quarta-feira, 14 de junho de 2023
CHEFE DE ESTADO RECEBE O LÍDER DO PARTIDO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ
O Presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá recebe o Presidente da CNE. Npabi Kabi deu ponto dos trabalhos para publicação dos resultados eleitorais definitivos, publicação no Boletim Oficial e tomada de posse do novo parlamento.
Bielorrússia já começou a receber armas nucleares táticas russas
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Notícias ao Minuto 14/06/23
O líder bielorrusso disse que algumas destas armas são três vezes mais potentes do que as bombas atómicas que os Estados Unidos lançaram sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, deu conta, esta quarta-feira, de que o país já começou a receber as armas nucleares táticas anteriormente prometidas por Moscovo.
"Temos já mísseis e bombas que recebemos da Rússia", confirmou em entrevista à televisão estatal russa, aqui citadas pela Sky News. Nesse momento, o líder bielorrusso afirmou ainda que algumas destas armas são três vezes mais potentes do que as bombas atómicas que os Estados Unidos lançaram sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.
A notícia surge após o presidente bielorrusso ter proferido declarações que parecem contradizer a posição do chefe de Estado russo, Vladimir Putin, acerca do uso potencial desse armamento. Isto porque o presidente russo enfatizou que Moscovo manteria o controlo sobre a eventual utilização desse armamento, ao passo que Lukashenko afirmou que não hesitaria em utilizá-lo caso a Bielorrússia fosse alvo de uma agressão.
Este é o primeiro destacamento de armas nucleares táticas para fora da Rússia desde a queda da União Soviética, numa altura em que ambos os países têm vindo a fortalecer os seus laços. É uma movimentação que tem sido acompanhada atentamente pelos países aliados, como os Estados Unidos, mas também da China, que tem advertido repetidamente contra a utilização de armas nucleares na guerra da Ucrânia.
Na terça-feira, Alexander Lukashenko tinha já dito que, de facto, as armas nucleares russas seriam fisicamente transferidas para território bielorrusso "dentro de alguns dias" e que o país dispunha, ainda, de instalações para acolher mísseis de maior alcance, caso fosse também necessário.
A guerra na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), quase nove mil civis morreram e mais de 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno.
Veja Também: "Há aqui um mentiroso: ou Moscovo, ou Lukashenko"
Unicef Guiné-Bissau : Visite o posto mais próximo da sua casa e receba o seu mosquiteiro MILDA até dia 16 de Junho.
Por Unicef Guiné-Bissau
Já estamos na época chuvosa!
As inundações aumentam o risco das doenças transmitidas pelos mosquitos.
Para se proteger a si e aos seus familiares devem:
🛏️ Dormir debaixo de mosquiteiros MILDA
🦟 Usar repelentes de mosquitos
🧥 Vestir roupas de mangas compridas
Precisamos de lutar juntos contra a malária!
Visite o posto mais próximo da sua casa e receba o seu mosquiteiro MILDA até dia 16 de Junho.
Hoje é um dia especial para os trabalhadores da Guiné-Bissau, pois o Secretário-Geral Dr. Júlio António Mendonça irá dirigir-se à sessão do Comité de Aplicação das Normas da OIT para apresentar a necessidade urgente dos trabalhadores de um direito fundamental, nomeadamente o direito a um salário mínimo nacional, a última fronteira que distingue a dignidade da exploração.
Comissão Europeia vai apoiar Estados em situação de seca com 330 milhões
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POR LUSA 14/06/23
A Comissão Europeia vai ativar 330 milhões de euros da "reserva de crise agrícola" da União Europeia (UE) para todos os Estados-membros, muitos afetados pela seca, anunciou na terça-feira, em Estocolmo, o comissário da Agricultura, Janusz Wojciechowski.
Depois de ter apoiado os países que fazem fronteira com a Ucrânia, Bruxelas "está a preparar a decisão de ativar o remanescente da reserva de crise, ou seja, 330 milhões de euros, para os outros 22 Estados-membros afetados pelos fenómenos climáticos e, de uma forma mais geral, que sofrem as consequências da guerra na Ucrânia", indicou.
O responsável falava no final de uma reunião dos ministros europeus da Agricultura em Estocolmo, na Suécia, sobre uma reserva com uma dotação anual de 450 milhões de euros, que será aumentada para um total de 530 milhões de euros, "em particular para apoiar os agricultores atingidos pela seca ou pelas inundações em Itália", além dos efeitos do conflito na Ucrânia, sublinhou o responsável polaco, sem adiantar mais pormenores.
A distribuição desta ajuda seguirá a distribuição dos pagamentos diretos no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), acrescentou, esperando que o plano esteja finalizado "na próxima semana".
Esta reserva de crise já foi ativada três vezes este ano por Bruxelas: além dos fundos atribuídos às explorações agrícolas italianas e polacas atingidas pela gripe aviária, foram concedidos dois envelopes aos países da Europa Oriental desestabilizados pelo afluxo de cereais ucranianos devido à guerra, que estão a saturar os seus silos e a fazer baixar os preços locais.
Depois de ter atribuído 56 milhões de euros no final de março, a Comissão propôs, em meados de abril, a distribuição de mais 100 milhões de euros a cinco países: Polónia, Hungria, Bulgária, Roménia e Eslováquia.
Leia Também: IPMA. Seca agravou-se em maio e chegou a todo o território continental
SENEGAL: ONU "profundamente preocupada" com direitos humanos no Senegal
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POR LUSA 14/06/23
A Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou-se hoje "profundamente preocupada" com a evolução dos direitos humanos no Senegal e vê "um precedente sombrio" no uso de armas de fogo pela polícia contra manifestantes, acusados por Dacar de "terrorismo".
"A utilização de armas de fogo pelas forças de segurança durante as manifestações constitui um precedente sombrio para o Senegal", sublinhou o Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACDH) das Nações Unidas, num comunicado citado pela agência France-Presse.
O Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, mergulhou na pior situação de violência dos últimos anos no início deste mês, após Ousmane Sonko, opositor do Presidente, Macky Sal, ter sido condenado a dois anos de prisão por "aliciamento de menores", num caso em que era acusado de violação de uma massagista. O veredicto impede Sonko de concorrer às presidenciais de 2024.
O balanço oficial das autoridades aponta para 16 mortos, em consequência dos confrontos, mas a organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional contabilizou 23 vítimas mortais, enquanto o PASTEF, partido de Sonko, denunciou a morte de mais de 20 pessoas.
O Governo do Senegal anunciou hoje a abertura de uma investigação, após a divulgação de vídeos, nas redes sociais, em que aparecem homens armados à paisana, acusados terem atacado violentamente manifestantes.
"Notamos que as autoridades iniciaram investigações e exortamo-las a garantir que sejam céleres, independentes e aprofundadas, e que levem qualquer pessoa considerada responsável pelo uso da força injustificado ou desproporcional a responder pelos seus atos, independentemente do seu 'status' e afiliação partidária", salienta o ACDH, no comunicado.
A agência da ONU registou "pelo menos" 16 mortos, 350 feridos e mais de 500 detidos nos três dias de manifestações.
"Estamos também preocupados com as reiteradas restrições à liberdade de expressão e de reunião pacífica, após as manifestações", referiu o Alto Comissariado.
O ACDH dá como exemplo o caso da Walfadjiri TV, um canal de televisão privado, que cobria as manifestações em direto e que foi suspenso em 01 de junho, "sem justificação legal clara e até hoje não foi reativado".
PRESIDENTE VISITA ESTADO-MAIOR-GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS
PRESIDENTE RECEBE O DIRECTOR EXECUTIVO DO FMI
@ Presidência da República da Guiné-Bissau
O Presidente recebeu, hoje, dia 13 de Junho, o Director Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Facinet SYLLA, administrador do FMI para o Grupo África II, que integra 24 países, incluindo a Guiné-Bissau.
Na ocasião, o Sr. Sylla enalteceu a magistratura de influência do chefe de Estado em prol da retoma do programa financeiro com FMI, e apelou à continuidade das reformas em curso nas finanças públicas.
CHEFE DE ESTADO RECEBE O LÍDER DA COLIGAÇÃO PAI-TERRA RANKA
O chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência, o líder da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI- Terra Ranka) vencedora das eleições legislativas, Domingos Simões Pereira. Na ocasião passaram em revista a situação política do país e abordaram diversos temas de interesse nacional.
TikTok ganha terreno nos jovens com perda de influência do Facebook
Por SIC Notícias 13.06.2023
O relatório documenta "como o conteúdo assente em vídeo, distribuído através de redes como TikTok, Instagram e Youtube estão a tornar-se mais importantes para as notícias", especialmente no sul, enquanto plataformas como o Facebook "estão a perder influência".
A rede social chinesa TikTok está a ganhar terreno entre as audiências mais jovens, à medida que o Facebook perde influência, revela o relatório Reuters Digital News Report 2023 (Reuters DNR 2023) divulgado esta quarta-feira.
O Reuters DNR 2023 é o 12.º segundo relatório anual do Reuters Institute for the Study of Journalism (RISJ) e o 9.º relatório a contar com informação sobre Portugal, em que participam 46 países.
"Com o interesse e a confiança nas notícias a caírem em muitos países, a recessão económica colocou mais pressão sobre os modelos de negócios de notícias", refere o estudo.
A edição deste ano do Reuters DNR 2023 "fornece evidências de que as audiências de notícias estão a tornar-se mais dependentes das plataformas digitais e sociais, pressionando ainda mais os modelos de negócio baseados em anúncios e assinaturas" de organizações de media "num momento em que os gastos das famílias e das empresas estão sendo espremidos".
O relatório documenta "como o conteúdo assente em vídeo, distribuído através de redes como TikTok, Instagram e Youtube estão a tornar-se mais importantes para as notícias", especialmente no sul, enquanto plataformas como o Facebook "estão a perder influência".
Tanto o interesse como a confiança nas notícias "continuam a cair em muitos países à medida que a conexão entre jornalismo e a grande parte do público continua a se desgastar", refere o estudo, apontando que "há evidências" que o público continua a evitar seletivamente histórias importantes "como a guerra da Ucrânia e a crise do custo de vista", na tentativa de reduzir o consumo de notícias que consideram deprimentes e proteger a sua saúde mental.
Estas são algumas das conclusões da 12.ª edição do relatório, que está disponível em www.digitalnewsreport.org/2023.
Segundo o estudo, o Facebook está a tornar-se "muito menos importante como fonte de notícias" e, inerentemente, isso tem uma implicação como motor do tráfego nos 'sites' de notícias.
"Apenas 28% dizem ter tido acesso a notícias via Facebook em 2023 em comparação com 42% em 2016", conclui o estudo, referindo que este "declínio" é explicado, em parte, pela menor relevância da rede social como fonte das notícias e, por outra, pelo papel das redes sociais baseadas em vídeo, como o Youtube e o TikTok, que estão cada vez mais a capturar grande parte da atenção dos utilizadores mais jovens.
Por exemplo, o consumo semanal de notícias no Twitter "permaneceu relativamente estável na maioria dos países após a aquisição [deste] por Elon musk, com o uso alternativo de redes como o Mastodon extremamente baixo", refere.
Agora, o TikTok "é a rede social que mais cresce no nosso estudo" e é usada por 44% dos jovens na faixa etária entre os 18 e os 24 anos "para qualquer finalidade (20% para notícias)".
O TikTok, que é propriedade da chinesa ByteDance, "é mais usado em partes da Ásia, América Latina e África".
Os utilizadores do TikTok, Instagram e Snapchat tendem a prestar "mais atenção" a celebridades e 'influencers' [influenciadores das redes sociais] do que a jornalistas ou empresas de media quando se trata de tópicos de notícias.
Isto "marca um forte contraste" com as redes sociais como Facebook e Twitter, onde as empresas de notícias ainda atraem atenção e lideram conversas.
Paralelamente, "as preferências declaradas pelas audiências para visitar diretamente 'sites' de notícias continuam em declínio", aponta.
Entre os 46 mercados em análise no estudo, a proporção daqueles que afirmam que o seu principal ponto de acesso é feito através do 'site' de notícias ou uma 'app' (aplicação) caiu de "32% em 2018 para 22% em 2023, enquanto a dependência no acesso às redes sociais aumentou", constata o estudo.
O estudo
O Reuters Institute Digital News Report 2023 (Global) tem como autores Nic Newman, Richard Fletcher, Kirsten Eddy, Craig T. Robertson e Rasmus Kleis Nielsen.
O OberCom - Observatório da Comunicação, enquanto parceiro estratégico, colaborou com o RISJ na conceção do questionário para o mercado português, bem como na análise e interpretação dos dados.
O tamanho total da amostra é de 93.895 adultos, com cerca de 2.000 por mercado.
O trabalho de campo foi realizado no final de janeiro/início de fevereiro deste ano e o inquérito foi realizado 'online'.
Casa Branca preocupada com reaproximação entre África do Sul e Rússia
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POR LUSA 13/06/23
A Casa Branca expressou hoje preocupação com uma possível reaproximação entre a África do Sul e a Rússia, em resposta a um apelo de congressistas norte-americanos para sancionar Pretória.
"Compartilhamos as preocupações do Congresso sobre uma potencial parceria de segurança entre a África do Sul e a Rússia", disse a jornalistas Judd Devermont, responsável pela África subsaariana na Casa Branca.
O embaixador norte-americano em Pretória, Reuben Brigety, acusou recentemente o governo sul-africano de fornecer armas à Rússia, país que há mais de um ano trava uma ofensiva militar contra a Ucrânia, provocando fortes protestos nos Estados Unidos da América (EUA).
Segundo o diplomata, um cargueiro russo atracou em dezembro perto da Cidade do Cabo antes de retornar à Rússia carregado de armas e munições.
Em carta, influentes congressistas norte-americanos pediram que a África do Sul deixasse de se beneficiar de vantagens comerciais no âmbito de uma lei norte-americana para o desenvolvimento de África.
A Lei Africana de Crescimento e Oportunidades (AGOA), que expira em 2025, concede acesso privilegiado ao mercado norte-americano a países africanos que cumpram determinados critérios democráticos.
As autoridades eleitas dos EUA sugerem que tal entrega de armas, se comprovada, violaria as sanções norte-americanas e pediram que a próxima reunião no âmbito da AGOA, anteriormente planeada para decorrer na África do Sul, ocorra agora em outro país.
A África do Sul, próxima do Kremlin desde os tempos da luta contra o regime de segregação racial do 'apartheid', recusou-se a condenar a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, dizendo que queria permanecer neutra.
Nigéria. Mais de 100 mortos em naufrágio no regresso de um casamento
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POR LUSA 13/06/23
Mais de 100 pessoas morreram hoje na Nigéria depois de o barco que transportava famílias que regressavam de um casamento se ter afundado num rio, segundo autoridades locais e policiais.
O barco transportava passageiros num rio do estado nigeriano de Kwara, no centro-norte do país, quando ocorreu o acidente, relataram a polícia local e o gabinete do governador do estado.
O porta-voz da polícia de Kwara, Okasanmi Ajayi, disse à agência France-Presse que morreram 103 pessoas no naufrágio e que outras 100 sobreviveram.
"As operações de salvamento ainda continuam o que significa que os números podem aumentar", acrescentou.
As vítimas estavam de volta ao distrito de Patigi, no estado de Kwara, depois de celebrarem um casamento no estado do Níger, informou o gabinete do governador do estado de Kwara.
Naufrágios em rios da Nigéria são acidentes comuns, geralmente provocados por barcos sobrelotados, má manutenção e falta de cumprimento das regras de segurança.
Leia Também: Quatro mortos após naufrágio de barco com turistas em Itália
terça-feira, 13 de junho de 2023
Putin ameaça criar "zona sanitária" em território ucraniano
© Lusa
POR LUSA 13/06/23
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que se a Ucrânia continuar com os seus ataques na fronteira, a Rússia será obrigada a criar o que chamou de "zona sanitária" no território do país vizinho.
"Se isto continuar, então possivelmente teremos de considerar a questão, e digo isto com muito cuidado, de criar em território ucraniano uma espécie de zona sanitária a uma distância tal que será impossível atingir o nosso território", disse Putin durante um encontro com correspondentes de guerra russos no Kremlin, transmitido pela televisão estatal, citado por agências internacionais de notícias.
Putin admitiu a necessidade de proteger melhor a fronteira dos ataques, sabotagens e incursões ucranianas, especialmente na região de Belgorod.
"É claro que temos de proteger os nossos cidadãos (...), a segurança das fronteiras tem de ser reforçada", afirmou.
Putin sublinhou que, "em princípio, poder-se-ia pensar que o inimigo se comportaria desta forma (...) e, certamente, preparar-se-ia melhor".
"O processo está a decorrer muito rapidamente. Este problema será resolvido", afirmou o líder russo, que tem sido amplamente criticado pela forma como lidou com a crise causada em vários distritos de Belgorod por incursões de paramilitares russos leais a Kiev.
O Presidente russo sublinhou que na região, que partilha uma fronteira de 540 quilómetros com a Ucrânia, "não há ninguém" do inimigo, uma vez que o exército e os guardas fronteiriços estão a operar ativamente em Belgorod.
Putin afirmou que Kiev quer que Moscovo desvie as suas tropas da linha da frente para a fronteira ucraniana, o que Putin rejeitou liminarmente.
Quanto aos ataques de drones em território russo, Putin reconheceu que a defesa antimíssil é concebida contra aviões e mísseis e que os drones modernos são feitos de materiais leves, "feitos de madeira, bastante difíceis de detetar".
"É claro que teria sido melhor se tivesse sido feito no momento certo e de forma adequada", disse, embora tenha afirmado estar "convencido" da defesa de Moscovo e de outras grandes cidades.
No início de maio, dois drones atingiram a cúpula do Palácio do Senado, onde se situa o gabinete pessoal do líder russo.
Ao mesmo tempo, considerou desnecessário declarar a lei marcial no país, o que foi pedido por alguns políticos e bloguistas militares, uma vez que tal regime implicaria a mobilização de milhões de reservistas.
"As pessoas terão de ser trazidas de volta a casa em algum momento, essa questão está a ser discutida no Ministério da Defesa", disse o chefe do Kremlin.
O Presidente russo recordou que a lei não prevê uma data específica para o regresso dos mobilizados e que tudo dependerá da situação na frente de batalha.
Insistiu que, nas condições atuais, "não há necessidade" de anunciar uma nova mobilização, embora tenha dito estar ciente dos apelos de algumas figuras públicas para "mobilizar mais um milhão ou dois milhões".
"Tudo depende do que pretendemos, dos nossos objetivos", acrescentou.
No entanto, sublinhou que, de momento, há pessoas suficientes que querem servir voluntariamente no exército, como os 156 mil homens que assinaram contratos com as forças armadas até agora este ano.
Neste encontro com a comunicação social, Putin anunciou ainda que a produção russa dos principais tipos de armas aumentou 2,7 vezes no ano passado, enquanto a produção das armas mais procuradas aumentou dez vezes.
"Tivemos um aumento de 2,7 vezes na produção dos principais tipos de armas num ano e, nos artigos mais procurados, aumentámos 10 vezes", disse Putin.
E prosseguiu: "As empresas trabalham em dois turnos, e muitas trabalham em três turnos. Trabalham praticamente dia e noite, com alta qualidade".
De acordo com o líder russo, não só o número de armas produzidas pela Rússia está a aumentar, como "a qualidade está a aumentar, a melhorar, as suas características, alcance e precisão estão a melhorar".
"E se não tivéssemos a operação militar especial, talvez nunca tivéssemos sabido como ajustar a nossa indústria militar para a tornar a melhor do mundo, e vamos fazê-lo", acrescentou.
E comparou esta situação com a da Ucrânia, que recebe todo o seu armamento do ocidente, mas cuja indústria militar é praticamente inexistente.
"O complexo industrial militar ucraniano vai simplesmente deixar de existir. O que é que eles produzem? Trazem-lhes munições, trazem-lhes equipamento, trazem-lhes armas, trazem-lhes tudo. Não se pode sobreviver assim, não se pode aguentar muito tempo", explicou.
Por esta razão, sublinhou Putin, "a questão da desmilitarização" da Ucrânia "é colocada a um nível prático".
QUÉNIA: Sobe para 303 o número de mortos após jejum extremo no Quénia
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POR LUSA 13/06/23
O número de mortos no "massacre de Shakahola", uma floresta no Quénia onde se reunia uma seita que defendia o jejum extremo para "encontrar Jesus", subiu para 303, após a descoberta de mais 19 corpos, anunciou hoje um responsável regional.
O autoproclamado pastor da seita, Paul Nthenge Mackenzie, está preso desde 14 de abril, dia em que foram descobertas as primeiras vítimas, e será processado por "terrorismo", num caso que abalou este país altamente religioso da África Oriental.
ase todas as vítimas mortais do chamado "massacre de Shakahola", designação da floresta onde ocorreu a tragédia, foram exumadas das sepulturas e valas comuns encontradas, com exceção de alguns que morreram no hospital devido ao estado de desnutrição em que se encontravam.
As autópsias efetuadas a mais de uma centena de corpos revelaram que, embora todos apresentassem sinais de fome, os cadáveres de pelo menos três menores e um adulto apresentavam também vestígios de estrangulamento e asfixia.
As primeiras investigações da polícia sugerem também que os fiéis foram obrigados a continuar o jejum, mesmo que quisessem abandoná-lo.
Leia Também: Floresta onde foram encontrados corpos no Quénia será local de homenagem
OIM: Número de migrantes de África e Médio Oriente mortos bate recorde em 2022
© Lusa
POR LUSA 13/06/23
O número de migrantes mortos provenientes do Norte de África e Médio Oriente rondou os 3.800 no ano passado, o número mais elevado desde 2017, anunciou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
"Um total de 3.789 mortes foram registadas em 2022, mais 11% do que no ano anterior", segundo um comunicado de imprensa da OIM, que recorda que o anterior recorde foi atingido em 2017, quando morreram 4.255 pessoas que tentavam chegar à Europa.
"A região MENA (Médio Oriente, Norte de África) foi responsável por mais de metade de todas as mortes de migrantes em todo o mundo" no ano passado, acrescenta-se no comunicado citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
"Este número alarmante exige atenção imediata e esforços concertados para reforçar a proteção dos migrantes", afirmou o diretor regional da OIM, Othman Belbeisi, citado no comunicado de imprensa, no qual apela a "mais cooperação e recursos internacionais e regionais para enfrentar esta crise humanitária e evitar mais perdas de vidas".
Nas rotas de migração terrestre no Norte de África, "em particular a perigosa travessia do deserto do Saara" e no Médio Oriente, a OIM registou 1.028 mortes, embora tenha sublinhado que o número real de mortes deve ser muito mais elevado.
No que se refere à migração terrestre, o número mais elevado foi registado "no Iémen, onde a violência dirigida contra os migrantes se intensificou", segundo a OIM. Pelo menos 795 pessoas, na sua maioria etíopes, morreram ao tentar atravessar do Iémen para a Arábia Saudita.
Em 2022, as travessias marítimas clandestinas entre a região e a Europa foram marcadas por um "aumento do número de incidentes fatais após a partida de barcos do Líbano para a Grécia e Itália", com pelo menos 174 mortes, ou seja, metade do número de mortos no Mediterrâneo Oriental em 2022.
De acordo com a OIM, só em 2022 morreram ou desapareceram 2 406 migrantes no Mediterrâneo Oriental, Central e Ocidental, o que representa uma subida de 16,7% face ao anterior, e desde o início deste ano, já foram registadas 1.166 mortes ou desaparecimentos.
Domingos Simões Pereira afirma estar disponível para chefiar o futuro Governo, caso a coligação PAI TERRA RANKA assim entender.
O líder do PAIGC e cabeça lista da PAI Terra Ranka falava após o encontro com o PR Umaro Sissoco Embaló.
Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo recebe o lider do PAIGC e cabeça de lista da coligação PAI_TERRA_RANKA Domingos Simões Pereira.
Sua Excelência Presidente da Republica visita Estado Maior General das Forças Armadas ( AMURA).
‼️🇦🇴 UNITA: "Atrasos no pagamento de salários da função pública angolana são inaceitáveis"
DW Português para África 13/06/23
A UNITA considerou "inaceitável" que alguns setores da função pública em Angola estejam até agora sem receber o salário do mês de maio, sem explicações por parte do executivo.
Profissionais da educação e da saúde, entre outros, do setor público, não receberam ainda o ordenado do mês passado e admitem paralisar as suas atividades.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) considera "inaceitável" que a situação se mantenha, 13 dias após o início do mês, sem que o executivo tenha explicado as razões do atraso, "provocando consequências dramáticas para a vida dos funcionários e suas famílias, privados dos seus rendimentos já de si insuficientes".
Num comunicado de imprensa, o Grupo Parlamentar da UNITA instou o executivo a resolver "esta irregularidade" com celeridade e a esclarecer os motivos do atraso, que se tem tornado recorrente, "numa altura em que o país tem arrecadado avultados recursos com o diferencial do preço do barril do petróleo".
ESTUDO: Intensificação do aquecimento global leva a maior turbulência nos aviões
© Shutterstock
POR LUSA 13/06/23
A turbulência aumentou em várias regiões do mundo e essa circunstância é consistente com os efeitos das alterações climáticas, de acordo com um estudo que aponta que os céus estão mais agitados do que há 40 anos.
A Universidade de Reading (EUA) publicou uma investigação na Geophysical Research Letters onde alertou para o aumento da turbulência em céu limpo.
Este estudo focou-se numa das rotas aéreas mais movimentadas do mundo, que passa sobre o Atlântico Norte, noticiou a agência Efe.
Nos pontos analisados ao longo desta rota, a duração anual de turbulência severa aumentou 55%, passando de 17,7 horas em 1979 para 27,4 horas em 2020.
O aumento da turbulência moderada chegou a 37% (de 70 para 96,1 horas) e a turbulência leve aumentou 17% (de 466,5 para 546,8 horas).
A equipa de investigação indicou que "os aumentos são consistentes com os efeitos das alterações climáticas", referiu a Universidade de Reading, em comunicado.
O ar mais quente das emissões de CO2 está a aumentar o cisalhamento do vento - uma mudança acentuada na sua direção e velocidade - o que aumenta a turbulência em céu limpo no Atlântico Norte e em todo o mundo, de acordo com os investigadores.
A turbulência torna "os voos irregulares e às vezes pode ser perigoso", salientou um dos autores do estudo, Mark Prosser.
O especialista acredita que as companhias aéreas devem começar a pensar na forma como vão lidar com o aumento da turbulência, que pode representar risco de ferimentos para passageiros e comissários de bordo, mas não só.
Prosser apontou que cada minuto adicional que um avião passa a atravessar turbulência aumenta o desgaste da aeronave, custando à indústria entre os 150 e os 500 milhões de dólares por ano apenas nos Estados Unidos.
O cientista e também autor do estudo, Paul Williams, observou que, após uma década de investigação a demonstrar que as alterações climáticas aumentariam a turbulência em céu limpo no futuro, existem agora "evidências que sugerem que o aumento já começou".
Por esse motivo, o investigador recomendou investir em melhores sistemas de deteção e previsão de turbulência, para evitar que o ar agitado se traduza em voos mais irregulares nas próximas décadas.
EUA fornecem 325 milhões de dólares em nova ajuda à Ucrânia
Vista aérea do Pentágono
VOA Português 13/06/23
Pacote esperado para terça-feira marca a 40ª envio dos stocks militares dos EUA, e inclui veículos blindados que podem substituir os perdidos na contra-ofensiva
Os Estados Unidos estão a fornecer até 325 milhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia, disse à VOA um oficial de defesa dos EUA.
O pacote deverá incluir veículos blindados Stryker e Bradley que podem substituir os danificados e destruídos na contra-ofensiva ucraniana actualmente em curso, de acordo com dois responsáveis da Defesa, que falaram com a VOA sob condição de anonimato antes do anúncio esperado do pacote na terça-feira.
Os oficiais disseram que a última ajuda também inclui munições para os Sistemas Nacionais Avançados de Mísseis Superfície-Ar (NASAMS), juntamente com mais foguetes para os Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS) da Ucrânia.
O anúncio da ajuda surge no meio de informações segundo as quais a Ucrânia perdeu mais de uma dúzia de veículos de combate de infantaria Bradley nos últimos dias, o que realça os custos militares da actual contra-ofensiva.
O Presidente do Conselho da UE, José Manuel Durão Barroso, afirmou que "estes sistemas de topo, por muito bons que sejam, são vulneráveis e terão de ser substituídos. Terá de continuar a longo prazo", disse Bradley Bowman, director sénior do Centro de Poder Militar e Político da Fundação para a Defesa das Democracias, com sede em Washington.
Uma vez libertado, o último pacote de ajuda marcará a 40ª retirada presidencial autorizada de equipamento militar dos inventários do Departamento de Defesa desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em Fevereiro de 2022.
O Secretário de Defesa Lloyd Austin viaja para Bruxelas esta semana para uma reunião dos ministros da defesa da NATO, onde o apoio à Ucrânia será uma das principais prioridades.
Durante a sua estadia em Bruxelas, Austin organizará outra reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia para discutir a forma como os aliados ocidentais podem apoiar melhor as forças armadas ucranianas, agora que a sua nova contra-ofensiva começou, de acordo com as autoridades.
Os líderes da defesa também continuarão a definir planos para que os pilotos ucranianos treinem em caças F-16, acrescentaram as autoridades.
Os Estados Unidos prometeram mais de 39 mil milhões de dólares em assistência à segurança da Ucrânia desde a invasão russa, embora o Pentágono continue a resolver um erro de contabilidade que exagerou o montante do valor destinado a Kiev.
Ao calcular as estimativas do pacote de ajuda, o Departamento de Defesa estava a contabilizar o custo incorrido para substituir as armas dadas à Ucrânia, enquanto deveria ter totalizado o custo dos sistemas realmente enviados, disseram funcionários à VOA.
O erro deverá traduzir-se em milhares de milhões de dólares adicionais que estarão disponíveis para mais ajuda à Ucrânia, segundo as autoridades.
O Pentágono anunciou na sexta-feira que está a fornecer mais 2,1 mil milhões de dólares em ajuda de armas a longo prazo para a Ucrânia, incluindo mais munições da bateria de mísseis Patriot e pequenos drones Puma lançados à mão.
Ao contrário da ajuda imediata à Ucrânia enviada dos stocks do Pentágono através da autoridade presidencial, este dinheiro é fornecido ao abrigo da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia dos Estados Unidos e destina-se a ser gasto nas futuras necessidades de segurança da Ucrânia.
Moscovo iniciou uma nova ofensiva na Ucrânia no início deste ano, que estagnou, e o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy confirmou recentemente que a contra-ofensiva maciça de Kiev já começou.
Um alto funcionário militar, falando à VOA sob condição de anonimato para discutir questões de segurança, disse que a contra-ofensiva ucraniana provavelmente não seria "tão dramática" como algumas pessoas esperam, mas ainda assim seria levada a cabo "deliberada e eficazmente", visando a capacidade da Rússia de controlar as suas defesas dentro da Ucrânia.
As forças russas passaram meses a fortificar fortemente as suas posições dentro da Ucrânia, tornando a contra-ofensiva de Kiev ainda mais difícil de executar.
"É mais difícil partir para o ataque do que para a defesa", disse Bowman. Os ucranianos "têm forças russas entrincheiradas e escavadas com campos de minas à sua frente. É o mais difícil que se pode fazer numa guerra".
PLANETAS: Detetado novo planeta semelhante a Tatooine, da 'Guerra das Estrelas'
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POR LUSA 12/06/23
Uma equipa internacional de astrofísicos, incluindo os portugueses Alexandre Correia e João Faria, detetou um segundo planeta extrassolar que orbita duas estrelas, depois de o primeiro ter sido descoberto em 2020, foi hoje anunciado.
A descoberta de BEBOP-1c, o segundo exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar) a orbitar a dupla de estrelas BEBOP-1, envolveu astrofísicos da Universidade de Coimbra (UC) e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e foi publicada na revista da especialidade Nature Astronomy.
Trata-se de um novo sistema planetário semelhante ao planeta fictício Tatooine, da saga "Guerra das Estrelas". No filme, Tatooine é um mundo que orbita duas estrelas gémeas na galáxia Outer Rim.
Segundo João Faria, investigador do IA citado num comunicado conjunto da UC e do IA, a deteção do BEBOP-1c permitirá "estudar as condições em que estes planetas se formam, que são diferentes das que existiram durante a formação do Sistema Solar".
O exoplaneta apresenta uma massa cerca de quatro vezes maior do que a de Neptuno (um dos gigantes gasosos e o último planeta do Sistema Solar) e orbita as duas estrelas em 215 dias (sete meses), tendo sido descoberto pela equipa internacional a partir de observações com telescópios do Observatório Europeu do Sul, instalado no Chile, e de dados de dois espetrógrafos (instrumentos que registam o espetro luminoso).
O primeiro planeta, o BEBOP-1b, detetado em 2020 graças ao telescópio espacial norte-americano TESS, tem quase o diâmetro de Saturno e orbita as mesmas duas estrelas em 95 dias (três meses).
Em comunicado, a universidade britânica de Birmingham, que liderou o trabalho, salienta que são conhecidos à data 12 sistemas circumbinários (que contêm planetas que orbitam duas estrelas no centro em vez de uma, como sucede no Sistema Solar).
Contudo, o sistema BEBOP-1 é o segundo que alberga mais do que um planeta.