segunda-feira, 24 de abril de 2023

ANGOLA: Balanço de vítimas das chuvas em Angola sobe para 332 em sete meses

© Lusa

POR LUSA   24/04/23 

As autoridades angolanas reviram hoje em alta o número de mortes em consequência das chuvas em Angola, que passou para 332, entre 15 de agosto de 2022 e 21 de abril de 2023.

Há ainda a registar, pelo menos, 649 feridos, 4.292 residências danificadas, 3.827 residências destruídas e 1.741 inundadas e 18.860 famílias afetadas

A atualização dos dados sobre as chuvas, que caem com intensidade nas últimas semanas em Angola, foi feita no final da reunião da Comissão Multissetorial de Proteção orientada pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote.

O Governo angolano anunciou, na sexta-feira, que pelo menos 308 pessoas morreram devido às chuvas, entre agosto de 2022 e abril de 2023, tendo sido afetadas mais de 13 mil famílias.

Manuel Lutango, membro do secretariado executivo da Comissão Nacional de Proteção Civil, e porta-voz do encontro, disse hoje que o plano emergencial contém medidas de curto, médio e longo prazo.

"Trata-se de um plano de ação de resposta, o plano emergencial consiste na ação de respostas que precisam de ser consolidadas para apoiar as populações afetadas, este plano prevê também medidas a serem aplicadas a curto, médio e longo prazo", afirmou.

Sem avançar o montante para as despesas do plano de emergência, o responsável referiu que as comissões provinciais de proteção civil "servem como base fundamental para dar os dados concretos das pessoas afetadas e beneficiárias da resposta multissetorial".

Deste encontro, prosseguiu Manuel Lutango, saíram também orientações para resposta "imediata e emergente" e a pretensão de se atualizar o plano nacional de contingência.

"Porque esse plano de contingência gera sempre um plano de ações e ou respostas para os sinistrados", notou.

"A resposta que se pretende dar é multissetorial como o desassoreamento das águas, distribuição de bens alimentares, reforço para abrigos, distribuições de 'kits' de primeira necessidade e outros fatores que forem identificados pela comissão", assegurou.

Grande parte das províncias angolanas registam chuvas, mas a província do Huambo foi a que registou o maior número de vítimas mortais, 54 no total, desde o início da época chuvosa em agosto de 2022 até abril de 2023.

Em relação à capital angolana, Luanda, que na semana passada registou chuva intensa acompanhada de ventos forte e relâmpagos, as autoridades continuam a fazer o levantamento dos danos, sendo que dados preliminares apontam para mais de 10 mortos.


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‼️🇦🇴 𝗩𝗼𝗰ê𝘀, 𝗰𝘂𝗹𝗽𝗮𝗱𝗼𝘀!!!

Por DW Português para África 

Em Angola, enxurradas provocadas pelas costumeiras chuvas de abril causaram mortes e várias casas inundadas em Luanda.

Com um saldo de mais de 300 mortos, milhares de pessoas afetadas e danos materiais, o presidente da República não disse uma única palavra de conforto às vítimas. O Governador de Luanda está de férias, e o ministro do interior atira as culpas para as populações dizendo que é necessário disciplina-las.

👉🏿 De quem será a culpa?


Empresa espanhola condenada por despedir funcionário que bebia até três litros de cerveja por dia

Empresa espanhola não devia ter despedido empregado a beber cerveja durante o dia de trabalho (Emilio Morenatti/ AP)

TVI cnnportugal.iol.pt    24/04/23

Um tribunal de Múrcia declarou injustificado o despedimento de um eletricista que consumia mais de três litros de cerveja durante um dia de trabalho e decidiu que a empresa terá de pagar-lhe uma compensação financeira de mais de 47 mil euros, ou reintegrá-lo

Um tribunal de Múrcia, no sudeste de Espanha, considerou injustificado o despedimento de um funcionário de uma empresa elétrica por "consumo excessivo e repetido de grandes quantidades de álcool durante o horário de trabalho".

O homem, que trabalhava como eletricista há 27 anos na empresa, bebia até três litros de cerveja num dia quando se deslocava às residências dos clientes e conduzia pela cidade numa carrinha. O tribunal rejeita que esta conduta seja suficientemente grave para justificar a sua demissão e decidiu que a empresa  deveria reintegrá-lo ou pagar-lhe uma indemnização de mais de 47 mil euros.

O jornal El Confidencial conta que o empregado terá recebido uma carta da empresa a informá-lo do despedimento em setembro de 2021 "por ter violado a boa fé contratual e a quebra de confiança nele depositada". Depois da empresa receber várias queixas de outros funcionários, contratou um detetive privado, que redigiu um relatório, descrevendo o comportamento do eletricista durante cinco dias, em julho desse ano.

No primeiro dia, o detetive descreveu ter visto o eletricista a começar o dia, com outro colega, às oito da manhã, a beber num bar, ao meio-dia a dirigir-se a um supermercado, onde comprou quatro latas de cerveja da marca San Miguel e um litro de cerveja da marca Estrella Levante. Ao final da tarde, bebeu outra lata de cerveja, a seguir a ver um cliente, e comprou outra lata de cerveja numa bomba de gasolina.

Nos quatro dias seguintes, segundo o mesmo relato, continua "um consumo excessivo e repetido de grandes quantidades de álcool durante o horário de trabalho": num dos dias trocou a cerveja por três copos de vinho tinto e um shot de bagaço ao almoço. Segundo o relatório, o eletricista chegou a beber mais de três litros num só dia de trabalho.

Esta conduta foi considerada pela empresa como negligente, por conduzir depois de ingerir bebidas alcoólicas, pondo em perigo a sua saúde e transgredindo as regras básicas de prevenção de acidentes laborais.

No entanto, na opinião do tribunal de Múrcia, o despedimento foi injustificado. De acordo com o The Guardian, o tribunal argumentou que a empresa não apresentou qualquer prova ("nem documentário, nem perito, nem testemunho") de que o homem estivesse "embriagado". "Não há qualquer prova ou prova, mesmo de forma circunstancial, de que as suas faculdades físicas ou mentais tenham sido prejudicadas ou diminuídas para desempenhar as funções de um eletricista ou que ele não tenha sido capaz de conduzir a carrinha da empresa no final do seu dia de trabalho", afirmaram os magistrados.

Acrescentam ainda que o relatório do detetive não teve em conta as elevadas temperaturas durante o verão naquela região, e a necessidade dos trabalhadores de  "recuperarem forças" durante as refeições e refrescarem-se. O relatório também não refere se o empregado teria sinais de embriaguez ou falta de jeito a andar, insiste o tribunal.

Este tribunal decidiu então que o despedimento era injustificado e forçou a empresa a escolher entre reintegrá-lo e pagar-lhe os salários que deveria ter recebido durante o tempo em que esteve desempregado, ou pagar-lhe uma compensação financeira de 47.028 euros.

Educação/ Presidente de SINAPROF considera de positivo balanço da greve observada entre 17 e 21 do mês corrente

Bissau, 24 Abr 23 (ANG) -  O Presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) considerou de positivo o balanço da  greve observada no ensino público entre  17 e 21 deste mês ,e diz ter sido registado 75 por cento de adesão de professores, em todo o país.

Domingos Carvalho, no balanço de cinco dias de paralisação para a ANG, esta segunda-feira, afirmou que a greve não decorreu durante todos os dias previstos devido a mediação dos líderes religiosos, nomeadamente, Imames, entre o SINAPROF e o Ministério da Educação Nacional.

 “Houve uma mediação separada entre o Ministério e o SINAPROF promovida pela Comunidade Religiosa Islâmica, e a ministra da Educação alegara ser nova nessas funções,  não conhece bem o dossiê e disse que existem diligências a serem feitas e que dentro de alguns dias vai ter sinal de alguns pontos que estamos a reivindicar”, disse.

Acrescentou que a greve foi apenas suspensa não levantada, assegurando que, se até dia 10 de Maio próximo não houver uma resposta concreta vão começar a nova vaga de greve no dia 15 de Maio.

Soluções ligadas à questões administrativas, segundo Carvalho, têm a ver com a decisão política e tem que ser resolvidos a 100 por cento, e são,nomeadamente, a efetivação e reclassificação dos professores, porque isso não tem nada a ver com a questão de falta do dinheiro, mas sim com a vontade política para se tomar uma decisão e cumpri-lá.

Em relação à questão de pagamento das dívidas, Domingos Carvalho disse que o sindicato continua a exigir a liquidação de, pelo menos, 85 por cento do montante em dívida.

“Podemos perder 25 por cento dos 85 por cento exigidos em relação ao pagamento das dívidas, mas não vamos recuar por menos de 60 por cento,  e vamos ter mesmos que avançar para a greve no dia 15 do próximo mês”, ameaçou, Domingos Carvalho. 

ANG/DMG/ÂC//SG   

TOMADA DE POSSE DE NOVO INSPECTOR GERAL DO MINISTÉRIO DO INTERIOR E DA ORDEM

Brigadeiro-Geral Celsio de Carvalho tomou posse hoje, 24-04-2023, Sua Excelência Vice-Primeiro Ministro Ministro do Interior e da Ordem Pública Eng Soares Sambu foi quem o deu posse.

O Ministro mostrou uma abertura total e de apoio incondicional ao novo titular da Inspecção.


 Ministério do Interior e da Ordem Pública

Governador de Bolama Bijagos Fernando Ye faz balanço da viagem a Ilha de Madeira e depois Faro _Portugal.

 Radio Voz Do Povo

Aviso à navegação: "Se alguém subtrair um voto do PRS, não viverá aquela vitória"

Por Rádio Capital Fm  24/04/23

O presidente em exercício do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias, deixou, este domingo (23.04), um sério aviso sobre a eventual fraude eleitoral, nas eleições legislativas de 04 de junho próximo.

No seu discurso de improviso, numa ação da pré-campanha eleitoral, no círculo eleitoral 27, em Bissau, Fernando Dias disse que o PRS não vai permitir qualquer tipo de manobra que visem adulterar os resultados eleitorais.

"Vamos ganhar as eleições [legislativas] marcadas para o dia 04 de junho. Com uma maioria relativa ou absoluta, vamos ganhá-las. E se as ganharmos e se alguém apontar o seu dedo e subtrair um voto do PRS, para adicioná-lo a seus, porque tem poder, não viverá aquela vitória", avisou.

"Não permitiremos que ninguém se aproprie dos resultados do PRS, porque tem poder ou porque pode fazer o que quer. Isso nunca", sinalizou Fernando Dias, perante a multidão.

O presidente interino do Partido da Renovação Social disse que a sua formação política, desde que ganhar as eleições, não tem medo da polícia nem das forças armadas. 

Ao terminar a sua intervenção, Fernando Dias, sem mencionar nomes, fez acusação aos adversários políticos do PRS, sobre o seu objetivo na política guineense.

"Nós estamos há muito tempo na política e aqueles que estão a aprender a política não nos podem dar ensinamentos. Muitos estão na política para resolver os seus problemas pessoais, não os do país. É preciso que nos distingam, aqueles que fazem a política para defender o povo daqueles que a fazem para defender os seus interesses pessoais", finalizou.


Autoridades russas acusam Kyiv de atacar porto de Sevastopol

© Getty Images

POR LUSA   24/04/23 

As autoridades russas acusaram hoje a Ucrânia de tentar atacar o porto de Sebastopol, acrescentando que foi também encontrado um 'drone' numa floresta perto de Moscovo.

O chefe da cidade portuária de Sevastopol, na Crimeia, nomeado por Moscovo, Mikhail Razvozhayev, anunciou que os militares destruíram um 'drone' (aeronave não-tripulada) marítimo ucraniano que tentou atacar o porto.

Acrescentou que um outro 'drone' explodiu sem causar danos.

As autoridades ucranianas não comentaram nem reivindicaram o ataque, mas enfatizaram em ataques anteriores o direito ucraniano de atingir qualquer alvo em resposta à agressão russa,.

Segundo os meios de comunicação russos, um 'drone' ucraniano foi encontrado hoje numa floresta a cerca de 30 quilómetros da capital.

O 'drone' que caiu perto de Moscovo foi identificado pelos meios de comunicação da Rússia como um aparelho de fabrico ucraniano que carregava 17 quilos de explosivos.

O UJ-22 é um pequeno 'drone' de reconhecimento que pode transportar cerca de 20 quilos de explosivos e tem um alcance de voo de até 800 quilómetros.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: O oligarca russo Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, que contrata mercenários, afirmou hoje que os mercenários vão deixar de fazer prisioneiros na Ucrânia, ameaçando "destruir tudo no campo de batalha".    


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Motor de avião com 173 pessoas a bordo incendiou-se após embate com aves

© Twitter / FL360aero

Por Notícias ao Minuto  24/04/23 

Aparelho regressou ao local de partida. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. Vídeo do momento foi partilhado nas redes sociais.

Um voo da American Airlines, com 173 pessoas a bordo, regressou ao aeroporto de partida devido a um incêndio num dos motores do avião, após uma colisão com várias aves, revela a imprensa norte-americana, esta segunda-feira.

O Boeing 737-800 partiu de Columbus com destino a Phoenix, nos EUA, na manhã de domingo, mas perante o incêndio teve de regressar ao local de origem.

Nas redes sociais foram partilhados vários vídeos que mostram chamas a sair de um dos motores.

Uma das passageiras revelou que havia "pessoas no avião a chorar". "O meu coração ficou partido. Ouvia as pessoas a chorar. Só rezava para que todos ficássemos bem", confessou, citada pela NBC News.

Apesar do susto, de acordo com a Administração da Aviação Federal norte-americana, o avião aterrou em segurança e nenhum passageiro ficou ferido. 



Leia Também: Avião chega a aeroporto na Argentina sem trem de aterragem. Há vídeo

Passar fome para "encontrar Jesus". Seita matou pelo menos 47 pessoas

© Reuters

Notícias ao Minuto   24/04/23 

Caso, apelidado de 'Massacre do Shakahola', é chocante. Há sobreviventes que recusam comer e relatos de uma vala comum ainda por encontrar.

Quando as autoridades do Quénia encontraram três covas com seis corpos, na floresta de Shakahola, no subcondado de Malindi, na quarta-feira passada, estavam longe de imaginar as proporções do que ainda estava por descobrir.

Em vários dias de exumações, foram descobertos 47 corpos de pessoas que, alegadamente, pertenciam a uma seita. Apesar de já ser chocante, o número de mortes pode não ficar por aqui. Há quem diga que podem chegar a uma centena.

As autoridades não só encontraram sobreviventes em estado lastimável, que recusam comer porque acreditam que só assim vão encontrar Jesus, como estão a investigar a existência de uma vala comum ainda não encontrada. 

De acordo com os meios locais, as terras que serviram de cenário a este achado macabro pertencem ao pastor Paul Mackenzie Nthenge, polémico líder do culto religioso conhecido como Igreja Internacional das Boas Notícias.

O homem, que se entregou à polícia no passado dia 15 de abril, encontra-se detido desde então. As autoridades quenianas acusam-no de encorajar os seguidores da seita, que podem ser centenas espalhadas por todo o país, a jejuarem até morrer, com o objetivo de encontrar Jesus.

Homem, mulher e três filhos enterrados lado-a-lado

No sábado, após três dias de exumação, foram encontrados cinco corpos "recentemente embrulhados num lençol", segundo a imprensa local, e deitados lado a lado.

De acordo com os investigadores trata-se de uma família, enterrada há cerca de uma semana, dias antes de se iniciarem as escavações.

Na cova comum, jaziam um homem, a mulher e os três filhos. Todos terão sucumbido à fome, na esperança de encontrar Jesus.

Massacre de Shakahola

Perante a tragédia, o ministro do Interior do Quénia, Kithure Kindiki, admitiu apertar a regulação dos locais de culto religioso.

"O que aconteceu no massacre da floresta de Shakahola é o exemplo mais claro de abusos num local constitucionalmente protegido para a liberdade de culto. (...) Foram cometidos crimes em grande escala segundo a lei queniana", disse Kithure Kindiki, num comunicado.

"Ainda que o Estado continue a respeitar as liberdades religiosas, este horrível ataque à nossa consciência deve levar não apenas à punição mais severa dos perpetradores da atrocidade cometida contra tantas almas inocentes, mas a uma regulamentação mais restrita - incluindo a autorregulação - de todas as igrejas, mesquitas, templos ou sinagogas no futuro", acrescentou o ministro.

Kithure Kindiki disse ainda que irá visitar Shakahola na terça-feira, enquanto a área, de mais de 300 hectares, está vedada e a ser investigada como um local do crime.

Paul Mackenzie Nthenge já tinha sido investigado

O pastor Mackenzie sempre foi polémico e teve problemas com as autoridades e líderes locais, mas nunca chegou a ser julgado ou proibido de espalhar a sua palavra.

Desde 2018 até agora, foi detido três vezes, mas sempre libertado. E há até quem diga que subornava as autoridades para que a Igreja Internacional das Boas Notícias continuasse com a porta aberta.

Conta o site Nation Africa, que está a cobrir o caso, que, em setembro de 2017, as autoridades fizeram uma busca às instalações da igreja e resgataram cerca de 93 crianças.

Paul Mackenzie Nthenge ainda foi levado a tribunal e acusado de promover a radicalização de menores, mas acabou libertado sob uma fiança de pouco mais de 3.500 euros, apesar de algumas das crianças terem revelado que foram alvo de uma "educação satânica".




China diz que respeita soberania dos países após comentários de diplomata

© REUTERS/Thomas Peter

POR LUSA   24/04/23 

A China assegurou hoje que "respeita a soberania e a integridade territorial de todos os países", após o seu embaixador em França ter questionado se os ex-Estados soviéticos têm "estatuto efetivo" perante o Direito internacional.

"A posição da China é consistente e clara: a China respeita a soberania e a integridade territorial de todos os países e adere aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas", disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros do país asiático Mao Ning, em conferência de imprensa regular.

"A União Soviética era um estado federal e, como tal, estava sujeita ao Direito Internacional como um todo. Isso não nega o facto de, após a sua dissolução, cada membro ter adquirido o seu estatuto de Estado soberano", acrescentou.

Os comentários do embaixador chinês em Paris, Lu Shaye, geraram polémica nas redes sociais.

Através da rede social Twitter, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, descreveu os comentários como "inaceitáveis" e indicou que a "UE só pode assumir que as declarações não representam a política oficial da China".

Numa entrevista ao canal de televisão LCI, Lu Shaye considerou, na sexta-feira passada, que as antigas repúblicas soviéticas, incluindo não apenas a Ucrânia, mas também, por exemplo, os países Bálticos, não são verdadeiramente independentes, ignorando as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Europa Central e do Leste. A própria China reconhece oficialmente estes países como Estados soberanos desde 1991.

"Estes países ex-União Soviética não têm um verdadeiro estatuto no Direito Internacional porque não há nenhum acordo internacional a materializar o seu estatuto de soberania", afirmou Lu.


Leia Também: China estuda utilização de impressão 3D para construir na Lua

Cientistas já sabem porque é que os cabelos ficam brancos (e acreditam que podem ter fim à vista)

CNN Portugal,  24/04/23

Há quem os adore e quem os odeie ao ponto de os disfarçar com tintas capilares, mas, até agora, permanecia a dúvida: porque é que os fios dos cabelos ficam brancos? A resposta chegou e com ela vem também a possibilidade de acabar com eles

Um grupo de cientistas da Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, diz ter descoberto o mecanismo biológico que resulta na mudança da cor dos fios de cabelo para brancos.

Publicado na revista Nature, o estudo indica que as células-tronco de melanócitos podem ficar ‘presas’ na protuberância folicular à medida que o cabelo envelhece, perdendo a sua capacidade de amadurecer e manter a cor do cabelo, aparecendo este ‘bloqueio’ para a produção de melanócitos (células produtoras de melanina responsáveis pela pigmentação).  

“As células-tronco de melanócitos precisam ser móveis para demonstrar as suas características de camaleão”, dizem os autores, explicando que o facto de ficarem ‘presas’ faz com que a cor do fio capilar mude para branco.

Para o estudo, os cientistas recorreram a ratos de laboratório (que, tal como os humanos, possuem células-tronco de melanócitos) e, após um processo de envelhecimento forçado, notaram que os folículos capilares com células-tronco de melanócitos que ficaram presos na protuberância folicular aumentaram. Essas células permaneceram incapazes de se regenerar ou amadurecer em melanócitos produtores de pigmento, perdendo assim a sua plasticidade.

“Por razões desconhecidas, o sistema de células-tronco de melanócitos falha mais cedo do que outras populações de células-tronco adultas, o que leva ao envelhecimento do cabelo na maioria dos humanos e ratos”, lê-se no estudo.

Qi Sun, pós-doutorando na Langone Health da Universidade de Nova Iorque e um dos mentores da investigação, explica que a conclusão a que a sua equipa chegou “aumenta a nossa compreensão básica de como as células-tronco de melanócitos funcionam” para dar cor ao cabelo, defendendo ainda que “os mecanismos recém-descobertos levantam a possibilidade de que o mesmo posicionamento fixo das células-tronco dos melanócitos possa existir em humanos”.

“Se assim for, apresenta um caminho potencial para reverter ou prevenir o envelhecimento do cabelo humano, ajudando as células presas a moverem-se novamente entre os compartimentos do folículo piloso em desenvolvimento”, adianta, esperançoso de conseguir encontrar uma forma de travar os cabelos brancos.

Portugueses que estavam no Sudão retirados por avião militar espanhol

ITALIAN DEFENSE MINISTRY VIA AP

Por  SIC Notícias   24/04/23

Espanha anunciou que conseguiu retirar por via aérea cerca de uma centena de pessoas do Sudão, incluindo portugueses, num avião militar para o Djibuti.

Os portugueses que estavam no Sudão já foram retirados do país. O Governo refere que 16 cidadãos nacionais estariam no Sudão quando começaram os combates, há uma semana. Entretanto já todos foram contactados e estão a ser acompanhados.

Um avião militar espanhol descolou ontem à noite de Cartum com destino ao Djibuti, transportando mais de 30 espanhóis e outros 70 cidadãos europeus e latino-americanos, numa operação coordenada pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de vários países e pela União Europeia.

O avião militar espanhol "descolou de Cartum pouco antes das 23:00 locais (22:00 hora de Lisboa) com cerca de uma centena de passageiros", referiu o Governo espanhol em comunicado.

O avião espanhol "voa com mais de 30 espanhóis e outros 70 cidadãos europeus e latino-americanos retirados de Cartum, capital do Sudão, com destino ao Djibuti, após uma operação coordenada pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação e da Defesa", especificou o Governo de Espanha.

"Nenhum incidente na transferência", também informou na rede social Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação espanhol, José Manuel Albares.

Além de espanhóis, entre os passageiros há portugueses, italianos, polacos, irlandeses, mexicanos, venezuelanos, colombianos e argentinos, bem como sudaneses, detalharam fontes do Ministério da Defesa espanhol.

O Governo português tinha dito que o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e o Ministério da Defesa Nacional estavam "a trabalhar em articulação, juntamente com outros países aliados, com vista à retirada, em segurança, dos cidadãos nacionais que se encontram no Sudão".

"Foram já contactados todos os cidadãos nacionais conhecidos no Sudão, e as diferentes situações estão a ser acompanhadas", adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.

Além dos retirados na operação de hoje, um grupo de espanhóis decidiu, voluntariamente, permanecer no Sudão ou abandoná-lo por outros meios, enquanto outros conseguiram deixar o país já antes da implementação deste dispositivo.

Na operação de hoje, acrescentou o Ministério da Defesa, estiveram envolvidos cerca de 200 militares.

Vários países já iniciaram operações de retirada de cidadãos

Vários países iniciaram hoje operações de retirada dos seus nacionais de território sudanês, assolado por confrontos entre fações militares rivais.

Também os Estados Unidos e o Reino Unido estão a concluir a retirada de funcionários das embaixadas no Sudão.

Grupo de 343 cidadãos da Jordânia, Palestina, Iraque, Síria e Alemanha que foram retirados do Sudão desembarcam de um avião militar no Aeroporto Militar de Marka, em Amã, na Jordânia MOHAMMED ALI

As autoridades líbias concluíram sexta-feira a retirada, por mar, de quase uma centena de cidadãos retidos no Sudão

O Sudão entrou na segunda semana de violentos combates, num conflito que opõe forças do general Abdel Fattah al-Burhane, líder de facto do país desde o golpe de 2021, e um seu ex-adjunto que se tornou um rival, o general Mohamed Hamdan Dagalo, que comanda o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

O balanço provisório dos confrontos indica que há mais de 420 mortos e 3.700 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


Leia Também: A Itália anunciou a retirada de 136 pessoas da capital do Sudão, Cartum, entre eles portugueses, para Djibuti, numa operação coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano.


Leia Também: As autoridades da Indonésia anunciaram hoje o início de uma operação de retirada de mais de 800 cidadãos retidos no Sudão, mergulhado desde 15 de abril em confrontos entre o exército e um grupo paramilitar.


Leia Também: Os ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) da União Europeia (UE) reúnem-se hoje no Luxemburgo para abordar os últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, o conflito que está a assolar o Sudão e também a influência da China.

Coreia do Sul repõe Japão como parceiro preferencial após tensões

© Lusa

POR LUSA   24/04/23 

A Coreia do Sul voltou hoje a colocar formalmente o Japão na lista de parceiros comerciais com tratamento preferencial, três anos após ter baixado o estatuto do país vizinho, devido a uma disputa diplomática.

As autoridades sul-coreanas disseram esperar que Tóquio eleve também Seul a parceiro comercial preferencial, mas admitiram que essa medida possa levar mais tempo, devido aos procedimentos para rever os regulamentos de exportação do Japão.

A Coreia do Sul divide os parceiros comerciais em dois grupos no que toca à aprovação da exportação de materiais sensíveis, incluindo tecnologia. O período de espera é geralmente de cinco dias para os parceiros preferenciais, enquanto outros países são obrigados a passar por análises caso a caso que podem levar até 15 dias.

Também hoje, o Ministério do Comércio, Indústria e Energia sul-coreano disse que o país irá restringir ainda mais a exportação de centenas de produtos e componentes industriais e tecnológicos para a Rússia e a aliada Bielorrússia, devido à invasão da Ucrânia.

Até agora, as restrições de Seul abrangiam 57 produtos e componentes, incluindo aqueles ligados à eletrónica e construção naval. A lista irá aumentar para 798 itens a partir de sexta-feira, incluindo exportações ligadas à construção, maquinaria, siderurgia, automóveis, semicondutores e computação avançada.

"Temos planos para trabalhar com os ministérios relevantes para fortalecer a vigilância e a fiscalização para evitar que [os produtos e componente restritos] cheguem à Rússia ou à Bielorrússia por meio de países terceiros", disse o ministério, em comunicado.

Em meados de março, o Japão levantou restrições à exportação de produtos químicos, necessários para fabricar semicondutores, para a Coreia do Sul, horas após o Presidente sul-coreano ter chegado a Tóquio para uma cimeira bilateral.

O ministro do Comércio sul-coreano indicou que o país iria retirar uma queixa apresentada junto da Organização Mundial do Comércio (OMC), que já tinha sido suspensa em 01 de março.

Lee Chang-yang indicou que os dois países tinham chegado a acordo quanto às restrições aos materiais químicos básicos que as empresas sul-coreanas compram para fabricar ecrãs e 'microchips' de memória.

As limitações foram impostas por Tóquio no início de julho de 2019, alegando razões de segurança.

Semanas mais tarde, num alargamento das restrições, o Governo nipónico anunciou que ia retirar a Coreia do Sul da "lista branca" de parceiros comerciais, um estatuto especial que Seul detinha desde 2004, juntamente com um grupo de 26 países.

Seul não tardou a aplicar a mesma medida, num agravamento da tensão entre os dois países.

A Coreia do Sul vai investir 300 mil milhões de won (214 milhões de euros) para criar o maior centro de produção de semicondutores do mundo, em duas décadas, anunciou no início de março o Ministério da Indústria sul-coreano.


Leia Também: Portugal e Coreia do Sul querem segurança nas cadeias de abastecimento

Poluição do ar mata 1.200 crianças e adolescentes por ano na Europa

© Lusa

POR LUSA  24/04/23 

A poluição do ar causa a morte prematura de pelo menos 1.200 crianças e adolescentes todos os anos na Europa, de acordo com um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) publicado hoje.

Tal como para os adultos, a poluição do ar é o principal risco ambiental para a saúde dos menores, reduzindo a esperança de vida, revela o estudo que abrangeu cerca de 30 países do continente, incluindo os 27 Estados-membros da União Europeia (UE).

"A poluição do ar causa mais de 1.200 mortes prematuras por ano entre menores de 18 anos na Europa e aumenta significativamente o risco de doenças mais tarde na vida", escreve a AEA no relatório.

"Apesar dos progressos registados nos últimos anos, o nível de vários dos principais poluentes atmosféricos continua a manter-se acima das diretrizes da Organização Mundial de Saúde, nomeadamente na Europa Central e de Leste, bem como em Itália", sublinha a organização, dependente da UE.

A planície do Pó, no norte da Itália, as áreas próximas a grandes centrais termoelétricas a carvão, bem como as grandes cidades no centro e leste do continente são regularmente destacadas pela má qualidade do ar.

De acordo com outro relatório publicado pela AEA em novembro, pelo menos 238 mil pessoas de todas as idades morreram prematuramente em 2020 devido à poluição do ar nos países membros da agência: União Europeia, Turquia, Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein.

Embora a proporção de crianças e adolescentes afetados pela poluição do ar seja "relativamente pequena" em comparação com a população em geral, morrer tão cedo "representa uma perda de potencial futuro, bem como uma carga significativa de doenças crónicas tanto na infância quanto mais tarde na vida", disse a AEA.

A agência defendeu a aposta na melhoria da qualidade do ar em torno de escolas e creches, bem como instalações desportivas e transportes públicos.

Os efeitos da poluição do ar começam antes do nascimento, estando a exposição materna "ligada a baixo peso à nascença e a partos prematuros", recorda a AEA.

Após o nascimento, a poluição ambiental aumenta o risco de vários problemas de saúde, incluindo asma -- que afeta 9% das crianças e adolescentes na Europa -- ou insuficiência respiratória e infeções, aponta ainda a agência.

Os efeitos são agravados pelo fato de as crianças serem mais ativas fisicamente do que os adultos e porque, devido ao seu tamanho, estarem mais perto de fontes de poluição, como os escapes dos automóveis.

Olhando para a população em geral, 97% da população urbana europeia esteve exposta em 2021 a ar que não cumpre as recomendações da OMS, segundo os dados divulgados hoje.

No relatório de novembro, a AEA observou, ainda assim, que a União Europeia estava no caminho certo para atingir a meta de reduzir as mortes prematuras em mais de 50% até 2030, em comparação com 2005.


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Ataque de alegados soldados mata pelo menos 60 civis no Burkina Faso

© Lusa

POR LUSA   24/04/23 

Pelo menos 60 civis foram mortos numa aldeia no norte do Burkina Faso por homens envergando uniformes do exército do país africano, anunciou no domingo o procurador-geral da região de Ouahigouya.

Num comunicado, Lamine Kaboré disse ter sido informado pela polícia "que na aldeia de Karma", localizada na província de Yatenga, "cerca de 60 pessoas teriam sido mortas por pessoas vestindo uniformes" das forças armadas do Burkina Faso, na quinta-feira.

"Os feridos foram retirados e encontram-se neste momento a ser tratados nas nossas estruturas de saúde", acrescentou o procurador, acrescentando que "os autores destes factos teriam levado diversos bens" e lançando ainda "um apelo a todos os que tiverem informação" sobre o ataque.

Moradores contactados pela agência de notícias France-Presse disseram que "mais de uma centena de pessoas em motocicletas e carrinhas de caixa aberta invadiram a aldeia de Karma na quinta-feira. Dezenas de homens e jovens foram executados por esses homens vestidos com uniformes militares".

Os sobreviventes falaram em "cerca de 80 mortos".

O massacre ocorreu uma semana após a morte de seis soldados e 34 membros dos Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP, auxiliares civis do exército) durante um ataque de supostos fundamentalistas islâmicos perto da aldeia de Aorema, a cerca de 15 quilómetros de Ouahigouya.

A aldeia de Karma fica a cerca de 40 quilómetros de Aorema, perto da fronteira com o Mali, e atrai muitos garimpeiros ilegais.

Na quinta-feira, a junta militar no poder no Burkina Faso abriu investigações a alegadas violações dos direitos humanos pelas forças de segurança após a divulgação de um vídeo que sugere uma execução extrajudicial de sete crianças numa base militar fora da cidade de Ouahigouya.

Desde 2015 que combatentes fundamentalistas islâmicos ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista do Estado Islâmico têm vindo a empreender uma insurreição violenta no Burkina Faso.

A violência matou mais de 10 mil pessoas e obrigou cerca de dois milhões a abandonar as áreas de residência, desestabilizando e expondo fraturas, conduzindo a dois golpes de Estado no ano passado.

Desde que o capitão Ibrahim Traore tomou o poder em setembro, no segundo golpe, as execuções extrajudiciais de civis aumentaram e as liberdades cívicas diminuíram, de acordo com grupos de direitos e residentes.

O Presidente transitório do Burkina Faso assinou na quarta-feira um decreto de "mobilização geral" pelo período de um ano, permitindo, se necessário, a chamada de jovens a partir dos 18 anos para lutar contra os fundamentalistas islâmicos.


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domingo, 23 de abril de 2023

Mbatonha recebe visita de comunidade muçulmana : A comunidade islâmica visita obras de construção do Complexo Educacional no Parque Mbatonha e, constata avanços significativos nesta primeira fase de construção de pavilhões escolares.

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ONU: Moscovo "não perdoará" a EUA por recusa de vistos a jornalistas russos

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POR LUSA  23/04/23 

A Rússia "não perdoará" aos Estados Unidos a recusa de conceder vistos aos jornalistas russos que acompanham nos próximos dias o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, numa deslocação à ONU, afirmou hoje o chefe da diplomacia russa.

"Não esqueceremos, não perdoaremos", disse Lavrov aos jornalistas, acusando Washington de tomar uma decisão "cobarde".

A Rússia ocupa este mês a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, numa altura em que está a ser repudiada pela comunidade internacional pela invasão da Ucrânia.

"Um país que se diz o mais inteligente, o mais forte, o mais livre, o mais justo, 'acobardou-se' e fez mesmo algo estúpido", criticou Lavrov, ironizando com o facto de os Estados Unidos da América (EUA) terem recusado conceder vistos aos jornalistas russos, demonstrando, na sua opinião, "o que valem as suas declarações sobre a liberdade de expressão".

Um dos seus vice-ministro Serguei Riabkov tinha dito já hoje que apesar "dos vários contactos nos últimos dias" por iniciativa de Moscovo, Washington "não concedeu vistos" aos "jornalistas registados para acompanhar Lavrov na sua deslocação" a Nova Iorque, onde fica a sede das Nações Unidas.

Riabkov criticou "um método escandaloso e absolutamente inaceitável" da parte dos americanos, apontando a atitude trocista dos EUA, "que fingem trabalhar" para "encontrar uma solução".

"Encontraremos formas de responder a isto, para que os americanos se lembrem por muito tempo que isto não se faz. Eles irão lembrar-se", acrescentou.

Fonte diplomática, citada pela agência de notícias russa Ria Novosti, afirmou em retaliação que "não há dúvida que os jornalistas americanos (na Rússia) conhecerão todo o 'desconforto e inconvenientes' e uma atitude semelhante" da parte das autoridades russas.

A visita à ONU de Lavrov, na segunda e terça-feira, focar-se-á em temas como o acordo dos cereais ou o "verdadeiro multilateralismo", enquanto prossegue a invasão russa da Ucrânia.

Lavrov viajará para Nova Iorque no âmbito da presidência russa do Conselho de Segurança da ONU e presidirá a dois debates, sobre o multilateralismo e o Médio Oriente.

O chefe da diplomacia russa terá ainda a oportunidade para discutir diretamente com o secretário-geral da ONU, António Guterres, a continuidade do acordo dos cereais do Mar Negro e o descontentamento de Moscovo com a falta de cumprimento de certos aspetos da iniciativa, segundo adiantou o embaixador russo junto da ONU, Vasily Nebenzya, cujo país invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

De acordo com Nebenzya, uma conversa com Guterres sobre a continuidade do acordo dos cereais também "é devida", num momento em que a Rússia admite não prolongar o acordo, caso não se verifiquem progressos no cumprimento de compromissos no quadro do memorando entre Moscovo e a ONU, nomeadamente sobre a exportação de cereais e fertilizantes russos.

Ainda sobre a deslocação de Lavrov aos Estados Unidos, Nebenzya não descartou um encontro entre o ministro russo e as autoridades norte-americanas, se estas o solicitarem, mas garantiu que nada foi agendado até ao momento.

A Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e com poder de veto, assumiu este mês a presidência rotativa do órgão, que tem capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo.

A presidência russa acontece num momento em que o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, tem um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, nomeadamente alegados sequestros de crianças na Ucrânia, crimes que a diplomacia russa na ONU imputou a países como Portugal.

Em março, o representante permanente da Ucrânia junto das Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya, apelou publicamente à organização para que não permitisse a presidência russa, mas sempre sem sucesso. Uma vez que não conseguiu travar a presidência russa, Kyslytsya espera agora que Guterres use o seu encontro com Lavrov para "reafirmar" a sua posição pessoalmente.


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Encontrados mais 26 corpos de seguidores de seita religiosa no Quénia

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POR LUSA   23/04/23 

As autoridades quenianas exumaram hoje 26 corpos de pessoas que alegadamente pertenciam a uma seita religiosa, o que eleva para 47 o número de vítimas já descobertas nos últimos dias, avançou a agência France-Presse (AFP).

Citando o responsável pelas investigações em curso, Charles Kamau, do subcondado de Malindi, na zona este do Quénia, a AFP indica que vão ser feitas mais escavações para encontrar outras vítimas, uma vez que há relatos da existência de uma vala comum.

Segundo a agência noticiosa francesa, vários seguidores daquela seita estão escondidos na floresta de Shakahola, tendo sido encontrada hoje uma mulher ainda com vida, "com os olhos esbugalhados e que se recusou a comer" antes de ser encaminhada para uma ambulância.

A Direção de Investigações Criminais acredita que estas pessoas pertenciam a uma seita religiosa conhecida como Igreja Internacional das Boas Notícias, liderada pelo pastor Paul Mackenzie Nthenge, que está detido depois de se ter entregado à polícia no passado dia 15.

As autoridades quenianas acusam Nthenge de encorajar os seus seguidores, que podem ser centenas de pessoas de todo o país, a jejuarem até morrer, com o objetivo de encontrar Jesus.

Na semana passada, outros 11 seguidores de Nthenge, com idades entre os 17 e os 49 anos, foram hospitalizados depois de terem sido resgatados naquela floresta.


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Ucrânia responde a embaixador chinês: "Não papagueie a propaganda russa"

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Notícias ao Minuto   23/04/23 

Embaixador chinês em França negou a soberania dos países pós-soviéticos. As declarações foram também condenadas pela União Europeia, que as descreveu como "inaceitáveis".

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, comentou, este domingo, as declarações do embaixador da China em França, Lu Shaye, que negou a soberania dos países pós-soviéticos. Numa publicação, na rede social Twitter, o responsável ucraniano alertou que se Shaye quiser ser “um ator político importante”, não pode “papaguear a propaganda de forasteiros russos”. 

“Todos os países da União pós-soviética têm um claro estatuto soberano consagrado no direito internacional. À excepção da Rússia, que fraudulentamente tomou o assento no Conselho de Segurança da ONU”, começou por referir o conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, após Shaye ter defendido “não há nenhum acordo internacional que materialize o seu estatuto de países soberanos”.

Questionado sobre se a “Crimeia [anexada pela Rússia em 2014] faz parte da Ucrânia”, o responsável chinês referiu que “depende da forma como se olha para o problema”. “Há uma história. A Crimeia foi da Rússia no início. Foi Khrushchev que deu a Crimeia à Ucrânia na época da União Soviética”, defendeu.

Para Podolyak, “é estranho ouvir uma versão absurda da ‘história da Crimeia’ de um representante de um país que é escrupuloso acerca dos seus mil anos de história”.

E avisou: “Se quer ser um ator político importante, não papagueie a propaganda de forasteiros russos…”

As declarações do embaixador chinês foram já criticadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de França, que declarou que “tomou nota com consternação” e pediu à China que “diga se refletem a posição" de Pequim.

Também o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, descreveu as observações como “inaceitáveis” e espera que tais “não representem a política oficial da China”. 

“Observações inaceitáveis do embaixador chinês em França questionando a soberania dos países que se tornaram independentes com o fim da União Soviética em 1991. A UE só pode supor que estas declarações não representam a política oficial da China”, escreveu no Twitter.

Na mesma entrevista, Lu Shaye apelou ainda ao fim das disputas sobre a questão das fronteiras pós-soviéticas. "Agora o mais urgente é parar, alcançar o cessar-fogo" entre a Rússia e a Ucrânia, disse.


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