terça-feira, 2 de setembro de 2025

Saúde mental: OMS: Mais de mil milhões de pessoas vivem com perturbações mentais... Mais de mil milhões de pessoas vivem com perturbações mentais, como ansiedade e depressão, estima a Organização Mundial da Saúde (OMS), alertando que o investimento médio nesta área representa apenas 2% dos orçamentos nacionais da saúde.

© Lusa  02/09/2025

"Em 2021 estimava-se que 14% da população global - mais de mil milhões de indivíduos - vivia com uma perturbação mental, a maioria dos quais em países de baixo e médio rendimento, onde vive a maior parte da população mundial", adianta a OMS em dois relatórios sobre saúde mental hoje divulgados. 

Os estudos indicam que os distúrbios mentais mais comuns são a ansiedade e a depressão que, em conjunto, representam mais de dois terços de todas as condições de saúde mental.

"Entre 2011 e 2021, o número de pessoas que vivem com perturbações mentais aumentou mais rapidamente do que a população global", alertou ainda a agência das Nações Unidas, que aponta para um crescimento da prevalência global de 0,9% numa década.

A OMS estima que adultos mais jovens -- entre os 20 aos 29 anos - apresentam os maiores aumentos de prevalência de distúrbios mentais desde 2011 (1,8%).

Os relatórios agora divulgados indicam também que em 2021 cerca de 7% das crianças dos cinco aos nove anos e 14% dos adolescentes dos 10 aos 19 anos do mundo viviam com uma perturbação mental.

"No geral, cerca de um terço das perturbações mentais presentes na idade adulta desenvolvem-se até aos 14 anos", avança a OMS, ao salientar que as pessoas com problemas graves de saúde mental têm uma esperança de vida mais baixa do que a restante população.

O suicídio continua a ser uma "consequência devastadora, ceifando cerca de 727 mil vidas só em 2021" e é uma das principais causas de morte entre os jovens de todos os países e contextos socioeconómicos, de acordo com os relatórios.

Apesar dos esforços globais, o progresso na redução da mortalidade por suicídio é insuficiente para atingir os objetivos das Nações Unidas, que prevê uma redução de um terço nas taxas de suicídio até 2030, mas, com a trajetória atual apenas será atingida uma diminuição de 12% até esse prazo.

Ao nível do impacto económico, a OMS alerta que, anualmente, perdem-se 12 mil milhões de dias produtivos de trabalho devido à depressão e à ansiedade.

"Em média, os países dedicam apenas 2% dos seus orçamentos de saúde à saúde mental", realça a organização, que conclui que, em países de baixo rendimento, há pouco mais de um profissional de saúde mental por 100.000 habitantes, em comparação com mais de 60 em países de rendimento elevado.

A organização concluiu também que a reforma e o desenvolvimento dos serviços de saúde mental estão a progredir lentamente, tendo em conta que menos de 10% dos países realizaram a transição completa para modelos de cuidados comunitários.

Os cuidados hospitalares continuam a depender fortemente dos hospitais psiquiátricos, sendo que quase metade dos internamentos ocorrem involuntariamente e mais de 20% duram mais de um ano, refere.

A OMS considera que estes relatórios são "ferramentas essenciais" para fundamentar estratégias nacionais e para o diálogo global antes da reunião de alto nível das Nações Unidas sobre doenças crónicas não transmissíveis e promoção da saúde mental, que vai decorrer este mês em Nova Iorque.


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Marinha dos EUA avança no desenvolvimento do caça F/A-XX após Senado restaurar financiamento

Marinha dos EUA avança no desenvolvimento do caça F/A-XX após Senado restaurar financiamento (X @Fighterman_FFRC)  msn.com/pt-pt

Após semanas de incerteza, a Marinha dos Estados Unidos recebeu um alívio financeiro com a aprovação pelo Senado de US$ 1,4 bilhão para o programa F/A-XX, caça naval de sexta geração.

O financiamento havia sido suspenso temporariamente para priorizar o F-47 NGAD da Força Aérea, mas agora permite que a Marinha avance na escolha de um projeto vencedor, com foco em um caça apto para operação em porta-aviões, distinto do modelo da Força Aérea.

O Vice-Almirante Daniel Cheever, comandante das Forças Aéreas Navais, destacou que o F/A-XX substituirá os Super Hornets F/A-18E/F e os Growlers E/A-18G, atuando ao lado do F-35C. Ele ressaltou que a aeronave terá design totalmente voltado para operações embarcadas, combinando capacidades de ataque e superioridade aérea, essenciais para garantir controle marítimo global.

A Marinha planeja introduzir o caça na década de 2030, seguindo a evolução das gerações de aeronaves desde a quarta até a sexta.

O programa também prevê integração com plataformas não tripuladas, como o MQ-25 Stingray, que realizará reabastecimento em voo e outras funções estratégicas. A iniciativa representa uma expansão da “rede de combate de sexta geração”, combinando aeronaves tripuladas e drones colaborativos, permitindo à Marinha manter superioridade aérea e projeção de poder frente a ameaças emergentes.

Fonte: The Aviationist | Foto: X @Fighterman_FFRC | Este conteúdo foi criado com a ajuda da IA e revisado pela equipe editorial

Guerra na Ucrânia: Coreia do Sul diz que dois mil norte-coreanos morreram na Ucrânia... Cerca de dois mil soldados da Coreia do Norte morreram no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, de acordo com informação divulgada hoje pelos serviços de informação militar da Coreia do Sul.

© Lusa  02/09/2025

Em abril, "estimaram o número de mortos em pelo menos 600", mas, com base em estimativas atualizadas, "agora estimam o número em cerca de dois mil", disse o deputado Lee Seong-kweun aos jornalistas após uma reunião com o Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês da Coreia do Sul. 

Durante a reunião à porta fechada do comité parlamentar de inteligência, o NIS estimou que Pyongyang enviou até ao momento cerca de 15 mil soldados para a Rússia.

De acordo com deputados dos dois principais partidos, citados pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, o NIS acredita que a Coreia do Norte está a preparar um terceiro destacamento de cerca de seis mil homens, incluindo mil sapadores que já chegaram à frente de batalha.

A agência de notícias oficial norte-coreana KCNA noticiou no sábado que o líder norte-coreano Kim Jong-un tinha conversado no dia anterior com familiares de soldados mortos nos combates contra a Ucrânia em apoio da Rússia.

Kim já se tinha encontrado com alguns deles na semana anterior, noutra cerimónia pública em homenagem aos militares.

A Rússia e a Coreia do Norte consolidaram os laços bilaterais, através da assinatura de um pacto de defesa mútua no ano passado, durante uma visita do Presidente russo a Pyongyang.

Em abril, a Coreia do Norte confirmou, pela primeira vez, que tinha enviado um contingente de soldados para a linha da frente na Ucrânia, para combater ao lado das tropas russas.

O líder norte-coreano cruzou hoje a fronteira com a China a bordo do seu comboio blindado, rumo a Pequim, para participar numa importante parada militar com os presidentes chinês e russo.

A confirmação da entrada de Kim em território chinês foi divulgada pelo órgão oficial norte-coreano Voice of Korea, após a agência estatal KCNA ter noticiado na véspera a sua partida de Pyongyang com destino à capital chinesa.

O NIS prevê que o líder norte-coreano deverá chegar a Pequim esta tarde para participar no desfile militar, que se realizará na quarta-feira e contará também com a presença do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O Kremlin declarou recentemente que está a considerar a realização de uma cimeira bilateral entre os dois líderes, em paralelo com o desfile.

O NIS espera que Kim compareça no desfile ao lado de Xi Jinping e Putin e indicou ainda a possibilidade de ser acompanhado pela mulher, Ri Sol-ju, e pela influente irmã, Kim Yo-jong.

O serviço acrescentou que o regime de Pyongyang está a planear um grande desfile militar para outubro, em comemoração do 80.º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores, o partido único da Coreia do Norte.


De mísseis a caças. China exibe armamento em desfile militar... A China realiza na quarta-feira, em Pequim, uma grande parada militar para assinalar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, com destaque para mísseis, caças e armamento exibido pela primeira vez ao público.

© Lusa  02/09/2025

O Presidente chinês, Xi Jinping, que lidera o Partido Comunista e a Comissão Militar Central, vai passar revista às tropas e proferir um discurso durante o evento. 

Cerca de duas dezenas de líderes estrangeiros estarão presentes, incluindo os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e do Irão, Masoud Pezeshkian.

Segundo fontes militares chinesas, grande parte do armamento a ser exibido -- incluindo armas estratégicas terrestres, marítimas e aéreas, equipamento de guerra de precisão avançado e veículos aéreos não tripulados ("drones") -- será mostrado ao público pela primeira vez. Estão previstas formações aéreas com aviões de combate e helicópteros.

Esta é a primeira grande parada militar organizada pela China desde 2019, quando se assinalaram os 70 anos da fundação da República Popular. O desfile visa transmitir confiança à população quanto à capacidade de defesa do país, num contexto de crescentes tensões regionais e preocupações internacionais face ao reforço militar de Pequim.

Apesar da presença de alguns líderes do Sudeste Asiático, vários chefes de Estado de países ocidentais e vizinhos da China -- incluindo os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Índia -- não estarão presentes. O Presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, cancelou a deslocação devido a protestos internos.

O evento será altamente coreografado e decorrerá sob forte controlo de segurança. O público está impedido de assistir presencialmente ao desfile, com barreiras montadas a uma quadra do percurso e edifícios comerciais encerrados até ao fim da cerimónia. A maior parte da população deverá acompanhar a transmissão por televisão ou 'online'.


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O líder norte-coreano, Kim Jong-un, cruzou hoje a fronteira com a China a bordo do seu comboio blindado, rumo a Pequim, para participar numa importante parada militar com os presidentes chinês e russo.


Julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado arranca hoje... O julgamento de Jair Bolsonaro e de sete membros da sua equipa por tentativa de golpe de Estado arranca hoje no Supremo Tribunal Federal, arriscando o ex-Presidente brasileiro uma pena de mais de 40 anos de prisão.

© Lusa   02/09/2025

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), presidido por um coletivo de cinco juízes, foi marcado para cinco datas: hoje, quarta-feira e para a semana nos dias 09, 10 e 12. 

A decisão pela absolvição ou condenação será tomada por maioria de votos.

A sessão de hoje será marcada pela leitura do processo por parte do juiz relator Alexandre de Moraes, seguindo-se o procurador-geral Paulo Gonet, que apresentará as provas que fundamentam a acusação.

A acusação aponta que Jair Bolsonaro foi o "principal articulador" e líder do plano de golpe de Estado, que incluiu um plano para assassinar Lula da Silva e outras autoridades, como o juiz Alexandre de Moraes, com o Ministério Público a fundamentar os seus argumentos através de áudios, registos de reuniões, documentos, testemunhos e na confissão do ex-adjunto de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que também estará no banco dos réus.

O ex-adjunto afirmou que o ex-chefe de Estado brasileiro recebeu, leu e modificou um decreto para declarar o estado de sítio, reverter a vitória eleitoral de Lula da Silva e prender juízes do STF.

O próprio Bolsonaro reconheceu que sondou "alternativas" constitucionais porque sentiu que a Justiça o prejudicou nas últimas eleições, mas sempre negou que quisesse "dar um golpe" porque, para isso, segundo ele, seriam necessários "tanques de guerra nas ruas".

O Ministério Público afirma que, após o fracasso dos planos iniciais, os acusados incitaram a invasão às sedes dos Três Poderes, quando, em 08 de janeiro de 2023, uma semana após a posse de Lula da Silva, milhares de radicais atacaram as sedes dos poderes legislativo, executivo e judiciário, exigindo que as Forças Armadas derrubassem o novo Governo.

Este grupo que começa a ser julgado hoje, chamado de "Núcleo 1" ou "Núcleo Crucial", responde por tentativa de abolição violenta do Estado de Direito Democrático, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.

Além de Jair Bolsonaro, vão a julgamento o deputado federal Alexandre Ramagem, o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general na reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República Augusto Heleno, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general na reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Neto.

O processo penal contra o ex-Presidente desencadeou um conflito diplomático e comercial entre o Brasil e os Estados Unidos, cujo Presidente, Donald Trump, aplicou tarifas de 50% a vários produtos brasileiros em retaliação a um julgamento que considera "uma caça às bruxas".

Ao mesmo tempo, aplicou uma série de sanções a membros do STF e ao procurador-geral, sendo que o mais visado foi o juiz Alexandre de Moraes, que já garantiu que não se intimidará.


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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil disse hoje que o julgamento contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, que começa na terça-feira, deve ser feito "sem interferências, venha de onde vier".


segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Captura de localidade em Donetsk à Rússia reivindicada por Kyiv... O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia reivindicou hoje a captura às forças russas da localidade de Novoekonomichne, na região de Donetsk, um raro avanço enquanto Kyiv continua na defensiva e aguarda nova ofensiva do invasor.

© Donetsk Regional Military Adm./Anadolu via Getty Images   Lusa   01/09/2025

A captura de Novoekonomichne (leste) por unidades de assalto do 425º Regimento "Skelia" foi anunciada pelo Estado-Maior ucraniano nas redes sociais, acompanhada de um vídeo do hastear da bandeira ucraniana no centro da localidade, alegadamente filmado no domingo. 

"Levámos duas semanas a avançar gradualmente, passo a passo, por todas as ruas. À noite --- deslocação de tropas, deteção de inimigos, ataque coordenado e operações de limpeza", refere o vídeo.

As forças ucranianas têm estado nos últimos meses sobretudo na defensiva, perante contínuos assaltos de tropas russas, que segundo Kyiv deixaram 291 mil soldados russos mortos ou feridos desde a primavera.

Apesar de alguns ganhos russos, a linha da frente não se movimentou significativamente, e com a chegada das chuvas outonais tornam-se mais difíceis as condições para movimentos ofensivos de tropas e blindados, até à chegada do inverno gélido.

Nas próximas semanas, afirmou o porta-voz do 11º Corpo de Exército ao canal televisivo ucraniano Suspilne, a Rússia deverá lançar novos ataques contra a cidade de Siversk, na região de Donetsk, num esforço para estabelecer uma posição na área.

As forças russas avançaram na região de Donetsk durante o verão, concentrando os seus principais esforços nas cidades de Pokrovsk e Kostiantynivka, à medida que avançavam em direção a Dobropillia.  

No entanto, a Rússia não conseguiu consolidar as suas posições nem obter ganhos territoriais significativos, capturando apenas alguns pequenos povoados rurais, segundo o site noticioso Kyiv Independent.

Siversk, o novo potencial alvo da Rússia, fica a cerca de 10 quilómetros a oeste da aldeia ocupada de Verkhniokamianske, na região de Donetsk, e tem atualmente cerca de 400 habitantes, 20 vezes menos do que no início da invasão russa em fevereiro de 2022.

"Na direção de Siversk, o inimigo continuará a tentar operações de assalto com equipamento (pesado) até ao início das chuvas de outono. Esperamos outro ataque em grande escala", disse Dmytro Zaporozhets, porta-voz do 11º Corpo de Exército, citado pelo Suspilne.

As forças russas, acrescentou o porta-voz, pretendem garantir uma posição perto de Siversk antes que o tempo mude, permitindo-lhes lutar pelo controlo da cidade ou contorná-la durante o inverno.

Segundo Zaporozhets, a intensificação dos bombardeamentos a norte de Siversk está a permitir que as forças russas avancem destruindo posições ucranianas com artilharia, e o número de ataques de mísseis russos na direção de Lyman quase triplicou.

"A escala dos bombardeamentos de artilharia nesta área aumentou quase três vezes recentemente. Se antes havia 80-90 bombardeamentos por dia, hoje podem ser 190 ou 200", disse o porta-voz.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou no sábado que a Rússia pode estar a preparar uma nova ofensiva em grande escala em Pokrovsk, na região de Donetsk.

A Ucrânia continua também a ser alvo diário de ataques noturnos russos.  

Desde o início da invasão da Rússia em grande escala na Ucrânia, em fevereiro de 2022, as forças russas mataram mais de 3.400 habitantes da região de Donetsk e feriram quase oito mil.

Estes números não incluem as mortes ocorridas em Mariupol e Volonovakha.

Na madrugada de quinta-feira, ataques russos mataram 25 pessoas na capital Kyiv, incluindo quatro crianças.

Segundo números hoje divulgados pelo Comando da Força Aérea das Forças Armadas da Ucrânia no Telegram, no mês passado, as unidades de defesa aéreadestruíram 6.346 alvos aéreos, incluindo cinco mísseis balísticos aéreos Kh-47M2 Kinzhal, 55 mísseis de cruzeiro Kh-101/Kh-55SM, 20 mísseis balísticos Iskander-M/KN-23, 20 mísseis de cruzeiro Kalibr, além de outros mísseis e 'drones'.

Para além do combate aéreo, a aviação ucraniana reivindicou a destruição de 438 alvos aéreos, como postos de comando, centros logísticos e concentrações de pessoal e equipamento inimigos.


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O Conselho NATO-Ucrânia realizou hoje uma reunião extraordinária em Bruxelas, convocada a pedido de Kyiv após os recentes ataques em massa russos, com os aliados a reafirmarem o apoio aos ucranianos e a "condenaram veementemente" Moscovo.


No âmbito da cooperação bilateral entre Portugal e a Guiné-Bissau, teve início hoje, 1 de setembro, na Fortaleza de São José da Amura, em Bissau, uma nova edição do Curso de Melhoria da Proficiência em Língua Portuguesa dirigido às Forças Armadas guineenses, integrado no projeto das Unidades de Apoio Pedagógico / Polos de Língua Portuguesa do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

Fonte: Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau

Durante um período de quatro semanas, 83 militares, pertencentes aos três ramos das Forças Armadas da Guiné-Bissau frequentarão este curso intensivo, que visa reforçar as respetivas competências linguísticas e potenciar a plena participação em contextos de formação e cooperação internacional.

O domínio da língua portuguesa revela-se uma ferramenta essencial para aceder a formações técnicas e estratégicas no âmbito da Cooperação no Domínio da Defesa, nomeadamente nos cursos de Operações de Apoio à Paz, Formação de Formadores, Informações Militares, Segurança e Contra Informação, Polícia Militar e Capitão (adaptado), promovidos por Portugal através de Equipas Técnicas de Capacitação. 🇵🇹🤝🇬🇼

Guiné-Bissau: "Mais de 30 estudantes" guineenses autorizados a sair do aeroporto... Os estudantes provenientes da Guiné-Bissau estão retidos no aeroporto de Lisboa desde sexta-feira, dia 29 de agosto, por falta de meios de subsistência e/ou falta de prova do alojamento compatível com a estadia prevista. Pelo menos 30 estudantes, já foram autorizados a sair do aeroporto.

© Facebook/ AEGBL - Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa  com Lusa   01/09/2025 

A Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa adiantou, na noite desta segunda-feira, que "mais de 30 estudantes que se encontravam retidos" no aeroporto de Lisboa, "já estão em liberdade". 

"Mais de 30 estudantes dos 41 que se encontravam retidos no Aeroporto Humberto Delgado de Lisboa, desde sexta-feira, já estão em liberdade", pode ler-se na nota partilhada na página de Facebook da AEGBL.

A associação deixa ainda a nota de que se encontra no aeroporto "a acompanhar a liberdade de todos, que está a decorrer no momento", acrescentando que dará "mais informações assim que possível".

De recordar que, esta segunda-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP) referiu, em comunicado, que "foram instruídos 34 processos de recusa de entrada de cidadãos estrangeiros provenientes de país terceiro, tendo um caso sido reapreciado e revertida a decisão".

No entanto, um dirigente da AEGBL reiterou, durante uma manifestação junto ao aeroporto, que são 41 os jovens que se encontram retidos.

Questionado sobre a discrepância de números avançados pela Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL) e os dados oficiais comunicados pela Polícia de Segurança Pública (PSP), João Domingos da Cunha, coordenador do departamento de Política Educativa da AEGBL, reiterou aos jornalistas que "são 41 estudantes parados no aeroporto de Lisboa" e que também tiveram acesso ao comunicado da polícia portuguesa. 

Domingos da Cunha frisou que ainda não foram contactados pela Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, mas que ouviram o ministro dos Negócios Estrangeiros de Bissau, Carlos Pinto Pereira, referir 25 estudantes, um número que também refuta, afirmando que a associação de estudantes está no local (aeroporto de Lisboa) e em contacto com os jovens que ficaram retidos por não terem na sua posse um documento que justificasse os seus meios de subsistência, documento esse, frisou, que não lhes foi pedido na Guiné-Bissau.

O representante dos estudantes garantiu que os seus colegas lhes dizem que estão a passar por condições precárias, que não comem nem dormem bem, informação também contrariada pelo comunicado da PSP que frisa que, "relativamente às condições de acolhimento, a PSP assegurou, de forma contínua, refeições, condições de higiene e camas para os cidadãos que permaneceram na Zona Internacional (ZI)".

De salientar que os estudantes guineenses estão retidos no aeroporto de Lisboa desde sexta-feira, tendo sido impedidos de entrar em Portugal devido à falta de existência de meios de subsistência e/ou falta de prova do alojamento compatível com a estadia prevista. 

A PSP deu ainda conta de que "vários cidadãos apresentaram pedidos de reapreciação, juntando novos elementos, que se encontram a ser analisados", notando que "assim que verificados os pressupostos que obedeçam aos critérios para aprovação de ingresso em instituição de ensino superior, [...], será revogada a decisão de recusa de entrada". 

[Notícia atualizada às 22h54]


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ELEIÇÕES GERAIS: Candidatos Obrigados a Apresentar Certidão de Quitação Fiscal... O Ministério das Finanças criou oficialmente uma Comissão ‘AD HOC, que tomou posse esta segunda-feira, 1 de setembro, com a responsabilidade de analisar os pedidos de emissão da certidão de quitação fiscal por parte dos candidatos às eleições gerais.

A comissão, criada por despacho do Ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, terá a competência de emitir pareceres de conformidade e aprovação, conforme previsto na legislação fiscal em vigor. Será composta por representantes das principais instituições fiscais, financeiras e judiciais do país.

Mais de 40 guineenses com visto de estudante impedidos de entrar em Portugal... O serviço de imigração no aeroporto de Lisboa tem mantido os estudantes retidos, alegando que lhes falta documentação para poderem ficar no país. Têm até sexta-feira para apresentar o que está em falta ou serão repatriados. Mas os guineenses garantem que essa documentação nunca lhes foi pedida durante todo o processo com o serviço consular português.

Por  sicnoticias.pt

Há 41 estudantes guineenses que chegaram a Portugal com visto de estudante, mas que foram impedidos de entrar no país. É-lhes dito que têm documentação em falta e que têm de apresentá-la até sexta-feira, caso contrário serão repatriados.  

Após terem aterrado em Portugal, desde a noite da última quinta-feira, os estudantes foram impedidos de entrar no país pelo serviço de imigração no aeroporto de Lisboa. Em falta na documentação apresentada pelos estudantes estará, de acordo com a Polícia de Segurança Pública (PSP), um termo de responsabilidade (comprovando que alguém fica responsável por eles durante a estadia no país), além de outros documentos. 

Os estudantes estarão inscritos no ensino superior português, aparecendo nas listas de colocados das universidades em que iriam ingressar. 

PSP fala em 34 processos de recusa de entrada 

Em comunicado, a PSP adianta que foram instruídos 34 processos de recusa de entrada destes cidadãos. Acrescenta que, entretanto, um caso foi "reapreciado e revertida a decisão".

Quanto ao motivo da recuso da entrada destes cidadãos em território português, a PSP afirma que não apresentavam documentos a comprovar o motivo e as condições para a estadia em Portugal - “designadamente a realização de estudos superiores no nosso país” - e que mostravam “insuficiência de meios de subsistência e/ou falta de prova do alojamento compatível com a estadia prevista”. 

A polícia assegura que foi garantido a todos os estudantes “apoio jurídico”. E que àqueles que apresentarem os documentos em falta “será revogada a decisão de recusa de entrada”. 

Condições de pernoita inaceitáveis? Polícia diz que direitos foram garantidos

Os estudantes queixam-se de terem sido forçados a permanecer no aeroporto em condições “inaceitáveis”. 

“Demorou algum tempo a ser-lhes dada alimentação”, denuncia Eliseu Sambú, coordenador do departamento de comunicação da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa. 

Afirma ainda que a sala onde os estudantes estão a ser retidos não será “apropriada para receber pessoas”.  

“Não é um espaço que oferece condições para ter uma pessoa durante todo este tempo dentro do aeroporto”, sublinha. 

A PSP garante, contudo, que “assegurou, de forma contínua, refeições, condições de higiene e camas” a estes cidadãos, “bem como os necessários cuidados de saúde.” Terão, contudo, segundo a polícia, permanecido na “Zona Internacional”, devido “à lotação do EECIT (espaço equiparado a centro de instalação temporária)”. 

A "responsabilidade" do Estado português e o "silêncio" da Guiné 

A Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa atribui a responsabilidade “às autoridades portugueses, neste caso específico ao serviço consular português na Guiné-Bissau”.

“Porque, no processo de pedido de visto destes estudantes para virem estudar para Portugal, em nenhum momento foi invocada a apresentação de termo de responsabilidade”, sublinha. 

Os estudantes criticam também as autoridades guineenses pelo “silêncio” a que se têm remetido perante a situação.

“Que providências estão a tomar? Que diligências estão a fazer para resolver esta situação?”, questiona Eliseu Sambú. 

Foi marcada para esta tarde, no aeroporto de Lisboa, uma manifestação pela liberdade dos 41 estudantes guineenses retidos.

Manifestação: Decorre neste momento as manifestações organizadas pela Associação de estudantes da Guiné -Bissau em Lisboa, no Aeroporto Humberto Delgado, Lisboa, em solidariedade para com 41 estudantes guineenses retidos.


Guiné-Bissau apela a Portugal pela libertação de 41 estudantes retidos em Lisboa.

 Radio TV Bantaba

 O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, afirmou esta segunda-feira que o governo guineense não possui meios para intervir diretamente na retenção de 41 estudantes no Aeroporto de Lisboa, apelando à intervenção das autoridades portuguesas para resolver a situação.

“As nossas possibilidades de atuação são limitadas. Estamos a apelar à compreensão e à boa vontade do governo português”, declarou o ministro, após uma reunião com o homólogo português, dedicada à busca de soluções para o caso.

Segundo os próprios estudantes, foi-lhes concedido um prazo até sexta-feira para apresentar a documentação exigida à entrada em território português. Caso contrário, correm o risco de serem repatriados.

Em paralelo, o secretário de Estado das Comunidades, Cipriano Mendes Pereira, manifestou solidariedade aos estudantes através de uma nota divulgada nas redes sociais. No comunicado, apelou à calma e à serenidade de todos os envolvidos, expressando confiança numa resolução breve do impasse.

Mendes Pereira informou ainda que está em contacto permanente com os Serviços Consulares da Guiné-Bissau e com o embaixador em Portugal, que acompanha de perto o desenrolar da situação.

A tensão levou estudantes guineenses residentes em Portugal a convocar uma manifestação para esta tarde, às 16h (hora da Guiné-Bissau), no Aeroporto de Lisboa, em protesto pela detenção dos compatriotas.

Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ) em conferência de imprensa para abordar a situação dos estudantes guineenses retidos no Aeroporto de Lisboa.

Famílias cabo-verdianas prestes a receber subsídio de regresso às aulas... As famílias cabo-verdianas com filhos registados no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) até 31 de agosto vão começar a receber, a partir de sexta-feira, um subsídio de regresso às aulas, anunciou hoje o Governo.

© Lusa   01/09/2025

A medida visa "garantir mais apoio e igualdade de oportunidades no início do novo ano letivo", afirmou o Governo cabo-verdiano. 

As crianças dos 04 aos 15 anos recebem o apoio de forma automática, enquanto os jovens a partir dos 15 anos têm de apresentar comprovativo de frequência escolar.

O valor varia entre 2.500 e 4.000 escudos (21,77 a 36,28 euros), consoante a idade, e o pagamento arranca em 05 de setembro. 

O ministro da Educação, Amadeu Cruz, garantiu na última semana que o novo ano letivo arranca em 15 de setembro em todo o país, incluindo as ilhas recentemente afetadas pela calamidade natural, como São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, que acolhe a cerimónia oficial de abertura.

No total, cerca de 130 mil alunos e 7.500 professores do ensino básico ao secundário regressam às aulas no dia 15.


Trump quebra silêncio sobre ausência e especulações sobre a sua morte... Até então, o presidente dos Estados Unidos ainda não se tinha pronunciado sobre a agitação que causou a sua ausência nos últimos dias, embora estivesse muito ativo na sua rede social, a Truth Social.

©ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto   01/09/2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quebrou, finalmente, o silêncio sobre a sua ausência dos últimos dias. Depois de ter aparecido em público, acabando com a especulação, nomeadamente sobre uma eventual morte, o chefe de Estado disse que "nunca" se sentiu "melhor" em toda a sua vida. 

Esta declaração surgiu na sua rede social, a Truth Social, em resposta a uma publicação do comentador político de direita norte-americano Rogan O'Handley, mais conhecido como DC Draino. 

"Joe Biden passava vários dias sem aparecer em público e os meios de comunicação diziam que ele era 'perspicaz' e estava 'no auge da sua forma'. Enquanto isso, ele usava fraldas e tirava sestas. O presidente Trump dedica mais horas ao trabalho público do que qualquer outro presidente dos Estados Unidos na história, e a mídia entra em pânico se ele desaparece por 24 horas", escreveu o comentador. 

Trump aproveitou e comentou a publicação na sua página: "Nunca me senti melhor na minha vida".

Note-se que o presidente dos Estados Unidos passou o fim de semana a jogar golfe e foi fotografado vestido a rigor, naquela que foram as primeiras aparições públicas após dias de ausência. 

Numa altura em que crescem as preocupações em torno do seu estado de saúde, esta ausência fez aumentar as especulações. Nas redes sociais, começaram a surgir teorias, uma vez que a Casa Branca não deu qualquer explicação, e o nome do chefe de Estado norte-americano chegou às tendências, nomeadamente através de frases como "Onde está Trump?" ou "Trump está morto". 

É de realçar que Trump não era visto em público desde dia 26 de agosto, altura em que um grande hematoma nas costas da sua mão direita voltou a roubar as atenções, sobretudo por não ser a primeira vez que o chefe de Estado aparece com uma contusão semelhante. Além disso, já apareceu também com os tornozelos inchados.

Em julho, a Casa Branca confirmou um diagnóstico de insuficiência venosa crónica. No entanto, assegurou que não foram encontrados indícios de "trombose venosa profunda ou doença arterial".

Além da ausência de Trump e dos hematomas visíveis, também as palavras do vice-presidente dos Estados Unidos contribuíram para adensar os rumores. É que, em 27 de agosto, perguntaram a JD Vance se este estaria preparado para assumir a presidência caso acontecesse uma "terrível tragédia", uma possibilidade que não descartou, apesar de salientar que Trump está em ótima forma.

"Ele é a última pessoa a fazer telefonemas à noite e a primeira a acordar e a fazer telefonemas pela manhã", começou por dizer Vance, numa entrevista ao USA Today. "Sim, tragédias terríveis acontecem. Mas estou muito confiante de que o presidente dos Estados Unidos está em boa forma, vai cumprir o resto do seu mandato e fazer grandes coisas pelo povo americano", continuou.

"E se - Deus me livre, acontecer uma tragédia terrível - não consigo pensar em melhor formação profissional do que a que recebi nos últimos 200 dias", completou.

A verdade é que, desde que assumiu o cargo, houve várias ocasiões em que o presidente desapareceu da vista do público e, apesar de não ter eventos agendados e de não surgir em público, Trump esteve sempre ativo na sua rede social, a Truth Social.

Ainda assim, os utilizadores mais ativos conseguiram ser imaginativos e aproveitaram a ocasião para brincar com o assunto, ao ponto de tornar o nome do presidente dos Estados Unidos num dos mais pesquisados não só nas redes sociais, mas também em motores de busca. 

Houve ainda quem tivesse destacado um aumento significativo nos pedidos online de pizza perto de agências governamentais, como o Pentágono, lembrando que ocorreu algo semelhante em junho, na noite em que Trump anunciou um ataque contra o Irão. Desta forma, muitos associaram este aumento a um sinal de que algo se passava no Pentágono. 

De notar que, em abril, a Casa Branca divulgou um boletim de saúde que apontou que Trump tinha "uma excelente saúde cognitiva e física".

"O presidente Trump goza de excelente saúde cognitiva e física e está totalmente apto para servir como chefe de Estado e comandante-chefe" das Forças Armadas, referia o relatório.

Note-se que Trump concluirá o seu segundo mandato aos 82 anos, em janeiro de 2029.


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Rebeldes hutis do Iémen lançam míssil contra petroleiro no Mar Vermelho... Os rebeldes hutis do Iémen lançaram um míssil contra um petroleiro ao largo da costa da Arábia Saudita, no Mar Vermelho, informou hoje um porta-voz militar.

© Lusa   01/09/2025

O porta-voz huti, general Yahya Saree, assumiu a responsabilidade pelo lançamento numa mensagem pré-gravada transmitida pela al-Masirah, um canal de notícias por satélite controlado pelos hutis, alegando que a embarcação, a Scarlet Ray, tinha ligações a Israel. 

O Centro de Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido, do exército britânico, que monitoriza a navegação no Médio Oriente, tinha informado anteriormente que um navio ouviu um estrondo perto de Yanbu, na Arábia Saudita.

De novembro de 2023 a dezembro de 2024, os hutis visaram mais de 100 navios com mísseis e drones durante a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Até agora, quatro embarcações afundaram, matando pelo menos oito pessoas.

Os rebeldes iemenitas lançaram centenas de ataques contra Israel e a navegação comercial no Mar Vermelho desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023.

O objetivo é prejudicar economicamente Israel e abrir uma nova frente de conflito em apoio ao Hamas, o grupo radical islâmico que governa a Faixa de Gaza desde 2007.

Os hutis fazem parte do chamado "eixo de resistência" a Israel, liderado pelo Irão, que integra grupos extremistas como os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica e o Hezbollah libanês.

Os ataques reduziram o fluxo de comércio através do corredor do Mar Vermelho.

Fundado por Hussein al-Houthi, morto em 2004 pelo exército iemenita, o grupo xiita está em guerra há mais de uma década com o governo exilado do Iémen, apoiado pela Arábia Saudita.

Os rebeldes controlam grande parte do país, considerado o mais pobre da Península da Arábia.


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Abu Obeia, que foi porta-voz das Brigadas al Qasam entre 2007 e 2025, foi morto pelas tropas israelitas num ataque em Gaza. A sua identidade nunca foi revelada, mas Israel e os EUA acreditam tratar-se de Hudayfa Samir Abdallah al‑Kahlout.


Ucrânia/Rússia: Crise "é resultado de golpe de Estado na Ucrânia, provocado por Ocidente"... O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu hoje a ofensiva militar russa na Ucrânia, acusando o Ocidente de ter desencadeado o conflito, durante uma cimeira sobre segurança organizada no nordeste da China.

© Contributor/Getty Images    Lusa   01/09/2025 

"Esta crise não foi desencadeada pelo ataque da Rússia à Ucrânia. É o resultado de um golpe de Estado na Ucrânia, que foi apoiado e provocado pelo Ocidente", afirmou Putin, durante a reunião da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês). 

A declaração refere-se aos protestos pró-Ocidente do Maidan, que em 2014 forçaram a queda do então Presidente ucraniano pró-russo, Viktor Yanukovych. Na sequência, Moscovo anexou a península da Crimeia e passou a apoiar grupos separatistas no leste da Ucrânia, desencadeando um conflito civil.

"A segunda causa da crise são as constantes tentativas do Ocidente de atrair a Ucrânia para a NATO", acrescentou o chefe de Estado russo.

Putin discursou perante os seus principais aliados: o Presidente chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

"Valorizamos profundamente os esforços e as propostas da China, da Índia e de outros parceiros estratégicos para contribuir para a resolução da crise ucraniana", afirmou Putin.

As propostas de paz entre Moscovo e Kiev têm fracassado, apesar dos apelos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a celebração de um acordo.

Putin tem rejeitado um cessar-fogo, exigindo que a Ucrânia ceda mais território e renuncie ao apoio ocidental. Kiev recusou, considerando as exigências inaceitáveis.

A SCO é apresentada por Pequim e Moscovo como um contraponto à NATO.

No entanto, ao contrário da NATO, a SCO não possui cláusulas de defesa mútua e apresenta-se como uma plataforma de cooperação política, económica e em matéria de segurança.

À margem da cimeira de Tianjin, Putin deverá reunir-se hoje com os Presidentes da Turquia e do Irão e com o primeiro-ministro da Índia. Xi Jinping e Putin deverão ter um encontro bilateral na terça-feira, em Pequim.


domingo, 31 de agosto de 2025

Zelensky anuncia "novos ataques profundos" contra posições russas... O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje "novos ataques profundos" para contrariar as ofensivas das forças russas.

Por LUSA 

"Continuaremos com as nossas operações, tal como são necessárias para a defesa da Ucrânia. As forças armadas estão preparadas. Também estão previstos novos ataques profundos", disse Zelensky na sua conta na rede social X, após um encontro com o general Oleksandr Sirki.

A Ucrânia intensificou os ataques contra a infraestrutura energética russa, sublinhou o Presidente ucraniano.

Segundo Zelensky, as unidades ucranianas continuam "a cumprir as tarefas atribuídas na região de Donetsk e a destruir metodicamente o ocupante [forças russas]".

"Em toda a frente, só nos primeiros oito meses deste ano, os russos perderam mais de 290.000 soldados, entre mortos e feridos graves. A maioria destas perdas ocorreu precisamente na região de Donetsk, sem que nenhum dos seus objetivos estratégicos fosse alcançado. Em certos setores da frente, as nossas medidas de estabilização estão em curso", acrescentou.


Leia Também: Israel confirma morte do porta-voz do braço armado do Hamas

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, confirmou hoje a morte do porta-voz do braço armado do Hamas (Brigadas al Qasam), Abu Obeida, num bombardeamento lançado no sábado contra a cidade de Gaza.


Bissau, 31 de Agosto de 2025, O grupo Santy Comercial promete mover uma queixa crime contra o Secretário-Geral da Associação de Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES), Bambo Sanhá.

A garatia é do seu advogado, Rivaldo Cá durante uma conferência de imprensa realizada no hotel Ceiba.

CAP GB

ORDEM DOS MÉDICOS ALERTA PARA FALTA DE CONFIANÇA NO SISTEMA DE SAÚDE NACIONAL

 

Por  Rádio Sol Mansi | 31.08.2025

O Bastonário da Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau, Elísio Pedro Indi, alertou que “não há qualidade nem confiança no setor da saúde pública nacional, tanto por parte dos cidadãos como dos próprios governantes”.

Em entrevista à Rádio Sol Mansi, no fim de semana, no quadro do balanço de um ano de mandato, Indi frisou que “é tempo de juntar forças e arrumar a casa”, lamentando a falta de reposição de profissionais de saúde que abandonem os serviços. “Temos quase unidades hospitalares desertas e quando os profissionais abandonam sem serem substituídos, é lamentável. E quando é assim, não há qualidade e confiança da nossa população no sistema sanitário”, acrescentou.

O responsável criticou ainda a dependência das elites políticas em relação a serviços de saúde estrangeiros. “Quando os nossos dirigentes continuam a procurar tratamento fora do país, mostram que a soberania que tanto exaltamos não existe. Precisamos trabalhar muito na nossa própria casa”, sublinhou.

Indi apelou, por fim, ao compromisso coletivo para a recuperação do sistema sanitário guineense. “Só com esforços internos poderemos devolver qualidade, confiança e dignidade à saúde pública do nosso país”, afirmou.

Paralelamente, a Ordem dos Médicos anunciou novas medidas de modernização e fortalecimento institucional. Entre elas, destacou-se a introdução de mecanismos de controlo, facilitação de pagamentos e o recurso a plataformas digitais, que segundo a direção visam “garantir maior transparência, eficiência e credibilidade, aproximando a instituição dos seus membros e da sociedade”.

Guiné-Bissau - Opinião: Um estudante só se torna imigrante quando é vítima da ausência de políticas públicas proativa ... O que está a acontecer no aeroporto Humberto Delgado não apenas nega os direitos dos estudantes, como também constitui uma clara violação da dignidade da pessoa humana.

Por  Rádio Capital Fm

Os estudantes investem os seus recursos desde a instrução dos processos na Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau. Obtêm vistos, o que significa que cumpriram todos os requisitos exigidos. No entanto, ao chegarem a Lisboa, são interrogados com perguntas que soam mais a armadilhas do que a critérios legais: Quais são as cadeiras do teu curso? Qual é a morada onde vais ficar? Quem vai receber-te?

Ora, essas perguntas deveriam ser feitas no país de origem. Se os estudantes não soubessem responder, seria nesse momento que o pedido de visto deveria ser indeferido. Não faz sentido que, após a concessão do visto, já em território português, sejam impedidos de entrar, enfrentando o risco iminente de deportação para a Guiné-Bissau.

Esta situação é gravíssima, e muitos não imaginam os impactos futuros que estes traumas podem provocar nos processos de integração académica e social desses estudantes. Aliás, ao chegarem às suas faculdades, terão de enfrentar uma dupla dificuldade:

1. A adaptação natural que qualquer estudante internacional atravessa, tanto a nível cultural e social, quanto académico.

2. A carga traumática vivida no aeroporto, que inevitavelmente deixará marcas psicológicas, afetando o rendimento académico.

A solução passaria por acompanhamento contínuo de técnicos de psicopedagogia para ajudar a superar esses problemas. Contudo, o paradoxo é evidente: a mesma autoridade que deveria criar condições de acolhimento é a que, na prática, gera obstáculos. Depois, surpreendem-se com os baixos índices de conclusão de licenciaturas, dentro dos prazos normais, por parte de estudantes guineenses.

Alguns argumentam que este “rigor” no aeroporto se deve ao elevado número de cidadãos guineenses que utilizam os vistos de estudo como via para a imigração. Esse argumento pode ser parcialmente aceitável. Mas será legítimo, para combater esse fenómeno, violar leis e acordos internacionais sobre mobilidade e, pior ainda, desumanizar os estudantes? Será que todos os que chegam não têm a real intenção de estudar?

Os processos administrativos devem respeitar o princípio da individualidade — cada caso é um caso. As autoridades têm legitimidade para aplicar controlos rigorosos, sim, mas não podem assinar, com tais práticas, um “atestado de incompetência” na resolução de um problema que exige políticas públicas eficazes. Como costumo dizer: um estudante só se torna imigrante quando é vítima da ausência de políticas públicas produtivas.

Há pouco tempo, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal esteve em Bissau. Porque não foram estas questões discutidas com as autoridades guineenses?

Deixo aqui a minha total solidariedade para com os 41 estudantes atualmente retidos no aeroporto Humberto Delgado, em condições desumanas, sem alimentação adequada e tratados como criminosos. Expresso também o meu profundo reconhecimento à Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL), pelo trabalho incansável que tem desenvolvido na defesa dos direitos destes estudantes.

Samuel Alfredo Gomes, Presidente da Organização de Estudantes da Guiné-Bissau em Coimbra e ativista dos direitos humanos

Austrália: Milhares manifestam-se na Austrália contra imigração. As imagens... Milhares de pessoas manifestaram-se hoje na Austrália contra a imigração, com confrontos em algumas cidades com vários detidos e pelo menos dois polícias feridos, tendo os protestos merecido a condenação do Governo, por "disseminarem ódio" contra os estrangeiros.

© Recep Sakar/Anadolu via Getty Images     Lusa   31/08/2025 

A denominada 'Marcha pela Austrália' juntou milhares de manifestantes, segundo números oficiais, em cidades como Sidney e Melbourne, que instaram as autoridades a acabar com a "migração massiva" para o país. 

O ministro do Ambiente e Água, Murray Watt, expressou hoje a condenação do Governo aos protestos acusados de racistas e de serem amplificados por neonazis.

"Não apoiamos manifestações como esta, que têm como objetivo disseminar o ódio e dividir a nossa comunidade", disse Watt em declarações à televisão Sky News.

De acordo com um comunicado da polícia de Victoria, citado por esta televisão, pelo menos seis pessoas foram detidas e dois agentes ficaram feridos durante uma manifestação em que houve "confrontos e violência".

Cerca de 15 mil pessoas saíram à rua em Adelaide, numa manifestação em que os participantes se comportaram, "de forma geral, corretamente", segundo a polícia, mas que ficou marcada pela detenção de três pessoas, uma delas por atacar polícias ali presentes.

A Sky News relatou que o protesto em Sidney teve uma adesão semelhante e registou uma detenção.

O Governo australiano enfrenta fortes pressões para reduzir os níveis de imigração devido aos elevados custos da habitação no país, sobretudo nas principais cidades como Sidney ou Melbourne.


Leia Também: Irão rejeita envolvimento em ataques contra judeus na Austrália

Netanyahu confirma ataque contra porta-voz do braço armado do Hamas... O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que as forças israelitas tentaram matar no sábado o porta-voz do braço armado do Hamas (Brigadas al Qasam), Abu Obeida.

© Reuters    Lusa    31/08/2025

"O Shin Bet (agência de inteligência interna) e as Forças de Defesa de Israel atacaram o porta-voz do Hamas, Abu Obeida", declarou Netanyahu no início da reunião do seu gabinete de Governo, numa referência a um bombardeamento perpetrado no sábado contra o bairro de Al Rimal, na cidade de Gaza. 

"Ainda não sabemos o resultado final", afirmou, de acordo com um comunicado, acrescentando: "Espero que ele já não esteja entre nós, mas, por enquanto, não há informações claras por parte do Hamas. Então, serão as próximas horas e dias que determinarão isso".

Netanyahu mencionou também, na ocasião, o regresso a Israel, nos últimos dias, dos corpos de dois reféns -- um dos quais o luso-israelita Idan Shtivi.

Por outro lado, e numa mensagem dirigida aos rebeldes huthis do Iémen, Netanyahu congratulou-se pelo facto de as forças israelitas terem liquidado "a maior parte do Governo huthi e outros altos oficiais militares", depois de os bombardeamentos de quinta-feira terem matado o primeiro-ministro huthi, Ahmed al Rahawi, além de vários dos seus ministros, conforme confirmado pelo grupo rebelde, aliado do Irão.

"Estamos a fazer o que ninguém fez antes. E isto é apenas o início dos golpes desferidos contra altos funcionários em Sana: chegaremos a todos", afirmou o líder israelita.

O líder israelita reforçou que o ataque de quinta-feira contra a cúpula do governo huthi do Iémen "é apenas o começo" de uma série de ofensivas para acabar com o movimento.

Os huthis, que controlam a capital iemenita e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015, lançaram vários ataques contra o território de Israel e contra navios com algum tipo de ligação israelita, na sequência da ofensiva desencadeada contra Gaza após os ataques perpetrados em 07 de outubro de 2023 pelo Hamas.

Além disso, atacaram navios e outros bens estratégicos americanos e britânicos em resposta aos bombardeamentos destes países contra o Iémen, numa intervenção que Washington e Londres justificam com a sua vontade de garantir a segurança da navegação na região. No entanto, em maio, os huthis aderiram a um cessar-fogo anunciado pelos Estados Unidos.


Leia Também: Netanyahu confirma negociações sobre zona desmilitarizada no sul da Síria

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou hoje negociações em curso sobre uma zona desmilitarizada no sul da Síria e abertura de um corredor humanitário para apoiar a comunidade da minoria drusa na região.

EXCLUSIVO: 41 ESTUDANTES GUINEENSES RETIDOS NO AEROPORTO DE LISBOA.


Por Radio TV Bantaba