segunda-feira, 15 de abril de 2024

Israel/Irão: E agora? Como o ataque do Irão contra Israel deixou o mundo em alerta

© HOSSEIN BERIS/Middle East Images/AFP via Getty Images
Notícias ao Minuto  15/04/24

Ataque do Irão a Israel levou a uma série de condenações e reuniões de emergência. Países pedem agora contenção e temem uma escalada do conflito no Médio Oriente.

O Irão acabou por lançar, na noite de sábado e madrugada de domingo, um ataque contra Israel, como retaliação pelo bombardeamento ao consulado iraniano em Damasco, em 1 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios e que aumentou as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

O mundo pede agora contenção, temendo uma escalada do conflito na região. Mas o que se passou e o que foi dito?

O ataque do Irão recorreu ao uso de mais de 300 'drones', mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, com o apoio dos aliados, nomeadamente pelos Estados Unidos.

Ao início da manhã, o chefe das forças armadas iranianas disse que o ataque realizado "alcançou todos os seus objetivos", especificando que nenhum centro urbano ou económico foi alvo de 'drones' (aeronaves não tripuladas) e mísseis.

O general Mohammad Bagheri afirmou que os dois locais mais visados foram "o centro de inteligência que forneceu aos sionistas as informações necessárias" para o ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco a 1 de abril, bem como "a base aérea de Novatim, de onde descolaram os aviões de caça israelitas 'F-35' que bombardearam as instalações diplomáticas do Irão na capital síria.

Por seu lado, o comandante em chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami, advertiu que Teerão contra-atacará de forma "mais severa que os bombardeamentos" de sábado à noite se Israel iniciar uma ofensiva contra interesses ou cidadãos iranianos em qualquer parte do país.

Israel, que vinha alertando há vários dias que a retaliação iraniana era iminente, deixou claro que planeia uma resposta ao ataque iraniano.

Apesar deste posicionamento, os Estados Unidos da América vieram dizer que não querem uma escalada nem uma "guerra alargada" no Médio Oriente, pela porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, ao mesmo tempo que um alto responsável norte-americano garantiu à AFP que o país não irá participar em qualquer ação de retaliação israelita contra o Irão.

Esta informação surgiu já depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisar os Estados Unidos de que Teerão atacará "inevitavelmente" as bases militares norte americanas no Médio Oriente se estas forem usadas para "defender e apoiar" Israel.

Condenação e reuniões de emergência

O ataque suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à "contenção" e levou a uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e de uma convocação do G7.

O Conselho de Segurança da ONU acabou por terminar sem consenso. Enquanto o Irão defendeu que "não teve outra escolha senão exercer o seu direito à autodefesa", Israel disse que o seu país tem o direito de retaliação, apesar dos apelos do secretário-geral e de todos os países para se desanuviar a escalada, e pediu sanções contra o Irão.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, havia dito que população do Médio Oriente enfrenta o perigo real de um "conflito devastador em grande escala" e tinha apelado à "máxima contenção", frisando que "é hora de recuar do abismo".

o líderes do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, "condenaram unanimemente o ataque sem precedentes do Irão a Israel", no final da reunião. "Todas as partes devem dar provas de contenção", disse Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.

Por sua vez, a presidente da Comissão Europeia, que também condenou o ataque, disse que a União Europeia (UE) vai discutir novas sanções contra o Irão para conter os programas de drones e mísseis deste país, após Teerão ter usado estas armas no ataque.

E a posição de Portugal?


Face ao sucedido, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, condenou o ataque, apelando à contenção nas hostilidades para "evitar uma escalada de violência".

Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu uma recomendação aos cidadãos nacionais, na sequência do agravamento da situação no Médio Oriente, a desaconselhar viagens para a região e pediu que se respeitem as instruções de segurança das autoridades locais.

Já o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas garantiu que "está tudo preparado se for preciso" retirar portugueses expatriados de Israel e revelou ainda que havia 47 a sair do Irão.

Presidente convoca Conselho Superior de Defesa Nacional

Face ao sucedido,  o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, para a próxima terça-feira, para discutir a situação no Médio Oriente.

Nos termos da Constituição, o Conselho Superior de Defesa Nacional é um órgão colegial específico, presidido pelo Presidente da República, de consulta para os assuntos relativos à defesa nacional e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.

No mesmo dia, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da UE vão também reunir-se, de forma extraordinária e por videoconferência.

A reunião extraordinária foi convocada pelo Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, que anunciou que a reunião terá como objetivo "contribuir para a desescalada e a segurança na região". 



Leia Também: Exército de Israel anuncia reabertura de escolas após ataque iraniano  

Brasil. Polícia Federal investiga se barco com cadáveres vinha de África

© Ministério da Justiça e da Segurança Pública
Por Lusa  15/04/24

A Polícia Federal do Brasil está a investigar se o barco encontrado no estado do Pará, na Amazónia brasileira, com vários cadáveres em decomposição, partiu de um país africano, informaram hoje fontes oficiais.

Um grupo de peritos vai examinar a embarcação na segunda-feira e efetuar uma "análise preliminar dos corpos" para confirmar ou descartar a tese de que provém do continente africano, informou a Polícia Federal numa nota enviada à agência de notícias espanhola EFE.

Hoje, equipas das forças de segurança rebocaram para terra a pequena e precária jangada e os cadáveres que se encontravam no seu interior, para uma inspeção detalhada.

A embarcação foi encontrada no sábado na região do Salgado, no estado amazónico do Pará (norte), onde existem várias reservas protegidas e habitada principalmente por comunidades tradicionais que vivem da pesca, do artesanato e da captura de caranguejos.

Pouco depois de a tragédia ser conhecida, um comissário da polícia local disse ao jornal O Liberal que havia "cerca de 20 corpos em avançado estado de decomposição" no barco e afirmou que poderiam ser "refugiados do Haiti", país que atravessa uma grave crise política, social e económica.

No entanto, a Polícia Federal alargou o possível raio de origem da embarcação ao continente africano, onde conflitos armados em alguns países têm provocado um arriscado êxodo migratório em direção à Europa.

No sábado, uma equipa da Polícia Federal, incluindo um grupo de peritos do distrito federal de Brasília, iniciou a sua viagem para o local para "descobrir quem eram as pessoas que estavam no barco".

"O número, a nacionalidade e a causa da morte das vítimas ainda não são conhecidos", informou a polícia em comunicado.

A Polícia Federal brasileira informou que está a investigar o caso "em colaboração com diversos órgãos de segurança pública" do Pará, que também disse ao jornal O Liberal que as vítimas podem ter morrido como consequência de um naufrágio.



Leia Também: Barco à deriva com dezenas de corpos na Amazónia. Autoridades investigam

Maputo: Excesso de elefantes no parque de Maputo leva a equacionar contraceção

© Lusa
Por Lusa  15/04/24
Os elefantes no Parque Nacional de Maputo, ainda há poucos anos em declínio, recuperaram totalmente, para uma estimativa de 500 animais, provocando conflitos com a população e que colocam em cima da mesa a introdução de contraceção.

"O excesso pode tornar-se um problema. Nós vamos fazer esta avaliação dos elefantes (...) e já se começa a ter um impacto grande na vegetação, o que vai ter consequentemente impacto nas diferentes populações, incluindo a do elefante", começou por explicar, em entrevista à Lusa, Miguel Gonçalves, o administrador do Parque Nacional de Maputo, a cerca de 70 quilómetros a sul da capital moçambicana.

Oficialmente, o censo da população realizada regularmente aponta para 400 elefantes naquele parque, mas a equipa técnica estima que sejam pouco mais de 500 na realidade, o que vai levar à revisão dos métodos de contagem e à definição, nos próximos meses, de um plano para a espécie no Parque Nacional de Maputo.

"Esta avaliação vai levar depois a que tenhamos um plano concreto para a gestão do elefante. Pode incluir coisas como, por exemplo, a contraceção, para reduzir a taxa de natalidade, para que o crescimento não seja tão grande como agora e a translocação, se possível, para outras áreas, entre outras medidas", explicou, apontando a conclusão da definição deste plano para um prazo de três meses.

"Conceito temos, queremos é ir buscar números mais concretos, mas já estamos no terreno para ver a possibilidade de contraceção. Mas queremos ter números concretos para saber exatamente que investimento é que temos que fazer, que financiamento é que temos que ir buscar, porque não são operações baratas e é preciso saber exatamente com o que é que estamos a lidar", assumiu.

A presença dos elefantes naquela área é histórica, o que motivou a criação de uma reserva de caça, em 1932. Antes, os elefantes daquela zona eram caçados por causa do marfim que, segundo a história, era depois enviado para a Europa, sobretudo a Inglaterra, a partir da Ilha dos Portugueses, ao largo de Maputo, e que se chegou a chamar, por isso mesmo, Ilha dos Elefantes.

"Em 1960, na altura acreditava-se que era uma subespécie de elefante, que era um elefante costeiro, e criou-se então a Reserva dos Elefantes de Maputo, que tinha o objetivo de proteção dos elefantes. Não só porque acreditava que poderia ser uma subespécie na altura, mas por causa do declínio que tinha sofrido a população de elefantes por causa da caça que houve", recordou Miguel Gonçalves.

Durante os 16 anos de guerra civil, após a independência de Moçambique, o declínio do número de elefantes naquela área foi tal que se estima terem chegado a "menos de uma centena".

"Mas a proteção que pusemos e o esforço de fiscalização, a população de elefantes cresceu naturalmente, ao ponto de que, em 2022/2023, translocámos mais de 40 elefantes. Estamos na posição de ter sucesso agora e poder doar para outras áreas de conservação", sublinhou.

"A contagem aérea não nos parece nesta altura que seja eficaz. Temos muita floresta e com o barulho dos helicópteros os elefantes acabam por esconder-se. Temos outro problema porque os números estão a aumentar e eles começam a sair do parque para as zonas de residência das comunidades, o que causa conflito. E por isso também porque não só estamos a ter excesso de elefantes, estamos a ter excesso de outras espécies", assumiu ainda.

Face a este crescimento, à comunidade local já foi concessionada uma área de quase 10.000 hectares, para "conservação comunitária ao longo dos limites" do parque, para que "possam ter benefícios destes excessos" de animais.

Ceder elefantes para outros parques ou áreas de conservação também está em cima da mesa, "sempre que solicitado".

"E estamos disponíveis até para ver, possivelmente, mais áreas de conservação aqui ao nosso redor, privadas ou comunitárias, idealmente comunitárias, para que esse excesso seja movido para lá. Consequentemente, é um ganho em termos de proteção", disse.



Leia Também: Elefante mata turista e fere cinco durante safári. Vídeo captou ataque

Tripulação do cargueiro com bandeira portuguesa capturado pelo Irão foi libertada

AP
SIC Notícias  15/04/2024

Em entrevista à RTP, o embaixador do Irão em Portugal garantiu que o cargueiro MSC Aries, propriedade de um empresário israelita, foi apreendido por "questões técnicas".
A tripulação do cargueiro com bandeira portuguesa, capturado pelo Irão, foi libertada, garantiu este domingo o embaixador iraniano em Portugal.

Em entrevista à RTP, Seyed Majid Tafreshi afirma que os 25 tripulantes não estão a ser controlados, nem interrogados.

O navio com bandeira portuguesa foi capturado no sábado, no estreito de Ormuz, entre o Irão e os Emirados Árabes Unidos, por forças especiais iranianas.

O cargueiro MSC Aries pertence a uma empresa que faz parte do grupo Grupo Zodiac, do bilionário israelita Eyal Ofer.

Na entrevista à RTP, o embaixador iraniano em Lisboa explicou que o cargueiro foi apreendido por "questões técnicas" e está nesta altura "em água iranianas".

   “Percebi que eles têm um sistema AIS - Sistema de Identificação Automática. Parece que estava desligado, houve uma queixa sobre isso, a tripulação está livre, não há qualquer apreensão, nenhuma detenção", sublinhou.

domingo, 14 de abril de 2024

Israel: Ministros untranacionalistas querem resposta forte contra o Irão

© Nir Keidar/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  14/04/24

Vários ministros israelitas apelaram hoje a uma resposta firme ao ataque iraniano de sábado à noite, que dois ministros da coligação governamental, radicais e ultranacionalistas, consideram ser uma oportunidade para "moldar o Médio Oriente", noticiou a EFE.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, declarou hoje, num discurso gravado na rede social X, que "os olhos de todo o Médio Oriente e de todo o mundo" estão a olhar para Israel e apelou a que se aproveitasse a ocasião para formular uma resposta que "ressoe em todo o Médio Oriente durante as gerações vindouras".

"Se o ignorarmos, Deus nos livre, colocar-nos-emos a nós próprios e aos nossos filhos numa ameaça existencial imediata", argumentou Smotrich, após o ataque iraniano de sábado com cerca de 300 drones e mísseis.

Simultaneamente, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, também ele anti-árabe e residente num colonato da Cisjordânia ocupada, afirmou que Israel tem de reagir para "criar dissuasão no Médio Oriente".

Ben Gvir afirmou que, desde o ataque do Hamas em 07 de outubro, que causou 1.200 mortos em solo israelita, o país está a exercer novas doutrinas de contenção e proporcionalidade, e alegou que a resposta de Israel não pode ser fraca.

O ministro da Cultura e dos Desportos, Miki Zohar, afirmou também que "uma resposta laxista" apenas serviria para dar continuidade ao "conceito obsoleto de lógica razoável face a terroristas brutais" e referiu que este conceito já "falhou" contra o Hamas antes de 07 de outubro, contra o Hezbollah, que "continua os seus ataques no norte de Israel", e avisou que "falhará contra o Irão, que "não hesitou em atacar diretamente Israel".

Benny Gantz, membro do Gabinete de Guerra israelita, líder do partido da oposição Unidade Nacional e principal adversário político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irão é "um problema global" e um desafio para Israel, e considerou que este é um bom momento para uma maior cooperação regional.

"Este incidente ainda não terminou: a aliança estratégica e o sistema de cooperação regional que construímos, que resistiram ao grande desafio (do Irão), devem ser reforçados agora mais do que nunca", sublinhou Gantz.

"Perante a ameaça do Irão, construiremos uma coligação regional e garantiremos que o Irão pague o preço da forma certa e no momento certo para nós", concluiu.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque contra Israel em resposta ao bombardeamento israelita do consulado iraniano em Damasco.

O Exército israelita garantiu que foi capaz de repelir a maior parte dos ataques lançados pelo Irão e observou que nenhum dos 'drones' lançados por este país atingiu o território israelita.

As Forças Armadas israelitas também afirmaram ter intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os mísseis balísticos, "mais de 120", que o Irão lançou contra Israel, em ataques que deixaram uma criança gravemente ferida em Israel e outras oito pessoas com ferimentos ligeiros.

Por seu lado, o Governo do Irão descreveu o ataque a Israel como um "sucesso" e, embora tenha anunciado que não tem intenção de continuar com a ofensiva, avisou que voltará a agir se necessário "para proteger os seus interesses".

Entretanto, os Estados Unidos da América não querem uma escalada nem uma "guerra alargada" no Médio Oriente, referiu o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, após o ataque do Irão contra Israel.



Leia Também: Síria considera ataque do Irão um exercício "legítimo" de autodefesa  

Poço de Jacó você já ouviu falar desse lugar? Muito lindo porém muito perigoso também...

Israel diz que vai retaliar contra o Irão “quando for a hora certa”

Avião F-15 da força aérea israelita    
VOA Português  14/04/2024

EUA terão informado Israel que não participarão em qualquer retaliação israelita

JERUSALÈM — Israel reabriu o seu espaço aéreo que havia sido encerrado após o ataque iraniano com misseis e drones contra Israel.

Varias copmpanhias de aviação internacionais mantêm no entanto por enquanto a sua suspensão a vôs de para Israel e países vizinhos.

Israel disse que as suas defesas aéreas tiveram sucesso em defender o país contra os ataques do Irão e este país avisou que haverá mais ataques se Iraeli retaliar.

A principal força militar do Irão, o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, emitiu um comunicado hoje afirmando que o ataque foi uma retaliação pelo que as autoridades iranianas dizem ter sido um ataque israelita que matou vários comandantes militares iranianos em na capital síria Damasco no dia 1 de Abril. Israel não confirmou nem negou a responsabilidade pelo ataque de 1 de Abril.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse no domingo que o Irão lançou mais de 300 drones e misseis contra Israel, incluindo lançamentos do Iémen e do Iraque, com 99% interceptados pelas defesas aéreas israelita fora do seus espaço aéreo.

Destroços do motor de um missil abatdio por Israel e feriu gravemente uma criança de sete anos de idade da comunidade beduína no sul de Israel

Os mísseis e drones foram interceptados pelas defesas israelitas com a participação de meios dos Estados Unidos, Grâ Bretanha e Jordânia

O Irão instou Israel a não retaliar pelos ataques.

“O assunto pode ser considerado concluído”, disse a missão do Irão nas Nações Unidas numa publicação na plataforma de redes sociais X.

“No entanto, se o regime israelita cometer outro erro, a resposta do Irão será consideravelmente mais severa”, afirmou a missão.

Os líderes dos principais países industrializados do G7 realizarão uma videoconferência hoje para discutir os ataques do Irão a Israel.

A sessão foi convocada pela Itália, que detém a presidência rotativa do grupo, cujos membros também incluem Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Canadá.

Antes de uma reunião do gabinete de guerra de Israel, o ministro da defesa Benny Gantz alertou que Israel retaliará "quando chegar a hora certa".

"Construiremos uma coligação regional e cobraremos o preço ao Irão da forma e no momento certo para nós", disse Gantz num comunicado.

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse no programa Meet the Press da NBC que repelir o ataque em massa de drones foi uma "conquista militar incrível" de Israel e seus parceiros e mostrou como Israel não está isolado no cenário mundial.

"Agora, se e como os israelitas responderão, isso dependerá deles. Nós entendemos isso e respeitamos isso. Mas o presidente tem sido muito claro: não buscamos uma guerra com o Irão", disse Kirby.

O presidente Joe Biden disse ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que os Estados Unidos não participariam de nenhuma contra-ofensiva israelita contra o Irão, de acordo com relatos de domingo da cadeia de televisão CNN e do diário Wall Street Journal.

Falando com Netanyahu na noite de sábado, Biden sugeriu que mais respostas eram desnecessárias, e altos funcionários dos EUA disseram aos seus homólogos que os Estados Unidos não participariam de uma resposta ofensiva contra o Irão.

John Kirby, o principal porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, disse no domingo ao programa "This Week" da ABC que os Estados Unidos continuarão a ajudar Israel a se defender, mas não querem a guerra com o Irãp.

“Não buscamos o aumento das tensões na região. Não buscamos um conflito mais amplo”, disse Kirby.

O Conselho de Segurança da ONU deerá reunir ainda hoje a pedido de Israel.

 

 Leia Também: O presidente do Irão afirmou hoje que o ataque lançado no sábado contra Israel foi "uma lição contra o inimigo sionista", avisando Telavive que qualquer "nova aventura" irá contar com uma resposta "ainda mais dura" de Teerão. 

Veja Também:  Captura de navio com bandeira portuguesa: "O Irão está a ameaçar os interesses estratégicos de Portugal"  

Médio Oriente: Irão avisa que atacará bases dos EUA usadas para "apoiar" Israel

© Fatemeh Bahrami/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  14/04/24  

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou hoje os Estados Unidos de que Teerão atacará "inevitavelmente" as bases militares norte americanas no Médio Oriente se estas forem usadas para "defender e apoiar" Israel, avança a Efe.

Segundo aquela agência de notícias espanhola, que cita a congénere iraniana, a agência ISNA, Hosein Amir Abdolahian alertou que "se o espaço aéreo ou o território dos países referidos forem utilizados pelos EUA para defender e apoiar o regime de Telavive, a base americana nesse país será inevitavelmente atacada".

O chefe da diplomacia do Irão deu por concluída a resposta de Teerão ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, que o governo do seu país atribuiu a Israel, e que matou seis sírios e sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, incluindo dois generais.

Hosein Amir Abdolahjan referiu também que os países da região foram informados da operação 72 horas antes do seu início: "Informámos os nossos vizinhos e os países da região de que a resposta da República Islâmica do Irão no quadro da legítima defesa é certa", disse Abdolahian.

O objetivo da ofensiva, lançada na noite de sábado, foi, segundo Abdolajhan, "apenas e só para o regime israelita".

"O facto de nos limitarmos à legítima defesa e ao castigo do regime sionista significa que não definimos qualquer alvo civil na nossa resposta e que as nossas forças não visaram um local económico e populacional", afirmou.

O ministro salientou que, desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro, o Irão sempre se opôs ao aumento da tensão na região, segundo a Efe.

Na noite de sábado, o Irão atacou Israel com cerca de 300 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, como resposta ao bombardeamento do consulado iraniano na Síria, atribuído a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.

O ataque sem precedentes do Irão a Israel, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.



Leia Também: Quem são os aliados do Irão no Médio Oriente que desafiam Israel? 

Alemanha considera que Irão colocou Médio Oriente "à beira do precipício"

© Getty Images
Por Lusa  14/04/24 
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha acusou hoje o Irão de colocar "conscientemente" o Médio Oriente "à beira do precipício", ao disparar centenas de foguetes, drones e mísseis contra Israel.

Annalena Baerbock, que fazia uma intervenção em Frankfurt, disse que o regime iraniano "quase mergulhou uma região inteira no caos", pelo que apelou a "todos os atores da região para agirem com cautela", porque "a espiral de escalada deve ser quebrada".

As palavras de Baerbock foram proferidas numa altura em que o chanceler alemão, Olaf Scholz, está de visita à China, onde também apelou à contenção de todas as partes na sequência dos ataques iranianos.

"Só podemos apelar a todos, e ao Irão em particular, para que não continuem nesta via", afirmou à imprensa.

O Chanceler denunciou "uma grave escalada" das tensões no Médio Oriente e manifestou a sua "solidariedade" com Israel.

O ataque, reivindicado pela Guarda Revolucionária Iraniana, foi realizado com cerca de 300 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, e surgiu como resposta à destruição do consulado iraniano na Síria, atribuída a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.

Este ataque sem precedentes, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.



Leia Também: O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje a uma resposta global "firme e unida" ao "terror" provocado pelo Irão e pela Rússia, condenando o ataque de sábado à noite de Teerão a Israel. 

 

 Leia Também: A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje para o "custo potencial" em matéria de direitos humanos e humanitários que a escalada belicista no Médio Oriente pode representar se o conflito se espalhar pela região.  




Irão: Ataque contra Israel celebrado efusivamente em Teerão. As imagens... Iranianos celebraram efusivamente o ataque contra Israel nas ruas de Teerão.

© Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images
Notícias ao Minuto  14/04/24

Os iranianos saíram às ruas, na madrugada deste domingo, para celebrar o ataque levado a cabo contra Israel, como retaliação ao bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

As imagens divulgadas pelas agências internacionais mostram um ambiente de festa no centro de Teerão. Os iranianos gritaram slogans contra os Estados Unidos e Israel e exibiram imagens do líder supremo do Irão, 'ayatollah' Ali Khamenei, e do falecido general iraniano Qessam Soleimani, comandante da força de elite iraniana al-Quds,  assassinado em 2020, no Iraque, por ordem do então presidente dos Estados Unidos Donald Trump.


De notar que o chefe das forças armadas iranianas disse hoje que o ataque realizado durante a noite contra Israel "alcançou todos os seus objetivos", especificando que nenhum centro urbano ou económico foi alvo de 'drones' (aeronaves não tripuladas) e mísseis.

O general Mohammad Bagheri afirmou que os dois locais mais visados foram "o centro de inteligência que forneceu aos sionistas as informações necessárias" para o ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco a 01 de abril, bem como "a base aérea de Novatim, de onde descolaram os aviões de caça israelitas 'F-35' que bombardearam as instalações diplomáticas do Irão na capital síria.

Por seu lado, o comandante em chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami, advertiu hoje que Teerão contra-atacará de forma "mais severa que os bombardeamentos" de sábado à noite se Israel iniciar uma ofensiva contra interesses ou cidadãos iranianos em qualquer parte do país.

Israel, que vinha alertando há vários dias que a retaliação iraniana era iminente, planeia agora uma "resposta significativa" ao ataque iraniano, disse um funcionário que pediu anonimato à estação de televisão Channel 12.

O Exército israelita afirmou que, dos cerca de 170 'drones' que o Irão lançou antes da meia-noite, nenhum chegou ao território israelita; e também teria intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os "mais de 120" mísseis balísticos.

Por seu lado, o ministro da Defesa do Irão, Mohammad Reza Ashtiani, avisou sábado à noite que qualquer país que permita a utilização do seu espaço aéreo ou território para realizar ataques contra solo iraniano receberá uma resposta forte.

O ataque iraniano ocorreu como retaliação ao bombardeamento atribuído por Teerão a Israel, ao consulado do Irão em Damasco. De notar que entre os mortos estava o líder do ramo da Força Quds para a Síria e o Líbano, o Brigadeiro-General Mohamed Reza Zahedi.

O líder supremo do Irão, 'ayatollah' Ali Khamenei, insistiu repetidamente nas últimas semanas que "o regime sionista deve ser e será punido", ameaças que foram repetidas por praticamente todos os altos funcionários do país após o ataque em Damasco.

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Leia Também: G7 reúne-se por vídeoconferência para debater ataque do Irão a Israel 

Irão/Israel: G7 reúne-se por vídeoconferência para debater ataque do Irão a Israel

© Shutterstock

Por Lusa  14/04/24

Os chefes de Estado e de Governo do G7 vão realizar uma videoconferência hoje ao início da tarde "para debater o ataque iraniano contra Israel", anunciou o Governo italiano, que detém atualmente a presidência deste grupo de países industrializados.

"A presidência italiana do G7 convocou uma videoconferência a nível de líderes para o início da tarde de hoje", afirmou o Governo italiano num breve comunicado.

Esta cimeira de emergência surge depois de o Irão ter lançado mais de 200 drones e mísseis contra Israel durante a noite, em resposta a um ataque contra o consulado iraniano em Damasco.

No entanto, segundo o exército israelita, este ataque direto iraniano sem precedentes foi frustrado.

O Conselho de Segurança deverá realizar hoje também uma reunião de emergência, com o chefe da ONU, António Guterres, a condenar "uma grave escalada".

Leia Também: O chefe das forças armadas iranianas disse hoje que o ataque realizado durante a noite contra Israel "alcançou todos os seus objetivos".  

Israel afirmou hoje que 99% dos mais de 300 'drones' e mísseis disparados pelo Irão, no ataque de sábado à noite, foram intercetados, e que a defesa israelita foi um "êxito estratégico muito significativo". Intercetados 99% dos mais de 300 drones e mísseis iranianos, diz Israel

© Getty Images
Por Lusa   14/04/24
Intercetados 99% dos mais de 300 drones e mísseis iranianos, diz Israel

Israel afirmou hoje que 99% dos mais de 300 'drones' e mísseis disparados pelo Irão, no ataque de sábado à noite, foram intercetados, e que a defesa israelita foi um "êxito estratégico muito significativo".
Intercetados 99% dos mais de 300 drones e mísseis iranianos, diz Israel


Teerão disparou 170 'drones', mais de 30 mísseis de cruzeiro e mais de 120 mísseis balísticos, disse o contra-almirante israelita Daniel Hagari.

Vários mísseis balísticos atingiram território israelita, causando pequenos danos numa base aérea, indicou ainda Hagari, notando que o resultado da defesa foi um "êxito estratégico muito significativo"

Socorristas disseram que uma menina de sete anos ficou gravemente ferida numa localidade beduína no sul de Israel, aparentemente num ataque de míssil, embora tenham referido que a polícia ainda está a investigar as circunstâncias dos ferimentos, informou a agência de notícias Associated Press.

O serviço israelita de emergência médica Magen David Adom já tinha dado conta de um outro ferido grave, um rapaz de 10 anos atingido por estilhaços depois de a defesa antiaérea ter intercetado um 'drone' lançado pelo Irão, perto da cidade israelita de Arad, também no sul de Israel.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou no sábado à noite que as forças dos Estados Unidos ajudaram a abater "quase todos" os 'drones' e mísseis disparados pelo Irão contra Israel.

O Irão lançou o ataque de sábado à noite em resposta ao bombardeamento do consulado de Teerão em Damasco, Síria, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana e seis cidadãos sírios.

Trata-se do primeiro ataque direto da República Islâmica do Irão contra o território de Israel, inimigo declarado.

Biden disse ter falado entretanto ao telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para reafirmar "o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a segurança de Israel".



Leia Também: A agência oficial iraniana IRNA noticiou que a principal base aérea do Neguev, no sul de Israel, sofreu "sérios danos" depois de ser atingida por mísseis iranianos na noite de hoje.  


Leia Também: Primeiro-ministro de Israel reúne Gabinete de Guerra 

sábado, 13 de abril de 2024

MÃE MATA FILHA NO BAIRRO DE QUELELÉ

Fonte: Radiovozdopovogb.blogspot.com abril 13, 2024 

Uma jovem de 21 anos de idade terá sido espancada até morte pela sua própria mãe, no Bairro de Quelelé, em Bissau.

A vítima, de nome Mariama Djaló, terá sofrido torturas por volta das 22 horas do dia 12 de abril, por alegadamente ter saído de casa para manifestar a festa de Ramadão e voltar tarde.

Segundo relatos de testemunhas, depois de voltar, a mãe fechou logo a porta e começou a bater na filha até morte.

A mesma fonte explicou que não foi a primeira vez que a suspeita bate na filha.

Segundo O jornal Nô Pintcha disse soube que o pai da jovem faleceu há anos, e a mãe, Alimato Culubaly, vive com os filhos em Quelelé.

Neste momento, sabe-se que a mãe já se encontra sob custódia da Polícia Judiciária.

O jornal Nô Pintcha promete continuar a acompanhar este caso e volta com mais pormenores assim que conseguir mais informações.

// Jornal No pintcha

Brasil suspende publicidade na rede social X após críticas de Musk

© Shutterstock
Por Lusa  13/04/24
O Governo brasileiro decidiu não voltar a adquirir campanhas de publicidade no X, após críticas de Elon Musk, dono daquela rede social, que ameaçou não cumprir decisões do Supremo do Brasil.
Brasil suspende publicidade na rede social X após críticas de Musk


O Governo liderado por Lula da Silva não irá gastar mais recursos em promover ações do executivo naquela plataforma, face à contenda com Elon Musk, afirmaram hoje fontes da Secretaria da Comunicação brasileira.

Segundo o Portal da Transparência, o Governo gastou cerca de 650 mil reais (120 mil euros) em comunicação institucional na rede social X, entre 2023, ano em que Lula assumiu o poder, e os primeiros meses de 2024.

A medida, que será aplicada a novos contratos de publicidade, é fundamentada por uma diretriz aprovada em fevereiro que procura evitar ações publicitárias em plataformas, aplicações e outros meios que possam "danificar a imagem das instituições do poder executivo".

A imprensa brasileira noticiou hoje que o representante da rede social no Brasil, o advogado Diego de Lima Gualda, deixou o cargo esta semana.

A polémica começou com uma série de publicações de Elon Musk, que também é dono da Tesla, em que acusou o juiz do Supremo brasileiro Alexandre Moraes, responsável por um processo sobre o uso de redes sociais para a disseminação de notícias falsas, de impor a censura por ter determinado o bloqueio de determinados perfis no X.

Elon Musk ameaçou não obedecer às ordens de bloqueio dessas mesmas contas, afirmando que iria levantar todas as restrições impostas pela justiça brasileira.

Alexandre Moraes instou a rede social a não reativar perfis com ordem de bloqueio ordenada pelo Supremo, sob pena de uma multa diária de 100 mil reais (cerca de 18 mil euros) por cada conta que esteja ativa.

O juiz alertou que "as redes sociais não são terra sem lei e não são terra de ninguém", e que devem respeito absoluto às leis brasileiras.

A 08 de abril, o Supremo brasileiro ordenou a abertura de investigações contra o empresário, por ataques à justiça daquele país sul-americano.

No dia seguinte, o Presidente do Senado brasileiro defendeu ser inevitável a regulação das redes sociais.

Cargueiro com bandeira portuguesa sofre ataque perto do Estreito de Ormuz

© Costfoto/NurPhoto via Getty Images
Notícias ao Minuto  13/04/24

Segundo a AP, que cita fontes militares britânicas sob anonimato, o navio envolvido é provavelmente o MSC Aries.

Um cargueiro com bandeira portuguesa foi alvo de um ataque atribuído ao Irão perto do Estreito de Ormuz, mostrou um vídeo publicado pela Associated Press (AP) este sábado.

Segundo a agência britânica, que cita fontes militares britânicas sob anonimato, o navio envolvido é provavelmente o MSC Aries, de bandeira portuguesa, um navio porta-contentores associado à Zodiac Maritime, com sede em Londres, Inglaterra.

A Zodiac recusou-se a comentar e remeteu as questões para ao MSC, que também ainda não respondeu.

O MSC Aries foi localizado pela última vez perto de Dubai em direção ao Estreito de Ormuz, na sexta-feira. O navio desligou os seus dados de rastreio, o que é comum em navios afiliados a Israel que circulam pela região.

Embora a AP não tenha conseguido verificar a veracidade do vídeo, a agência destaca que o cargueiro correspondia a detalhes conhecidos do embarque e o helicóptero envolvido parecia ser um dos utilizados pela Guarda Revolucionária paramilitar do Irão, que já realizou outros ataques a navios no passado.

Recorde-se que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, na sexta-feira, que está à espera de que um eventual ataque do Irão a Israel possa acontecer brevemente.

"Não quero dar informações que não sejam seguras, mas a minha expetativa é que seja mais cedo do que tarde", referiu o líder norte-americano aos jornalistas, citado pela agência France-Presse, quando confrontado sobre um possível ataque.

Tudo começou há alguns dias quando um ataque em Damasco, na Síria, matou várias pessoas, entre as quais um general iraniano. Teerão prometeu uma resposta, acusando Telavive de ter levado a cabo o ataque.

Por consequência, na terça-feira, o chefe da Marinha da Guarda Revolucionária Iraniana, Ali Reza Tangsiri, advertiu que o Irão pode bloquear o Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do tráfego marítimo de petróleo bruto, se o "inimigo" pressionar o país persa.

"Podemos fechar o Estreito de Ormuz, mas não o fazemos. No entanto, reveremos a nossa política se o inimigo nos pressionar", disse Tangsiri à agência noticiosa estatal ISNA. No Irão, o termo "inimigo" é frequentemente utilizado para designar os Estados Unidos ou Israel.


Leia Também: O Irão permanece em silêncio e a vida desenvolve-se normalmente no país persa enquanto o mundo aguarda um ataque iraniano alegadamente iminente contra Israel devido ao bombardeamento do consulado em Damasco.  

Dia do Beijo: Mitos e curiosidades sobre o beijo (do 'chocho' à beijoca na testa)

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Notícias ao Minuto  13/04/24

Um beijo pode ajudar a queimar calorias? E o aparelho dentário, é um obstáculo?

O beijo é universalmente visto como uma forma de proximidade entre as pessoas, sendo reconhecido como um símbolo de amor, afeto e ternura em diversas culturas. Até no reino animal, muitas espécies, como primatas, aves e peixes, praticam comportamentos semelhantes ao beijo como parte do seu ritual de cortejo e para fortalecer os laços.

Porém, também há uma série de mitos sobre o beijo. Neste sentido, e a propósito do Dia Mundial do Beijo, que se celebra este sábado, dia 13 de abril, a Impress desmistifica alguns ideias erradas e explora algumas curiosidades.

O mito de transmissão de doenças graves

Estima-se que ao longo da vida, uma pessoa dá cerca de 24 mil beijos e estudos indicam que um beijo de 10 segundos pode transferir até 80 milhões de bactérias, provenientes de cerca de 278 tipos diferentes, sendo que a concentração média de bactérias por mililitro de saliva é de cerca de 100 milhões.

Adicionalmente, é possível que os resíduos de saliva da outra pessoa permaneçam na boca por até três dias, pelo que se compreende a popularidade deste mito. Contudo, e embora os beijos possam facilitar a transmissão de bactérias e vírus, como a constipação, a gripe, mononucleose, herpes, candidíase ou sífilis, o risco de contrair uma doença grave através de um beijo é geralmente baixo, desde que ambas as partes estejam saudáveis e não tenham feridas abertas na boca.

Sabia que o beijo pode servir como terapia?

Manter uma boa saúde oral é fundamental para garantir que um beijo seja uma experiência agradável e não venha a causar problemas. Quando praticado com uma boca saudável, o beijo liberta quatro tipos de neurotransmissores: dopamina, que proporciona prazer; serotonina, que promove a excitação; epinefrina, que acelera o ritmo cardíaco; e oxitocina, que estimula os sentimentos de afeto e confiança.

Neste sentido, pode ser considerado como um antidepressivo natural, uma vez que se liberta substâncias químicas que promovem a sensação de bem-estar e felicidade, o que traz inúmeros benefícios para a saúde mental, ajudando a reduzir o stress e a ansiedade.

O mito do número de músculos usados durante um beijo

É frequentemente afirmado que um beijo envolve a ativação de 25 músculos, entre lábios e língua, sugerindo que é uma das ações que mais músculos do corpo utiliza. Porém, o número exato de músculos utilizados pode variar de pessoa para pessoa, dependendo da intensidade e do tipo de beijo.

No entanto, é verdade que um beijo apaixonado pode queimar entre duas a seis calorias por minuto, dependendo da sua intensidade e duração. Um beijo com língua, por exemplo, utiliza 34 músculos e pode queimar cerca de 26 calorias por minuto.

Sabia que um beijo pode-se equiparar à morfina?

Um beijo tem um poder significativo, podendo ser tão ou até mais poderoso do que a morfina. Quando se beija alguém, o corpo liberta endorfinas, substâncias químicas que proporcionam sensações de prazer e bem-estar. Estas endorfinas são cerca de 200 vezes mais potentes do que os efeitos da morfina.

O mito de que os aparelhos ou a contenção estragam os beijos

Muitos jovens encaram a ideia de usar aparelho como um obstáculo nas suas vidas amorosas. O medo de não saber beijar corretamente ou magoar o parceiro com a estrutura metálica é comum. No entanto, segundo Kasem, chefe ortodontista da Impress, "a utilização de aparelho, não precisa de ser um problema durante o beijo, pois este não corta a língua de quem está a ser beijado".

Sabia que os beijos podem ajudar a prevenir complicações orais?

Os beijos na boca têm sido associados à prevenção de cáries e placa bacteriana, pois estimulam a produção de saliva, o que ajuda a manter os dentes limpos e a controlar a acidez na boca. Apesar disto, é recomendável usar um raspador de língua diariamente durante a escovagem dos dentes e fazer bochechos com elixir após a escovagem, pois estas práticas contribuem para manter uma boa higiene oral e um hálito fresco.

Além disso, também é importante salientar que as cáries não são transmitidas através da troca de saliva, mas sim devido a desequilíbrios no processo de desmineralização e remineralização do esmalte dentário, assim como pela presença de placa bacteriana.

Por fim, existe uma relação direta entre o stress e o beijo, ou a ausência do beijo. Aqueles que praticam beijos regulares, comummente conhecidos como beijoqueiros, tendem a ter menos ansiedade e são menos propensos a desenvolver certos hábitos prejudiciais para a saúde oral, como, por exemplo, roer as unhas e ranger os dentes, que podem causar danos nos dentes e gengivas.