segunda-feira, 14 de março de 2022
Sua Excelência Umaro Sissoco Embaló visita Mauritania.
Depois de Qatar, o Presidente da República fez uma escala na Mauritania, onde foi recebido pelo seu homólogo Presidente Mohamed Ould Ghazouani.
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
Musk vs Putin? Bilionário desafia presidente russo para combate
© Reuters
Notícias ao Minuto 14/03/22
A proposta foi feita através do Twitter e pretende decidir o futuro da Ucrânia
O fundador e CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, desafiou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para lutarem pelo destino da Ucrânia.
O desafio foi colocado pelo próprio Musk através da página no Twitter, com o empresário a identificar o Kremlin no ‘tweet’ seguinte a perguntar se Putin concorda com esta luta. Não foram partilhados mais detalhes sobre esta proposta, pelo que se desconhece em que formato é que a luta entre os dois teria lugar.
“Venho por este meio desafiar Vladimir Putin para um combate singular. A Ucrânia está em jogo”, escreveu Musk.
Desde o início do conflito na Ucrânia que Elon Musk se tem pronunciado em algumas ocasiões mas, mais recentemente, o empresário tem brincado com o líder da agência espacial russa Roscosmos, dando a entender que os EUA não serão afetados com a suspensão do fornecimento de foguetões pela Rússia.
Leia Também: Musk: "Está na altura de deixarmos voar a vassoura americana"
Putin assina nova lei sobre aviões para combater sanções
© Sputnik/Andrei Gorshkov/Kremlin via REUTERS
Notícias ao Minuto 14/03/22
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei, publicada hoje no portal oficial, que permite que as companhias aéreas russas registem na Rússia os aviões que alugam no estrangeiro, para que possam voar no país.
A medida permitirá que as empresas continuem a usar esses aviões em voos domésticos, apesar das sanções ocidentais, ainda que possam ser apreendidos se voarem fora de fronteiras.
Esta lei faz parte das medidas adotadas em resposta às sanções sem precedentes adotadas por muitos países ocidentais contra a Rússia, por causa da invasão da Ucrânia.
O espaço aéreo de todos os membros da NATO e da União Europeia (UE) ficou fechado para aeronaves russas, deixando em terra muitos aviões da Aeroflot, a companhia aérea de bandeira da Rússia.
Companhias aéreas como a Air Astana do Cazaquistão, ou a Pegasus Airlines, da Turquia, anunciaram que vão suspender os seus voos para a Rússia, devido à incerteza criada pelas sanções.
A indústria aeronáutica mundial também ficou afetada, devido à proibição de exportação de aeronaves, venda para a Rússia de peças sobressalentes ou equipamentos, interrupção da manutenção de aeronaves registadas na Rússia pela Airbus e pela Boeing, etc.
No sábado, a Aviação Civil das Bermudas, onde estão registadas várias centenas de aviões de empresas russas, anunciou que interrompeu a sua função de certificação, desde domingo, abrindo caminho à interdição de voos.
A lei russa hoje publicada oficialmente procura encontrar uma resposta para estes problemas, com a certificação em território russo desses avios.
De acordo com o Ministério dos Transportes da Rússia, em 11 de março, as companhias aéreas russas operavam 1.367 aviões, dos quais mais de metade (739) foram registados no estrangeiro.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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A invasão russa da Ucrânia é um "fracasso tático e estratégico", afirmou hoje no Conselho de Segurança da ONU o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, cujo país preside este ano à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Como resultado, a Rússia mudou a sua abordagem desde a invasão de 24 de fevereiro e passou a "atacar estruturas civis", acrescentou o ministro Zbigniew Rau, acusando Moscovo de "terrorismo de Estado" pelo qual os seus autores "serão julgados".
Recordando a acusação de Moscovo de falta de imparcialidade na presidência polaca da OSCE, o chefe da diplomacia da Polónia sublinhou que "a imparcialidade acaba onde começam as violações do direito humanitário internacional"...Ler Mais
Governo da Guiné-Bissau retira quatro licenças de prospeção do petróleo
© iStock
Notícias ao Minuto 14/03/22
O Governo da Guiné-Bissau retirou quatro licenças de prospeção do petróleo por alegados incumprimentos de termos do contrato de conceção das mesmas por parte de duas empresas estrangeiras, disse hoje à Lusa fonte do regulador guineense de hidrocarbonetos.
De acordo com a fonte da Petroguin, as licenças em causa tinham sido concedidas às empresas ADA Business AG e Loyalty, ambas com registo da Guiné Equatorial e que agora lhes foram retiradas.
A lei estabelece que a licença de prospeção de petróleo na Guiné-Bissau só é concedida à empresa que a vai executar em consórcio com a Petroguin, esclareceu a fonte, adiantando que a estatal guineense "acabou por perceber que as duas empresas não têm capacidade necessária".
A Petroguin aponta como incumprimentos da parte da ADA Business AG, que detinha as licenças "Cabra Matu" e "Friantamba", todas no onshore (zona continental), a alegada mudança da designação da companhia para ADA Energy, sem o seu conhecimento, ausência de reuniões diretiva e técnica e ainda o não pagamento do chamado bónus de assinatura de contrato de prospeção.
A mesma fonte da estatal guineense de hidrocarbonetos explicou à Lusa que a lei determina que a companhia deve reunir as comissões diretiva e técnica para projetar ações a empreender, o que, disse, nunca ocorreu, volvidos cerca de 12 meses.
O prazo máximo destas duas reuniões nunca pode ultrapassar 45 dias após a conceção efetiva da licença de prospeção, precisou a fonte.
O chamado bónus de assinatura deve ser pago ao Estado da Guiné-Bissau até 15 dias após a concessão de licença, o que não foi o caso, indicou ainda a fonte da Petroguin.
A ADA Business teria procedido à mudança da designação da empresa para ADA Energy, sem previamente ter informado à Petroguin, e ainda fez "um anúncio bombástico" em como celebrou um contrato com uma companhia dos Emirados Árabes Unidos para explorar três mil milhões de baris de petróleo na Guiné-Bissau.
"Esta informação falsa pesou ainda mais na decisão do Governo" em retirar as licenças à ADA Business AG, sublinhou a fonte da Petroguin.
A outra empresa a quem o Governo da Guiné-Bissau retirou também duas licenças é a Loyalty, que detinha autorização para fazer prospeção no bloco 3 da zona marítima, a licença Raia e o bloco 2 no onshore, a licença Lifanti.
A Loyalty também perdeu as licenças pelos mesmos incumprimentos cometidos pela ADA Business AG, referiu a fonte da Petroguin.
A decisão do Governo guineense, tomada na reunião do Conselho de Ministros na passada quinta-feira, "com caráter irreversível", vai agora ser promulgada pelo Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, e publicada no Boletim Oficial.
Antes, o ministro dos Recursos Naturais e o primeiro-ministro terão de assinar as propostas de decretos de extinção formal das quatro licenças, os quais serão autenticados pelo chefe de Estado para se considerar, finalmente, que as quatro licenças estão livres para novas aquisições.
Jornal New York Times diz que Rússia pediu ajuda militar à China
© Lusa
Notícias ao Minuto 14/03/22
Um jornal norte-americano noticiou que a Rússia pediu ajuda económica e militar à China para continuar a guerra na Ucrânia e contornar as sanções ocidentais, quando Washington advertiu Pequim contra qualquer assistência a Moscovo.
De acordo com o diário The New York Times, que citou responsáveis que pediram o anonimato, a Rússia pediu à China equipamentos militares para a guerra, e uma ajuda económica para ultrapassar as sanções ocidentais.
As mesmas fontes não indicaram a natureza exata da ajuda pedida, nem se a China respondeu.
"Nunca ouvi falar disso", reagiu um porta-voz da embaixada da China, em Washington, numa declaração a vários órgãos de comunicação social.
A notícia surgiu na véspera de uma reunião, em Roma, entre o conselheiro para a segurança do Presidente dos Estados Unidos Jake Sullivan e o responsável do Partido Comunista Chinês para as questões diplomáticas, Yang Jiechi.
Os dois responsáveis e respetivas equipas "vão analisar os esforços em curso para gerir a concorrência entre os dois países e também debater o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e mundial", disse, em comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca Emily Horne.
Também no domingo, em declarações à cadeia de televisão CNN, Jake Sullivan salientou que os EUA "vigiam estreitamente em que medida a China fornece, de alguma maneira, seja material ou económica, assistência à Rússia".
"Esta é uma questão preocupante para nós", acrescentou.
Sullivan insistiu que Washington "fez saber a Pequim que não ficará passivo e não deixará qualquer país compensar as perdas da Rússia devidas às sanções económicas", impostas desde o início da invasão russa da Ucrânia.
"Haverá, sem dúvida, consequências em caso de ações importantes que visem contornar as sanções", advertiu Jake Sullivan.
Desde o início da invasão que o regime comunista chinês se absteve de pedir ao Presidente russo, Vladimir Putin, para retirar as tropas da Ucrânia.
O diplomata norte-americano Richard Haass, do 'think-tank' Conselho de Relações Estrangeiras, indicou, numa mensagem na rede social Twitter qu,e se a China ajudar a Rússia, ficará "exposta a sanções substanciais e transformada num pária; recusar manteria aberta a possibilidade de uma cooperação" com o Ocidente.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
A rejeição destas notícias foi feita durante um briefing regular do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que as afirmações das autoridades dos Estados Unidos da América de que a Rússia pediu a Pequim ajuda económica e militar para continuar a guerra na Ucrânia são "desinformação".
"É completamente falso, é pura desinformação. A China declarou clara e consistentemente a sua posição sobre a crise na Ucrânia. Desempenhamos um papel construtivo e avaliamos a situação de forma imparcial e independente", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, em conferência de imprensa...Ler Mais
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano apelou ainda a mais sanções à Rússia.
Oministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano publicou um tweet, esta segunda-feira, em que se dirigia àqueles que "têm medo de ser arrastados para uma Terceira Guerra Mundial". Dmytro Kuleba apelou ao Ocidente que forneça armas à Ucrânia e aplique mais sanções à Rússia para ajudar a evitar que outros países sejam arrastados para um conflito mais amplo.
A Ucrânia tem pedido repetidamente aos aliados que façam mais para ajudar. Alguns governos ocidentais temem que isso possa levar outros países, incluindo estados membros da NATO, para a guerra, refere a Reuters.
"Para quem está no estrangeiro com medo de serem 'arrastados para a Terceira Guerra Mundial': a Ucrânia tem dado luta com sucesso. Precisamos que nos ajudem a lutar. Forneçam-nos todas as armas necessárias”, escreveu Kuleba no Twitter...Ler Mais
Mariupol está devastada pela guerra que já dura há 19 dias na Ucrânia. A cidade já quase não dispõe dos serviços de distribuição de gás, eletricidade, há falta de água, alimentos e medicamentos e pelo menos 2.500 civis morreram na cidade cercada desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia, a 24 de fevereiro, de acordo com autoridades ucranianos.
Um vídeo divulgado esta segunda-feira, dia 14 de março, mostra uma visão aérea da cidade após bombardeamentos russos...Ler Mais
Xº Congresso Ordinário: MÁRIOS DIAS SAMI CRITICA DIRIGENTES DO PAIGC QUE APROVEITAM O PARTIDO PARA SE ENRIQUICER
Jornal Odemocrata 13/03/2022
[ENTREVISTA_março_2022] O antigo deputado e dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Mário Dias Sami, criticou duramente os dirigentes daquela formação política que, segundo a sua explicação, aproveitam a posição do partido para se enriquecer. Acrescentou que se fosse “bandido e imoral” como aquelas pessoas, teria tido os mesmos pensamentos ou comportamentos e aproveitar o partido para se enriquecer a todo custo.
Sem apontar dedo a ninguém, Mário Dias Sami denunciou que há um grupo de dirigentes do PAIGC que se enriqueceram num espaço de um ano, porque roubaram ao Estado. Embora tenha esse assunto como uma preocupação no seu projeto político, Sami preferiu adiar as acusações e ataques para o congresso ordinário dos libertadores.
O político e ex-secretário de Estado das Pescas destacou três eixos do seu projeto político, caso vença o congresso, nomeadamente: reunificação, redinamização e transformação do PAIGC. Ou seja, não permitir que as bases partidárias (regionais, setoriais e das secções) do partido funcionem apenas nos períodos eleitorais e defendeu que tem que ser um trabalho permanente.
“QUEM TRAI O POVO É INIMIGO DO POVO. TENHO AS MÃOS LIMPAS EM TUDO QUE PARTICIPEI” – DIAS SAMI
Em relação às vozes críticas que apontam a candidatura de Mário Dias Sami à liderança do PAIGC como um suicídio política, o político e uma das vozes críticas à liderança do presidente cessante do partido, Domingos Simões Pereira, qualificou essas vozes como “pessoas analfabetas na política”, sustentando que filiar-se numa formação política não significa ser político.
“Um partido de esquerda é um partido com a ideologia voltada para satisfazer o interesse do povo. Eu identifico-me mais com qualquer programa que tenha como foco satisfazer o interesse do povo. Ou seja, a minha ideologia, os meus pensamentos, a forma de captar imagem, concepção filosófica e a convição política estão ligados a satisfação do interesse do povo”, vincou.
O ex-deputado da nação na IX legislatura disse ter deixado bom legado no mistério das pescas, do qual essas vozes devem tirar referência, a partir das suas ações como Secretário de Estado das Pescas, que levaram o país ao perdão das dívidas, em vez de questionar a sua candidatura ou pensar que isso representa um suicídio político.
“Essas pessoas que apontam a minha candidatura como um suicídio político devem ser-lhes apontadas canhões, não contra mim. Não é admissível que seja no PAIGC que as pessoas devem enriquecer-se. Se eu fosse bandido e imoral como essas pessoas, teria tido os mesmos pensamentos o mesmo comportamento que tiveram de enriquecer a todo custo através do partido. A causa da minha luta é a razão da minha candidatura. A minha luta é permanente, porque o sofrimento do povo não só da Guiné-Bissau como no mundo é cada vez maior”
Sem apontar dedo a ninguém, Mário Dias Sami denunciou que há um grupo de dirigentes do PAIGC que se enriqueceram num espaço de um ano, porque roubaram ao Estado. Embora tenha esse assunto como uma preocupação no seu projeto político, Sami preferiu adiar as acusações e ataques para o Xº congresso ordinário do partido.
“São jornalistas podem investigar e vão, com certeza, encontrar fatos e as evidências que indicam que dirigentes do PAIGC roubaram ao Estado, construíram casas e traíram o povo. Quem trai o povo é inimigo do povo. Felizmente, para chegar onde estou, escolhi sempre a pureza e tenho as mãos limpas em tudo o que participei. Quando dirigi o setor das pescas tinha um processo naquele ministério que depois levou muitas pessoas para prisão, mas não fui acusado”, enfatizou.
Um dos candidatos à liderança do PAIGC, referiu que a sua candidatura não se trata de uma simples aventura e está desprovida de qualquer intenção de mandar, razão pela qual está longe de ser um suicídio para a sua carreira política. Sustentou que é chegada a altura de salvar o povo da Guiné-Bissau, não o PAIGC, porque a sua dimensão política ultrapassa a de qualquer tipo de formação política.
“Decidi candidatar-me para liderar o PAIGC para libertar o povo da opressão e de abusos dos governantes e minimizar o seu sofrimento. A dominação de um povo não se limita apenas à dominação estrangeira. Os espancamentos que ocorreram no país são uma forma de opressão nacional e abusos perpetrados pelos governantes. Temos que lutar para acabar com golpes de Estado e a subversão da ordem constitucional”, salientou.
DOMINGOS SIMÕES PEREIRA USA OS SEUS APOIANTES PARA HUMILHAR OS SEUS ADVERSÁRIOS NO PARTIDO
Mário Dias Sami destacou três eixos do seu projeto político caso vença o congresso, nomeadamente: reunificação, redinamização e transformação do PAIGC. Ou seja, não permitir que as bases partidárias (regionais, setoriais e das secções) do partido funcionem apenas nos períodos eleitorais e defendeu que o trabalho tem que ser um trabalho permanente.
Para Mário Dias Sami, as divergências internas que se vivem dentro do partido são derivadas de ambições e de interesses individuais dos dirigentes, porque o interesse do partido é dirigir e desenvolver o país.
O político desafiou os seus adversários políticos internos a provarem se alguma vez aliciou os militantes para votarem nele, frisando que as vozes críticas à sua candidatura decidiram adotar tal postura, porque não estão a acompanhar os mecanismos viáveis e a forma mais fina de fazer funcionar a democracia.
“Vou aguardar até ao congresso. Não quero incendiar nada agora”, disse, salientando que o PAIGC deve ser protegido de agressões e ingerências externas, bem como de pessoas que estão a tentar imiscuir-se nos assuntos estritamente internos do partido.
“Quem quer contribuir para o bem do partido tem que estar dentro, não pode fazê-lo de fora. Há intenções maléficas de estragar o partido através de infiltração de pessoas estranhas ao partido. Temos que proteger o partido”, insistiu.
Questionado se a liderança de oito anos de Domingos Simões Pereira foi ou não um fracasso para o partido, Mário Dias Sami lembrou que quando o governo de Carlos Gomes Júnior (Cadogo) foi derrubado em 2005, não houve nenhuma perturbação. Também não apontou dedo acusador a ninguém com fracasso do PAIGC nos últimos anos.
“Depois de Cadogo, veio Aristides Gomes e Martinho Ndafa Cabi. A partir desse momento, o Presidente da República decidiu formar um governo de iniciativa presidencial, colocando o falecido Carlos Correia. As pessoas que assessoravam Carlos Gomes Júnior invadiram todos os ministérios. Colocavam e tiravam quem queriam que fosse colocado ou tirado de um determinado ministério. Depois das eleições de 2008, o partido conseguiu 67 deputados e o PAIGC fez quatro anos de mandato sem interrupção”, lembrou.
Dias Sami não ficou por aqui, fez uma radiografia gráfica e análise comparativa de projecções que o PAIGC teve em diferentes pleitos eleitorais, destacando que em 1999, o partido conseguiu 24 mandatos. Em 2004, o PAIGC saiu de 24 para 45 mandatos, mais 21 do que em 99. Em 2008, o partido conseguiu 67 mandados.
“Infelizmente, depois de termos atingido a altura máxima, começamos a cair de 67 para 57 e deste para 47 mandatos”, lamentou.
O antigo secretário de Estado das pescas foi crítico à forma como os subscritores da carta que requeria a convocação da reunião do Comité Central do partido, realizada 20 e 21 de janeiro deste ano. Segundo Dias Sami, depois de terem enviado a carta ao presidente do PAIGC foram obrigados a ler a carta na reunião como se o destinatário nunca tivesse visto a carta.
Em tom de revolta, Mário Dias Sami pediu ao Domingos Simões Pereira que não se arme em esperto porque tem estado a enganar-se politicamente, utilizando seus aliados para humilhar seus adversários, como foi o que aconteceu na reunião do Comité Central e o tratamento dado à carta que solicitava a sua convocação, porque “Domingos Simões Pereira não chega nem sequer a um terço do conhecimento que tenho do PAIGC e da política “.
“Um intelectual não coloca a esperteza no relacionamento. Quem se julga esperto é a pessoa mais porca e burra!”, afirmou.
Para Mário Dias Sami, solicitar o envio de uma força estrangeira para estabilizar o país é “contraditório” e constitui um ” retrocesso ” ao processo de desenvolvimento do país, porque ” se tudo isso acontecer é porque não temos um presidente da República”.
“Eu, pessoalmente, não tenho Presidente da República nem chefe. Sissoco Embaló não é o meu Presidente. Não podemos sacrificar o esforço demostrado pelos nossos valentes combatentes, ao ponto de solicitar o envio de uma força estrangeira. Os nossos homens das forças armadas estão à altura de fazer face a qualquer obstáculo, porque demostraram o que valem na luta de libertação nacional “
Mário Dias Sami acusou Umaro Sissoco Embaló de falta de capacidade para dirigir o país, porque ” produziu uma lista com nomes de militares que estariam envolvidos na tentativa falhada de golpe de Estado para incendiar o país”.
“Quer copiar a política Adolf Hitler, a minha luta e o pensamento de Benito Amilcare Andrea Mussolini mas não pode, porque não conhece as suas ideias, aliás, não leu nenhum dos pensamentos dos dois”, indicou.
Mário Dias Sami disse que as pessoas que estão a ser acusadas de tentativa de golpe de Estado por Umaro Sissoco Embaló merecem ser tratadas com dignidade, caso contrário estará a construir um novo caso para desenterrar o caso 17 de outubro de 1986.
Questionado se há possibilidade de vir a desistir a favor de Domingos Simões Pereira, tendo em conta a atual situação vigente no partido e pressão externa sobre o líder do PAIGC, Dias Sami descartou qualquer possibilidade e salientou que quem deve fazê-lo é Domingos Simões Pereira.
Apesar de ser crítico à liderança de Domingos Simões Pereira, Sami frisou que o interesse do partido sempre deve ser protegido, tendo aconselhado DSP a abster-se de se chamar de presidente do PAIGC porque terminou o seu mandato.
“Não pode querer ganhar uma coisa passando por cadáveres dos seus colegas. Talvez só isso possa levar-me a desistir, mas não a favor de alguém. Os jovens que estão a concorrer à liderança do país têm a única ambição que é a de ser primeiro-ministro”, criticou.
Em análise à situação política vigente no país, Mário Dias Sami responsabilizou todos que criaram condições para que Umaro Sissoco Embaló fosse eleito Presidente da República.
“O povo não tem culpa disso, nem os eleitores que votaram nele. Os culpados dessa história são os atores políticos guineenses, que fazem política de oportunismo”, salientou, para de seguida afirmar que a campanha eleitoral tem mais força que a campanha de comercialização de castanha de caju, devido aos meios financeiros que são alocados para aliciar os eleitores.
Por: Filomeno Sambú
Foto: Marcelo Na Ritche
A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa, participou no encontro de Sua Excelência Presidente da República com os investidores Cataris convidados pelo Centro de Liderança de Qatar.
Na sua exposição, a Chefe da Diplomacia apresentou aos possíveis investidores as oportunidades de negócios na Guiné-Bissau e descreveu os setores prioritários de investimento.
domingo, 13 de março de 2022
O Presidente da República reuniu-se com potenciais investidores, este encontro foi organizado pelo Centro de Liderança de Qatar.
Após as suas visitas na Ruanda, Congo e Turquia, o Primeiro Magistrado de Nação continua sua disposição e dinamismo em Qatar desde ontém 12 de Março 2022. Hoje, no seu último dia de visita 13 do referido mês e do ano em curso, o General do Exército, manteve encontro com os altos responsáveis do Qatar;
Qatar 🇶🇦 13 de Março 2022
Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional/ Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
VLADIMIR PUTIN - Putin: A criança que brincava com ratos e deixou o mundo em choque
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Notícias ao Minuto 13/03/22
De que forma a infância do presidente russo o pode ter tornado o homem que é hoje? A história por detrás do homem que começou uma guerra e colocou o mundo à beira de um ataque de nervos.
Hoje conhecemo-lo por Vladimir Putin, o presidente russo que lançou uma ofensiva militar na Ucrânia sob pretexto de querer "desnazificar" o país. Mas que história se esconde por detrás do homem que governa a Rússia há mais de 20 anos e planeia manter-se no poder até 2036?
Putin cresceu nos anos 60, numa família pobre e com poucos recursos. O líder russo morava com a família num apartamento comunitário, infestado de ratos, no então Leningrado.
O apartamento era partilhado por outras famílias, segundo descreve o jornal New York Post, e poucas ou nenhumas condições sanitárias tinha.
A casa de banho era inexistente, e o local onde tomavam banho muitas vezes nem água quente tinha.
Para chegar ao apartamento no quinto andar, Putin tinha de subir um lance de escadas cheias de ratos. Primeiro afastava os animais com um pau e fugia deles, até que começou a observá-los e ao seu comportamento, numa espécie de passatempo.
O "rato encurralado" e como isso o moldou para estar pronto a atacar
Na sua autobiografia oficial 'First Person', Putin conta como certa vez encurralou um desses ratos que, em resposta, o atacou. A sua vida e carreira viriam a ter muitos desses momentos de “rato encurralado” e isso moldou o outrora espião russo.
Um desses momentos, que marcou permanentemente o líder russo, foi quando trabalhava enquanto oficial do KGB (principal organização de serviços secretos da União Soviética) durante a queda do Muro de Berlim, em 1989.
Uma multidão de alemães furiosos invadiu o Ministério da Segurança da Rússia (MGB), em Dresden, levando Putin a ter de falar com os manifestantes. Falou em alemão o que fez com que os alemães desconfiassem sobre o porquê de um oficial militar soviético comum falar alemão tão bem.
Putin fala perfeitamente alemão uma vez que durante vários anos representou os serviços secretos soviéticos (KGB) em Dresden, na ex-República Democrática Alemã (RDA).
O líder russo mentiu afirmando que era tradutor e solicitou forças armadas de apoio, mas foi-lhe negado esse apoio porque “nada poderia ser feito sem ordens de Moscovo, e Moscovo ficou em silêncio”.
Os militares soviéticos acabaram por chegar, mas a sensação de estar encurralado permaneceu em Putin e, por isso, o líder russo aprendeu a estar sempre pronto a atacar, tal como o rato da sua infância.
Numa outra biografia, 'Vladimir Putin. Historia de vida', há excertos que podem indicar que o presidente russo não irá recuar nesta guerra contra a Ucrânia: "Acabei por entender que se se quer vencer, então tem que se lutar até ao fim em cada luta, como se fosse a última e decisiva batalha… é preciso assumir que não há recuo”.
Putin acredita ser um alvo dos EUA
Outro evento que marcou a personalidade de Vladimir foi a captura de Saddam Hussein por soldados americanos em 2003.
Após ser condenado por crimes contra a humanidade pelo Tribunal Especial do Iraque, Hussein foi condenado à morte por enforcamento, e Putin ficou chocado com as imagens da sua execução.
O então espião considerou a “execução atroz e bárbara” e achou que os EUA haviam deliberadamente derrubado Saddam e o seu regime com base no falso pretexto de o Iraque ter armas de destruição em massa. As secretas da Rússia sabiam que Saddam não dizia a verdade sobre a posse destas armas, portanto Putin concluiu que a inteligência dos EUA era incompetente por não saber disto. Desde então, Putin não olhou para os Estados Unidos da América com os mesmos olhos.
Em outubro de 2011, a morte do líder da Líbia, Moammar Khadafy, nas mãos de seu próprio povo também chocou Putin. Mais tarde, a secretária de Estado Hillary Clinton admitiu que brincou sobre a morte de Khadafy, afirmando: “nós viemos, vimos, ele morreu”. Este foi outro ponto negativo dos EUA que levou Putin a acreditar nas más intenções do país.
A juntar à paranoia de Vladimir Putin, em dezembro de 2011, ocorreu em Moscovo o maior protesto contra o governo desde o colapso da URSS após Putin ter anunciado que concorreria à presidência pela terceira vez.
Nessa altura, Clinton criticou o resultado das eleições parlamentares da Rússia, que deram ao Partido Rússia Unida de Putin 50% dos votos e insinuou fraude. Esse 'golpe final' levou Putin a acreditar numa conspiração americana de que os EUA estavam a construir um movimento de oposição dentro do seu próprio país para derrubar o regime.
Todos estes pontos levaram Putin a convencer-se de que é o próximo alvo dos Estados Unidos da América.
Perante as considerações americanas de que o líder russo está "louco", Putin volta a sentir-se como o "rato encurralado" da sua infância. Essa é uma das razões que leva o chefe de Estado russo a atacar o Ocidente, ameaçando com uma guerra nuclear, em vez de chegar a acordo com Zelensky.
Além disto, a sua crença de que não pode recuar para vencer fará com que Putin dificilmente abrande a sua ofensiva em busca de conquistar os seus objetivos.
A invasão russa iniciou-se na madrugada de dia 24 de fevereiro sob pretexto de "desnazificação" do país. A generalidade da comunidade internacional condenou veemente o ataque e as sanções económicas rapidamente chegaram à Rússia numa tentativa de isolar o país e fazer com que pare a guerra.
Putin aliou-se a Lukashenko, presidente da Bielorrússia, e não demonstra sinais de querer um acordo para pôr fim à guerra.
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O Papa Francisco pediu hoje o fim do "massacre" e do "inaceitável ataque armado" na Ucrânia, país que está invadido pelas tropas russas desde o dia 24 de fevereiro.
No apelo, que foi feito após o Ângelus, o líder da Igreja Católica condenou também a "barbárie" de matar crianças e civis na Ucrânia.
"Em nome de Deus... parem este massacre", afirmou o Papa Francisco...Ler Mais
O exército russo terá feito ataques com bombas de fósforo branco na noite de sábado, denunciou hoje o chefe da polícia da cidade de Popasna, a 100 quilómetros a oeste de Lugansk, no leste da Ucrânia.
"Isto é o que os nazis chamavam uma 'cebola queimada' e é isto que os 'russistas' (combinação de russos com fascistas, segundo nota de redação da AFP) estão a desencadear nas nossas cidades. Sofrimento e incêndios indescritíveis", escreveu Oleksi Bilochytsky na rede social Facebook, embora esta informação não tenha sido ainda verificada...Ler Mais
ENTREGA DE CARTÕES AOS MILITANTES DO CÍRCULO ELEITORAL 28.
Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática
Na democracia o poder reside no povo, a sua conquista exige ter maior número de povo eleitor.
O MADEM-G15, enquanto organização que almeja o poder, não pode remar contra esta ideia de ter maior número de povo eleitor. Com base nesta filosofia, procedeu-se à entrega dos cartões de militante no Circulo eleitoral 28.
Os novos militantes pertencem ao grupo "Bambaram di Ferro", que conta com 150 elementos na qual, todos se tornaram militantes do MADEM-G15.