir a Ucrânia, para além de uma resposta militar coordenada, todas as sanções globais contra a Rússia serão restabelecidas.

b) Se a Ucrânia invadir a Rússia ou abrir fogo em território russo sem provocação, as garantias de segurança serão consideradas nulas e sem efeito. Se a Rússia abrir fogo contra a Ucrânia, as garantias de segurança entrarão em vigor.

c) As garantias bilaterais de segurança não estão excluídas por este acordo.

6.º A Rússia formalizará uma política de não-agressão em relação à Europa e à Ucrânia em todas as leis e documentos necessários para a ratificação.

7.º A Ucrânia tornar-se-á membro da União Europeia num prazo precisamente definido e beneficiará, a curto prazo, de um acesso preferencial ao mercado europeu.

8. Um robusto programa de desenvolvimento global para a Ucrânia, a ser definido num acordo separado sobre investimento e prosperidade futura. Abrangerá uma vasta gama de áreas económicas, incluindo, entre outras:

(a) A criação de um Fundo de Desenvolvimento da Ucrânia para investir em setores de elevado crescimento, incluindo a tecnologia, os centros de dados e a inteligência artificial.

(b) Os Estados Unidos e as empresas norte-americanas cooperarão com a Ucrânia e coinvestirão na reconstrução, desenvolvimento, modernização e operação da infraestrutura de gás da Ucrânia, incluindo os seus gasodutos e instalações de armazenamento.

(c) Serão feitos esforços conjuntos para reconstruir as áreas devastadas pela guerra, restaurando, reconstruindo e modernizando as cidades e os bairros residenciais.

(d) Desenvolvimento de infraestruturas.

(e) Extração de minerais e recursos naturais.

(f) O Banco Mundial disponibilizará uma linha de financiamento especial para garantir fundos que acelerem estes esforços.

(g) Será criado um grupo de trabalho de alto nível, incluindo a nomeação de um líder financeiro global como administrador, para supervisionar a implementação do plano estratégico de reconstrução e maximizar as perspetivas de desenvolvimento futuro.

9.º Serão criados diversos fundos dedicados à recuperação da economia ucraniana, à reconstrução de áreas e regiões danificadas e a questões humanitárias.

a) Os Estados Unidos e os países europeus criarão um fundo de investimento de capital e de donativos de 200 mil milhões de dólares para um financiamento transparente e eficaz na Ucrânia.

b) Uma vasta gama de investimentos de capital e outros instrumentos financeiros será mobilizada para a reconstrução da Ucrânia pós-conflito. As instituições globais de reconstrução utilizarão mecanismos concebidos para fortalecer e facilitar estes esforços.

c) A Ucrânia aplicará os mais elevados padrões globais para atrair investimento direto estrangeiro.

d) A Ucrânia reserva-se o direito de procurar reparações pelos danos causados.

10.º Após a conclusão do presente acordo, a Ucrânia irá acelerar o processo de celebração de um acordo de livre comércio com os Estados Unidos.

11.º A Ucrânia reafirma o seu compromisso de permanecer um Estado não nuclear, em conformidade com o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

12.º A central nuclear de Zaporijia será operada conjuntamente por três países: Ucrânia, Estados Unidos e Rússia.

13.º Ambos os países comprometem-se a implementar programas educativos nas escolas e na sociedade que promovam a compreensão e a tolerância para com as diferentes culturas e combatam o racismo e o preconceito. A Ucrânia aplicará as normas da União Europeia relativas à tolerância religiosa e à proteção das línguas minoritárias.

14.º Nas regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, a linha de posicionamento das tropas à data deste acordo é reconhecida de facto como a linha de contacto.

a) Nós, como partes, confirmamos de facto que esta é a linha de contacto -- onde nos encontramos atualmente.

b) Um grupo de trabalho reunirá para determinar o reposicionamento das forças necessário para o fim do conflito, bem como para definir os parâmetros de potenciais futuras zonas económicas especiais.

c) Seguindo uma base equivalente para as movimentações militares, serão posicionadas forças internacionais ao longo da linha de contacto para monitorar o cumprimento deste acordo. Caso seja tomada a decisão de estabelecer tal zona, esta deverá receber aprovação especial do parlamento ucraniano ou ser submetida a referendo.

d) A Federação Russa deverá retirar as suas tropas das regiões de Dnipropetrovsk, Mykolaiv, Sumy e Kharkiv para que este acordo entre em vigor.

(e) As partes concordam em respeitar as regras, garantias e obrigações das Convenções de Genebra de 1949 e dos seus protocolos adicionais, que se aplicam integralmente ao território, incluindo os direitos humanos universalmente reconhecidos.

15.º Tendo concordado com os futuros arranjos territoriais, a Federação Russa e a Ucrânia comprometem-se a não alterar estas disposições pela força.

16.º A Rússia não impedirá a utilização do Rio Dniepre e do Mar Negro pela Ucrânia para fins comerciais.

17.º Será estabelecido um comité humanitário para resolver as questões pendentes.

a) Todos os restantes prisioneiros de guerra, incluindo os condenados na Rússia desde 2014 até ao presente, serão trocados em regime de "todos por todos" (todos os prisioneiros detidos, independentemente do número de prisioneiros de cada lado).

b) Todos os civis e reféns detidos, incluindo crianças e prisioneiros políticos, serão libertados.

c) Serão tomadas medidas para lidar com os problemas e o sofrimento das vítimas do conflito.

18.º A Ucrânia deve realizar eleições o mais rapidamente possível após a assinatura do acordo.

19.º Este acordo é juridicamente vinculativo. A sua aplicação será monitorizada e garantida por um Conselho de Paz presidido pelo Presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump. A Ucrânia, a Europa, a NATO, a Rússia e os Estados Unidos farão parte deste mecanismo. Serão aplicadas sanções em caso de violações.

20.º Assim que todas as partes aceitarem este acordo, entrará imediatamente em vigor um cessar-fogo completo.


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Na segunda-feira, um general russo tinha sido morto num ataque semelhante.


Após ser retirada pela CBS, reportagem sobre deportações aparece on-line... A reportagem que a nova diretora de informação da cadeia de televisão norte-americana CBS retirou do célebre programa de jornalismo investigativo "60 Minutes", sobre deportações de imigrantes, foi disponibilizada no Canadá e na internet.

Por  LUSA 

Um dos mais respeitados programas de jornalismo nos Estados Unidos, e alvo frequente de críticas de Donald Trump, o "60 Minutes" tornou-se nos últimos dias alvo de acusações de auto censura a favor do Presidente, visando a nova diretora Bari Weiss, e não está esclarecido de que forma terá sido disponibilizada on-line a reportagem, sobre cuja autenticidade a CBS não se pronunciou ainda. 

A Global Television Network, uma das maiores emissoras do Canadá, exibiu uma versão da reportagem da jornalista Sharyn Alfonsi, igualmente sem se pronunciar se é igual à que foi retirada do ar pela CBS. 

Também disponível num site que capta e preserva páginas web, a reportagem contém entrevistas com imigrantes enviados para o Centro de Confinamento de Terroristas (CECOT), em El Salvador, no âmbito da agressiva política de anti imigração de Donald Trump.

Dois deportados no vídeo divulgado relatam tortura, espancamentos e outros abusos; um venezuelano afirma ter sofrido abusos sexuais e confinamento solitário.

Um estudante universitário disse ter sido espancado e que após a sua chegada os guardas lhe arrancaram um dente, relatando "um inferno".  

A reportagem inclui ainda depoimentos de especialistas que questionaram a legalidade da deportação precipitada de imigrantes com decisões judiciais pendentes. 

São ainda apresentadas conclusões da Human Rights Watch indicando que apenas oito homens deportados tinham sido condenados por crimes violentos ou potencialmente violentos, com base nos dados do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em língua inglesa).

A decisão de retirar a reportagem foi recebida com acusações generalizadas de que a administração da CBS estaria a proteger o Presidente de uma cobertura desfavorável.

A autora da reportagem, Sharyn Alfonsi, sustentou num e-mail enviado a outros correspondentes do "60 Minutes" que o artigo era factual e tinha sido aprovado pelos advogados da CBS e pela divisão de normas da cadeia televisiva. 

A diretora de informação da CBS, Bari Weiss, afirmou na segunda-feira que a reportagem não "aprofundou o assunto" que tratava.

Salientando que a administração Trump se recusou a comentar as alegações, Weiss disse que gostaria que fosse feito um esforço maior para obter o ponto de vista governamental e que aguardava ansiosamente a exibição da reportagem de Alfonsi "quando estivesse pronta".

Antes de ser contratada pela CBS, Weiss trabalhou no The New York Times e tornou-se conhecida pelas suas críticas à cultura "woke" e aos media tradicionais.

Mais tarde criou a sua própria empresa de media, a The Free Press.

A CBS News contratou Bari Weiss em outubro, comprando o The Free Press por aproximadamente 150 milhões de dólares e nomeando-a para a liderança da informação da cadeia, onde reporta a diretamente a David Ellison, presidente executivo da Paramount Skydance, de forma inédita.

Ellison nomeou Weiss com a missão de "modernizar o conteúdo" e fornecer uma "diversidade de pontos de vista", numa estação frequentemente acusada por meios conservadores de ter um pendor liberal.  

Considerado um aliado de Trump, Ellison aparece frequentemente com o Presidente em eventos públicos, incluindo combates de luta livre UFC.

Para garantir a aprovação federal da fusão entre a Paramount, proprietária da CBS, e a Skydance em julho, a equipa de Ellison terá assumido compromissos com a administração Trump para "modernizar" a CBS News, incluindo a nomeação de um provedor para receber queixas de enviesamento ideológico, segundo os media norte-americanos.


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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou hoje que Caracas recebeu "apoio esmagador" do Conselho de Segurança da ONU, reunido de emergência, no contexto da escalada de tensões com os Estados Unidos devido à apreensão de petroleiros venezuelanos.


terça-feira, 23 de dezembro de 2025

23 de Janeiro de 2026 - Lançamento do livro “Úlcera, Útero” de Brassalano Graça na UCCLA

Lançamento do livro “Úlcera, Útero” na UCCLA

Vai ter lugar no dia 23 de janeiro, às 17 horas, o lançamento do romance “Úlcera, Útero” da autoria de Brassalano Graça, no auditório da UCCLA.

Com a chancela da Mercador Editorial, a apresentação do livro estará a cargo de Solange Salvaterra.

Sinopse do livro: 

Talvez seja a negação de «Em Busca do Tempo Perdido», de Proust. Ou talvez seja a hipótese da sua apoteose. E se nos devolvessem o Tempo ardido. Se nos devolvessem anos de vida. Por exemplo, dez anos. O que diríamos, o que sentiríamos, o que faríamos? Aqui não há respostas, há perguntas, porque o tempo ensina-nos a fazer perguntas. É esse o princípio da experiência e da sabedoria, conhecer os Homens pelas perguntas que fazem. Como voltar ao princípio do olhar, ao fundo de nós próprios, como escrever o silêncio que nos habita pelo renascimento dos nossos passos. Talvez escrever. Escrever a memória do futuro. Encontrar-nos lá onde estivemos sem saber que voltaríamos como habitantes do vento. Com o ruído dos erros pacificados. Voltar atrás no tempo, e escrever sobre o futuro que se viveu – com tanto de Ficção Científica como de Ficção Poética. O presente é já futuro. Onde a Política arde como uma ferida rente ao vento.

Biografia do autor:

Brassalano Graça é português, natural de São Tomé. Licenciado em Comunicação Social pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (com especialização em Televisão e Cinema), laborou seguidamente na Rádio Paris-Lisboa/Radio France Internationale durante oito anos, onde para além do trabalho jornalístico teve um programa de Jazz intitulado ‘Até Jazz’. Colaborou com reportagens para o jornal Público, e com crónicas para o jornal Diário de Notícias, a título cívico. Fez um mestrado na FCSH e ocupou a função de Gestor de Informação do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Tem publicado um livro de poesia intitulado “Súbito” e é um entusiasta da fotografia. É autor do programa de rádio «Paixões Privadas».

Com os melhores cumprimentos e Festas Felizes,


Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt 

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

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Faladepapagaio

Ucrânia anuncia cortes de energia em várias regiões após ataques russos... As autoridades ucranianas anunciaram hoje cortes de energia em várias regiões do país, na sequência de ataques russos com mísseis e drones contra várias infraestruturas.

Por LUSA 

Os bombardeamentos levaram o exército polaco a enviar aviões para proteger o espaço aéreo do país.

A Rússia ataca mais uma vez as nossas infraestruturas energéticas. Como consequência, foram desencadeados cortes de energia de emergência em várias regiões da Ucrânia", anunciou o ministério ucraniano da Energia na rede de mensagens Telegram.

A operadora elétrica Ukrenergo relatou um "ataque massivo com mísseis e drones" e anunciou que os trabalhos de reparação começarão assim que as condições de segurança o permitirem.

Não foram registadas vítimas até ao momento.

Na segunda-feira à noite, as autoridades locais de Odessa (sul) afirmaram que um ataque com drones russos danificou as infraestruturas portuárias e um navio civil. Os ataques russos intensificaram-se nas últimas semanas na região estratégica do Mar Negro.

Quase quatro anos após o lançamento da ofensiva em grande escala contra o país vizinho, a Rússia ataca a Ucrânia praticamente todas as noites, visando em particular as infraestruturas energéticas, especialmente no inverno.

Os novos cortes de energia ocorrem num momento em que a Ucrânia enfrenta temperaturas próximas de zero ou mesmo negativas em grande parte do território.

Por volta das 06:30 TMG, todo o território ucraniano estava sob alerta aéreo, de acordo com o mapa online das autoridades.

Ao longo da noite, o exército ucraniano alertou para repetidas ameaças de drones e mísseis de cruzeiro em várias regiões do país, incluindo no oeste, longe da frente de batalha.

O exército polaco anunciou esta manhã através da rede social X que a aviação "polaca e aliada" tinha sido colocada em alerta e destacada no espaço aéreo polaco de forma preventiva, devido aos ataques russos no território ucraniano.

O procedimento é acionado com regularidade, quando os bombardeamentos visam zonas ocidentais próximas da fronteira polaca.

Os novos bombardeamentos ocorrem no dia seguinte à morte de um general russo, Fanil Sarvarov, morto em Moscovo em consequência da explosão do seu carro, no que foi o terceiro assassinato presumível de um militar russo de alta patente em pouco mais de um ano.

Kyiv não comentou imediatamente o assassinato do general.

Os ataques desta madrugada ocorrem também num momento em que as negociações para a resolução do conflito aceleraram, sob pressão do Presidente norte-americano Donald Trump, ainda que sem resultados concretos, apesar de uma nova série de reuniões em Miami, Estados Unidos, durante o fim de semana.


Leia Também: Drones ucranianos atacam fábrica petroquímica na região de Stavropol

Drones ucranianos atacaram hoje uma fábrica petroquímica localizada numa zona industrial da região russa de Stavropol, no norte do Cáucaso, provocando incêndios, informou o governador local, Vladimir Vladimirov.