quarta-feira, 16 de novembro de 2022
FOTOS DO GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ, PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS REGISTADAS DURANTE AS COMEMORAÇÕES DO 16 DE NOVEMBRO- DIA DAS FORÇAS ARMADAS NA SEQUÊNCIA DAS CERIMÓNIAS QUE PRESIDIU
Inconclusiva a negociação entre o governo e os sindicatos da Frente Social.
Por: Mamasamba Balde Radio TV Bantaba Novembro 16, 2022
O encontro entre o governo e a Frente Social foi inconclusivo, “por falta de poderes da decisão”, anunciou esta quarta-feira (16.11) a Rádio TV Bantaba fonte sindical.
“A reunião que deveria juntar os Ministros das Finanças, Saúde e Educação, convocada por Primeiro-ministro, apenas apareceram aos técnicos sem poderes de decisão”, explicou a Fonte Sindical.
A Saída de encontro promovido pela Rede das Mulheres Facilitadoras, Yoyo João Correia falou a imprensa dos resultados obtidos, não obstante “realçou o papel da rede das mulheres “na facilitação do diálogo.
“Governo não apresentou qualquer proposta concreta, mas prometeram reagir a volta de caderno reivindicativo, após terem consulta oa seus superiores. Contudo, o sindicato (Frente Social) mantém aberto ao diálogo”, disse o Porta-voz da Frente Social.
O Governo guineense, através do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam convocou hoje, os sindicatos da Frente Social e a Rede das Mulheres Facilitadoras para a reunião, ora inconclusiva “por falta de proposta concreta “.
De lembrar que os sindicatos da Frente Social entregaram ao executivo liderado por Nuno Gomes Nabiam a proposta para saída de impasse nos setores da educação e saúde, de qual aguardam a contraproposta do governo da Guiné-Bissau.
Aniversário das FARP: PR exorta os militares a terem em conta a “submissão ao poder político” decidida no congresso de Cassacá
Bissau, 16 Nov 22 (ANG) - O Presidente da República exortou hoje os militares a levarem em conta as decisões saídas no congresso de Cassacá, em 1964, de criação das Forças Armadas e sua submissão ao poder politico legítimo.
Umaro Sissoco Embaló que falava na cerimónia comemorativa dos 58º aniversário das Forças Armadas Revolucionárias do Povo(FARP) disse que hoje é dia de festa mas também de reflexão, porque após a sua criação e até a esta parte, as Forças Armadas(FA) fizeram um percurso de coragem, valentia e de mérito histórico, que marcou a libertação da Guiné e Cabo Verde, em situações de grandes sacrifícios.
“É preciso, hoje mais de que nunca, levar em conta as decisões saídas do congresso de Cassacá, em 1964, que determinaram a criação das Forças Armadas e sua submissão ao poder politico legitimo”, exaltou o chefe de Estado guineense.
Acrescentou que hoje a lição é a mesma, e se apresenta como um imperativo da Constituição da República ou de um Estado democrático que ordena a submissão dos militares ao poder politico legítimo. “É esta a cultura que deve estar presente em todas as unidades militares, no pensamento de cada soldado e de cada General”, disse.
“ A modernização, com a tónica na formação de quadros e disponibilização de meios operacionais, são desafios que chama à todos, para a transformação das Forças Armadas numa Força Repúblicana, compromitida com a segurança, estabilidade, para um exercício politico democrático, com a livre expressão e circulação de pessoas e bens, e subordinadas ao poder politico legalmente constituido”, disse Marciano Silva Barbeiro, ministro da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria.
Neste quadro de transformação das Forças Armadas, Silva Barbosa destacou os esforços do Presidente da República e do governo para, segundo diz, adoptar as Forças Amradas de novas competências e equipá-las para que possam fazer face aos novos desafios que a atual realidade impõe, tais como a luta contra o terrorismo, o tráfigo de drogas, a pirataria e trafico de seres humanos, entre ouros.
O ministro da Defesa anunciou que, em breve, 77 elementos das Forças Armadas vão para a Rússia para formação em vários domínios da técnica militar.
A iniciativa responde as necessidades de criação das condições para que as FA possam cumprir a sua missão, de acordo com a atualidade científica e tecnológica militar.
Marciano Silva Barbeiro disse que as autoridades nacionais estão empenhadas na transformação das Forças Armadas numa força produtiva da nação e de apoio ao governo no desenvolvimento do país e na luta contra a fome.
“A Produção militar pode contribuir para o desenvolvimento, tanto do ponto de vista económico e infraestrutural assim como no campo litarário”, disse o ministro da Defesa Nacional.
MEDICAÇÃO: Por esta não esperava. Paracetamol tem "efeito secundário bizarro"... Cientistas norte-americanos emitiram um alerta.
© Shutterstock
Notícias ao Minuto 16/11/22
Um grupo de cientistas da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o paracetamol (ou acetaminofeno) pode fazer bem mais do que aliviar o mal-estar generalizado, dor de cabeça e febre. Um dos analgésicos mais comuns em todo o mundo tem "efeitos secundários bizarros", dizem.
"O acetaminofeno parece fazer com que as pessoas sintam menos emoções negativas quando realizam atividades arriscadas. Não se sentem tão assustadas", fez saber o neurocientista e co-autor do estudo Baldwin Way, citado pelo The Sun.
O jornal lembra que um estudo, publicado, em 2020, na revista Social Cognitive and Affective Neuroscience, corrobora estas revelações. Na altura, os autores da investigação avançaram que o analgésico tem efeitos psicológicos e reduz as emoções positivas e negativas, como a alegria e a angústia, respetivamente.
No estudo, 189 participantes receberam mil miligramas do analgésico ou um placebo. Depois, foi-lhes pedido que avaliassem o risco de várias atividades, numa escala de um a sete. Aqueles que haviam tomado paracetamol classificaram como pouco arriscadas atividades como caminhar sozinhos à noite numa área insegura, paraquedismo, bungee jumping ou até mesmo mudar de carreira depois dos 30 anos.
Leia Também: Sinais que o corpo dá para indicar que deve parar de tomar paracetamol
Leia também: Medicamentos que nunca (mas mesmo nunca) deve misturar com álcool
Rumo à Lua. À terceira foi de vez: NASA lança missão Artemis I com êxito... Se tudo correr como previsto, a missão levará cerca de 25 dias.
Notícias ao Minuto 16/11/22
Depois de várias tentativas falhadas, a NASA lançou com sucesso a missão Artemis I, esta quarta-feira, rumo a uma nova era da exploração espacial que pretende levar o homem à Lua, 50 anos depois do final da missão Apollo. É, também, o primeiro capítulo da exploração humana em Marte.
O relógio marcava 1h47 (6h47 em Lisboa) quando o foguetão Space Launch System (SLS) descolou, a partir do Centro Espacial Kennedy, no estado norte-americano da Flórida.
O objetivo desta primeira etapa passa por testar não só a segurança do SLS, como também da aeronave Orion e de todos os seus subsistemas, não tendo, por isso, tripulação a bordo, como relata a Associated Press.
Em vez disso, seguiram três manequins – um masculino e dois femininos – com sensores, de modo a avaliar os níveis de radiação e outras exposições a que os astronautas poderão estar sujeitos.
Mas o lançamento não ocorreu sem sustos. Uma válvula de reabastecimento de hidrogénio estava a verter, por volta das 3h30 (hora em Portugal), problema que foi resolvido ao fim de duas horas. Depois, foi necessário substituir um cabo de ligação à rede da Força Espacial dos Estados Unidos, antes da luz verde para descolar.
De notar que o lançamento do foguete mais poderoso da NASA foi também adiado devido à passagem do furacão Ian, em setembro, estando esta terceira tentativa em risco, pelos ventos do furacão Nicole.
Ainda assim, se tudo correr como previsto, a missão levará cerca de 25 dias, esperando-se que ‘mergulhe’ no Oceano Pacífico a 11 de dezembro, depois de ter percorrido 64,374 quilómetros.
A segunda missão poderá descolar já em 2024.
Poderá ver imagens do lançamento na galeria acima.☝
PR Umaro Sissoco Embaló preside a comemoração do Dia das Forças Armadas Revolucionarias do Povo (Farp)
UCRÂNIA/RÚSSIA: Míssil caído na Polónia pode ter sido disparado por Kyiv, diz publicação
© Reuters
Por LUSA 16/11/22
O míssil que matou duas pessoas na Polónia pode ter sido disparado pela defesa aérea da Ucrânia, segundo informações partilhadas numa reunião do G7 e dirigentes da NATO, noticiou, esta quarta-feira, o jornal britânico Financial Times.
As investigações iniciais avaliadas na reunião de emergência realizada à margem da cimeira do G20, na ilha indonésia de Bali, sugerem que o projétil pode ter sido disparado pela Ucrânia contra um míssil russo antes de cair na Polónia, disse o jornal, citando fontes familiarizadas com as conversações.
As investigações sobre o que aconteceu estão ainda em curso e não se chegou a nenhuma conclusão, acrescenta o Financial Times, citado pela agência espanhola EFE.
A Polónia convocou uma reunião de emergência com os seus aliados da NATO depois de ter anunciado que um "projétil de fabrico russo" tinha caído na aldeia de Przewodów, que faz fronteira com a Ucrânia, na terça-feira, matando duas pessoas.
Fotos publicadas nos meios de comunicação social mostraram um veículo agrícola danificado junto a uma grande cratera.
A imprensa polaca disse que as vítimas eram trabalhadores agrícolas.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em Bali, após a reunião de emergência, que havia informações preliminares que punham em causa que o míssil tivesse sido disparado a partir da Rússia.
"É improvável nas linhas de trajetória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos", disse Biden aos jornalistas.
A Rússia negou qualquer responsabilidade no incidente.
Se se confirmar que o míssil foi disparado pela Rússia, seria o primeiro ataque a um país da NATO desde que Moscovo lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia em 24 de fevereiro.
Leia Também: Medvedev acusa Ocidente de "aumentar probabilidade" de III Guerra Mundial
Diretor da CIA reuniu-se em Kyiv com autoridades ucranianas
© Getty Imagens
Por LUSA 16/11/22
O diretor da CIA reuniu-se na terça-feira com o presidente ucraniano e os principais funcionários dos serviços de informação do país, em Kiev, para os informar sobre a reunião que manteve com autoridades russas, divulgou, esta quarta-feira, a agência norte-americana.
William Burns, ex-embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, viajou para Kyiv um dia depois do seu encontro em Ancara com o responsável dos serviços de informação russos, Sergei Naryshkin, o mais alto encontro a esse nível entre autoridades norte-americanas e russas desde o início da guerra na Ucrânia em 24 de fevereiro.
O diretor da CIA transmitiu ao seu homólogo russo uma mensagem a alertar "sobre as consequências do uso de armas nucleares pela Rússia e os riscos de escalada na estabilidade estratégica", declarou na segunda-feira um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca.
O porta-voz especificou que o Burns "não conduz negociações de qualquer tipo" nem "discute um acordo para a guerra na Ucrânia" e que os ucranianos foram informados de antemão da reunião.
Burns viajou depois para a Ucrânia para informar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os responsáveis dos serviços de informação ucranianos sobre a sua conversa com Naryshkin, bem como para reiterar o apoio dos Estados Unidos ao esforço de guerra ucraniano, disse um responsável norte-americano, sob condição de anonimato, à agência de notícias AFP.
O chefe da CIA estava em Kyiv quando ocorreu um intenso bombardeamento russo na Ucrânia, incluindo na capital.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Sirenes de ataques aéreos soam esta quarta-feira de novo em todo o país
NASA divulga foto detalhada de galáxia "vizinha, antissocial e antiga"... O feito é do Telescópio Espacial James Webb.
© NASA
Notícias ao Minuto 16/11/22
O Telescópio Espacial James Webb captou imagens de uma galáxia "vizinha, antissocial e antiga", a (apenas) três anos-luz da Terra, com incrível detalhe. Trata-se da Wolf-Lundmark-Melotte (WLM), uma galáxia anã que apresenta características químicas semelhantes às galáxias que se formaram no início do universo.
A WLM “é pobre em elementos mais pesados que o hidrogénio e o hélio”, que terá perdido devido aos ventos galácticos, segundo adiantou Kristen McQuinn, professora assistente na Universidade Rutgers, em Piscataway, no estado norte-americano de Nova Jérsia, em comunicado da NASA.
“Embora a WLM tenha formado estrelas recentemente, e essas estrelas tenham sintetizado novos elementos, parte do material é expelido da galáxia quando as estrelas massivas explodem”, explicou a especialista, detalhando ser essa a razão que torna esta galáxia “super interessante” no que toca a investigação da formação e evolução das estrelas em sistemas semelhantes.
Nas imagens captadas pelo Telescópio Espacial James Webb, McQuinn adiantou ser possível ver “uma miríade de estrelas individuais de diferentes cores, tamanhos, temperaturas, idades e estágios de evolução, nuvens interessantes de gás nebular dentro da galáxia, estrelas em primeiro plano, e galáxias de fundo com características elegantes”.
“É, realmente, uma imagem deslumbrante”, complementou.
O mais impressionante é a comparação do detalhe do Telescópio James Webb com o Telescópio Espacial Spitzer e o Telescópio Espacial Hubble, numa imagem divulgada pela NASA, na rede social Twitter. Na verdade, a entidade realçou que a NIRCam "faz tudo brilhar", numa referência ao tema ‘Bejeweled’, da cantora Taylor Swift.
Ainda assim, o principal objetivo dos investigadores passa por reconstruir a história da formação das estrelas desta galáxia. Como revelou McQuinn, “estrelas de baixa massa podem viver durante mil milhões de anos, o que significa que algumas das estrelas que vemos na WLM hoje formaram-se no início do universo”.
Nessa linha, será possível “obter informações sobre o que aconteceu num passado muito distante”, depois de se apurar as propriedades dessas estrelas de baixa massa e as suas idades.
GUERRA NA UCRÂNIA: Maioria do G20 condena guerra na declaração da cimeira de Bali
© Reuters
Por LUSA 16/11/22
A maioria dos membros do G20 "condenou veementemente a guerra na Ucrânia" e salientou as devastadoras consequências humanas e económicas globais do conflito, segundo a declaração conjunta divulgada, esta quarta-feira, no final da cimeira de Bali.
Na cimeira na ilha indonésia, houve "outras posições" sobre a situação na Ucrânia, admitiram as 20 maiores economias do mundo na declaração, de acordo com a agência espanhola EFE.
Reconheceram também que o G20 não é o fórum mais apropriado para resolver questões de segurança e afirmaram que o tempo atual "não deve ser uma era de guerra".
O G20 considerou igualmente que a "utilização ou ameaça de utilização de armas nucleares é inaceitável", segundo a agência francesa AFP.
"A resolução pacífica dos conflitos e os esforços para enfrentar as crises, juntamente com a diplomacia e o diálogo, são vitais", lê-se na declaração.
No comunicado conjunto, o G20 disse ser necessário "defender o direito internacional" e "salvaguardar a paz e a estabilidade", incluindo os princípios humanitários e a proteção de civis e infraestruturas em conflitos armados.
A Rússia, que é um dos membros do G20, juntamente com Estados Unidos, China e União Europeia, tem sido acusada pela Ucrânia de atacar civis e infraestruturas vitais de energia.
O G20 referiu-se igualmente ao "imenso sofrimento humano" e aos problemas globais causados pela guerra em termos de abastecimento energético, segurança alimentar e riscos de instabilidade financeira.
O texto, segundo a EFE, foi aprovado após árduas negociações, principalmente devido à relutância da Rússia.
Na cimeira da Ásia Oriental, realizada no Camboja, no domingo, a Rússia impediu a aprovação de uma declaração final por discordar dos termos em que era referida a guerra na Ucrânia.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano, nenhuma reunião ministerial do G20 conseguiu aprovar um documento de consenso devido a diferenças sobre a inclusão de referências ao conflito e em que termos.
A declaração aprovada hoje pelo G20 utiliza linguagem semelhante à da resolução da Assembleia Geral da ONU contra a invasão aprovada em março.
Nesse texto, a ONU deplorava "nos termos mais fortes a agressão da Rússia contra a Ucrânia" e apelava para "uma retirada incondicional" das tropas russas do território do país vizinho.
A Rússia refere-se oficialmente à sua invasão da Ucrânia como uma "operação militar especial", o que tem dificultado a utilização do termo "guerra" em declarações multilaterais acordadas em qualquer fórum internacional.
O líder russo, Vladimir Putin, não participou na cimeira alegando problemas de agenda e a necessidade de permanecer na Rússia, tendo sido representado no primeiro dia de trabalhos pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov
GUERRA NA UCRÂNIA: ONU diz que é "absolutamente essencial" evitar escalada da guerra
© Lusa
Por LUSA 16/11/22
O secretário-geral da ONU defendeu terça-feira à noite que é "absolutamente essencial" evitar a escalada da guerra na Ucrânia, mostrando-se "profundamente preocupado" com a queda de um míssil de fabrico russo na Polónia.
Numa breve declaração transmitida pelo porta-voz da ONU, António Guterres apelou a uma "investigação exaustiva" da queda do míssil que matou duas pessoas na Polónia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia confirmou na noite de terça-feira que um "projétil de fabrico russo" atingiu o território deste país da NATO junto à fronteira com a Ucrânia, causando a morte a duas pessoas.
"Na vila de Przewodów (...), um projétil de fabrico russo caiu, matando dois cidadãos da República da Polónia", salienta-se num comunicado do porta-voz do ministério, Lukasz Jasina.
Na mesma nota acrescenta-se que o embaixador russo na Polónia foi convocado para prestar "explicações detalhadas".
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que é improvável que o míssil que atingiu a Polónia e matou duas pessoas tenha sido disparado a partir da Rússia.
"Há informações preliminares que contestam isso", disse Biden aos jornalistas quando questionado se o míssil foi disparado da Rússia. "É improvável nas linhas da trajetória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos", acrescentou.
Por outro lado, os líderes do G7 e da NATO decidiram apoiar uma investigação sobre a queda do míssil de fabrico russo, revelou o Presidente dos EUA.
Em Bali, onde Joe Biden se encontra a participar na cimeira do G20, o governante explicou que este acordo foi alcançado "por unanimidade" durante uma reunião de emergência que decorreu esta manhã.
De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), o encontro realizou-se no hotel Grand Hyatt, em Bali, onde está hospedado Joe Biden.
Além de Biden, estiveram presentes no encontro de emergência o chanceler alemão, Olaf Scholz, os primeiros-ministros do Canadá, Reino Unido, Itália e Japão, Justin Trudeau, Rishi Sunak, Giorgia Meloni e Kishida Fumio, respetivamente, e o Presidente francês, Emmanuel Macron.
Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, encontram-se no local, informou a Casa Branca.
G7 vai reunir-se de emergência após queda de mísseis na Polónia... Encontro vai decorrer em Bali.
© Shutterstock
Notícias ao Minuto 16/11/22
Os líderes do G7 estão a organizar uma reunião de emergência, a realizar-se esta quarta-feira, na sequência da explosão na Polónia, anunciou a agência de notícias Kyodo, citando uma fonte do governo japonês.
O encontro vai decorrer em Bali, na Indonésia, onde está a realizar-se a cimeira do G20.
Os chefes de governo dos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido deverão discutir o incidente e as possíveis consequências. De referir que todos os sete países mais industrializados do mundo são membros da NATO, excepto o Japão.
De acordo com a Reuters, uma reunião entre Japão e Reino Unido marcada para o mesmo dia foi suspensa devido a este encontro de emergência.
O primeiro-ministro polaco já confirmou que o seu Governo está a ponderar invocar o Artigo 4.º da NATO, segundo o qual os aliados "se consultarão quando, na opinião de qualquer um deles, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer das partes for ameaçada".
Por sua vez, o Presidente polaco, Andrzej Duda, explicou que o seu país ainda não tinha "provas inequívocas" sobre o autor do lançamento do míssil que matou duas pessoas no leste do país, assegurando que a investigação "está em andamento".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia tinha confirmado momentos antes que um "projétil de fabrico russo" atingiu o território deste país da NATO, causando a morte a duas pessoas.
"Às 15h40 (14h40 em Lisboa), na vila de Przewodów (...), um projétil de fabrico russo caiu, matando dois cidadãos da República da Polónia", salienta um comunicado de Lukasz Jasina, o porta-voz do ministério.
A mesma nota acrescentava que o embaixador russo na Polónia foi convocado para prestar "explicações detalhadas".
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, vai realizar hoje uma "reunião de emergência" com os embaixadores da Aliança Atlântica sobre esta ocorrência, disse um porta-voz na terça-feira.
NATO reúne-se de "emergência" na quarta-feira para discutir situação na Polónia
OLIVIER MATTHYS
Na reunião vão participar o secretário-geral e os embaixadores da NATO.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, vai realizar uma "reunião de emergência" com os embaixadores da Aliança Atlântica na quarta-feira sobre a explosão que matou duas pessoas na Polónia, disse esta terça-feira um porta-voz.
"O secretário-geral vai presidir uma reunião de emergência dos embaixadores da NATO amanhã [quarta-feira] para discutir este trágico incidente", disse a porta-voz do organismo, Oana Lungescu, enquanto informações não confirmadas levantavam a possibilidade de mísseis russos terem atingido o território polaco.
Um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos disse esta terça-feira que mísseis russos caíram na Polónia, país membro da NATO, incidente que causou a morte a duas pessoas.
O primeiro-ministro polaco já reagiu ao incidente. Depois de uma reunião de emergência com os elementos do Governo, Mateusz Morawiecki anunciou, numa declaração ao país, que vai aumentar monitorização no espaço aéreo. O primeiro-ministro apelou a todos os polacos que mantenham a calma.
O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, diz que não há provas definitivas de que míssil tenha sido disparado da Rússia.
De acordo com órgãos de comunicação polacos, duas pessoas morreram esta terça-feira à tarde, depois de um projétil ter atingido uma zona agrícola em Przewodów, uma vila polaca perto da fronteira com a Ucrânia.
A polícia e o Exército já estão presentes no local, segundo os media, que noticiaram também que os bombeiros confirmaram a ocorrência de explosões naquela localidade, noticiou a agência Efe.
De acordo com a Força Aérea ucraniana, a Rússia disparou esta terça-feira sobre as infraestruturas de produção de energia elétrica de várias regiões ucranianas "cerca de" 100 mísseis, causando cortes de eletricidade, além de ter atingido igualmente zonas residenciais e feito pelo menos um morto na capital ucraniana, Kiev.
Mais de sete milhões de habitações da Ucrânia estão sem eletricidade após os novos bombardeamentos russos.
Leia Também: Polónia confirma queda de míssil russo e exige explicações a Moscovo
Leia Também: Restabelecida energia a oito milhões de ucranianos após ataque russo
Investigação sobre cancro deve ser prioritária para evitar epidemia da doença na próxima década, revela estudo
Por Cnnportugal.iol.pt
Estima-se que um milhão de diagnósticos não tenha sido feito em toda a Europa durante a pandemia, falando de “uma corrida contra o tempo” para encontrar esses doentes
Os sistemas de saúde e a investigação sobre o cancro devem tornar-se uma prioridade urgentemente para evitar uma epidemia da doença na Europa na próxima década, defendem especialistas num relatório da revista Lancet Oncology a publicar na quarta-feira.
Segundo um comunicado divulgado esta terça-feira, o estudo, a cargo da Comissão “European Groundshot”, recomenda ainda a “priorização de áreas de investigação do cancro mal servidas, incluindo prevenção e diagnóstico precoce, radioterapia e cirurgia”.
Identificar e tentar resolver os obstáculos à transformação do conhecimento em prática médica (ciência da implementação), agir sobre a igualdade de género e colocar maior ênfase na sobrevivência são outras das recomendações do relatório.
“Tendo em conta a pandemia da covid-19, o ‘Brexit’ e a invasão da Ucrânia pela Rússia, é mais importante do que nunca que a Europa desenvolva um plano de ação resiliente para a investigação do cancro que tenha um papel transformador na melhoria da prevenção, diagnóstico, tratamento e qualidade de vida dos atuais e futuros pacientes e outros”, diz o professor Mark Lawler, da Queen's University Belfast, Reino Unido, presidente da Comissão e principal autor do relatório, citado no comunicado.
Lawler indica que se estima que um milhão de diagnósticos de cancro não tenha sido feito em toda a Europa durante a pandemia, falando de “uma corrida contra o tempo” para encontrar esses doentes.
A Comissão” European Groundshot” descobriu que “os médicos atenderam menos 1,5 milhões de pacientes com cancro no primeiro ano da pandemia”, que foi atrasada a cirurgia ou o tratamento de quimioterapia no caso de “um em cada dois pacientes” e que falharam “100 milhões de testes de rastreio”.
Na primeira onda da pandemia, o fecho dos laboratórios e atrasos ou cancelamentos de ensaios clínicos tiveram “um efeito assustador” na investigação do cancro.
“Estamos preocupados com o facto de a Europa estar a caminhar para uma epidemia de cancro na próxima década se os sistemas de saúde e a investigação do cancro não forem priorizados com urgência”, assinala.
Segundo o estudo, a invasão da Ucrânia pela Rússia (iniciada a 24 de fevereiro) representa outro grande desafio para a investigação do cancro na Europa, pois os países “são dois dos que mais contribuem para a investigação clínica” da doença no mundo, sobretudo a patrocinada pela indústria.
Muitos ensaios clínicos de cancro na Ucrânia incluem centros em países da Europa Central e Oriental e o conflito levará provavelmente a que muitos deles sejam adiados, além disso a indústria poderá considerar “demasiado arriscado” realizar investigação em países que fazem fronteira com a Ucrânia.
“A perda de investimento do setor privado seria extremamente prejudicial para a investigação do cancro na Europa Central e Oriental”, indica o comunicado.
Prevendo que o ‘Brexit’ continuará a ter um impacto negativo na investigação europeia sobre o cancro, a comissão recomenda que “os financiadores europeus de investigação (…) e a comunidade de investigação europeia (…) mitiguem o impacto” da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), garantindo que o país “possa continuar a colaborar com parceiros europeus e a contribuir para as atividades europeias de investigação e inovação sobre o cancro”.
“Se o Reino Unido não estiver envolvido na investigação colaborativa da UE sobre o cancro e não fizer parte da comunidade de investigação do (programa) Horizonte Europa, isso terá um efeito extremamente prejudicial na atividade europeia de pesquisa” sobre a doença e “em última análise, os doentes (…) pagarão o preço por essa decisão em termos de resultados ao nível da saúde”, diz Lawler.
Horizonte Europa é o principal programa da UE para o financiamento da investigação e da inovação.
Segundo a Comissão, entre 2010 e 2019, o investimento na investigação do cancro na Europa, excluindo o setor privado, foi de 20 a 22 mil milhões de euros, cerca de 26 euros ‘per capita’. Considerando existir uma “diferença dramática” em relação ao que é investido nos Estados Unidos e que corresponde a cerca de 76 mil milhões de euros (234 ‘per capita’), a ‘European Groundshot’ pede a “duplicação do orçamento europeu de investigação do cancro para 50 euros ‘per capita’, até 2030”.
Defende ainda que a investigação sobre o cancro na Europa tenha “um foco mais centrado no paciente, do que na tecnologia”.
“Os comissários esperam que as conclusões e recomendações contidas neste relatório ajudem a comunidade europeia de investigação do cancro no seu trabalho por uma agenda mais equitativa em que todos os cidadãos e doentes, independentemente do local onde vivem, beneficiem igualmente dos avanços na investigação do cancro”, refere o comunicado da Lancet.
Um novo estudo mostra que a idade na qual os homens são mais atraentes é aos 50 anos, enquanto das mulheres é aos 18 anos, quando elas acabaram de atingir a maioridade.
Auge da atração dos homens é aos 50 anos, e das mulheres aos 18, diz estudo
Quantidade de diplomas também influencia: quanto mais elas tinham, menos os rapazes as desejavam
Um novo estudo mostrou que em sites de namoro, a idade na qual os homens são mais atratentes é aos 50 anos, enquanto das mulheres é aos 18 anos, quando elas acabaram de atingir a maioridade.
Publicada na revista Science Advances, a pesquisa analisou a “desejabilidade” dos usuários masculinos e femininos, com base em mais de 200 mil mensagens, sendo que todos buscavam parceiros do gênero oposto.
"A variação de idade para as mulheres nos surpreendeu. Tanto pelo fato de que a atração declinou constantemente de quando elas tinham 18 anos para até 65 anos, mas também porque era acentuado", disse Elizabeth Bruch, professora de sociologia na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
A análise usou dados do site de namoro OkCupid de 2010, quando o portal descobriu que os homens de 22 a 30 anos focam quase inteiramente em mulheres que são mais jovens do que eles.
“O homem mediano de 30 anos passa tanto tempo trocando mensagens com adolescentes quanto mulheres da mesma idade”, escreveu o OkCupid em um post na época. O site também revelou que à medida que um homem envelhece, ele procura por mulheres jovens e mais jovens, enquanto limite da idade aceitável dele está acima "média". “A fixação masculina na juventude distorce o namoro”, concluiu o OkCupid.
Michelle Drouin, psicóloga de relacionamentos, não se surpreendeu com o novo estudo. Em parte porque se “alinha com as teorias evolucionistas do acasalamento”, em que a juventude sugere fertilidade. Ela apontou, no entanto, que existem outras hipóteses que sugerem que “os homens estão menos interessados em ganhar poder, e mais interessados na atração física”.
Educação
A professora Bruch também descobriu que a atração de um homem aumentava quanto mais diplomas ele alcançava. Para as mulheres, a desejabilidade terminava se elas tivessem um curso de graduação. Além disso, o ensino de pós-graduação as tornava "menos desejáveis".
Para a psicóloga Drouin, a importância de diplomas pode estar relacionada à “crenças de que formações mais altas pelas mulheres se traduzem em mais comprometimento no trabalho e menos dedicação à família."
Expectativa x Realidade
Drouin ainda enfatizou que as preferências das pessoas que procuram parceiros online refletem um desejo quase "sonhador", e não necessariamente o que elas querem na vida real. Uma descoberta importante deste estudo foi que a maioria dos usuários envia mensagens para quem é mais desejável do que eles – 25% mais desejável, para ser exato.
Esses dados representam "a realidade das preferências de namoro", o que muitas vezes não é a realidade do relacionamento. "Essas mensagens enviadas por paqueradores online podem ser comparadas aos jogos de caça-níqueis", afirmou Drouin. "Pouco investimento no começo pode render muito no final, então por que não optar por uma chance na maior vitória?"
Fonte: Fatos Desconhecidos / GALIELU
terça-feira, 15 de novembro de 2022
Presidente da República da Guiné-Bissau em ano de Conferência Internacional em prol e na defesa do ambiente dá um grande exemplo ao plantar uma árvore em solo gabonês e de se fazer retratar numa mesa feita a partir de um tronco de uma grande árvore abatida.
Primeiro Ministro, Nuno Gomes Nabiam visita o Centro de Instrução Militar de Cumeré em reabilitação.
Extinção de 28 partidos: SILVESTRE ALVES CONSIDERA “ENCOMENDADA” DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL
JORNAL ODEMOCRATA 15/11/2022
O líder do Movimento Democrático Guineense (MDG), Silvestre Alves, considerou esta terça-feira, 15 de novembro de 2022, “encomendada” a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em extinguir 28 partidos políticos, por essa decisão ser “dois pesos e duas medidas”.
Em entrevista aos jornalistas na sua residência para reagir a decisão do Supremo Tribunal de Justiça que extinguiu 28 partidos políticos, incluindo o seu partido, Alves afirmou que a democracia guineense é uma “farsa comprometida”, devido aos espantados que querem protagonismos por via da força, querem ter dinheiro pela facilidade e drogas.
Disse também que a sua formação política tem dificuldade em aceitar o despacho do STJ, porque a Lei quadro dos partidos políticos tratou-se de vários aspetos, mas “infelizmente viram o STJ preocupar-se mais com o número dos militantes em vez de se preocupar com a proveniência dos fundos”.
Silvestre Alves disse que não vale a pena continuar com partido que acarreta encargos, mas sim continuar como cidadão, fazendo o seu dever. Adiantou que é preciso fazer uma revolução radical com métodos, refundando o Estado guineense, caso contrário o país vai ter pessoas espantadas como comerciantes, negociantes, narcotraficantes para dirigir Estado sem capacidade.
O político assegurou que o Supremo Tribunal de Justiça não tem uma Lei de aplicação, mas a lei quadro é uma espécie de lei de base que precisa de uma lei de aplicação para definir qual é a periodicidade que o STJ deve verificar, adiantando que a medida tomada pela corte Suprema não levou em consideração os resultados eleitorais, porque a sua formação política teve mais de dois mil votos que ultrapassou o número que está a ser exigido, mesmo não concorrendo em todos os círculos eleitorais.
Alves disse que se as eleições marcadas para 18 de dezembro estão comprometidas, por isso não faz sentido exigir os partidos para apresentar a lista dos seus militantes.
“Não faz sentido, ou seja, perde pertinência o despacho produzido no mês de setembro último, se afinal de contas as eleições vão ser adiadas. Quanto mais próximo for as eleições, podíamos dizer que o número dos militantes apresentados pelos partidos é tendencialmente fiel para chegar ao ato eleitoral, não é oito meses antes, porque tudo leva a crer que as eleições não serão realizadas antes do mês de maio, mas o Supremo já começa a inviabilizar ou extinguir partidos”, sublinhou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Presidente em exercício de Comissão Nacional de Eleições declarou a abertura de todas as Comissões Regionais de Eleições.
MPABI CABI, disse que a Comissão Nacional de Eleições promove ações de formação aos membros de estruturas regionais e Setoriais da CREs.
"O terror não está confinado às nossas fronteiras", afirma Zelensky... Mísseis russos terão atingido a Polónia, país membro da NATO, esta terça-feira.
© John Moore/Getty Images
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu à queda de um míssil na Polónia, que matou duas pessoas, e apontou o dedo à Rússia.
"Hoje aconteceu o que avisamos por muito tempo. O terror não está confinado às nossas fronteiras estaduais. Mísseis russos atingiram a Polónia, em todo o território do nosso país amigo. Quantas vezes a Ucrânia disse que o terrorismo não será limitado? Polónia, Estados Bálticos... É uma questão de tempo até o terror russo seguir em frente", afirmou o líder ucraniano numa mensagem nas suas redes sociais.
Zelensky deixou ainda uma mensagem de solidariedade com o povo polaco. "Quero dizer a todos os nossos irmãos e irmãs polacos: A Ucrânia vai sempre apoiar-vos! O terror não libertará as pessoas! A vitória é possível quando não há medo! Não o temos", concluiu.
Recorde-se que, na tarde desta terça-feira, mísseis atingiram a Polónia, país membro da NATO. A informação foi avançada por um alto funcionário da inteligência dos EUA.
A imprensa polaca avança que há dois mortos a registar depois de um projétil ter atingido uma zona agrícola em Przewodów, uma vila polaca perto da fronteira com a Ucrânia.
O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, terá convocado uma reunião de emergência do comitê para assuntos de segurança e defesa nacional, conforme avançou o porta-voz do governo, Piotr Müller, no Twitter.
GUERRA NA UCRÂNIA: G20 prepara declaração que condena com firmeza invasão russa da Ucrânia
© Reuters
Por LUSA 15/11/22
Os líderes das maiores economias mundiais (G20) estão próximos da aprovação de uma declaração que denuncia a invasão russa que devastou a Ucrânia e afetou a economia global, podendo obter aprovação da China e Índia, indicou hoje a AP.
De acordo com a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), o residente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, exerceram hoje uma forte pressão sobre os países participantes para que seja emitida uma forte condenação às ameaças nucleares da Rússia e ao embargo aos produtos alimentares, e que poderá contar com o apoio de Pequim, que tem recusado censurar Moscovo até ao momento, e da Índia, um importante cliente do armamento russo.
As discussões e um possível voto vão ainda prosseguir na quarta-feira, último dia da cimeira, e quando um projeto de declaração do G20 se associa à condenação das Nações Unidas à guerra da Rússia na Ucrânia, apesar das diversas perspetivas entre os seus membros, segundo prossegue a AP.
A cautelosa redação da declaração é um reflexo das tensões que prevalecem no encontro, que inclui dirigentes da Rússia e da China, e os desafios enfrentados pelos Estados Unidos e aliados na tentativa de isolarem o Governo do Presidente russo, Vladimir Putin. Alguns países parecem também pretender evitar envolver-se nos antagonismos entre as maiores potências.
No entanto, e caso seja aprovada na sua atual forma, a declaração constituirá uma forte crítica a uma guerra que já provocou milhares de mortos e feridos e milhões de refugiados e deslocados, para além de ter agravado as tensões em termos de segurança global e perturbado a economia global.
Caso se concretize, indica a AP, constituirá um marco significativo desde que a China e a Índia se abstiveram de condenar a invasão russa na resolução da ONU de março passado.
O projeto de declaração avançado pela AP "lamenta nos seus mais fortes termos a agressão da Federação Russa" e "solicita a sua completa e total retirada do território da Ucrânia".
O texto do G20 assinala que existem diferentes perspetivas sobre a situação e as sanções contra a Rússia, sublinhando que o bloco não é o fórum vocacionado para a resolução de questões de segurança.
O conselheiro para a Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, criticou os mais recentes ataques russos na Ucrânia, que hoje atingiram infraestruturas energéticas em diversas cidades, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que dirigiu a delegação russa à Indonésia em substituição de Putin, denunciou as pressões da administração de Joe Biden para condenar Moscovo.
"Todos os problemas estão do lado ucraniano que se recusa categoricamente a manter quaisquer conversações e apresenta condições obviamente irrealistas e inadequadas a esta situação", disse Lavrov antes de abandonar Bali, sendo substituído na reunião pelo ministro das Finanças, Anton Siluanov.
Outros dos problemas para a economia global nos dois últimos anos foi a pandemia da doença covid-19, e que voltou a ser acentuada após o regresso apressado ao seu país do primeiro-ministro cambojano, Hun Sem, que testou positivo.
Na sua intervenção por videoconferência durante esta reunião do G20, Zelensky reiterou as dez condições para o fim do conflito, incluindo a total retirada das tropas russas e o total controlo ucraniano sobre o seu território.
"A Ucrânia não apenas deve concluir compromissos de acordo com a sua consciência, soberania, território e independência", disse o chefe de Estado ucraniano.
"A Ucrânia sempre liderou os esforços de manutenção da paz, e o mundo testemunhou-o. E se a Rússia diz que pretende supostamente terminar com esta guerra, que o prove com ações", acrescentou.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.