segunda-feira, 12 de maio de 2025

Estudo: Brasil tinha mais de um milhão de deslocados internos em 2024... O Brasil tinha mais de um milhão de deslocados internos em 2024, sendo que 775.000 foram devido às cheias de maio no estado do Rio Grande do Sul, anunciou hoje uma Organização Não-Governamental num relatório.

© Getty Images  Lusa  12/05/2025

De acordo com o "Relatório Global sobre Deslocações Internas 2025" publicado pelo Centro de Monitorização das Deslocações Internas (IDMC), uma ONG que faz parte do Conselho Norueguês para os Refugiados, o Brasil tinha 1.124.000 deslocados internos por desastres naturais e 19.000 por conflitos e violência em 2024.

As cheias no Rio Grande do Sul inundaram uma área do tamanho do Reino Unido e, como consequência, cerca de "775.000 pessoas deslocaram-se, principalmente na capital do estado, Porto Alegre", referiu.

Esse desastre, causado por uma precipitação acima da média entre abril e meados de maio, "desencadeou mais deslocações do que as registadas em todo o país em 2023", segundo a investigação.

Consequentemente, este foi o maior número de deslocados internos por uma catástrofe alguma vez registado no Brasil, frisou a ONG.

Segundo o relatório, as análises feitas ao acontecimento "sugerem que as alterações climáticas e o insuficiente desenvolvimento e adaptação das infraestruturas tornaram o evento duas vezes mais provável e contribuíram para a sua escala e gravidade".

O governo do estado declarou uma calamidade pública em 06 de maio e apelou às autoridades federais e às agências de ajuda internacional para que prestassem mais apoio às pessoas afetadas, incluindo aquelas cujas casas tinham sido danificadas ou destruídas, contextualizou. 

No entanto, "as respostas lideradas pela comunidade também foram fundamentais, uma vez que os cidadãos organizaram equipas de salvamento para apoiar os bombeiros e as forças de defesa civil", relembrou.

A entidade referiu que "um estudo geoespacial mostrou que as áreas mais afetadas pelas cheias eram habitadas por residentes mais pobres" e que as "comunidades negras e indígenas também foram forçadas a fugir em taxas mais elevadas do que a população em geral".

Atualmente, o Governo federal está a atualizar o plano nacional de adaptação para 2024-2035, "o que é muito necessário, uma vez que os modelos climáticos sugerem que a precipitação média continuará a aumentar, particularmente no sul", alertou.

A ONG frisou ainda que, após as inundações, o executivo criou uma secretaria para apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul e coordenar os esforços de recuperação.

Esta é a décima edição do relatório, em que se estima que 83,4 milhões de pessoas estavam a viver deslocadas internamente no final de 2024, mais do dobro registado há dez anos, lamentou.


Leia Também: A África Subsaariana tinha 38,8 milhões de deslocados internos em 2024, representando 47% do total global, sendo o Sudão e a República Democrática do Congo os países com maiores números regionais, segundo uma Organização Não-Governamental (ONG).

ORDEM DOS ENFERMEIROS PEDEM MELHOR CONDIÇOES DE TRABALHO

  Rádio Sol Mansi   12. 05. 2025

O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros da Guiné-Bissau quer que o Ministério da Saúde Pública assuma a sua responsabilidade de valorizar o papel dos enfermeiros no sistema de saúde.

Alberto Oliveira Lopes falando numa entrevista a RSM na celebração de hoje, ligado ao Dia Internacional dos Enfermeiros, sob o lema: "Cuidando dos Enfermeiros a Economia", disse que o Ministério devia ter uma certa compreensão em como não podia marcar a campanha de vacinação no mesmo dia com o dia da celebração da data dos Enfermeiros.

O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Alberto Lopes, chama a atenção ao Ministério da Saúde no sentido de criar um equilíbrio equitativo na criação de oportunidades de especialização.

Já em uma nota à imprensa, a Ordem pede ao governo para criar condições e meios de trabalho, com vista a garantir uma assistência segura, tanto para os pacientes quanto para os  próprios técnicos e nas oportunidades no domínio de especialização nas diferentes áreas de saúde, definição das políticas públicas que atende a necessidade dos utentes.  

Já numa outra nota, por ocasião da celebração do dia dos Enfermeiros, o Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins (SINETSA) relata que os enfermeiros enfrentam diariamente inúmeros desafios, muitas da vezes em condições adversas, para garantirem o bem-estar dos doentes, do acompanhamento de famílias e a salvar vidas.

O SINETSA reitera o seu compromisso em defesa dos direitos da classe, aprovação da carreira dos Enfermeiros e consequentemente o aumento salarial. E, fala ainda na valorização e na melhoria contínua das condições de trabalho da classe de enfermagem em todo o território nacional, fazem parte das exigências da SINETSA.

BANCO MUNDIAL | Comunicado de Imprensa: Banco Mundial Aprova Subvenção de 10 Milhões de Dólares para Reforçar a Governação Fiscal e Melhorar a Prestação de Serviços Públicos na Guiné-Bissau

BISSAU, 2 de maio de 2025 - O Conselho de Administração do Banco Mundial aprovou o Financiamento da Política de Desenvolvimento (DPF), uma subvenção de 10 milhões de dólares destinada a reforçar a governação fiscal e a melhorar a prestação de serviços públicos na Guiné-Bissau.

O DPF apoia o Governo da Guiné-Bissau no reforço da gestão das finanças públicas, no incentivo à mobilização de receitas internas, no aumento da viabilidade dos serviços de energia e água e na promoção do crescimento digital. O DPF facilita reformas destinadas a reforçar a transparência e a prestação de contas, a implementar a lei do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e a estabelecer uma Conta Única do Tesouro. Também possibilita reformas para melhorar a infraestrutura digital, melhorar o desempenho dos serviços públicos de eletricidade e água e priorizar a adoção de fontes de energia ambientalmente sustentáveis.

“Esta aprovação marca o regresso do instrumento de Financiamento da Política de Desenvolvimento à Guiné-Bissau após um intervalo de 15 anos, e representa um marco significativo para o país”, refere Rosa Brito, Representante Residente do Grupo Banco Mundial na Guiné-Bissau. “O DPF foi cuidadosamente preparado e alinhado com os compromissos atuais do Banco Mundial na Guiné-Bissau, e baseia-se em projetos existentes nas áreas de fortalecimento do setor público, desenvolvimento digital e energia, demonstrando o compromisso contínuo do Banco Mundial em apoiar os objetivos de desenvolvimento do país.”

É esperado que o DPF produza resultados transformadores na conetividade digital, nas finanças públicas e na prestação de serviços essenciais. Apoia o governo na gestão e implementação eficaz da infraestrutura nacional de fibra ótica, expandindo assim a cobertura da rede e reduzindo os custos da internet. Espera-se também que a aplicação da lei do IVA aumente significativamente as receitas internas, criando assim espaço orçamental para um maior investimento em setores prioritários como a educação, a saúde e a proteção social. Paralelamente, as reformas no setor da energia visam reduzir os custos da eletricidade e aumentar a utilização de energias renováveis. A melhoria do acesso a uma energia fiável e a serviços digitais deverá apoiar o desenvolvimento do setor privado, estimular o crescimento económico e contribuir para o desenvolvimento sustentável a longo prazo.

Contactos:

Em Bissau: Joana Rodrigues, +245 96 640 17 28, jdossantosrodrig@worldbankgroup.org

Para saber mais sobre o trabalho do Banco Mundial na Guiné-Bissau: https://www.worldbank.org/en/country/guineabissau

Para mais informações visite: https://www.worldbank.org/en/region/afr/western-and-central-africa

Siga-nos no Twitter: https://twitter.com/WorldBankAfrica

Comunicado de Imprensa

2025/072/AFW

Educação: ANAPROMED-GB denuncia condições de trabalho degradantes nos liceus públicos

Por  CAP GB

A Associação Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Domésticos da Guiné-Bissau (ANAPROMED-GB) acusou, esta segunda-feira (12 de maio de 2025), o Ministério da Educação Nacional de permitir práticas que se assemelham à "escravatura moderna" nos liceus públicos do país.

Em declarações à imprensa, após uma visita ao Liceu Rui Barcelos da Cunha, em Bissau, o presidente da ANAPROMED-GB, Sene Bacai Cassamá, criticou duramente as condições de trabalho enfrentadas por auxiliares escolares. "O Ministério da Educação Nacional tem falhado na proteção do pessoal menor que trabalham nas escolas públicas. Muitos enfrentam fome, exposição a doenças, salários em atraso e um ambiente laboral degradante", afirmou.

Cassamá anunciou ainda que a associação irá apresentar uma queixa formal contra o Ministério da Educação junto do Ministério Público, denunciando o que considera serem "práticas desumanas e abusivas" nas instituições de ensino.

"A situação é grave. Muitos dos nossos associados estão atualmente internados no hospital de Santo Egídio, em tratamento para tuberculose, resultado direto da ausência de condições mínimas de higiene e falta de equipamentos de trabalho nos liceus", denunciou.

De lembrar que a ANAPROMED-GB iniciou, a partir desta segunda-feira, uma jornada de contactos com diretores de escolas públicas em todo o território nacional. O objetivo é recolher dados sobre as condições de trabalho, higiene e o acesso a subsídios por parte dos auxiliares, com especial atenção às escolas das regiões interiores do país.

O Brasil registou 45.747 assassínios em 2023, uma queda de 2,3% na taxa de mortes violentas face a 2022 (46.409) e a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes registada no país em 11 anos.

© Lusa   12/05/2025

 Brasil registou 45,7 mil assassínios em 2023 com queda de crimes violentos

O Brasil registou 45.747 assassínios em 2023, uma queda de 2,3% na taxa de mortes violentas face a 2022 (46.409) e a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes registada no país em 11 anos.

Em 2013 o país sul-americano registou um total de 57.396 assassínios, de acordo a mais recente edição do Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada nesta segunda-feira.

Quando se analisa as estatísticas do relatório desde 2017, que foi o ano mais violento na série histórica do Atlas da Violência, com 65.602 óbitos, a queda no número de assassínios no Brasil chega a 30,2%.

Os dados apresentados foram coletados de fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

Entre as causas para a queda de crimes violentos no Brasil apontadas no relatório estão o envelhecimento da população, pactos de não-agressão entre grupos criminosos do país e mudanças nas políticas de segurança pública.

O relatório também revela que houve uma mudança do padrão de criminalidade no Brasil porque observou-se uma redução em quase todos os crimes contra o património praticados na rua, no comércio e nas residências.

O estelionato praticado em meios digitais, pelo contrário, aumentou "nos últimos anos, alcançando quase dois milhões de registos de ocorrência, apenas em 2023, ou um golpe a cada 16 segundos", apontou o relatório.

O Atlas da Violência também revela que apesar da redução de crimes violentos letais houve um aumento da perceção de insegurança entre os brasileiros.

Uma sondagem feita recentemente no Brasil pela Genial/Quaest apontou que 29% dos brasileiros consideram a criminalidade como o maior problema do país, mais 19 pontos percentuais em pouco mais de um ano, uma vez que em dezembro de 2023 apenas 10% dos entrevistados citavam a violência.

"A transformação digital da sociedade ao mesmo tempo em que ajuda a revelar os altos níveis de violência que permeiam as relações sociais (inclusive intrafamiliares e relacionadas ao ambiente escolar, como o cyberbullying), traz em seu bojo novas relações que potencializam o medo do crime", lê-se no relatório.

"Esse é o caso do estelionato no rastro do furto ou roubo de celular, que pode ocasionar prejuízos significativos às vítimas, em valores muitas vezes superiores ao valor do aparelho subtraído", acrescentou.

Se os números gerais indicam dados positivos, no que diz respeito à violência contra as mulheres houve aumento no número de feminicídios, que cresceu 2,5% entre 2022 e 2023, passando de 3.806 para 3.903, o maior patamar desde 2018. A cada dia, pelo menos dez mulheres foram assassinadas no país no ano passado.

Também foram registados 177.086 casos de violência doméstica contra mulheres em 2023, um aumento de 22,7% face a 2022. Esse tipo de violência corresponde a 64,3% de todos os atendimentos relacionados com a violência contra mulheres no sistema de saúde brasileiro.

Relatório: Cerca de 78% dos enfermeiros do mundo encontram-se em países com apenas 49% da população mundial, indica um relatório divulgado hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS), salientando que as desigualdades afetam os cuidados de saúde.

© Lusa  12/05/2025

 Cerca de 78% dos enfermeiros serve 49% da população mundial

Cerca de 78% dos enfermeiros do mundo encontram-se em países com apenas 49% da população mundial, indica um relatório divulgado hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS), salientando que as desigualdades afetam os cuidados de saúde.

O relatório sobre a "Situação Mundial da Enfermagem 2025", divulgado no Dia Internacional dos Enfermeiros, indica que as desigualdades não só persistem como se agravaram nos últimos anos, existindo entre e dentro das regiões e países, devendo ser tratadas com urgência para que se possam atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas.

Existe "um padrão de desigualdade evidente" ao nível da distribuição dos enfermeiros, da educação, dos salários e condições de trabalho, apelando a OMS aos decisores políticos, empregadores, reguladores e gestores de serviços de saúde para tomarem medidas utilizando os dados do relatório, que atualiza e expande a edição de 2020, contando com informação de 194 países.

Em 2023, existiam 29,8 milhões de enfermeiros em todo o mundo e registava-se "uma escassez de 5,8 milhões", os países de rendimento elevado com 17% da população mundial contam com 46% destes profissionais.

A densidade de enfermeiros a nível global era de 37,1 enfermeiros por 10 000 pessoas, mas na Região Europeia da OMS a densidade é cinco vezes superior à das regiões de África e do Mediterrâneo Oriental e os enfermeiros nos países de rendimento elevado são dez vezes mais do que os dos países de rendimento baixo.

"Estas estatísticas indicam que grande parte da população mundial tem bastante menos acesso a enfermeiros para serviços como os cuidados maternos e infantis, o acompanhamento de doenças crónicas e a resposta a ameaças e situações de emergência ao nível da saúde pública", indica o relatório.

Refere ainda que "a força de trabalho global de enfermagem é cada vez mais profissional" (80%) e trabalha predominantemente no setor público (70%), sendo composta por 85% de mulheres.

O estudo aponta ainda algumas "prioridades políticas" para fortalecer a enfermagem e "alcançar a cobertura universal de saúde e outros ODS relacionados com a saúde", assinalando que "os próximos cinco anos são a última oportunidade para o fazer".

Recomenda assim que se tenha em conta o mercado do trabalho em saúde para planear e prever os recursos de enfermagem.

O documento precisa que em muitos países de rendimento médio e baixo o planeamento deve centrar-se no aumento dos enfermeiros graduados e na melhoria das condições de trabalho para reduzir a emigração excessiva e ter em conta o crescimento populacional e do mercado de trabalho.

No caso dos países europeus e de rendimento elevado, o foco deve ser a formação de mais profissionais e a sua retenção para compensar as perdas devido às reformas e diminuir a dependência do recrutamento internacional.

Ao nível do recrutamento, a OMS pede atenção às necessidades locais e ao combate às desigualdades, bem como que seja promovido o seu Código Global de Práticas sobre o Recrutamento Internacional do Pessoal de Saúde e reforçada a adesão ao mesmo.

Recomendado é igualmente que o nível de educação dos enfermeiros corresponda a funções de maior responsabilidade na saúde e na educação, que esta se baseie na coordenação entre academia, reguladores e unidades de saúde, bem como que os programas de ensino tenham em conta as necessidades de saúde da população.

"Investir na educação, no emprego, na prestação de serviços e na liderança dos enfermeiros irá estimular o crescimento económico", defende a OMS, que na sua Assembleia Geral na próxima semana poderá decidir as orientações estratégicas para a enfermagem para o período 2026-2030.


O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, encontrou-se com o Primeiro-Ministro do Japão, destacando a importância da parceria bilateral e reiterando o empenho da Guiné-Bissau em estreitar laços de cooperação e atrair investimento japonês em sectores estratégicos.


Presidência da República da Guiné-Bissau

Mais de 5.000 pessoas forçadas a fugir devido a grupo armado na Nigéria

Por LUSA 

Mais de 5.000 habitantes de uma aldeia do noroeste da Nigéria foram obrigados a abandonar as casas, entre sábado e domingo, por ordem do chefe de um grupo armado, declararam hoje fontes locais, incluindo um deputado.

Os habitantes de várias aldeias do distrito de Isa, no estado de Sokoto, perto da fronteira com o Níger, fugiram após ameaças de ataques de grupos fortemente armados, conhecidos localmente como "bandidos", que atuam sob as ordens de Bello Turji, um famoso chefe do grupo armado que está a aterrorizar a região, afirmaram fontes locais.

O deputado local de Sokoto, que representa o distrito de Isa, Habibu Halilu Modachi, afirmou que Turji enviou os seus homens a estas comunidades para lhes ordenar que partissem até domingo à tarde, ou arriscavam-se a serem mortos.

As aldeias de Arume, Suruddubu, Garin Galadima, Tsullawa, Burukusuma e Gidan Bawa ficaram todas desertas após a ordem de evacuação, segundo o deputado, acrescentando que outras localidades como Yan Fako, Kagara, Gebe, Katsalle, Dangwandu, Tsaka e Garin Fadama foram igualmente afetadas.

Os deslocados refugiaram-se na cidade de Isa, a capital do distrito, em Shinkafi, no estado vizinho de Zamfara, bem como junto de familiares em locais mais seguros e remotos, disse Modachi.

"Fugimos para Isa, onde estamos a viver sem comida e abrigo. Não sabemos o que fazer", confidenciou um deslocado, Abubakar Altine.

Segundo um habitante que fugiu para Isa, Ahmad Abdullahi, os bandidos entraram também na aldeia de Kamarawa e ordenaram a saída de todos os habitantes, apoderando-se de dinheiro, alimentos e tudo o que era de valor pertencente aos residentes.

Há vários anos o noroeste e o centro da Nigéria são aterrorizados por bandos de criminosos, que atacam impunemente as aldeias, matam, incendeiam as casas depois de as saquearem e raptam habitantes para obterem um resgate.

A crescente cooperação entre estes bandos motivados pelo dinheiro e os extremistas, que há 16 anos conduzem uma insurreição armada no nordeste da Nigéria, agravou a situação e intensificou os ataques.

Trump diz ter evitado um "conflito nuclear" entre a Índia e o Paquistão

Por LUSA 

O Presidente norte-americano, Donald Trump, reivindicou hoje ter evitado um "conflito nuclear" entre a Índia e o Paquistão, dois dias após um cessar-fogo que pôs fim ao mais grave confronto militar entre os países vizinhos em duas décadas.

"Evitámos um conflito nuclear. Penso que poderia ter sido uma guerra nuclear grave, milhões de pessoas poderiam ter sido mortas, por isso estou muito orgulhoso", afirmou o Presidente dos Estados Unidos a partir da Casa Branca.

No sábado, a Índia e o Paquistão anunciaram um acordo de cessar-fogo após negociações lideradas pelos EUA para pôr fim ao conflito entre os rivais com armas nucleares.

O acordo acontece após semanas de confrontos desencadeados por um atentado a tiro contra turistas no mês passado na zona de Caxemira indiana, pelo qual a Índia culpa o Paquistão.

Este foi o confronto mais grave das últimas duas décadas e fez dezenas de civis mortos de ambos os lados.

Trump tinha afirmado, horas antes, que a Índia e o Paquistão concordaram com um cessar-fogo, referindo estar satisfeito com o resultado das negociações.

"Parabéns a ambos os países por usarem o bom senso e a inteligência. Obrigado pela atenção dada a este assunto!", escreveu Trump nas redes sociais.

O cessar-fogo foi celebrado pela comunidade internacional, que considerou tratar-se de uma decisão responsável e pediu que a trégua se transforme em paz duradoura.

Dezenas de mortos em novo atentado no norte do Burkina Faso

Por LUSA 

Dezenas de soldados e civis foram mortos no domingo num novo ataque em Djibo, importante cidade no norte do Burkina Faso, segundo fontes locais e de segurança citadas hoje pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Desde 2015, o Burkina Faso tem enfrentado numerosos ataques de grupos extremistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico na maior parte do seu território.

No domingo, centenas de membros atacaram simultaneamente o destacamento militar, as esquadras da polícia e da ´gendarmaria´ (força militar) e invadiram bairros da cidade de Djibo.

"Vieram às centenas em motas e veículos, praticamente cercando a cidade", disse uma primeira fonte de segurança à AFP.

"Alguns grupos fizeram incursões em certas partes da cidade, causando vítimas entre a população civil", acrescentou uma segunda fonte de segurança, explicando que "alguns elementos [do exército] caíram [mortos] e outros ficaram feridos, depois de infligirem perdas ao inimigo".

Moradores contactados telefonicamente pela AFP confirmaram os ataques e estimaram o número de mortos em "várias dezenas".

No setor 4, um bairro da cidade, "as pessoas foram executadas em frente às suas casas. A maior parte deles eram homens. As mulheres e as crianças foram poupadas", disse à AFP um habitante de Djibo sob condição de anonimato.

A junta militar do capitão Ibrahim Traoré, no poder desde um golpe de Estado em setembro de 2022, já quase não relata os ataques e afirma regularmente que está a recapturar partes do território.

O Burkina Faso continua preso numa espiral de violência que causou mais de 26.000 civis e militares mortos desde 2015, mais de metade dos quais nos últimos três anos, segundo a ONG Acled, que regista as vítimas dos conflitos.


Leia Também: Níger reforça presença perto do Burkina Faso face à ameaça terrorista

ELEIÇÃO NO SUPREMO TRIBUNAL DA JUSTIÇA MARCADA PARA O DIA 16, PRÓXIMA SEXTA-FEIRA

 Rádio Sol Mansi  12-05-2025

O analista político da Rádio Sol Mansi considera dum golpe de estado judicial, o processo eleitoral em curso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

A comissão eleitoral liderada pelo deputado Sandje Fati, indicado pela segunda vice-presidente da ANP, Sato Camara Pinto, após a sua assunção ao presidente do parlamento, para este integrar ao conselho superior da magistratura judicial, fixou a data de 16 de maio como dia do escrutínio no STJ.

No habitual programa semanal da Rádio Sol Mansi, “Caso de Semana”, Rui Jorge Semedo, ao ser convidado a comentar o processo eleitoral no STJ, o politólogo responsabiliza os magistrados guineenses de serem cúmplice do atual cenário judicial do país em detrimento das suas funções e regalias.

O politólogo guineense Rui Jorge Semedo, adverte os operadores do setor judicial a refletirem sobre a situação vigente no setor judicial.

Os juízes conselheiros Aimadu Suané e Arafam Mané são os candidatos aprovados para concorrer ao cargo de presidente do Supremo Tribunal de Justiça e Conselho Superior da Magistratura Judicial.

A eleição marcada para 16 do mês corrente, acontece após uma série de acontecimentos polémicos no STJ, com destaque ao assalto dos homens armados na sede do supremo em 2023 e consequentemente a renúncia do presidente eleito, José Pedro Sambo.

Índia reabre 32 aeroportos depois do cessar-fogo com Paquistão

Por sicnoticias.pt

A informação foi avançada pela Autoridade dos Aeroportos da Índia. A principal companhia aérea do país indica que os voos serão progressivamente retomados. O Paquistão já havia restabelecido o funcionamento de aeroportos no sábado.

A Índia anunciou esta segunda-feira a reabertura de vários aeroportos em todo o país, depois de terem sido fechados a 7 de maio devido aos confrontos com o Paquistão.

A decisão foi tomada após os dois países chegarem a acordo para um cessar-fogo. Segundo o The Times of India, a suspensão temporária das operações deveria durar até às 05:29 do dia 15 de maio.

Em comunicado, a Autoridade dos Aeroportos da Índia informou que os 32 aeroportos estão agora disponíveis. As principais companhias a operar no país dizem que os voos serão progressivamente retomados.

Índia e Paquistão chegam a acordo para cessar-fogo com "efeitos imediatos", segundo os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países. Nesse mesmo dia, o Paquistão restabeleceu o funcionamento de aeroportos.

Índia acusa Paquistão de violar cessar-fogo

O cessar-fogo arrancou no sábado, a partir das 17h00 (hora indiana), de acordo com o chefe da diplomacia indiana.

Horas depois, as forças indianas anunciaram estar a responder a violações do cessar-fogo conduzidas pelo Paquistão. O Paquistão, por sua vez, garante que não houve qualquer violação.

O governo da Guiné-Bissau anuncia que os cidadãos não vacinados estarão proibidos de viajar. A medida foi comunicada pelo ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote, durante a visita de acompanhamento em várias regiões do país.


Amnistia Internacional reforça alerta sobre conteúdos nocivos no TikTok

TikTok (AP). Por cnnportugal.iol.pt

A investigação, que recorreu a contas para simular adolescentes de 13 anos online, concluiu que 20 minutos após ser criada uma conta e sinalizado interesse em saúde mental, mais de metade dos vídeos no feed “Para ti” do TikTok se relacionavam com problemas de saúde mental

A Amnistia Internacional alertou hoje que a plataforma de vídeos TikTok continua sem resolver os graves riscos de danos à saúde mental e física dos jovens utilizadores, quase 18 meses depois de terem sido denunciados numa investigação da organização.

Esta investigação de 2023 concluiu que no feed “Para ti” do TikTok as crianças e jovens utilizadores corriam o risco de serem atraídas para um “buraco negro” tóxico de conteúdos relacionados com a depressão e o suicídio, problema que até agora a empresa não reconheceu nem apresentou soluções específicas, denuncia a Amnistia Internacional (AI) em comunicado.

A organização alerta mesmo para a possibilidade de haver impacto no bem-estar mental, particularmente dos utilizadores mais jovens, associado a conteúdo concentrado relacionado com dietas extremas e conteúdo relacionado com a imagem corporal.

A investigação, que recorreu a contas para simular adolescentes de 13 anos online, concluiu que 20 minutos após ser criada uma conta e sinalizado interesse em saúde mental, mais de metade dos vídeos no feed “Para ti” do TikTok se relacionavam com problemas de saúde mental.

"Vários desses vídeos recomendados numa única hora romantizavam, normalizavam ou encorajavam o suicídio", afirma, salientando que esta foi uma das principais conclusões do projeto de investigação, publicado em novembro de 2023, sobre os riscos para os direitos das crianças e dos jovens numa das plataformas de redes sociais mais populares.

Em resposta à pergunta da AI sobre quais as mudanças implementadas desde a investigação, o TikTok enumerou medidas de bem-estar já conhecidas, a maioria em vigor quando a investigação foi realizada, sem reconhecer o problema do “buraco negro” da aplicação nem apresentar provas de novas medidas específicas.

Segundo a investigação, o modelo de negócio invasivo do TikTok rastreia tudo o que um utilizador faz na plataforma procurando prever os seus interesses, estado emocional e bem-estar, para mostrar conteúdos mais personalizados no 'feed For you' para que continue a navegar, mesmo que os conteúdos sejam prejudiciais.

A AI defende medidas de proteção eficazes, nomeadamente para impedir que utilizadores em risco caiam em padrões de utilização viciantes e em armadilhas de conteúdos perigosos e nocivos.

EUA e China alcançam acordo para pausa de 90 dias nas tarifas

Por LUSA 

O anúncio foi feito esta segunda-feira. As tarifas recíprocas descerão 115%.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou, esta segunda-feira, que foi alcançado um acordo com a China para uma pausa de 90 dias nas tarifas impostas entre os dois países.

O responsável deu ainda conta de as tarifas recíprocas descerão 115%, de acordo com a agência Reuters.

O mesmo meio adiantou que o Ministério do Comércio da China assegurou que as duas partes comprometeram-se a tomar medidas para reverter as tarifas impostas até 14 de maio, data em que a pausa se inicia.

Recorde-se que, no domingo, Bessent já tinha garantido que os Estados Unidos e a China tinham feito "progressos substanciais" nas suas primeiras negociações desde o início da guerra comercial, causada pelo aumento das tarifas decidido pelo presidente Donald Trump.

Já no sábado à noite, o chefe de Estado norte-americano elogiou a forma como as negociações estavam a decorrer, embora tenha indicado que seria preciso começar de novo, depois do desacordo provocado pela imposição de tarifas cada vez mais elevadas sobre centenas de milhares de milhões de dólares em produtos chineses importados pelos Estados Unidos.

A reunião em Genebra, que decorreu à porta fechada na residência do representante suíço nas Nações Unidas, foi o primeiro encontro presencial de altos responsáveis das duas maiores economias do mundo desde que Trump impôs, no mês passado, uma sobretaxa de 145% sobre os produtos da China, além das tarifas existentes.

Pequim, que prometeu lutar contra essas sobretaxas "até ao fim", retaliou com tarifas de 125% sobre os produtos norte-americanos. Como resultado, o comércio bilateral praticamente parou e os mercados passaram por violentas convulsões.


Leia Também: O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou este domingo que vai assinar hoje uma ordem executiva que, segundo ele, vai reduzir o preço dos medicamentos sujeitos a receita médica nos Estados Unidos entre 30% e 80%.

domingo, 11 de maio de 2025

Fitness: Cardiologista revela o melhor exercício para prevenir um ataque cardíaco... Estará na hora de se inscrever no ginásio?

© Shutterstock   Notícias ao Minuto  11/05/2025

Todos sabemos que manter-se fisicamente ativo é um dos fatores mais importantes para a saúde cardíaca.

A Associação Americana do Coração recomenda praticar pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade aeróbica vigorosa por semana, além de dois dias de atividades de fortalecimento muscular, como exercícios de resistência ou com pesos. 

No entanto, algumas pesquisas mostram que, para pessoas sedentárias, praticar apenas quatro minutos de exercícios vigorosos por dia pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares graves em 50%.

O cardiologista Jeremy London partilhou recentemente, através de um vídeo no TikTok, qual o melhor exercício para prevenir um ataque cardíaco - neste caso, o treino de pernas.

London explicou que as suas pernas representam 40% a 50% da sua massa muscular total. Portanto, é de alta prioridade fortalecer a parte inferior do corpo para aumentar o volume muscular geral.

"Maior massa muscular melhora a sensibilidade à insulina e ao controlo da glicose, o que é fundamental para a redução do risco cardiovascular", concluiu o médico.


O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, avisou hoje que o reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano levará Israel a tomar "medidas unilaterais", respondendo às discussões em curso sobre o assunto.

© Lusa   11/05/2025

 MNE israelita avisa que reconhecimento de Estado palestiniano terá resposta

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, avisou hoje que o reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano levará Israel a tomar "medidas unilaterais", respondendo às discussões em curso sobre o assunto.

"Qualquer tentativa de reconhecimento unilateral (...) só prejudicará as perspetivas futuras de um processo bilateral e levar-nos-á a tomar medidas unilaterais de resposta", disse Saar após uma reunião com o seu homólogo alemão, Johann Wadephul, em Jerusalém.

A Alemanha defende o princípio de uma solução de dois Estados com reconhecimento bilateral dos Estados israelita e palestiniano.

"A perspetiva de uma solução de dois Estados é a melhor hipótese para israelitas e palestinianos viverem em paz, segurança e dignidade, e isso não deve ser prejudicado pelo avanço da construção ilegal de colonatos ou pelo reconhecimento prematuro de um Estado palestiniano", observou Wadephul.

Quase 150 países já reconhecem o Estado palestiniano, tendo os mais recentes -- em maio e junho de 2024 - sido a Espanha, a Irlanda, a Noruega e a Eslovénia.

A França e a Arábia Saudita deverão copresidir, no próximo mês, uma conferência internacional nas Nações Unidas para relançar a solução de dois Estados para a Palestina e Israel.

O Presidente francês reconheceu que espera que nessa altura "se desencadeie uma série de reconhecimentos" do Estado palestiniano, nomeadamente pela França, mas também por Israel e por outros países do mundo árabe-muçulmano.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e vários ministros do seu Governo, um dos mais ultranacionalistas da história do país, têm declarado repetidamente, nos últimos meses, que se opõem ao estabelecimento de um Estado palestiniano.

Para eles, isso equivaleria, como reiterou o ministro dos Negócios Estrangeiros hoje, a "recompensar o terrorismo do Hamas".

A guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque, em 07 de outubro de 2023, do movimento islamita palestiniano Hamas, que resultou na morte de 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria das quais civis, de acordo com dados oficiais.

A campanha de represália israelita fez pelo menos 52.829 mortos na Faixa de Gaza, a maioria dos quais também civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

Das 251 pessoas raptadas nesse dia, 58 continuam detidas em Gaza, incluindo 34 declaradas mortas pelo exército israelita.


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Saúde: Gostava de prevenir ou diminuir a celulite? A cafeína pode ajudar... Saiba como.

© Shutterstock   Notícias ao Minuto   11/05/2025

A celulite ou a pele casca de laranja pode ser verdadeiramente desagradável, nomeadamente por razões estéticas, mas também de saúde. 

André Dourado, autor de 'Guia Prático de Medicina Natural', refere que "embora se atribuam as causas da celulite a um problema hormonal, a verdade é que a dieta rica em farinha, açúcar e gordura hidrogenada causa desregulação hormonal".

Além disso, "o sedentarismo e a falta de atividade física são fatores que também contribuem para a instalação da celulite".

"Para prevenir ou diminuir a celulite deve controlar o peso e os alimentos inflamatórios". Porém, existem algumas soluções naturais que ajudam nesse processo. Uma delas é o café. 

Tal como explica André Dourado, "a cafeína tem um efeito estimulante e melhora a circulação sanguínea. Misture café moído com água quente até obter a consistência de uma pasta. Use café em pó e não as borras, pois estas têm menos cafeína".

"Se a pele for seca, junte um pouco de óleo de coco. Aplique sobre a pele e massaje suavemente com os dedos em movimentos circulares no sentido ascendente durante alguns minutos. Repita o procedimento 2 a 3 vezes por semana. Terá de aguardar algumas semanas até ver resultados".


Putin quer "negociações diretas" com Ucrânia. O que se passou?

Por LUSA 

A Ucrânia e os aliados europeus propuseram à Rússia um cessar-fogo de pelo menos 30 dias, mas Putin não aceitou e sugeriu "negociações diretas" com o país de Zelensky, descartando os Estados Unidos e intermediários europeus. Perceba o que aconteceu durante as últimas horas e em que ponto está o conflito.

O fim de semana começou com uma reunião em Kyiv, na Ucrânia, da chamada "coligação dos dispostos", composta pelos chefes de Estado e de Governo da Ucrânia, França, Alemanha, Reino Unido e Polónia, à qual se seguiu um telefonema com o presidente dos Estados Unidos. No final, Volodymyr Zelensky e os aliados europeus propuseram à Rússia um cessar-fogo total e incondicional durante, pelo menos, 30 dias a partir da próxima segunda-feira, com esperança de "abrir caminho para negociações de paz".

 Mesmo estando ausente da reunião que juntou Zelensky, Macron, Keir Starmer, Donald Tusk e Friedrich Merz em Kyiv, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deu apoio à proposta defendida pelo quarteto de líderes europeus e pelos Estados Unidos.

Para Von der Leyen, "o objetivo é claro: uma paz justa e duradoura para a Ucrânia, que é vital para a segurança e a estabilidade em todo o nosso continente".

A Rússia interpretou a proposta como uma "atitude de confronto" dos europeus e acabou por não responder diretamente ao ultimato dos aliados de Kyiv para que Moscovo aceite um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia. Algumas horas depois, em declarações à CNN internacional, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu que o país iria "considerar" a proposta, mas alertou que é "inútil pressionar Moscovo".

No entanto, apesar dos apelos, o cessar-fogo russo de 72 horas acabou por chegar ao fim às 00h00 de domingo (22h00 de sábado em Lisboa), sem alargamento.

A resposta russa: "Negociações diretas e sem condições prévias"

Já após o final do cessar-fogo e em resposta às sugestões da Ucrânia e aliados, o presidente russo propôs negociações "diretas e sem condições prévias" entre a Rússia e a Ucrânia a 15 de maio em Istambul, adiando até lá a hipótese de um cessar-fogo.

Sem se referir diretamente à proposta ocidental, Vladimir Putin criticou os europeus por tratarem a Rússia "de forma rude e com ultimatos" e afirmou que a instauração de uma trégua deveria fazer parte de discussões mais amplas e diretas sobre o conflito que se arrasta há mais de três anos.

Nesta conferência de imprensa no Kremlin, Putin anunciou que falará nas próximas horas com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e acrescentou que estas conversações deverão centrar-se nas "causas profundas do conflito" em curso, mas "não excluiu" que possam permitir instaurar "um novo cessar-fogo".

Entre os aliados da Ucrânia, o presidente francês pronunciou-se para dizer que a sugestão de Putin é "um primeiro passo, mas não é suficiente".

"O cessar-fogo incondicional não é precedido de negociações, por definição", disse Emmanuel Macron aos jornalistas, ao sair do comboio na cidade polaca de Przemysl, no regresso da viagem à Ucrânia.

Para Macron, esta contraproposta mostra que o Presidente russo, Vladimir Putin, está "à procura de um caminho a seguir, mas há sempre um desejo da sua parte de ganhar tempo".

Do lado da Ucrânia, na manhã deste domingo, Zelensky mostrou-se pronto para um encontro para que se alcance um cessar-fogo e vê a sugestão de Putin como um "sinal positivo".

Recorde-se que a ofensiva lançada pela Rússia, em fevereiro de 2022, causou dezenas de milhares de mortos e a Rússia ocupa atualmente 20% do território ucraniano.


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Carro que se transforma em avião chega ao mercado já em 2026... O Aircar 2 vai custar até um milhão de dólares.

Por LUSA 

A fabricante eslovaca Klein Vision apresentou, esta sexta-feira, o seu primeiro protótipo "apto para produção", denominado Aircar 2, um automóvel que promete ser capaz de transformar-se em avião em apenas 80 segundos.

Em declarações prestadas ao portal norte-americano TheNextWeb, o co-fundador, Anton Zajac, fez saber que este inovador produto chegará ao mercado já no início do próximo ano civil de 2026, por preços que irão rondar entre 800 mil e um milhão de dólares (711,2 mil e 888,9 mil euros).

O primeiro Aircar começou por dar que falar, em 2021, quando conseguiu levar a cabo um voo de teste intercidades de 35 minutos de duração. Já o segundo, promete ser capaz de levar os planos iniciais a todo um novo patamar.

O Aircar 2 contempla um motor capaz de debitar 280 cavalos de potência (aproximadamente, o dobro do projeto inicial), permitindo-lhe atingir uma velocidade máxima de 250 km/h (quando a anterior era de 170 km/h).

A autonomia prevista é de 1.000 quilómetros, sendo que, numa primeira fase, este veículo é alimentado por gasolina, ainda que estejam delineados planos para uma versão elétrica "assim que a densidade energética das baterias seja suficientemente boa".

sábado, 10 de maio de 2025

O Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló abriu standard da Guiné-Bissau no Expo2025 em Osaka, Japão. Sob o tema "Desenvolvendo uma Sociedade Futura para as Nossas Vidas", a exposição universal procura um futuro, onde as pessoas possam viver melhor.

O PR Sissoco Embaló deixa Osaka hoje com destino a Tóquio, onde tem em agenda encontro de trabalho com o Primeiro-ministro japonês. O Governo nipónico elogiou os progressos registados na Guiné-Bissau e, prometeu acompanhar o país.

Pelo menos 104 mortos em inundações na República Democrática do Congo

Por LUSA 

Pelo menos 104 pessoas morreram na sequência de inundações na aldeia de Kasaba, junto ao lago Tanganica, na região Leste da República Democrática do Congo.

Em declarações à Agência France Presse (AFP), o administrador do território de Fizi, Sammy Kalonji, indicou que foram confirmadas pelo menos 104 mortes e "enormes danos materiais".

Os habitantes da aldeia de Kasaba foram surpreendidos pelas inundações na madrugada de quinta para sexta-feira.

De acordo com as autoridades, as vítimas são, sobretudo, crianças e idosos.

Registaram-se também 28 feridos e 150 casas foram destruídas.

A aldeia de Kasaba só é acessível por via marítima e não tem cobertura de rede móvel.

Índia e Paquistão chegam a acordo para cessar-fogo

 SIC Notícias

O acordo tem "efeitos imediatos", com o cessar-fogo a ser aplicado já este sábado. Mais de três dezenas de países estiveram envolvidos nas conversas diplomáticas para chegar à decisão. 

A Índia e o Paquistão chegaram a acordo para um cessar-fogo com "efeitos imediatos", de acordo com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países.

Os "efeitos imediatos" anunciados pelos ministro significam, na prática, que o cessar-fogo arranca já este sábado, a partir das 17h00 (hora indiana), de acordo com o chefe da diplomacia indiana. Os dois lados vão pôr fim a qualquer ato hostil.

O ministro paquistanês dos Negócios Estrangeiros acrescentou que mais de três dezenas de países estiveram envolvidos na atividade diplomática para chegar a este acordo.

Ficou também decidido que os chefes militares da Índia e do Paquistão vão voltar a conversar na próxima segunda-feira, dia 12 de maio.

As autoridades paquistanesas já anunciaram que o espaço aéreo do Paquistão foi reaberto a todos os voos.

Ainda antes de os dois países terem revelado a decisão, já o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, tinha vindo anunciar que haveria um cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão.

"Parabéns a ambos os países por usarem o bom senso e a inteligência. Obrigado pela atenção dada a este assunto!", escreveu Trump, nas redes sociais.

O acordo acontece depois de uma semana de confrontos, na sequência de um atentado contra turistas, no último mês, na zona de Caxemira indiana. Foi o conflito mais grave entre os dois rivais, que detêm armas nucleares, nas últimas décadas, causando dezenas de mortes civis de ambas as partes.

Após a visita da algumas mesas de atualização dos cadernos eleitorais da Região de Biombo, o Presidente em exercício da CNE, Npabi Cabi faz balanço positivo dos trabalhos de acompanhamento, controlo e fiscalização.