quarta-feira, 26 de março de 2025

Palestinianos manifestam-se pelo segundo dia em Gaza contra Hamas

© /AFP via Getty Images)  Lusa  26/03/2025

Milhares de palestinianos manifestaram-se hoje pelo segundo dia consecutivo em diferentes pontos da Faixa de Gaza, em protestos sem precedentes contra o regime do Hamas e pelo fim dos ataques israelitas, que já provocaram mais de 50.000 mortos.

"Basta, queremos o Hamas fora!", "Parem a guerra!", "Queremos as nossas vidas de volta!" ou "Queremos a nossa liberdade!" foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes, que protestaram em pelo menos dois pontos do norte do enclave, Beit Lahia e no bairro de Shujaiya, na cidade de Gaza, segundo a EFE.

As manifestações seguem-se aos protestos de terça-feira à tarde em diferentes pontos de Gaza, os primeiros em massa desde o início da guerra de Israel contra o Hamas, que governa "de facto" o enclave palestiniano num ambiente de repressão, e contra a guerra, o bloqueio israelita à ajuda humanitária e a pobreza crescente.

Na terça-feira, centenas de pessoas saíram à rua em Beit Lahia, no meio de edifícios destruídos pelos bombardeamentos israelitas, e na cidade de Khan Younis, no sul do país, seguindo os apelos de vários chefes de clãs.

"Hamas, parem a guerra e vão-se embora! Deixem o poder em Gaza a qualquer entidade que o assuma"", disse à EFE um manifestante na casa dos 30 anos, durante um protesto de cerca de uma centena de pessoas em Shujaiya, seguido de outro de milhares em Beit Lahia.

"Mataram os nossos filhos, destruíram as nossas casas, arruinaram as nossas vidas. Nós e os nossos filhos morremos de fome. Não aguentamos mais", continuou.

Tal como este jovem, outros criticaram o facto de a direção do Hamas estar na diáspora, no Qatar ou na Jordânia, quando são eles que pagam as consequências dos ataques de 07 de outubro de 2023, da ocupação e das guerras israelitas que o enclave tem sofrido desde 2008.

"Se os que estão no estrangeiro pensam que somos resistentes, não somos. Não contem connosco, não contem com a nossa resistência, não aguentamos mais a guerra. Acabem com a guerra e vão-se embora", apelou o mesmo jovem.

Outro jovem manifestante, segurando uma bandeira palestiniana, apelou ao fim da agressão israelita, depois de Israel ter quebrado o cessar-fogo há oito dias e ter recomeçado a bombardear Gaza, em ataques que já mataram mais de 800 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

"Apelamos a um cessar-fogo em Gaza. Queremos viver uma vida pacífica na Faixa de Gaza. O que sofremos já é suficiente e sofremos todos os dias. Todos os dias perdemos crianças e adultos, idosos e jovens", acrescentou o manifestante em Shujaiya.

No protesto em Beit Lahia, que reuniu mais de 2.000 pessoas, os manifestantes entoaram frases como "Queremos viver!" e "Hamas, vai, sai!", tendo alguns apelado à Jihad Islâmica para que fosse o primeiro grupo a abandonar Gaza.

Antes do protesto em Beit Lahia, uma área onde o exército de Israel pediu à população para a abandonar, mas onde permanecem centenas de habitantes de Gaza, os 'drones' israelitas estavam a efetuar ataques, mas quando o protesto começou deixaram de sobrevoar a área, segundo a EFE. 


Leia Também: Hamas convoca três dias de "revolta global" contra "crimes sionistas" 

NATO avisa Putin de que se atacar Polónia resposta será "devastadora"

© Dursun Aydemir/Anadolu via Getty Images  Lusa  26/03/2025

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, advertiu hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, de que a resposta da aliança de defesa ocidental a um ataque à Polónia ou a qualquer outro aliado será devastadora.

"Se alguém cometer um erro e pensar que pode escapar com um ataque à Polónia ou a qualquer outro aliado, será confrontado com toda a força desta aliança feroz", afirmou Rutte, ao lado do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

Numa declaração aos jornalistas durante a visita que está a efetuar à Polónia, Rutte insistiu que a reação NATO "será devastadora" se for atacada e fez questão de mencionar o nome do presidente da Rússia.

"Isto tem de ser muito claro para Vladimir Vladimirovich Putin e para qualquer pessoa que nos queira atacar", afirmou, segundo as agências espanhola Europa Press e francesa AFP.

Israel: O ministro da Defesa israelita aprovou hoje novos planos operacionais para prosseguir a guerra em Gaza contra o Hamas, ameaçando este movimento islamita palestiniano de que "pagará um preço cada vez maior" se não libertar os reféns israelitas que mantém.

© Reuters  Lusa  26/03/2025 

 Israel aprova novos planos para continuar guerra em Gaza contra Hamas

O ministro da Defesa israelita aprovou hoje novos planos operacionais para prosseguir a guerra em Gaza contra o Hamas, ameaçando este movimento islamita palestiniano de que "pagará um preço cada vez maior" se não libertar os reféns israelitas que mantém.

O ministro Israel Katz visitou hoje, com o vice-chefe do Estado-Maior General Tamir Yadai, a Divisão de Gaza do Exército israelita, onde aprovou os novos planos operacionais.

"O nosso principal objetivo é agora o regresso de todos os reféns a casa. Se o Hamas persistir na sua recusa, pagará um preço cada vez maior, com a ocupação de territórios e desmantelamento de operações terroristas e infraestruturas até ser completamente derrotado", disse Katz, de acordo com comunicado do seu gabinete.

O objectivo da visita, afirmou o ministro, foi "observar de perto os combates e a preparação das tropas israelitas no terreno, em preparação para o subsequente processo de tomada de decisões".

Na passada sexta-feira, Katz ordenou ao exército que tomasse mais território em Gaza e ameaçou o Hamas com a anexação da Faixa a Israel se o movimento islâmico não libertasse os reféns restantes, 59 entre vivos e mortos.

"Quanto mais o Hamas mantiver a sua rejeição, mais território perderá, que será anexado a Israel", disse na altura.  

O exército israelita quebrou há uma semana o cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, retomando os bombardeamentos e as incursões militares em Gaza, fazendo quase 800 mortos, de acordo com as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas.

O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) informou hoje que mais de 120.000 palestinianos foram deslocados pelos bombardeamentos israelitas desde o reatamento da guerra, e que estão em vigor ordens de evacuação para pelo menos mais 100.000 pessoas na parte norte do enclave.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023, que em poucas horas fez perto de 1.200 mortos, sobretudo civis.

Mais de 50.000 pessoas já morreram na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelita, segundo as autoridades de saúde do Hamas no enclave palestiniano.


Leia Também: Centenas de palestinianos manifestam-se contra Hamas no norte de Gaza

O drama das deportações na Mauritânia continua: promessas falham e guineenses sentem-se abandonados pelas autoridades

© Radio TV Bantaba  March 26, 2025

Como havíamos noticiado anteriormente, a situação dos imigrantes guineenses na Mauritânia continua crítica. Apesar das promessas das autoridades nacionais e mauritanas, pouco ou nada foi feito para resolver o problema.

Os guineenses foram informados de que quem possui cartão consular não será detido e que, ao ser abordado pelas autoridades, bastaria exibir o documento. No entanto, essa garantia não corresponde à realidade, pois muitos foram presos mesmo estando na posse do cartão consular.

“Precisamos de uma solução real e duradoura”, afirmou um imigrante num áudio.

Na realidade, os guineenses continuam a ser deportados e abandonados na fronteira entre a Mauritânia e o Senegal, muitas vezes sem qualquer tipo de assistência. Enquanto isso, as autoridades guineenses permanecem passivas, sem uma resposta concreta à crise que afeta os seus cidadãos.

Por outro lado, cidadãos mauritanos na Guiné-Bissau vivem tranquilamente e usufruem de estabilidade e privilégios, um contraste evidente face ao tratamento dispensado aos guineenses na Mauritânia.

A Rádio TV Bantaba recebeu áudios e vídeos que comprovam a continuidade das expulsões em condições desumanas. Testemunhos de deportados relatam que são transportados sem acesso a água e alimentos, sendo deixados à sua própria sorte em zonas fronteiriças.

Em entrevista exclusiva à RTB, alguns dos afetados apelaram às autoridades guineenses para tomarem medidas urgentes, seja intervindo diplomaticamente ou disponibilizando transportes para resgatar os compatriotas. A comunidade teme que a situação se agrave ainda mais após o fim do mês do Ramadão.

Até ao momento, o governo guineense não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, deixando os deportados sem respostas e sem qualquer assistência concreta.

Trump acusa países europeus de serem "aproveitadores"

SHAWN THEW / POOL   SIC Notícias com Lusa

"A União Europeia tem sido absolutamente horrível connosco", afirmou, esta terça-feira, Trump, repisando argumentos que tem usado em relação à NATO e aos gastos que os Estados Unidos fizeram para apoiar a Ucrânia.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou esta terça-feira que os países europeus são "aproveitadores" em relação a Washington, apoiando uma acusação feita inadvertidamente por altos funcionários da sua administração num grupo numa aplicação de mensagens.

"Sim, penso que são aproveitadores", disse Trump, questionado sobre a troca de mensagens dos principais membros da sua administração nas áreas de Defesa, Informações e Diplomacia, revelada na segunda-feira por um jornalista da revista The Atlantic, que foi incluído no grupo por engano.

"A União Europeia tem sido absolutamente horrível connosco", afirmou, esta terça-feira, Trump, repisando argumentos que tem usado em relação à NATO e aos gastos que os Estados Unidos fizeram para apoiar a Ucrânia.

Na conversa divulgada pela The Atlantic, o vice-Presidente JD Vance questiona se faria sentido um ataque dos Estados Unidos aos rebeldes Huthis iemenitas, em retaliação por ataques destes contra a navegação internacional, sustentando serem os europeus os mais afectados pela situação.

"Aproveitamento" militar europeu é "patético"

O secretário da Defesa, Pete Hegseth, respondeu à mensagem de Vance afirmando que só as forças norte-americanas têm capacidade para tal missão, sublinhando concordar com o vice-Presidente que o "aproveitamento" militar europeu é "patético" (escrevendo esta palavra em letras garrafais).  

Depois de na segunda-feira ter dito não ter conhecimento do incidente, várias horas depois de ser noticiado, Trump minimizou hoje o caso, apesar de no grupo terem sido partilhados planos precisos para um ataque militar contra os Huthis.

O Presidente norte-americano disse tratar-se de "uma pequena falha", a "única em dois meses" da sua Presidência, enquanto os democratas criticavam no Senado a administração norte-americana por lidar de forma descuidada com informações altamente sensíveis.

Em declarações à NBC News, Trump disse que o lapso "acabou por não ser grave" e manifestou o apoio contínuo ao conselheiro de segurança nacional Mike Waltz, que, por engano, adicionou o editor-chefe da The Atlantic ao grupo que incluía 18 altos funcionários da administração que discutiam o planeamento do ataque.

"Michael Waltz aprendeu uma lição e é um bom homem", disse Trump à NBC News.  

O Presidente dos Estados Unidos também pareceu apontar a culpa a um assessor de Waltz, não identificado, por Goldberg ter sido adicionado à cadeia.  

"Era uma das pessoas de Michael ao telefone. Um funcionário tinha o número dele lá", acrescentou.

Mike Waltz./ Jose Luis Magana

Mas a utilização da aplicação de mensagens Signal para discutir uma operação sensível expôs a Presidência a críticas ferozes por parte dos legisladores democratas, que expressaram indignação perante a insistência da Casa Branca e dos altos funcionários da administração de que não foi partilhada qualquer informação confidencial.  

"Tentativa de desviar a atenção" dos "sucessos" de Trump

Também esta terça-feira, a Casa Branca denunciou a existência de uma "tentativa coordenada de desviar a atenção" dos "sucessos" de Trump.

Entretanto, no Senado, funcionários dos serviços secretos norte-americanos negaram que tenham sido partilhados dados sensíveis no 'chat' do Signal onde estava Goldberg e em que se coordenava o ataque militar no Iémen.

O vice-presidente da Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o senador democrata Mark Warner, classificou o episódio como um exemplo de "comportamento negligente, descuidado e imprudente" que colocou vidas norte-americanas em risco e perguntou diretamente à diretora da Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, se participou no 'chat'.

Gabbard respondeu que "não vai entrar em pormenores", porque o que aconteceu "está a ser analisado", e insistiu que nada do que foi trocado na conversa era informação protegida, sublinhando a diferença entre fugas maliciosas e acidentais.

Por seu lado, o diretor da CIA, John Radcliffe, admitiu ter participado na conversa sob o acrónimo 'JR'.  


Leia Também: "Detesto ter de safar a Europa outra vez", "PATÉTICO": JD Vance e Pete Hegseth acabam de irritar ainda mais as capitais europeias

terça-feira, 25 de março de 2025

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de "manipular" e "distorcer" os acordos hoje anunciados pela mediação dos Estados Unidos para suspender ataques às infraestruturas energéticas e garantir a livre navegação no Mar Negro.

© Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images)  Lusa  25/03/2025 

 Zelensky acusa Rússia de "manipular" e "distorcer" acordos com EUA

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de "manipular" e "distorcer" os acordos hoje anunciados pela mediação dos Estados Unidos para suspender ataques às infraestruturas energéticas e garantir a livre navegação no Mar Negro.

"A Ucrânia está pronta para trabalhar o mais rápido e transparentemente possível para pôr fim à guerra. Mas, infelizmente, neste momento, hoje, no próprio dia das negociações, vemos como os russos já começaram a manipular", disse Zelensky no seu discurso noturno.

A Rússia, de acordo com Zelensky, está a "mentir" sobre a data de início - 18 de março - do cessar-fogo sobre os ataques às infraestruturas energéticas e sobre as condições relativas à livre navegação no Mar Negro, neste caso invocando como condição o fim das sanções impostas a Moscovo pela invasão da Ucrânia.

O presidente ucraniano observou que são "absolutamente claras" as declarações divulgadas pela Casa Branca após vários dias de reuniões separadas em Riade, capital da Arábia Saudita, entre os enviados dos EUA e da Ucrânia e entre os representantes de Washington e Moscovo.

"Já estão a tentar distorcer os acordos e enganar os nossos mediadores e todos os outros", acrescentou Zelensky, referindo-se à Rússia.

"Moscovo mente sempre", enfatizou o presidente ucraniano, que garantiu que o seu país se esforçará para garantir que os acordos funcionem e que não haja ataques, o que, na sua opinião, falta a Moscovo.

"Quero lembrar que, desde 11 de março, está em cima da mesa a proposta dos EUA para um cessar-fogo abrangente e incondicional - em todo o lado - não apenas em termos de energia e do Mar Negro. Foi a Rússia que se recusou a concordar com isto", disse Zelensky.

Os Estados Unidos anunciaram hoje um entendimento com as delegações ucraniana e russa para uma trégua dos combates no mar Negro, no âmbito das negociações na Arábia Saudita sobre o conflito na Ucrânia.

Os dois países concordaram "garantir a segurança da navegação, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares no mar Negro", afirmou a Casa Branca, que fez o anúncio do acordo com Kiev e Moscovo em declarações separadas.

Nos textos, Washington indicou também que as partes deram o acordo para "desenvolver medidas" com vista a proibir os ataques às instalações energéticas russas e ucranianas.

O Kremlin acrescentou posteriormente que o cessar-fogo nos ataques às infraestruturas energéticas discutido durante as negociações com os Estados Unidos, incluía refinarias, gasodutos e centrais elétricas.

Em relação à Rússia, os Estados Unidos comprometeram-se a ajudar a restaurar o acesso ao "mercado global de exportações agrícolas e de fertilizantes", bem como a facilitar o acesso aos portos e aos sistemas de pagamento destas transações.

Sobre a Ucrânia, a administração de Trump prometeu "ajudar a concretizar a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis e o regresso de crianças ucranianas transferidas à força" para território russo.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai acolher na quinta-feira uma reunião de líderes de 31 países "sobre a paz e a segurança na Ucrânia", na qual será discutida uma potencial força a destacar para o país, bem como a ajuda militar imediata e a longo prazo a Kyiv e ainda os esforços para alcançar um cessar-fogo permanente, anunciaram fontes do Palácio do Eliseu.

Macron vai encontrar-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Palácio do Eliseu na quarta-feira à tarde, para ambos se prepararem para a reunião no dia seguinte.

Em reação aos acordos hoje anunciados, a França entende que são "um passo na direção certa", mas ainda insuficientes para um "cessar-fogo duradouro" no conflito, segundo fontes da presidência francesa em videoconferência com os jornalistas.

As mesmas fontes indicaram que a França se opõe à exigência da Rússia de que as sanções às suas exportações agrícolas sejam suspensas como condição para a trégua, afirmando que a União Europeia não sancionou nem os envios de alimentos nem de fertilizantes, que estão, no entanto, a ser prejudicados pelos efeitos da guerra lançada por Moscovo em fevereiro de 2022.


Leia Também: A Rússia afastou hoje a possibilidade de a central nuclear de Zaporijia, situada na região sul da Ucrânia ocupada por Moscovo, ser devolvida a Kiev ou passar para o controlo dos Estados Unidos.


EUA: O presidente norte-americano, Donald Trump afirmou hoje que "gostaria muito" e sentir-se-ia "honrado" por cortar o financiamento da rádio e da televisão públicas do país, respetivamente a NPR e PBS, como fez com a Voz da América.

© Shawn Thew/EPA/Bloomberg via Getty Images  Lusa  25/03/2025

Trump diz que "seria uma honra" cortar financiamento à rádio e televisão

O presidente norte-americano, Donald Trump afirmou hoje que "gostaria muito" e sentir-se-ia "honrado" por cortar o financiamento da rádio e da televisão públicas do país, respetivamente a NPR e PBS, como fez com a Voz da América.

"Seria uma honra para mim pôr fim a isto", disse o presidente norte-americano aos jornalistas na Casa Branca, em referência a NPR e PBS, meios que qualificou de "muito injustos" e "muito tendenciosos".

"Neste momento, há muita cobertura" de media, e a NPR e PBS são "de uma época diferente", afirmou.

"É um desperdício de dinheiro", disse Trump, sublinhando que "adoraria" retirar o financiamento federal a ambos os meios, que também dependem de donativos.

A administração Trump começou a 15 de março a fazer cortes na rádio Voz da América (VOA) e noutros 'media' geridos pelo governo norte-americano.

Trump deu instruções à sua administração para reduzir as funções de várias agências ao mínimo exigido por lei, entre elas a Agência dos EUA para os 'Media' Globais, que abrange a Voz da América, a Rádio Europa Livre e Ásia e a Rádio Marti, que transmitia notícias em espanhol para Cuba.

"Pela primeira vez em 83 anos, a famosa Voz da América está a ser silenciada", afirmou o diretor da organização, Michael Abramowitz, num comunicado, acrescentando que "praticamente" toda a equipa, de 1.300 pessoas, foi colocada em licença.

Em conjunto, estes meios chegavam a cerca de 427 milhões de pessoas.

A sua origem remonta à Guerra Fria e fazem parte de uma rede de organizações financiadas pelo governo norte-americano que tenta ampliar a influência dos EUA e combater o autoritarismo, que inclui a USAID, outra agência visada por Trump.


Bielorrússia: O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que foi hoje empossado para um sétimo mandato consecutivo, garantiu às forças da oposição que não "terão apoio público" nem "futuro" no país.

© Lusa   25/03/2025 

Lukashenko empossado como presidente da Bielorrússia pela sétima vez

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que foi hoje empossado para um sétimo mandato consecutivo, garantiu às forças da oposição que não "terão apoio público" nem "futuro" no país.

"Não têm nem terão apoio público, não têm futuro. Temos mais democracia do que aqueles que se apresentam como modelos", declarou Lukashenko durante a cerimónia de tomada de posse no Palácio da Independência em Minsk, ao prestar juramento sobre a Constituição do seu país, que governa desde 1994 e que deverá liderar até 2030.

Milhares de apoiantes de Lukashenko assistiram hoje à cerimónia, durante a qual o Presidente denunciou os seus críticos como "fantoches estrangeiros".

"Metade do mundo está a sonhar com a nossa 'ditadura', a ditadura dos negócios reais e dos interesses do nosso povo (...) Temos tudo em ordem em termos de liberdade de imprensa e temos mais democracia do que aqueles que dizem defendê-la", sublinhou Lukashenko, de 70 anos.

"O vosso Presidente nunca vos abandonou e nunca vos abandonará, não vos trairá e não fugirá. Vocês são toda a minha vida. No dia 26 de janeiro [data das eleições], atravessámos mais uma etapa histórica, fizemo-lo com confiança e sabedoria, sem nos afastarmos do caminho que percorremos há um terço de século", frisou.

Centenas de pessoas manifestaram-se hoje no estrangeiro contra Lukashenko, que completou três décadas no poder o ano passado, e para assinalar o aniversário da curta independência da Bielorrússia em 1918, após o colapso do Império Russo.

Vários membros da oposição, que têm sido presos ou exilados no estrangeiro durante o regime de Lukashenko, numa tentativa de reprimir a dissidência e a liberdade de expressão, denunciaram a autenticidade das eleições.

"As eleições realizaram-se num contexto de uma profunda crise dos direitos humanos, numa atmosfera de medo total causada pela repressão contra a sociedade civil, os meios de comunicação social independentes, a oposição e a dissidência", denunciou o principal grupo de defesa dos direitos humanos do país, Viasna, em conjunto com 10 outros grupos bielorrussos de defesa dos direitos humanos, que condenaram a "manutenção ilegítima" de Lukashenko no poder.

A líder da oposição no exílio, Sviatlana Tsikhanouskaya, que fugiu da Bielorrússia depois de se ter candidatado contra Lukashenko em 2020, prometeu continuar a lutar pela liberdade do país.

"O nosso objetivo é libertarmo-nos da ocupação russa e com a tirania de Lukashenko e fazer regressar a Bielorrússia à família das nações europeias", declarou Tsikhanouskaya num discurso no parlamento lituano.

Às eleições presidenciais de 2020 seguiram-se meses de protestos maciços sem precedentes no país de nove milhões de habitantes, cuja repressão resultou na detenção de mais de 65.000 pessoas, no espancamento de milhares de manifestantes pela polícia e o encerramento e ilegalização dos meios de comunicação social independentes e das organizações não-governamentais (ONG).

Sobre estes protestos, Lukashenko disse que "não permitirá que a liberdade de expressão seja utilizada como um bastão para destruir o próprio país".

Após as eleições de 2020, as principais figuras da oposição foram presas ou fugiram do país. Ativistas dos direitos humanos afirmam que a Bielorrússia tem cerca de 1.300 presos políticos, incluindo o Prémio Nobel da Paz Ales Bialiatski, fundador do Viasna.

A Comissão Central de Eleições da Bielorrússia declarou Lukashenko como vencedor das eleições presidenciais de 26 de janeiro com cerca de 87% dos votos.

Lukashenko governa o país desde 1994, apoiado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no poder na Rússia há mais de 20 anos.

O Presidente da Bielorrússia permitiu a Moscovo utilizar o território do país para invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, mais tarde, albergou armas nucleares táticas da Rússia


O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou hoje que o Exército ucraniano está a destruir tudo, na sua retirada da região fronteiriça de Kursk, incluindo igrejas e muito património nacional.

© Contributor/Getty Images  Lusa  25/03/2025 

Putin acusa Exército ucraniano de destruir tudo na retirada de Kursk

O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou hoje que o Exército ucraniano está a destruir tudo, na sua retirada da região fronteiriça de Kursk, incluindo igrejas e muito património nacional.

"Infelizmente, depois de as nossas tropas, os nossos homens, expulsarem o inimigo dos colonatos, eles destroem alvos industriais e energéticos e centros culturais", disse Putin, durante uma sessão do Conselho Presidencial Russo para a Cultura e a Arte.

O presidente russo acrescentou que, mesmo após a retirada, as forças ucranianas "estão a atacar deliberadamente locais de património cultural e centros espirituais" nesta região, que esteve sob controlo militar ucraniano durante quase seis meses.

"Recentemente, os militares informaram-me que [os soldados ucranianos] colocaram várias dezenas de bombas numa das igrejas antes de fugirem da cidade", denunciou Putin, que apelou ao "planeamento antecipado para a reconstrução destes centros culturais".

O presidente russo reconheceu também a possibilidade de o Ministério da Defesa ordenar uma rotação de tropas na frente ucraniana, tendo em conta "as realidades no terreno".

"O Ministério da Defesa está a refletir sobre este assunto. Este é um tema muito delicado que nós, naturalmente, não esqueceremos. Mas basearemos a nossa análise nas realidades que estão a desenvolver-se nas linhas da frente", explicou o Presidente russo num evento em Moscovo, citado pela agência noticiosa TASS.

Putin reconheceu que a substituição das primeiras unidades enviadas para a zona de "operação militar especial" - eufemismo de Moscovo para a invasão da Ucrânia - é uma questão de preocupação para as autoridades, agora que já passaram mais de três anos desde o início da guerra.

Em relação aos cidadãos russos que foram mobilizados para a frente de combate, Putin admitiu que "tornaram-se agora verdadeiros soldados profissionais", no interior de unidades de combate "de pleno direito", que trabalham "como profissionais, ao lado dos seus colegas nas unidades militares profissionais".


Gaza: Uma manifestação contra o Hamas juntou hoje centenas de palestinianos no norte da Faixa de Gaza, que exigiram que o movimento islamita renuncie ao poder no enclave palestiniano e deponha as armas no conflito com Israel.

© -/AFP via Getty Images  Lusa  25/03/2025 

Centenas de palestinianos manifestam-se contra Hamas no norte de Gaza

Uma manifestação contra o Hamas juntou hoje centenas de palestinianos no norte da Faixa de Gaza, que exigiram que o movimento islamita renuncie ao poder no enclave palestiniano e deponha as armas no conflito com Israel.

"O povo quer que o Hamas saia" e "Parem a guerra" foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes que marcharam pelas ruas de Beit Lahia, repletas de edifícios danificados pelos combates e bombardeamentos israelitas, segundo vídeos do protesto nas redes sociais, verificados pela agência EFE.

No raro protesto, os manifestantes gritaram ainda "Fora Hamas" e "Hamas terrorista", disseram testemunhas à agência AFP.

Mohammed, um residente da cidade que participou no protesto, disse à EFE, por telefone, que a marcha invulgar foi espontânea e que os participantes expressaram a sua frustração relativamente à guerra com Israel.

"(Os manifestantes) exigiram o fim do Governo do Hamas e manifestaram o seu desejo de viver em paz", disse o palestiniano.

Acrescentou ainda que os habitantes da cidade criticaram a falta de abrigos para os ataques do exército israelita.

Mohammed disse que muitos residentes temem retaliações por parte do Hamas, mas mesmo assim saíram à rua devido ao cansaço provocado pelo conflito, e que nenhuma detenção foi feita pela organização islâmica, que governa Gaza há quase duas décadas.

"(Os manifestantes) não querem o actual governo, querem viver em segurança e proteção", explicou o residente em Gaza, que especificou que outra marcha recente contra o Hamas em Jabalia Al-Badad não aconteceu devido ao medo da organização islamita.

"Majdi", outro manifestante que evitou dar o seu nome verdadeiro, disse à AFP que "as pessoas estão cansadas" do conflito, que dura há 17 meses e devastou o pequeno território.

"Se a saída do Hamas do poder em Gaza é a solução, então porque é que o Hamas não deixa o poder para proteger o povo?", questionou.

Pelo menos uma convocatória para uma manifestação circulou na terça-feira na rede social Telegram, segundo a AFP.

A mesma fonte adianta que outras mensagens de origem desconhecida convocam protestos em vários locais da Faixa de Gaza na quarta-feira.

Israel desafia frequentemente os palestinianos em Gaza a rebelarem-se contra o movimento islâmico que tomou o poder no território em 2007, expulsando o movimento rival Fatah e não mais organizando eleições.

O protesto acontece uma semana depois de o exército israelita ter quebrado o cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, retomando os bombardeamentos e as incursões militares em Gaza, fazendo quase 800 mortos.

O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) informou hoje que mais de 120.000 palestinianos foram deslocados pelos bombardeamentos israelitas desde o reatamento da guerra, e que estão em vigor ordens de evacuação para pelo menos mais 100.000 pessoas na parte norte do enclave.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023, que fez mais de 1.200 mortos em poucas horas, na maioria civis.

O número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em outubro de 2023, superou no fim de semana os 50 mil, na sequência dos últimos bombardeamentos israelitas no enclave palestiniano, segundo dados fornecidos pelas autoridades locais, controladas pelo Hamas.


Leia Também: Israel alega que jornalista morto em Gaza era atirador do Hamas

O que era a espiral azul brilhante avistada em Portugal e noutros países europeus?

Uma imagem da estranha espiral azul nos céus da Noruega na segunda-feira, captada por um utilizador no X. © @Inferno_RL/X   Por  Euronews (Português)

Uma espiral azul brilhante foi avistada nos céus europeus na segunda-feira à noite, causando agitação nas redes sociais.

Os redemoinhos foram vistos em toda a Europa, com relatos de observações no Reino Unido, França, Noruega, Alemanha, Ucrânia, Dinamarca e Polónia. E, também, em Portugal, segundo imagens partilhadas pela página "Meteo Trás os Montes", no Facebook.

A espiral foi visível durante vários minutos antes de se desvanecer.

O fenómeno foi provavelmente causado pelo lançamento de um foguetão da SpaceX nos Estados Unidos, de acordo com o Met Office, a agência nacional de meteorologia e clima do Reino Unido.

“Os fumos de escape congelados do foguetão parecem estar a girar na atmosfera e a refletir a luz do sol, fazendo com que apareçam como uma espiral no céu”, informou, no X.

A empresa aeroespacial de Elon Musk referiu que um dos seus foguetões Falcon 9 descolou na segunda-feira da Florida, por volta das 13:50 locais (18:50 CET).

A organização disse que o lançamento foi realizado no âmbito de uma missão secreta do governo dos EUA sob a alçada do Escritório Nacional de Reconhecimento (National Reconnaissance Office) do país, algo que foi confirmado pelo Centro Espacial Kennedy no X.

Como se formaram as espirais?

Como o Falcon 9 é um foguetão reutilizável de duas fases, liberta a carga útil no espaço, como um satélite, antes de regressar à Terra.

No momento do regresso da primeira fase, ejeta os restos de combustível, que formam um padrão em espiral devido aos movimentos do foguetão - e que acabam por congelar, por causa da altitude.

A luz refletida no combustível congelado torna-o visível na Terra.

segunda-feira, 24 de março de 2025

União Europeia apresenta kit de emergência para a guerra. Objetivo é sobreviver três dias sem ajuda

Com água, alimentos, medicamentos, pilhas e baterias, a Comissão Europeia vai propor um kit de emergência que tem como objetivo ajudar à sobrevivência durante 72 horas sem ajuda externa.
Por Observador  25 mar. 2025

A Comissão Europeia vai apresentar, esta quarta-feira, um plano para prevenir as consequências da guerra e da crise climática. A Estratégia de Preparação da União apela a que os cidadãos europeus tenham em casa um kit de emergência que permita a sua sobrevivência durante 72 horas sem ajuda externa em caso de catástrofe.

Cada agregado familiar deve assim ter uma reserva mínima para três dias de bens essenciais como água, alimentos, medicamentos, pilhas e baterias elétricas. Estes deverão ser suficientes para reduzir a dependência imediata de ajuda externa em situações de ciberataques, pandemias ou consequências da crise climática.

Como refere o documento ao qual o El País teve acesso, de acordo com a Comissão Europeia, este abastecimento responde à ideia de que “o período inicial é o mais crítico” em qualquer crise. “Temos de preparar-nos para incidentes e crises intersetoriais de grande escala, incluindo a possibilidade de agressão armada, que afetem um ou mais Estados-Membros”, defendem as autoridades europeias no documento citado pelo jornal espanhol.

O plano insere-se numa estratégia mais ampla de preparar económica, militar e socialmente a UE para qualquer ameaça até 2030. Para além do kit, estão também previstos cursos especializados e exercícios conjuntos que visam a melhorar a capacidade de resposta dos cidadãos europeus. O projeto espera ainda criar uma plataforma digital que vai fornecer informações sobre os riscos e as opções disponíveis — como abrigos — em caso de crise. A UE tenciona igualmente coordenar as reservas estratégicas de produtos farmacêuticos, matérias-primas essenciais, energia e alimentos a nível europeu.

“Num contexto de aumento dos riscos naturais e de origem humana e de deterioração das perspetivas de segurança para a Europa, é urgente que a UE e os seus Estados-Membros reforcem a sua preparação”, afirmam os dirigentes, acrescentando que “a preparação e a capacidade de resistência da Europa face à violência armada poderão ser postas à prova no futuro”.

A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu sete toneladas de cocaína proveniente da América do Sul e deteve cinco suspeitos num submarino, a 500 milhas dos Açores.

Por  Agência Lusa

O diretor da PJ, Luís Neves, classificou a operação Nautilus como “um rude golpe numa organização criminosa”. 

Os suspeitos, com nacionalidades brasileira, colombiana e espanhola deverão ser presentes a um juiz de instrução criminal na quarta-feira, em Lisboa. A operação teve participação da Guardia Civil de Espanha, da Marinha, da Força Aérea e de outros organismos internacionais.  

De acordo com Luís Neves, o negócio que está na base de vários crimes, desde corrupção e branqueamento de capitais, a sequestros, raptos e mortes, pelo domínio de territórios. O diretor da PJ sublinhou que foi a primeira vez que se conseguiu concretizar uma operação destas, em pleno oceano, uma vez que os submarinos, equipados com tecnologia de pontos, são afundados para omitir a prova.

📷: Eduardo Costa e Miguel A. Lopes, Agência Lusa

#policia #droga #cocaina #crime #açores #portugal #espanha #europa

Governo e a Frente Social chegam a um acordam e, assinam Memorando de Entendimento que suspende a greve parcial nos sector da educação e saúde.

Julgamento do coronel Victor Tchongo volta a ser adiado "sine die" devido a um requerimento apresentado pelo coletivo de advogados que defende o antigo Comandante da Guarda Nacional (GN), detido há mais de um ano.

Por CFM - Rádio Notícias    24. 03. 2025 

A Noruega atualizou hoje as recomendações de viagem para os Estados Unidos, juntando-se a outros países europeus que pediram aos cidadãos para terem extremo cuidado.

 

Por  Lusa. 24/03/2025
Noruega junta-se a outros países europeus nos alertas de viagem para EUA

A Noruega atualizou hoje as recomendações de viagem para os Estados Unidos, juntando-se a outros países europeus que pediram aos cidadãos para terem extremo cuidado.

"O ESTA [Sistema Eletrónico para Autorização de Viagem] ou um visto não garantem a entrada no país. A decisão final é tomada pelas autoridades de imigração à chegada. As autoridades norueguesas não podem interferir nesta decisão", avisou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Noruega.

As autoridades norueguesas indicaram que, ao pedir um visto ou ESTA, apenas devem ser incluídos dois géneros: masculino ou feminino, uma vez que as autoridades norte-americanas apenas reconhecem o sexo que uma pessoa tinha à nascença.

Na quinta-feira, a Dinamarca atualizou também as recomendações e aconselhou os cidadãos que mudaram de género no passaporte, ou que se tenham registado como "X" ou género indeterminado, "a contactar a embaixada dos EUA antes de viajar" para obter esclarecimentos.

A Finlândia fez o mesmo no dia seguinte, referindo que os EUA emitiram uma ordem executiva a 24 de fevereiro, exigindo aos requerentes de visto de entrada no país para declarem o género tal como determinado à nascença.

A Alemanha tinha já feito este alerta aos cidadãos em fevereiro.

A juntar a isto, a diplomacia alemão avisou, na passada semana, que "ter antecedentes criminais nos EUA, informações falsas sobre o propósito da estada ou mesmo exceder minimamente a duração da estada" pode levar à detenção e deportação, na viagem de ida ou volta.

Com esta recomendação, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão reagia aos casos de pelo menos três cidadãos alemães noticiados nos meios de comunicação social.

Jessica Brosche, de 29 anos, de Berlim, foi detida durante seis semanas por entrar nos EUA vinda do México com os seus instrumentos de tatuagem, apesar de ter apenas um visto de turista.

Lucas Sielaff, de 25 anos, que estava de visita à namorada norte-americana, passou duas semanas detido devido a um erro de comunicação com um agente fronteiriço.

O terceiro caso é o da detenção de Fabian Schmidt, residente nos EUA desde 2007 e portador de um 'green card' (visto de trabalho temporário), cuja família alegou desconhecer o motivo da detenção.

Leia Também: Berlim revê recomendações de viagens para EUA após detenção de 3 cidadãos




A raiva é como um veneno que nós mesmos tomamos, esperando que o outro morra...

Por Chagua Rebbolar
 Uma cobra venenosa colidiu com um machado e fez uma leve ferida. Furiosa com isso, decidiu vingar-se, mas... Que mal pode uma cobra fazer a um machado? Exato, nenhum.

 A pobre cobra ficou ferida e começou a sangrar da boca. Ela estava cheia de ódio, sentia dor, mas sua sede de vingança era maior. Queria acabar com seu inimigo a todo custo, tentou mordê-la mais uma vez, tentando injetar todo seu veneno, mas sentiu uma dor insuportável. 

No entanto, ela não desistiu, embrulhou o machado para sufocá-la, mas à medida que apertava com mais força, mais fraco e dolorido se sentia. Apesar disso, a raiva deu-lhe forças para continuar, e em um ataque, apertou com todas as suas forças. 

No dia seguinte, quando o carpinteiro chegou e abriu a porta da sua oficina, encontrou uma cobra sem vida, enrolada em seu machado.  

É assim que acontece na vida, caros amigos: a raiva e o desejo de vingança podem nos levar a destruir a nós mesmos. Há uma frase de Buda que diz: "A raiva é como um veneno que nós mesmos tomamos, esperando que o outro morra. "Um ataque de raiva é como um incêndio. 

E o que você faz quando está em um? Vais embora, certo? Porque é a coisa mais inteligente. 

É por isso que quando estiveres zangado e sentires que a raiva te consome como um incêndio voraz, vá caminhar. Suba e desça as escadas quatro vezes ou mais, e verá a serenidade voltar para você. Isso não é brincadeira, um ataque de raiva duplica a chance de ter um ataque cardíaco. 

A raiva é terrível; há milhares de pessoas presas porque acabaram com o seu próximo em um ataque de raiva, e enquanto você lê isso, eles estão em uma prisão pagando a sua sentença ou pagando a sua raiva.

 Não seja como a cobra da história, não permita que a raiva te vença. Apague o fogo, afaste-se do ódio e busque a tranquilidade da sua alma e do seu coração. 

Interpol detém mais de 300 pessoas em África por cibercriminalidade

Por Lusa  24/03/2025
Mais de 300 pessoas foram detidas em sete países africanos e quase 2.000 aparelhos eletrónicos apreendidos, no âmbito de uma vasta operação internacional de luta contra a cibercriminalidade, anunciou hoje a organização internacional da polícia criminal (Interpol).

Mais de 300 pessoas foram detidas em sete países africanos e quase 2.000 aparelhos eletrónicos apreendidos, no âmbito de uma vasta operação internacional de luta contra a cibercriminalidade, anunciou hoje a organização internacional da polícia criminal (Interpol).

Realizada entre novembro e fevereiro com o nome de código 'Cartão Vermelho', a operação visou "as fraudes bancárias com aparelhos móveis, de investimento e de aplicações de mensagens", declarou em comunicado a Interpol, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Em quatro meses, as autoridades do Benim, da Nigéria, do Ruanda, do Togo, da Costa do Marfim, da África do Sul e da Zâmbia "detiveram 306 suspeitos e apreenderam 1.842 aparelhos", tendo descoberto fraudes que fizeram mais de 5.000 vítimas, segundo a Interpol.

Na Nigéria, a polícia deteve 130 pessoas, incluindo 113 estrangeiros, por suspeita de "fraude em casinos e investimentos 'online'".

De acordo com a Interpol, "os suspeitos, que convertiam os ganhos em ativos digitais para encobrir os seus rastos, eram recrutados em diferentes países para levar a cabo estas operações ilegais no maior número de línguas possível". Por outro lado, apontou que alguns dos suspeitos podem ter sido "vítimas de tráfico de seres humanos, coagidos ou forçados a participar em atividades criminosas".

Na África do Sul, foram apreendidos mais de mil cartões SIM e cerca de 50 computadores de secretária e estações de base "ligados a um sofisticado esquema de fraude".

A Interpol notou ainda, segundo a AFP, que as autoridades ruandesas detiveram 45 membros de uma rede cujos membros se faziam passar por empregados das telecomunicações ou familiares de pessoas lesadas para extrair informações das suas vítimas e aceder às suas contas bancárias.

Marcelo promulga lei que fixa 18 anos como idade mínima para casar

 Por Lusa 24/03/25

A idade mínima para um jovem poder casar-se em Portugal passou para 18 anos, agora que o Presidente da República promulgou o decreto da Assembleia da República que proíbe o casamento de menores.

Até agora, a idade mínima para contrair matrimónio estava nos 16 anos, sendo, no entanto, necessária a autorização dos pais no caso de os jovens terem entre 16 e 18 anos.

No final do mês de fevereiro, a Assembleia da República aumentou para os 18 anos a idade mínima para um jovem poder casar e retirou de vários artigos da legislação a referência à emancipação.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou hoje o decreto da Assembleia da República que proíbe o casamento de menores e inclui o casamento infantil, precoce ou forçado no conjunto das situações de perigo que legitimam a intervenção para promoção dos direitos e proteção da criança e do jovem em perigo, alterando o Código Civil, o Código do Registo Civil e a Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo.

O decreto foi votado em 20 de fevereiro, no parlamento, e foi aprovado com os votos contra do PSD, IL e CDS-PP e resulta dos projetos de lei do Bloco de Esquerda (BE) e partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), aprovados na generalidade em 31 de janeiro, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

O documento inclui uma norma transitória, que indica que "os casamentos de maiores de 16 anos e menores de 18 anos legalmente realizados até à entrada em vigor da presente lei, bem como a emancipação de menores deles decorrente, permanecem válidos e, até à maioridade de ambos os cônjuges, continuam a reger-se pelas normas alteradas ou revogadas pela presente lei".

No que toca à Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, o parlamento decidiu acrescentar o casamento infantil na lista de casos que preveem intervenção.

A lei concretiza que se entende por "casamento infantil, precoce ou forçado, ou união similar qualquer situação em que alguém com idade inferior a 18 anos viva com outrem em condições análogas às dos cônjuges, tenha ou não sido constrangido a tal união, independentemente da sua origem cultural, étnica ou de nacionalidade".

Portugal: Criminalidade violenta volta a subir em Portugal, número de violações é o mais alto da última década

Por SIC Notícias 24/03/2025

Entre os crimes violentos que mais subiram em Portugal no ano passado estão os roubos por esticão, roubo de viaturas e a residências, violações e assaltos a bancos.

Dados provisórios do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), referentes a 2024, concluem que a criminalidade violenta e grave voltou a subir em Portugal.

De acordo com o jornal Expresso, que cita o relatório, houve um "crescimento de quase 3 % deste tipo de crimes". As autoridades receberam mais de 14 mil participações deste crime.

Crimes violentos que mais subiram em Portugal no ano passado:

  • roubos por esticão;
  • roubo de viaturas;
  • roubo em edifícios comerciais e industriais;
  • roubo a residências;
  • violações;
  • assaltos a bancos ou outros estabelecimentos de crédito.

Em relação às violações, o número de 2024 é o mais alto da última década. Foram registadas 543 violações, mais 49 do que em 2023. Em quase metade dos casos, o agressor mantinha uma relação de proximidade com a vítima.

Crimes graves que mais desceram em 2024:

  • resistência e coação sobre funcionário;
  • ofensa à integridade física grave;
  • roubo na via pública (exceto por esticão);
  • roubos a bombas de gasolina.

A criminalidade violenta e grave tem vindo a aumentar progressivamente desde a pandemia de covid-19, ao contrário da criminalidade geral que registou uma descida. "O número total de participações criminais foi de quase 355 mil, menos cerca de 17 mil do que em 2023, o que corresponde a uma diminuição de mais de 5%", revela o semanário.



Plataforma Republicana NÔ KUMPO GUINÉ em Conferência de Imprensa

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Jornalistas do Burkina Faso detidos após denúncias sobre liberdade de expressão

Por Lusa 24/03/2025

Dois jornalistas do Burkina Faso foram hoje detidos em Ouagadougou e levados para destino desconhecido, após uma associação de que são membros denunciar atentados à liberdade de expressão, adiantou a entidade.

Desde o golpe de Estado de 2022, liderado pelo capitão Ibrahim Traoré, são numerosos os relatos de raptos de vozes consideradas hostis ao regime militar.

"Guézouma Sanogo, presidente da AJB (Associação de Jornalistas do Burkina Faso), e Boukari Ouoba, vice-presidente, acabam de ser levados por indivíduos que se dizem polícias dos serviços de informação (...) para destino desconhecido", denunciou esta manhã a associação na rede social Facebook.

Também nas redes sociais, os apoiantes da junta militar saudaram as detenções dos dois jornalistas.

Os dois foram detidos em Ouagadougou, no Centro Nacional de Imprensa Norbert Zongo.

Num congresso da AJB, na sexta-feira, Guézouma Sanogo denunciou publicamente o número crescente de "violações da liberdade de expressão e de imprensa", que "atingiram um nível sem precedentes" no país.

Outros jornalistas recordaram que sete dos seus colegas foram raptados em 2024, alguns dos quais ainda estão desaparecidos.

Na semana passada, o movimento político Sens (Servir e não Servir) denunciou o rapto de cinco dos seus membros, incluindo um jornalista, depois de a organização ter denunciado massacres de civis atribuídos ao exército burquinabê e aos seus auxiliares, sob o pretexto da luta contra o fundamentalismo islâmico.

As Organizações Não-Governamentais (ONG) internacionais Repórteres sem Fronteiras (RSF), Amnistia Internacional e Human Rights Watch (HRW) denunciaram vários destes raptos.

As três ONG denunciaram igualmente casos de "requisição": alistamento forçado nas forças de segurança para participar na linha da frente da luta contra os fundamentalistas islâmicos, graças a um decreto de mobilização publicado em 2023, que, segundo aquelas organizações, visa as vozes críticas do regime.

O Burkina Faso é governado desde setembro de 2022 por uma junta milita golpista.

O país está mergulhado há dez anos numa espiral de violência fundamentalista islâmica, que já fez mais de 26 mil mortos, entre civis e militares, segundo a ONG Acled, que regista as vítimas dos conflitos.