quarta-feira, 19 de abril de 2023

NAÇÕES UNIDAS: Fundo das Nações Unidas refuta ideia que nascem "demasiadas pessoas"

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POR LUSA  19/04/23 

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) defendeu hoje que o planeamento familiar e a fertilidade não devem ser ferramenta da demografia, refutando a ideia que nascem "demasiadas pessoas".

Num relatório sobre a gestão dos desafios demográficos globais, incluindo a luta contra o alarmismo causado pela demografia procuram desfazer-se ideias sobre as possíveis consequências de um número tão elevado de habitantes e defendem-se medidas para uma mudança de mentalidade, assim como o reforço do poder das mulheres e a proteção dos seus direitos.

O relatório indica que a população mundial atingiu oito mil milhões de pessoas em novembro passado e que a Índia ultrapassará a população da China pela primeira vez neste ano.

"Nascem demasiadas pessoas", "é irresponsável ter filhos num mundo de catástrofes climáticas" ou "é preciso estabelecer uma taxa de fertilidade" são algumas das ideias que são refutadas pelo relatório publicado hoje pelo UNFPA, que argumenta que o planeamento familiar não deve ser uma ferramenta da demografia.

"A reprodução humana não é o problema nem a solução. Quando colocamos a igualdade e os direitos de género no centro das nossas políticas demográficas, somos mais fortes, mais resilientes e mais capazes de lidar com os desafios decorrentes da rápida evolução das populações", afirmou Natalia Kanem, diretora-executiva do UNFPA.

Em resposta aos que acreditam que as taxas de fertilidade são a causa de males como as catástrofes climáticas, a fome ou as pandemias, as Nações Unidas declararam que chegar a oito mil milhões de pessoas é um sinal de progresso.

De acordo com o UNFPA, isso significa que mais recém-nascidos sobreviveram, que mais rapazes e raparigas estão a frequentar a escola, que estas crianças estão a receber cuidados de saúde e atingem a idade adulta.

No documento lembra-se também que muitos países estão a crescer devido às migrações.

Desde a década de 1950, o número médio de filhos por mulher em todo o mundo caiu para mais da metade: de 05 para 2,3, mas isso não é uma situação de alarme, na verdade mostra que as pessoas estão a exercer cada vez mais o controlo sobre a sua vida reprodutiva, segundo a ONU.

"Os corpos das mulheres não devem estar sujeitos a decisões tomadas por governos ou terceiros", refere o documento, enfatizando que a reprodução deve ser uma escolha.

O documentou sublinha, entretanto, que cerca de 44 por cento das mulheres e raparigas com um parceiro não têm liberdade para decidir sobre os seus corpos, que quase metade das gravidezes são indesejadas e que todos os anos meio milhão de partos são de adolescentes entre 10 e 14 anos.

Segundo o relatório, 2,1 filhos por mulher é o chamado nível de fecundidade de "reposição", ou seja, a taxa média necessária para a manutenção da população, mas sublinha-se que este valor não deve ser tomado como regra de ouro, pois é uma "meta errónea e inatingível".

A ONU também destaca que reduzir as taxas de fecundidade não resolverá a crise climática e mostra que cada vez mais países adotam políticas para aumentar, reduzir ou manter a fertilidade dos seus cidadãos.


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Vários feridos em ataque com faca em ginásio na Alemanha

 DW Português para África    19/04/23 

Quatro pessoas ficaram feridas três das quais em estado grave, após um ataque com uma faca, na terça-feira, num ginásio no centro histórico da cidade de Duisburg, no oeste da Alemanha. O motivo do ataque ainda não foi esclarecido. 

A polícia continua à procura do agressor, que de acordo com testemunhas oculares, atacou indiscriminadamente alguns frequentadores do ginásio e depois fugiu. Entre os feridos, que se encontram hospitalizados, três correm risco de vida. A polícia informou que todas as vítimas são de nacionalidade alemã.

A Alemanha tem sido palco de diversos ataques com facas ou armas de fogo ou objetos  nos últimos anos, levados a cabo por extremistas ou pessoas com distúrbios psicológicos graves. No mês passado, um ataque num local onde estavam reunidas Testemunhas de Jeová, em Hamburgo, deixou sete mortos.


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Após Seul mostrar-se disponível para 'armar' Kyiv, Moscovo faz ameaça

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Notícias ao Minuto   19/04/23 

A reação do vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia surge depois de o presidente da Coreia do Sul ter admitido, pela primeira vez, estar disponível para oferecer ajuda militar à Ucrânia.

Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, deixou um aviso à Coreia do Sul, após o presidente do país ter admitido, pela primeira vez, estar disponível para oferecer ajuda militar à Ucrânia.

"Há novos países dispostos a ajudar os nossos inimigos. O presidente da Coreia do Sul, Yun Sok-yeol, disse que, em princípio, o Estado está pronto para fornecer armas ao regime de Kyiv. Até recentemente, os sul-coreanos asseguravam ardentemente que a possibilidade de fornecer armas letais ao regime de Kyiv estava completamente excluída", argumentou Dmitry Medvedev, numa publicação na rede social Telegram.

Depois, o antigo primeiro-ministro russo disse, em jeito de ameaça: "Pergunto-me o que dirá o povo deste país quando vir as mais recentes armas de fabrico russo dos seus vizinhos próximos - os nossos aliados da Coreia do Norte".

As declarações de Medvedev, um dos conselheiros do presidente russo, Vladimir Putin, surgem depois de o chefe de Estado sul-coreano ter dito que está disponível para estender o apoio prestado à Ucrânia para além de questões financeiras e humanitárias, se o país for alvo de um ataque em grande escala contra civis.

"Se existe uma situação que a comunidade internacional não pode tolerar, como qualquer ataque em grande escala contra civis, massacre ou violação grave das leis da guerra, pode ser difícil, para nós, insistir apenas no apoio humanitário ou financeiro", afirmou Yoon Suk Yeol sobre o tema, em entrevista à Reuters.

Apesar de ser um forte aliado dos Estados Unidos, a Coreia do Sul tem evitado antagonizar a Rússia, pelo menos até agora, também devido à influência de Moscovo sobre a Coreia do Norte.

Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, cerca de 8.500 civis já morreram, ao passo que mais de 14 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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ENTREVISTA: Diabetes é mais perigosa do que julga. Sabe o que é nefropatia diabética?

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Notícias ao Minuto    19/04/23 

Em entrevista ao Lifestyle ao minuto, João Raposo, diretor clínico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, fala sobre o impacto que a doença renal diabética tem na população portuguesa.

A doença renal crónica e a diabetes poderão causar em Portugal uma perda superior a 410 mil anos de vida saudável por incapacidade e um custo total, ao longo da vida, de aproximadamente 17 mil milhões de euros. Estas são as principais conclusões do estudo 'Evolução natural da doença renal crónica em pessoas com diabetes: custos e consequências na realidade portuguesa', recentemente apresentado pela IQVIA com o apoio da Bayer.

Face a estes dados, João Raposo, diretor clínico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), considerou, em entrevista ao Lifestyle ao Minuto, que é necessário criar políticas públicas de saúde que sejam capazes de responder às necessidades da população portuguesa. "Num país que quer cada vez mais colocar os cidadãos no centro da gestão da sua saúde, é importante que todas as pessoas com diabetes conheçam e exijam os exames que são necessários para avaliar as complicações da diabetes e tenham a capacidade de discutir os resultados com a sua equipa de saúde", afirma.

Geralmente, a doença renal diabética é um diagnóstico que surge em pessoas com diabetes de longa duração, ou seja, que já vivem com diabetes há mais de 10 anos

O que foi possível apurar através deste estudo?

Até agora, o impacto económico da doença renal diabética em Portugal era desconhecido e, como tal, a realização do estudo veio colmatar esta lacuna. Este estudo permitiu concluir que, ao longo da sua vida, as pessoas com doença renal diabética perderão mais de 410 mil anos de vida saudável por incapacidade e consumirão mais de 17 mil milhões de euros em recursos de saúde. Em comparação com as pessoas no estadio inicial, quem tem doença renal diabética no estadio de alto risco apresenta uma redução de 34% da esperança média de vida, uma duplicação dos anos vividos com incapacidade e um aumento dos custos totais em cerca de 81%.

Conseguiu-se também descobrir que, entre 2015 e 2019, a probabilidade anual de morte de doentes em diálise alcançou uma média de 12,7%. As evidências demonstram que é necessário definir novas estratégias no acompanhamento das pessoas com diabetes e continuar a gerar mais evidência clínica para que, futuramente, seja possível a implementação de políticas públicas de saúde capazes de responder às necessidades da população.

Qual o real impacto da doença renal diabética na população portuguesa?

O impacto é realmente significativo, quer em termos de qualidade de vida, como económicos. Os doentes acabam por perder muitos dias de trabalho para poderem fazer o tratamento e acederem aos cuidados de saúde e tudo isto acompanhado por uma perda significativa da qualidade de vida. Além disso, os tratamentos necessários para o controlo da diabetes e da progressão da doença renal acarretam custos significativos.

Falamos de quanto?

O estudo demonstra que os custos da nefropatia diabética rondam os 17 mil milhões de euros.

O que é a nefropatia diabética? Isto é, o que é que acontece exatamente no corpo de doentes com rim diabético e como é que a diabetes causa lesão renal? 

Geralmente, a doença renal diabética é um diagnóstico que surge em pessoas com diabetes de longa duração, ou seja, que já vivem com diabetes há mais de 10 anos. Mais de um terço das pessoas que começam a fazer diálise regularmente têm em comum a nefropatia diabética, que é uma complicação grave da diabetes e a principal causa de doença renal crónica. Ao longo do tempo, a glicemia (o açúcar no sangue) elevada acaba por afetar diversos órgãos no organismo das pessoas diabéticas. Existem várias complicações da diabetes, sendo que mais comuns são os danos causados nos rins, que requerem uma atenção redobrada. Com o tempo, o que acontece é que os rins vão perdendo a capacidade de filtrar adequadamente o sangue, deixando de cumprir a sua função. À medida que a doença vai evoluindo devido à falta de controlo da glicemia, da pressão arterial e dos níveis de colesterol, a nefropatia diabética progride para um quadro de insuficiência renal crónica. Quando já estamos perante um diagnóstico de insuficiência renal, o rim deixa de cumprir a sua função de purificação, o que implica recorrer a uma substituição, quer seja através de hemodiálise, diálise peritoneal ou de transplante renal.

A grande maioria (cerca de 80%) dos doentes com doença renal crónica tem diabetes tipo 2, que é o mais comum

Quais os sinais e sintomas precoces? 

Nos estadios iniciais da doença renal, não existem sintomas conhecidos e, por isso, é fundamental que as pessoas com diabetes realizem exames regulares ao sangue e à urina para deteção de possíveis danos nos rins. Para controlar e minimizar a evolução da doença é essencial um diagnóstico e tratamento atempados.

São conhecidos sintomas tardios?

Numa fase mais avançada, quando os rins deixam de ser funcionais, o doente pode começar a sentir-se mais inchado, sobretudo nas pernas e nos pés. Outros sintomas que podem surgir são pressão arterial elevada, fraqueza constante, náuseas e vómitos frequentes, perda de apetite, alteração das capacidades mentais, sonolência excessiva e urinar muitas vezes durante a noite.

Qual a percentagem de pessoas em hemodiálise que são diabéticas? 

As pessoas com diabetes representam 35% dos novos casos de hemodiálise e 16% da diálise peritoneal.

E atinge mais doentes com diabetes tipo 1 ou 2?

Apesar de os dois tipos de diabetes poderem resultar em nefropatia diabética, a grande maioria (cerca de 80%) dos doentes com doença renal crónica tem diabetes tipo 2, que é o mais comum.

Além da diabetes, quais os restantes fatores de risco?

São a hipertensão arterial não controlada, a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, o consumo de medicamentos tóxicos para os rins (como é o caso dos anti-inflamatórios não esteroides) e a predisposição familiar para doença renais e doenças genéticas hereditárias.

Como é feito o diagnóstico?

Em fases iniciais da doença pode ser feito com recurso a exames ao sangue e à urina, que detetam alterações na função de filtração do sangue e a presença de albumina na urina. Se os rins estiverem a funcionar normalmente, a urina não contém esta proteína. Contudo, pode aparecer mais tarde, à medida que o rim vai perdendo a sua capacidade de retenção. Nestes casos, quanto maior é a albumina detetada, mais avançada está a nefropatia diabética. É fundamental que as pessoas com diabetes realizem testes laboratoriais ao sangue e urina pelo menos anualmente para detetar atempadamente a existência de alterações e, consequentemente, ter um diagnóstico precoce.

Os anti-inflamatórios são contraindicados em doentes com insuficiência renal. O uso destes medicamentos deverá ser sempre discutido com o médico

Em pessoas com diabetes, a nefropatia renal pode ser classificada em cinco etapas ou estadios, de acordo com a sua progressão e gravidade. Quais são e em que consistem?

Através da medição da creatinina no sangue (uma análise laboratorial) e utilizando uma fórmula matemática é possível fazer uma estimativa da capacidade de filtração dos rins (filtrado glomerular estimado). Este é um valor que pode ir de mais de 90 mililitros (ml) por minuto (valor normal) a menos de 15 ml/minuto (valor de função muito deficitária). As cinco categorias mencionadas correspondem a categorias destes valores - desde o estádio 1 (alterações mínimas) até ao estádio 5 (o mais sério). Estes valores devem ainda ser conjugados com a informação que temos do resultado da análise da urina relativamente à presença, ou não, de albumina e em que quantidade.

Qual é a melhor forma de prevenir e reduzir o agravamento da doença?

O mais importante é assegurar o controlo metabólico da diabetes e o controlo da pressão arterial. Os doentes devem ainda evitar medicamentos tóxicos para o rim, como é o caso dos anti-inflamatórios não esteróides. 

E ao nível da alimentação, o que pode ser feito?

A alimentação tem um papel importante no controlo da diabetes e da doença renal a ela associada. É por isso que a presença de um profissional da área da nutrição na equipa multidisciplinar é frequente. Os conselhos relativos à alimentação poderão passar desde uma intervenção nutricional que promova a perda de peso, muitas vezes necessária na diabetes tipo 2, a uma dieta equilibrada (de tipo mediterrânica) ou a padrões alimentares que sejam mais restritivos relativamente ao teor de sódio, potássio e fósforo. Mas o estado nutricional da pessoa, os valores laboratoriais e o tratamento necessário para a doença renal condicionarão a escolha da alimentação adequada.

Esta doença não tem cura. No entanto, existem opções terapêuticas que minimizam os sintomas e evitam a progressão da doença. É asssim?

Sim. E assim é possível atrasar o agravamento ou estagnar a doença. 

Os anti-inflamatórios são contraindicados em doentes com insuficiência renal. O uso destes medicamentos deverá ser sempre discutido com o médico

Quais os tratamentos atualmente disponíveis? 

O tratamento da nefropatia diabética passa pela adoção de um estilo de vida saudável, que inclui uma alimentação equilibrada, prática de atividade física, cessação tabágica e perda de peso, uma vez que, frequentemente, as pessoas com diabetes têm excesso de peso. Tendo em conta que, frequentemente, os doentes têm pressão arterial elevada, além da redução do sal na alimentação, devem ser tratadas com medicamentos anti-hipertensores do grupo dos inibidores da enzima conversora da angiotensina ou dos inibidores dos recetores da angiotensina. Existem, atualmente, novos grupos de medicamentos que se tornaram essenciais no tratamento da nefropatia diabética, nomeadamente os inibidores SGLT2 ou os antagonistas dos recetores dos mineralocorticoides.

Os anti-inflamatórios de venda livre podem ser tóxicos para os rins?

Os anti-inflamatórios não esteroides levam à redução da filtração renal, ou seja, prejudicam a capacidade dos rins em filtrar o sangue. Enquanto pessoas com rins saudáveis conseguem tolerar essa redução, quem tem insuficiência renal, em especial em fases avançadas, podem ter complicações associadas. Quando se toma anti-inflamatórios sem indicação médica, existe um grande risco de falência renal aguda nas pessoas com doença renal crónica e, muitas vezes, necessitam de hemodiálise de urgência. Por isso, os anti-inflamatórios são contraindicados em doentes com insuficiência renal. O uso destes medicamentos deverá ser sempre discutido com o médico.

Uma pessoa com diabetes pode ser submetida a transplante renal?

O facto de ter diabetes não é uma contra-indicação para transplante renal. Aliás, em Portugal, cerca de 14% dos transplantes renais são em pessoas com diabetes.

E transplante de pâncreas?

As pessoas com diabetes tipo 1 podem ser eventualmente candidatas a transplante de pâncreas e, no caso de terem doença renal significativa, podem ser candidatas a transplante duplo de rim e pâncreas. Temos em Portugal no nosso Serviço Nacional de Saúde dois centros especialmente dedicados a estes transplantes: o Hospital de Santo António e o Hospital de Curry Cabral. Em 2021, foram efetuados 20 transplantes duplos de rim e pâncreas em Portugal.

Que mensagem gostaria de deixar a estes doentes?

É fundamental que as pessoas com diabetes compreendam que é possível viver com a doença, tendo uma vida feliz e plena e, ainda assim, evitar as complicações sérias associadas ao mau controlo da glicemia e da pressão arterial. Num país que quer cada vez mais colocar os cidadãos no centro da gestão da sua saúde, é importante que todas as pessoas com diabetes conheçam e exijam os exames que são necessários para avaliar as complicações da diabetes e tenham a capacidade de discutir os resultados com a sua equipa de saúde.

Operação da PSP a decorrer em Oeiras, Odivelas e Lisboa devido a roubos e sequestros. Há pelo menos dez detidos

PSP (Foto: Facebook PSP)

Cnnportugal.iol.pt, 19/04/23 

O peração visa o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliária e vários mandados de detenção

A PSP está desde o início da manhã desta quarta-feira a desenvolver uma operação em Oeiras, Odivelas e na Ajuda e Lumiar (Lisboa) relacionada com roubos com recurso a armas brancas, agressões e sequestros.

Em comunicado, a PSP diz que esta operação visa o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliária e vários mandados de detenção e que está a ser desenvolvida pelo Comando Metropolitano de Lisboa, através da Divisão Policial de Oeiras.

Ao que a CNN Portugal apurou, pelo menos dez pessoas foram detidas por roubos com recurso a armas brancas.

A operação pretende acabar com a atividade criminal de um grupo de suspeitos que, com recurso à violência, têm roubado jovens nas imediações das escolas e nos transportes públicos, com maior incidência na área de Oeiras.


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Grupo Wagner em África: Mais do que mercenários

Dw.com  19/04/23

O grupo russo Wagner, que tem laços com o Kremlin, é um dos atores mais influentes em África. Milhares de mercenários estão ativos em vários países. No Sudão, tudo indica que estará também envolvido nos atuais combates.

Sudão, República Centro-Africana (RCA), Líbia e Mali são exemplos das diferentes formas de atuação do grupo em África. Na RCA, segundo o embaixador russo, os "instrutores russos" apoiam as tropas governamentais na guerra civil de 1890.

Na Líbia, diz-se que cerca de 1200 mercenários combatem do lado do líder rebelde Chalifa Haftar.

No Mali, a junta militar - pró-russa e anti-ocidental - também trouxe, segundo observadores, centenas de combatentes do grupo Wagner, que são acusados de graves violações dos direitos humanos no país.

E no Sudão, atualmente assolado por conflitos violentos entre militares, também está presente um número significativo de mercenários do grupo russo.

Pelo menos 270 pessoas foram mortas e mais de 2 mil ficaram feridas nos confrontos dos últimos dias no SudãoFoto: Mahmoud Hjaj/AA/picture alliance

Sudão: "Chave" da Rússia em África

Mas a presença do grupo Wagner em África vai muito mais longe, dizem os especialistas. "Ao longo do tempo, o grupo Wagner evoluiu para além dos serviços militares privados para uma teia de relações e negócios com empresas em vários países africanos", disse à DW Julian Rademeyer, analista da Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GIATOC).

No Sudão, já durante o Governo de Omar al-Bashir - deposto em 2019, após três décadas no poder - foram concedidas licenças de exploração de minas de ouro à empresa russa M-Invest, que acredita-se ser controlada pelo oligarca e chefe do grupo Wagner Yevgeny Prigozhin. O contrato de segurança das minas da M-Invest também está nas mãos do grupo Wagner.

"Wagner não é um exército, mas um grupo mercenário, que não tem existência legal, porque a Rússia em si mesma proíbe a existência de empresas militares privadas, mas de certa forma permite que empresas militares russas privadas operem fora da Rússia", explica em entrevista à DW um representante do coletivo de pesquisa "All Eyes on Wagner" (Todos os olhos no grupo Wagner), que para a sua proteção é identificado pelo pseudónimo de Gabriel, explica.

Em 2017, Al-Bashir e Putin reuniram-se em Sochi para dar início a uma "nova fase" de cooperação. Al-Bashir prometeu a Putin que o Sudão poderia servir a Rússia como "chave para África" - e garantiu apoio militar em troca, o que acabou por não impedir o seu derrube, em abril de 2019.

De acordo com investigações do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, diz-se que a Wagner mantém uma base no aeroporto da capital do Mali, BamakoFoto: CSIS/High Resolution/Maxar 2021

Exploração de recursos

Os mercenários do grupo Wagner conseguiram aumentar a sua influência sobre os militares sudaneses. O governo militar procura o controlo sobre o Sudão a todo o custo, ao que tudo indica com o apoio de mercenários russos. Em troca, o Kremlin ganha acesso a minas de ouro mais lucrativas.

Várias reportagens já denunciaram que a Rússia está principalmente interessada em garantir o acesso às valiosas matérias-primas do país. Algumas chegam mesmo a referir que a Rússia está a "saquear" ouro no Sudão para impulsionar a guerra de Putin na Ucrânia. De particular interesse para a Rússia são também as jazidas de urânio.

O analista Julian Rademeyer vê o grupo Wagner principalmente como um instrumento militar do Kremlin para a crescente influência económica e militar da Rússia em África. O Sudão, diz, é apenas um dos muitos exemplos.

Agradecimentos aos mercenários da Wagner no Mali, onde a junta militar considera a Rússia um aliadoFoto: Florent Vergnes/AFP/Getty Images

Guerra na Ucrânia - novos planos em África?

As atividades económicas do grupo russo em África continuam a crescer, apesar de os mercenários do grupo Wagner estarem agora a lutar abertamente do lado russo na guerra contra a Ucrânia.

"Em alguns casos, muitos mercenários foram retirados [de África ] para lutar na Ucrânia, mas outros permanecem no terreno", diz o analista do GIATOC. "As atividades continuam, por vezes a um nível inferior. Mas não há sinais de que a guerra na Ucrânia conduza à retirada dos mercenários Wagner de África", conclui Rademeyer.

Pelo contrário: pouco antes do aniversário do início da guerra a 24 de fevereiro, o Wall Street Journal noticiou, citando fontes dos serviços secretos norte-americanos, que o grupo Wagner no Chade estava a planear um golpe juntamente com os rebeldes locais.

Rademeyer receia que o grupo "continuará a crescer em África, enquanto não houver intervenção contra estas influências. A Europa e os seus parceiros precisam de trabalhar mais com África".

GUERRA NA UCRÂNIA: Coreia do Sul disponível para 'armar' a Ucrânia (pela primeira vez)

© REUTERS

Notícias ao Minuto   19/04/23 

Em entrevista, o chefe de Estado da Coreia do Sul mostrou-se, pela primeira vez desde o início do conflito, disponível para disponibilizar apoio militar a Kyiv.

A Coreia do Sul está disponível para estender o apoio prestado à Ucrânia para além de questões financeiras e humanitárias se o país for alvo de um ataque civil em grande escala, segundo confirmou o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, reporta a Reuters.

Em entrevista, o chefe de Estado da Coreia do Sul mostrou-se, pela primeira vez desde o início do conflito, disponível para 'armar' Kyiv.

"Se existe uma situação que a comunidade internacional não pode tolerar, como qualquer ataque em grande escala contra civis, massacre ou violação grave das leis da guerra, pode ser difícil, para nós, insistir apenas no apoio humanitário ou financeiro", afirmou Yoon Suk Yeol.

Apesar de ser um forte aliado dos Estados Unidos e um grande produtor de munições de artilharia, a Coreia do Sul tem, até agora, evitado antagonizar a Rússia, devido às suas empresas a operar no país e à influência de Moscovo sobre a Coreia do Norte.

"Acredito que não haverá limitações à extensão do apoio para defender e restaurar um país que tenha sido ilegalmente invadido, tanto ao abrigo do direito internacional, como nacional", considerou, desta feita, Yoon, acrescentando: "Contudo, considerando a nossa relação com as partes envolvidas na guerra e os desenvolvimentos no campo de batalha, tomaremos as medidas mais apropriadas".

Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

As infraestruturas energéticas ucranianas têm sido um dos principais alvos dos ataques comandados pelo Kremlin, alegadamente com o intuito de dificultar os esforços de defesa de Kyiv - e, também, de 'quebrar' a determinação do povo nacional.

Até agora, cerca de 8.500 civis já morreram, ao passo que mais de 14 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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HRW critica Lula da Silva por ignorar defesa de direitos humanos na China

© Lusa

POR LUSA   19/04/23 

A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) criticou o presidente brasileiro, Lula da Silva, por não ter ignorado "o terrível historial" de direitos humanos de Pequim, durante a sua viagem oficial à China, na semana passada.

Num texto publicado na sua página online, na terça-feira, com um tom crítico e sarcástico relativamente à postura de Lula da Silva na China, a HRW relembrou que a constituição do Brasil determina que o Governo brasileiro tem como pilar da sua política externa a defesa dos direitos humanos

"Assim, quando o Presidente Lula visitou a China há alguns dias, é claro que trouxe à baila o terrível historial de Pequim em matéria de direitos humanos, certo?", escreveu, em tom jocoso, a HRW.

Durante a sua visita ao gigante asiático, o Brasil assinou cerca de 20 acordos para reforçar os laços nas áreas do comércio, protocolos fitossanitários, tecnologia, desenvolvimento, transição energética e outras áreas de colaboração no quadro da parceria estratégica bilateral.

"Quanto a acordos sobre o respeito dos direitos humanos: zero", criticou a organização não-governamental, que recordou ainda que Lula da Silva defende abertamente uma política de justiça social e de direitos humanos, no seu país, e que quando tomou posse a 01 de janeiro "prometeu inverter o deslize dos direitos humanos do Brasil, afastando-se das políticas autoritárias do seu antecessor, Jair Bolsonaro".

"Aparentemente, isso não se aplica às relações da Administração Lula com a China. Suponho que o autoritarismo e os abusos estão bem quando estão a acontecer a outras pessoas?", reforçou a HRW.

Pequim é acusado de encerrar massivamente os uigures, uma comunidade de maioria muçulmana do oeste da China, em vastos campos de trabalho, inclusivo na região de Xinjiang.

Vários países ocidentais acusam Pequim de deter nos últimos anos, em campos de reeducação, sob forte vigilância, um milhão de uigures, uma minoria de origem muçulmana, além de membros de outros grupos étnicos da região.

"Pequim está também a esvaziar a língua, cultura e religião dos tibetanos, e desmantelou rapidamente as liberdades de Hong Kong", acusou a HRW.

Tal como acontece com Macau desde 1999, para Hong Kong foi acordado a partir de 1997 um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judicial, com o Governo central chinês a ser responsável pelas relações externas e defesa, ao abrigo do princípio "um país, dois sistemas".

"Em toda a China, as autoridades estão a fazer um controlo ideológico e social, prendendo, assediando e intimidando qualquer pessoa que critique a administração. O Governo chinês há muito que proibiu os sindicatos de trabalhadores independentes", recordou a organização não-governamental.

A administração anterior do Brasil, chefiada por Jair Bolsonaro, segundo a HRW,  também não se pronunciou contra "os horrores" dos direitos humanos da China, só que Lula da Silva "parecia prometer algo diferente, algo talvez mais consentâneo com a obrigação constitucional de defender os direitos humanos na política externa"

"Onde estava esse espírito em Pequim na semana passada?", questionou a HRW.


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China. Empresas proibidas de negociar com fabricantes de armas dos EUA

© Reuters

POR LUSA   18/04/23 

A China revelou hoje novos detalhes das sanções anunciadas anteriormente contra dois fabricantes de armas dos EUA, incluindo a proibição de empresas chinesas realizarem negócios com a Lockheed Martin e a Raytheon Technologies.

Em fevereiro, Pequim tinha imposto sanções comerciais e de investimento às fabricantes de equipamento de defesa norte-americanas Lockheed Martin e Raytheon Technologies, pela venda de armamento a Taiwan, intensificando os esforços para isolar o território, que considera uma província sua.

O Ministério do Comércio da China referiu hoje, em comunicado, que as sanções incluem a proibição de exportações e importações pelas duas empresas de e para a China, "para evitar que produtos chineses sejam utilizados nos seus negócios militares".

A mesma fonte, citada pela agência Associated Press (AP) acrescentou que devem ser "fortalecidas as diligências necessárias do sistema de conformidade para verificar as informações das transações".

As empresas chinesas também não devem conduzir negócios com as duas empresas conscientemente, quer na importação, exportação ou transporte de produtos.

Não ficou claro o impacto imediato que as sanções podem ter, mas as restrições às importações e exportações podem prejudicar as duas empresas.

Os Estados Unidos proíbem a maior parte das vendas de tecnologia relacionada com armas para a China, mas alguns fornecedores militares também têm negócios civis no setor aeroespacial e em outros mercados.

Em setembro, a Raytheon Missiles and Defense recebeu um contrato de 412 milhões de dólares (cerca de 475 milhões de euros) para atualizar o radar militar taiwanês, como parte de um pacote de 1.100 milhões de dólares (cerca de 1.000 milhões de euros) de vendas de armas dos EUA para a ilha.

Taiwan compra a maioria das suas armas aos EUA, que é seu maior aliado não oficial.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

Nos últimos anos, a China tem enviado com frequência caças e navios de guerra em direção à ilha, cercando-a em diferentes momentos numa campanha de pressão militar e intimidação.

As sanções de Pequim também proíbem os executivos seniores de ambas as empresas de viajar para a China ou trabalhar lá.

Pequim anunciou, em 2019, a criação da lista de "entidades não confiáveis", em resposta às restrições impostas pelos EUA contra o grupo de telecomunicações Huawei.


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Um morto e vários feridos em desabamento de estacionamento em Nova Iorque

© Noticias ao minuto

Notícias ao Minuto  18/04/23 

Os bombeiros locais estão a realizar buscas, uma vez que existiram relatos de pessoas que ficaram presas no interior da estrutura.

Pelo menos uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas na sequência do desabamento de um estacionamento, na tarde desta terça-feira, em Manhattan, Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Segundo a CBS News, que cita as autoridades, o segundo andar terá desabado sobre o primeiro.

A estação de televisão cita ainda uma jovem estudante da Universidade de Pace, próxima do local do incidente, que afirmou que se ouviu "um grande barulho e um grande estrondo", tendo o estabelecimento escolar sido evacuado de seguida e as aulas canceladas.

A CBS News avança ainda que o exterior da estrutura ainda está de pé, mas a frente da fachada do edifício cedeu e corre o risco de desabar.

Os bombeiros locais estão a realizar buscas, uma vez que existiram relatos de pessoas que ficaram presas no interior da estrutura.

As autoridades pediram aos residentes que evitassem toda a área próxima às ruas Ann e Nassau.

Imagens partilhadas pelos meios de comunicação social locais mostram um cenário de destruição com vários carros empilhados uns sobre os outros. 

#ÚltimaHora | Se reporta el derrumbe de un estacionamiento de Manhattan, en Nueva York; habría al menos tres personas atrapadas. pic.twitter.com/Vmag5zQUuB

— Diario del Istmo (@diariodelistmo_) April 18, 2023


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Se o governo nao baixar as taxas de escoamento e exportação da castanha de caju, a campanha será um fiasco

 Radio TV Bantaba

Em Gabú, o Projeto Ntene terra para uma governação responsável da terra, inicia Reuniões de divulgações com as populações beneficiários e parceiros sobre os direitos e obrigações de impostos e taxas fundiárias a nível dos sectores

Um Projeto implimentado pelo FAO e apoiada pela União Europeia.

 Radio TV Bantaba

Sete mil soldados ucranianos desaparecidos. Quase metade terá morrido... A maioria estará sob cativeiro russo, estima o governo ucraniano.

© Muhammed Enes Yildirim/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto   18/04/23 

Mais de sete mil ucranianos foram dados como desaparecidos desde o início da invasão russa da Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, anunciou, esta terça-feira, o Ministério para a Reintegração de Territórios Ocupados Temporariamente. 

Segundo Oleg Kotenko, comissário do departamento responsável pelas pessoas desaparecidas, estima-se que cerca de 60-65% dos soldados desaparecidos estejam em cativeiro russo, enquanto os restantes podem já ter morrido. 

“Esperamos que as pessoas que procuramos estejam de facto capturadas e não mortas”, disse o responsável, citado pelo jornal ucraniano The Kyiv Independent. 

Esta manhã, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que a Ucrânia já recuperou mais de dois mil prisioneiros de guerra do cativeiro russo. “Desde 24 de fevereiro, a Ucrânia recuperou 2.235 homens e mulheres ucranianas do cativeiro russo. Lembramo-nos de todos. Vamos trazer todos e cada um deles”, assinalou na plataforma Telegram.  

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


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Governo alemão anuncia entrega de sistema de defesa Patriot a Kyiv

© Christophe Gateau/picture alliance via Getty Images

POR LUSA  18/04/23 

A Alemanha entregou um sistema de defesa aérea Patriot e mísseis à Ucrânia, bem como 16 camiões Zetros e dois veículos de proteção de fronteira, de acordo com a atualização semanal do Governo alemão divulgada esta terça-feira.

O 'site' oficial do Governo federal da Alemanha listou esta terça-feira um sistema de defesa Patriot entre os itens militares entregues na semana passada à Ucrânia.

Berlim tinha prometido fornecer a Kyiv uma bateria Patriot em janeiro, após o compromisso de Washington de enviar o sistema fabricado nos EUA, com os Países Baixos a juntarem-se aos esforços de apoio militar mais tarde, noticiou o portal de notícias Kyiv Independent.

Também a agência Associated Press (AP) noticiou esta entrega de armamento alemão, assinalando a chegada à Ucrânia de algumas das armas mais importantes pedidas por Kyiv.

A Ucrânia tem pressionado pela entrega de Patriots e outros sistemas de defesa aérea aos seus aliados ao longo dos últimos meses, sendo que o da Alemanha parece ter sido o primeiro a chegar.

O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yurii Ihnat, recusou-se a confirmar esta terça-feira que um sistema Patriot está na Ucrânia, de acordo com o 'media' local RBC-Ucrânia.

Ihnat sublinhou que receber os mísseis será um evento marcante, permitindo que os ucranianos derrubem alvos russos a uma distância maior.

O sistema Patriot é a arma de defesa antiaérea mais avançada do arsenal dos EUA. Uma bateria Patriot tem entre quatro a oito lançadores projetados para quatro mísseis cada.

Os patriotas visam melhorar significativamente a defesa das cidades ucranianas e infraestrutura crítica contra ataques regulares de mísseis russos.

O porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, destacou em 30 de março que 65 soldados ucranianos completaram o treino em sistemas Patriot em Fort Sill, Oklahoma, e regressaram à Europa.

A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise mais grave de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O número de baixas civis e militares não é conhecido, mas diversas fontes, incluindo a ONU, dizem que será muito elevado.


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Ministro da Defesa: “INSEGURANÇA NO GOLFO DA GUINÉ É UMA AMEAÇA ÀS COMUNIDADES COSTEIRAS”

JORNAL ODEMOCRATA  18/04/2023  

O ministro da Defesa BuNacional, Marciano Silva Barbeiro, afirmou esta terça-feira, 18 de abril de 2023, que o Golfo da Guiné tornou-se no centro de crime marítimo, registando uma crescente insegurança que afeta o comércio marítimo e ameaça as comunidades costeiras.   

“A zona económica exclusiva da região do Golfo da Guiné, abrange cerca de 3,3 milhões de quilómetros quadrados. Apesar de imenso potencial, aquela região não dispõe de meios, por isso a sua vulnerabilidade acabou por ser profundamente assolada pela criminalidade organizada que se deslocou do Índico para o Atlântico, tornando aquela zona no centro do crime marítimo”, disse. 

O governante falava na cerimónia de abertura da Conferência de Segurança Marítima no Golfo da Guiné e as suas implicações na segurança nacional da Guiné-Bissau, que decorre nos dias 18 e 19 do mês em curso numa das unidades hoteleiras de Bissau.

A conferência realizada pelo Instituto da Defesa Nacional e cofinanciada pela União Europeia, reúne cerca de 50 participantes de diferentes instituições, designadamente, dos ministérios da Defesa,  das Pescas, do Instituto Marítimo Portuário, das Forças de Defesa e Segurança e alguns académicos bem como elementos das organizações da sociedade civil.

Silva Barbeiro disse que a região do Golfe da Guiné produz cerca de 70 por cento do petróleo e o gás natural de toda África e reveste-se de uma grande importância para a segurança energética ocidental, pois a sua proximidade aos dois principais consumidores mundiais da energia, América do Norte e Europa Ocidental, reduz os custos de transporte e permite-lhes uma alternativa na sua estratégia de diversificação de importações de hidrocarbonetos do Médio Oriente e da Rússia.     

“Falar hoje do Golfo da Guiné é falar da geopolítica que se estende de Cabo verde a Angola, como sendo uma das mais movimentadas rotas marítimas do mundo e estima-se em mais de 1500 os movimentos diários e 6 mil quilômetros de litoral, englobando três vastas regiões geográficas, políticas e econômicas da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da África Central e a Comissão do Golfo da Guiné, totalizando assim mais de 500 milhões de habitantes e uma diversidade étnica cultural e religiosa impressionante”, sublinhou.

Para o embaixador da União Europeia (UE), ArtisBertulis, a sua organização pretende apoiar os estados membros costeiros e organizações regionais na arquitetura de segurança marítima construída para a região.

Adiantou que é preciso atualizar a visão estratégica de forma a incluir a diversidade de riscos e ameaças à segurança das águas do Golfo da Guiné, com especial atenção à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, bem como o aumento do narcotráfico que atinge o oeste do Golfo.

Por seu lado, o presidente do Instituto Nacional da Defesa, Braima Camará, informou que a instituição que dirige realiza uma conjugação de saberes específicos em matéria de segurança marítima e as suas implicações para a segurança nacional, já que a Guiné-Bissau é um país costeiro com mais de 80 ilhas. 

Acrescentou que 70 por cento do planeta terra é coberto de água e 80 por cento da população vive a menos de 100 milhas náuticas da costa.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

Analista política, Tamilton Teixeira: “ELEIÇÕES NA GUINÉ-BISSAU SÃO SINAIS DE GRAVE CRISE POLÍTICA”

JORNAL ODEMOCRATA  18/04/2023  

O professor universitário e analista político, Tamilton Teixeira, disse que as eleições na Guiné-Bissau são reflexos de “graves crises políticas” E que “infelizmente os políticos não compreendem isso”, acrescentando que o país não realiza eleições porque se chegou ao fim de uma legislatura ou de um mandato presidencial em condições naturais para renovar os poderes.  

“Nós não vamos às eleições porque chegamos ao fim de uma legislatura ou de um mandato presidencial, em condições normais, para renovar os poderes. As nossas eleições têm que ser lidas desta forma, mas os políticos não se dignam refletir sobre isso. As eleições guineenses tem sido sinal de grave crise, porque todas as eleições que fizemos nos últimos tempos aconteceram na sequência de rupturas”, criticou o sociólogo, alertando que é preciso uma reflexão sobre a situação política guineense, porque “as eleições legislativas de junho não vão ser diferentes”. 

O jovem sociólogo fez essas observações na entrevista exclusiva ao seminário O Democrata para falar da situação política na Guiné Bissau, particularmente do processo das eleições legislativas de 4 de junho do ano em curso, como também debruçar sobre a participação de mais de vinte partidos e duas coligações que disputam as legislativas, o que para algumas vozes críticas, representa um númeromuito elevado para um país como a Guiné-Bissau.   

O Supremo Tribunal de Justiça(STJ) já recebeu a documentação para a formalização dos partidos que disputam as legislativas que são: o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que desta vez lidera a Coligação Eleitoral PAIGC-CE, e integra a UM, MDG, PSD e PCD. Também concorrem o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), Assembleia de Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM G-15), Partido da Renovação Social (PRS), PRID, FREPASNA, COLIDE-GB, RGB – Movimento Bafatá, PUSD, Partido Luz da Guiné-Bissau e Partido PAPES.

“ELEIÇÕES DE JUNHO NÃO SERÃO AS MAIS RENHIDAS, MAS SIM AS MAIS MILIONÁRIAS NA GUINÉ”

Tamilton Teixeira disse que faz tempo que a Guiné-Bissau vem carregando o símbolo  de um país atípico, perdendo com aquilo que é o essencial, sobretudo as ideias que fundaram o Estado e os princípios que nortearam a ideologia da independência. 

O analista afirmou que as eleições legislativas agendadas para junho não serão as mais renhidas, mas sim as mais milionárias, serão umas eleições em que jamais se gastou tanto dinheiro.

Lembrou que a Guiné-Bissau já teve eleições que “podemos considerar as mais renhidas pela sua própria dinâmica”, referindo-se às eleições de 1994, porque “eram eleições em que o partido que estava no poder, há muito tempo, concluiu que tinha  conquistado  o direito natural de governar, por ter sido partido libertador e de repente foi confrontado com as dinâmicas da abertura política, frisando que “naquele contexto não era fácil fazer com que o partido libertador abrisse as mãos de todos os privilégios”.  

Advertiu que as eleições de 4 de junho não terão nada de especial, porque os concorrentes vão disputar basicamente uma única coisa, quem vai continuar a deter a máquina pública, as finanças públicas, os recursos naturais, ou melhor, a riqueza dos guineenses. Acrescentou que essas eleições não serão renhidas, porque não vão estar em disputa algumas narrativas políticas concernentes à forma como pensam sobre a política internacional, contudo afiançou que vão ser eleições  pobres do ponto de vista do debate político e de propostas, bem como umas eleições milionárias e violentas, porque “a linguagem será muito baixa, em termos de qualidade pedagógica e política, não haverá nada”.     

Assegurou que os partidos políticos transformaram-se em  empresas fantasmas, criadas para ganhar certificados para atuar e para depois entrarem em esquemas para sobreviverem.

Não é de surpreender ver mais de 20 partidos e coligações, porque” o ambiente pré-eleitoral diz-nos que não mudará nada e que acontecerá a mesma  coisa como no passado”.

“Há um prenúncio de que o debate, durante a campanha eleitoral, não será sobre os 46 por cento da população analfabeta, sobre 900 mulheres que morrem por ano no parto e muito menos sobre a posição que a Guiné-Bissau ocupa na lista dos países com maiores problemas de insegurança alimentar. Nem serão sobre a corrida às novas tecnologias na educação e a mortalidade infantil, contra a violação dos direitos humanos entre outros”, notou.

“Alguns partidos em África, nomeadamente na Guiné-Bissau, têm a lógica de fazer voto através de uma dinâmica essencialmente guineense, fazendo acordos nas tabancas que não têm nada a ver com as suas ideologias político-partidárias.

Seria através de programas eleitorais que poderiamos saber se o partido é de esquerda ou direita, tendo em conta o pendor dos programas, como também as causas que levaram a criação desse partido político”, referiu.  

“PTG NÃO É UMA NOVIDADE ASSIM COMO PARA MIM O MADEM-G 15 NÃO FOI NOVIDADE”

“Estão a fazer grandes alianças ou coligações para quê? É uma coligação porque pensamos à esquerda e juntamo-nos ou porque juntamos os defensores da ideologia da direita, não é nada disso. São coligações com vista ao controlo do Estado. Pode perguntar aos partidos que coligaram sobre as matérias nas quais convergem, certamente não terão resposta”, disse, acrescentando que os partidos fazem acordos sazonais, acordos muito curtos, com o único propósito de ganhar as eleições e dividir pastas de governação. 

Assegurou que estes acordos não têm nenhuma sustentabilidade ideológica, porque são acordos de controlo de recursos do país. Lembrou, neste particular, que se assinou um acordo em Dakar entre o atual primeiro-ministro e o Presidente da República que, segundo a sua explanação, era um acordo feito apenas pensando nas eleições. 

Afirmou que as eleições legislativas agendadas para o mês de junho vão ser pobres do ponto de vista político, como também vão  contribuir para o empobrecimento da política guineense, porque”  cada vez mais o cargo político está a perder o seu significado, porque hoje há muitas pessoas que deixam muito a desejar ao ocuparem cargos importantes, isto banaliza e empobrece o cargo político e leva algumas pessoas sérias a afastarem-se da política, porque gente que não entende nada da política é que está a administrar o país”.

Questionado sobre a participação do Partido de Trabalhadores Guineenses (PTG) nestas eleições, um partido que tem como líder um veterano da política guineense, respondeu que existe uma coisa que chamou de “genealogia da família política guineense”, como surgiu a família política guineense.

Para Tamilton Teixeira, “se retirarmos as siglas ou estreitarmos a outra parte dos partidos, vamos concluir que estamos a falar das mesmas coisas, portanto não há nenhuma diferença”.

“Na Guiné as siglas são novas e as pessoas são antiquadas. O que é que o PTG nos traz de novo? Botche Candé já disse várias vezes que apenas não trabalhou com o Presidente Luís Cabral, portanto o que ele vai trazer de novo? Nós sempre conhecemos as circunstâncias em que ele trabalhou no governo e nos partidos pelos quais passou. O PTG não é novidade para mim, assim como o MADEM – G15 não foinovidade nenhuma, e o PRID também. As pessoas que estiveram no PRID saíram do PAIGC, voltaram a sair do PRID e foram para a APU-PDGB e hoje estão no PAIGC novamente”, notou. 

O analista lembrou que tem um estudo no qual explica que toda essa gente se plantou ou se fez de políticos e empresários à volta de General – Presidente, João Bernardo “Nino” Vieira.  

“Todos de alguma forma são descendentes politicamente de Nino Vieira, por isso coloco o Presidente Nino como a raiz da frase e depois vamos ver como é que todos vão descer. São pessoas que se animam do mesmo espírito, portanto é muita pena que a juventude guineense não tenha essa consciência, que não haverá nenhuma novidade”, disse.

“PAIGC AO LONGO DA SUA HISTÓRIA PROMOVEUA MEDIOCRIDADE E HOJE É VÍTIMA DESSA MEDIOCRIDADE”

Sobre a participação do PAIGC nestas eleições, através de uma coligação eleitoral pela primeira vez na sua história, o que para alguns críticos demonstra a fragilidade do partido, Tamilton Teixeira disse que não considera a iniciativa dos libertadores como uma fragilidade porque “na Guiné não se sabe de facto quem é que tem o poder real, sobretudo nos últimos tempos”. 

“As coligações com vista às eleições são próprias da política e acontecem com a maior naturalidade, seja através de grandes partidos ou os de menor porte. Os contextos é que definem se as coligações são viáveis ou nem por isso. Eu sei que é digno de se perguntar o fato de está a ser a primeira vez que isso está a acontecer, mas acho que não é espontâneo porque remonta daquilo que eles chamam espaço de concertação, porque sempre atuaram em concertação, razão pela qual acharam que devem partir para as eleições em bloco”, contou.

Assegurou, neste particular, que o PAIGC começou a fragilizar-se por um erro político que o próprio partido tem que ter a coragem de corrigir.

“Quem levou o PAIGC a esta situação que eu não acho que seja negativo, mas colocando a questão noutro prisma e de que talvez poderia não ser necessário. Poderia não ser necessário, se o PAIGC passasse a apreender que não pode ser um partido que promove a mediocridade. Se tem uma coisa que o PAIGC fez ao longo da sua história, foi promover a mediocridade e hoje está a ser vítima dessa mediocridade”, criticou, lembrando que em 2014, questionou em que base o PAIGC achava que o José Mário Vaz (JOMAV) podia ser Presidente da República. 

Interrogado se não teme que o país venha a registar uma situação de falta de coabitação entre o Presidente da República e a pessoa que vier a ser indicada pelo partido vencedor das eleições legislativas, à semelhança daquilo que aconteceu entre o antigo Presidente José Mário Vaz e o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, disse que “na verdade, a Constituição da Guiné-Bissau, embora tenha algumas lacunas como qualquer outra constituição, deixa claro algumas matérias”. 

“Na Guiné-Bissau, da forma como se vive a política, ainda não encontramos uma figura, um presidente que vai querer apenas ser o Presidente da República. Os Presidentes que tivemos sempre demonstraram que controlam tudo. Esta vontade de ser quem controla tudo para poder controlar mais alguma coisa é que tem criado problemas entre o Presidente e o primeiro-ministro”, sublinhou, frisando que nessas condições qualquer pessoa que se guie pelo bom senso não vai gostar de ser primeiro-ministro de Umaro Sissoco Embaló.

Relativamente ao tema de debate nas ruas sobre se um analfabeto pode ser deputado da nação, disse que a pergunta deve ser colocada de outra forma: Porque é que os analfabetos conseguiram ser deputados na Guiné-Bissau em todas as legislaturas, porque aconteceu?

“O que tem acontecido? É que o sistema está montado para isto ou para premiar o despreparado e o incompetente. A nossa taxa de analfabetismo é de 46 por cento. É grave. Costumo insistir na outra estatística dos alfabetizados que não entendem o que leem, os deputados que não sabem interpretar, criar e fazer uma proposta lei”, disse, criticando que a política guineense é muito pobre e que permite que tudo aconteça. 

Afiançou que o problema na Guiné-Bissau não são essas pessoas analfabetas, mas sim, pessoas que todo o mundo julga que são mais preparadas, mas que trabalharam no desmonte do Estado. 

“O Estado foi desmontado de tal maneira que estas pessoas que consideramos não preparadas perceberam agora e perguntaram afinal das contas isto é assim, então vamos também participar”, referiu.      

Por: Aguinaldo Ampa/Assana Sambú 

"Precisamos salvar a Europa para salvar o mundo", disse João Lourenço que pediu cessar-fogo na Ucrânia

João Lourenço, candidato do partido MPLA, que procura um segundo mandato em Angola, encerrou a campanha eleitoral com um comício na maior praça eleitoral, Luanda. 

VOA Português  abril 18, 2023

Ao discursar na abertura da reunião do Comité Central do MPLA, João Lourenço disse que há que “assegurar uma paz duradoura para a Europa no seu todo, o que implica necessariamente haver, em algum momento que se considere adequado, negociações directas entre a Rússia e a NATO".

LUANDA — O Presidente angolano pediu um cessar-fogo incondicional e o início de negociações entre as partes directamente envolvidas no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, para o estabelecimento de uma paz duradoura entre os dois países.

Ao discursar na abertura da reunião do Comité Central do MPLA, partido no poder, nesta terça-feira, 18, João Lourenço disse que há que “assegurar uma paz duradoura para a Europa no seu todo, o que implica necessariamente haver, em algum momento que se considere adequado, negociações directas entre a Rússia e a NATO, entre a Rússia e a União Europeia”.

Ele propos que os Estados Unidos e a China, pela influência que têm sobre cada um dos países em conflito, concertem "acções diplomáticas direcionadas para a resolução deste conflito".

"Precisamos de salvar a Europa para salvar o mundo", sublinhou o Chefe de Estado, lembrando que "a Europa já não pode ser o epicentro de uma nova guerra mundial".

Na sua intervenção ante os dirigentes do partido, o Presidente angolano sublinhou que a política externa de Angola tem sido coerente.

"Angola é pela paz, defendemos o respeito do Direito Internacional, dos princípios plasmados na Carta das Nações Unidas, somos contra todas as guerras e, consequentemente, condenamos a invasão da Ucrânia pela Rússia e a ocupação e anexação de parte do território ucraniano", disse Lourenço, quem concluiu que "o conflito atingiu proporções de tal ordem que já não basta garantir a paz para a Ucrânia e a normalização das relações entre os dois países".