© Reuters
Por LUSA 16/11/22
O míssil que matou duas pessoas na Polónia pode ter sido disparado pela defesa aérea da Ucrânia, segundo informações partilhadas numa reunião do G7 e dirigentes da NATO, noticiou, esta quarta-feira, o jornal britânico Financial Times.
As investigações iniciais avaliadas na reunião de emergência realizada à margem da cimeira do G20, na ilha indonésia de Bali, sugerem que o projétil pode ter sido disparado pela Ucrânia contra um míssil russo antes de cair na Polónia, disse o jornal, citando fontes familiarizadas com as conversações.
As investigações sobre o que aconteceu estão ainda em curso e não se chegou a nenhuma conclusão, acrescenta o Financial Times, citado pela agência espanhola EFE.
A Polónia convocou uma reunião de emergência com os seus aliados da NATO depois de ter anunciado que um "projétil de fabrico russo" tinha caído na aldeia de Przewodów, que faz fronteira com a Ucrânia, na terça-feira, matando duas pessoas.
Fotos publicadas nos meios de comunicação social mostraram um veículo agrícola danificado junto a uma grande cratera.
A imprensa polaca disse que as vítimas eram trabalhadores agrícolas.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em Bali, após a reunião de emergência, que havia informações preliminares que punham em causa que o míssil tivesse sido disparado a partir da Rússia.
"É improvável nas linhas de trajetória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos", disse Biden aos jornalistas.
A Rússia negou qualquer responsabilidade no incidente.
Se se confirmar que o míssil foi disparado pela Rússia, seria o primeiro ataque a um país da NATO desde que Moscovo lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia em 24 de fevereiro.
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