segunda-feira, 15 de maio de 2023
TIMOR-LESTE: Ramos-Horta defende compra de equipamento naval a Portugal
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POR LUSA 15/05/23
O Presidente da República timorense defendeu hoje que Timor-Leste deve comprar equipamento naval e 'know-how' a Portugal para estabelecer um pequeno estaleiro no país para garantir a manutenção das embarcações timorenses.
"Porque não contactamos com as autoridades portuguesas (...) e encontramos uma fórmula (...) em que Portugal nos venda, não é dar, nos venda equipamento naval, 'know-how', e construímos aqui um estaleiro naval", questionou José Ramos-Horta em entrevista à Lusa.
"Por amor de Deus, eu peço aos governantes para pensarem com seriedade nesta questão de manutenção: não há um exército, não há uma polícia séria sem uma manutenção na retaguarda, muito, muito boa", afirmou.
Ramos-Horta presidiu hoje à inauguração do recém-recuperado Centro de Operação Marítima (COMAR) instalado na base naval de Hera, a leste da capital timorense, estrutura recuperada com apoio da cooperação australiana e que acolhe a Autoridade Marítima Nacional.
O Programa de Cooperação Australiano para a Defesa forneceu cerca de 375 mil dólares americanos (345 mil euros) com apoio técnico adicional a nível de engenharia.
O Presidente saudou os progressos conseguidos pela componente naval das Forças de Defesa timorense (F-FDTL), com mais de 800 elementos e cada vez mais equipamento, considerando que é essencial evitar os erros do passado.
Notou, por exemplo, que anualmente o Estado gasta entre 600 e 800 mil dólares para a manutenção do seu ferry de passageiros, feita na Indonésia e sem "controlo de que se faz mesmo a manutenção" nesse valor.
O Estado comprou ainda dois navios da Xangai Class, à China, "por 30 milhões de dólares, sem manutenção", recebendo três outras embarcações da Coreia do Sul, também sem manutenção, das quais uma "vai ser afundada" e as outras foram entregues à polícia.
"É necessário pensar muito na manutenção. Não há uma instituição que pode funcionar sem uma manutenção rigorosa. Refiro-me a uma manutenção de segurança e de defesa. Temos tantas embarcações, algumas compradas sem se pensar duas vezes", disse.
O chefe de Estado defendeu ainda que o país trabalhe com a Austrália e com a Indonésia, de forma bilateral ou trilateral, para garantir a segurança nas águas do país, considerando "romântico ou irrealista" Timor-Leste pensar que o pode fazer sozinho.
"É caríssima a segurança marítima. E é romantismo ou irrealismo total pensar que um país pequeno como Timor-Leste, ou de maior dimensão, pode fazer segurança marítima da sua orla económica exclusiva sozinho. Austrália, que é a Austrália, uma potência mundial, potência regional, só consegue controlar 10% da sua zona económica exclusiva, incluindo no mar de Timor. Quanto mais Timor-Leste", afirmou.
"Sempre insisti: para fazermos acordo, ou trilateral (Austrália, Timor-Leste e Indonésia) ou bilateral (Austrália e Timor-Leste). A Indonésia de uma maneira geral não gosta desses acordos tripartidos. Prefere o princípio da coordenação, em vez de acordo trilateral. Muito bem. Timor-Leste e Austrália, façamos o acordo de cooperação e coordenamos com a Indonésia, entregamos à Indonésia a coordenação para a patrulha no mar de Timor", afirmou.
Intervindo na cerimónia de hoje, a Encarregada de Negócios da Embaixada da Austrália em Díli, Caitlin Watson -- que está no país há apenas 15 dias -- reafirmou a importância que Camberra dá às suas relações com Timor-Leste.
"A nossa amizade assenta no respeito mútuo. As nossas nações partilham a ambição de um Timor-Leste mais forte, mais próspero e mais resiliente", disse.
"As vossas conquistas como nação -- num período relativamente curto -- são verdadeiramente notáveis. É testemunho da determinação do vosso povo e dos vossos líderes que Timor-Leste seja hoje democrático, soberano, estável e livre", afirmou.
Watson destacou o contexto internacional de segurança, e vincou que a Austrália quer uma "região com previsibilidade, que opere com regras, padrões e leis acordadas", onde "nenhum país domina, nem nenhum país é dominado".
Nesse sentido, disse, a região deve respeitar a soberania e todos os países devem beneficiar de "equilíbrio estratégico", o que para a Austrália implica trabalhar com parceiros e amigos na região.
"Queremos uma região aberta e inclusiva, baseada em regras acordadas, onde países de todas as dimensões podem escolher o seu próprio destino", sublinhou.
A nível bilateral, Timor-Leste e a Austrália assinaram no ano passado o novo acordo quadro de cooperação no setor da defesa, que o parlamento em Camberra deverá ratificar este ano e que assenta numa parceria "moderna, respeitosa e mútua".
"Dada a nossa fronteira marítima comum e proximidade geográfica, não é surpresa que a segurança marítima seja o principal foco de esforço na nossa relação de defesa. Reconhecemos que Timor-Leste, tal como a Austrália, também procura contribuir e responder aos desafios de segurança comuns da região", notou.
A diplomata relembrou que as capacidades do país neste setor têm contado ainda com a colaboração de Portugal e do Brasil e que, no âmbito da cooperação australiana, o país deverá receber ainda dois navios da classe Guardian, oferecidos pela Austrália, que permitirão reforçar o controlo das suas águas territoriais.
Uma capacidade que ajudará a responder a "incidentes de busca e salvamento, pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, ameaças à segurança das infraestruturas de petróleo e gás 'offshore', pirataria e tráfico de pessoas e de estupefacientes".
"Uma capacidade marítima mais forte ajudará a proteger os vossos recursos naturais, mitigar os efeitos do aumento das catástrofes naturais, apoiar a vossa resiliência económica e contribuir para a segurança da região", disse.
"É igualmente necessária uma estreita cooperação entre os parceiros regionais em matéria de segurança marítima para que estas questões possam ser abordadas de forma coerente. E é por isso que o envolvimento prático com parceiros com ideias semelhantes, como a Indonésia, Portugal, Estados Unidos e outros, é tão importante", defendeu.
Leia Também: Ramos-Horta defende cessar-fogo e abertura dos portos ucranianos
Prigozhin ofereceu-se para dar informações sobre tropas russas a Kyiv
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Notícias ao Minuto 15/05/23
Informação, que não era conhecida, consta em documentos confidenciais que tinham sido divulgados.
O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ofereceu-se para revelar a posição das tropas russas a Kyiv, avança o Washington Post, que cita documentos da inteligência norte-americana que foram divulgados na plataforma Discord.
O diário escreve que esta oferta aconteceu no final de janeiro e esteve relacionada com a luta por Bakhmut, que ainda continua.
Yevgeniy Prigozhin ter-se-á oferecido para revelar ao governo ucraniano informações sobre as tropas russas se a Ucrânia retirasse os seus soldados da área ao redor de Bakhmut. A proposta foi transmitida aos seus contactos da inteligência militar da Ucrânia.
Kyiv rejeitou a oferta. Os documentos não especificam as posições das tropas russas que o líder do grupo Wagner se ofereceu para divulgar e, ao Post, duas autoridades ucranianas confirmaram os contactos de Prigozhin com a inteligência ucraniana, acrescentando ainda que a Ucrânia não confia em Prigozhin, acreditando que este poderia ceder informações falsas.
O jornal norte-americano refere que estas informações constam em documentos que foram revistos, na sequência da divulgação de documentos classificados por parte de Jack Teixeira no Discord.
O jovem lusodescendente, de 21 anos, é suspeito de divulgar documentos altamente classificados com implicações internacionais, onde são mencionadas ações de espionagem dos Estados Unidos da América a aliados e a inimigos e dados sensíveis de serviços secretos militares sobre a guerra na Ucrânia.
Leia Também: Kyiv afirma ter recuperado mais de 10 posições nos arredores de Bakhmut
TURQUIA: Kiliçdaroglu promete vitória "na segunda volta" das presidenciais na Turquia
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POR LUSA 15/05/23
O candidato da oposição na Turquia, o social-democrata Kemal Kiliçdaroglu, prometeu hoje derrotar o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan "na segunda volta" das eleições realizadas no domingo.
"Se a nossa nação pedir uma segunda volta, aceitaremos com prazer. E com certeza venceremos essa segunda volta", disse Kiliçdaroglu de madrugada, na capital Ancara, rodeado por representantes da coligação inédita de seis partidos da oposição que o apoiam.
Erdogan, que está há 20 anos no poder na Turquia, tendo maioria absoluta desde 2014, "não conseguiu obter o resultado que esperava, apesar de todos os insultos" proferidos contra os rivais, sublinhou o opositor.
Se nenhum dos candidatos conseguir ultrapassar 50% dos votos, realizar-se-á uma segunda volta das eleições presidenciais, em 28 de maio.
"A necessidade de mudança na sociedade é superior [a] 50%; temos absolutamente de vencer e instalar a democracia neste país", disse Kiliçdaroglu.
Horas antes, Erdogan afirmou ter uma "clara vantagem" na corrida presidencial, não tendo afastado ainda a hipótese de obter a maioria absoluta na primeira volta.
"Embora os resultados não sejam ainda claros, lideramos a contagem com uma clara vantagem", disse o chefe de Estado turco, perante uma multidão de apoiantes reunidos de madrugada em Ancara, acrescentando que graças ao voto no estrangeiro ainda tem a possibilidade de obter novamente a maioria absoluta.
Apesar disso, acrescentou que, se for necessário, está pronto para disputar uma segunda volta, afirmando: "Respeitamos este escrutínio e respeitaremos o resultado da próxima eleição".
"Não sabemos se isto vai acabar na primeira ou na segunda volta", disse o islamista Erdogan.
O resultado provisório dá-lhe, por enquanto, apenas 49,4% dos votos, mas indicou que há ainda que contabilizar os boletins dos cidadãos turcos residentes no estrangeiro, que costumam maioritariamente apoiá-lo.
Na Alemanha, onde residem aproximadamente metade dos cidadãos turcos no estrangeiro, Erdogan obteve 65% dos votos.
Segundo a contagem parcial divulgada pela agência de notícias oficial Anatólia, Kemal Kiliçdaroglu obteve até agora 45% dos votos.
Será a primeira vez em 20 anos, desde que está no poder na Turquia, que Erdogan se verá obrigado a disputar uma segunda volta.
"Pouco importa o resultado; 27 milhões de pessoas preferiram votar em nós", insistiu Erdogan perante os apoiantes, enquanto a contagem dos votos prossegue.
"Penso que terminaremos esta eleição com mais de 50% dos sufrágios -- o povo escolheu a estabilidade e a segurança nestas eleições presidenciais", sustentou.
Kiliçdaroglu denunciou durante a noite eleitoral que o partido de Erdogan, o AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento), "está continuamente a impugnar as atas da votação e a bloquear o sistema" de apuramento dos resultados nas regiões onde a oposição é mais forte.
Leia Também: Erdogan não afasta ainda vitória presidencial à primeira volta
O líder da Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, avisou que os "discursos incendiários" só trazem problemas à estabilidade do país e que não está disposto a fazer "confusão".
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POR LUSA 15/05/23
Discursos "incendiários" ameaçam estabilidade da Guiné-Bissau
O líder da Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, avisou que os "discursos incendiários" só trazem problemas à estabilidade do país e que não está disposto a fazer "confusão".
"Não podemos estar com discursos incendiários, que isso não ajuda. Esses discursos trazem problemas e o país é que sofre", afirmou Nuno Gomes Nabiam, em entrevista à Lusa, quando questionado sobre a questão da segurança e estabilidade na Guiné-Bissau.
"Eu, Nuno, ninguém conte comigo para criar confusão. Não estou para isso. Eu tenho capacidade para fazer outras coisas. Se não for na política, vou fazer outro trabalho. Temos de moderar a nossa forma de estar e de fazer a política", pediu o líder da APU-PDGB.
O partido, que faz parte do Governo, iniciou no sábado a campanha eleitoral para as legislativas de 04 de junho em Bissorã, no norte do país, bastião de Nuno Gomes Nabiam, onde nas últimas legislativas, realizadas em março de 2019, conseguiu fazer eleger dois dos seus cinco deputados.
A sociedade civil guineense tem feito vários apelos aos líderes políticos para evitarem discursos de ódio e extremistas durante a campanha eleitoral e para se focarem na apresentação dos seus programas eleitorais aos eleitores.
Os partidos políticos assinaram na sexta-feira em Bissau um código de conduta, patrocinado pelas Nações Unidas, no qual se comprometem, entre vários pontos, a aceitar os resultados eleitorais apresentados pela Comissão Nacional de Eleições.
Lembrando as eleições presidenciais de 2014, nas quais perdeu a segunda volta para José Mário Vaz, Nuno Gomes Nabiam recordou a importância de aceitar os resultados eleitorais.
"Quando anunciaram que perdi, aceitei os resultados, dói, mas é a realidade", afirmou, considerando ser fundamental que sejam criadas condições de segurança e estabilidade no país para que haja desenvolvimento.
"Se não há segurança, não há desenvolvimento. Os homens de negócios não querem pôr dinheiro onde há problemas. O que aconteceu no 01 de fevereiro se tivesse de facto provocado uma reviravolta ia desencorajar os empresários, os homens de negócios", insistiu.
O primeiro-ministro referia-se ao ataque de 01 de fevereiro de 2022 contra o Palácio do Governo, onde decorria uma reunião do Conselho de Ministros, com a presença dos membros do executivo e do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, e que provou mais de uma dezena de vítimas mortais, considerado pelas autoridades como uma tentativa de golpe de Estado.
Nuno Gomes Nabiam afirmou também que as legislativas de 04 de junho vão ser das mais disputadas da história da Guiné-Bissau e que ninguém vai ganhar com maioria.
"Vai haver necessidade de uma nova geringonça na Guiné-Bissau", afirmou, referindo-se à designação do acordo de incidência parlamentar realizado em Portugal entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português, após as legislativas realizadas em 2015.
Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram no sábado a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas da Guiné-Bissau, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido em 18 de maio de 2022.
A campanha eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer até 02 de junho.
Leia Também: Guiné-Bissau. Sindicato pede a jornalistas que deixem discursos de ódio
domingo, 14 de maio de 2023
BAFATA - COORDENADOR NACIONAL DE MADEM-G15, BRAIMA CAMARA EM BAFATA PARA ABERTURA DA CAMPANHA ELEITORAL PARA AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que a Rússia "perdeu geopoliticamente" a guerra na Ucrânia e está a entrar "numa forma de vassalagem em relação à China".
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POR LUSA 14/05/23
Rússia? "Perdeu geopoliticamente" e está a entrar em "vassalagem à China"
O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que a Rússia "perdeu geopoliticamente" a guerra na Ucrânia e está a entrar "numa forma de vassalagem em relação à China".
"A Rússia já perdeu geopoliticamente", afirmou Macron, citado pela agência France-Presse (AFP), referindo-se às ligações de Moscovo com os seus aliados tradicionais, a China, e ao alargamento da NATO à Suécia e à Finlândia.
"Sejamos claros, não se trata de uma 'operação especial' porque Vladimir Putin decidiu mobilizar-se. A Rússia pôs em causa os seus aliados históricos, o seu espartilho de primeira linha. Iniciou, de facto, uma forma de vassalagem perante a China e perdeu o acesso ao Báltico, que era fundamental para si, uma vez que precipitou a escolha sueca e finlandesa de aderir à NATO", explicou o Presidente francês ao diário L'Opinion.
De acordo com Macron, estes desenvolvimentos eram "impensáveis ainda há dois anos", pelo que já se configura como "uma derrota geopolítica".
De acordo com Macron, que de acordo com várias fontes se prepara para receber hoje o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenski, a Rússia "não deve ganhar a guerra militar".
"Aí cabe-nos ver como ajudar os ucranianos na sua contraofensiva, como preparar a questão das garantias de segurança para as negociações que inevitavelmente terão lugar", acrescentou o chefe de Estado à publicação francesa.
Macron insistiu que, a longo prazo, "a arquitetura de segurança europeia terá de garantir de forma plena a segurança da Ucrânia" do futuro, ao mesmo tempo que "terá de conceber uma não-confrontação com Moscovo e "reconstruir equilíbrios saudáveis".
"Mas ainda faltam muitos passos para lá chegar", assertou.
Zelensky fez este fim de semana um pequeno périplo pela Europa, passando por Roma, Berlim e Aachen -- onde recebeu o Prémio Internacional Carlos Magno --, sendo agora esperado em Paris.
Zelensky distinguido com o Prémio Carlos Magno. As imagens da cerimónia
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Notícias ao Minuto 14/05/23
Veja aqui os principais momentos que marcaram a comemoração, que teve lugar na cidade alemã de Aachen.
Decorreu este domingo, na cidade alemã de Aachen, a cerimónia de entrega do Prémio Carlos Magno ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e ao povo residente no país invadido pela Rússia.
O evento contou com declarações do primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawieck, e do chanceler alemão, Olaf Scholz, e culminou com a entrega do Prémio Carlos Magno, recebido pelo chefe de Estado ucraniano.
Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, proferiu algumas palavras nesse momento de distinção, afirmando: "A Ucrânia encarna tudo aquilo que o ideal europeu representa".
A presidente da Comissão Europeia elogiou ainda todas as partes pela "coragem" demonstrada na defesa das suas "convicções, dos valores da liberdade", e pelo "empenho e a luta pela paz e pela unidade", mostrando-se confiante de que tal fará com que Kyiv saia vencedora do confronto contra as tropas russas.
Nesse momento, Volodymyr Zelensky deixou ainda uma palavra de apreço aos soldados ucranianos, elaborando: "todos os nossos heróis, e cada um deles, mereciam estar aqui a receber este prémio". Isto porque, nas palavras de Volodymyr Zelensky, "os ucranianos contribuirão para uma Europa mais forte".
Veja, na galeria acima, os principais momentos que marcaram a comemoração, que teve lugar na cidade alemã de Aachen.
Primeira imagens do comício de Madem-g15 em Bafatá
Kyiv afirma ter recuperado mais de 10 posições nos arredores de Bakhmut
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POR LUSA 14/05/23
Kiev, 14 mai 2023 (Lusa) - A Ucrânia afirmou hoje ter recuperado "mais de 10 posições" russas nos arredores de Bakhmut, epicentro de combates desde há vários meses e alvo de avanços ucranianos nos últimos dias.
"Hoje, as nossas unidades capturaram mais de 10 posições inimigas no norte e no sul dos arredores de Bakhmut", disse na rede social Telegram a vice-ministra da Defesa Ganna Maliar, segundo a qual "os combates ferozes" continuam no centro da cidade.
Segundo a vice-ministra ucraniana, citada pela agência France-Presse (AFP), "foram capturados soldados inimigos".
Kiev afirma há vários dias estar a progredir à volta de Bakhmut depois de vários meses de combates, ao passo que Moscovo afirma registar avanços na cidade, que controla maioritariamente.
De acordo com Ganna Maliar, as tropas russas "reuniram-se lá e estão a tentar avançar, destruindo tudo à sua passagem".
A batalha por aquela cidade do Donbass é a mais sangrenta e a mais longa desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Os observadores duvidam do alcance estratégico da conquista da cidade para a Rússia, mas permite a Moscovo registar uma vitória após vários revezes.
No local, o grupo paramilitar Wagner é apoiado pelo exército russo, embora o seu líder, o empresário Evgeny Prigozhin, acuse regularmente a hierarquia militar de não dar munições suficientes aos seus homens para poderem conquistar Bakhmut.
Leia Também: O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou hoje, em Aachen, na presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que a Ucrânia "faz parte da família europeia".
Leia Também: Resolver a guerra na Ucrânia em 24h? Zelensky deixa 'lembrete' a Trump
Cerimónia da abertura de Balanço, que simboliza as Primeiras entradas de Castanha de Caju à Bissau
Guiné-Bissau. Sindicato pede a jornalistas que deixem discursos de ódio
© Indira Correia Balde
POR LUSA 14/05/23
A presidente do Sindicato de Jornalistas da Guiné-Bissau, Indira Correia Baldé, pediu aos jornalistas guineenses para serem profissionais e não divulgarem discursos de ódio e radicais durante a campanha eleitoral para as legislativas de 4 de junho.
"O que vamos pedir aos nossos associados é para serem cada vez mais profissionais. Não fazendo um trabalho profissional corremos o risco de não fazer um trabalho nem para classe, nem para os próprios políticos que estamos a acompanhar", afirmou à Lusa em Bissau Indira Correia Baldé.
A campanha eleitoral para as legislativas da Guiné-Bissau teve início no sábado e vai decorrer até 02 de junho.
A sociedade civil guineense tem insistido com os partidos políticos e os líderes políticos guineense para evitarem discursos de ódio e que incitem à divisão étnica e religiosa no país, depois de nas últimas eleições terem sido registados "vários exageros", como lembrou Indira Correia Baldé.
"Temos de estar mais atentos, saber escrutinar os discursos, se registarmos alguma dose de radicalismo, alguma dose de incentivo ao ódio e à violência, que deixemos de lado" disse a presidente do Sindicato de Jornalista.
Indira Correia Baldé salientou que o interessa ao povo é "ouvir os programas dos partidos", pedindo à imprensa guineense para fazer o "máximo" para os eleitores conhecerem as propostas dos líderes políticos para saberem em quem vão votar.
"Estamos a caminhar para dias intensos e complicados de campanha eleitoral. É um momento de tensão entre concorrentes, porque cada um vai tentar na medida do possível passar a mensagem para ter a simpatia do povo para ter maior número de votos. A responsabilidade da comunicação social é enorme", disse.
O Sindicato dos Jornalistas da Guiné-Bissau manifestou também preocupação com a falta de meios financeiros para os órgãos de comunicação social fazerem a cobertura da campanha eleitoral.
"Sabemos que a precariedade no setor é elevada, mesmo os órgãos do Estado têm dificuldades, falta de meios para fazer a cobertura. O Estado não subvenciona os órgãos de comunicação social pelo serviço público prestado", disse a presidente do sindcato.
Indira Correia Baldé disse que foram elaborados projetos e "bateram às portas" da comunidade internacional, mas não receberam ainda qualquer resposta.
Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram sábado a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas da Guiné-Bissau, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido há quase um ano.
Segundo os dados definitivos do recenseamento eleitoral apresentados pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, no total foram recenseados 893.618 eleitores, dos quais 459.609 são mulheres e 434.009 são homens.
O Presidente da Guiné-Bissau dissolveu o parlamento a 18 de maio de 2022, alegando grave crise política, e marcou inicialmente eleições para dezembro do mesmo ano, mas que acabaram por ser adiadas para 04 de junho a pedido do Governo e depois de ouvidos os partidos políticos.