quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Declarações de Guterres foram "suspiro de alívio" para partido Sinn Féin

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POR LUSA    26/10/23 

O partido irlandês Sinn Fein acolhe as declarações do secretário-geral da ONU sobre o conflito entre Israel e o Hamas com "um suspiro de alívio" e defende que a única solução é diplomática e política.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "falou realmente em nome do mundo quando fez uma avaliação muito precisa e muito equilibrada do que se passa no Médio Oriente", disse hoje a presidente do Sinn Féin, Mary Lou McDonald, que se encontra em Lisboa para contactos com partidos e o Governo português.

"Foi com um suspiro de alívio que ouvimos [as declarações de Guterres] porque finalmente o que precisava de ser dito foi dito e nós apoiamo-lo totalmente, inequivocamente, na sua afirmação e, francamente, no desempenho da sua função", afirmou a responsável do Sinn Féin (esquerda), único partido ativo em simultâneo na Irlanda e na Irlanda do Norte.

A posição do secretário-geral da ONU sobre o conflito -- em que condenou o ataque do grupo islamita Hamas, ocorrido em 07 de outubro, enquanto salientou que este "não veio do nada" -- foi recebida com indignação por Israel, que pediu a demissão de António Guterres e suspendeu os vistos para trabalhadores das Nações Unidas no país.

"Sabemos que há gerações que o povo palestiniano vê negado o seu direito à autodeterminação. Foi despojado. Suportaram a anexação das suas terras, o castigo coletivo e, francamente, suportaram coisas que consideraríamos inimagináveis no nosso próprio país. E penso que, durante muito tempo, não se pediu a Israel que aceitasse as suas próprias violações do direito internacional", considerou hoje Mary Lou McDonald, em declarações à imprensa internacional.

A presidente do Sinn Féin condenou o "horrível" ataque do Hamas -- considerado terrorista pela União Europeia, EUA e Israel -, que constituiu uma "violação do direito internacional", enquanto sustentou que "não há justificação para o bombardeamento contínuo de Gaza" por Telavive.

"Não se trata de ações defensivas, são ações ofensivas. E, a menos que a comunidade internacional siga agora o exemplo das Nações Unidas e do seu líder, estamos a criar mais um ciclo previsível e destrutivo de violência e sofrimento", sustentou.

Para o Sinn Féin, "não há resposta militar para este conflito, só há diplomacia, só há política e só há paz".

A responsável defendeu a necessidade imediata de travar os bombardeamentos.

"Chegou o momento de todos, pessoas de boa vontade a nível mundial, dizerem a uma só voz: 'Parem, parem agora, não [basta] uma pausa humanitária para que a ajuda chegue a Gaza e o massacre não possa recomeçar'", sublinhou.

Para Mary Lou McDonald, depois de pararem os combates, "a comunidade internacional e as partes envolvidas, o lado palestiniano e o lado israelita, precisam de formar um quadro diplomático viável e robusto" e trabalhar tendo como único princípio "o respeito e a aplicação do Direito internacional".

A política irlandesa criticou ainda a posição da União Europeia sobre o conflito.

"Penso que muitos europeus ficaram muito desanimados com a forma como a Comissão Europeia e a liderança do Parlamento Europeu foram vistas como partidárias e como estando a dar carta branca a Israel. Não é esse o caminho a seguir", lamentou, numa alusão à deslocação da presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, a Israel dias depois do ataque do Hamas, durante a qual não pediu às autoridades israelitas que respeitem o Direito internacional, motivando críticas.



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Ucrânia reclama 5 mil baixas russas nas batalhas de Avdiivka e Maryinka

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POR LUSA   26/10/23 

A Rússia perdeu cerca de cinco mil soldados nas últimas duas semanas junto às localidades de Avdiivka e Maryinka, no leste da Ucrânia, afirmaram hoje as forças ucranianas, indicando que alguns militares de Moscovo recusam-se a lutar.

"Desde 10 de outubro, o inimigo perdeu mais de cinco mil pessoas nos setores Avdiivka e Maryinka, entre mortos e feridos [em combate]. Também podemos dizer que o número de veículos blindados [russos perdidos] se aproxima de 400", disse o porta-voz das forças de defesa ucranianas, Oleksandr Stupun, citado pelo diário digital independente Euromaidan.

Stupun afirmou que as forças russas estão a tentar retirar e redistribuir reservas de outras áreas e dirigi-las para o setor de Avdiivka, na província de Donetsk, mas, em particular, os combatentes das unidades Storm-Z, referiu o porta-voz, recusam-se a lutar.

"O inimigo continua a empurrar a infantaria para a frente -- eles já não estão muito ansiosos para avançar -- estão a ser registados incidentes de recusa, particularmente por elementos da 'Storm-Z', e motins estão a começar em algumas unidades", descreveu Oleksandr Stupun que, no dia anterior, indicara que as investidas russas diminuíam à medida que se reagrupavam e tentavam progredir.

Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), com sede em Washington, e que monitoriza a evolução da situação militar na Ucrânia, as tropas russas continuavam a conduzir operações ofensivas perto de Avdiivka na quarta-feira e registaram avanços.

Nesse mesmo dia, foram divulgadas declarações do ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, durante uma inspeção a um posto de comando no leste da Ucrânia, afirmando que o seu exército está a esgotar as forças armadas ucranianas

"A situação atual mostra que o inimigo tem cada vez menos oportunidades. E estas continuarão a ser reduzidas graças aos seus excecionais esforços de combate", afirmou Shoigu aos soldados na região de Donetsk, segundo o Ministério da Defesa, que não indicou a data da visita do dirigente russo.

Forçado a uma série de retiradas no norte, nordeste e sul da Ucrânia em 2022, o exército russo concentrou-se na fortificação das linhas defensivas e resistiu aos esforços ucranianos para libertar os territórios ocupados desde junho.

A visita de Shoigu, a primeira desde agosto, ocorre quando Moscovo tenta a sua própria ofensiva e pretende conquistar a cidade de Avdiivka.

As autoridades ucranianas afirmaram na terça-feira que cerca de mil civis permaneciam em Avdiivka e ordenaram-lhes que abandonassem a cidade.

"Devido ao agravamento da situação, o número de pessoas dispostas a deixar Avdiivka e cidades próximas aumentou. É mortalmente perigoso permanecer lá, porque os foguetes russos destroem casas todos os dias e enterram civis sob os escombros", escreveu o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, na plataforma Telegram.

Também na terça-feira, Mykhailo Podolyak, conselheiro do Gabinete do Presidente da Ucrânia, disse que as forças ucranianas continuavam a resistir às fortes investidas russas na região de Donetsk e que a batalha de Avdiivka era decisiva.

"Houve muitas, mas penso que esta [Avdiivka] é uma das mais importantes. Na minha opinião, é a última tentativa da Rússia de tomar a iniciativa na frente", disse o conselheiro, em declarações à agência UNIAN.

A "defesa ativa", tal como definida pelo Presidente russo, Vladimir Putin, transformou-se numa ofensiva geral em Avdiivka, que até ao momento não conseguiu superar as fortificações construídas pelos ucranianos nos últimos oito anos.

A chegada do outono, acompanhada de chuva e humidade, dificulta o avanço das brigadas motorizadas, e facilita o trabalho defensivo dos ucranianos em Donetsk.

"Os combates em Avdiivka são extremamente difíceis. O número de vítimas do lado russo excede tudo o que se possa imaginar, assim como a quantidade de armas que estão a ser destruídas", observou Podolyak.

O chefe da administração militar ucraniana na área, Vitali Barabash, confirmou na terça-feira que "os russos estão a mobilizar grandes forças de infantaria e blindados".

"As perdas são brutais, mas isso não os impede. O assalto continua. Avançam como loucos, caem às dezenas e depois de um tempo voltam. São muitos", comentou.

Segundo o diário norte-americano The Wall Street Journal, os russos estão a cavar túneis de quase 100 metros de comprimento para evitar que sejam detetados.

No entanto, 'bloggers' militares russos admitem que os campos minados ucranianos são atualmente impenetráveis para as unidades russas.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).



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Hamas eleva balanço de mortos em Gaza para mais de 7 mil

© Lusa

POR LUSA   26/10/23 

O Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas, elevou hoje o número de mortos causados pelos bombardeamentos israelitas para 7.028, incluindo 2.913 crianças.

Segundo a mesma fonte, foram mortas 1.709 mulheres e ficaram feridas 18.484 pessoas.

A guerra entre Israel e o movimento islamita, que cumpre hoje o seu 20º dia, é a mais mortal desde a retirada unilateral de Israel deste pequeno território palestiniano em 2005, dois anos antes de o Hamas assumir o poder no enclave.

Na quarta-feira, o balanço do ministério do Hamas era de 6.546 palestinianos mortos, dos quais 2.704 crianças, 1.584 mulheres e 364 idosos, e 17.439 feridos.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque surpresa do grupo islamita no sul do território israelita em 07 de outubro, que as autoridades de Telavive dizem ter causado mais de 1.400 mortos e mais de uma centena de reféns.

Israel prometeu aniquilar o grupo islamita palestiniano e, desde então, tem bombardeado a Faixa de Gaza. Também impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.



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JAAC em conferencia de imprensa.



© Radio TV Bantaba 

Israelitas partilham vídeo da incursão com tanques em Gaza. Ora veja

© Reprodução - X (antigo Twitter) @idfonline

Notícias ao Minuto   26/10/23 

Forças de Defesa de Israel partilharam imagens da incursão, que serviu para preparar "as próximas fases do combate".

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) partilharam, esta quinta-feira, um vídeo da incursão com tanques que levou a cabo na faixa de Gaza, durante a madrugada.

"Durante a noite, as IDF conduziram um ataque direcionado usando tanques no norte da faixa de Gaza, como parte dos preparativos para as próximas fases do combate. Os soldados saíram da área no final da atividade", lê-se na mensagem dos militares israelitas publicada no X (antigo Twitter).

Telavive tem bombardeado fortemente a faixa de Gaza nas últimas duas semanas, após o ataque do Hamas perpetrado a 7 de outubro. Espera-se, agora, uma incursão terrestre das forças israelitas no território, que tem sido adiada, mas que se mantém iminente.

Pode espreitar o vídeo da incursão com tanques na galeria que acompanha esta notícia.👇



Leia Também:  A Rússia alertou hoje para a catastrófica situação humanitária na Faixa de Gaza, que atribuiu aos bombardeamentos israelitas, advertindo que pode piorar se Israel iniciar uma operação terrestre no enclave palestiniano.

Human Rights Watch e AI apelam à libertação de detidos no Níger

© Balima Boureima/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   26/10/23 

A Human Rights Watch e a Amnistia Internacional apelaram hoje à libertação imediata das pessoas detidas no Níger pelo regime militar após o golpe de 26 de julho, denunciando também a repressão contra jornalistas e opositores ao poder.

As autoridades nigerinas "deveriam libertar as pessoas detidas arbitrariamente", indicaram as duas Organizações Não Governamentais (ONG) em comunicado de imprensa.

O regime militar deve "fazer cumprir os direitos humanos e garantir a liberdade de imprensa", declarou a investigadora da Humans Rights Watch (HRW) Ilaria Allegrozzi, citada no texto.

As duas ONG recordam que desde o golpe de Estado, o Presidente Mohamed Bazoum está detido na sua residência presidencial com a sua mulher e filho e que vários ministros do regime estão em diferentes prisões do país.

A Amnistia Internacional e a Human Rights Watch "consideram as suas detenções arbitrárias porque têm motivações políticas".

As ONG afirmam também que "as autoridades ameaçaram, assediaram, intimidaram e prenderam arbitrariamente jornalistas, jovens e suspeitos de opositores políticos, bem como pessoas que expressavam opiniões críticas".

Os jornalistas regionais e internacionais no Níger "estão sob pressão crescente no exercício das suas atividades", sublinham, acrescentando que "têm sido ameaçados, assediados verbalmente 'online' e atacados fisicamente".

As duas organizações mencionam, por exemplo, o caso da jornalista nigeriana Samira Sabou, detida em 30 de setembro e acusada nomeadamente de "produção e divulgação de dados suscetíveis de perturbar a ordem pública", depois libertada provisoriamente em 11 de outubro.

Denunciam também a suspensão da transmissão da Radio France Internationale (RFI) e da France 24, ordenada pelas autoridades militares no início de agosto.

As ONG denunciam ainda violência física cometida por apoiantes do regime nas ruas de Niamey.



Leia Também: UE aprova legislação para aplicar sanções a pessoas e entidades do Níger

Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira sanções a vários territórios, entre os quais Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial, por falhas na luta contra o tráfico humano.

© Lusa

 POR LUSA   26/10/23 

 EUA impõem sanções a Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial

Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira sanções a vários territórios, entre os quais Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial, por falhas na luta contra o tráfico humano.

As sanções por incumprimento com os padrões da Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico Humano entram em vigor no próximo ano, de acordo com um decreto assinado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, datado de 29 de setembro.

As sanções dos Estados Unidos a estes três territórios aplicam-se à "ajuda não humanitária e não relacionada com o comércio", sendo que no caso de Macau as autoridades norte-americanas também não permitem financiamento para a participação em programas de intercâmbio educativo e cultural, a não ser que promova a luta contra o tráfico de pessoas ou seja do interesse nacional norte-americano.

Em todos os casos, determina-se que as sanções vão vigorar até que esses governos cumpram as normas mínimas (...) ou envidem esforços significativos", pode ler-se no decreto que inclui Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, países-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e Macau, antigo território administrado por Portugal.

No caso de Macau, Joe Biden deu ainda instruções aos responsáveis norte-americanos nos bancos de desenvolvimento e no Fundo Monetário Internacional (FMI) a "votar contra e a envidar todos os esforços para recusar qualquer empréstimo ou outra utilização dos fundos da respetiva instituição".

A determinação, contudo, elenca exceções.

Por um lado, quando estiver em causa ajuda humanitária ou relacionada com o comércio, bem como à assistência ao desenvolvimento que responda diretamente às necessidades humanas básicas, desde que não seja administrada ou beneficie o governo de Macau.

Por outro, quando essa ajuda possuir, também aqui, potencial para promover a luta contra o tráfico humano ou for do interesse nacional dos Estados Unidos.

Há igualmente ressalvas quanto às sanções aplicadas à Guiné-Bissau e à Guiné Equatorial, desde que beneficiem o combate ao tráfico de pessoas ou o interesse nacional dos EUA, determinando-se exceções em programas que vão desde treino e formação militar, operações de manutenção de paz, de ajuda ao desenvolvimento e ligados à promoção de saúde.

Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial encontram-se na 'lista negra' dos EUA de países com medidas insuficientes para travar o tráfico de pessoas, situando-se no nível três, numa avaliação em que o nível quatro é o mais baixo.

Os EUA calculam que cerca de 27 milhões de pessoas no mundo são vítimas de tráfico humano e trabalhos forçados, um fenómeno que atinge sobretudo mulheres, pessoas da comunidade LGBT (sigla para lésbicas, 'gays', bissexuais e transgénero) e minorias étnicas e religiosas.


Leia Também: União Africana pede fim das sanções da UE ao Zimbabué

José Pedro Sambu, tomou decisão suspender das suas funções o Vice-presidente do órgão, Lima André, e outros três juízes, citando alegações de usurpação de competências e insubordinação.



Audio: RDP ÁFRICA

 Radio TV Bantaba

Exército israelita efetua "operações direcionadas" em Gaza

© Reuters

POR LUSA   26/10/23 

Israel efetuou "operações direcionadas" com tanques no norte da Faixa de Gaza, na noite de quarta-feira, informou hoje o exército israelita.

"Durante a noite, o exército efetuou uma operação dirigida com tanques no norte da Faixa de Gaza, no âmbito dos preparativos para as próximas etapas da batalha", de acordo com um comunicado do porta-voz militar.

Os soldados "abandonaram a zona" no final da operação, acrescentou.

Em 07 de outubro, o movimento islamita Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.


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Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos condenaram hoje o suposto fornecimento de armas e munições pela Coreia do Norte à Rússia, as quais seriam usadas na guerra contra a Ucrânia, e do qual disseram ter provas.

© iStock

POR LUSA    26/10/23 

 Seul, Tóquio e Washington condenam fornecimento de armas a Moscovo

Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos condenaram hoje o suposto fornecimento de armas e munições pela Coreia do Norte à Rússia, as quais seriam usadas na guerra contra a Ucrânia, e do qual disseram ter provas.

"Estas entregas de armas, várias das quais confirmámos agora terem sido concluídas, vão aumentar significativamente o custo humano da guerra de agressão da Rússia", afirmaram os três países numa declaração conjunta assinada pelos três ministros dos Negócios Estrangeiros e divulgada pela diplomacia sul-coreana.

Os chefes das diplomacias de Seul, Tóquio e Washington afirmaram que vão continuar a trabalhar em conjunto "para expor as tentativas da Rússia de adquirir equipamento militar da RPDC", ou República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos têm vindo a acusar o Norte deste alegado fornecimento de armamento à Rússia, que se terá intensificado após a recente cimeira entre os líderes dos dois territórios, em setembro, e em troca do qual Pyongyang terá procurado assistência militar para melhorar as próprias capacidades de combate.

A Casa Branca afirmou anteriormente que a Coreia do Norte enviou numerosos contentores de equipamento militar e munições para a Rússia, por comboio e navio, para serem utilizados na guerra na Ucrânia, algumas das quais terão sido captadas em imagens de satélite.

"Estamos a acompanhar de perto qualquer material que a Rússia forneça à RPDC para apoiar objetivos militares", acrescentaram os três aliados na mesma declaração, na qual sublinharam que qualquer troca de armas com Pyongyang deve ser impedida, uma vez que viola as sanções da ONU.

A Coreia do Sul, o Japão e os EUA lembraram que a Rússia votou a favor de tais resoluções e afirmaram estar "profundamente preocupados" com a possibilidade de qualquer transferência de tecnologia nuclear ou de mísseis balísticos.

"Tais transferências comprometeriam os atuais esforços da comunidade internacional para manter as tecnologias sensíveis fora das mãos de atores que trabalham para desestabilizar a segurança regional, ameaçar a paz e a estabilidade na península coreana e em todo o mundo", afirmaram, na declaração.



Leia Também: As autoridades ucranianas vão retirar as crianças do distrito de Kupiansk, na linha de frente da província de Kharkiv, no nordeste do país, onde as forças russas têm realizado diariamente intensos ataques para recuperar o território.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITA SEDE DA CPLP


O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, visitou a sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde foi recebido em sessão solene pelo Secretário Executivo, Zacarias da Costa, e pelos Representantes Permanentes dos Estados-Membros junto da CPLP.

Na ocasião, o Chefe de Estado declarou: "A Guiné-Bissau já está pronta para assumir a presidência da CPLP a partir de 2025".  Realçou ainda que a Guiné-Bissau "tem objetivos" para a organização que fazem parte do "objetivo comum de reforçar" a comunidade".🇬🇼🇵🇹

Segundo dia da visita de estado do Presidente da República, General Umaro Sissoco Embalo a Portugal. A primeira de um chefe de estado da Guiné-Bissau a Portugal após 50 anos da independência do país.☝  

Presidência da República da Guiné-Bissau  /  Radio Voz Do Povo    25.10.23


Guterres é "o mais fraco" líder que ONU já teve, diz diplomata israelita

© MATT CARASELLA/Patrick McMullan via Getty Images

Notícias ao Minuto   25/10/23 

Há mais vozes a pedir a demissão do secretário-geral da ONU após a polémica em torno das suas declarações no Conselho de Segurança.

Dan Gillerman, antigo embaixador de Israel nas Nações Unidas, reiterou, esta quarta-feira, as críticas do país a António Guterres. O diplomata defendeu que é hora de o secretário-geral da ONU "ir embora" e considerou que o português foi,  "possivelmente", o "mais fraco" líder que a organização "já teve".

Esta posição foi partilhada em declarações à Sky News. Gillerman comentou ainda as explicações dadas por Guterres no dia de hoje, após a polémica espoletada pelo seu discurso na terça-feira, e considerou que estas chegaram "tarde demais".

"O que ele disse ontem foi muito, muito claro. Numa declaração totalmente ridícula e ultrajante, ele realmente justificou as ações daqueles horríveis assassinos do Hamas", atirou.

"Acho que Guterres é possivelmente o secretário-geral mais fraco e mais baixo que a ONU já teve e depois de uma declaração como esta, é hora de partir", defendeu ainda.

Na terça-feira, na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, numa intervenção em inglês, António Guterres considerou que "é importante também reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram num vácuo", acrescentando que "o povo palestiniano tem sido submetido a 56 anos de ocupação sufocante".

António Guterres defendeu que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os ataques terríveis do Hamas", assim como "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".

No início da sua intervenção, o secretário-geral da ONU referiu que condena "inequivocamente os atos de terror horríveis e sem precedentes do Hamas em Israel" e disse que "nada pode justificar a morte, os ferimentos e o rapto deliberados de civis - ou o lançamento de foguetes contra alvos civis".

Na mesma reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, acusou António Guterres de estar desligado da realidade e de mostrar compreensão pelo ataque do Hamas de 7 de outubro com um "discurso chocante".

Na rede social X, o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão imediata de António Guterres das funções de secretário-geral desta organização e, hoje, anunciou a decisão de Israel de não conceder vistos a representantes da ONU, numa entrevista à Rádio do Exército israelita.

Nesta sequência, António Guterres acabou por se manifestar "chocado com as interpretações erradas" das declarações que fez na terça-feira e negou ter justificado os atos de terror do Hamas.



Leia Também: "Absurdo". Governo e (quase todos os) partidos saem em defesa de Guterres


Leia Também: Um projeto de resolução norte-americano sobre a recente escalada de violência em Israel e na Faixa de Gaza e a subsequente crise humanitária em Gaza foi hoje rejeitado pelo Conselho de Segurança da ONU com vetos russo e chinês.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Blues & Outros Tons assinalam aniversário na UCCLA - 3 de Novembro de 2023

 Blues & Outros Tons assinalam aniversário na UCCLA

Vai decorrer, dia 3 de novembro, às 19h30, no auditório da UCCLA, o concerto do 5.º aniversário do grupo português Blues & Outros Tons, que terá como convidado Daniel Raleira. Será uma noite especial, com música muito diversificada, desde pop, rock, blues e outras músicas portuguesas.

Os bilhetes têm o valor de 12€. As reservas deverão ser enviadas para o email anabela.simao@uccla.pt e o pagamento deverá ser feito por MBWay para o número 917601820.

Blues & Outros Tons:

Para os Blues & Outros Tons fazer música é quase tão vital quanto respirar. E quando a partilham com o público então é pulsar na mesma sintonia, no mesmo tom, na mesma harmonia. Procuram repartir com quem os ouve a arte de combinar notas, vozes, sons e ritmos. A música do grupo procura abertamente a diversidade, as cores, os géneros. E cria emoção. Uma arte que transcende a linguagem direta: entra no ouvido, vai para o coração e manifesta-se na alma. A pele arrepia-se. O coração acelera. Composição do grupo: Inês Martins (voz), João Olias (teclas e voz), Mariana Amaro (voz), Paulo Amaro (baixo), Paulo Carreira (guitarra e voz), Rui Moreira de Sá (bateria) e Tomás Aragão (voz).

Páginas online do grupo:

https://www.facebook.com/blueseoutrostons

https://www.instagram.com/bluesoutros

https://www.youtube.com/channel/UCOkaK6KG-KMVR2W3BvNgLCg

https://www.tiktok.com/@blueseoutrostons

Com os melhores cumprimentos,

Fonte: Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

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Correspondente da Al Jazeera em Gaza perde a família em ataque israelita... "Sabíamos que a ocupação israelita não nos deixaria sem punir-nos", reagiu o jornalista.

© MAJDI FATHI/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto    25/10/23 

Um correspondente da Al Jazeera na Faixa de Gaza perdeu a família na sequência de um ataque israelista.

Mohamed Moawad, editor da Al Jazeera, revelou, através da rede social X (antigo Twitter), que o jornalista Wael Dahdouh perdeu a esposa e os dois filhos - uma rapariga e um rapaz. O correspondente foi informado da morte da família enquanto cobria "os ataques ininterruptos" de Israel a Gaza.

A família terá perdido a vida num ataque que atingiu um abrigo para onde tinham fugido para se proteger.

Ao partilhar a triste notícia, Mohamed Moawad partilhou um vídeo, na qual é possível ver o jornalista a deixar o hospital para onde foram levados os seus familiares.

Já em declarações à Al Jazeera, Wael Dahdouh explicou que a família foi atacada no sul da Faixa de Gaza, para onde viajaram após a ordem de Israel para evacuar o norte do enclave. 

"O que aconteceu está claro; faz parte do contínuo ataque às mulheres e crianças em Gaza. Eu estava apenas a informar sobre os ataques israelitas que atingiram a área de Nuseirat", disse. "Sabíamos que a ocupação israelita não nos deixaria sem punir-nos. Eles estão a vingar-se das crianças. Mas as nossas lágrimas são humanas, não por cobardia", acrescentou.

As agências internacional têm estado também a divulgar várias imagens que mostram o jornalista a identificar e a abraçar os corpos dos seus entes queridos, que o Notícias ao Minuto optou por não partilhar devido à violência.

Telavive condena defesa do grupo Hamas pelo presidente turco

© Lusa

POR LUSA   25/10/23 

Israel condenou hoje as declarações do Presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan, que assegurou que o grupo islamita Hamas "não é uma organização terrorista", mas sim um "grupo de combatentes da libertação".

"O Hamas é uma organização terrorista desprezível, pior que o Estado Islâmico, que assassina brutal e intencionalmente bebés, crianças, mulheres e idosos" e que "toma civis como reféns e usa o seu próprio povo como escudo humano", reagiu Lior Haiat, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.

Haiat criticou ainda "a tentativa do Presidente turco de defender a organização terrorista" e sublinhou que "as suas palavras incitantes não mudarão os horrores que o mundo inteiro viu e o facto inequívoco de que o Hamas é igual ao Estado Islâmico".

Militantes do grupo Hamas lançaram um ataque surpresa a Israel em 07 de outubro que resultou na morte de mais de 1.400 pessoas, em massacres em território israelita perto de Gaza, e no rapto de mais de 200.

Este ataque -- o pior em número de mortes na história de Israel -- espoletou a guerra entre o Exército israelita e as milícias palestinianas em Gaza, que já dura há 19 dias, enquanto os bombardeamentos continuam no enclave, causando a morte de mais de 6.500 pessoas e mais de 17.000 feridos.

No entanto, Erdogan -- conhecido pela sua retórica pró-palestiniana que no passado o afastou de Israel -- disse hoje que, embora o mundo ocidental seja contra o Hamas, o grupo islamita "luta para proteger a sua terra e os seus cidadãos".

Erdogan acusou Israel de "matar crianças" em Gaza através de bombardeamentos, e garantiu que cancelou a visita que planeava fazer a este país depois de se ter reunido no mês passado com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, nos Estados Unidos, como parte do esforço para aprofundar contactos entre os dois países, após o restabelecimento das relações diplomáticas plenas em 2022.

"Netanyahu abusou da nossa boa vontade", declarou hoje Erdogan, apelando a um "cessar-fogo imediato" em Gaza e à abertura urgente de "um corredor humanitário" para os feridos no enclave.

O Presidente turco reiterou o compromisso da Turquia com a causa palestiniana e lembrou que a Turquia enviou até agora oito aviões com ajuda humanitária para o Egito, para serem enviados para Gaza.



Leia Também: Presidente turco define Hamas como um grupo de libertação


Leia Também: O exército israelita e as milícias do sul do Líbano protagonizaram hoje novas hostilidades na fronteira, com trocas de tiros que incluíram disparos de foguetes e de pelo menos um míssil antitanque contra Israel.

𝗠𝗔𝗜𝗦 𝗗𝗘 𝟮𝟬 𝗔𝗚𝗘𝗡𝗧𝗘𝗦 𝗣𝗢𝗟𝗜𝗖𝗜𝗔𝗜𝗦 𝗣𝗥𝗘𝗦𝗢𝗦 𝗡𝗢 𝗖𝗔𝗦𝗢 𝗗𝗘 𝗘𝗦𝗣𝗔𝗡𝗖𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢 𝗔𝗧É 𝗔 𝗠𝗢𝗥𝗧𝗘 𝗗𝗘 𝗨𝗠 𝗝𝗢𝗩𝗘𝗠 𝗘𝗠 𝗕𝗜𝗦𝗦𝗔𝗨

Por Rádio Jovem Bissau

O Ministério Público deteve esta terça-feira (24.10.2023), mais 20 agentes policias supostamente envolvidos no espancamento até a morte de um jovem de 18 anos no passado dia 30 do mês Setembro.

Segundo informações do Ministério Público, a detenção foi graças à Ministra do Interior em resposta à um pedido de colaboração institucional feito pelo magistrado titular do processo.

Os detidos aguardam a legalização das respectivas prisões preventivas solicitadas pelo Ministério Público para posterior termos processuais.

Tratam-se de 22 agentes todos  afetos à Sétima Esquadra do Bairro de Plack 2 em Bissau, suspeitos de cometimento de crimes de Atos Contra Liberdade Humana e de Homicídio.

Foto: arquivo

JANTAR OFICIAL EM HONRA DO PRESIDENTE DA REPUBLICA DA GUINÉ-BISSAU

O Presidente da República  Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, ofereceu um jantar, no Palácio da Cidadela de Cascais, em honra do Presidente, Umaro Sissoco Embaló, por ocasião da Visita de Estado que está a realizar a Portugal.🇬🇼🇵🇹

 Presidência da República da Guiné-Bissau   25.10.23

Guterres nega ter justificado terror do Hamas. "É falso. Foi o oposto"

© Lusa

Notícias ao Minuto   25/10/23 

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou-se hoje "chocado com as interpretações erradas" das declarações que fez na terça-feira no Conselho de Segurança e negou ter justificado os atos de terror do Hamas.

"Isto é falso. Foi o oposto", garantiu o ex-primeiro-ministro português.

"No início da minha intervenção de ontem (terça-feira), afirmei claramente -- e passo a citar: 'Condenei inequivocamente os horríveis e sem precedentes atos de terror de 7 de outubro cometidos pelo Hamas em Israel. Nada pode justificar o assassinato, o ataque e o rapto deliberados de civis -- ou o lançamento de foguetes contra alvos civis'", disse, repetindo parte do discurso que fez anteriormente no Conselho.

Guterres admitiu que falou das queixas do povo palestiniano, mas salientou que ao fazê-lo, também afirmou: "'Mas as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas'".

António Guterres afirmou na terça-feira, perante o Conselho de Segurança da ONU, que os ataques do Hamas "não vêm do nada" e lembrou que os palestinianos foram "sujeitos a 56 anos de ocupação sufocante", declarações que levaram o Governo israelita a pedir a demissão imediata do líder da ONU.


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PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITA A FUNDAÇÃO CHAMPALIMAUD EM LISBOA

 Presidência da República da Guiné-Bissau   25.10.23

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, visitou as instalações da Fundação Champalimaud, em Lisboa,  numa visita guiada pela Presidente da Instituição, Dra. Leonor Beleza.

Na ocasião, o Chefe de Estado guineense congratulou “todos os que souberam concretizar um sonho que ajudou – e ajuda – milhões de seres humanos em todo o mundo,  demonstrando estar à altura do sonho visionário de um português de excepção, António Champalimaud. “🇵🇹🇬🇼

RÚSSIA: Parlamento russo aprova saída do tratado que proíbe testes nucleares

© MIKHAIL METZEL/POOL/AFP via Getty Images)

POR LUSA    25/10/23 

A câmara alta do parlamento russo aprovou hoje a rescisão do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, faltando apenas a aprovação final do presidente para a Rússia abandonar o acordo ratificado em 2000.

A votação foi feita na sequência do anúncio avançado por Vladimir Putin no início deste mês, quando afirmou que Moscovo poderia revogar a sua decisão de ratificar o acordo para espelhar a posição assumida pelos EUA, que assinaram mas não ratificaram a proibição dos testes nucleares.

Assinado em 24 de setembro de 1996, o tratado -- conhecido como CTBT - é um dos últimos acordos internacionais sobre armamento que a Rússia ainda considera vinculativo.

Em conjunto, a Rússia e os Estados Unidos têm 90% de todas as ogivas nucleares do mundo.

O CTBT proíbe todas as explosões nucleares em qualquer parte do mundo, mas o tratado nunca foi totalmente implementado, já que não foi ratificado nem pelos EUA, nem pela China, Índia, Paquistão, Coreia do Norte, Israel, Irão ou Egito.

A decisão russa tem causado preocupações aos países ocidentais, que receiam que Moscovo possa retomar os testes nucleares para tentar desencorajar o Ocidente de continuar a dar apoio militar à Ucrânia.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, garantiu, no início deste mês, que Moscovo continuará a respeitar a proibição e só retomará os testes nucleares se Washington o fizer primeiro.

Ryabkov adiantou hoje que o seu ministério recebeu propostas dos EUA para retomar um diálogo sobre estabilidade estratégica e questões de controlo de armas, considerando, no entanto, que isso é impossível no atual ambiente político.

"Não estamos preparados para isso porque o regresso a um diálogo sobre estabilidade estratégica... tal como foi conduzido no passado é impossível até que os EUA revejam o seu curso político profundamente hostil em relação à Rússia", disse Ryabkov, citado pelas agências de notícias russas.


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Guiné-Bissau "está pronto" para assumir presidência da CPLP, diz PR

© Getty Images

POR LUSA   25/10/23 

O Presidente da República da Guiné-Bissau disse hoje, em Lisboa, que o país "está pronto" para assumir a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2025, e tem objetivos no que respeita a livre circulação.

Umaro Sissoco Embaló fez a afirmação durante a visita que fez esta manhã à sede da CPLP, onde foi recebido, em sessão solene, pelo Secretário Executivo da organização, Zacarias da Costa, e pelos representantes permanentes dos nove Estados-Membros.

"A Guiné-Bissau já está pronta para assumir a presidência [da CPLP] a partir de 2025", afirmou o chefe de Estado guineense durante aquela que é a sua segunda visita como Presidente à sede da organização.

Sissoco Embaló realçou que o seu país "tem objetivos" para a organização que fazem parte do "objetivo comum de reforçar" a comunidade, "não só no que diz respeito à livre circulação", mas também "às culturas".

A CPLP, realçou, é a "única organização que está nos quatro cantos do mundo" e com os seus Estados-membros a integrarem várias organizações, salientando que "não podia" fazer a visita oficial, que está a realizar, de dois dias, a Portugal "sem testemunhar" que a Guiné-Bissau é um dos nove Estados-membros desta comunidade lusófona.

O secretário executivo da comunidade, por seu lado, considerou esta segunda visita, depois da de 2020, reveladora "do empenho" do chefe de Estado e da Guiné-Bissau na organização e "um sinal do compromisso [da Guiné-Bissau], que, como sabem, saiu reforçado pela disponibilidade expressa para acolher a próxima cimeira da CPLP, em 2025, conforme foi anunciado no passado mês de agosto na cimeira de São Tomé".

Zacarias da Costa afirmou ainda que aquele país "vai continuar a desempenhar um papel ativo e preponderante na consolidação" da organização CPLP.

A Guiné-Bissau vai suceder a São Tomé e Príncipe na presidência rotativa da CPLP, lugar que deverá assumir na próxima cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que decorre em 2025.

O Presidente da Guiné-Bissau, condecorado na terça-feira por Marcelo Rebelo de Sousa com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, disse na altura que é um homem do povo, um disciplinador, e não um ditador" e salientou que conseguiu reposicionar o seu país no "concerto das nações".

Nas declarações aos jornalistas em Belém, o presidente da Guiné-Bissau afirmou que a sua prioridade em termos de política externa é a relação com Portugal, considerando que é crucial para a imagem externa do país, que recentemente ocupou a presidência da CEDEAO, vai ocupar a liderança da CPLP e aspira a ter também a presidência da União Africana.

"A relação forte com Portugal é muito importante para nós e para o mundo. Na Europa, a primeira coisa que me perguntam nas reuniões, é como está a relação com Portugal", disse o governante.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, por seu lado, elogiou a "estabilização institucional" da Guiné-Bissau e saudou a "capacidade de diálogo" entre altos representantes dos dois países.

Ainda na terça-feira Sissoco Embaló teve um almoço de trabalho com o primeiro-ministro, António Costa, no qual foram levantados os temas dos vistos e dos antigos militares portugueses na Guiné-Bissau.

Além da Guiné-Bissau integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.


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