quinta-feira, 26 de setembro de 2024

O procurador-geral da República da Guiné-Bissau, Dr. Bacari Biai, em conferência de imprensa sobre processos cujas acusações já foram deduzidas pelo Ministério Público e remetidas ao competente órgão judicial para devidos efeitos.

Com  LUSA  26/09/24

Numa conferência de imprensa, Biai afirmou que estava a "esclarecer os guineenses" sobre os contornos de um caso que ficou conhecido como "resgate aos bancos", um empréstimo de cerca de 36 mil milhões de francos CFA, contraídos pelo Governo, em 2015, quando era liderado por Simões Pereira.
 
O empréstimo feito a dois bancos comerciais de Bissau foi contraído para saldar a dívida que o Estado teria para com 99 empresas e pessoas individuais, indicou o Procurador guineense, no que disse ser uma operação fraudulenta.

Bacari Biai precisou que Domingos Simões Pereira, enquanto primeiro-ministro, deu orientações ao então ministro das Finanças, Geraldo Martins, para contrair o empréstimo em questão.

Ainda relacionado com o mesmo processo, o Ministério Público acusa Simões Pereira da prática de 10 crimes: dois de administração danosa, dois de abuso de poder, cinco de peculato e um crime de violação de normas de execução orçamental.

O Procurador afirmou ser falso que se considere que o processo "de resgate aos bancos" foi encerrado pela justiça, quando em 2018, Geraldo Martins, na época único suspeito do caso, foi absolvido pelo tribunal que o julgou.

Bacari Biai afirmou que do processo derivaram "quatro processos autónomos", sendo que alguns envolvem o nome de Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro guineense entre julho de 2014 e agosto de 2015.

Por ser atualmente presidente do parlamento, o processo contra Simões Pereira foi remetido para o Supremo Tribunal de Justiça, que o deverá julgar na plenária do órgão, disse uma fonte do Ministério Público.

"Este processo contra Domingos Simões Pereira não tem nada de perseguição política. É um processo puramente técnico-jurídico. Existem provas até de sobra para avançar com a dedução de acusações contra Domingos Simões Pereira", declarou o Procurador.

Bacari Biai garantiu que é "imparcial e isento", que toda a sua atuação é feita enquanto fiscal da legalidade e convidou qualquer pessoa a constituir-se assistente para averiguar o processo, se assim quiser, conforme prevê a lei do país.



Em atualização...

A humanidade poderá ter de recorrer a uma bomba nuclear para alterar a trajetória de um asteroide em direção à Terra, segunda uma experiência laboratorial em que investigadores bombardearam um alvo do tamanho de um berlinde com raios X.

© ESA  Por Lusa  26/09/24 

 Experiência sugere bomba atómica para salvar Terra de asteroide

A humanidade poderá ter de recorrer a uma bomba nuclear para alterar a trajetória de um asteroide em direção à Terra, segunda uma experiência laboratorial em que investigadores bombardearam um alvo do tamanho de um berlinde com raios X.

O maior teste de defesa planetária em grande escala foi realizado em 2022, quando a sonda Dart da NASA colidiu e alterou a trajetória de um asteroide com 160 metros de largura. 

Mas o choque causado pela Dart, que era do tamanho de um frigorífico grande, pode não ser suficiente para um objeto maior.

Chicxulub, um asteroide com cerca de dez quilómetros de comprimento, é um destes e os cientistas dizem que o seu impacto na Terra a mergulhou, há 66 milhões de anos, num inverno que eliminou três quartos das espécies terrestres.

O filme de ação "Armageddon" imaginou, em 1998, um cenário em que uma equipa tão imprudente quanto heroica se preparava para abordar um asteroide com mil quilómetros de largura antes de o despedaçar com uma bomba nuclear.

Investigadores norte-americanos publicaram esta semana na Nature Physics uma experiência num asteroide mais modesto, com 12 milímetros de largura, submetendo-o a uma explosão de raios X nos Laboratórios Nacionais Sandia em Albuquerque, Novo México.

A máquina é capaz de fornecer "o feixe mais brilhante do mundo", realçou à agência France-Presse (AFP) o primeiro autor do estudo, Nathan Moore, que trabalha na Sandia.

A maior parte da energia produzida por uma explosão nuclear é sob a forma de raios X. E no espaço, por falta de atmosfera, não haveria nem onda de choque, nem bola de fogo.

Em Sandia, os raios X vaporizaram facilmente a superfície do miniasteroide e o material vaporizado impulsionou o alvo na direção oposta.

Atuando como "um motor de foguete", segundo Moore, o teste enviou o alvo a 250 km/h, confirmando "pela primeira vez" teorias que previam tal efeito.

Os investigadores utilizaram dois tipos de miniasteroides, um feito de quartzo e outro de sílica. E concebeu um modelo para concluir que uma explosão nuclear seria suficiente para alterar o rumo de um asteroide com quatro quilómetros de diâmetro, desde que exista um aviso com antecedência suficiente.

O modelo utilizado pressupõe uma bomba de um megaton, mais de 60 vezes mais potente que a de Hiroshima, e que deverá detonar a poucos quilómetros do seu alvo, mas a milhões de quilómetros da Terra.

A realização de uma experiência do género em condições reais seria perigosa, dispendiosa e contrária a todos os tratados internacionais.

Mas nada nos impede de estudar a questão e de nos "prepararmos para todos os cenários", porque, como explica Moore, "a maior incerteza neste momento" é que os asteroides "existem em todos os tipos".

O alvo atingido pelo Dart, Dimorphos, revelou-se equivalente a uma frágil pilha de escombros cósmicos. A missão Hera da Agência Espacial Europeia, que parte no próximo mês, deverá examiná-lo mais detalhadamente.

Mary Burkey, investigadora do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, conduziu simulações computacionais da utilização de uma arma nuclear para desviar a trajetória de um asteroide.

E ficou satisfeita porque os seus cálculos concordaram com as observações da equipa Sandia, contou à AFP.

As suas simulações mostram que este tipo de missão "seria uma forma muito eficaz de defender o planeta Terra contra um impacto".


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Rússia. Putin avisa Ocidente que está disposto a usar armas nucleares... Afirmações terão sido feitas durante o Conselho de Segurança da Rússia.

© GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP via Getty Images   Por Notícias ao Minuto  26/09/24  

Vladimir Putin terá aumentado a sua retórica nuclear, depois de ter dito a um grupo de oficiais sénior que a Rússia vai considerar o uso de armas nucleares caso seja atacado algum estado com armas convencionais. 

A ameaça foi feita, segundo o The Guardian, esta quarta-feira, num encontro com o Conselho de Segurança da Rússia, onde o líder russo anunciou mudanças à doutrina nuclear do país. Recorde-se que a doutrina atual prevê que Moscovo use o seu arsenal nuclear "em resposta ao uso de armas nucleares e outros tipos de armas de destruição em massa contra si e/ou seus aliados, bem como em caso de agressão contra a Federação Russa com o uso de armas convencionais quando a própria existência do Estado está em perigo".

Putin afirmou agora que a Rússia consideraria a possibilidade de utilizar armas nucleares se Moscovo recebesse “informações fiáveis” sobre o início de um lançamento maciço de mísseis, aviões ou drones contra a Rússia.

Avisou ainda que uma potência nuclear que apoie o ataque de outro país à Rússia será considerada participante na agressão, emitindo uma ameaça ao Ocidente, numa altura em que os líderes estrangeiros continuam a ponderar se devem autorizar a Ucrânia a utilizar armas de longo alcance.

A 12 de setembro, Putin tinha advertido que uma autorização dos países ocidentais à Ucrânia para ataques com mísseis de longo alcance contra território russo significaria que "os países da NATO estão em guerra com a Rússia".

"Se esta decisão [de uso de mísseis de longo alcance ocidentais] for tomada, significará nada menos do que o envolvimento direto dos países da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] na guerra na Ucrânia", advertiu Putin.

"Isso mudaria a própria natureza do conflito. Significaria que os países da NATO estão em guerra com a Rússia", acrescentou Putin num vídeo publicado na rede social Telegram.

A Ucrânia tem vindo a pedir autorização para atacar alvos no interior do território russo com mísseis fornecidos por países como os Estados Unidos e Reino Unido.


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Djintis ku parci kita ndianta... Xanana Gusmão ku Presidente da República General USE...

@Wagner Silva 

Fumadores têm a partir de outubro um novo medicamento comparticipado para largar o vício

Por  sicnoticias.pt 26 set.2024

O genérico é do medicamento Champix, que era o único medicamento comparticipado pelo Estado, mas que foi retirado do mercado em 2021 por decisão do laboratório.

Os fumadores têm, a partir de outubro, um novo medicamento para deixar de fumar comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde, passando a existir dois fármacos disponíveis no mercado, uma medida aplaudida pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).

A Autoridade Nacional do Medicamento de Produtos e Saúde (Infarmed) avançou à agência Lusa que, no próximo mês, estará disponível no mercado um novo medicamento sujeito a receita médica, enquanto o outro, com a substância ativa vareniclina, também sujeito a receita médica, foi disponibilizado recentemente.

O genérico é do medicamento Champix, que era o único medicamento comparticipado pelo Estado, mas que foi retirado do mercado em 2021 por decisão do laboratório.

No Dia Europeu do Ex-fumador, celebrado esta quinta-feira, a coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo da (SPP), Sofia Ravara saudou esta medida, sublinhando que existem estudos que mostram que o baixo preço motiva os fumadores para deixar de fumar.

Além disso, triplica a taxa de sucesso do tratamento, porque aumenta a adesão ao tratamento farmacológico, disse a responsável da SPP, que lançou a campanha "Deixar de usar tabaco e nicotina: uma meta alcançável com tratamento".

A também professora da Universidade Beira Interior falava depois de a SPP ter feito as contas aos ganhos que se pode ter ao deixar de fumar com a comparticipação de dois fármacos, sobretudo, do genérico, tendo concluído que "continuar a fumar custa cinco vezes mais do que fazer o tratamento".

"O seu custo ronda os 26 euros para o contribuinte normal e 20 euros para o pensionista. Se pensarmos, por exemplo, que uma das marcas mais baratas para fumar custa 4,7 euros, o maço de tabaco, uma pessoa que fume 20 cigarros vai gastar 141 euros por mês, enquanto se fizer a terapêutica vai gastar 26 euros ou 20 euros se for pensionista", realçou.

Para a especialista, esta poupança é "extremamente apelativa", desejando que "os fumadores tenham esta informação".

Destacou a importância da realização de campanhas regulares, como acontece em países como os Estados Unidos e Inglaterra, em rádios locais, nos serviços de saúde, nas redes sociais, para motivar os fumadores e divulgar o tratamento, "porque pode ser difícil deixar de fumar" e de usar os produtos de nicotina, o cigarro eletrónico, o tabaco aquecido, "mas é uma meta alcançável com tratamento".

A especialista explicou que o tabaco aquecido e os 'vapes', tal como os cigarros convencionais, são dispositivos que fornecem nicotina inalada através dos pulmões, que atinge rapidamente a circulação sanguínea e o cérebro, libertando dopamina e outros neurotransmissores, que causam prazer e bem-estar.

O seu uso regular induz facilmente dependência e, por outro lado, a privação nicotínica causa sofrimento e desejo intenso de consumir, daí a importância do tratamento farmacológico e do seguimento por um especialista em consultas de cessação tabágica que vai ajudar o fumador no trabalho de mudança comportamental.

Ressalvando que a comparticipação de mais medicamentos é "uma excelente notícia", Sofia Ravara defendeu que também seria importante a comparticipação dos substitutos de nicotina que "custam muito dinheiro", como as pastilhas e os adesivos com as formas orais de nicotina.

Defendeu, por outro lado, o aumento do tabaco aquecido e dos cigarros eletrónicos, através da taxação, numa altura em que se discute o Orçamento do Estado para 2025, observando que existem marcas que custam cerca de três euros, menos do que o tabaco normal, assim como um maço de cigarrilhas.

A SPP apela também ao Governo e decisores políticos para expandir "os ambientes sociais totalmente livres de fumo" e para garantir o acesso a programas abrangentes de cessação tabágica, reforçando a rede de consultas especializadas no SNS e na comunidade.

Defende também a formação dos profissionais de saúde para abordarem sistematicamente o tabagismo na prática clínica de rotina e a criação de uma linha telefónica SNS especializada para deixar de fumar.

"Do mesmo modo, urge proteger as crianças, os adolescentes e os adultos jovens do marketing enganoso e perverso da indústria do tabaco e da nicotina, regulando as suas atividades, e aplicando eficazmente a lei de prevenção e controlo de tabaco", salienta.


Adja Satu Camará é ou não Pr da ANP??!!

@ O Democrata Osvaldo Osvaldo

A conferir… 

Qual é a diferença entre tomada de posse de Adja Satú como Pr da ANP e autoproclamação do Cipriano Cassamá pelo partido derrotado na altura tocando (Hino Nacional) na ANP como Presidente da República, isto é, diante da vitória do atual Presidente? Fico à espera de argumentos honestos… 

Isto é uma ideia relutante - que eu disse que reflectia muito exactamente toda a atitude de homens políticos frustrados ao longo deste período. O professor de Deus não tomou isto como crítica visionária e competente na altura, porque para ele, tudo pode e vai mudar nos próximos tempos, em outros termos, o território nacional pertence Paigc! em outras palavras, o Paigc na prática significa Constituição da República!!

É a vida real no nosso país . Mas hoje, a tomada de posse de Adja Satú é visto como um mau exemplo para a dita democracia dominguista e o Estado democrático de Direito PAIGCISTA, por quê? Porque não produziu desejo para o dono da Pátria. Para o qual, o lado bandido do país sonhava e ainda sonha, a maldita visão mais perto de - onde se envolveu numa discussão que muitas pessoas fanáticas não fizeram tal exercício- nós do lado coerente estou envolvido em situação nacional, só tenho que falar verdade sobre factos e nada mais. 

Na politica nada está fixo em pedra. Mas, as minhas narrativas sobre este assunto, é tipicamente de um cidadão Guineense nato. Procurando uma maneira de explorar a história, explicando por que devo falar sempre verdade que muitas pessoas não gostam de ouvir, sob a minha ótica, nunca vou abandonar a história, pois, sempre é a minha vocação explicar por que entramos nessa situação, estou bastante feliz em falar o que pessoas não querem ouvir, por termos sido empurrados para o limite do dito Estado que temos hoje, assim dizendo, para fora do limite Constitucional.

Penso que, o argumento está entre essa linha, por um lado, e o argumento lógico é inevitável, por outro,

os meios de comunicação social - o que resultou numa situação em qual a opinião pública Guineense sofreu uma lavagem cerebral total numa direcção só . Eu, corajosamente, não devo nada a ninguém e deve falar verdade e ficar sem amigos. 

Perguntei se era manifestamente Constitucional autoproclamar o Cipriano Cassamá como Presidente da República, isto é, quando a CNE proclamou Umaro Sissoco como vencedor legítimo das últimas eleições Presidenciais?! Tal comportamento era a favor de tramites democráticos?  Qualquer cidadão atento e honesto vai dizer que não. Até no meio ambiente tem resposta para essa pergunta! Perguntei e ninguém respondeu. Basicamente, eu ficaria mais feliz se não existisse a ANP. Não estou a falar relativamente do referendo sobre o parlamento. Concordei de certa forma, dizendo que a defesa da democracia é nula na Guiné- Bissau. Seria imaginável que um fanático com amnésia mental arriscasse a sua posição para desafiar isso? Embora, o fanático negou isto - e ao mesmo tempo admitiu que pode haver uma diferença entre a tomada de posse de Adja Satú e Cipriano Cassamá, fico à espera dos argumentos. 

Voltei à minha linha habitual sobre verdades não absolutas.

Thursday 26 September 01:24.

Inglaterra- London 

Juvenal Cabi Na Una.

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Biden estende a mão a África na assembleia dos líderes mundiais

Joe Biden despede-se após o seu discurso na 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, terça-feira, 24 de setembro de 2024.
No seu discurso de despedida na Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira, Biden fez várias e breves aberturas ao continente africano - recordando aos líderes mundiais os males do regime de apartheid da África do Sul, apelando ao fim do conflito desgastante do Sudão e referindo a urgência de combater um surto de varíola na República Democrática do Congo.

Mas estas duas linhas curtas são talvez as que têm mais peso:

“A ONU precisa de se adaptar para trazer novas vozes e novas perspectivas”, afirmou. “É por isso que apoiamos a reforma e o alargamento do número de membros do Conselho de Segurança da ONU”.

Durante anos, os líderes africanos reclamaram um lugar nesta mesa. Mas os críticos salientam que Washington não apoia um privilégio fundamental de que gozam os atuais membros permanentes do Conselho de Segurança: o poder de veto.

Cameron Hudson, membro sénior do Programa África do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, diz que as nações africanas estão confusas com a posição de Biden.

“Este é realmente, penso eu, um projeto inacabado dele, provavelmente mais palavras do que realidade”, disse à VOA. “Muito francamente, o facto de ele ter ressalvado este anúncio dizendo que os africanos não deveriam ter direito de veto quando - e se o fizerem - obtiverem assentos permanentes no Conselho de Segurança, francamente, deixou os africanos a coçar a cabeça.

John Fortier, membro sénior do American Enterprise Institute, disse que é importante que Biden tenha usado esta plataforma para apelar ao fim do conflito de 17 meses no Sudão, mas duvida que esse apelo provoque ação.

“Este é um dos conflitos mais graves, mas que não tem merecido a atenção do mundo, e penso que o facto de Biden ter chamado a atenção para o conflito é realmente para o elevar na consciência mundial, mas ainda não para saber realmente como é que vamos pôr fim a isto”, disse Fortier.

Este conflito deslocou milhões de pessoas e provocou uma quase fome. Por isso, dizem os analistas, é importante que o presidente americano esteja a exercer pressão sobre as partes beligerantes.

“Penso que Biden quer genuinamente aliviar a crise humanitária e resolver o conflito no Sudão”, disse Daniel Volman, diretor do Projeto de Investigação de Segurança Africana, num e-mail à VOA. “Mas acho que ele está relutante em pressionar países como o Egito e os Emirados que estão a armar os generais, porque são aliados-chave durante a guerra de Gaza.

“Além disso, Biden está a ser pressionado por alguns membros do Congresso para tomar medidas mais fortes e mais eficazes. Penso que ele tomará algumas medidas limitadas, como os novos fundos para ajuda humanitária que acabam de ser anunciados, mas não creio que isso produza resultados significativos.”

E, finalmente, o anúncio feito por Biden, fora das câmaras, de que visitará Angola no próximo mês, permite-lhe cumprir a sua promessa de visitar o continente. Mas, mais uma vez, Hudson questionou como é que esta visita, há muito adiada, irá realmente acontecer.

“Como acontece no final da sua administração, sem muito para celebrar em termos do seu envolvimento em África, penso que a visita soará um pouco vazia”, disse Hudson.

Biden tem ainda quatro meses de presidência.

(texto original de Anita Powell, correspondente da VOA na Casa Branca)

UNGA 79: Discurso de Umaro Sissoco Embaló. O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque

  VOA Português/Notícias ao Minuto    25/09/24 

Presidente da Guiné-Bissau pede reforma financeira global

O Presidente da Guiné-Bissau defendeu esta quarta-feira, na Assembleia Geral da ONU, uma reforma financeira internacional, num discurso em que aproveitou também para listar as "políticas públicas acertadas" que estão a ser concretizadas no país.

"Centenas de milhões de pessoas continuam a viver em extrema pobreza (...) e sem esperança num mundo melhor", afirmou Umaro Sissoco Embaló, nos debates gerais da 79.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

"Tornou-se mais urgente ainda implementar reformas na governação global económica e financeira para a tornar mais justa, inclusiva e equitativa", acrescentou, sublinhando que "é preciso lutar de maneira mais eficiente contra a pobreza e exclusão social", dando como exemplo o financiamento dos programas de desenvolvimento.


Por outro lado, o chefe de Estado guineense defendeu alterações na representatividade africana nas Nações Unidas: "Oito décadas depois da fundação da ONU, (...) vivemos hoje num contexto mundial totalmente diferente, e continuamos a apelar para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que deve ter em conta os interesses de África".

Por isso, sustentou, "reformar a arquitetura financeira internacional é fundamental para promover uma maior inclusão, nomeadamente, de África, tendo em conta o papel do continente africano na economia mundial".

Embaló aproveitou para apresentar os resultados, no seu país, de "políticas públicas acertadas".

Por um lado, e "apesar do impacto negativo da difícil situação económica e financeira, a economia guineense continua a crescer", garantiu o Presidente da Guiné-Bissau, país que está a ser alvo da ajuda do Fundo Monetário Internacional(FMI).

Em final de agosto, o FMI afirmou que "o empenho das autoridades [da Guiné-Bissau] numa série de reformas políticas difíceis está a começar a dar alguns resultados" e estimou que "o crescimento económico atinja 5% em 2024", alertando, contudo, para o facto de as perspetivas económicas continuarem "sujeitas a riscos significativos a curto prazo".

Hoje, Umaro Sissoco Embaló afirmou que foram adotadas medidas que, "sendo difíceis, revelaram ser necessárias para impulsionar o setor privado e criar bases mais sólidas para uma economia dinâmica e inclusiva", dando exemplos como a defesa de uma "maior participação das mulheres e jovens empreendedores" e investimento público em infraestruturas.

O Presidente assegurou o seu empenho "na promoção do diálogo da reconciliação nacional, da consolidação da democracia e do Estado de direito".

"Declarámos a guerra à corrupção e ao crime organizado. Conseguimos restaurar a confiança nas nossas relações com as instituições financeiras internacionais e outros parceiros", afiançou o Presidente, salientando ainda que a "prática de prestação de contas tem permitido uma maior transparência na gestão económica e financeira do Estado".

Por fim, Embaló garantiu que a Guiné-Bissau está a promover uma política de resolução de conflitos e de consolidação da paz, em África, mas também a nível mundial, uma posição que se traduziu, lembrou, em recentes viagens à Rússia, Ucrânia, Israel e Palestina, aproveitando ainda para fazer um pedido, perante os chefes de Estado e de Governo de todo o mundo: "Apelo para se pôr fim ao embargo injusto e muito prejudicial que o povo irmão de Cuba está submetido há décadas".

O debate de alto nível nas Nações Unidas começou terça-feira, em Nova Iorque, e prolonga-se até segunda-feira.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Procurador da República Bacari Biai vai falar amanhã na conferência de imprensa sobre processos cujas acusações já foram deduzidas pelo Ministério Público e remetidas ao competente órgão judicial para devidos efeitos.

 Wagner Silva

MADEM-G15 OPERAÇÃO ILHAS BIJAGÓS!

JÁ DECORRE A REUNIÃO DA DIREÇÃO SUPERIOR SOB-COMANDO DO SEU SECRETÁRIO NACIONAL JOSÉ CARLOS MACEDO MONTEIRO COM AS ESTRUTURAS DO PARTIDO NAS ILHAS BIJAGÓS CONCRETAMENTE NA CIDADE DE BOLAMA COMO OCORREU NAS OUTRAS REGIÕES DO PAÍS COM O MESMO OBJETIVO, PREPARAR ESTRUTURAS, TRABALHAR ESTRUTURAS E AFINAR AS MÁQUINAS PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE NOVEMBRO PRÓXIMO...

VIVA GUINE-BISSAU 

VIVA MADEM-G15 

VIVA GEN. ADJA SATU CAMARÁ PINTO

 Amadu Embaló 

Guiné-Bissau 🇬🇼 & Turquia 🇹🇷. General Umaro Sissoco Embalo com seu homólogo presidente de Turquia 🇹🇷 Erdogan.

Gaitu Baldé 

DECLARAÇÃO DE PRESIDENTE DE ALMA GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ EM NOVA YORK.



 Abel Djassi

Assinatura de Acordo de Coligação Eleitoral entre MADEM-G15, PRS , RGB, PAPES, e PLGB entre outros, para formar Plataforma Republicana " NO CUMPU GUINÉ".



Despacho N. 30/PSTJ/2024

 



É fácil ver um político corrupto, com apartamento em Portugal, dizer de boca cheia "Feliz 24 de setembro!". Mas por quê?...

Por   O Democrata Osvaldo Osvaldo

Reflexão sobre o dia 24 de setembro de 1973

É sempre importante lembrar dos eventos históricos em que nossos avós, através da unidade nacional, enfrentaram os invasores fascistas colonialistas Portugueses no nosso território nacional numa luta sanguenta por 11 anos, com milhares de vidas perdidas. Após a merecida vitória singular, o comandante João Bernardo Vieira, na primeira Assembleia Nacional, proclamou solenemente a nossa independência em Lugajole, no setor de Madina do Boé. Mesmo assim, depois de 51 anos da nossa independência e o nosso território livre até 25 September 2024, mas, 88% de cidadãos Guineenses não tem condições de fazer três refeições por dia!

É fácil ver um político corrupto, com apartamento em Portugal, dizer de boca cheia "Feliz 24 de setembro!". Mas por quê? O objetivo que levou nossos avós à luta pela Independência Nacional não era para que, depois, falsos políticos roubassem dinheiro público, guardassem em bancos ocidentais e comprassem apartamentos em Portugal e outros países. Para celebrar o 24 de setembro, é preciso ter decência e moral. Homens corruptos e suas famílias não têm moral para celebrar essa data, pois não são dignos da causa nacional!

Os objetivos, razões e valores da luta pela independência eram: liberdade, trabalho, justiça, dignidade, transparência e honestidade na administração pública. Homens corruptos não podem andar de cabeça erguida em nossa Pátria! Por isso, continuo a encorajar, motivar e incentivar a nossa juventude para que promova uma mudança na liderança política do País. Ouvi discursos repletos de orgulho criminoso, de figuras políticas que transformaram o nosso Estado em algo degradante. Nossa independência vai muito além das manchetes corruptas. Os discursos sobre a nossa independência deveriam ser manifestados através de ações culturais concretas e por organizações sociais, pois o sacrifício dos nossos avós, que lutaram para garantir nossa liberdade, não pode ser em vão. Sacrifícios incalculáveis, que deveriam ter sido utilizados para o desenvolvimento nacional e progresso do País, hoje são empregados no roubo do dinheiro público, que é enviado à Europa. Isso significa que os objetivos da luta nacional foram desperdiçados para sustentar corruptos residentes, envolvidos numa estúpida guerra política contra a civilização humana. Esses corruptos são os responsáveis pela miséria e injustiça no nosso País.

Embora o processo da nossa independência tenha um alcance mundial e seja fruto de uma luta singular, seu peso se fez sentir mais densamente em países novos do terceiro mundo, onde as criações das épocas anteriores não tinham sido profundamente assimiladas, e as raízes da civilização humana podiam ser mais facilmente cortadas. Em Portugal, dessa década em diante, os progressos da barbárie talvez tenham sido mais rápidos do que em qualquer outro lugar, destruindo com espantosa facilidade as sementes de cultura que, embora frágeis, vinham dando frutos promissores. Invadiram o nosso país, exterminaram nossa população e nossa cultura. Sei que essa comparação entre as épocas é impossível, ainda mais no contexto das guerras mundiais, e também no período atual envolvendo Ucrânia, Palestina e a Faixa de Gaza em Israel. A pobreza, desigualdade social e a corrupção são crescentes e estão a destruir o nosso País. Chamar isso de "crise" é absurdo; é impossível acreditar nessa narrativa, ou sequer afirmar que se trata de uma decadência política — na minha opinião, isso não passa de otimismo delirante. A cultura guineense tornou-se a caricatura de uma farsa política permanente. É algo oco, disforme, doente e risível.

A inteligência emocional da nossa juventude anda enfraquecida diante da necessidade de mudança. O que prevalece é o fanatismo e o dinheiro. No fim, não temos saúde, e cada cidadão guineense pobre vive com menos de um euro ou dólar por dia, enquanto seis demagogos corruptos acumulam mais riqueza do que o Estado possui em seu tesouro público. Essa é nossa peculiaridade horripilante: quanto mais você perde, menos percebe a ausência da riqueza nacional. O homem guineense inteligente, afeito a estudos profundos, ao chegar a Bissau e ingressar nos partidos políticos corruptos, se emburrece na hora. Cansado, nervoso ou maldormido, sente dificuldade em compreender algo sobre o futuro do país. Aquele que nunca entendeu grande coisa se acha perfeitamente normal quando entende ainda menos, pois esqueceu o pouco que sabia e já não tem como comparar com Amílcar Lopes Cabral! Uma das coisas que mais me deliciam é observar os argumentos vazios dos demagogos, que falam para os analfabetos funcionais do nosso país. É impressionante a seriedade com que as pessoas discutem e pretendem resolver os males jurídicos, econômicos, políticos e administrativos do nosso país, sem prestar a mínima atenção à realidade da cultura nacional, como se a inteligência prática pudesse subsistir inabalável diante dos fatos reais. As forças do atraso não podem falar sobre os objetivos e razões da nossa independência nacional. Portanto, é hora de lançarmos todos os corruptos no abismo. Qual é o nível e qualidade da nossa educação? Alguém consegue compreender o tamanho da minha indignação? Há muita corrupção e violência no nosso país, onde os políticos corruptos falam como se estivessem servindo bem à nossa bandeira nacional.

Concluindo: nosso líder imortal, Amílcar Lopes Cabral, deveria viver até os dias de hoje. Eu gostaria de ouvir o discurso desse gênio sobre o papel da ONU na segurança internacional. Na minha mente, as Nações Unidas são as grandes responsáveis pelas guerras no Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, Iêmen, e recentemente pelos bombardeios de Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza! Por que a ONU não impediu os ataques dos EUA em outros países? Mesmo assim, os africanos ainda acreditam que essa organização é o "pai" das leis internacionais. Eu perguntaria a Amílcar Cabral: por que estamos nas Nações Unidas se não somos membros do Conselho de Segurança? Qual é o impacto do nosso Estado nessa organização, já que seu objetivo fundamental é garantir o mínimo de segurança possível para os povos? Em que país essa organização criou segurança?

Rendo minhas homenagens a todos que lutaram pela nossa independência, e àqueles que ainda acreditam em dias melhores e tiveram coragem de enfrentar as forças do atraso para impulsionar a mudança na história corrupta do nosso País. Que neste 24 de setembro possamos refletir e lembrar os sacrifícios dos nossos avós. Embora hoje os governantes corruptos não compreendam o sentido moral e superior da nossa luta e independência nacional, minha missão é lutar todos os dias para construir um Estado democrático de direito. Um Estado que promova o desenvolvimento tecnológico nacional e liberte nosso povo desse sistema econômico nocivo e insignificante que mantém uma das maiores desigualdades do mundo contemporâneo.

Juvenal Cabi Na Una.



Abdurahamane Turé di Radio África FM ku fala na Bom dia África 25/09/2024 quarta-feira...

 

Aquecimento global "duplica" chuva na Europa. As imagens da destruição

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO  © volcaholic1/ X (antigo Twitter)

 Por Notícias ao Minuto   25/09/24 

Um estudo indica que em quatro dias choveu de forma mais intensa na Europa Central. Vários países nesta zona viram casas a serem destruídas e rios a tornarem-se riachos. Bruxelas já prometeu uma 'ajuda' de 10 mil milhões de euros.

As chuvas começaram a cair nos últimos dias em Portugal, mas também houve registo da queda de água noutros locais da Europa - ainda que em quantidades maiores, gerando situações mais graves.

Imagens partilhadas nas redes sociais mostram os estragos feitos em vários países, nomeadamente, a Polónia, onde, no Sudoeste, as inundações fizeram com que Varsóvia ativasse pela primeira vez um estado de alerta devido a catástrofes naturais pela primeira vez desde que o mecanismo foi introduzido na Constituição, em 1997.

Um estudo feito pela World Weather Attribution (WWA) deu conta de que a poluição que causa o aquecimento do planeta levou à "duplicação da probabilidade e um aumento de 7% da intensidade" da chuva registada em quatro dias na Europa Central.

🇪🇺 Europe continues to be hit by severe flooding, with storm Boris in northern Italy. The EU will allocate €11B to the countries affected by Storm Boris, and €50B to Ukraine.

Segundo os especialistas, o aquecimento global intensificou a queda de chuva durante pelo menos quatro dias. Devido às alterações climáticas, as chuvas tornaram-se, pelo menos, 7% mais fortes devido ao aquecimento global.

"A tendência é clara", explicou Bogdan Chojnicki, um dos co-autores do estudo em questão, dando ainda conta de que "se os humanos continuarem a encher a atmosfera de combustíveis fósseis, a situação vai ser bem mais severa".

As chuvas severas registadas na Europa Central aconteceram devido à tempestade Boris, que fez com que valores recorde de chuva caíssem em países como a Áustria, Chéquia, Hungria, Polónia, Roménia ou Eslováquia, 'transformando' riachos calmos em rios selvagens, destruíssem casas e matassem algumas pessoas.

"Estas inundações mostram o que se está a pagar pelas alterações climáticas", apontou Maja Vahlberg, uma outra co-autora da mesma pesquisa. "Mesmo com dias de preparação, as cheias devastaram cidades, detsruíram milhares de casas e levaram a União Europeia a prometer uma ajuda de 10 mil milhões de euros", referiu.

Veja as imagens da destruição na Polónia na galeria acima.


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A China testou hoje um míssil balístico intercontinental equipado com uma "ogiva fictícia" no Pacífico, anunciou o Ministério da Defesa chinês, num comunicado pouco habitual, já que o país asiático raramente divulga lançamentos.

© Reuters     Por Lusa   25/09/24  

China lançou míssil balístico com "ogiva fictícia" no Pacífico

A China testou hoje um míssil balístico intercontinental equipado com uma "ogiva fictícia" no Pacífico, anunciou o Ministério da Defesa chinês, num comunicado pouco habitual, já que o país asiático raramente divulga lançamentos.

Não foram fornecidos pormenores sobre o local exato da queda ou a natureza do míssil. O Ministério também não especificou se o projétil foi lançado a partir de um submarino ou de terra.

Os mísseis balísticos intercontinentais estão entre as armas mais poderosas do mundo e podem potencialmente transportar ogivas nucleares.

Pequim descreveu o teste como "rotineiro", mas vários analistas creem que esta descrição é surpreendente - a última vez que foi feito um lançamento do género foi em 1980.

"A Força de Foguetões do Exército de Libertação Popular lançou com sucesso um míssil balístico intercontinental com uma ogiva fictícia de treino no alto mar do oceano Pacífico às 08:44 (01:44, em Lisboa) de 25 de setembro. O míssil caiu exatamente na zona marítima pré-determinada", declarou o Ministério, na mesma nota.

"Este lançamento de míssil faz parte do programa anual de treino de rotina da Força de Foguetões e testou eficazmente o desempenho das armas e do equipamento, bem como o nível de formação das tropas, atingindo o objetivo desejado", acrescentou.

A China modernizou consideravelmente as forças armadas nas últimas décadas e o orçamento militar aumenta todos os anos em função do crescimento económico.

Este poderio militar é por vezes visto com desconfiança por alguns vizinhos asiáticos.

No entanto, o Ministério da Defesa chinês sublinhou, no comunicado, que "os países afetados" pelo lançamento, ou seja, os que se encontram nas proximidades ou na trajetória do míssil, "informados antecipadamente".


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terça-feira, 24 de setembro de 2024

Cabo Verde: Selo em homenagem a Amílcar Cabral leva à demissão do líder parlamentar do MpD

 ©facebook.com/CCV.CorreiosCaboVerde  Por: rfi.fr/pt  24/09/2024

A emissão de um selo em homenagem ao centenário de Amílcar Cabral gera crise no partido no poder, nas vésperas das eleições autárquicas. O caso levou o líder do grupo parlamentar do MpD a abandonar o cargo. 

A emissão de selo em homenagem ao centenário de Amílcar Cabral gera crise no partido no poder em Cabo Verde, em vésperas das eleições autárquicas. O líder do grupo parlamentar do MpD, Paulo Veiga, abandonou o cargo afirmando que tem tido muitas dificuldades na articulação com os membros do Governo. 

Em conferência de imprensa para esclarecer as razões que o levaram à renúncia do mandato, o ainda líder do grupo parlamentar do MpD, partido no poder em Cabo Verde, Paulo Veiga, explicou que tem havido falta de articulação entre os membros do Governo e a bancada do MpD no Parlamento. A “gota de água” foi a emissão do selo comemorativo do centenário do nascimento de Amílcar Cabral.

O motivo da minha demissão é que nós tomamos um posicionamento e o Governo com toda a legitimidade pode fazer o que fez, estamos a falar no 12º selo emitido em nome de Amílcar Cabral, mas por respeito e por articulação deveria comunicar-me o que se passava, os acordos que as instituições Correios de Cabo Verde e Correios de Portugal fizeram. 

Qual a minha surpresa - e, também, em contacto com os meus colegas, nenhum foi avisado - de ver aquilo acontecer da forma como aconteceu. 

Portanto, há aqui um problema de articulação e eu considerei uma falta de respeito para comigo que faz a articulação, porque eu depois tenho que ir responder aos colegas deputados, pelo menos aos que votaram contra, como é que isso sucede e por que é que eu não lhes avisei.”

A liderança do grupo parlamentar do MpD defende que Amílcar Cabral, por não ter sido um estadista em Cabo Verde, não deve merecer celebrações de Estado como aconteceu com o centenário de Aristides Pereira, o primeiro Presidente de Cabo Verde.  

Paulo Veiga disse ainda que “Amílcar Cabral é um herói nacional, pessoa importante para a história do país, mas não o pai da nação cabo-verdiana, pois a nação tem 562 anos”.

Em Outubro de 2023, os deputados do MpD chumbaram uma proposta de resolução para que o Estado celebrasse o centenário de Amílcar Cabral.

O actual vice-presidente da bancada parlamentar do MpD, Celso Ribeiro, foi o nome indicado pela Comissão Política Nacional do MpD para presidir o seu grupo parlamentar e a eleição deve acontecer na próxima semana, antes da primeira sessão parlamentar do novo ano político, que está prevista para 09 de Outubro.

A liderança do MpD - tanto o presidente do partido e primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva como o secretário-geral do MpD, Luís Carlos Silva - tem relativizado a crise instalada no partido no poder, afirmando que o partido de centro-direita está focado na preparação das eleições autárquicas previstas para 01 de Dezembro próximo.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou hoje o seu apoio à Ucrânia e a Israel e reconheceu o direito ao Estado Palestiniano, num discurso em que disse que o mundo está "num ponto de inflexão".

© Lusa    Por Lusa  24/09/24  

Biden reitera apoio à Ucrânia e a Israel com mundo num "ponto de inflexão"

O Presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou hoje o seu apoio à Ucrânia e a Israel e reconheceu o direito ao Estado Palestiniano, num discurso em que disse que o mundo está "num ponto de inflexão".

"Estamos num ponto de inflexão. As escolhas que fizermos hoje determinarão o futuro nas próximas décadas", disse Biden, na sua intervenção na Assembleia Geral da ONU, que decorre em Nova Iorque.

O Presidente norte-americano lembrou que o seu Governo "mantém os compromissos com a Carta das Nações Unidas", em vários dos "graves momentos" que o planeta tem vindo a atravessar.

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, nós poderíamos ter ficado parados e apenas protestar. A vice-Presidente (Kamala) Harris e eu entendemos que aquilo ia contra tudo o que esta instituição deve ser. Por isso, sob meu comando, a América entrou em jogo, oferecendo segurança económica e ajuda humanitária. E os nossos aliados e parceiros da NATO e mais de 50 nações uniram-se", recordou Biden.

"A boa notícia é que a guerra de Putin falhou, no seu objetivo fundamental", defendeu o líder norte-americano, insistindo no seu "apoio inequívoco" a Kiev, no conflito que dura desde 2022.

"Também estamos a trabalhar para conseguir paz e estabilidade no Médio Oriente", acrescentou Biden, condenando o ataque do movimento islamita Hamas em território palestiniano, em 07 de outubro, que considerou ser "um inferno".

"Este é o tempo de trazer os reféns para casa e garantir a segurança para Israel e deixar Gaza livre do Hamas", prometeu Biden, que recordou que o conflito no Médio Oriente se agrava com o envolvimento do movimento libanês Hezbollah, mostrando-se determinado em evitar "uma guerra mais ampla, que engula toda a região".

O Presidente dos EUA disse também estar empenhado em assegurar que o Irão "nunca conseguirá uma arma nuclear" e prometeu procurar uma solução para o Sudão, que vive "uma das piores crises humanitárias do planeta".

Biden também prometeu ajudar os países africanos a combater epidemias, com o envio de um milhão de vacinas, ajudando também essa região com alimentação e na transição digital.

O Presidente norte-americano mostrou-se ainda convicto da necessidade de uma reforma profunda da ONU, quando o mundo enfrenta novos desafios.

"A Inteligência Artificial vais mudar os nossos modos de vida, nos nossos modos de trabalho e os nossos modos de guerra", disse Biden, defendendo regras globais para esta nova tecnologia.

No final, Biden explicou por que razão, ao fim de 50 anos de serviço público, tinha decidido sair da cena política, não se recandidatando ao cargo que ocupa, argumentando que "esta é a hora de uma nova geração de liderança".


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O Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, assistiu hoje na Sede das Nações Unidas em Nova Yorque, à abertura solene da 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

A intervenção do Chefe de Estado da Guiné-Bissau na Assembleia Geral da ONU esta prevista para esta quarta-feira 25 de Setembro.

Com Gaitu Baldé