sexta-feira, 12 de maio de 2017

Opinion - When salt loses it taste? It becomes totally useless!

Security Council President Elbio Rosselli
The Security Council Press Statement on Guinea-Bissau issued on Thursday, May 12, 2017 by Council President Elbio Rosselli of Uruguay clearly show that the UN is not serving the population but a few that can lobby their way through.

The members of the Security Council and the Economic Community of West African States (ECOWAS) don’t seems to leave in the same planet; because the Security Council Press Statement on Guinea-Bissau totally contradict the Economic Community of West African States (ECOWAS) efforts and the visit of its high-level ministerial mission to Guine Bissau on 23 and 24 April 2017 with the objective of assessing and evaluating the status of the implementation of the Conakry Agreement with the view to resolve the political impasse.

To minimize damage to the UN credibility in Guine Bissau, the Council President Mr. Elbio Rosselli of Uruguay should meet with the Economic Community of West African States (ECOWAS) to seek a way to revise this damaging statement “The members of the Council invited the President Vaz to appoint a Prime Minister whose selection respects the provisions of the Conakry Agreement” and to prevent further statement without proper knowledge of the situation in Guine Bissau.

Because when the UN Security Council loses it tastes in Guine Bissau? It subsequent Press Statement on Guine Bissau will be totally useless! 

GUINÉ-BISSAU - Administração estatal é desorganizada, diz ministro guineense


O ministro da Função Pública da Guiné-Bissau, Tumane Mané, defendeu hoje que os serviços da administração estatal "são uma desorganização organizada", que o Governo pretende endireitar com ajuda da União Europeia e outros parceiros.

O Governo guineense apresentou hoje, em Bissau, os resultados de um estudo de diagnóstico da real situação da administração pública, tendo concluído que a afetação dos funcionários não está de acordo com as necessidades do país.

Segundo o ministro, o que se tem "é uma desorganização organizada na administração pública" que o Governo, com ajuda da União Europeia, tenta endireitar, tendo criado já o quadro orgânico, quadro do pessoal e um manual de procedimentos para gestão de recursos humanos na Função Pública.

Tumane Baldé disse que ainda não se pode afirmar se o país tem ou não funcionários a mais, mas as cerca de 35 mil pessoas ligadas à administração pública, estão mal distribuídas e algumas com qualificações inadequadas para as funções que desempenham.

O número inclui civis, nomeadamente funcionários efetivos, contratados, estagiários e os "fantasmas", mas também engloba as forças de defesa e segurança.

Os funcionários "fantasmas" são pessoas juridicamente existentes nos bancos de dados da administração estatal mas que de facto não existem, disse o ministro.

"Os funcionários estão indevidamente distribuídos no sistema", defendeu Baldé, salientando ainda não houve um estudo para a afetação de funcionários na Função Pública.

Inês Pestana, encarregada de programas da União Europeia na secção de boa governação, enalteceu a importância do estudo financiado pela sua organização e disse ainda que o apoio só foi possível na sequência das eleições gerais de 2014 que foram "livres e justas", sublinhou.

No futuro, a União Europeia, em colaboração com outros doadores da Guiné-Bissau, vai trabalhar na melhoria do sistema dos recursos humanos da Saúde e das Contribuições e Impostos.

NAOM

AS INCONGRUÊNCIAS DA ONU FACE A GUINÉ-BISSAU ANTE OS LÓBIS DA CPLP E ANGOLANAS

Fazendo tábua rasa das suas responsabilidades de imparcialidade e equidistância, o Conselho de Segurança da ONU, equivocado por relatórios enviesados e distorcidos de Alpha Condé, mediador mentiroso (há longa data a soldo dos interesses angolanos e abusando da sua posição na UA), em conluio com o Presidente da Comissão manipulado da CEDEAO Marcel de Souza. 

A este propósito, a ONU deixa-se enredar na teia conspirativa e de intrigas, que envolve a maçonaria portuguesa, o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, e conta com a passividade submissa do Secretário Geral da instituição, António Guterres, bem como da inércia do Primeiro Ministro português. A tudo isto junta-se o desinteresse com que o Presidente Marcelo de Portugal encara o problema guineense e sem que tenha coragem para por cobro à pouca vergonha, que mina em profundidade os alicerces da CPLP.

Devida a serie de faltas, omissões e de inverdades que caracterizam este processo de mediação alimentadas por retóricas incendiárias numa mistura explosiva, com actores irresponsáveis a deitarem gasolina para as chamas, como Manecas dos Santos (em entrevista à jornalista portuguesa ressabiada que, expulsa do Público por indecência, não tardou em vender-se à concorrência controlada pelos angolanos), que atiça com palpites golpistas a tranquilidade e o actual alheamento dos quartéis em relação ao cenário político (aliás, elogiado nos vários documentos das organizações internacionais). 

Não fosse a pequena dimensão da Guiné-Bissau à escala global, os vários países responsáveis e com direito de veto, como a Rússia e a China, estariam decerto mais atentos para estas jogadas desenvergonhadas e mal orquestradas, que atentam contra o papel da ONU e do Conselho de Segurança, e não se deixariam embalar a-criticamente nesta canção do bandido.

Entre toda a conversa fiada do comunicado emanado, no bom estilo do palavreado vazio a que a ONU habituou o mundo para ocultar a sua inoperância organizacional, apenas uma frase é relevante para o contexto nacional. A que recomenda a "selecção de um Primeiro Ministro de acordo com as disposições do Acordo de Conacry". É incrível a cegueira da ONU, inclusive para com a inconsistência constante do próprio comunicado. Como é possível que tenham "anotado" e se tenham congratulado com a missão ministerial da CEDEAO que se deslocou a Bissau nos dias 23 e 24 de Abril, se no seu comunicado final, ponto 9 alínea h), esta "anota" igualmente a disponibilidade do PAIGC e do Governo - "seleccionado" pelo Presidente, ao abrigo do ponto 1 do tão badalado (des)Acordo - para encetar negociações imediatas para a substituição da parte ministerial cabendo proporcionalmente ao PAIGC (e ocupada por militantes seus, se bem que entretanto expulsos pela raiva e frustração da actual Direcção de DSP)? 

Valerá a pena repetir, pela enésima vez, que o tal ponto 1 foi minuciosamente cumprido pelo Presidente, escolhendo pessoa da sua confiança, conforme a letra, e passível de apoio parlamentar, conforme o espírito?

É lamentável que tantos países e tantas personalidades se queiram imiscuir da reconhecidamente conturbada realidade interna, sem se inteirarem dos meandros patentes nos textos oficiais (para não falar já da volátil realidade que traduzem).

Talvez devessem contratar mais tradutores, consultores, ou treinadores, que não se deixem comprar ou envolver pelas partes aparentemente mais fortes, pois desacreditam assim toda a máquina da ONU, a qual queremos acreditar que ainda tenha gente de boa fé.

Não vale a pena chover no molhado e vir com declarações pretensamente ingénuas de apelo à paz, à concórdia, ao entendimento, ao consenso, se não mostram o mínimo bom senso nas regras mais elementares de boa-fé negocial, mostrando uma disposição autista, bem ao estilo do PAIGC (levado ao extremo pelo seu actual Presidente, comanditário de toda esta confusão, com experiência diplomática - já colocada, aliás, contra o serviço do seu próprio país, por várias vezes: na CPLP, em declarações desprestigiantes, etc - e filiações secretas mafiosas).
Para voltar sempre ao ponto de partida, de cada vez que o resultado das evoluções não convém a quem se julga dono e senhor eterno dos desenlaces.

Que diplomacia patológica é esta?
Uma nova arte do bloqueio, do entrave e da terra queimada?
Fazer de toda a gente parva, porque é o único esperto?
Não há portanto volta a dar, que não seja o mediador (tendo sido desqualificado como mentiroso, deveria ter tido a hombridade de se demitir, a sua insistência doentia não passa de uma confirmação do seu envolvimento interesseiro e parcial) publicar, como já foi repetidamente desafiado a fazer, todos os documentos acessórios ou qualquer prova de qualquer género que tenha, daquilo que afirma.

Ou simplesmente, voltar a convocar os envolvidos (pois estão todos vivos e a memória dos factos não é assim tão longínqua) e pedir que confirmem a sua versão distorcida.

Tanta confusão, porque este senhor pretende convencer o mundo da sua boa-fé contra os factos, o texto do Acordo, e os seus desenvolvimentos posteriores.

Estamos perante um flagrante abuso de confiança e de poder, uma ignóbil conspiração contra a soberania da Guiné-Bissau, tramada aos olhos do mundo por personagens sem quaisquer valores ou dignidade, confiantes no mau nome com que etiquetaram o país, valendo-se, para atingirem os seus objectivos, dos medos que varrem hoje o mundo, como o terrorismo ou o narco-tráfico.

O PAIGC, passado quase um quarto de século, ainda não digeriu o multi-partidarismo. Continua a ser o principal factor de instabilidade do país, lançando os foguetes, fazendo a festa e apanhando as canas.

Terminamos lembrando à comunidade internacional que foi esse Partido que apoiou a eleição do actual Presidente, que agora querem destituir sem olhar a meios, nem que seja recorrendo a um "golpe de estado bom" (a favor deles próprios, claro), nem que isso implique o risco de uma guerra e a desestabilização artificial de um país onde o povo é sereno e situação calma. Mas o povo, enganado durante demasiado tempo com as manobras maniqueístas e demagógicas dos artífices da manipulação, já percebeu de onde vem o mal. Não passarão!

Não e não. Todas estas manobras e tentativas de manipulação não vingam na Guiné Bissau, sobretudo por esta altura em que as instituições publicas estão sendo saneados e moralizados; numa altura, em que os dinheiros de Estado estão sendo encaminhados para os Cofres de Estado.
Bem haja a Guiné Bissau!

VIVA O PRESIDENTE JOMAV !  

Publicada por Ditadura do Progresso

Conselho de ministros - Francisco Aleluia nomeado novo Director-geral do Hospital Nacional Simão Mendes

Bissau, 12 Mai 17 (ANG) – O governo da Guiné-Bissau, através de um despacho do primeiro-ministro nomeou  quinta-feira Francisco Aleluia Lopes Júnior como novo Director-geral do Hospital Nacional Simão Mendes, substituindo no cargo Orlando Lopes.

A informação consta no comunicado do Conselho de Ministros, lido na Televisão Nacional da Guiné-Bissau TGB.

O  executivo deu ainda a sua anuência para que seja efectuada as seguintes movimentações na função pública:

Ainda no Ministério da Saúde Publica, Mário Gomes foi nomeado Director-geral dos estabelecimentos de Cuidados da Saúde, Agostinho Nbarco Ndunba para as funções do Director-geral da Prevenção e Promoção da Saúde Publica e Benjamim Lourenço Dias para desempenhar as funções do Inspector-geral das Actividades da Saúde.

Em relação ao Ministério dos Combatentes da Liberdade da Pátria e Reinserção Social, o colectivo governamental aprovou ainda a nomeação de Mário Lopes Martins para corgo do Secretário-geral e a Iluino António Sanca para o de  Presidente do Centro de Documentação Históricos da Luta de Libertação Nacional.

Por outro lado, os membros do executivo  consideram de encorajadores os primeiros 30 dias da presente campanha de caju devido ao aumento de números de emissão de licenças e do volume das receitas, assim como a criação de cerca 12 mil postos de trabalho para os jovens.

No comunicado, o executivo destacou ainda o repatriamento das divisas graças ao envolvimento do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), do Centro de Formalização de Empresas e da Direcção Geral da Alfândegas no processo da emissão das lianças para comercialização interna e da exportação da castanha de caju.

ANG/LPG/ÂC/SG

Pescas - “Registaram-se avanços significativos nas negociações sobre novo protocolo de acordo”, diz Henrique Silva


Bissau, 12 Mai 17 (ANG) – O chefe da delegação negocial da Guiné-Bissau disse que o Governo e a União Europeia registaram avanços significativos nos aspectos técnicos, nomeadamente no aumento de marinheiros de sete para nove em função da capacidade de cada barco e no abastecimento do mercado nacional com peixe e a submissão à inspecção.

Henrique Silva que falava à imprensa informou que o novo protocolo de acordo de pesca entre o governo guineense e a União Europeia tem dois aspectos, designadamente componente financeiro e técnico.

Revelou que durante quatro dias da segunda ronda negocial debateram apenas este último, e que as negociações sobre a compensação financeira e a duração do contrato foram  agendadas para próximo encontro,  a ter lugar em Portugal, no final deste mês.

Para o chefe da delegação União Europeia Emmanuel Berk o encontro foi bastante positivo, por se tratar de uma parceria de relações de amizade entre a Guiné-Bissau e a União Europeia e que tomaram boa nota das propostas que lhes foram apresentadas, tendo garantido apoio ao país para valorizar os seus recursos.

Berk disse, entretanto, que  precisam de mais tempo para conciliarem as posições.

Emmanuel Berk acredita que a próxima ronda negocial prevista para final do mês de Maio será conclusivo, e disse esperar que a União Europeia vai pagar um preço justo e continuar ajudar a Guiné-Bissau a desenvolver e valorizar os seus recursos haliêuticos.

ANG/LPG/ÂC/SG

Stop misleading: ONU CONVIDA JOMAV A NOMEAR UM PRIMEIRO-MINISTRO NA BASE DO ‘ACORDO DE CONACRI’???

Os membros do Conselho de Segurança da ONU convidaram hoje, 12 de maio 2017, o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, a nomear um Primeiro-Ministro e cuja selecção respeite as disposições do “Acordo de Conakry”, no prazo estipulado pela missão de alto nível da CEDEAO, ou seja, até 25 de Maio ? - Este parte, ou seja, o ultimo parágrafo não está na declaração de imprensa do Conselho de Segurança sobre a Guiné-Bissau!!!

Eis a declaração de imprensa do Conselho de Segurança sobre a Guiné-Bissau:

Os membros do Conselho de Segurança manifestaram a sua profunda preocupação com a prolongada crise política e institucional na Guiné-Bissau, em resultado da incapacidade dos actores políticos de chegarem a uma solução duradoura e consensual, conduzindo ao actual impasse.

Os membros do Conselho de Segurança saudaram os esforços e a liderança da CEDEAO e congratularam-se com a visita da sua missão ministerial de alto nível a Bissau, em 23 e 24 de Abril de 2017, com o objectivo de avaliar e avaliar o estado da implementação do Acordo de Conacri, Os membros do Conselho sublinharam a necessidade de o apoio e o empenho da comunidade internacional em apoiar os esforços regionais com vista a resolver o impasse político.

Os membros do Conselho tomaram nota do comunicado final desta missão ministerial e reafirmaram a centralidade do Acordo de Conakry como um quadro primário para a resolução da crise política.

O Conselho apelou às partes interessadas bissau-guineenses para que se abstenham de acções que possam aumentar as tensões e incitar à violência e respeitar e cumprir rigorosamente o Acordo de Conakry e o mapa da CEDEAO para abordar as suas diferenças e os desafios que enfrentam.

Os membros do Conselho convidaram o Presidente Vaz a nomear um Primeiro-Ministro cuja selecção respeite as disposições do Acordo de Conakry.

Os membros do Conselho manifestaram a sua preocupação com a situação da população civil na Guiné-Bissau, que sofre os efeitos negativos da crise política, e exortou todos os agentes políticos a colocarem o interesse do povo da Guiné-Bissau acima de qualquer outra consideração e A este respeito, exortou os dirigentes bissau-guineenses, incluindo o Presidente, o Presidente do Parlamento e os chefes dos partidos políticos a respeitarem o seu compromisso de trazer estabilidade política à Guiné -Bissau no diálogo genuíno, Encontrar uma base comum para uma rápida resolução da crise política. 

Os Membros do Conselho de Segurança recordaram que a implementação do Acordo poderia ser uma forma de restaurar a confiança dos parceiros e permitir que a comunidade internacional cumprisse os compromissos assumidos durante a Conferência de Bruxelas de março de 2015 em apoio ao programa “terra ranka” e Para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Os membros do Conselho de Segurança elogiaram as forças de defesa e de segurança por não terem continuado a interferir na situação política na Guiné-Bissau e exortaram-nas vivamente a manter a mesma postura.

Os membros do Conselho de Segurança reiteraram o seu compromisso de continuar a acompanhar a actual crise política e manifestaram a sua disponibilidade para tomar as medidas necessárias para responder ao agravamento da situação na Guiné-Bissau.

Os membros do Conselho elogiaram o trabalho da missão de segurança da ECOWAS na Guiné-Bissau (ECOMIB) no reforço da estabilidade na Guiné-Bissau e tomaram nota da decisão da Autoridade da CEDEAO de retirar o ECOMIB até 30 de Junho de 2017, para dar todo o apoio necessário para garantir uma transição completa e perfeita da arquitetura de segurança para a defesa nacional e as forças de segurança.

Os membros do Conselho recordaram o importante papel do PBC no apoio à paz sustentável na Guiné-Bissau e congratularam-se com o seu envolvimento activo com as partes interessadas no terreno e com as organizações regionais para apoiar os esforços no sentido de uma solução política.

Os membros do Conselho expressaram profunda preocupação com os desafios colocados pela criminalidade organizada internacional e outras grandes ameaças, incluindo o tráfico de drogas no país, bem como o extremismo violento, que pode conduzir ao terrorismo e ameaças terroristas.

Os Membros do Conselho de Segurança expressaram o seu apoio à Representante Especial Modibo Touré e às organizações sub-regionais para continuar a coordenar e trabalhar em estreita colaboração com todas as partes interessadas para a resolução da crise política na Guiné-Bissau. 

Fonte: ONU

https://www.un.org/press/en/2017/sc12818.doc.htm
OdemocrataGB

Nigéria aposta na compra de armamento


No passado mês de Fevereiro, enquanto o Presidente Buhari se encontrava a realizar tratamentos médicos em Londres, o seu porta-voz, Femi Adesina, anunciou que “Buhari e o Presidente Donald Trump conversaram sobre formas de incrementar a cooperação na luta contra o terrorismo através do fornecimento do equipamento necessário”. Isto significa que a Nigéria irá receber o armamento necessário para a luta contra os insurgentes do Boko Haram.

Em Julho de 2015, o Presidente Buhari tinha criticado o falhanço dos Estados Unidos em vender armamento à Nigéria para a luta contra o Boko Haram. Os Estados Unidos basearam a recusa na Lei Leahy, que impede os Estados Unidos de vender armamento a países que violem os Direitos Humanos.

Já antes, o Governo dos Estados Unidos não só se recusou a vender armamento ao governo de Goodluck Jonathan como ainda impediu que Israel vendesse helicópteros Cobra à Nigéria.

Outros países já foram também afectados pela Lei Leahy como o Bangladesh, Bolívia, Colômbia, Guatemala, México, Turquia, Indonésia e Paquistão.

Em Abril último, os EUA amuniciaram que estão dispostos a vender 12 aviões sofisticados à Nigéria que teriam um custo de $600 milhões de dólares norte-americanos.

Fonte na presidência comentou que o processo de aquisição seria controlado pelas Forças Armadas através de um processo interno, que comentou, “Um processo destes não será conduzido em público, existem interesses mas não será conduzido publicamente.”

O processo de aquisição das Forças Armadas Nigerianas foi já criticado quer por críticos a nível interno mas também a nível internacional. A Nigéria tem um Sistema de Processo de Aquisição comum para todos os departamentos do governo, que estabelece critérios e normas para que um contracto seja atribuído, sendo que é necessário que o concurso seja tornado público e sejam recebidas ofertas, ocorrendo um leilão de ofertas público que levará ao vendedor.

Apesar de alguma da informação constante nos contractos para aquisição de material seja classificada, o processo tem sido gravemente desvirtuado pelas autoridades militares. Este facto foi reflectido no comentário do Presidente Buhari, quando este recebeu em audiência o Secretário de Estado da Defesa Britânico, Michael Fallon, no Palácio Presidencial em Abuja. O Presidente comentou “A aquisição de equipamento para as forças armadas nigerianas que seguiu todos os passos no passado tornou-se permeável à corrupção e a negócios obscuros durante o último governo”.

“Eles apenas levavam malas com divisa estrangeira e iam comprar equipamento militar. É por isso que nos encontramos na crise actual”, referiu.

Em 2014, o governo da África do Sul apreendeu mais de $200 milhões de dólares norte-americanos que tinham sido levados para o país no jacto privado do Presidente da Associação Cristã da Nigéria, Pastor Ayo Oritsejafor. As autoridades nigerianas reclamaram mais tarde que o dinheiro era para a compra de armamento no mercado negro da África do Sul devido às restrições na aquisição de equipamento militar impostas pelos EUA à Nigéria.

Num encontro com o seu homologo na África do Sul, o Secretário de Estado da Defesa da Nigéria, Danjuma Sheni disse que a Nigéria tinha implementado novas políticas para processos de aquisição de equipamento tendo em conta os governos e variando de governo para governo.

Numa conferência de imprensa, Sheni disse “No cômputo geral das relações com as forças armadas, procuramos enfatizar uma nova política de processo de aquisição de equipamento militar que é baseada na aquisição estatal variando de Estado para Estado.


As Aeronaves

O Embraer A-29 Super Tucano é uma aeronave tecnologicamente avançada, mono motor e multiuso com um sofisticado sistema de aquisição de alvos.

Segundo uma fonte militar, a aeronave turbopropulsionada é ideal para ataques ligeiros, contra-insurgência e treino de voo avançado.

Tem capacidade de atingir alvos mesmo de noite devido ao sistema de visão nocturna, tem um sistema interno de geração de oxigénio e sistema de controlo ambiental para conforto da tripulação.

Críticos nigerianos já vieram, no entanto, dizer que a venda das aeronaves militares foram apenas para satisfazer as promessas eleitorais do Presidente Donald Trump de combate ao terrorismo islâmico bem como reforçar a capacidade de industrial norte-americana e criar empregos bem remunerados nos EUA.

Um dos motivos para que em 2014/2015 os EUA não vendessem estas aeronaves à Nigéria foi a falta de competência dos pilotos nigerianos para pilotar estas aeronaves, sendo que ainda hoje a informação é difusa quanto à situação de treino dos pilotos nigerianos para este modelo.

O Presidente Obama deixou de enviar o pedido de venda ao Congresso Americano em Janeiro deste ano, após uma aeronave ter bombardeado um Campo de Deslocados Internos a 17 de Janeiro na Aldeia de Rann, matando cerca de 200 pessoas. 

As acusações de violação dos Direitos Humanos

O governo dos EUA recusou-se a vender armamento à Nigéria por alegadas violações dos Direitos Humanos na luta contra o Boko Haram.

Houve, neste campo, fortes acusações contra as Forças Armadas Nigerianas por actos de tortura contra populações civis locais nos Estados de Adamawa, Borno e Yobe. Os militares foram também acusados de realizarem eliminações selectivas não sancionados na luta contra os insurgentes.

Em Maio de 2013, a Human Righst Watch alegou que as Forças Armadas Nigerianas tinham realizado um raide massivo na aldeia de Baga, tendo morto mais de 180 pessoas e destruído mais de 200 casas.

Depois deste episódio, em 2014 a Amnistia Internacional revelou um vídeo onde mostrava militares a degolarem civis. A organização alegou que o filme era de soldados do exército nigeriano apoiados por elementos da Força-Tarefa Conjunta Civil, executando pessoas detidas em conexão com o Boko Haram.

“O vídeo mostra 16 jovens e crianças sentados em linha. Um por um foram chamados à frente dos restantes e foi-lhes dito para se deitarem em frente a um buraco. Cinco deles foram mortos desta forma; o destino dos restantes detidos não é mostrado no vídeo mas testemunhas confirmam que 9 dos detidos foram degolados enquanto os restantes foram mortos a tiro.”

Os militares vieram desmentir o vídeo, tendo o Director de Comunicação da Defesa, Major-General Chris Olukolade emitido um comunicado de imprensa dizendo “O Estado-Maior das Forças Armadas considera que as alegações são demasiado graves para serem associadas com militares nigerianos, considerando os conteúdos operacionais de doutrina que são incutidos no treino ao pessoal militar, enfatizando a importância do respeito pelos Direitos Humanos e da Dignidade da Pessoa Humana bem como a total observância das leis humanitárias. De facto, as imagens mostram antes cenas consistentes com o padrão de actuação atroz dos terroristas”.

Acredita-se que muitos nigerianos foram já mortos sem que estivessem associados ao Boko Haram de alguma maneira. 

A imagem redentora dos Recursos Humanos

As forças armadas nigerianas desde estes episódios tomaram medidas para redimirem a sua má imagem, tendo criado um Gabinete de atendimento dos Direitos Humanos que está encarregue de gerir as queixas de violação dos Direitos Humanos dos cidadãos.

Outra das funções do Gabinete incluem a produção de relatórios, actualização de manuais de operações, ligação com as ONG de Direitos Humanos, aumentar a capacidade de implementação de estratégias de protecção dos Direitos Humanos, bem como desenvolver contactos para criação de uma rede de contactos com os gabinetes de Direitos Humanos na Nigéria.

Comentando sobre o desenvolvimento deste projecto num encontro em Abuja, o Conselheiro das Nações Unidas junto da Equipa nacional na Nigéria, Martin Ejidike, disse, “A adopção de um Código de Conduta e de Regras de Empenhamento implicam que determinados mecanismos sejam colocados em prática. Este Gabinete é um desses mecanismos. “

Vários militares têm sido já castigados por violações dos Direitos Humanos. Um residente em Lagos disse à e-global, “ Temos mais confiança agora pois já vemos mudanças na conduta dos militares. Antes se um militar visse alguém a vestir uma peça de camuflado era certo que iria tratar mal essa pessoa, hoje é uma história completamente diferente, eles foram expulsos pelos oficiais por assediarem e agredirem as pessoas por usarem uma peça de roupa kaqui”. 

Ilyia Kure – Correspondente na Nigéria (Kaduna)

© e-Global 

Função Pública - Apresentação do quadro actualizado do pessoal da administração pública


Bissau, 12 Mai 17 (ANG) -  O Ministério da Função Pública, Reforma Administrativa e Trabalho e a União Europeia apresentam sexta-feira, em Bissau, o quadro actualizado do pessoal da administração Pública, refere uma nota da delegação da União Europeia em Bissau.

Segundo a nota, trata-se de um dos  resultados do projecto de Modernização dos Sistemas de Gestão dos Recursos Humanos na Administração Pública, cuja assistência técnica foi iniciada em 2015 com apoio financeiro da União Europeia.

Nesse âmbito, entre 2015 e 2017, a direcção geral da Administração Pública, em coordenação com os  departamentos de recursos humanos de todas as estruturas de Estado  levou  a cabo um processo de modernização que culminou com a adopção de um quadro orgânico da Administração Pública, que possibilitou a aprovação de Leis orgânicas dos  ministérios, em Outubro de 2016.

Ainda no quadro dessa asistência foi elaborado o Manual de Procedimentos Administrativos de Gestão de Recursos Humanos Públicos e melhorado o banco de dados da Admnistração Pública.

“Todos esses produtos foram concretizados para apoiaro governona gestão financeira, a favor da estabilidade macroeconómica do país, componentes importantes para a consolidação da pazdo processo de transição para o desenvolvimento e governabilidade democrática”,refere a nota.  

ANG/SG

Security Council Press Statement on Guinea-Bissau

The following Security Council press statement was issued today by Council President Elbio Rosselli (Uruguay):

The members of the Security Council expressed their deep concern over the protracted political and institutional crisis in Guinea-Bissau as a result of the inability of political stakeholders to reach a lasting and consensual solution, leading to the current gridlock.

The members of the Security Council commended the Economic Community of West African States (ECOWAS) efforts and leadership and welcomed the visit of its high-level ministerial mission to Bissau on 23 and 24 April 2017 with the objective of assessing and evaluating the status of the implementation of the Conakry Agreement, in this regard, the members of the Council stressed the need for the continued international community’s support and engagement in supporting the regional efforts with the view to resolve the political impasse.

The members of the Council took note of the final communique of this ministerial mission and reaffirmed the centrality of the Conakry Agreement as a primary framework for the resolution of the political crisis.  The Council called upon the Bissau-Guinean stakeholders to refrain from actions that could escalate tensions and incite violence and to strictly respect and comply with the Conakry Agreement and the ECOWAS road map in addressing their differences and the challenges facing their country.

The members of the Council invited the President Vaz to appoint a Prime Minister whose selection respects the provisions of the Conakry Agreement.

The members of the Council expressed concern about the situation of the civilian population in Guinea-Bissau, which is suffering the negative effects of the political crisis, and urged all political actors to put the interest of the people of Guinea-Bissau above all other consideration and, in this regard, called upon Bissau-Guinean leaders, including the President, the Speaker of Parliament and heads of political parties, to abide by their commitment to bring political stability to Guinea-Bissau in engaging in genuine dialogue, including on the constitutional review, and finding common ground for a swift resolution of the political crisis.

The Members of the Security Council recalled that the implementation of the Agreement could be a way to restore the confidence of partners and enable the international community to fulfil the pledges made during the Brussels Conference in March 2015 in support of the programme “terra ranka” and for the development of Guinea-Bissau.

The members of the Security Council commended the defence and security forces for their continued non-interference in the political situation in Guinea-Bissau, and strongly urged them to maintain the same posture.

The members of the Security Council reiterated their commitment to continue to monitor the current political crisis and expressed their readiness to take necessary measures to respond to further worsening of the situation in Guinea-Bissau.

The members of the Council commended the work of the ECOWAS security mission in Guinea-Bissau (ECOMIB) in enhancing stability in Guinea-Bissau and took note of the decision of the ECOWAS Authority to withdraw ECOMIB by 30 June 2017, starting from 28 April, and urged the international community to give all necessary support to ensure a complete and seamless transition of security architecture to the national defence and security forces.

The members of the Council recalled the important role of the Peacebuilding Commission in supporting sustainable peace in Guinea-Bissau and welcomed its active engagement with relevant stakeholders on the ground as well as with regional organizations to support efforts towards a political solution.

The members of the Council expressed deep concern over the challenges posed by international organized crime and other major threats, including drug trafficking in the country, as well as violent extremism, which can be conducive to terrorism, and terrorist threats.

The Members of the Security Council expressed their support to Special Representative Modibo Touré as well as the subregional organizations to continue to coordinate and work closely with all stakeholders for the resolution of the political crisis in Guinea-Bissau.

GUINEA-BISSAU

For information media. Not an official record!

Un.org

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Movimento 'O Cidadão' pede a CEDEAO que imponha sanções a Cassamá

O movimento guineense 'O Cidadão' exortou hoje a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a impor sanções ao presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, por ter bloqueado o funcionamento da Assembleia Nacional Popular (ANP).

Em comunicado, divulgado à imprensa, o movimento exorta a "CEDEAO a dar sanção pesada ao presidente da ANP Cipriano Cassamá que por iniciativa própria bloqueou o funcionamento de um órgão soberano de Estado".

O movimento lamenta também a "incapacidade, arrogância e o ego dos políticos por não aproveitarem mais uma vez a oportunidade para tirar o povo da situação difícil", em que se encontra.

Na última missão de avaliação da aplicação do Acordo de Conacri realizada a Bissau pela CEDEAO, a organização deu às partes em divergência 30 dias (que terminam a 25 de maio) para aplicar o acordo, caso contrário serão impostas sanções.

O Acordo de Conacri, patrocinado CEDEAO, prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado.

O movimento "O Cidadão" acusa também o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e outros partidos com assento parlamentar continuarem "indisponíveis" para encontrar uma solução para a crise que afeta o país há cerca de dois anos.

NAOM

Manecas dos Santos - A Guiné-Bissau pode estar "na iminência de um golpe de estado"

Manecas dos Santos (o mais alto, de barba) com Amílcar Cabral, o líder que levou mais longe a luta de libertação  |  ARQUIVO AMÍLCAR CABRAL/FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES
Entrevista a Manecas dos Santos, comandante histórico do PAIGC, na sua casa de Bissau

Caboverdiano, Manecas dos Santos, 74 anos, juntou-se ainda estudante à luta de libertação liderada por Amílcar Cabral, o fundador do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Cercou Salgueiro Maia em Guidage, batalha decisiva da guerra na Guiné. "Não se esqueça de que o 25 de Abril também é nosso", sublinha. "O movimento dos capitães nasceu cá. Foi onde o exército português foi confrontado com enormes dificuldades." Nesta entrevista, a 27 de Abril na sua casa de Bissau, diz que a PIDE é responsável pela morte de Cabral, que o actual presidente é "um traidor", e que a Guiné-Bissau espera por um golpe "bom", para que haja eleições rapidamente. Há dois anos que o parlamento não funciona.

Como foi o cerco de Guidage?

Eu e o Lúcio Soares comandávamos toda a Frente Norte. Somos os dois únicos comandantes principais que ainda estão vivos, aqui na Guiné. E ele tinha saído para uma formação, eu era o número 2, ia comandar. Nessa altura decide-se fazer o ataque a Guilege, uma pedra no sapato que tínhamos na Frente Sul, precisávamos de a libertar. Para impedir a concentração das tropas especiais portuguesas em Guilege, fizemos ataques a Guidage, criando uma situação extremamente má para o exército colonial. E as tropas especiais portuguesas acabaram por se concentrar em Guidage em vez de Guilege. De facto, combateu-se muito mais em Guidage do que em Guilege.

Impressiona a descrição que Salgueiro Maia faz desses 50 dias de cerco.

A situação deteriorou-se muito para o exército colonial. Tiveram de tentar intervir. Houve uma altura em que mandaram um batalhão de comandos inteirinho mais uma companhia de paraquedistas tentar desbloquear Guidage e não conseguiram. Nós estávamos em vantagem, obviamente.

Quantos homens estavam lá?

Eu tinha entre 800 e 900.

Com que armas?

Tudo o que pode imaginar. Sobretudo Kalashnikovs, a arma de infantaria por excelência. RPG"s, canhões ligeiros. Uma arma pesada, o Morteiro 120. Era uma combinação disso tudo com o cerco. Cortar a estrada que ligava Guidage a Binta, Binta-Farim, cordão umbilical da Guiné, não deixar passar nada. A situação tornou-se... Eu, francamente, admiro o Salgueiro Maia. Ele aguentou o inaguentável. Sofreu muito lá dentro.

O senhor leu o livro com as descrições dele.

Hum, hum.

Foi assim como ele conta?

[Acena com a cabeça].

E vocês tinham o apoio da população.

Naquela zona praticamente não havia população. Guidage está mesmo em cima da fronteira com o Senegal. É óbvio que utilizávamos o território senegalês também. Foram combates extremamente renhidos.

Há uns três anos fui a Lisboa assistir ao lançamento de um livro, "A Última Missão", de um coronel, na altura capitão-paraquedista. Ele combateu em Guidage, num dos combates perdeu vários homens e não conseguiu levar os restos mortais, teve de os enterrar no local. Então, a última missão é que ele veio cá muitos anos depois do fim da guerra retirar os restos desses soldados para os levar.

E encontrou-os?

Encontrou. Ajudámo-lo em tudo o que pudemos.

Ele contactou-vos para pedir ajuda?

Sim.

[Levanta-se, sai da sala, volta com a "Última Missão", de José de Moura Calheiros]

Isto é um livro que vale a pena ler.

Ele estava com Salgueiro Maia?

Não. Era comandante de uma companhia que foi chamada para tentar desbloquear o Salgueiro Maia. Não conseguiram. Encontrei-o já várias vezes em Lisboa.

Salgueiro Maia aprendeu a respeitar quem combatia. A respeitar a causa que os levava a combater.

E os homens que tinha à frente.

Vocês também os respeitavam?

[pausa] Pode parecer um endeusamento de Cabral, não se trata disso. Mas Cabral nos anos 1960, quando uma boa parte dos movimentos de libertação era um bocado racista também, foi capaz de dizer: nós não estamos a lutar contra os portugueses, estamos a lutar contra um sistema, que é o colonialismo português. Eu diria que fomos educados nisso. A tal ponto que 45 dias depois do 25 de Abril os soldados do PAIGC e do exército português já estavam a beber juntos.

Onde?

Em Farim, por exemplo. E menos de um mês depois já nos tínhamos encontrado na mata. Encontrámo-nos e decidimos que não valia a pena estarmos aos tiros, mais. Na Guiné o cessar-fogo foi negociado muito depois de haver um cessar-fogo real, sem violações.

O cessar-fogo real acontece quando?

Acho que um mês depois do 25 de Abril não houve mais combates.

E entre a declaração de Independência a 24 de Setembro de 1973 e o 25 de Abril de 1974 o que é que aconteceu?

Foi a parte mais violenta da guerra. Melhor, entre Março de 1973 até ao fim da guerra. Conseguimos armas anti-aéreas eficazes. A aviação deixou de contar.

Armas de onde?

Russas. Portáteis, atirava-se do ombro, uma arma extremamente eficiente para aviões a relativamente baixa altitude. E, ao darmos cabo da supremacia aérea do exército colonial, eles ficaram em maus lençóis. Tenho no meu computador a acta da última reunião do Spínola com o seu estado-maior aqui em Bissau, em Maio de 1973. Dá para avaliar a desorientação que se tinha apoderado de Spínola e do seu exército.

Spínola tinha perfeita consciência de que a guerra não estava nada ganha, como se dizia em Lisboa.

Tinha consciência de que não podia ganhar. Podiam aguentar-se ainda muitos anos, à custa de sacrifícios enormes e de perdas crescentes. Mas era óbvio que a vitória não estava no horizonte. Nessa altura começámos a usar carros blindados.

Também russos?

Todas as armas que tínhamos eram de origem russa. Muito provavelmente em breve iríamos usar aviões, já tínhamos pilotos em formação na União Soviética. Há uma entrevista que na altura deu o major Monge, agora general, em que ele diz que não era o PAIGC que estava a construir defesas anti-aéreas, era o exército português. Efectivamente, o exército colonial tinha muito mais homens do que nós...

Quantos tinha o PAIGC?

Operacionais, à volta de 7000. O exército colonial tinha muita tropa a ocupar quartéis mas que não saía, e tinha muito menos tropas que fazia intervenções, comandos, fuzileiros e paraquedistas. De forma que, em termos de gente operacional, nós tínhamos muito mais. Esses 7000 eram todos operacionais. Bons soldados. Não só porque eram formados mas também porque tinham sete, oito anos de experiência de guerra. Um soldado desses é muito difícil de matar.

Os soldados portugueses ficavam aqui menos tempo.

Os desgraçados vinham e ao fim de dois anos, quando começavam a estar aptos para o combate, iam-se embora. Havia uma diferença de qualidade enorme. Não porque o nosso soldado fosse melhor do que o o soldado português em termos anímicos ou outros. É uma questão de experiência.

E de estarem motivadíssimos para uma causa, não?

Também. Isso na guerra conta muito.

Esses 7000 tinham sido treinados fora?

Eram todos daqui. Todos guineenses, e alguns caboverdianos, uma percentagem pequena.

Havia mulheres?

Havia. Mas em unidades militares não. Estavam mais nas forças de auto-defesa. Milícias, como lhes chamávamos. Houve algumas mulheres, uma delas ainda está viva, vi-a há dias. Era enfermeira numa unidade, ia aos combates e, quando havia um ferido retirava-o da frente. Uma mulher extremamente corajosa: Cadi.

Quando se dá a morte de Cabral, o senhor está onde?

Na Rússia. Melhor, na Crimeia. A preparar a questão dos mísseis anti-aéreos.

Fala russo?

Falava um bocadinho. Ainda entendo muita coisa.

Como lhe chegou a notícia da morte de Cabral?

Pela rádio, pela BBC. Fui ter com o comandante russo e pedi-lhe que confirmasse. Ele confirmou uma hora depois. Nessa escola [da Crimeia] encontrávamos formandos do PAIGC, da Frelimo, do MPLA, do ANC. Éramos 200 [do PAIGC] nessa altura. Reuni-os no anfiteatro e dei a notícia. É das cenas mais pungentes a que assisti. Ver soldados que enfrentavam a morte todos os dias a chorar, porque Cabral tinha morrido.

Porque é que Cabral foi morto?

[sorriso] Isso é uma pergunta que toda a gente faz e para a qual ninguém tem resposta. Cada um vem com as suas elocubrações, mas Cabral foi morto pelo colonialismo, isso não tenha dúvidas. Por pessoa interposta ou não. O braço que atirou em Cabral sabemos quem foi, agora quem mandou... Não tenho dúvidas de que foi o colonialismo. E a PIDE em particular.

Porque é que isso não é um facto assente?

Porque não pode ser. Cometeu-se um erro diabólico, que foi ter-se liquidado a maior parte da gente que participou. Sem termos declarações fidedignas deles. A partir daí, torna-se tudo muito nebuloso. A PIDE e o regime colonial terão feito um mau cálculo, que matando Cabral tudo se desmoronava. É falso, não se desmoronou, pelo contrário. Nós perdemos um líder extraordinário. E Portugal também perdeu um líder que podia ter dado uma contribuição decisiva para a descolonização. Perdemos todos. Inclusive quem mandou matar.

Cabral teria feito uma diferença decisiva na descolonização?

Penso que sim.

O que é que ele tinha?

Antes de mais a inteligência. Era um génio. Tudo quanto fez, fez bem. Cursou agronomia, foi um excelente agrónomo, ganhou rios de dinheiro a fazer consultoria, depois foi um excelente político, um excelente diplomata, um excelente chefe de guerrilha. Releio muitas vezes o que escreveu e sempre descubro algo.

Porque é que a Guiné é o primeiro país a declarar independência?

Era na Guiné que a luta de libertação se tinha desenvolvido mais. Tínhamos aquele homem, Cabral. E não foi o PAIGC que proclamou o estado. Cabral sempre quis fazer as coisas com alto grau de legitimidade. O que ele faz? Eleições nas regiões libertadas. Elege os conselheiros regionais e deputados, constitui a Assembleia, e é a Assembleia, os representantes do povo que proclamam a existência do Estado. Não é o PAIGC. Uma démarche única nos movimentos de libertação nacional. Mesmo depois da independência: você olha para a declaração de independência de Angola e foi o MPLA que a proclamou.

Quando é que o senhor conhece Salgueiro Maia?

Pessoalmente, em Portugal, depois da independência. Provavelmente em 1975. Encontrei-me com outros, Carlos Fabião, já aqui na Guiné, Hugo dos Santos, Otelo Saraiva de Carvalho, Vasco Lourenço. As pessoas não imaginam que assim fosse, mas nós tínhamos relações cordiais.

Como se partilhassem uma coisa.

Partilhamos uma história, de facto. Melhor ou pior, de um lado ou de outro.

Encontrou Salgueiro Maia em que circunstâncias?

Não me lembro bem, penso que terá sido um encontro com outras pessoas. Um encontro fortuito.

Não tem memória de uma conversa longa com ele?

Não.

Não conversaram sobre o que aconteceu em Guidage?

Não. Eu não quis tomar a iniciativa. E muito provavelmente ele não sabia que eu estava do outro lado. Penso que era um homem de grande verticalidade e grande coragem. Isso, ele demonstrou na prática. E a gente respeita isso, sempre. Nós, que fomos combatentes, respeitamos o adversário corajoso. Tínhamos um grande respeito pelo Carlos Fabião, um operacional de grande nível. Para ver a que ponto chegam as coisas: o Fabião é que apadrinha a minha entrada para a maçonaria. Não se alongue muito nisto [risos], como deve imaginar. Mas dá-lhe uma ideia do relacionamento.

O que faz hoje no PAIGC?

Tenho uma voz que foi sempre independente, não me coíbo de dizer o que penso. As pessoas respeitam isso. Sou membro do bureau político.

Portanto é ouvido para as decisões. Como olha para este momento, agora?

Não estou pessimista em relação ao futuro. A Guiné tem coisas boas na sua história, quando estabilizar vai tirar proveito delas. Mudou muito de 1974 para aqui, Mesmo que a gente não queira ver. Em 1974, tinha 97 ou 98% de analfabetos. Agora tem 40%. É uma mudança significativa. Para você avaliar os recursos humanos que tínhamos, em 1978 nomearam-me para ministro dos Transportes: eu era a única pessoa em todo o ministério com formação universitária.

Havia 14 licenciados quando foi o 25 de Abril?

Não sei quantos, mas poucos.

E o primeiro liceu foi em...

1958. E com acesso muito limitado.

Ou seja não só os licenciados não chegariam a duas dezenas como as pessoas com ensino secundário eram apenas algumas centenas.

Poucas centenas.

Mas há grande angústia dos jovens agora em relação à promessa que não veem cumprida.

Compreendo. Não há jovem que não queira progredir rapidamente. É salutar.

Como descreveria a actual situação política?

O presidente [José Mário Vaz, conhecido como Jomav] utiliza a Constituição a seu bel prazer. Quando demite o Domingos Simões Pereira - o melhor primeiro-ministro que a Guiné-Bissau já teve -, a única razão que encontrou foi incompatibilidade. Ora, o primeiro-ministro não tem de ser amigo do presidente. Isto não é um regime presidencialista. Depois vem com acusações de corrupção, tudo mentira. Aliás, o Domingos pediu uma comissão de inquérito, que trabalhou, já tem os resultados. Este presidente resolveu assenhorear-se do país. Quer ser primeiro-ministro e não presidente. Quer governar. Donde os problemas que teve com os dois governos do PAIGC. Nenhum aceitou isso.

Como se sai desta situação?

Difícil de dizer. Não acredito muito que se vão cumprir os acordos de Conacri [assinados em 2016 para tentar desbloquear o impasse político], não são fáceis de cumprir. Não acredito também que o presidente vá recuar.

Quando acha realista pensar em eleições?

Se cumprirmos a Constituição, devem realizar-se em Outubro-Novembro de 2018. É claro que há sempre hipótese de haver eleições antecipadas, mas o presidente não quer porque vai perder. Ele tem estado a manobrar no sentido de dominar o PAIGC. Não conseguiu nem vai conseguir.

Há uma pressão internacional para haver eleições na primavera do próximo ano.

Se houver, estamos disponíveis. Mas estou a falar do que diz a Constituição. E como é o presidente que marca as eleições, e ele não quer, seguramente não as vai marcar para a primavera.

Então a Guiné vai ficar um ano e meio...

Penso que antes disso há um golpe de estado [pausa]. Esta situação está-se a tornar insustentável para a maioria.

Estamos na iminência de um golpe de estado?

Sim. Veja, o primeiro-ministro entra na questão tribal e religiosa, o presidente acompanha de certa forma... É o pior que se pode fazer.

Isso é uma questão?

Transformaram isso numa questão. Quando o primeiro-ministro vem dizer que é fula, e agora os fulas é que têm de mandar, os balantas ficam todos com as unhas de fora, e eles são a maioria do exército. É um bocado simplista, mas é isso. No gabinete do primeiro-ministro actualmente só há fulas. Isso é uma coisa que nunca aconteceu na Guiné. É uma coisa, diria mesmo, contranatura, porque a miscigenação interétnica neste pastyssau no bolso. cial do poder para ele. O tipo estum golpe de estadom mas foi um golpe de estado bom. Serviua smociedade portuís é enorme, então em Bissau é quase 100 por cento. É difícil prever conflitos de ordem tribal porque as etnias estão todas misturadas.

Há sinais concretos desse mal estar?

Há. Inclusive nas Forças Armadas.

Da parte dos balantas nas Forças Armadas?

Não só. As Forças Armadas têm bons oficiais e eles eststyssau no bolso. cial do poder para ele. O tipo estum golpe de estadom mas foi um golpe de estado bom. Serviua smociedade portuão conscientes desta situação. Para dizer a verdade, não acredito que haja um golpe para os militares tomarem o poder. Estamos na iminência de haver um golpe de estado, e eventualmente violento, para tirar o presidente, o primeiro-ministro, e provocar eleições rapidamente. Não creio que os militares façam um golpe para se apoderarem do poder.

Diria que esse golpe de estado é necessário?

Um pouco como o 25 de Abril [ri]. O 25 de Abril foi um golpe de estado mas foi um golpe de estado bom. Serviu a sociedade portuguesa.

Está a dizer que estamos na iminência de um golpe de estado bom.

Pode ser.

Esse golpe contaria com o apoio da maioria da população?

Seguramente.

E quem podia assumir o poder até às eleições?

O presidente da Assembleia. É o que está na Constituição.

O presidente não tem noção disso?

Deve ter, mas está perfeitamente obcecado pelo poder. Pelo poder e pelo dinheiro, que para ele é complemento essencial do poder. O tipo está a meter a Guiné-Bissau no bolso. Antes de ele ser eleito, eu já tinha dito aos camaradas do partido: esse tipo vai nos criar grandes dores de cabeça. Ele é um traidor. Claro que o presidente sabe disso e não me pode ver nem com molho de tomate.

Como se juntou ao PAIGC?

O PAIGC mandou um dos seus militantes, Abílio Duarte, que depois veio a ser presidente da Assembleia, organizar o partido em Cabo Verde. Ele foi estudar no liceu onde eu estava, em São Vicente. Era um bocado fraco em matemática, matemática sempre foi o meu forte. e eu dava-lhe uma ajuda. Então, é da boca do Abílio que ouço as primeiras coisas sobre nacionalismo, colonialismo, etc.

Conte-me um pouco sobre a sua família.

Sou de uma família de classe média. O meu pai era comandante da marinha mercante portuguesa. Caboverdiano.

No Mindelo?

Sim. Tirou o curso de piloto na escola náutica do Mindelo, bem antiga. Depois fez o curso de comandante em Portugal. Tenho um tio que também era comandante.

E a sua mãe?

Caboverdiana de São Vicente com pais de São Nicolau. Assim como o meu pai era de São Vicente mas o pai da Boavista. E o meu avô, pai do meu pai, esteve preso em Portugal por ser republicano no tempo da monarquia. Foi preso em Cabo Verde e levado para Lisboa. Por ser republicano e nativista. O advogado de defesa dele foi o Trindade Coelho [risos]. Eu não sabia, o meu irmão é que foi à Torre do Tombo investigar.

Portanto, uma família com consciência política antiga.

Quando saio de Lisboa em fins de 1964 [a caminho da luta do PAIGC], o meu pai é que me foi levar à estação. E ele sabia ao que eu vinha. Não se opôs de maneira nenhuma. Nem a minha mãe, o que ainda é mais estranho [sorri].

Voltando ao liceu no Mindelo...

Terminei e matriculei-me na Faculdade de Ciências com 16 anos. Vou para Lisboa, para um ambiente estudantil de esquerda. O meu irmão já lá estava, a estudar engenharia também. As nossas leituras eram "Os Subterrâneos da Liberdade", de Jorge Amado, coisas desse calibre.

Em 1962 fundámos um comité do partido em Lisboa. E o nosso contacto era um estudante que estava a fazer um doutoramento em matemáticas na Sorbonne. Era um elo entre nós e o secretariado [do PAIGC] em Conacri, veio a ser professor catedrático em Portugal, chamava-se António Saint-Aubin, neto de um inglês que passou por Cabo Verde e ficou. Apesar de a avó ser quase preta, ele era branco, louro, de olhos azuis - acontece muito em Cabo Verde. Então, através dele contactávamos Conacri, e as instruções que recebemos é que aqueles que terminassem os estudos e não tivessem problemas de serviço militar que regressassem ao país de origem. Aqueles que tivessem problemas de serviço militar que saíssem de Lisboa. Quando chego a Paris em 1964, [Amílcar] Cabral passa por lá.

Já o tinha encontrado?

Não.

Como foi?

Bom, era o encontro entre um jovem estudante e o líder confirmado [ri].

Uma figura já lendária para si.

Não propriamente lendária mas era uma figura que considerávamos muito. E eu em particular. É por causa dele que venho parar às Forças Armadas. Eu estava quase a acabar engenharia e Cabral diz-me que precisa mais de soldados do que de engenheiros. De facto, com o desenvolvimento da luta armada aqui na Guiné precisava de gente com alguma capacidade técnica. Então, fomos a Cuba...

De Paris para Cuba?

Paris-Algiers [Argel], Algiers-Cuba. Havia uma velha ideia de desembarcar em Cabo Verde, ainda bem que não levámos isso a cabo, se não era suicídio. Cabral desistiu da ideia. Viemos todos, um grupo de 30 e tal caboverdianos, para a Guiné-Conacri.

Onde já tinha estado?

Nunca. Viemos já integrados em unidades do PAIGC. E com os vários episódios da luta as pessoas foram divergindo, alguns para a esquerda, outros para a direita. Fiz uma carreira militar, entre aspas, até 1974.

Em Bissau

Dn.pt

Domingos Simões Pereira: “POVO GUINEENSE NÃO DEVE CONTINUAR ACEITAR MENTIRA DOS SEUS DIRIGENTES”

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, defendeu esta quarta-feira, 10 de maio 2017, que o povo guineense não deve continuar aceitar os seus dirigentes a escolherem mentira e a deturpação da realidade como elemento de argumentação.

Domingos Simões Pereira falava numa conferência de imprensa realizada na sede do partido para abordar a actual situação da crise política que assola o país.

O líder do PAIGC acusa José Mário Vaz de se ter baseado em falsas informações para invocar a corrupção como motivo de derrubar o seu governo.

“Invocou a corrupção, fez acusações sobre o executivo que eu liderava e com base nesses elementos, a Assembleia Nacional Popular
criou uma comissão parlamentar de inquérito, governo solicitou a realização de uma auditoria e no final deste trabalho a Comissão Parlamentar de Inquérito chegou a conclusão de que o então primeiro-ministro não estava envolvido em nada que indiciasse algum desvio das regras esta ele dias”, espelhou.

Simões Pereira também sublinhou a questão da auditoria das contas do FUNPI que segundo ele, o relatório aponta indícios aos colaboradres do prsidente da República. Pereira questiona o silêncio do Chefe de Estado sobre este assunto.

“Serão abertos inquéritos judiciais, iremos saber alguma coisa sobre os 12 milhões de dólares americanos cedidos por Angola. O povo será informado sobre procedimentos e os pagamentos dos atrasados internos que aconteceram entre 2009 a 2011 e afinal quem é que andou a roubar o nosso povo? Quem é que andou a desviar o pescado deste país? quem é que deu 14 contentores de areia pesada, alegadamente para análise laboratorial? E a questão da comercialização da madeira”, questionou o político. 

Por: Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB 

BRAIMA CAMARÁ CONSIDERA TENDENCIOSO O RELATÓRIO DE AUDITORIA DE FUNPI

O Presidente de Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Braima Camará, considerou esta quarta-feira, 10 de maio 2017, de mentira, falso e tendencioso o relatório de auditoria internacional sobre o Fundo de Promoção da Industrialização de produtos agrícolas (FUNPI) que indicia a CCIAS.

Braima Camará, falava à imprensa à saída de um encontro com os operadores económicos na sede da CCIAS para analisar a evolução da presente campanha de comercialização da castanha de caju. Camará disse que pela primeira vez na história do país, o produtor conseguiu vender castanha de caju no início da campanha por 500 francos CFA (0,76 euros) por cada quilograma.

Aquele responsável do setor privado, adianta ainda que neste momento os produtores estão em condição de vender este produto no valor de 750 a 900 CFA por quilograma em função de volume de estoque que detiver o produtor.

“Enquanto Presidente da CCIAS, não tenho compromisso com nenhum membro do governo, Primeiro-ministro e muito menos com José Mário Vaz [PR]. Tenho, sim, com o setor privado, onde estão produtores, agricultores e empresários”, notou.

Referindo-se às declarações do Chefe de Estado que insurgiu-se esta semana contra a medida do Governo “nociva à economia” que proíbe os estrangeiros de comprarem castanha de caju, o presidente de CCIAS e igualmente conselheiro do presidente da república, considera de muito pertinente o intervenção de José Mário Vaz, na qualidade do “pai de todos os guineenses”. Segundo Camará, só “Burro” é que não muda.

“Pronunciamento do Chefe de Estado sobre este assunto de caju foi uma intervenção pontual e excelente. Neste momento o preço de castanha de caju subiu de 600 a 900 XOF junto do produtor”, assegurou.

De salientar que esta reunião dos operadores económicos, na qual se analisa a presente campanha de caju, ficou inconclusiva e será retomada amanhã.

A castanha de cajú é principal produto comercial que representa 93% das receitas de exportação da Guiné-Bissau e cerca de oitenta por cento (80%) é encaminhada para Índia. 

Por: Aguinaldo Ampa
 OdemocrataGB