By Flavio Batica Ferreira Flavio
Comentário!
By Julia Melamed
Hoje, segunda-feira, 2 de setembro de 2019; O programa matinal da Rádio Galáxia de Pindjiguiti abona a longa fila de ministros, deputados e diretores, que frequentar ministério das finanças para receber 2.500.000 para tratamento no exterior ”
Sim, bons filhos da Guiné-Bissau: porque todos os deputados, ministros e diretores têm direito a 2.500.000 cfa (dois milhões e quinhentos mil cfa) para viajar ao exterior para tratamento; enquanto os “filhos não adequados” da Guiné-Bissau, que não são ministros, deputados e diretores morrem todos os dias de doenças menores que são curáveis na uma região do Senegal.
Agora, prove que estou errado, se a quantia total de 2.500.000 de cada ministros, deputados e diretores não é suficiente para equipar hospital geral de todos os guineenses, BOM E RUIM, para receber tratamento justo?
Muito engraçado; porque, mais de 80% da população com seus familiares são os MAUS Filhos da Guiné-Bissau? Enquanto os poucos eleitos são os BONS filhos da Guiné-Bissau?
Maísa Gomes Cabral dos Reis é médica e enquanto aguarda a sua integração no sistema de saúde guineense, de onde saiu para fazer o mestrado, criou os iogurtes N'Té para melhorar a saúde da população guineense.
"Sempre quis fazer algo pela saúde, para melhorar a saúde da população guineense e pensando nas crianças que é o género mais vulnerável da população decidi criar esta linha de iogurtes grego natural feito e produzido cá na Guiné-Bissau", disse à Lusa a médica, de 37 anos.
Aliando a sua especialidade em Saúde Pública - depois de estudar medicina na Rússia, fez uma pós-graduação no Burkina Faso e está a acabar o mestrado em Epidemiologia no Gana - ao seu gosto pela cozinha e ao facto de estar farta de ficar em casa sem nada para fazer criou o N'Té, o primeiro iogurte grego natural produzido na Guiné-Bissau.
"Antes fazia para as minhas crianças, mas depois pensei e disse ao meu marido e se fizéssemos algo não só para as nossas crianças, unindo o útil ao agradável", explicou.
E assim começou o N'Té.
Mãe de quatro filhos, Maísa Gomes Cabral dos Reis trazia, sempre que viaja a Portugal de férias, uma mala só com iogurtes. Como ela, as suas amigas.
"Este ano não fomos de férias e decidi lançar estes iogurtes para ajudar não só as minhas crianças, mas também as outras para termos um iogurte mais cremoso, natural e feito na Guiné-Bissau. Por isso abracei este projeto com muito amor", salientou Maísa Gomes Cabral dos Reis.
O que a médica guineense não esperava é que o número de encomendas e de clientes aumentasse tão depressa, estando em curso a contratação de pelo menos duas pessoas.
"É verdade. Quase que não dou conta, mas é um projeto para a vida. A curto-prazo estamos a projetar fazer chegar o iogurte aos minimercados da cidade, nas tabernas, porque não vamos continuar a fazer a entrega ao domicilio, como agora", disse.
Atualmente, o N'Té pode ser encomendado pela página no Facebook, criada com o mesmo nome do iogurte, ou telefonar, mas Maísa Gomes Cabral dos Reis pretende torná-lo mais visível e deixar de o entregar diretamente às pessoas.
A ideia é que o produto passe a estar disponível em mais estabelecimentos comerciais e criar num futuro próximo uma unidade de produção.
"Eu tive um sonho e tenho ainda que é poder levar o nome da Guiné-Bissau, que é o país que eu amo, além-fronteiras. Quem sabe um dia produzir o iogurte grego e comercializar. Este é o nosso plano a longo-prazo", afirmou.
Maísa Gomes Cabral dos Reis e o marido, que abraçou a ideia da médica desde o primeiro momento, viajam e importam as boas ideias.
"Temos potencial e temos de divulgar esta boa imagem da Guiné-Bissau para não ficarmos só no país politicamente instável", disse.
Questionada sobre a sua outra carreira, a de médica, Maísa Gomes Cabral dos Reis não tem dúvidas de que a medicina está no "meio tudo".
"A medicina não é só tratar, mas também prevenir. Se tivermos uma boa alimentação, não vamos ter doenças. Isto liga a saúde alimentar, usamos leite testado e certificado no laboratório para o iogurte chegar em boas condições à população guineense", afirmou.
O N´Té tem um prazo de validade de 15 dias desde a sua produção e deve ser mantido no frigorífico.
Fonte: LUSA
Fotos: Albano Barai
Braima Darame
O Primeiro-Ministro e a comitiva tem tido tratamentos com todas as honras com convites de quase todos os quadrantes dos principais dignatários e outras figuras honoríficas deste país da Ásia Oriental.
Assim, no mesmo dia em que Aristides Gomes foi convidado com o seu homólogo de Timor, o Chefe do Governo foi o convidado de honra de José Ramos Horta para a plateia do Programa " Horta Show" da TVTL televisão pública timorense.
Os painelistas da edição daquele que é o programa televisivo em Timor, eram precisamente Ramos Horta e Xanana Gusmão. A conversa se incidiu no Aniversário da Independência com o historial da resistência nas 2 frentes: nas montanhas e frente diplomática.
Fonte: ditaduraeconsenso.blogspot.com
Por Jorge Herbert
No dia 24 de Novembro de 2019, os guineenses não só escolherão quem querem para Presidente da República, como também a figura que querem ver como a Primeira-dama nos actos oficiais em representação da Guiné-Bissau, nas ações sociais e a reforçar a imagem pública do Presidente da República e do país na senda internacional.
Analisando o perfil de duas das potenciais "candidatas" à essa função, sei que o povo guineense reconhece na atual Primeira-dama, Rosa Goudiaby Vaz a figura irrepreensível de esposa, mãe e avó dedicada, para além das suas atividades de cariz social através da Fundação que preside e que tanto tem ajudado os guineenses mais desfavorecidos. Inegavelmente uma mulher educada, humilde, trabalhadora e considerada o "pilar" principal da família e com um Registo Criminal imaculado.
Do outro candidato, sabemos que a esposa é economista de profissão e já exerceu cargos público na Guiné-Bissau. Atualmente é deputada do PAIGC, segundo consta, pelas mãos do marido, que é lider do mesmo partido.
Foi Diretora Geral do Tesouro Público na Guiné-Bissau, funções que já a levou a sentar no banco dos réus e ter sido condenada pela prática de Crime de administração danosa, numa pena de dois anos de prisão, suspensa por igual período.
Lembro que Nelson Mandela divorciou-se da Winnie e demarcou-se dos problemas que ela tinha com a justiça, porque sabia que o povo sul-africano não lhe perdoaria isso...
Será que o povo guineense deseja ter uma primeira-dama com um Registo Criminal manchado de um crime de administração danosa de bens do próprio Estado, sem que o marido, agora candidato presidencial tenha reprovado esse comportamento?
Povo ka burro...
Jorge Herbert
O Diretor Geral da Saúde Comunitária e Promoção da Medicina Tradicional, Pedro Vaz, disse hoje, 31 de agosto de 2019, que cerca de 80 por cento da população guineense recorre à medicina tradicional, embora a Guiné-Bissau esteja muito atrasada na pesquisa, promoção e revolução da medicina tradicional em relação aos outros países membros da organização da Saúde Africana Ocidental (OAS).
A entrevista concedida aos jornalistas decorreu no evento alusivo ao XVII aniversário do dia Africano da Medicina tradicional sob lema “Natureza é Vida”, organizada pelo Ministério da Saúde Pública em parceria com Cáritas Guiné-Bissau, Associação dos Médicos e Enfermeiros Voluntários. A exposição fica patente durante o evento que decorre nos dias 31 de agosto e 01 de setembrono pavilhão paroquial da nossa Senhora de Fátima inclui também consultas e venda de vários produtos medicinais derivados da natureza vindos de diferentes regiões.
Pedro Vaz assegurou que a maior parte das comunidades guineenses recorre às plantas medicinais devido à importância e naturalidade que esta proporciona no tratamento das suas efemeridades, uma vez que é consideradas complementos da medicina moderna.
Aquele responsável explicou que a organização da saúde da Africana Ocidental (OAS), tem o desafio de melhorar a prestação de saúde em que as pessoas recorrem à utilização de plantas medicinais sem estudos prévios, particularmente a “dosagem”. Esse fator motivou a institucionalização deste dia como dia Africano da medicina natural em que se promovem estudos e as plantas medicinais.
O Coordenador dos Programas da Cáritas Guiné-Bissau, Jean Marsault Ella, disse que a sua instituição tem zelado pela promoção e pesquisa das plantas medicinais tendo em conta que grande parte dos guineenses não tem acesso à medicina moderna por vários fatores particularmente o económico, e recorre a plantas para se tratar. Acrescentou que as farmácias naturais instaladas em diferentes setores registam um grande fluxo de pessoas interessadas nos medicamentos naturais.
Para a representante do Grupo da Medicina Natural da Guiné-Bissau, Irmã Maria Araudino, os populares têm reagido positivamente ao uso dos produtos médicos naturais devido à ligação destes com a natureza e suas plantas naturais.
Contou ainda que desde 2002 o grupo tem desenvolvido vários estudos, graças à ajuda das Cáritas da Guiné-Bissau e da Alemanha para a descoberta das plantas medicinais. Atualmente descobriram um novo medicamento a base de plantas naturais para o tratamento imunitário chamada Oximel preparado com vinagre da maça, mel e pitada de sal e esperam que este corresponda positivamente aos resultados esperados.
Por: Epifania Mendonça
Foto: E.M
OdemocrataGB
Hoje, a tecnologia é quase tudo na vida da maioria dos seres humanos. Vivemos sobre o que acontece ao redor do nosso telefone e não levamos em conta que muitas respostas só podem ser encontradas em livros.
Pensando nisso, um jovem chamado Victor Miron, um cidadão romeno, teve a brilhante ideia de promover uma campanha impressionante em uma cidade romena. Como mencionado, Victor acredita que muitas outras campanhas que promovem a leitura devem ser anunciadas.
Uma excelente maneira é recompensar os leitores, mas você se perguntará de que maneira. A sugestão de Victor é que todos aqueles que viajam em um transporte público e estão lendo um livro, não precisam pagar sua passagem.
Uma ideia brilhante que o jovem apresentou ao prefeito da cidade, Cluj Napoca, que publicou no Facebook e não demorou muito para dar a volta ao mundo recebendo muitas respostas positivas.
É evidente que a leitura enriquece os seres humanos, nos enche de imaginação e nos faz refletir, disseram as autoridades.
Esta não é a primeira campanha proposta pelo jovem Victor Miron, ele também criou um projeto chamado “Bookface“, onde os usuários do Facebook que têm um livro em seu perfil, podem obter grandes descontos em diferentes tipos de lojas, como livrarias, salões Beleza e muito mais.
Sabemos que a leitura sempre melhora o seu vocabulário e dá riqueza de pensamento e imaginação, disseram as autoridades de sua cidade
E você, o que achou dessa proposta?
Fonte: fiquesabendo.org
O secretário-executivo adjunto da Comissão Nacional das Eleições(CNE), Idriça Djaló, revelou esta quinta-feira, 29 de agosto de 2019, que foi cortado cinquenta por cento (50%) do valor orçado para a campanha da educação cívica das presidenciais de 24 de novembro.
Sem revelar o valor global orçado para a campanha da Educação Cívica, Idriça Djaló alertou que a redução da verba pode limitar o raio de ação da CNE, reduzir o número dos animadores cívicos e criar dificuldades ao processo.
Na sua intervenção no lançamento do relatório final das legislativas do projeto “Nha Voto” da organização não governamental Innovalab e do Observatório da Democracia e Governança (ODG), o secretário-executivo adjunto da CNE, que também tutela o departamento da Educação Cívica, explicou que o corte decorre da falta de meios para a realização das eleições presidenciais, “visto que as eleições são financiadas em grande parte pela comunidade internacional”.
Por sua Vez, Adulai Bari, presidente da organização não governamental Innovalab, acredita que é possível, através das novas tecnologias,contribuir para o desenvolvimento cultural do país. Nesta perspetiva,decidiram lançar a iniciativa de sensibilização aos cidadãos a terem uma noção clara na escolha dos seus dirigentes através do voto.
De acordo com o relatório divulgado pela Innovalab e o OGD, houve irregularidades em algumas mesas de voto nas legislativas de 10 de março passado. Irregularidades essas relacionadas com a troca de cadernos eleitorais, falta de comunicação e a não uniformização das atas síntese, “devido ao fraco nível de preparação da maioria dos agentes contratados para as mesas de recenseamento e assembleias de voto.
O relatório recomenda ainda à Comissão Nacional das Eleições a cumprir o direito à informação e sensibilização dos cidadãos, utilizando todos os meios de comunicação. Aos partidos políticos recomenda uma melhor organização e escolha dos seus candidatos com preparação ética e uma visão clara sobre o desenvolvimento. Às organizações da sociedade civil e população, a serem mais vigilantes e exigentes.
Por: Epifania Mendonça
Foto: E.M
OdemocrataGB
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou aos governos, às instituições acadêmicas e de investigação e ao setor privado no sentido de reforçarem a colaboração para integração da medicina tradicional africana nos programas de formação, de acordo com a intenção dos profissionais de saúde, estudantes e investigadores.
Na sua mensagem, no quadro de celebração do dia da medicina tradicional africana que se celebra hoje, 31 de agosto de 2019, a que O Democrata teve acesso, a Diretora Regional da OMS para a África, Dra. Matshidiso Rebecca Natalie Moeti, revelou que a maioria da população na região africana utiliza a medicina tradicional para satisfazer as necessidades em termos de cuidados de saúde. De acordo com os dados disponíveis, esta utilização atribui 70% inclusão ao Benin e 90% ao Burundi e à Etiópia.
No mesmo documento, a OMS informa igualmente que 40 Estados membros estão a implementar políticas de medicina tradicional, incluindo a sua integração nos currículos das ciências da saúde “o que representa um aumento extraordinário” comparado com oito (8) países em 2000. O documento sublinha, no entanto, que neste momento três (33) institutos de investigação estão a avaliar a qualidade, a segurança e a eficácia dos medicamentos tradicionais utilizados no combate ao paludismo, às infecções oportunistas relacionadas com o VIH/SIDA, bem como às diabetes, à hipertensão e à anemia falciforme, adoptando assim as orientações da OMS sobre essas enfermidades.
Dados da OMS indicam ainda que, em 2018, foram emitidas oitenta e nove (89) autorizações de introdução no mercado de medicamentos tradicionais utilizados no tratamento de doenças transmissíveis e não transmissíveis, incluídos quarenta e três (43 ) produtos de medicina tradicional nas listas nacionais de medicamentos essenciais. No documento, revela-se que a OMS já desenvolveu e testou, no terreno, instrumentos de formação de medicina tradicional com estudantes de farmácia e de medicina em 14 Estados membros.
Por: Carolina Djeme
OdemocrataGB
As eleições presidenciais de 24 de novembro na Guiné-Bissau devem custar cerca de 5,9 milhões de euros, depois de um processo de cortes decidido pelo Ministério das Finanças, disse hoje à Lusa, Odete Semedo, ministra responsável pela gestão eleitoral.
O orçamento inicial era de cerca de 5,7 mil milhões de francos CFA (cerca de 8,7 milhões de euros), precisou a ministra da Administração Territorial e Gestão Eleitorais.
O valor contempla as despesas e dividas, apresentadas por diversas entidades que participam no processo, nomeadamente o Ministério Público, Ministério da Justiça, Comissão Nacional de Eleições (CNE), forças de Defesa e Segurança, Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) e o próprio Ministério da Administração Territorial e Gestão Eleitorais.
Uma arbitragem feita pelo Ministério das Finanças concluiu que o orçamento para as presidenciais de 24 de novembro deve ficar-se pelo correspondente a cerca de 5,9 milhões de euros, sendo desse valor figuram as dívidas contraídas com os fornecedores de serviços nas legislativas de 10 de março passado.
Segundo a ministra Odete Semedo, os parceiros internacionais, que vão financiar parte do orçamento eleitoral, "disseram de forma categórica" que não iriam assumir as dívidas e "de pronto e de forma responsável o Governo se comprometeu em saldá-las".
A governante esclareceu, contudo, que as dívidas com os fornecedores, orçadas atualmente em cerca de 900 milhões de francos CFA (cerca de 1,3 milhões de euros) só serão pagas após serem auditadas.
Do valor global previsto para as presidenciais, o Governo guineense "já está a financiar as despesas primárias" e Portugal já se disponibilizou em fornecer alguns materiais eleitorais, que devem ser contabilizados no orçamento, esclareceu Odete Semedo.
"Tudo está na trilha e vamos avançando, 24 de novembro não é para falhar", declarou a ministra que acredita que haverá dinheiro para organizar e realizar as eleições.
LUSA
Rádio Jovem Bissau
Secretarias de Estado da Juventude e do Plano e Integração Regional em colaboração com o Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial, realçam no ato o objectivo do governo perante a juventude, que segundo elas visa, “governar para a Juventude e com a Juventude”.
By Aliu Cande
O aparelho informativo instalada nas Alfândegas em Bissau, tem como o objectivo principal, facilitar a vida dos operadores económicos e do próprio governo na medida em que as estatísticas de exportação serão doravante mais fiáveis.
"Guichet Único" foi doado pelo Projeto de Reabilitação do Sector Privado e Apoio ao Desenvolvimento Agro-industrial (PRSPDA/BM).
Fonte: Alison Cabral
Meus irmãos, neste palco, ladeado por dez bandeiras da nossa Pátria, bandeiras que representam cada uma das regiões e o sector autónomo de Bissau, quero, antes de tudo, dizer-vos o orgulho e a honra que é estar perante tantos irmãos, vindos de todo o país.
(...)
Se estou aqui, hoje, é muito por força dos apelos que tenho recebido para continuar o trabalho que convosco iniciei, contra todos os que querem as riquezas deste povo só para eles e para as suas famílias (É misti toma tudu riqueza dé povo son pá sê cabeça ku sê famílias) e desejaram a instabilidade, a fome e a miséria do nosso país, "É Guine ku nô djunta ten de Sabi pá Tudu Fidjus di Guiné".
Quero agradecer à todos os Guineenses em geral e a todos os presentes neste espaço, em particular ao Movimento de Apoio a JOMAV, ao Movimento de Apoio a Botche Cande, à Plataforma da Juventude, ao Grupo dos Académicos, ao Movimento Social, ao Gabinete da Primeira-Dama e todos os que na Presidência da República comigo trabalham e me são leais e, claro, à minha família, hoje aqui representada pelo meu filho Herson Vaz e que têm sido incansáveis nesta caminhada.
E quero reiterar o meu profundo agradecimento todos os irmãos guineenses.
(...)
Estes cinco anos foram anos de luta. Luta feroz, sem tréguas, com ameaças físicas e verbais contra mim e contra a minha família, e contra todos os que defendem e comungam comigo as mesmas causas. Esses insultos e mentiras vieram sobretudo daqueles que até hoje foram os únicos beneficiários da nossa independência e das riquezas do país e que querem continuar a sê-lo, vivendo à custa da maioria do nosso povo.
Enquanto me restar força, enquanto eu puder lutar, estou e estarei ao vosso lado, ao lado do povo, dos que não têm voz.
E se preciso for, darei a minha vida pela nossa Guiné-Bissau, por todos vós, pela vossa libertação total e definitiva. Essa é minha causa. Esse é o combate de JOMAV. Sei que posso contar convosco.
(...)
Eu ACEITO com orgulho e honra os vossos pedidos para me recandidatar para um segundo mandato. Afirmo hoje e aqui perante vós, meus irmãos e povo da Guiné-Bissau, que é por vós, para realizar os vossos anseios, continuarmos juntos a fazer desta terra um grande país, que eu sou candidato às eleições presidenciais de dia 24 de novembro próximo.
(...)
Irmãs e Irmãos Guineenses,
Dou-vos a garantia que sempre vos dei: ao merecer a vossa confiança lutarei no próximo mandato tal como fiz neste para manter a Paz civil, a tranquilidade interna e a liberdade como conquista a caminho da consolidação.
(...)
Conto convosco e sei que contam comigo.
Juntos a caminho do progresso com este Presidente de Paz.
No Dia 24 de Novembro conto convosco.
A Guiné-Bissau precisa de todos nós.
Viva a Guiné-Bissau!
Viva a Paz!
Viva a liberdade!
OBRIGADO!
By José Mário Vaz - Presidente da Republica da Guiné-Bissau
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, aceitou hoje o pedido feito pelos seus apoiantes e anunciou que vai ser candidato às eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.
"Um, dois, três. Aceito com orgulho e honra os vossos pedidos para me recandidatar para um segundo mandato", afirmou José Mário Vaz perante o aplauso de centenas de apoiantes.
"Afirmo hoje e aqui perante vós, meus irmãos e povo da Guiné-Bissau, que é por vós, para realizar os vossos anseios, continuarmos juntos a fazer desta terra um grande país, que eu sou candidato às eleições presidenciais de 24 de novembro", continuou o Presidente guineense.
José Mário Vaz falava num espaço cultural, em Bissau, que começou a ser preparado ao início da manhã de hoje para a cerimónia de anúncio da candidatura, que juntou, segundo a organização, cerca de duas mil pessoas.
A imprensa foi convocada para estar presente às 15:00 locais (16:00) em Lisboa, mas teve de esperar, à semelhança dos apoiantes, mais de três horas para ouvir o já esperado anúncio do Presidente guineense de que é candidato às presidenciais.
Num longo discurso, de 12 páginas, José Mário Vaz fez um balanço sobre os cinco anos do seu mandato e deixou críticas aos seus adversários políticos.
"Estes cinco anos foram anos de luta, luta feroz, sem tréguas, com ameaças físicas e verbais contra mim e contra a minha família, e contra todos os que defendem e comungam comigo as mesmas causas", disse.
Segundo José Mário Vaz, os "insultos e mentiras" vieram dos que até hoje "foram os únicos beneficiários" da independência da Guiné-Bissau e das "suas riquezas".
"Os que fazem marchas, vigílias, enganam e mobilizam mulheres e jovens para servirem os seus interesses pedem paz e depois calam-se em troca de nomeações para cargos de ministros, diretores ou outras funções", salientou o chefe de Estado.
José Mário Vaz acusou também "os que viajam para o estrangeiro" de dizerem mal do país e contarem "mentiras", bem como de venderem os interesses da pátria em "troca de grandes quantidades de dinheiro, privilégios e tempos de antena nas rádios e nas televisões com direito a comentadores tendenciosos, mas disponíveis para abordar conteúdos sem fundamento, difundindo assim falsas notícias em vários meios de comunicação social".
"É normal que um cidadão e líder de um grande partido peça às Forças Armadas para darem um golpe de Estado? É normal que o mesmo indivíduo que apela a um golpe de Estado contra a Constituição seja hoje candidato às presidenciais para fazer cumprir a Constituição?", questionou José Mário Vaz.
O Presidente guineense referia-se ao líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, Domingos Simões Pereira, que é o candidato deste partido às presidenciais, depois de ter visto o seu nome ter sido recusado por José Mário Vaz para o cargo de primeiro-ministro.
A candidatura do Presidente é apoiada por vários movimentos, incluindo o de Botche Candé, eleito deputado pelo Partido de Renovação Social e conselheiro de José Mário Vaz, e por vários partidos sem assento parlamentar.
Além de José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira, são candidatos às eleições presidenciais Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro do país e candidato independente, Umaro Sissoco Embalo, também antigo chefe do Governo guineense e apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Idrissa Djaló, líder do Partido da Unidade Nacional, e Vladimir Deuna, também do Madem-G15, mas que concorre como independente.
Nancy Schwartz, candidata independente, é, até agora, a única mulher na corrida.
LUSA
Rádio África FM/ Guiné-Bissau
O despacho do governo que abole todos os postos de controlo inter-urbanos é uma decisão acertada, no caminho da almejada promoção de livre circulação de pessoas e bens. A medida constitui um sinal forte de desintoxicação das artérias públicas que, ao logo de décadas, transformaram-se progressivamente em mercados de burla pública contra o cidadão comum.
De Bissau para todos os cantos do país, centenas de postos improvisados, serviam de meio para injustamente confiscar dinheiro aos cidadãos que diariamente labutam para garantir o pão para a boca. Os agentes policiais descaradamente têm legitimado e comportado como autênticos “cobradores de impostos” ilegalmente institucionalizados.
Alguém tinha que atuar para estancar a prática que muito custou aos cidadãos.
Nos últimos anos, as vias públicas foram inundadas de incontáveis agentes fardados ao ponto de se confundirem com as viaturas. Em cada interseção, quer dentro de Bissau quer fora, constatava-se vários agentes cujo trabalho era estorquir dinheiro aos automobilistas e aos comerciantes.
A exigência de garantir a segurança pública nunca deveria servir de pretexto para assaltar, sem vergonha, os bolsos de humildes cidadãos. A segurança e ordem pública deve ser garantida com mecanismos objetivos e justos, a bem dos cidadãos, não contra eles. O governo deve assumir a sua responsabilidade cabalmente para que a medida não seja mais uma mera propaganda condenada ao fiasco. Para isso, é preciso inovar os mecanismos de controlo através da capacitação dos agentes afetos às linhas fronteiriças, adotando-lhes de armação tecnológica que lhes permita detetar materiais ilícitos dissimulados. Nessa estratégia, a Polícia Judiciária deve merecer uma atenção especial no combate ao crime.
A nova medida é um desafio para o governo, que deve pôr um ponto final na disputa de competências entre as forças de segurança, nomeadamente: a Polícia de Transito e a corporação da Guarda Nacional. Em definitivo, é hora de se mentalizar que qualquer medida ou política pública que não promova o bem-estar dos cidadãos deve ser banida. Há muito tempo que cidadãos deste país têm sofrido e pago injustamente faturas que beneficiaram exclusivamente um punhado de indivíduos que agem sob capote de fiscalização e controlo.
A medida deve ser extensiva aos demais serviços de cobranças em via pública, nomeadamente: portagens de João Landim, São Vicente e Jugudul, que diariamente acumulam somas avultadas em dinheiro cujo paradeiro é duvidoso, considerando a permanente degradação das vias rodoviárias do país.
Ao governo, é urgente reativar a máquina (Raio X) de controlo de bagagens no Aeroporto Internacional “ Osvaldo Vieira”, como forma de pôr cobro à vergonhosa situação de descontrolo que caracteriza os serviços que ali operam. É hora de agir, para desmantelar as redes ilícitas e repor a autoridade do Estado ao serviço dos cidadãos.
Por: Redação
OdemocrataGB
Fonte: patriamada-gb.blogspot.com
Domingos Simões Pereira, vulgo DSP na versão francófona dos grandes populistas africanos, ADO, IBK e outros..., deve constituir um caso de estudo na politica guineense, se se considerar, o percurso anormal e péculiar que marcou a sua emergência e ascendência fulgurante no cenário politico nacional.
Na realidade, DSP teve um percurso político, é certo, de rápida ascendência, mas também, marcada por zonas cinzentas e de interrogações.
Na realidade, DSP era conhecido como um pontificado militante do Partido da Convergência Democrática (PCD), partido satélite e uma charneira política criada por Nino Vieira nas vésperas da abertura democrática com o fito de criar uma fachada de oposição política, para só mais tarde, vir a consumar a sua transumância politica para o PAIGC, partido onde conseguiu num curto espaço de tempo tornar-se presidente, convertendo-se radicalmente à causa dos Libertadores, onde hoje exerce, uma liderança ditatorial e absolutista.
A sua transumância para o partido dos Libertadores, formação politica pelo qual não tinha e não se lhe conheciam quaisquer simpatias ou ligações no passado, teve no entanto, um dado de aliciamento muito importante. DSP, fê-lo apenas na condição de aceder ao elenco governativo do primeiro Governo chefiado por Carlos Gomes Júnior, ficando assim como pormenor e registo, que a adesão de DSP aos Libertadores, foi movido por interesses primordialmente de promoção pessoal e de ascensão social e não, por convicções ideológicas ou de militância politica desinteressada.
O inusitado em tudo isso é que, anteriormente Domingos Simões Pereira nunca teve uma relação de simpatia e tão pouco de militância assumida com o partido dos Libertadores, conhecendo-se-lhe pelo contrário, nos tempos da sua militância “pécédista” ter uma assumida hostilidade ao partido dos Libertadores que, segundo a voz populis tal aversão, está relacionada com as suspeitas que a familia Simões Pereira, sempre manifestou relativamente à morte trágica do irmão Bartolomeu num acidente de viação, cujos contornos, deram à seu tempo muito que falar, e com a qual, os familiares nunca se conformaram até hoje.
Na realidade, Domingos Simões Pereira, sem se ter iniciado sua carreira política como militante de convicções e de primeira hora do partido de Cabral, conseguiu chegar a liderança dos pégécistas por obra do acaso, sem sobressaltos e nem oponentes de peso, graças ao vazio provocado pelo exílio forçado da liderança de então do partido. Consciente dessa oportunidade única, DSP soube aproveitar-se estratégicamente desse vazio facilitador, para no momento certo, se acaparar facilmente do partido sem grandes oposições. Para consumar essa estratégia de apoderamento da liderança orfã dos Libertadores, DSP soube oportunisticamente aproveitar-se do apoio empenhado da cúpula exílada no Congresso de Cacheu, particularmente do ex-lider que lhe dispensou apoios e deu indicações de votos, porquanto via na sua pessoa, um lider moderno e capaz e que podia restruturar e reunificar o partido depois do rude golpe sofrido em abril de 2012.
No entanto, sabe-se porém, que mal instalado na liderança do partido DSP, descartou-se literalmente dos dirigentes em exílio, tendo até para com ex-lider do partido, um comportamento de deselegância pública, para além de que, internamente ia movendo activamente os cordelhinhos da intriga e da instigação junto à classe castrense, com o intuíto de os instrumentalizar no sentido de estes obstacularizarem quaisquer intenções de regresso dos exilados, em particular do antigo presidente do partido e ex-chefe de Governo, Carlos Gomes Júnior, com o manifesto receio, que a presença deste poderia vir a ensombrar a sua liderança à frente dos Libertadores.
Feito herdeiro, sem se dar conta, de um grande partido nacional nas circunstâncias que se retratam, as acções e condutas de DSP na liderança dos Libertadores até a presente data, têm deixado muito a desejar, quer como lider ganhador na senda do seu antecessor, quer como exemplo que se pretendia para a liderança de um partido fortemente abalado nas suas estruturas dirigentes, isto é, um lider aglutinador e promotor da paz interna e coesão de todos os seus dirigentes. Entre as acções e estratégias questionáveis de DSP, ressaltam os seguintes dados factos que marcaram negativamente a sua conturbada liderança.
Primeiro dado negativo: com a liderança de DSP, os simbolos fortes do partido passaram a girar à volta da sua omnipresente figura assente numa enorme campanha promocional interna tendente à personificação do partido em torno da sua única e exclusiva identidade, chegando a roçar tal prática, um verdadeiro culto de personalidade.
Como presidente do partido, tudo passou a pontificar-se pelo seu nome e personagem, omitindo-se deliberadamente todas as outras realizações, obras, acções e resultados marcantes conseguidos pelos seus antecessores, como se esses nunca tivessem existido ou liderado o partido. Aliás, mais atitudes tendentes à personificação e afirmação absolutista da figura de DSP, foram-se sucedendo no seio do partido e louros foram-lhe cantados, adjectivos pomposos atribuidos nas redes sociais e nos meios de comunicação envadidos e dominados pelo séquito de apoiantes.
Todos esses “louvores” encomendados e sustentados à peso de fortes avenças e contrapartidas, parecem no entanto, que não chegavam para alimentar o super ego narcisista do DSP, um lider fortemente clamado, mas sem nenhuma prova palpável demostrada na governação do país, mas cuja figura, era intensamente proclamado e idolatrado pelos seus apaniguados, com adjectivos e epítetos de grandeza, tais como, o “Sol maior”, “Lider dos lideres”, “Salvador da Pátria”, “Matchu, Chefe dos chefes”, o qual, na sua vã imaginação de glórificação, vai patéticamente caucionando, com a desmedida ambição de querer suplantar todos os grandes lideres da história dos Libertadores.
Pior ainda, chegou-se ao cúmulo de a figura e liderança de Amilcar Lopes Cabral, Fundador do partido e Pai da Nacionalidade, ser-lhe ostensivamente comparado de forma presunçosa, notando-se a caução subpterícia e ganânciosa do próprio. Igualmente, contra toda a tradição do partido, passou-se ousada e deliberadamente a colocar-se a efíge ícónica de Cabral, lado à lado com a de DSP num manifesto exercicio de comparação das suas figuras imagens e as epopéicas palavras de ordem de Amilcar Cabral passaram a ser escrutinadas paralelamente com as de DSP, de forma irresponsável e com desmedida ambição comparativa.
Segundo dado negativo : mal instalado na liderança do partido, DSP arrogando disciplina partidária, iniciou com autoridade e intenção deliberada, uma autêntica purga contra todos seus potenciais opositores no seio do partido, visando no essencial, a eliminação de qualquer foco de contestação interna que pudessem perturbar o tipo de liderança que queria impôr no partido, tendo começado cirúrgicamente pelos reconhecidos nostálgicos e apoiantes da antiga liderança.
O afastamento voluntário ou compulsivo de muitos militantes que não se-lhes submetiam, foi-se sucedendo no partido, sendo o mais fracturante a ruptura ocorrida com o denominado Grupo dos 15, cujo episódio de confronto com a liderança totalitária e de intolerância de DSP às contestações internas, foi a que mais se fez sentir de forma repercutante nas eleições legislativas passadas.
Em contraponto as acções purgativas no seio do partido, DSP foi criando internamente, o seu grupo de conforto e de submissos em todas as instâncias e sensibilidades do partido, com cujos apoios estratégicos, conseguiu ter o controlo e dominio quase absoluto do partido em todos os seus quadrantes. Para conseguir esse desiderato, DSP fez promover no partido um elitismo baseado no servilísmo e submissão à sua figura e as suas pretensões ditatoriais e, para isso, utiliza como critérios de ascensão nos orgãos do partido a confiança pessoal, os laços familiares ou do seu grupo de interesses.
Alguma das pessoas que se promoveram aleatóriamente n partido, nunca pertenceram ao partido, não passando de simples admiradores de DSP, que oportunisticamente se colaram ao PAIGC, para dele se servirem. Essas pessoas que entraram no partido pelas mãos e graças do lider, foram sendo inexplicávelmente promovidas em tempo recorde, aos orgãos cimeiros do partido, nomeadamente BP e CC, em detrimento de figuras com percurso de militância reconhecidos no partido. É com esse grupo de novos intrusos “promovidos”, que DSP, constitui o seu fortím de defesa acérrima à idolatração da sua imagem e instrumento de excelência de propaganda, dissuação e minimização de quaisquer veleidades ou sinais de contestação internas à sua liderança.
Terceiro dado negativo : demostrando cada vez mais claramente, ter uma agenda própria, DSP vai-se sobrepondo-se sobranceiramente à estrutura e à nomenclatura interna do partido, demostrando em várias ocasiões o seu desprimor e até certa desconsideração para com os seus pares dirigentes, tomando recorrentemente decisões unilaterais em nome do partido, só os comunicando posteriormente aos demais membros, já como facto consumado.
Como presidente do partido, DSP, açambarca completamente todas as acções, representações e aparições partidárias, deixando os demais orgãos dirigentes no completo ostracismo e inoperância e, quando não o faz, era mais correntemente deixar o protagonismo aos lideres dos micro-partidos seus aliados, principalmente aos lideres da UM e do PUN. Aliás, houve largos periodos que no cenário da intervenção politica, o lider da UM é que era habitualmente, a voz mais marcante dos Libertadores, pertencendo até a este pequeno partido, as maiores iniciativas e posicionamentos com maior visibilidade e impacto sobre as questões mais candentes da politica nacional. Por força desse alinhamento de conveniência politica, esses pequenos partidos, incluindo extensivamente o PND em certa medida, foram ganhando espaços e influências nos circulos do poder às expensas dos Libertadores, ao ponto de se transformarem paulatinamente em porta-vozes e opiniões orientadoras priviligiadas de DSP. Por consequência, raras eram as viagens, negociações ou estratégicas políticas dos Libertadores, que não contassem com a participação ou posicionamentos marcantes dos referidos lideres, que muitas vezes se sobrepunham, assumindo até maior protagonismo que os próprios dirigentes do PAIGC.
Essa estratégia de deliberada minimização ou acantonamento dos demais dirigentes e valores internos do partido, tem tido particular respaldo na constituição dos elencos governativos liderados pelo PAIGC, onde manifestamente, DSP, em vez de dar prioridade ao equilibrio interno e dar vazão as legitimas expectativas dos seus quadros dirigentes em serem chamados a participarem nas actividades governativas do partido, dá clara primazia em satisfazer as pretensões dos seus aliados de circunstância.
Para o caso da estranha peristência obsecada na figura de Geraldo Martins no cargo de Ministro da Economia e Finanças, esta realidade, é de novo perfeitamente visível na constituição do actual elenco governativo, onde, em detrimento dos quadros do partido, foram as formações politicas sem qualquer expressão e importância no xadrez politico (porém “fiéis e servis” à DSP), é que foram surpreendentemente beneficiadas com importantes postos ministeriáveis no aparelho do Estado. São os casos, da atribuição do Ministério da Justiça e Direitos Humanos ao Movimento Patriótico, do Comércio e Artesanato ao lider do PND, da Agricultura e Desenvolvimento Rural à SG do PUN, por deferência do seu presidente, das Secretarias de Estado da Comunicação Social e dos Combatentes da Liberdade da Pátria para a UM e, finalmente, a SE do Turismo e Artesanato para o PCD !!!!.
Todos esses pelouros e por arrastamento as respectivas Direcções Gerais, foram incompreensívelmente atribuídos aos micro-partidos que gravitam servilmente à volta do DSP, enquanto proeminentes quadros do partido, são deliberadamente esquecidos e postergados para se dar satisfação aos interesses da agenda particular do lider do PAIGC.
Essas opções estratégicas de DSP não podem deixar de ser questionáveis, porque ela dá claramente prioridade à construção de uma fachada de aparente inclusão ao agregar muitos micro-elementos externos ao partido à sua volta para, deliberadamente criar-se a ilusão de um lider aglutinador de sensibilidades à volta da sua liderança, enquanto minimiza as valências internas, cujas consequências são imprevisíveis para a coesão interna do partido.
Uma outra decisão controversa assumida por DSP, claramente motivada, caso não o fizesse, pelo receio de perder o poder devido ao resultado catastrófico das legislativas de 2019, e que acarreta questionáveis ganhos politicos para o partido, é a aliança de incidência governativa apressadamente selada com a APU de Nuno Gomes Nabian no rescaldo da supracitada eleição. Os contornos desse casamento quase-instantâneo e sem noivado, prevê-se à partida de efeitos colaterais explosivos com acção retardada, quer para o partido, quer para a áurea do próprio DSP.
Quarto dado negativo : apesar de aparentemente ser reconhecido a DSP, uma grande capacidade negocial e de convencimento, em vez de priorizar o dialogo interno, quer no partido, quer nas instâncias nacionais, optou recorrentemente por externalizar todos os problemas politicos que surgiram e se desenvolveram, por arrastamento da sua demissão como Chefe de governo. Foram imensos os casos em que, por sugestão e convencimento de DSP, questões politicas e negociais, que podiam ser perfeitamente resolvidas internamente, sem se pôr em causa a nossa soberania e a idoneidade das nossas instituições foram externalizadas, sendo os simbolos e as instituições da República subalternizadas, humilhadas e levadas à reboque de intervenções e decisões desfasadas e descontextualizadas das instâncias regionais, arcando assim o país, com avaliações desprestigiantes e de manifestas desconsiderações para com a nossa soberania e dignidade. Foram as constantes manigâncias politicas de DSP, que arrastaram regularmente os problemas do pais para o exterior, promovendo a regionalização da nossa crise, com a exportação das nossas questões internas para Conakry, Lomé e à espaços até Dakar, de cujas experiências e resultados só trouxeram soluções desprestigiantes e humilhantes para o país nos últimos cinco anos. Foi nesse contexto de profunda deslocalização e descaracterização dos nossos problemas, que DSP, foi trocando de Chefes de Estado-padrinhos, conforme os sabores e desabores dos resultados das mediações. Hoje noentanto, ao que se parece DSP voltou-se para os padrinhos e protectores de sempre, os de Lisboa e aparentemente, nos últimos tempos, igualmente com o embaixador dos EUA
Quinto dado negativo : logo após ascender ao cargo de Chefe de governo, DSP, deu mostras claras da sua propensão pelo dinheiro e não se coibiu de deixar bem claro nas acções e apetências de que, tinha uma agenda prioritária com o dinheiro e com tudo que lhe possa proporcionar um enriquecimento rápido possível, sem olhar a meios para os alcançar. Aliás, era facilmente perceptível que o conflito exacerbado que opôs DSP ao PR cessante, este igualmente com os mesmos propósitos e propensões financeiras, eram fundamentalmente ligados à luta pelo acesso e acaparamento das fontes de recursos do Estado. Com essa agenda previamente estabelecida, DSP estendeu os seus tentaculares interesses através dos seus homens de mão colocados nos postos mais estratégicos do Governo (Ministério da Economia e Finanças, Obras Publicas e Equipamento Social, Transportes e Comunicações, Recursos Naturais etc...) e também nas Instituições e Empresas públicas de grande facturação. Aos seus homens de mão, eram confiados missões de montagens de mecanismos sofisticados de gestão, que lhes permitissem desviar fundos e dividendos do Estado por sua conta e do seu grupo à partir das fontes e fluxos financeiros das entidades onde eram colocadas.
O caso do MEF, Geraldo Martins foi dos mais flagrantes, sendo este o seu “play-maker” de eleição em todas as montagens e desvios de erário público, estando estimado por conta dessa dupla, desvios acima de 42 milhões de euros, distribuidos por dezenas de negócios sujos e de peculato, sendo a mais escandaloso, a grande golpada da montagem do “resgate do BAO”, assunto explosivo, sobre a qual iremos debruçar brevemente.
Na procura incessante de se enriquecer à todo o custo e o mais rapidamente possível, DSP viu-se envolvido, pessoalmente ou por entrepostos familiares (normalmente o filho ou o irmão mais velho, este grande comissionista), em vários negócios incompativeis com o seu estatuto de Chefe de governo. Entre os negócios de manifesto conflito de interesses, pode-se citar, o contrato de vazamento de lixo com a CMB celebrado com o filho no valor de 75 milhões de FCFA mensais (valores absurdos para uma edilidade com problemas financeiros estruturais, incluindo falta de meios para pagamento regular de salários) e também, a captura do sector de agenciamentos de navios pesqueiros pelo irmão que detinha o monopólio e cobrava comissões avultadas entre outros...
No entanto, do curto periodo de tempo que esteve à frente da chefia do governo, DSP soube juntar um grande pecúlio financeiro e de bens, que se manifestam pelos sinais exteriores de riqueza que ele e a sua familia exibem, nomeadamente bes imóveis (no pais, em Dakar, Conakry e Lisboa), bens de luxo, frota de viaturas de alta gama, incluindo sinais de riqueza e de opulência demostrados pelos filhos, ele DSP que, antes ser chefe de governo se limitava a uma viatura a pedir reforma e uma casa de médio standing no bairro de Luanda. Sinais de mãos-leves sobre o erário público...
Sexto dado negativo : DSP, embora aparente abertura de espirito e de ser um politico de diálogo e de consensos, já demostrou em várias ocasiões e cenários de que, não sabe lidar com as diferenças de opiniões, não tolera a critica e não gosta de ser minimamente contrariado nas suas pretensões, chegando mesmo a mostrar sinais de tendencias e propensão à condutas ditatoriais. Essas posturas e comportamentos, tornaram-se notórios desde o inicio da sua chegada a chefia do governo e com o tempo, tornaram-se evidentes, nas várias batalhas políticas que teve que travar e onde se exigiam poder negocial, pragmatísmo e experiência, mas que foram pontificadas pela sua postura fabricada de “durão”, de político intransigente, irrescível e de teimosia tinhosa, típicamente africana de mostrar “matchundadi”. DSP, perdeu-se pela auto-vanglorização e promoção populista da sua personalidade, cuja alcunha de “matcho” parece embriagá-lo para os mais descabidos caminhos e opções politicas. Está hoje, mais do que provado de que, DSP funciona com uma matrix de pensamento préconcebido, imbuido de complexos de superioridade, em que se julga o mais inteligente e dotado de todos os guineenses, quando na realidade nada fez e nem provas deu, para assim pretender ser ou proclamar-se. A sua negação ao diálogo, mais que uma posição de intransigência, é um comportamento intrínseco de um homem ganancioso, egoista e sectarista, atitudes porém, que levarão à sua perdição e ao seu fim politico a curto prazo.
Sétimo dado negativo : Com a subida de DSP à chefia do Governo, começou-se o grande ciclo da banalização da vida politica e das instituições da República em toda a sua extensão e alcance. Até as instiuições de soberania que outrora foram salvaguardadas (presidênci da República, ANP e Tribunais), foram trazidas à compita da guerra política mundana e de baixo nivel que degrada o nosso país. Ter perdido o poder para DSP, foi uma autêntica declaração de guerra para com os seus concidadãos, visando tornar este país ingovernável, desde que não seja ele a governar e a conduzir a seu bel-prazer os destinos deste país, sendo no entanto que, em tempos, outro lider, mais conceituado e carismático que DSP tinha sido injustamente afastado do poder, mas conformou-se com as circunstâncias, reorganizou-se e ao partido e voltou a reconquistar o poder leal e patrióticamente, sem condicionar, penalizar ou paralizar o país. Com DSP, o país foi levado ao reboque das suas guerras e ambições, tornando o pais uma incerteza durante cinco longos anos...
Desde que foi afastado do poder, DSP embrenhou-se numa cruzada destrutiva de qualquer emergência de uma solução governativa que não passasse por ele e passou a utilizar todos os meios possíveis e imagiáveis ao seu alcance, para fazer-se crer, que sem ele, este país não tem futuro nem sustentabilidade. DSP, em acto de desespero e de puro egoismo, instrumentalizou a sociedade vitimizando-se, financiou movimentos sociais para a desistabilização permanente do país, corrompeu e manipulou os tribunais e os juízes de todas as instâncias, chantageou e coagiu os parlamentares orientando-os para comportamentos anti-democráticos desclassificáveis, instrumentalizou os sindicatos e os jovens de forma interesseira banal, com meros fins do seu projeto pessoal. Enfim...DSP, dividiu a sociedade, as familias, os irmãos...na vã ganância de mandar à todo o custo e por todos os meios possíveis e imagináveis.
E suma, todos esses pontos acima que consubstanciam as atitudes e comportamentos negativos de DSP à frente dos Libertadores, justificam a pergunta seguinte :
Será Domingos Simões Pereira, DSP, um verdadeiro militante do PAIGC, um verdadeiro soldado de Cabral, ou um mero impostor que se serve do partido para os seus fins pessoais e de grupo ??
A cada militante a sua sentença, pois factos para avaliarem e julgar o DSP não faltam.
Bem hajam
Catió, 27 de agosto de 2019
Francisco Na Rimba
Foto: PAIGC 2019