terça-feira, 15 de abril de 2014

"Povo guineense quis mostrar que quer mudança no país"

Antigo Presidente cabo-verdiano, António Mascarenhas Monteiro
A Guiné-Bissau aguarda pelos resultados das eleições gerais, que decorreram ontem, sobre as quais se tem destacado a forte participação popular. Este foi um dos aspectos realçados pelo antigo presidente cabo-verdiano, Mascarenhas Monteiro, chefe da missão de observação da Organização Internacional da Francofonia (OIF) que também explicou à nossa enviada especial em Bissau, Liliana Henriques, a função desta entidade nas eleições.

O processo das eleições gerais decorreram de forma positiva e sem incidentes como têm vindo a destacar vários observadores nacionais e internacionais.

O presidente da Comissão Nacional de Eleições na Guiné-Bissau, Augusto Mendes, explicou à nossa envida especial em Bissau, Liliana Henriques, que "este processo está a ser um sucesso muito pelo apoio que os parceiros internacionais deram, e têm estado a dar".

A Comissão Nacional de Eleições já manifestou o reconhecimento face às manifestações de confiança e encorajamento expressos pelos mais altos representantes da comunidade internacional e seus parceiros directos.

RFI

Joaquim Chissano "A votação está a decorrer de forma livre e transparente


A União Africana (UA) considerou hoje que as eleições gerais de domingo na Guiné-Bissau decorreram de forma livre e transparente, anunciou o presidente da missão de observadores, Joaquim Chissano.

O antigo Presidente de Moçambique revelou a posição da UA na primeira apreciação à forma como decorreram as eleições gerais guineenses que disse terem sido "calmas, ordeiras e pacíficas".

"Foi notável a grande afluência às urnas, particularmente das mulheres e dos jovens", disse ainda Chissano, elogiando a "dedicação e a seriedade" da Comissão Eleitoral e das autoridades de transição.

Para a missão da UA deve-se também enaltecer o papel das forças de segurança, da sociedade civil, da comunidade internacional, "pela forma abnegada" como todos contribuíram para o "êxito" do processo.

O trabalho e os esforços dos agentes das mesas de voto, que logo após ao fecho das urnas, iniciaram o processo de contagem dos votos, permitem considerar que as eleições foram "justas, livres, transparentes e pacíficas", sublinhou Chissano.

O líder dos observadores da UA entende que o escrutínio foi "um teste" à capacidade dos guineenses em acabar com "anos de instabilidade" política e "iniciar uma nova etapa" na sua história.

Joaquim Chissana disse ainda que a apreciação global e final ao processo eleitoral guineense só será feita com a publicação dos resultados definitivos da votação de domingo.

Aos candidatos e partidos que concorreram às eleições aconselha a aguardarem pela divulgação dos resultados e a resolverem eventuais contenciosos por vias pacíficas.

A UA teve no terreno 19 equipas de observadores que puderam visitar, segundo Chissano, mais de 300 assembleias de voto em Bissau e no interior do país.
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/203855/a-votacao-esta-a-decorrer-de-forma-livre-e-transparente

GUINÉ-BISSAU: DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS PROVISÓRIOS DE ELEIÇÕES PREVISTA PARA QUARTA-FEIRA


Bissau, - A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau prevê que os resultados provisórios da votação de domingo possam ser divulgados na quarta-feira, anunciou hoje o presidente do organismo, Augusto Mendes, em conferência de imprensa.

"Estamos a trabalhar para que assim seja", respondeu depois de questionado pelos jornalistas. 

"O secretariado executivo da CNE já solicitou às nossas comissões regionais eleitorais um esforço complementar que permita trazer os resultados a público o mais cedo possível", acrescentou. 

Augusto Mendes referiu que a participação nas eleições gerais de domingo foi "a maior de sempre" na história da Guiné-Bissau e ultrapassou 80 porcento nalgumas regiões. 

A Guiné-Bissau realizou no domingo as primeiras eleições gerais (legislativas e presidenciais) depois do golpe de Estado de Abril de 2012

Partido da Renovação Social aceita "qualquer resultado" legal


Bissau, - O Partido da Renovação Social (PRS), principal força da oposição guineense, disse nesta segunda-feira que vai aceitar qualquer resultado das eleições gerais de domingo desde que respeite a lei. 

"Estamos preparados para aceitar com humildade qualquer resultado que esteja naturalmente conforme a lei em vigor", disse Víctor Pereira, porta-voz da direcção do PRS.

Aquele responsável falava aos jornalistas numa conferência de imprensa na sede do partido, em Bissau, para anunciar a posição a ser adoptada face aos resultados a serem publicados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

No entanto, Víctor Pereira recusou-se a adiantar os resultados que o PRS terá alcançado.

O porta-voz dos "renovadores" guineense preferiu antes enaltecer "a disponibilidade, maturidade, civismo e patriotismo", demonstrados pelo povo guineense nas eleições gerais para a escolha de novos deputados e novo Presidente da República.

"Queremos informar o povo e a comunidade internacional que o PRS assumirá as suas responsabilidades plenamente, como sempre fez", precisou o porta-voz do partido

CPLP considera que votação "foi livre, credível e transparente"


A missão de observação eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) às eleições gerais da Guiné-Bissau anunciou ontem que a votação foi livre, credível e transparente. 

"As eleições gerais de 13 de abril respeitaram na sua generalidade os princípios e procedimentos internacionais, o que permite concluir que as mesmas foram livres, credíveis e transparentes", anunciou Leonardo Simão, chefe de missão. 

Na avaliação preliminar, ontem apresentada numa conferência de imprensa em Bissau, foi ainda destacado o ambiente sereno em que decorreu a votação. 

A missão registou "constrangimentos de ordem técnica", resolvidos durante o dia e que "não põem em causa o ato eleitoral". 

Como recomendação, é sugerido que "nas próximas eleições seja prestada atenção ao continuado aperfeiçoamento do processo eleitoral, incluindo a participação de observadores nacionais". 

A missão da CPLP chegou a Bissau a 05 de abril com 21 observadores oriundos de todos os estados membros da organização (exceto Guiné-Bissau) - Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

CEDEAO rejeita acusação de patrocínio do golpe de 2012 na Guiné


O presidente da comissão da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), Kadre Ouedraogo, rejeitou hoje a ideia de que a organização tenha "patrocinado" o golpe de estado militar de 2012 na Guiné-Bissau.

A acusação foi feita pela eurodeputada portuguesa Ana Gomes em declarações à Lusa, no domingo. 

"Quem faz aquelas afirmações é a responsável por aquilo que diz. A CEDEAO foi das primeiras organizações a condenar o golpe", defendeu Ouedraogo. 

O responsável africano falava numa conferência de imprensa sobre a observação das eleições gerais de domingo na Guiné-Bissau que contaram com uma missão de observação de 220 elementos da CEDEAO. 

Questionado sobre as declarações da eurodeputada portuguesa, Ouedraogo afirmou que "se calhar" poderá existir algum equívoco na interpretação da posição da CEDEAO aquando do golpe de Estado, mas enalteceu que a organização "é sempre contra golpes de Estado". 

"A nossa posição é de tolerância zero" para golpes, lembrou Ouedraogo, para quem a Guiné-Bissau tem que trilhar "novos caminhos" a partir das eleições (presidenciais e legislativas) que a CEDEAO classificou como livres e pacíficas. 

O presidente da comissão da CEDEAO prometeu um relatório mais pormenorizado sobre a leitura ao processo logo após a publicação dos resultados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). 

Ouedraogo pediu aos partidos e candidatos que aguardem pelos dados "com calma e serenidade". 

Por seu lado, o chefe da missão de observação da organização subregional africana, o ex-presidente interino da Libéria, Amos Sawyer, deu também nota positiva às eleições guineenses, enalteceu o trabalho da CNE e criticou o facto de nenhuma mulher se ter candidato às eleições presidenciais. 

"É inconcebível, num país onde a grande maioria do eleitorado é a população feminina", observou Amos Sawyer.

ELEIÇÕES 2014: NOTA DE IMPRENSA DA CANDIDATURA DE PAULO GOMES

Vem o candidato independente Dr. Paulo Gomes, pela presente nota, agradecer penhoradamente todos os eleitores, tanto os do país como os da diáspora, pela sua massiva participação no processo de votação e, igualmente, pelo alto grau de civismo demonstrado.

Os agradecimentos são igualmente extensíveis à Comissão Nacional de Eleições, pela forma organizada como até aqui tem conduzido o processo eleitoral, o que de resto traduz-se na taxa expressiva de participação, estimado em mais de 70%, de um universo de cerca de 800.000 cidadãos recenseados.

O Dr. Paulo Gomes apela ainda aos seus apoiantes para a necessidade de se manter o elevado espírito de civismo que caracterizou as três semanas da sua campanha eleitoral, avançando que os dados recolhidos até então pela equipa no terreno, são otimistas, exortando assim a todos para a necessidade imperativa de continuarmos serenamente a aguardar o anúncio dos resultados provisórios por parte da Comissão Nacional de Eleições.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DA CNE


Srs. Jornalistas,
Por vosso intermédio, quero, em nome da Comissão Nacional de Eleições, dirigir umas palavras à Nação, após a demonstração que todos os seus Filhos deste País deram ontem, no dia da Votação destas Eleições Gerais de 2014.

ELEIÇÕES 2014: UM ALERTA A TODOS GUINEENSES - DOKA


PAIGC, está orquestrando de novo.
Estejamos atentos. Porque aquilo que dizem, nada corresponde a verdade.

Guineenses, eu Doka sempre vou pela verdade e pelos factos, procuro sempre mostrar o outro lado da moeda, apesar que muitas das vezes isso possa magoar ou mexer com a sensibilidade de algumas pessoas.  
Vejamos estes pontos que penso que nos poderão a esclarecer algumas dúvidas.

1. Oficialmente, as urnas ontem 13 de Abril de 2014, deveriam ter um fecho por volta das 17 horas...., mas na maioria das zonas do nosso território nacional, houve fechos por volta das 19 horas..., outras por volta das das 20 e algumas até as 21 horas, é que encerraram.

Tendo isto em mente, pergunto:
Existe na Guiné Bissau alguma eficácia em termos de electricidade, recolha de dados, contagem de votos, introdução de dados, internet, transportes e por aí fora?  Porque eu Doka acho e estou seguro e convicto de que na nossa terra tudo é difícil e que não existe rapidez e eficácia.  Pois bem, sendo assim, como poderiam as urnas terem encerrado as 17 horas, e algumas terem encerrado depois das 20 horas...., e o PAIGC logo as 18 horas e 30 minutos, terem logo posto spots publicitários em todas as rádios, anunciando conferência de imprensa, porque estavam convictos da sua vitória com a maioria absoluta nas legislativas e que também teriam ganho as presidenciais com 47%?    Terá isto algum cabimento ou sentido? Pensemos.

2. O PAIGC, convoca uma conferência de imprensa, para as 22 horas, a fim de divulgarem e anunciarem a sua vitória...., pois bem, nesse espaço de tempo, a direcção do partido recebe uma chamada telefónica de um organismo internacional altamente bem posicionado na Guiné Bissau, chamando- lhes a atenção e alertando- os acerca dessa intenção que poderia vir a prejudicar a estabilidade e percurso das eleições.    
O PAIGC, levando em conta do perigo em que se estavam a meter, alteram as horas da conferência de imprensa que estaria marcada para as 22 horas,  e a marcam uma nova, para as 23 horas..., pois bem estariam a pensar no que fazer ou dizer aos jornalistas visto que não podiam já recuar, pois toda a gente estava curioso.    
Camaradas, as 23 horas e alguns minutos depois aparece o João Bernardo Vieira- Porta voz do PAIGC.   
Adivinhem!!!!!!!!!!!!!.........  Héis as palavras de João:

" Estamos aqui apenas para agradecer aos nossos militatntes a todos os simpatizantes do paigc, pelo esforço e confiança depósitada em nós e estamos seguros que tudo vai correr bem ".

Guineenses, uma conferência de imprensa apenas para dizer isto?   Esquisito para mim Doka.

Quando, os jornalistas começaram ou tentaram fazer perguntas, o homem apenas esquivava, levantou- se e foi- se embora.

Mas o engraçado é que o PAIGC, quer a todo o custo envenenár a opinião pública, querem a todo o custo subir ao poder, e a todo o custo desejam um ajuste de contas com certas figuras.

Bom, mas indo de lado existe uma outra coisa que deixa o paigc com medo e atôrdoado.
NUNO GOMES NABIAM.

Nuno Gomes Nabiam, é um jovem que saíu e apareceu do nada.  De repente, mostra as suas garras na esfera politica guineense..., estremece a tudo e a todos.  Pois bem, para o PAIGC, Nuno Gomes Nabiam é um alvo a abater a todo custo.
Começam a pintar e a fazer um desenho deste homem da pior forma possivél.

Nuno Gomes Nabiam, Paulo Gomes e Jomav, dividiram os votos em Bissau- Na capital.  
Neste aspecto, não restam dúvidas, e repito, DIVIDIRAM OS VOTOS.
Mas no interior, Nuno G. Nabiam, ganhou tudo o que tinha a ganhar..., leva vantagem, mas das grandes, e o paigc sabe disso e orquestrou esta montagem.

Mas, Nuno Nabiam, com muita humildade, se remete ao silêncio observando as coisas.
Ele é um homem que pondera muito, gosta de dialogar, e procura sempre uma saída vitoriosa para com as pessoas que o rodeiam.
Precisamos conhecer melhor a este homem, nós os guineenses, precisamos apostar numa pessoa que nos transmita confiança, segurança e entendimento.
E Nuno tem todos estes requisitos.

Neste projecto de Nuno G. Nabiam, lutamos pela verdade e pela união.

Vamos pela verdade, vamos pela seriedade e jamais nos deixemos enganar com o que o paigc nos diz ou faz dissimulando.

Recordem de que foram 40 de sofrimento, matanças, espancamentos, torturas, sangramentos, roubos, mentiras, etc.

Que mais podemos esperar do PAIGC.

Obs:
Existe uma situação de 200 Milhões de Francos CFA, que segundo, foram entregues, para que os resultados fossem adulterados.
Mais esclarecimentos sobre este assunto dentro de momentos.

Publicada por Bambaram di Padida

Sondagem Políticos da ditadura eram mais sérios e honestos do que os atuais

Segundo uma sondagem levada a cabo pela Pitagórica e esta segunda-feira divulgada pelo jornal i, uma fatia de 46,5% dos portugueses considera que os políticos do Estado Novo eram mais sérios e honestos do que os atuais. Aliás, do bolo dos inquiridos, apenas 17,7% entende que os governantes de hoje em dia têm mais competências do que os de "antigamente".

Guiné-Bissau Resultados das eleições "bastante encorajadores" para o PAIGC


Os resultados já apurados das eleições gerais de domingo na Guiné-Bissau são "bastante encorajadores" para o PAIGC e para o seu candidato presidencial José Mário Vaz, anunciou o partido em conferência de imprensa.

"Os resultados recebidos até este momento são bastante encorajadores para o PAIGC e para o seu candidato às presidenciais", anunciou o porta-voz do partido, João Bernardo Vieira numa conferência de imprensa pelas 23:30 de domingo em Bissau 

O encontro com os jornalistas marcado pouco depois do fecho das urnas para a sede do partido suscitou alguma surpresa junto da comunicação social local, mas o partido não adiantou mais pormenores sobre a contagem dos votos.

A lei guineense indica que só a Comissão Nacional de Eleições (CNE) pode divulgar resultados eleitorais e o presidente do organismo, Augusto Mendes, anunciou no domingo que os resultados definitivos podem só ser conhecidos no prazo de uma semana.

No entanto, as organizações partidárias estão a fazer as contas aos números apurados em cada mesa de voto.

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) fala de resultados encorajadores com base no trabalho de "técnicos que continuam a receber os dados das diferentes assembleias de voto e a proceder ao seu devido tratamento", referiu o porta-voz.

João Bernardo Vieira escusou-se a adiantar mais detalhes, remetendo para as competências legais da CNE e apelou à calma e serenidade, pedindo aos militantes e simpatizantes que se abstenham de "grandes manifestações públicas até ao anúncio final dos resultados".

O presidente da CNE admitiu hoje que a participação nas eleições gerais de domingo terá sido a maior de sempre na história do país, com uma taxa de votação de 60 a 70%.

José Ramos-Horta, representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, fala mesmo de um valor de 80%.

As eleições legislativas e presidenciais foram as primeiras depois do golpe de estado de 12 de abril de 2012 e decorreram de forma ordeira e normal, de acordo com as avaliações das missões de observadores em território guineense.

http://www.noticiasaominuto.com/mundo/203455/resultados-das-eleicoes-bastante-encorajadores-para-o-paigc

domingo, 13 de abril de 2014

População da Guiné-Bissau vota para virar página dos golpes


Eleições marcam regresso a exercício democrático. PAIGC favorito nas legislativas, incerteza nas presidenciais. “As pessoas estão com receio” de repetição do golpe militar de há dois anos.

Já com o pensamento no “dia seguinte”, os guineenses votam hoje para escolher um novo Presidente da República e um novo Parlamento. A campanha decorreu de modo tranquilo, mas não afastou o receio de uma repetição do que aconteceu em Abril de 2012, quando um golpe militar interrompeu o processo eleitoral, antes da segunda volta.

As eleições assinalam o regresso à democracia, após o derrube do governo de Carlos Gomes Júnior, Cadogo. Para que a palavra fosse dada aos guineenses contribuíram a pressão internacional, o isolamento das autoridades pós-golpe e as dificuldades financeiras de um país em que as Forças Armadas têm sido instrumento de desestabilização.

Os maiores desafios chegarão quando forem conhecidos os resultados da vontade de 775 mil eleitores chamados a escolher entre 13 candidatos presidenciais e 15 partidos. A forma como os militares reagirem ao voto popular e a capacidade dos eleitos para gerirem equilíbrios internos e promoverem reformas, designadamente do aparelho militar, é determinante para o futuro próximo de um país que tem estado no mapa internacional por más razões – por ser frequente palco de violência político-militar, por ser plataforma do tráfico internacional de droga.

“As pessoas estão com receio de, a qualquer momento e à semelhança do que aconteceu a 12 de Abril, os militares poderem afastar a vontade popular”, confirma Luís Vaz Martins, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Mais do que árbitro, decisor
O carácter parlamentar do regime faria pensar que são as legislativas as eleições verdadeiramente relevantes. Mas na Guiné-Bissau, como em outros países africanos, “o Presidente tem um papel decisivo em todas as questões importantes, mais do que árbitro é um decisor”, observa Eduardo Costa Dias, investigador do ISCTE-IUL (Instituto Universitário de Lisboa). O golpe de 2012, liderado por António Indjai, chefe das Forças Armadas, ocorreu precisamente antes da segunda volta das presidenciais, quando, após um triunfo na primeira volta, com quase 49%, tudo apontava para a eleição como chefe de Estado do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, Cadogo, então líder do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde).

Sem sondagens, sem forma de avaliar o modo como os guineenses encaram o golpe de 2012 e olham para as alternativas que lhes são apresentadas, é impossível fazer prognósticos. Mas, mesmo tendo partido tarde para a corrida eleitoral, por ter demorado a definir liderança e estratégia, seria uma surpresa – atendendo ao histórico – se as legislativas não fossem ganhas pelos “libertadores”. Nas anteriores legislativas, em 2008, o PAIGC conseguiu 49,52% e elegeu 67 dos cem deputados.

Confirmando-se um triunfo do antigo partido único, o próximo primeiro-ministro será o recém-eleito líder, Domingos Simões Pereira, DSP, antigo secretário executivo da CPLP (Comunidade dos País de Língua Portuguesa). Pereira já procurou tranquilizar a desconfiança da cúpula militar e anunciou que não haverá “caça às bruxas”. Terá confidenciado em círculos privados o desejo de formar um governo que inclua outras forças partidárias, e de – mesmo sem António Indjai, indiciado pelos EUA por tráfico de droga – manter a chefia militar em mãos balantas, a principal etnia do país, com grande peso nas Forças Armadas.

A outra grande força política guineense é o PRS (Partido da Renovação Social), que há seis anos elegeu para o Parlamento cessante 28 deputados conseguidos com 25,21% dos votos. É agora liderado por Alberto Nambeia e estava já antes da morte Kumba Ialá, a ensaiar, pela primeira vez, um caminho sem o seu fundador e mais carismática figura.

Incógnita presidencial
O desfecho eleitoral parece mais incerto na corrida presidencial, em que pela primeira vez não participam candidatos que tenham sido “combatentes da libertação do país” – a independência foi proclamada em 1973, ainda antes do 25 de Abril.

Os apoios que reúnem e a dinâmica das suas campanhas fazem com que quatro dos candidatos sejam encarados como os que mais probabilidades parecem ter de passar a uma previsível segunda volta: João Mário Vaz, do PAIGC; Abel Incada, que corre pelo PRS; Nuno Nabiam, independente apoiado por Kumba, e ao qual são atribuídas ligações à cúpula militar; e Paulo Gomes, economista que foi administrador do Banco Mundial para a África Subsariana e tem o apoio de pequenos partidos e intelectuais. A tardia entrada em cena dos concorrentes “oficiais” permitiu aos dois independentes, que há meses estão no terreno, ambos com importantes meios, somarem apoios que podem revelar-se decisivos.
Mundo/noticia

sábado, 12 de abril de 2014

ELEIÇÕES 2014: ENG.º NUNO GOMES NA BIAN REFORÇA QUE VAI INCENTIVAR FORMAÇÃO DUM GOVERNO DE UNIDADE NACIONAL


O candidato independente às eleições Gerais de 13 de Abril, Nuno Gomes Na Bian, disse que caso seja eleito Presidente da República vai incentivar formação dum Governo Unidade Nacional, onde todos vão participar.

«Com Nuno Gomes Na Bian como Presidente da República, vamos incentivar no sentido de partido ganhador formar um Governo de unidade nacional, onde tomarão parte todos os filhos da Guiné-Bissau, porque nenhum partido pode governar sozinho neste país», referiu o candidato, dizendo que a administração pública guineense está desorganizada e frisando as dificuldades no atendimento de pacientes no sistema sanitário do país.

«Para que haja desenvolvimento temos que ter bons alunos e bons professores», defendeu Gomes Na Bian, referindo-se ao Ensino no país.
O candidato a Chefe de Estado disse que, se for eleito, vai trabalhar em pareceria com o Governo que sairá do escrutínio de 13 de Abril, de forma a travar a realidade vigente no país.

Em termos de governação, Nuno Gomes Na Bian disse que, com a sua eleição ao mais alto cargo da magistratura guineense, vai executar uma Presidência aberta a todos sem distinções da cor, etnia ou religião.

«A partir do dia 13 de Abril vocês têm responsabilidade nas vossas mãos para mudar tudo neste país. Não podemos continuar a ver falta de escolas, falta de luz eléctrica, falta de estradas», defendeu. IBD
http://bambaramdipadida.blogspot.com/2014/04/eleicoes-2014-eng-nuno-gomes-na-bian.html

ONU Nigerianos dominam lista de filantropos africanos

Os nigerianos dominam a lista dos dez principais filantropos de África, com metade dos integrantes, à frente dos sul-africanos e do único zimbabuano, mas o principal contribuinte é da África do Sul, revelou a Organização das Nações Unidas (ONU).

A listagem foi estabelecida pela agência da ONU para os Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em Inglês), com base em informação da revista Forbes e do sítio na internet de informação de negócios AFK Insider, que apurou um total anual de sete mil milhões de dólares (cinco mil milhões de euros) de ajuda filantrópica em África.

François van Niekerk, fundador do Mertech Group, é o maior filantropo africano conhecido, deu 70% dos seus ativos, num total estimado de 170 milhões de dólares, à sua fundação Mergon, que atua nas áreas da educação, formação e saúde.

O segundo maior filantropo, Allan Gray, também é sul-africano e proprietário da empresa homónima de gestão de investimento. A sua fundação Allan Gray Orbis foi dotada de 150 milhões de dólares, com que financia, designadamente, bolsas a estudantes do ensino superior.

O primeiro nigeriano, Theophilus Danjuma, presidente da South Atlantic Petroleum, surge em terceiro lugar, ao financiar a sua fundação TY Danjuma com 100 milhões de dólares, com que financia ações na educação, saúde e pobreza, entre outras áreas.

O homem mais rico do Zimbabué, Strive Masiyiwa, fundador da Econoet Wireless, é o oitavo da lista, e tem ações de filantropia um pouco por toda a África. Em 2012 criou um fundo com 6,4 milhões de dólares, para financiar os estudos de 40 estudantes e também apoia organizações de apoio a órfãos no Zimbabué.
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/202723/nigerianos-dominam-lista-de-filantropos-africanos

Autoridades sanitárias da Guiné-Bissau avançam com plano de prevenção do vírus do Ébola


Governo ainda não decidiu fechar as fronteiras mas avança com medidas preventivas.

As autoridades sanitárias da Guiné-Bissau puseram em acção um plano de prevenção e resposta contra a doença provocada pelo vírus do Ébola, que já vitimou dezenas de pessoas na vizinha República da Guiné.

Bissau em prevenção contra o Ébola

Orçado em cerca de 170 mil dólares americanos, o plano inclui a activação de equipas de triagem sanitária no aeroporto e nos diferentes postos fronteiriços com a Guiné-Conakri, conforme disse à VOA Cristóvão Majuba, director de Serviços de Doenças Transmissíveis e não Transmissíveis do Ministério da Saúde Publica, em Bissau.

Questionado sobre o facto de as fronteiras se manterem abertas, ao contrário de outros países vizinhos da República da Guiné, Cristóvão Majuba, que relega essa responsabilidade para o Governo, mas diz que as medidas tomadas controlam os movimentos perto das fronteiras.

As autoridades guineenses dispõem já de alguns medicamentos sintomáticos para eventuais contágios e máscaras para o pessoal de saúde que venham a ser eventualmente afectados à luta contra o vírus da ébola.
VOA

HAPPY 35TH BIRTHDAY DJARA SONCO IYERE

Money can buy designer clothes, luxury homes, expensive cars, lavish holidays and the lifestyle of the royals. But all that is useless without the love of an honest and beautiful queen. Thank you for being the queen in my life. Happy Birthday MY QUEEN!!!
DJARA SONCO IYERE

sábado, 5 de abril de 2014

Kumba Yala, a biografia de um político com história

Kumba Yala

Kumba Yala envergava um sentimentalismo nacionalista, que em várias ocasiões sugeria outras interpretações e compreensões, ao ponto de muitos o considerarem uma figura controversial.

O antigo Presidente da República, Kumba Yala, morreu no princípio da madrugada de hoje em Bissau. A notícia apanhou os guineenses de surpresa, já que aparentemente Yala patenteava um aspecto físico razoável, tanto assim que estava envolvido na campanha eleitoral ao lado do candidato independente Nuno Gomes Nabian.
Os restos mortais do malogrado encontram-se na morgue do hospital militar, enquanto se espera da decisão do Governo sobre a data para a realização de cerimónias fúnebres.

Kumba Yala era o líder fundador do Partido da Renovação Social (PRS), criado em 1992 quando deixou de pertencer à Frente Democrática Social, partido onde ocupava o cargo de vice-presidente.

Do seu percurso político, consta que Kumba Yala foi dos mais espontâneos políticos da oposição. Experimentou a maior parte da sua formação política no PAIGC.

Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras na Universidade Clássica de Lisboa, cidade onde fez o Curso de Teologia na Universidade Católica, Kumba Yala envergava um sentimentalismo nacionalista, que em várias ocasiões sugeria outras interpretações e compreensões. Por isso, alguns o consideravam como uma figura controversial.

Assumiu o destino do país em 2000, após a queda de Nino Vieira, afastado do poder em consequência do conflito militar liderado por Ansumane Mané.

Yala exerceu a sua magistratura até 2003, quando foi afastado por um golpe militar, liderado pelo então chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Veríssimo Correia Seabra, morto dois anos depois pelos seus camaradas de armas.

Desde ai, mesmo com o asilo em em Marrocos, Kumba Yala, ou Mohamed Yala, tal como foi baptizado em 2005 por se ter convertido ao islão, participou em todas as disputas eleitorais como candidato presidencial.

Em Dezembro, passado renunciou a liderança do seu partido, PRS, e anunciou a sua retirada da vida política activa:

No dia seguinte dizia aos guineenses que ia apoiar o candidato Nuno Gomes Nabian e o fez. De lado a lado, percorreram o país nesta presente campanha eleitoral.

O ex-presidente da República morreu nos primeiros minutos de hoje, 4,na clínica do seu médico pessoal e sobrinho. Segundo o médico, Kumba Yala lhe disse, antes do seu último suspiro, para que queria ser sepultado “só após o anúncio da vitória do candidato Nuno Gomes Nabian nas presidenciais de 13 de Abril”.


Quem está interessado na desgraça do povo guineense ??

BLOG:  "DOKA INTERNACIONAL"
PROFISSIONAIS DA DESINFORMAÇÃO DO INCITAMENTO À SUSPEIÇÃO E À DESESTABILIZAÇÃO MORAL DE UMA POPULAÇÃO.

BLOG: "DITADURA DO CONSENSO"

OPINIÃO: LANTE NDAN NÃO MORRE, PORÉM, SE DEITA PARA DESCANSAR


Diz-se, jamais os seres humanos se conformarão ou se acostuma com a morte, pois, não foram criados para ter esse fim, apesar de antecipadamente, terem consciência desse seus fim, e de há muito tempo estar à lidar com ela (morte).

Faleceu Dr. Koumba Yalá, antigo presidente da República da Guiné-Bissau. Aliás, partiu para o destino posterior de vida de todos seres humano, apesar de um modo não muito comum, mas, deixou corações magoados dos familiares, amigos, etc…

Segundo testemunhou Dr. Martinho Cobdé Nhanca Ialá, sobrinho e médico pessoal do Ex-Presidente:

“Os ponteiros do meu relógio que estava afixado numa das paredes que contornam a minha sala de visita, indicavam zero horas e alguns minutos, foi quando inesperavelmente tocou o meu celular. Atendi, era Dr. Koumba, depois de tomar banho, ao chegar de uma longa viagem, depois de um comício no sul de pais, com o candidato independente às eleições presidencial, à que apoia, Eng°. Nuno Gomes Nabiam. Me anunciou que sabia que vai morrer, por isso, queria morrer na minha casa, sendo filho mais velho, assim poderei cuidar dos mais novos. Entretanto, respondi que estarei lhe esperando em casa.

Minutos depois, senti alguém na porta, não hesitei, deduzi logo que era Dr. Koumba. Abri a porta. Entrou, e lhe perguntei, mas o que está havendo, por me fez anuncio da sua morte?

Respondeu me: “nada, chegou a minha vez, vou atender ao chamado do SENHOR, portanto, vou lhe recomendar sobre como pretendo que tratem o meu corpo e como devem me render as últimas homenagens.”

Pediu que realizemos as cerimônias fúnebres após o anúncio dos resultados finais das eleições gerais, para não paralisar o pais, nem por um segundo, e interromper o processo de eleição geral, já em curso, pois, Eng.° Nuno Gomes Nabiam será o grande vencedor da mesma.

E, ironicamente, lhe perguntei se o Eng°. Nuno vier a sair derrotado?

Respondeu que o Eng.° Nuno vai ganhar para Guiné-Bissau, assim como qualquer outro candidato, pelo que, nenhum guineense sairá derrotado com esse processo eleitoral. Portanto Nuno nunca será derrotado.

Também, me solicitou que depois de dar o banho no seu cadáver para sepultura, primeiramente quer que lhe coloque o seu Barrete Vermelho, pois já sou homem grande.

Respondendo me, após lhe perguntar onde prefere que seja a sua última morada (na sua casa, aldeia, etc.…), disse que preferiu ser sepultado na sua aldeia natal, Bicon, na cidade de Bula, região de Cacheu. Ainda me salientou que se alguém viesse a sugerir outro lugar, sob pretexto que ele foi presidente da República da Guiné-Bissau, podemos deixar.

Depois de termos essa conversa, menos de cinco minutos morreu.”

Contudo, foste cedo e muito repentino, sem se despedir, deixando saudades e perdas incomensuráveis ao seu povo e à sua pátria.

As memorias da fase da minha infância, que ainda são vivas na minha mente, lembro dessa figura de pequena porte, simples, conhecida e respeitada como grande líder ousado, que ambulava no Bairro de Míssira, concretamente em Nghala. Ora na sede, ora na feira do meu tio Cundoc, ora no campo de Cundoc, ora no beco de Sucnandaké, ao lado da nossa casa, ora no campo de bairro d’ajuda, e enfim.

Foi grande estadista, ativista e combatente da democracia guineense, do seu jeito humilde, simples e frontal. Com muita coragem e abnegação pelas causas nacionais, lutou incansavelmente contra qualquer tipo de jugo e exploração contra o seu povo e sagrados valores da democracia, que lhe fez destacar de forma impar como lendário político populista e combatente da liberdade e democracia na Guiné-Bissau.

Hoje apartou-se das nossas vistas e das nossas convivências, porém, permanecerá indelevelmente nas nossas memorias, assim como, as suas marcas emblemáticas e incontornáveis de humildade, simpatia e alto espirito de patriotismo.

Dr. Koumba Yalá, Cobdé Nhanca, obrigado por tudo que fez em prol do desenvolvimento da nossa querida e amada pátria, Guiné-Bissau.Pêsames à toda família enlutada.

"Lanti ndan wot ma lod, a ma ringui a iab. Lanti ndan(Koumba) iab a fiab nin nghala" – (na língua balanta significa, o homem adulto não morre, porém, se descansa. Koumba descanse na paz de DEUS.)

“Un dia no kabas na sabi, nona kume toku no limbi mon”

Nataniel Sanhá (Velho Nael)

Fonte: IBD


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Morreu o antigo Presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá


O antigo Presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá morreu nesta sexta-feira, aos 61 anos, poucos meses depois de ter renunciado à vida política activa.

O governante terá morrido na sequência de uma paragem cardíaca e os seus restos mortais estão em câmara ardente no Hospital Militar de Bissau, adiantou à RDP África fonte da família. Os familiares e amigos de Kumba Ialá já estão a dirigir-se para a sua residência privada, segundo a mesma fonte.

Kumba Ialá renunciou à vida política activa em Janeiro deste ano, anunciando nessa altura que apoiava o candidato independente às eleições presidenciais do país, Nuno Nabian. "Agora que me despeço não da política, mas de disputas e mandatos de cargos eleitorais, realço que não é necessário, que não é preciso, ter cargos para exercer a cidadania activa", disse então, na conferência de imprensa em que anunciou a sua decisão.

O antigo presidente esteve à frente do país entre 2000 e 2003, tendo saído do cargo na sequência de um golpe de Estado militar. Foi também fundador do Partido da Renovação Social, na década de 1990, e convertera-se há poucos anos ao islamismo, passando a chamar-se Mohamed Ialá Embaló. Estudou Teologia e Filosofia na Universidade Católica de Lisboa e, mais tarde, Direito em Bissau. Além de falar português, crioulo, espanhol, francês e inglês, lia latim, grego e hebraico.
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Exclusivo: Morreu ex-presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá

Morreu Kumba Ialá

DW.COM Autoria Braima Darame (Bissau) / Lusa
O ex-Presidente da Guiné-Bissau morreu por volta das três da manhã, hora de Bissau, devido a uma crise cardíaca, segundo fontes familiares. O Governo de transição propõe que sejam decretados três dias de luto nacional.

A morte de Kumba Yalá, de 61 anos, apanhou toda a gente de surpresa. O político guineense sentiu-se mal quando regressou a Bissau na quinta-feira (03.04), depois de ter participado, no sul do país, numa acção de campanha de Nuno Nabiam (às vezes também escrito "Nabian"), candidato independente à presidência da Guiné-Bissau.

Em memória do antigo chefe de Estado, o Governo de transição propõe decretar três dias de luto nacional, adiantou o ministro da Função Pública, Aristides Octante da Silva, após uma reunião de emergência do Conselho de Ministros.

Várias fontes familiares referiram esta manhã aos jornalistas, à porta da residência de Kumba Ialá, no Bairro Internacional, em Bissau, que o ex-presidente morreu devido a uma crise cardíaca.

Martinho Nhanca, médico que assistiu Kumba Ialá

Sem adiantar mais informações sobre as causas da sua morte, o médico que o assistiu, Martinho Nhanca, disse apenas que Kumba Ialá "pediu para ser sepultado só depois da vitória de Nuno Gomes Nabiam", candidato presidencial que apoiava na campanha para as eleições de 13 de abril.

O corpo do ex-Presidente da República e fundador do Partido da Renovação Social (PRS) encontra-se na morgue do Hospital Militar em Bissau sob vigilância de militares.

Na manhã desta sexta-feira (04.04.), militares patrulhavam as ruas de Bissau, controlando veículos em andamento pelas principais artérias. Algumas discotecas foram fechadas pelas forças de segurança como forma de precaução.

Morte de Ialá a dez dias das eleições

A morte de Kumba Ialá acontece a menos de dez dias da realização do pleito e em plena campanha eleitoral. José Ramos-Horta, representante da ONU em Bissau, pediu já para que não haja nenhum aproveitamento político da morte do antigo Presidente.

O corpo de Kumba Ialá encontra-se na morgue do Hospital Militar em Bissau, sob vigilância de soldados

"É preferível que ninguém politize a morte de Kumba", disse Ramos-Horta, acrescentando que o antigo chefe de Estado “deve ser sepultado com toda a dignidade e respeito“, acrescentou. Por outro lado, considerou que "os vivos devem continuar a fazer a campanha como melhor entenderem.”

Ovídio Pequeno, representante residente da União Africana (UA) no país, não espera distúrbios durante o processo eleitoral com a morte do eterno líder dos renovadores guineenses. “Espero que, de facto, não se aproveitem desta situação para poderem criar perturbações ao processo eleitoral”, afirmou.

O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, também apelou aos guineenses que mantenham a calma após a morte do antigo Presidente. "Encorajamos os guineenses a irem a votos com a consciência tranquila e dever cumprido", disse à agência de notícias portuguesa

“Tudo na vida tem o seu tempo”

Kumba Ialá, que fez 61 anos no passado dia 15.03, abandonou a vida política ativa no início do ano, dizendo na altura que "tudo na vida tem o seu tempo". Porém, Ialá estava a apoiar a candidatura independente de Nuno Nabiam à Presidência da República na campanha para as eleições gerais, marcadas para 13 de abril.

O homem do barrete vermelho recorreu a várias citações da Bíblia para argumentar que chegara a hora de deixar o seu lugar a outros, não deixando de parte a ideia de que poderia vir a ser “senador da República”.

Na política guineense durante duas décadas, Kumba Ialá fundou o PRS e ocupou o cargo de Presidente da República entre 2000 e 2003, tendo sido afastado por um golpe militar.

Casa de Kumba Ialá no Bairro Internacional, em Bissau. esta manhã


domingo, 30 de março de 2014

Presidente da Comissão da CEDEAO saúda sucessos da organização

Kadre Désiré Ouédraogo
Yamoussoukro, Côte d'Ivoire (PANA) – O Presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Kadre Désiré Ouédraogo, considerou em Yamoussoukro, na Côte d'Ivoire, 2013 como ano da "vitória" sobre o terrorismo, a criminalidade, o obscurantismo e os demónios da divisão e desestabilização.

"As nossas populações e os amigos da região e de África, apesar das cenas horríveis no norte do Mali, lembrar-se-ão sempre do apoio internacional massivo que puderam reunir para rejeitar esta situação inaceitável'', disse Ouédraogo sexta-feira durante a cerimónia de abertura da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO.


''Sobre o que aconteceu no Mali em 2013, a posteridade vai reter também que, apesar da obstrução à lei e à ordem provocada pelo aventurismo político de alguns, a realização de eleições presidenciais e legislativas no Mali é uma boa lição de prática democrática sã'', acrescentou.


Ele felicitou igualmente os dirigentes oeste-africanos pelos sucessos registados no Mali, afirmando que a restauração da estabilidade e da democracia tornou-se possível graças à ''vossa visão política clara e à implicação direta na implementação de decisões audaciosas".


Ele sublinhou os "esforços políticos, diplomáticos e militares sem precedentes'' para resolver a crise na Guiné-Bissau, um país que vai organizar eleições presidenciais em abril para restabelecer a democracia depois do golpe de Estado militar de 2012.


O presidente da Comissão da CEDEAO indicou que a região não deve estar satisfeita destes sucessos, mas permanecer vigilante face aos novos desafios.

http://www.panapress.com/Presidente-da-Comissao-da-CEDEAO-sauda-sucessos-da-organizacao--3-903459-47-lang4-index.html

Bissau lançam marca de produtos agrícolas


Uma associação de camponeses na Guiné-Bissau lançou hoje uma marca de produtos agrícolas e florestais intitulada "Sabores da Tabanca", criada com apoio financeiro da União Europeia (UE), anunciou a delegação da UE em Bissau.

O projeto nasceu com a construção de 30 unidades de transformação agroalimentar nas tabancas (aldeias) da Região de Oio, no centro da Guiné-Bissau, e geridas pelas mulheres camponesas.

A castanha de caju, sumo de caju, manga fresca e também transformada em compota, são alguns dos exemplos de produtos escoados através de um canal de distribuição que chega a Bissau e hoje apresentados em Djalicunda.

Espera-se que a transformação agroalimentar tenha grande impacto na região, porque "permite reduzir as perdas dos produtos agrícolas e florestais", evitando problemas periódicos de escassez de alimentos, e "favorece a criação de empregos", destaca a UE em comunicado.

O objetivo do projeto é ambicioso: envolver 600 camponeses de 30 tabancas da região, criar cerca de 180 empregos para mulheres e jovens e garantir o funcionamento efetivo de um centro de experimentação e controlo de qualidade.

Num país em que a agricultura ainda funciona de forma rudimentar e sobretudo para subsistência das comunidades, a UE pretende promover a mecanização do transporte das produções agrícolas e abrir novos circuitos comerciais.

O projeto intitulado "Melhoria da Segurança Alimentar, Promoção Económica das Fileiras Agrícolas e Florestais", tem três anos de duração e um financiamento a rondar 633 mil euros, cofinanciado a 89% pela UE e a 11% pelos parceiros de implementação - Federação Camponesa KAFO Djalicunda, Agência Francesa de Desenvolvimento e Comité Francês para a Solidariedade Internacional.


sábado, 29 de março de 2014

Candidato Nuno Nabiam quer mudar imagem externa da Guiné-Bissau


Engenheiro formado na Rússia em aviação civil, Nuno Gomes Nabiam, de 50 anos, é candidata-se como independente, mas com apoio de uma das alas do Partido da Renovação Social (PRS), a segunda maior força política da Guiné-Bissau.

O presidente da Agência de Aviação Civil, até aqui um desconhecido na cena politica guineense, está a ser orientado pelo antigo Presidente do país Kumba Ialá, fundador do PRS.

Segundo Nuno Nabiam, Kumba Ialá, que classifica como “um político incontornável no sistema político da Guiné-Bissau” entendeu que “é hora de dar oportunidade aos jovens, para criar uma certa dinâmica na governação”. Sublinha ainda que “o país só tem a ganhar com isso”.

O apoio de Kumba Ialá, que faleceu poucos dias antes da primeira volta, a Nuno Nabiam é uma indicação clara de que o PRS enfrenta divisões profundas, já que a cúpula partidária já apontou um outro candidato, na figura do empresário Abel Incada.

Mudar imagem da Guiné-Bissau

Nuno Gomes Nabiam (esq.) está a ser orientado pelo antigo Presidente Kumba Ialá (centro)

Nuno Nabiam apresentou-se no dia 25 de março como candidato às eleições presidenciais de 13 de abril como forma de ajudar a “mudar a imagem e estabilizar o país”, que, acrescentou, tem sido destruído por conflitos políticos e armados desde a independência até hoje.

“Depois da independência, houve muitas perturbações a nível da governação. O país está onde está hoje por causa da instabilidade, o que não ajudou de forma alguma ao desenvolvimento do país. E foi isso que me motivou a candidatar-me”, explicou.

Assume-se como um “candidato de consenso”, que “poderá de facto juntar a família guineense” e que vai apostar no saber para que a Guiné-Bissau possa sair da situação em que se encontra”.

O candidato disse que pode ajudar a criar um clima de entendimento com o Governo, promover o desenvolvimento e ainda dar as condições de base, nomeadamente água potável, energia eléctrica da rede pública, saúde e educação. Se ganhar as eleições, afirma que a sua prioridade será “trabalhar com o Governo que sair das eleições legislativas”, concentrando-se então “nos aspectos fundamentais do desenvolvimento”.

Remodelação militar

Kumba Ialá (esq.) e Nuno Gomes Nabiam

Nuno Nabiam disse que conta com o apoio de uma grande franja dos jovens e mulheres para ser eleito "próximo Presidente" da Guiné-Bissau, acrescentando que espera também o voto de António Indjai, actual chefe das Forças Armadas, que conhece desde os tempos me que ambos eram estudantes em Kiev.

Sobre as remodelações das chefias militares que muitos defendem com o mais ideal para a estabilização do país, Nuno Nabiam defende um modelo diferente. “A reforma não é só do setor de defesa e segurança. Tem de ser a todos os níveis”, sublinhou, defendendo que a remodelação das chefias militares “tem de ser bem pensada”.

Caso seja eleito presidente, promete recuperar os princípios e valores da sociedade guineense, para construir um Estado que proteja os interesses e os ideais dos seus cidadãos.