quinta-feira, 31 de março de 2022

Reino Unido e aliados enviam artilharia e mísseis antiaéreos para Ucrânia

© Mateusz Wlodarczyk/NurPhoto via Getty Images

Por LUSA  31/03/22 

O Reino Unido e aliados vão enviar mais armamento para a Ucrânia, incluindo artilharia de maior alcance e mais mísseis antiaéreos, revelou hoje o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace.

Após uma conferência com 35 países parceiros para mobilizar mais ajuda letal, Wallace adiantou que a Ucrânia receberá "mais ajuda letal" como resultado dos compromissos de hoje, e que "vários países apresentaram-se com novas ideias ou mesmo mais promessas de dinheiro".

Segundo Wallace, a Ucrânia precisa de artilharia de longo alcance para contra-atacar os ataques de artilharia russos, mais munições, equipamentos para defender o litoral no sul do país, veículos blindados "não necessariamente tanques", e mais armamento antiaéreo.

"Tudo isso será um resultado desta conferência", na qual entre os participantes estavam Estados Unidos, Nova Zelândia, Japão ou Coreia do Sul, adiantou à estação Sky News.

O ministro manifestou cautela quanto à anunciada retirada de forças russas em redor de Kiev, mostrando-se convicto de que está em curso um reagrupamento em direção ao leste do país, mas reconhece que a resistência ucraniana e o armamento internacional tiveram impacto.

"A reputação deste grande exército da Rússia foi destruída e [o presidente russo, Vladimir Putin] agora tem que viver com as consequências não apenas do que está a fazer com a Ucrânia, mas também com as consequências do que fez ao seu próprio exército. O nível de perdas entre os jovens recrutas e soldados russos é de milhares, talvez ainda maior do que o que perderam em 10 anos da União Soviética", vincou.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


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© Reuters

Notícias ao Minuto  31/03/22 

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu hoje o impulso da indústria de aviação do país na próxima década, para aumentar a frota de companhias aéreas com aviões russos e neutralizar as sanções ocidentais pela invasão da Ucrânia.

"No horizonte da próxima década, o número de aeronaves fabricadas internamente no parque das empresas aeronáuticas russas deve crescer radicalmente", disse Putin, durante um encontro dedicado ao ramo da aviação.

"Temos todas as possibilidades para que o setor aeronáutico não só supere as dificuldades atuais, mas também receba um novo impulso para o seu desenvolvimento", defendeu o Presidente russo.

Putin pediu um "redirecionar da estratégia de desenvolvimento do ramo aeronáutico, com base nos nossos próprios recursos e tendo em conta as novas condições, que abrem espaço para fabricantes russos de aeronaves, escritórios de 'design' e fornecedores de materiais".

As palavras do líder russo têm especial relevância no contexto das sanções impostas pelos países ocidentais, por causa da invasão russa da Ucrânia, que incluem a proibição do fornecimento de aeronaves civis e peças sobressalentes à Rússia, bem como a recusa de oferecer serviços de manutenção e seguros.

As sanções não consistem apenas na apreensão de aeronaves russas, mas também na devolução de aeronaves contratualizadas à Rússia e na proibição do fornecimento de sistemas e equipamentos necessários para a produção de aviões.

O Presidente russo criticou ainda a decisão do Ocidente de fechar o espaço aéreo aos aviões russos, dizendo que é uma medida que também afeta os países que impuseram essa medida punitiva.

"Recordo que as empresas russas cumpriram integralmente os acordos e estavam dispostas a continuar a cumprir. Mas os países ocidentais deram esse passo e nós, claro, teremos de responder", argumentou o líder russo, sem especificar que medidas virá a tomar.

"Não pretendemos fechar-nos para ninguém. E não seremos um país fechado, mas devemos partir da realidade como ela é", acrescentou Putin.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


Por LUSA 31/03/22 

Os EUA anunciaram hoje mais sanções contra a Federação Russa, desta vez contra o setor tecnológico, incluindo o principal fabricante de semicondutores, para garantir a efetiva aplicação daquelas.

As sanções têm como motivo a invasão russa da Ucrânia.

O Departamento do Tesouro dos EUA indicou que ia visar "21 entidades e 13 indivíduos, no quadro da repressão das redes de contorno das sanções (impostas ao) Kremlin, e a empresas tecnológicas, que têm um papel determinante na máquina de guerra da Federação Russa".

A empresa Serniya Engineering está entre as sancionadas, acusada de estar no centro da rede criada para permitir à Federação Russa procurar contornar as sanções.

"Os militares russos dependem de tecnologias ocidentais para o funcionamento da sua base industrial de defesa", avançou o Tesouro.

"Vamos continuar a visar a máquina de guerra de Putin com sanções de vários ângulos, até que esta guerra insensata seja terminada", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, citada no comunicado.

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló, presidiu hoje, a Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, que foi realizada no Palácio da República...//COMUNICADO DO CONSELHO DE MINISTROS ...



Depois de mais uma reunião ordinária das quintas-feiras, que decorreu sob a presidência de Sua Excelência Senhor Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, o coletivo governamental, tendo debruçado sobre vários assuntos da vida+ nacional deliberou entre outros :

Aprovar a Estrutura de Custos para a Campanha de Comercialização da Castanha de Cajú 2022, destacando-se o valor de 375 francos CFA como preço mínimo ao produtor e lançamento oficial em Bissau no dia 5 de abril do corrente ano.

Dar anuência à nomeação nos termos próprio do Senhor Amadú Lamine Sané no cargo de Alto Comissario para Peregrinação à Meca 2022.

GOVERNAR PARA TODOS
#ChefiadogovernoGB2022 
#GCPM 
3️⃣1️⃣ 0️⃣3️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣2️⃣✔

Putin assinou decreto para que Europa tenha de pagar gás russo em rublos

© Sputnik/Andrei Gorshkov/Kremlin via REUTERS

Notícias ao Minuto  31/03/22 

A partir de amanhã, dia 1 de abril, a Europa terá de pagar o gás russo em rublos. Caso contrário, os contratos serão rompidos.

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou esta quinta-feira um decreto a determinar que, a partir de amanhã, dia 1, a Europa terá de pagar o gás russo em rublos (a moeda oficial russa). A decisão surge como forma de retaliação pelas sanções europeias adotadas por causa da ofensiva russa na Ucrânia.

Os contratos serão interrompidos se esses pagamentos não forem feitos na moeda russa.

"Para comprar gás natural russo, terão de abrir contas em rublos em bancos russos. É a partir dessas contas que os pagamentos pelo gás entregue a partir de amanhã serão feitos", informou Putin.

"Ninguém nos vende nada de graça, e também não vamos fazer caridade – ou seja, os contratos existentes serão interrompidos", acrescentou.

O Kremlin desvalorizou o propósito da medida que obriga os europeus a pagar as contas de gás em rublos, e não em euros, alegando que se trata de uma simples questão de câmbio monetário.

A Rússia fornece cerca de um terço do gás da Europa, mas até agora empresas e governos ocidentais rejeitaram essa exigência de pagamento em rublos como uma violação dos contratos existentes, que são fixados em euros ou dólares.

O gás russo é crucial para a UE, que procura desde o início da ofensiva militar na Ucrânia encontrar formas de obviar esta dependência.

A decisão de passar a faturar em rublos permite à Rússia apoiar a sua moeda nacional, fortemente prejudicada pelas sanções ocidentais, mas irá privar o regime russo de uma fonte muito importante de divisas.

Além disso, implica uma revisão dos contratos de fornecimento existentes, sustentam os países europeus.

A invasão russa da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

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Boris Johnson junta-se às posições já partilhadas pela Alemanha e França.

O Reino Unido não planeia pagar as importações de gás russo em rublos – foi assim que um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reagiu ao decreto assinado pelo presidente da Rússia, Vladmir Putin, que estabelece que, a partir de sexta-feira, a Europa terá de pagar o gás na moeda oficial russa.

"Isso não é algo que iremos fazer", declarou aos jornalistas, citado pelo The Guadian, depois de ser questionado sobre se existe alguma circunstância em que o Reino Unido vá pagar em rublos pelo gás russo...Ler Mais 


Olaf Scholz já reagiu à ordem de Putin para que gás russo passe a ser pago na moeda da Rússia a partir de amanhã e admite mesmo suspender as compras.

Alemanha e França estão "a preparar-se" para uma possível paralisação das importações de gás russo, depois de Putin ter assinado um decreto onde estabelece que, a partir de amanhã, a Europa terá de pagar em rublos (a moeda oficial russa).

O chanceler alemão Olaf Scholz garante que a Europa vai continuar a pagar o gás russo em euros ou dólares e o ministro da Economia e das Finanças francês, Bruno Le Maire, também frisou que "contratos são contratos".

De acordo com a Reuters, ambos consideram uma "chantagem" e uma violação inaceitável dos contratos exigir que os pagamentos sejam feitos na moeda russa...Ler Mais

NO COMMENT

Russos que saíram de Chernobyl terão sido envenenados por radiação

©Getty Images

Notícias ao Minuto  31/03/22 

Há relatos de que os militares estarão a ser transportados para a Bielorrússia, após construírem trincheiras em zona de exclusão.

Os soldados que abandonaram Chernobyl estarão a ser transportados para instalações médicas especiais na Bielorrússia, segundo avança o Guardian, depois de terem apresentado sintomas de envenenamento por radiação.

De acordo com a publicação, os militares russos, que ocuparam a central nuclear há quase quatro semanas, terão alegadamente construído trincheiras na zona de exclusão de Chernobyl, para além de conduzirem tanques pela área.

Estas ações foram descritas por trabalhadores da central nuclear como "uma missão suicida" já que, segundo a Reuters, os militares não usavam  fatos protetores nem máscaras enquanto conduziam pela 'Floresta Vermelha', que se denomina assim pela cor vermelha que as copas das árvores adquiriram após o desastre nuclear, em 1986. Ainda que as árvores tenham sido destruídas e enterradas, as sementes germinaram, assumindo a mesma cor.

Segundo o Guardian, que terá falado com cientistas no local em 1990, a zona só voltará a ser segura daqui a 24 mil anos.


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Nota de Imprensa: Retoma do crescimento do PIB da Guiné-Bissau em 6,3%

Jornal Odemocrata  31/03/2022 

O Conselho Nacional de Crédito (CNC) realizou a sua 1a sessão do ano de 2022, na terça-feira 22 de  Março de 2022, por teleconferência, sob a presidência do Ministro das Finanças, Sr. João Alage Mamadú Fadia, Presidente estatutário deste órgão. A sessão analisou o desempenho económico e financeiro do país no decurso do ano 2021, e debruçou-se ainda sobre o desenrolar da campanha de comercialização da castanha de cajú, e perspectivas para a campanha de 2022.

Analisando a situação económica e financeira nacional, o Conselho constatou a retoma do crescimento do PIB em 6,3% contra 1,5% registado no ano precedente, impulsionado pelo aumento da quantidade exportada da castanha de cajú, pelo aumento da produção agrícola, pela prossecução dos projetos financiados pelo BOAD, UE e FIDA, e ainda, pelo crescimento registado no setor terciário, com ênfase para a produção agro-industrial, energia e cimento.

Ao nível interno, foi sinalizada que a inflação registou uma significativa subida, situando-se em 3,3% influenciada pela perturbação registada ao nível da dinâmica da oferta de produtos alimentares, provenientes maioritariamente da importação. No que se refere às finanças públicas, os Conselheiros constataram a subida das receitas orçamentais na ordem dos 6,4%, impulsionada pela aplicação das novas taxas fiscais introduzidas no OGE 2021. Em sentido inverso, foi exortado ao Governo a adoção de estratégias para a contenção das despesas públicas que registaram um ligeiro aumento face ao índice registado em 2020.

No que se refere ao setor financeiro, foi constatado a manutenção da tendência de forte crescimento das transações em moeda eletrónica que tiveram um crescimento global de 94,4% em comparação com o ano 2020. De igual modo, o setor bancário registou a mesma tendência de crescimento, com realce para o aumento tanto dos depósitos e empréstimos, como do crédito à economia, em 15,54% e 15,76% respectivamente. Em sentido inverso, o setor dos serviços financeiros descentralizados mantêm a sua tendência de retrocesso, permanecendo com uma contribuição marginal no financiamento económico do país, tendo sido exortado as autoridades competentes a adotar medidas conducentes ao saneamento do sector.

O tema de debate da sessão centrou-se na apresentação do balanço da campanha de comercialização da castanha de cajú do ano 2021 e perspectivas para a próxima campanha, tendo sido destacado o aumento significativo do volume exportado que atingiram os 230 mil toneladas, contra 155 mil toneladas registado no ano anterior. Foi ainda analizado neste ponto as consequências da paralisação da operadora dos transportes marítimo Maersk no processo de exportação assim como as diligências empreendidas pelas autoridades competentes no sentido da  retoma de atividade desta empresa.

Finalmente, os Conselheiros analizaram o relatório da avaliação mútua da Guiné-Bissau em matéria de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, tendo exortado as entidades implicadas sobre a necessidade de reforçar a colaboração institucional com vista a maior eficácia no combate deste flagelo.

Bissau, 23 de março 2022

Direção Nacional do BCEAO para a Guiné-Bissau

Ucrânia diz que abateu quatro aviões russos em Kharkiv ...No dia 30 também foi abatido um drone russo e dois mísseis de cruzeiro.

 © Twitter

Notícias ao Minuto  31/03/22 

A Força Aérea Ucraniana terá derrubado quatro aviões russos na quarta-feira, de acordo com o relatório diário das Forças Armadas ucranianas.

Os aviões terão sido atingidos pela defesa ucraniana na região de Kharkiv, e segundo as forças, seriam caças-bombardeiros Su-34.

Segundo as informações oficiais das Forças Armadas da Ucrânia, no dia 30 também foi abatido um drone russo e dois mísseis de cruzeiro.

No vídeo que circula nas redes sociais, pode ver-se aquilo que se acredita ser um avião, a arder, em queda livre. O vídeo é filmado na região de Kharkiv. 

Kharkiv é a segunda maior cidade da Ucrânia e tem sido fortemente bombardeada. Segundo a agência Ukrinform, cerca de um terço dos moradores já deixaram a cidade.

As tropas russas destruíram 15% das casas em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, informou o autarca da cidade, Ihor Terkehov, numa transmissão televisiva, citado pela agência noticiosa ucraniana Ukrinform.

Quem ficou, só sai de casa ou dos abrigos para ir buscar bens essenciais. 

A 22 de março, o serviço de imprensa do conselho da cidade de Kharkiv disse que quase mil edifícios foram destruídos, dos quais quase 800 residenciais.

A autarquia sublinhou na altura que o bombardeamento de áreas residenciais não parava - apesar das garantias russas de que os ataques só têm como alvos militares - e que os trabalhos de limpeza de entulhos, feito por voluntários, eram contínuos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.


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Representantes dos tártaros da Crimeia exigiram na quarta-feira que o regresso à Ucrânia daquela península anexada pela Rússia em 2014 seja uma das condições estabelecidas por Kyiv nas negociações com Moscovo para terminar o conflito.

Após uma reunião 'online', o Medjlis, a assembleia tradicional desta comunidade muçulmana de língua turca estabelecida na Crimeia desde o século XIII, insistiu que regresso à Ucrânia daquele território deve ser uma "condição obrigatória" nas negociações.

"O Medjlis dos Tártaros da Crimeia assume que a restauração da integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, incluindo a República Autónoma da Crimeia e Sebastopol, deve ser uma condição obrigatória para a realização de negociações oficiais entre os representantes ucranianos e o país agressor, a Federação Russa", sublinhou no Facebook o líder da assembleia, Refat Tchoubarov, citando uma decisão de 18 de março...Ler Mais

MEMÓRIAS DO PASSADO RECENTE - Governo português nacionaliza posições de Isabel dos Santos e da ENDE na Efacec

Foto: D.R.

Fonte: Expansao.co.ao  2 de Julho 2020

O Governo português acaba de anunciar a nacionalização de 71,5% da Efacec, referente à participação de Isabel dos Santos e da ENDE, por via da Winterfell 2, empresa sedeada em Malta, constituída na totalidade por capital angolano, titulado em 60% por Isabel dos Santos e 40% pela ENDE, Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade.

Trata-se de uma decisão já promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com carácter temporário, apenas e só para resolver o impasse acionista, na sequência do processo Luanda Leaks, que decretou o arresto desta participação social, dado que será aberto de imediato um processo de reprivatização, indo de encontro ao interesse manifestado por alguns investidores na compra da participação de capital angolano.

O anúncio da nacionalização e da futura reprivatização foi feito pelo Ministro da Economia de Portugal, Pedro Siza Vieira, tendo salientado no final da reunião do Conselho de Ministros que "o impasse acionista tornava-se impossível para que a Efacec pudesse retomar a sua atividade".

Em comunicado o Conselho de Ministros justifica a intervenção do Estado na empresa centenária com a concordância dos restantes acionistas privados, para "viabilizar a continuidade da empresa, garantindo a estabilidade do seu valor financeiro e operacional, expressa num volume de negócios na ordem dos 400 milhões de euros, e permitindo a salvaguarda dos cerca de 2500 postos de trabalho que garante, da valia industrial, do conhecimento técnico e da excelência em áreas estratégicas".


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SERVIR O PARTIDO OU, SERVIR-SE DO PARTIDO? ...O desabafo de um camarada do PAIGC.

“Eu pertenci à geração dos que se juntaram, de forma espontânea, ao PAIGC nas vésperas da “tomada de Bissau”, mas nem por isso me vanglorio de ser Combatente da Liberdade da Patria, ou num sentido mais estrito Antigo Combatente. Estes heróis, devem ser venerados e ser-lhes dado o devido e merecido respeito. 

Foi com entusiasmo e fulgor da exaltação independentista que acompanhei os camaradas nos primeiros passos de entrada em Bissau, assistindo com pulsar invulgar, o arear da bandeira portuguesa e o hastear da nossa bandeira na Vila de Mansôa.

Nada mais que, uma epopeia inesquecível da juventude que viveu a mística de um partido mítico e libertador, por isso, gostei, simpatizei, militei. 

Com o tempo, desiludi-me e finalmente, fiquei no meu canto a observar as peripécias do Partido. 

Nunca deixei de ser do partido, pois faz parte da minha essência e, se não me exagero também, de mais de 60% dos guineenses de uma forma direta ou indireta .

Nessa minha vivência conheci vários líderes do PAIGC e, citando apenas os mais proeminentes, Luis Cabral, homem íntegro, honesto, digno honrado, impoluto e patriota ímpar, depois João Bernardo Vieira (Nino), general, chefe de guerra, austero, grande patriota que dirigiu o partido e o Estado com mãos de ferro, sem oposições e com carácter repressivo. 

Depois veio, Carlos Gomes Jr, líder que resgatou o partido da decadência, reorganizou o partido entretanto moribundo, conseguindo levá-lo num primeiro embate legislativo a uma maioria relativa e na segunda a uma maioria qualificada de 67%, feito jamais alcançado por nenhuma formação política... para além de ter ganho largamente as eleições presidenciais de abril 2012, abruptamente interrompido por um golpe militar cujos contornos e motivações, até hoje, estão por esclarecer.

De todos eles, tive sempre a perceção, cada um à sua maneira e método, de terem gerido o partido de forma rigorosa e mais transparente, possível, sendo que, até em certos casos sem citar nomes, alguns de entre eles, terem alimentado e financiado as atividades do partido com fundos e património próprios.

No contexto atual, o que se vê, é que, esta nova liderança do PAIGC, está-se a servir do partido, para promover, beneficiar de impunidade, regalias e, sobretudo enriquecer-se à custa dos apoios e beneficios do Partido.

Nós todos vimos como esta nova liderança de DSP chegou ao partido, autêntico pé-descalço com um velho e cansado Toyota Prado, provavelmente de permeio, com algumas poupanças que conseguiu amealhar do pouco mais de 3.000 Euros de ordenado que usufria como SE da CPLP e igualmente, uns quantos financiamentos obtidos através do forte lobby e da franco-maçonaria portuguesa dos quais beneficia de fortes apoios. 

Porém, não pode deixar de ser surpreendente que, em pouco tempo à frente do partido, e do Governo por um ano e poucos meses, DSP tornar-se num ápice no homem mais rico, poderoso e abastado financeiramente na Guiné-Bissau.

Todo o financiamento, doações, apoios logísticos, materiais equipamentos e demais formas diretas e indiretas de financiamento ao partido, passaram a ser controlados e geridos, diretamente por DSP, sua entourage familiar (mulher, fihos e irmão) e amigalhaços do partido.

Esse acaparamento dos bens e rendimentos do partido ia até a exploracão da piscina da sede do partido, a organização de eventos e o “aluguer” de equipamentos oferecidos ao partido (aparelhos de som e meios moveis de publicidade), feito pelos proprios filhos e até a esposa ao proprio partido, como se de um bem familiar se tratasse (quiça esta aqui a justificação do montante de 1.5 bilhões de francos CFA que o filho tinha num dos bancos da praça e tantas outras fortunas nas contas da filha e da mulher, nos vários bancos da praça de Bissau e em Portugal)

E, não se esqueçam igualmente do famoso negócio de aluguer de quatro camiões à CMB pelo valor de 75.000 milhões de francos CFA ???,... camiões esses compulsivamente retirados de forma pouco ortodoxa a um ex-sócio português, posteriormente registados em nome do filho que, sem qualquer razão ou aquisição passou a ser proprietario dos ditos camiões... isto porque, o “tuga”, ameaçado na sua integridade e coagido, não piou e nem ousou voltar a Bissau para reclamar esses bens..., alias, o José Carlos Esteves amigaço do DSP, fazia parelha dessa sociedade de chico-espertos e sabe toda a história.

Do meu ponto de vista, como militante, custa-me a compreender, como um líder recém chegado à liderança de um partido como o PAIGC e, com apenas um ano e poucos meses de passagem pelo Governo ser, repentinamente, considerado o “Senhor Ricaço” de Bissau, comprando e acumulando riquezas de forma escandalosa. 

A titulo de exemplo, passo a citar, a compra (em pleno golpe do resgate), de um terreno nobre no centro da cidade de Bissau (em frente ao saudoso Coronel Manuel S. Costa) antiga propriedade do falecido Abel Incada, por um valor de 420 milhões de francos CFA, pagos cash ao BAO que tinha a hipoteca do terreno, a compra de um apartamento de luxo em Sacavém-Portugal com uma área de 400m² com terraço privativo no ultimo andar, pelo montante de 750.000 Euros pagos cash, construção ou e em vias de acabamento de mais de seis prédios de alto standing em Bissau espalhados pelos diversos bairros de Bissau, um Hotel em Farim (usurpando parte de um terreno alheio contiguo de forma abusiva e desavergonhada), a compra e título fundiário de mais de 80 talhões de terrenos entre Bissau, Alto Bandim, Safim, Zona de Quinhamel, Brene, Ondam etc... e também, a negociata de participação em negócios através do financiamento com caucionamento ilegal pelo erário público, o Hotel Império do empresário Armando Correia Dias, em 600 milhões de francos CFA, para além de facultar-lhe a saída de contentores com o recheio total do hotel, sem pagar um cêntimo às Alfândegas..., empreendimento esse, como se sabe, o proprio DSP e o filho, são sócios ocultos.

Também, num ato de puro despotismo, falta de transparência, e prepotência e discricionariedade, procede a distribuição de bens do Estado, ao irmão, familiares, amantes, concubinas e lambe-botas, como foram os casos do prédio da cooperação francesa, prédios do B° Internacional, Policlínica, isto, sem contar, com a ocupação abusiva e desavergonhada de uma casa no HNSM pelo irmão, sem que tenha qualquer direito de ocupar o imóvel.

Não ficando por aí, o “Sr Ricaço de Bissau”, comprou uma vasta área turística no Arquipelago dos Bijagos, visando instalar um Ressort de luxo a ser gerido pela filha (que gananciosamente se auto-intitula nova Isabel dos Santos) e cujo ambicioso projeto está confiado ao Arqt° Fernando Lobato, por sinal fervoroso e incondicional apoiante de DSP.

Num espiral desenfreado de se tornar cada vez mais rico e poderoso, à custa dos financiamentos e utilizacão em proveito próprios dos bens do partido, DSP continua a engrossar a sua conta bancária, da sua mulher, dos seus filhos, interna e principalmente externamente e, aos seus fieis seguidores (p ex Filomeno Cabral, Heitor Nancassa, entre outros...), vai distribuindo carros e equipamentos propriedade do partido, sem dar cavaco a ninguém e sem que ousem questioná-lo, também eles à espera, de beneficiar das benesses e favor do “Sol Maior”.

Em suma, cabe aos militantes levantarem a voz e dizer basta aos desmandos e prepotência do DSP no Partido, estancar a saga da perseguição e purga dos militantes que se lhe opõem no partido e, mostrar-lhe as suas fragilidades como líder, a sua incompetência em elevar o partido a patamares maiores, e acima de tudo não estar à altura de dirigir com dignidade e coerência esse grande partido”.

“Recado di Camarada pa si Camaradas”

quarta-feira, 30 de março de 2022

MOPHU/30.03.2022 - Anúncio de início das obras de reabilitação de Vias Urbanas de Bissau.


 Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo

Saúde Pública: Governo renova estado de alerta a saúde pública causado pelo novo coronavírus para 90 dias

Bissau, 30 Mar 22 (ANG) – O Governo decretou a renovação do estado de alerta à saúde Pública, no âmbito do combate a pandemia de coronovírus, para um período de 90 dias, para vigorar entre 25 de Março e 23 de  Junho, do ano em curso.

Segundo o diploma que acaba de ser tornado público, continuam permitidas a realização de voos internacionais, estando sujeitos à  observância das regras de higienização, “sem prejuízo das regras especificas ditadas pelos departamentos governamentais competentes”.

O controlo sanitário nas fronteiras vão continuar assim como a obrigatoriedade de apresentação de certificado de vacina ou de un certificado de teste de  base molecular por rRT-PCR negativo para o vírus SARS-CoV-2, obtido até cinco dias antes do início da viagem, salvo para crianças com idade inferior a 12 anos.

A obrigatoruiedade de utilização  coreta de máscaras facial na via pública, nos espaços fechados de acesso público, nos transportes públicos, nos mercados, e na venda ambulante vai continuar a vigorar.

A realização de eventos sociais e políticos, nomeadamente toca-chur, djambadon, kussundé e gamô, actividades politico-partidárias são permitidos mediante a observação  de medidas de distanciamento, higienização das mãos, desinfeção e higiene adequado do local dos eventos.

“As pessoas com idade superior a 55 anos , aquelas que padecem de doenças crónicas e os profissionais de saúde , independentemente da idade, podem  ser administradas dose de reforço à sua vacinação”, refere o diploma. 

ANG//SG

Ucranianos estão a usar tanques e armas russas para atacar o inimigo

© Getty

Notícias ao Minuto  30/03/22 

A Rússia tornou-se no maior fornecedor de armas do inimigo?

As tropas russas terão perdido, desde o início da guerra, e segundo contas dos militares ucranianos, 600 tanques de guerra e outros 1.700 veículos armados. Veículos esses que estarão a ser recuperados por mecânicos ucranianos e usados na defesa do seu país.

Recorde-se que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já havia afirmado que a Rússia estava a tornar-se no seu maior fornecedor de armas.

Na base desta afirmação, estará precisamente a informação que é avançada por vários meios, incluindo o France24, e que dá conta de que dos muitos tanques e veículos que ficaram destruídos - alguns ficaram inoperacionais -  estarão a ser recuperados por mecânicos ucranianos.

Os veículos estão a ser levados para fábricas ou pequenas oficinas, e os ucranianos desafiados a recuperar os equipamentos.

"Vamos reparar as armas para que sejam usadas contra o inimigo e não contra nós", afirmou ao Daily Mail, Oleksandr Fedchecnko, dono de uma oficina.

A invasão russa à Ucrânia teve início no dia 24 de fevereiro, tendo a resistência ucraniana surpreendido Vladimir Putin que não esperava que este conflito acabasse por demorar tanto tempo. Recorde-se que se completa hoje 35 dias desde o início do conflito.


Presidente da República inaugora Coris Bank Guiné-Bissau


Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló 

UNICEF: Só 7% dos alunos guineenses de 3.º ano têm competências em matemática

© Lusa

Por LUSA  30/03/22 

Apenas 7% dos alunos no 3.º ano na Guiné-Bissau têm competências fundamentais em numeracia e só 11% têm competências básicas em leitura, revela um relatório da Unicef hoje publicado.

Intitulado "Are children really learning?" ("As crianças estão realmente a aprender?"), o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância alerta que a perturbação que a pandemia provocou na educação agravou uma "crise educativa global que já ameaçava o futuro de milhões de crianças em todo o mundo", segundo escreve a diretora executiva da Unicef, Catherine Russell, na introdução do documento.

O relatório faz uma análise de dados recolhidos entre 2017 e 2021 em 32 países e territórios de baixo e médio rendimento, incluindo os lusófonos Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe e conclui que mesmo antes da pandemia era questionável se os alunos estavam realmente a aprender.

Para determinar se os alunos estão a aprender o que é esperado para o seu ano de escolaridade, os investigadores analisaram os estudantes do 3.º ano, averiguando que percentagem tinha as competências fundamentais esperadas no final do 2.º ano.

Os resultados revelam que, na maioria dos países estudados, a maior parte dos estudantes não alcançou os objetivos, nem em numeracia nem em leitura, com uma mediana de 30% a alcançar as competências fundamentais em leitura -- desde 3% na República Centro-Africana a 82% na Bielorrússia -- e 18% em numeracia -- menos de 1% na República Democrática do Congo e 71% na Bielorrússia.

Na Guiné-Bissau, 11% dos alunos alcançam as competências básicas em leitura e 7% em numeracia, o que coloca o país abaixo da mediana e como o 8.º e o 9.º pior, respetivamente, entre os 31 países em que há dados disponíveis.

Já em São Tomé e Príncipe, a percentagem de alunos do 3.º ano com competências fundamentais na leitura é de 29% (15.º pior em 31) e a proporção de estudantes com competências em numeracia é de 24%, o que o coloca acima da mediana dos 31 países.

Os autores do relatório alertam, no entanto, que em cinco países africanos, incluindo os dois lusófonos, as crianças que estão fora da escola não têm qualquer competência em leitura, sendo que em todos eles, exceto São Tomé e Príncipe, pelo menos uma em cada sete crianças está fora do sistema de ensino.

A Unicef defende que "são precisos esforços para melhorar as competências educativas básicas para todas as crianças, com particular atenção às mais vulneráveis, que não estão na escola e são privadas da oportunidade de aprender".


TENTATIVA DO ASSASSINATO DE Gervasio Silva Lopes ESTA NOITE (30.03.2022) EM LISBOA ???

Por gervasiosilva.lopes

RELATÓRIO: Quase metade das gestações no mundo identificadas como não intencionais

© Lusa

Por LUSA  30/03/22 

As gestações não planeadas representam quase metade do total de gravidezes no mundo, totalizando 121 milhões por ano, revelou hoje o Fundo das Nações Unidas para a População, que fala numa crise global.

Cenários de guerra e de emergência humanitária, como o que se vive na Ucrânia, criam condições para que as gestações não planeadas "aumentem ainda mais", adverte a organização num relatório sobre o Estado da População Mundial, intitulado "Vendo o Invisível".

"Quase metade de todas as gestações, num total de 121 milhões por ano, são indesejadas", referem os autores do estudo, sublinhando que para as mulheres e meninas envolvidas, o facto que mais altera a vida -- engravidar ou não -- "não é de todo uma opção".

Mais de 60% das gestações indesejadas terminam em aborto, estimando-se que 45% destes atos sejam inseguros e causem 5% a 13% das mortes maternas. Os abortos inseguros provocaram a hospitalização de sete milhões de mulheres por ano, em todo o mundo.

Nos países em desenvolvimento, os custos de tratamento estão calculados a 553 milhões de dólares, por ano (497,15 milhões de euros).

Os dados têm, para a agência da ONU, "um grande impacto" na capacidade global para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

No relatório de 2022, os peritos alertam para a necessidade de agir perante uma "crise negligenciada".

"Espera-se que a guerra na Ucrânia e outros conflitos e crises no mundo aumentem as gravidezes não planeadas, à medida que se interrompe o acesso a contraceção e aumenta a violência sexual", lê-se no documento.

Para a diretora executiva do Fundo, Natália Kanem, o "número impressionante" de gravidezes não planeadas representa "um fracasso global" na garantia dos direitos humanos básicos das mulheres e meninas.

De acordo com os dados recolhidos, 257 milhões de mulheres que querem evitar uma gravidez não usam métodos contracetivos modernos e seguros e quase um quarto não tem condições para recusar sexo.

Em 47 países, cerca de 40% das mulheres sexualmente ativas não usa qualquer método contracetivo para evitar a gravidez.

Vários outros fatores contribuem para a gravidez não desejada: falta de cuidados de saúde e de informação sobre saúde sexual e reprodutiva, opções contracetivas desadequadas ao corpo das mulheres e às circunstâncias, normas prejudiciais e estigma contra as mulheres que controlam os seus corpos e fertilidade, violência sexual e reprodução forçada, atitudes de julgamento e vergonha nos serviços de saúde, pobreza e estagnação económica, bem como desigualdade de género.

"Todos estes fatores refletem a pressão que as sociedades exercem sobre as mulheres e meninas para que se tornem mães", adverte a organização.

O Fundo cita estudos que indicam que mais de 20% das mulheres e meninas refugiadas enfrentarão violência sexual.

No Afeganistão, por exemplo, a rutura dos sistemas de saúde e a desigualdade de género levarão a cerca de 4,8 milhões de gestações não planeadas até 2025, o que "compromete a estabilidade, a paz e a recuperação geral do país", segundo as estimativas apresentadas.

No primeiro ano da pandemia de covid-19, a interrupção no fornecimento de serviços e contracetivos levou até 1,4 milhões de gravidezes não planeadas.

EUA e NATO detetam movimentação das forças russas para fora de Kyiv

© ARIS MESSINIS/AFP via Getty Images

Por LUSA  30/03/22 

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos e a NATO revelaram terça-feira que detetaram uma aparente mudança na movimentação das forças terrestres russas, que apontam para um afastamento da região de Kiev, tal como indicado por Moscovo.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, referiu que "um pequeno número" de forças terrestres russas parecem estar a reposicionar-se para fora da região de Kyiv (Kiev), embora não aparente ser "uma retirada real".

John Kirby acrescentou que ainda é "muito cedo" para perceber a extensão da movimentação por parte da Rússia ou para onde é que as tropas vão ser reposicionadas, após Moscovo ter anunciado hoje uma redução das ações militares no oeste ucraniano, em particular nas proximidades de Kiev.

"Isto não significa que a ameaça a Kiev terminou. Eles ainda podem infligir brutalidade massiva no país, inclusive em Kiev", apontou, citado pela agência Associated Press (AP) garantindo que se mantêm os ataques aéreos russos à capital ucraniana.

Questionado se o Pentágono considera que a campanha militar russa na Ucrânia fracassou, John Kirby referiu que as forças russas falharam o seu objetivo inicial de conquistar Kiev, mas continuam a ser uma ameaça naquele país, incluindo na região do Donbass, no leste, onde parecem estar a concentrar-se em maior número.

O principal comandante militar da NATO e do comando europeu das tropas norte-americanas, Tod Wolters, também confirmou hoje que está a ocorrer "uma mudança de dinâmica" por parte da Rússia nas proximidades de Kiev, o que pode indicar uma possível retirada russa.

Tod Wolters explicou, numa audição na Comissão das Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos, as opções tomadas pela NATO para combater a invasão russa da Ucrânia, noticia a agência EFE.

Para o militar da NATO, Moscovo está a gastar entre 70% a 75% da sua capacidade militar na invasão da Ucrânia, a maioria através das suas forças de combate.

"Os ucranianos mantiveram grande parte de sua força de combate. A nossa avaliação é que eles estão a contra-atacar", acrescentou.

O comandante da NATO desenhou, durante a sessão, o mapa do "impasse russo" na Ucrânia e o seu progresso em direção a Kiev.

"No geral, posso dizer que a viagem dos russos para o norte e para o sul em direção a Kiev permanece bloqueada. Segundo as nossas estimativas, os russos não fizeram nenhum progresso geográfico entre as últimas 24 a 36 horas", sublinhou.

Tod Wolters apontou ainda que uma das razões pode ser um reagrupamento intencional para avaliar os motivos para não estarem a fazer progressos.

"Achamos que eles enfrentaram desafios logísticos e de manutenção, desafios que achamos que eles não previram", atirou.

Já no sul do país, o general explicou que os russos não parecem sofrer a mesma resistência do que no norte, embora a NATO estime que a cidade de Kherson continue a ser disputada entre russos e ucranianos, tal como Mariupol.

Também o Ministério da Defesa britânico divulgou hoje que, segundo os seus serviços de inteligência, a ofensiva russa falhou o objetivo de cercar Kiev devido a "repetidos contratempos e contra-ataques ucranianos bem sucedidos.

Para a Defesa do Reino Unido, as declarações da Rússia sobre uma redução das ações militares no oeste ucraniano e os relatos da saída das forças russas em algumas daquelas zonas podem indicar que Moscovo aceitou que perdeu a iniciativa militar naquela região.

"É muito provável que a Rússia procure mudar as forças de combate desde o norte para a sua ofensiva na região do Donbass a leste", destacou ainda.

A Rússia prometeu hoje reduzir "drasticamente" a sua atividade militar em direção às cidades ucranianas de Kiev e Cherniguiv, após a ronda de negociações com a Ucrânia, que decorrem em Istambul.

O chefe da delegação russa e conselheiro presidencial, Vladimir Medinsky, admitiu "discussões substanciais" e referiu que as propostas "claras" da Ucrânia para um acordo seriam "estudadas muito em breve e submetidas ao presidente", Vladimir Putin.

O Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu hoje "progresso" nas negociações sobre um cessar-fogo na Ucrânia, numa conversa telefónica com o seu homólogo francês, apelando simultaneamente à rendição das tropas "nacionalistas" ucranianas que defendem a cidade de Mariupol.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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terça-feira, 29 de março de 2022

PRS - Nambeia delega plenos poderes



Jornal Odemocrata
  29/03/2022 

O presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto Mbunhe Nambeia, delegou poderes ao vice-presidente para Assuntos Constitucionais e Direitos Humanos, Fernando Dias, Presidente em exercício do PRS com a possibilidade de subdelegar.

Por despacho n°005 de 25 de março de 2022, na posse de O Democrata, Alberto Nambeia justifica a decisão por se encontrar, em Portugal, em tratamento médico que requer um horizonte temporal necessário, argumentando que não é possível que essa impossibilidade cesse dentro de 30 dias seguintes.

O documento refere que o antigo líder juvenil dos Renovadores, e atual ministro da Administração Territorial, Fernando Dias, tem também “poderes especiais e necessários com livre e geral Administração civil para representar o Presidente do partido junto de quaisquer repartições públicas, administrativas e entidades privadas”.

“O presente despacho durará apenas pelo período de ausência efetiva do Presidente”, concluiu o documento.

Fernando Dias foi nomeado um dos vice-presidentes do PRS no dia 17 de janeiro deste ano, depois de Alberto Mbunhe Nambeia ter sido reeleito Presidente do partido para um terceiro mandato.

Por: Tiago Seide


Imagens mostram alegada explosão em depósito de munições em cidade russa ...Explosões terão ocorrido em Belgorod, perto da cidade ucraniana de Kharkiv.

© Twitter

Notícias ao Minuto  29/03/22 

Um depósito de armas militares russas terá explodido, esta terça-feira, na cidade russa de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia.

Relatos divulgados através das redes sociais dizem que o ataque terá sido feito "via drone ou míssil balístico de curto alcance". Até ao momento, não houve qualquer confirmação oficial sobre este ataque.

As imagens, que mostram a enorme explosão, foram amplamente partilhadas nas redes sociais.

Países ocidentais na ONU acusam Rússia de criar "crise alimentar" global

© Lusa

Notícias ao Minuto  29/03/22 

Diplomatas de países ocidentais responsabilizaram hoje a Rússia, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, por uma "crise alimentar" global, devido à invasão da Ucrânia, com o embaixador russo a responder com acusações de "hipocrisia" ocidental.

Numa reunião sobre a situação humanitária na Ucrânia, Estados Unidos (EUA), França e Reino Unido afirmaram que os bombardeamentos incessantes da Rússia a cidades e infraestruturas críticas da Ucrânia criaram uma das maiores crises humanitárias das últimas décadas, deixando milhares de cidadãos sem comida, água, aquecimento ou eletricidade durante um inverno severo.

"As pessoas recorreram ao derretimento da neve para beber água. Uma mãe disse a repórteres que só podia alimentar as suas três filhas com uma colher de mel por dia enquanto elas se escondiam das bombas russas. Agora, as autoridades da cidade dizem que as pessoas estão a começar a morrer - a morrer -- de fome. Pensem sobre isso", disse a vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman.

"Há cinco semanas, Mariupol estava em paz. Era, de facto, uma movimentada cidade portuária, exportadora de cereais, que ajudava a alimentar o mundo. Hoje, os seus moradores estão a morrer por causa da guerra de escolha do Presidente [russo, Vladimir] Putin", acrescentou.

A governante norte-americana frisou que, apesar de Ucrânia e Rússia serem grandes produtores agrícolas, Moscovo bombardeou pelo menos três navios civis que transportavam mercadorias dos portos do Mar Negro para o resto do mundo; bloqueou o acesso aos portos da Ucrânia, "basicamente cortando as exportações de cereais"; impediu que cerca de 94 navios que transportam alimentos para o mercado mundial chegassem ao Mediterrâneo; e alegadamente atacou silos de cereais e instalações de armazenamento de alimentos.

"Todas essas ações da Rússia estão a criar uma crise alimentar na Ucrânia -- e muito além das fronteiras. Os preços dos alimentos estão a subir vertiginosamente em países de baixos e médios rendimentos, à medida que a Rússia sufoca as exportações ucranianas. (...) Estamos particularmente preocupados com países como Líbano, Paquistão, Líbia, Tunísia, Iémen e Marrocos, que dependem fortemente de importações ucranianas para alimentar as suas populações", afirmou.

Também o chefe do Programa Alimentar Mundial (ONU), David Beasley, disse que a guerra reduziu as entregas de fertilizantes da Rússia e da Bielorrússia e impediu os ucranianos de cultivar milho, trigo e sementes de girassol, aumentando os riscos de uma crise alimentar global.

O embaixador da Rússia junto da ONU, Vasily Nebenzya, rebateu as acusações e acusou o ocidente de "hipocrisia", tal como já tinha prometido que faria, quando na semana passada viu ser rejeitada no Conselho de Segurança uma resolução "humanitária" que apresentou.

"Vejo aqui muitos apelos de iniciativas humanitárias, mas quero recordar a vossa inconsistência de terem rejeitado a nossa resolução humanitária que tinha muitos passos para se atingir esse fim. A nossa resolução era muito mais completa do que os pedidos apresentados aqui pelos colegas ocidentais. (...) hipocrisia", disse Nebenzya.

O diplomata russo advogou que apesar de os seus homólogos ocidentais não terem aprovado a resolução "humanitária" que apresentou, a Rússia colocou "esses pontos em prática", organizando "corredores humanitários" e "providenciando medicamentos e comida para os necessitados".

"Já entregamos mais de 6.000 toneladas de ajuda para a Ucrânia e meio milhão de refugiados ucranianos foram abrigados na Rússia", declarou o embaixador.

Nebenzya referia-se a uma resolução "humanitária" sobre a Ucrânia que apresentou no Conselho de Segurança da ONU na semana passada e que foi chumbada, sem surpresas, com dois votos a favor e 13 abstenções.

A resolução "humanitária" sobre a Ucrânia elaborada pela Rússia foi vista por vários diplomatas como uma "hipocrisia", tendo em conta que foi a própria Rússia a causar "esta guerra ilegal", estando condenada ao "fracasso" devido à falta de apoio.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.