sábado, 17 de outubro de 2020

Nigéria e Senegal vão ajudar Guiné-Bissau com programa de emergência – PR guineense

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que a Nigéria e o Senegal vão ajudar a Guiné-Bissau com um programa de emergência e dar formação a quadros do setor da defesa, segurança e dos Negócios Estrangeiros.

"Estive na Nigéria. O Presidente Buhari convidou-me a mim e ao Presidente senegalês para vermos formas de ajudar a Guiné-Bissau", afirmou Umaro Sissoco Embaló aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, momentos depois de ter aterrado em Bissau.

Umaro Sissoco Embaló viajou quarta-feira para o Senegal e para a Nigéria, tendo na quinta-feira tido um encontro de trabalho com os chefes de Estado nigeriano, Muhammadu Buhari, e senegalês, Macky Sal.

"A Nigéria é um dos acionistas do Banco Africano de Desenvolvimento, o Senegal tem grandes relações no mundo e nós na Guiné-Bissau precisamos de facto de relançar o país, que nos últimos 20 anos passou por situações muito complicadas", disse.

Segundo Umaro Sissoco Embaló, no início da próxima semana vai chegar à Guiné-Bissau uma equipa de técnicos senegaleses e nigerianos para ajudarem o país a "fazer um programa de emergência".

O Presidente explicou que o programa "será rapidamente financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento com a ajuda do Banco Árabe de Desenvolvimento Económico para a África".

Questionado pela Lusa sobre as áreas estratégias do programa de emergência, o Presidente explicou que são as infraestruturas, principalmente rodoviárias no interior e em Bissau.

Ao nível da formação, o chefe de Estado disse que vão ser enviados entre 10 e 15 jovens do Ministério dos Negócios Estrangeiros para terem formação no Senegal e oficiais do setor de segurança vão receber formação na Nigéria.

Por LUSA

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Conferencia de imprensa das Comissões Especializadas Permanentes da ANP para Áreas da Defesa e Segurança e dos Direitos Humanos. O deputado José Carlos Macedo, Porta-voz da Comissão após a visita aos centros de detenção da Polícia Judiciária em Bissau.

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Advogados de ex-PM guineense Aristides Gomes vão avançar com queixa-crime na Relação


O coletivo de advogados de Aristides Gomes disse hoje que vão avançar com uma queixa-crime na câmara criminal do Tribunal da Relação contra o magistrado que determinou uma medida de coação contra o antigo primeiro-ministro guineense.

"Vamos avançar com este processo, porque achamos que neste processo as evidências são do conhecimento público e considerando a sua gravidade fomos aconselhados pelo nosso cliente no sentido de avançar na próxima semana com uma queixa-crime", afirmou Luís Vaz Martins, no final de uma conferência de imprensa, em Bissau.

O presidente do Tribunal de Relação da Guiné-Bissau, Tijane Djaló, afirmou na quinta-feira que nenhum processo-crime contra o ex-primeiro-ministro Aristides Gomes deu entrada na câmara criminal daquela instituição e muito menos o despacho que aplicou medidas de coação.

No comunicado, o presidente do Tribunal de Relação salienta também que os "processos-crime existentes" este ano naquela instância judicial "não ultrapassam os 15 processos, enquanto o despacho em questão faz referência ao processo 355/2020".

A Lusa teve acesso na terça-feira a um despacho atribuído ao cartório do Ministério Público junto do Tribunal de Relação da Guiné-Bissau, com data de agosto, que aplicava a medida de coação de obrigação de permanência a Aristides Gomes por suspeita de participação económica em negócio e peculato e confirmou a veracidade deste documento junto de fonte oficial do Ministério Público.

Questionado pela Lusa sobre se vão apresentar queixa junto do Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Luís Vaz Martins disse que o coletivo está a "equacionar essa possibilidade".

"Efetivamente, como todos nós sabemos, devido à inoperância do nosso sistema judicial, às vezes por uma questão de segurança há que recorrer às instâncias internacionais", afirmou Luís Vaz Martins.

O advogado explicou também que no "plano interno quando se trata de processos de manipulação contra dirigentes políticos e de perseguição política há uma intervenção de mãos ocultas dentro do poder judicial para não permitir o avanço do processo".

Aristides Gomes, antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, está refugiado na sede da ONU no país, estando impedido de sair do país.

"Já ficou patente pelo próprio Tribunal de Relação que não existe qualquer processo e acho que é obrigação da ONU criar condições no sentido de poder, em nome da proteção da integridade física, permitir que Aristides Gomes saia do país", afirmou o advogado.

"Vivemos num Estado de Direito e não podemos permitir este atropelo por caprichos de indivíduos", salientou.

Questionado sobre o papel do Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, Luís Vaz Martins salientou que "foi o maior defensor dos direitos humanos que a Guiné-Bissau já teve", que lutou contra o poder político na época de partido único e "ajudou a consolidar" o Estado de Direito.

"É o mesmo Fernando Gomes, que eu hoje não reconheço, que na veste de Procurador-geral da República parece que os valores foram invertidos", afirmou.

"É o próprio Fernando Gomes que aparece como autor da perseguição política, esquecendo-se que ele próprio foi perseguido, exilado interna e externamente e agora está a atacar os seus adversários políticos com as mesmas armas de que ele foi vítima outrora", concluiu.

Com/Lusa

O Presidente da República Federativa da Nigéria 🇳🇬, SE. Muhammadu Buhari, recebeu seus homólogos numa relações amistosa entre os chefes dos Estados da África Ocidental. Nigéria 🇳🇬 Senegal 🇸🇳 e Guiné-Bissau 🇬🇼; ontém, dia 15 de Outubro de 2020, à uma visita de trabalho entre Estados; Presidente do Senegal 🇸🇳 SE. Macky Sall e o Chefe de Estado Guineese 🇬🇼, Umaro Sissoco Embaló ;

Nígeria 16 Outubro de 2020.



Agência de Notícias da Guiné-Bissau

Tenho vergonha da ignorância e da arrogância de certos actores políticos guineenses, que calados, fariam melhor ao País... Desde quando um deputado é chefe de um ministro?

Por Fernando Casimiro

Quem para ensinar/explicar, ao deputado e presidente da Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau (Parlamento) para a Defesa, Segurança e Direitos Humanos, que o nosso sistema semi-presidencialista assenta no princípio da separação de poderes e da interdependência entre todos os poderes, dos órgãos de soberania do nosso Estado, e que, por via disso, ele não é, nem pode ser chefe de um ministro ou qualquer membro do Governo, ou de outro órgão de soberania do nosso Estado?

Que deputados temos na Guiné-Bissau, quando nem sequer sabem o essencial sobre o nosso sistema político e de governação, com base na Constituição e nas Leis da República?!

Tenho vergonha da ignorância e da arrogância de certos actores políticos guineenses, que calados, fariam melhor ao País...

Desde quando um deputado é chefe de um ministro?

Sinceramente...

Positiva e construtivamente. 

Didinho 16.10.2020

quarta-feira, 14 de outubro de 2020


TRIBUNAL DE RELEÇÃO NEGA TER APLICADO MEDIDAS DE COACÇÃO AO ARISTIDES GOMES

radiosolmansi.net   14 OCT 2020

O Tribunal de Relações nega ter aplicado qualquer medida contra o antigo primeiro Aristides Gomes.

A informação foi avançada esta quarta-feira (14) pelo assessor do Ministério Público que afirma que em nenhuma circunstância o Tribunal de Relações teria aplicado uma medida de coacção de obrigação de permanência no país ao ex-primeiro-ministro Aristides Gomes.

E promete para quinta-feira uma reacção do caso por parte do tribunal de relações.

Entrevistado ontem pela Radio Sol Mansi o advogado de defesa do ex-primeiro-ministro Aristides Gomes Luís Vaz Martins acusou o Tribunal Regional de Bissau de ter falsificado o timbrado do Tribunal de Relações para aplicar uma medida fora da sua competência.

“ Em nenhum momento o cidadão Aristides Gomes foi ouvido nos autos e nem comunicado que está a decorrer contra si um processo-crime, quanto mais que ele foi constituído suspeito de alguma coisa. O mais grave é que depois de falsificação do timbrado do Tribunal de Relação, decidiram aplicar medidas de coacção de Tribunal Regional de Bissau que não tem competência para ouvir Aristides Gomes nesta matéria”, declarou.

Nesta ordem de ideia, o advogado revelou que o Ministério Público não pode aplicar as medidas de coacção porque “é simplesmente da competência do juiz de instrução criminal”.

“Sobre a aplicação de medidas de coacção, a própria Constituição da República não permite ao Ministério Público a aplicação desta medidas porque qualquer medida restritiva de liberdade, deve ser aplicada por um juiz de instrução criminal. (…) Isso significa que o magistrado sabe que não pode aplicar essa medida de coacção (restrições de viagens e apresentação periódica), sabe que não pode falsificar timbrado de Tribunal de Relação por não pertencer a esta instituição, mas mesmo assim, notificou todas as outras instituições que lidam com questões de fronteiras no sentido de impedir eventual viagem de Aristides Gomes”, denunciou o advogado.

De acordo com o despacho que invoca a Câmara Criminal do Tribunal de Relação, com data de 17 de agosto, Aristides Gomes foi considerado suspeito de "preencher os indícios descritos puníveis pelos artigos 21.º/1 e 22.º da Lei número 14/97, de 02 de Dezembro", nomeadamente participação económica em negócio e peculato.

Conclusão do despacho refere ainda que "ao suspeito Aristides Gomes aplica-se a medida de coacção de obrigação de permanência, ficando adstrito aos seguintes deveres: Não se ausentar da Guiné-Bissau e não se ausentar, sem autorização dos presentes autos, das instalações da UNIOGBIS, local onde se encontra atipicamente hospedado".

Por: Amadi Djuf Djaló/ Nautaran Marcos Có



Covid-19: O pangolim afinal não é o culpado ideal

Um pangolim. © REUTERS/Kham

Por: Marco Martins  RFI

Desde o início da pandemia de Covid-19 procuram-se culpados que possam ter transmitido este novo coronavírus aos seres humanos.

Os dois ‘animais’ acusados foram o morcego e o pangolim.

No entanto um investigador português Agostinho Antunes, em conjunto com entidades chinesas, acabaram por ilibar o pangolim.

O estudo internacional, analisando dois pangolins apreendidos na China, com um deles infectado com um tipo de coronavírus, concluiu que é pouco provável que o pangolim tenha sido o hospedeiro secundário da Covid-19.

A RFI falou com Agostinho Antunes, investigador português, que nos explicou o conteúdo desse estudo que acaba por ser favorável ao pangolim, um criminoso talvez demasiado ideal.

Agostinho Antunes, investigador português 13-10-2020

Recorde-se que esse estudo foi liderado pela Universidade Wenzhou-Kean e pela Fundação para a Conservação da Biodiversidade e o Desenvolvimento Verde da China, no qual participou o investigador português Agostinho Antunes.

O pangolim foi ilibado pelo investigador português Agostinho Antunes, que se mostrou preocupado com o consumo de carne de animais selvagens que podem transmitir outras doenças, potencialmente perigosas para os seres humanos. 

Assessor de Botche Candé dá lição de jornalismo e pede exame de sanidade mental para jornalistas

O assessor do ministro do interior para a área de imprensa, Maquilo Baio, acusou esta terça-feira (13.10), os jornalistas guineenses de “parcialidade” e de serem “tendenciosos”.

Em conferência de imprensa para responder as últimas abordagens sobre o Ministério do Interior e do seu titular, Botche Candé, feitas por alguns órgãos de comunicação social, Maquilo Baio disparou e chamou atenção ao sindicato dos jornalistas:

“O sindicato (dos jornalistas) tem que tomar muita cautela com os jornalistas, porque os políticos já perceberam que se há gente fácil de negociar são os jornalistas”, começou por dizer, para mais adiante centrar os ataques contra os homens da imprensa:

“Vou desafiar (o sindicato), que espere só daqui a três anos, vai ver que cada político vai ter rádio e vai ver onde os jornalistas vão levar este país. Porque quando um político tem uma rádio e tem aí um jornalista, ele (político) é que dita a agenda da rádio e o profissionalismo é posto de lado e as pessoas passam a fazer serviço do dono da rádio”.

O assessor de Botche Candé, que na véspera gravou um vídeo, no Facebook, onde proferiu insultos contra vários jornalistas e órgãos de comunicação social, foi ainda mais longe nesta conferência de imprensa:

“O sindicato e os donos das rádios têm que assumir as suas responsabilidades. Quando levam alguém à uma rádio, têm que saber se a pessoa está boa de cabeça ou não”, finalizou Maquilo Baio.

Na semana passada, os órgãos de comunicação social receberam uma denuncia anónima, sobre a alegada coação moral e abuso sexual dos formadores, contra as mulheres recrutadas para a formação policial e posterior admissão na corporação.

Por CNEWS

Antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau impedido de se ausentar do país

O Tribunal de Relação da Guiné-Bissau decidiu aplicar uma medida de coação de obrigação de permanência no país ao ex-primeiro-ministro Aristides Gomes, segundo a conclusão do despacho a que a Lusa teve acesso hoje.

Segundo a conclusão do despacho da Câmara Criminal do Tribunal de Relação, com dados de 17 de agosto, Aristides Gomes é suspeito de "preencher os indícios puníveis puníveis pelos artigos 21.º / 1 e 22.º da Lei número 14 14/97, de 02 de dezembro ", nomeadamente económica participação em negócio e peculato.

"Ao suspeito Aristides Gomes aplica-se a medida de coação de obrigação de permanência, ficando adstrito aos seguintes deveres: Não se ausentar da Guiné-Bissau e não se ausentar, sem autorização dos presentes autos, das instalações da Uniogbis, local onde se encontra atipicamente albergado ", refere a conclusão do despacho.

Aristides Gomes está refugiado na sede do Gabinete Integrada da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau há vários meses, depois de ter sido demitido de funções pelo atual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

"Para o efeito, o imputado foi constituído pelo suspeito e notificado desse seu estatuto processual, pelo que se preencheu a condição principal para a aplicação da medida de coação", referencia a conclusão do despacho.

A Câmara Criminal do Tribunal de Relação justifica a decisão com "perigo de fuga real".

"Primeiro tendo em conta o paradeiro errático do suspeito que se encontra num posto consular sem qualquer estatuto protetivo, pois a Guiné-Bissau não é signatária de quaisquer convenções sobre asilo diplomático", pode ler-se na conclusão do despacho.

Por outro lado, acrescentaenta o despacho, Aristides Gomes tem dupla nacionalidade (guineense e francesa) e "tem laços familiares sedimentados em França, sua segunda residência e local para onde transferiu avultadas somas de dinheiro".

A segunda razão evocada pela Câmara Criminal do Tribunal de Relação para impor a medida de coação de obrigação de permanência está relacionada com uma "gravidade dos crimes que vem imputado, conforme aliás definido na Convenção de Palermo sobre a criminalidade organizada e transnacional".

A conclusão do despacho ordena também a apreensão de todos os passaportes de Aristides Gomes e anexa uma cópia para ser entregue ao suspeito através do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Após ter tomado posse como chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló demitiu Aristides Gomes e o seu Governo, nomeando um outro liderado pelo atual primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

Com/Lusa

domingo, 11 de outubro de 2020

VISUAL ART AND THE SOCIETY with Olumide Oresegun - HELLO NIGERIA


Parece foto né? Mas é pintura!Obra do pintor Nigeriano Olumide Oresegun

Nunca esqueça dessas frase... O que você é é o resultado de escolhas anteriores.

O que você será amanhã será o resultado das escolhas que você faz hoje!

África tem talento incrível👏🏾✊🏾


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

O Presidente do PAIGC, Domingos Simões na sua mensagem semanal

Guine Bissau - A Secretária de Estado das Comunidades, Dara Fonseca Ramos falou à RTB

Chegada do Presidente da República da Guiné-Bissau, à República Portuguesa

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló - A convite do homologo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa para uma Visita Oficial à Portugal.











Na Assembleia da República Palácio de S. Bento - Lisboa

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló




quarta-feira, 7 de outubro de 2020

PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU FALOU SOBRE A DETENÇÃO DE ATIVISTAS


 Ernesto Dabo

#Day 2

Hoje o palco teve presença dos falantes do português mas não se ouviu sons lusófonos por regras administrativas. O português não faz parte das línguas permitidas, mas Portugal e Brasil receberam elogios pela forma como têm acolhido os refugiados da síria e Venezuela respectivamente. A Angola preocupou se em garantir que está a criar condições para não produzir mais refugiados até porque minutos antes a Namíbia tinha mencionado que os refugiados que acolhe eram na sua maioria Angolanos.

Recebi no hotel, ao final da tarde, a visita do mandatário do Embaixador da Guiné-Bissau na Bélgica, residente na Suíça há mais de três décadas.

Tomei nota de todos os problemas expostos e comprometi levar à consideração da Senhora Ministra.

Mantenhas 🇬🇼 di tchom di chocolate 🇨🇭

Fonte: Dara Fonseca Ramos


GUINÉ-BISSAU - Ministério de Interior acusado de fazer “terrorismo de Estado”

Ministério do Interior da Guiné-Bissau

Braima Darame  DW.COM   06.10.2020

A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) acusa o Ministério do Interior da Guiné-Bissau de promover o “terrorismo do Estado” supostamente por mandar raptar, espancar e prender dois ativistas políticos do MADEM-G15.

Para a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), o Ministério do Interior da Guiné-Bissau promove "terrorismo do Estado” e viola os princípios fundamentais de um Estado de direito e democrático ao mandar agentes de segurança raptar, espancar e prender dois ativistas políticos, pertencentes ao partido no poder, o MADEM-G15.

De acordo com as denuncias da organização, Carlos Sambú e Queba Sané estiveram detidos nas instalações prisionais do Ministério do Interior em Bissau, sem acesso a advogados, sem direito a cuidados médicos e nem podiam receber visitas, segundo confirmou à DW África o presidente da Liga, Augusto Mário da Silva.

Entretanto, os dois jovens foram restituídos a liberdade na tarde desta terça-feira (06.10), sem nenhuma explicação, de acordo com a ONG.

DW África: O que terá acontecido com os dois ativistas políticos do MADEM-G15, Carlos Sambú e Queba Sané?

Augusto Mário da Silva

Augusto Mário da Silva (AS): Os dois jovens pertencentes ao Movimento para Alternância Democrática da Guiné Bissau (MADEM-G15), foram raptados ontem (05.10) à noite, por volta da 22 horas e lavados para lugar incerto e posteriormente conduzidos o Ministério do Interior, concretamente para as celas da segunda esquadra. Segundo relatos de testemunhas, os jovens foram espancados no local do rapto e neste momento apresentam alguns hematomas e precisam de cuidados médicos. E nós já estamos na posse de receitas médicas pré-inscritas pelos serviços médicos do estabelecimento de detenção da segunda esquadra.

DW África: Qual é a reação da Liga Guineense dos Direitos Humanos perante estas duas detenções?

AS: Isto é intolerável. Não podemos compactuar com comportamentos do género. Nós queremos lembrar ao senhor ministro do Interior que a sua responsabilidade é de garantir a segurança das pessoas e permitir que os cidadãos gozem dos seus direitos fundamentais. Não podemos aceitar que homens fardados de uniforme do Ministério do Interior espanquem pessoas, que as raptem e depois as conduzam para as celas deste Ministério. Então, isto significa que o Ministério do Interior está ao corrente de tudo isto que está a acontecer e conforma-se com este comportamento. Isto é um ato de terror. Este Estado não pode ser terrorista. 

A Guiné Bissau é um Estado de Direito. E num Estado de Direito o primado é a lei. O Ministério do Interior tem que conformar a sua atuação com os ditames legais. Não podemos continuar nesta situação de insegurança. O senhor ministro do Interior, o Sr. Botche Candé, tem a responsabilidade de garantir e exigimos dele a segurança de todos. Ninguem pode ser raptado no calar da noite, quer em casa, quer na rua, e levado para um lugar incerto para depois o Ministério do Interior receber esta pessoas e colocá-las nas celas.

DW África: Já tiveram um encontro com o Ministério do Interior para saber o porque desta atuação?

AS: Fizemos diligências esta manhã, e não conseguimos falar com o ministro. E os outros comandantes que estão lá na segunda esquadra disseram que não podem permitir-nos o acesso aos detidos, porque não têm instruções superiores nesse sentido. Portanto, ninguém tem acesso aos dois ativistas neste momento, nem o advogado, nem os familiares e muito menos as organizações humanitárias.

É uma situação de isolamento total e neste momento não podemos dizer nada sobre o estado físico dos dois e infelizmente não tivemos o contato com eles para saber se estão a precisar de algum cuidado.

DW África: O Governo disse alguma coisa sobre este assunto ou não?

AS: O Governo mantém-se em silêncio, e o ministro do Interior curiosamente ainda não se pronunciou. Estamos todos na expetativa de puder ouvir a explicação do Ministério do Interior sobre este ato cobarde e atentatório contra os direitos fundamentais e continuamos nesta incerteza. 


Covid-19: Peregrinação de irmandade muçulmana junta milhares no Senegal

 © Reuters

Por LUSA   06/10/20 22:40

O Senegal teve hoje a primeira grande concentração de pessoas desde a chegada do novo coronavírus ao país, com uma multidão de fiéis da irmandade muçulmana Mouride a acorrer à peregrinação anual do Grande Magal.

Aperegrinação do Grande Magal reúne, todos os anos, milhões de discípulos dos Mouride em Touba (mais de três milhões em 2011) e os fiéis voltaram a 'invadir', este ano, as estreitas ruas nos arredores da grande mesquita e dos mausoléus daquela cidade que consideram sagrada, no centro do país, conforme constatou um correspondente da France-Presse no local.

Máscaras, álcool gel e sacos de papel para envolver o calçado foram distribuídos à entrada dos edifícios para ajudar a conter a pandemia de covid-19, mas o fervor religioso prevaleceu sobre as medidas de distanciamento exigidas, conforme foi possível observar em imagens televisivas.

O grande 'Magal' (celebração) marca o aniversário, no calendário muçulmano, da partida para o exílio do fundador do Mouridismo, Cheikh Ahmadou Bamba (1853-1927), no final do século XIX.

Desde a chagada da pandemia de covid-19 ao Senegal, em março, nunca o país tinha tido um evento de tamanha magnitude, uma vez que todas as irmandades Sufi cancelaram as suas reuniões, respeitando as decisões das autoridades civis.

Recentemente, devido aos danos económicos e sociais, o governo senegalês levantou o recolher obrigatório e o estado de emergência, orgulhando-se, prudentemente, do sucesso da sua resposta sanitária que, segundo números oficiais, conteve a epidemia em cerca de 15.000 casos e 312 mortos no país.

Os Mouride são uma das quatro principais irmandades que continuam a desempenhar um papel primordial na sociedade senegalesa, muçulmana em mais de 90%, onde os seus chefes são figuras respeitadas e escutadas pelas forças políticas.

Outra grande irmandade, dos Tidianes, ainda não tomou uma posição sobre a realização da sua grande reunião, a "Gamou", no final de outubro, em Tivaouane, cerca de 90 quilómetros a este de Dakar.

OMS: "Há esperança que até ao final do ano possamos ter uma vacina"

© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images

Por Notícias ao Minuto  06/10/20 21:19

Tedros Adhanom Ghebreyesus acredita que é possível ter uma vacina contra a Covid-19 até ao final deste ano.

Odiretor-geral da Organização das Nações Unidas (OMS) deu indicação, esta terça-feira, de que "há esperança" no surgimento de uma vacina contra a Covid-19 até ao final deste ano", ainda que não tenha prestado mais esclarecimentos. 

"Vamos precisar de vacina e há esperança que, até ao final deste ano, possamos ter uma vacina", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, no final de uma reunião com a administração da organização de Saúde das Nações Unidas, segundo cita a Reuters.

Sublinhe-se que existem nove vacinas em fase experimental no projeto COVAX, patrocinado pela OMS, que pretende distribuir 2 mil milhões de doses até ao final de 2021. A farmacêutica AstraZeneca e o consórcio Pfizer BioNTech já anunciaram grandes progressos.

A OMS pediu também hoje aos governos europeus que combatam o cansaço crescente das pessoas diante da pandemia do novo coronavírus e das medidas de restrição impostas, que nalguns casos atinge 60% da população.

"Com base nos dados agregados na pesquisa dos países desta região, podemos notar, sem surpresa, que o cansaço dos entrevistados está a aumentar (...), estima-se agora que tenha atingido mais de 60% nalguns casos", disse o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, numa nota em que sublinha que as populações fizeram "imensos sacrifícios" durante oito meses e desde que foram detetados os primeiros casos de Covid-19. 

Pelo menos 35.537.050 pessoas foram infetadas em todo o mundo com o novo coronavírus desde que este foi descoberto em dezembro na China, indicou hoje o balanço diário divulgado pela agência France-Presse (AFP). O número de mortes associadas à doença Covid-19 no mesmo período foi de 1.045.097 e pelo menos 24.571.900 pessoas foram dadas como curadas.