Por Lusa. 24/03/2025
Noruega junta-se a outros países europeus nos alertas de viagem para EUA
A Noruega atualizou hoje as recomendações de viagem para os Estados Unidos, juntando-se a outros países europeus que pediram aos cidadãos para terem extremo cuidado.
"O ESTA [Sistema Eletrónico para Autorização de Viagem] ou um visto não garantem a entrada no país. A decisão final é tomada pelas autoridades de imigração à chegada. As autoridades norueguesas não podem interferir nesta decisão", avisou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Noruega.
As autoridades norueguesas indicaram que, ao pedir um visto ou ESTA, apenas devem ser incluídos dois géneros: masculino ou feminino, uma vez que as autoridades norte-americanas apenas reconhecem o sexo que uma pessoa tinha à nascença.
Na quinta-feira, a Dinamarca atualizou também as recomendações e aconselhou os cidadãos que mudaram de género no passaporte, ou que se tenham registado como "X" ou género indeterminado, "a contactar a embaixada dos EUA antes de viajar" para obter esclarecimentos.
A Finlândia fez o mesmo no dia seguinte, referindo que os EUA emitiram uma ordem executiva a 24 de fevereiro, exigindo aos requerentes de visto de entrada no país para declarem o género tal como determinado à nascença.
A Alemanha tinha já feito este alerta aos cidadãos em fevereiro.
A juntar a isto, a diplomacia alemão avisou, na passada semana, que "ter antecedentes criminais nos EUA, informações falsas sobre o propósito da estada ou mesmo exceder minimamente a duração da estada" pode levar à detenção e deportação, na viagem de ida ou volta.
Com esta recomendação, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão reagia aos casos de pelo menos três cidadãos alemães noticiados nos meios de comunicação social.
Jessica Brosche, de 29 anos, de Berlim, foi detida durante seis semanas por entrar nos EUA vinda do México com os seus instrumentos de tatuagem, apesar de ter apenas um visto de turista.
Lucas Sielaff, de 25 anos, que estava de visita à namorada norte-americana, passou duas semanas detido devido a um erro de comunicação com um agente fronteiriço.
O terceiro caso é o da detenção de Fabian Schmidt, residente nos EUA desde 2007 e portador de um 'green card' (visto de trabalho temporário), cuja família alegou desconhecer o motivo da detenção.
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