quarta-feira, 29 de março de 2023

Kim Jong Un lidera o trabalho de desenvolvimento de armas nucleares

Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA)   29/03/23

Kim Jong Un, Secretário-geral do Partido de Trabalho da Coreia e Presidente de Assuntos de Estado da República Popular Democrática da Coreia, liderou o trabalho de desenvolvimento de armas nucleares em 27 de março.

É informado pelo Instituto de Armas Nucleares sobre o trabalho e produção nos últimos anos para fortalecer a força nuclear, em termos de qualidade e quantidade, de acordo com a direção do desenvolvimento de armas nucleares e a política estratégica definida no 8º PTC Congresso e a 6ª Reunião Plenária do 8º Comitê Central do PTC.


Ele aprendeu detalhadamente sobre as formas de uso de armas nucleares, índices técnicos e características de operação de acordo com as estruturas de novas armas nucleares táticas de acordo com os objetivos das operações e alvos de ataque, conectividade com diferentes sistemas de armas, etc. bem como a condição técnica da função do computador do Sistema Integral de Gerenciamento de Armas Nucleares "Haekbangashoe" (Gatilho de Armas Nucleares), cuja precisão científica, confiabilidade e segurança foram rigorosamente verificadas durante o recente exercício tático simulando o contra-ataque nuclear.

E revisou o plano e as ordens escritas para a operação de contra-ataque nuclear.

Ele novamente esclareceu que o inimigo de nossa força nuclear que acumulou forte poder de dissuasão não é um estado nem um determinado grupo, mas a própria guerra e a catástrofe nuclear, e que a linha do Partido sobre o aumento da força nuclear visa defender a segurança eterna do estado e da paz e estabilidade regional.


Nunca se pode estar satisfeito com o trabalho de consolidar a postura de resposta da força nuclear e deve-se lutar incessantemente para fortalecer a força nuclear, disse ele, acrescentando: Pode-se ter certeza de nunca usar as armas nucleares apenas quando estiver impecavelmente preparado para usar armas nucleares a qualquer momento e em qualquer lugar; Os inimigos terão medo diante da postura ofensiva de poder e superioridade inimagináveis e não ousarão atacar os direitos, o governo e o povo de nosso estado.

Ele estabeleceu tarefas importantes para o Instituto de Armas Nucleares e o campo da energia atômica, dizendo que eles devem fornecer uma boa perspectiva para expandir a produção de materiais nucleares para armas e acelerar a produção de poderosas armas nucleares para implementar totalmente o plano do Partido de exponencialmente aumentar o arsenal nuclear.


No mesmo dia, uma unidade de mísseis no centro da frente realizou um exercício de tiro de demonstração educacional para as subunidades, a fim de treiná-los com o método e o processo de cumprimento de sua missão de ataque, durante o qual lançou dois mísseis para detonar ogivas nucleares fictícias no espaço aéreo alvo a uma altura de 500m acima do solo.

Na manhã do mesmo dia, um submarino de ataque nuclear não tripulado do tipo "Haeil-1", comissionado em 25 de março, explodiu sua ogiva na água da área alvo, tendo percorrido por 41h 27m o trajeto de formas serrilhada e elíptica simulando a distância de 600km. A missão do submarino não tripulado "Haeil" (onda de maré) é criar um tsunami radioativo em grande escala por explosão subaquática para destruir grupos de navios e portos de operação do
inimigo.



Nokia quer instalar Internet na Lua até ao final do ano

© Shutterstock

Notícias ao Minuto  29/03/23 

O objetivo é instalar o equipamento numa área que servirá como zona de chegada de futuras missões.

A Nokia é uma das maiores operadoras de telecomunicações de todo o mundo e, de acordo com a CNBC, parece que a empresa finlandesa já está de olhos postos na Lua.

A publicação refere que a Nokia tem o objetivo de vir a instalar rede 4G na Lua até ao final deste ano, com a empresa a colaborar com a SpaceX para levar o equipamento necessário até ao satélite natural do nosso planeta.

O equipamento será posteriormente instalado no polo sul da Lua, uma área que servirá como zona de chegada para futuras missões Artemis da NASA.


Leia Também: NASA recruta ajuda de estudantes para resolver problema em missões à Lua

AUDIÊNCIA À ALIANÇA DAS IGREJAS EVANGÉLICAS

  Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente recebeu, em audiência, a Aliança das Igrejas Evangélicas

A visita de cortesia serviu para solicitar ao Chefe de Estado para presidir o acto de mobilização evangélica de orar pela Guiné-Bissau, denominado « cruzada evangélica ».

O acto terá lugar em Bissau, de 30 de março a 2 de Abril e contará com a participação de pastores de diversos países tal como da Inglaterra e dos Estados Unidos da América.


PRESIDENTE RECEBE A CONFEDERAÇÃO NACIONAL ESTUDANTIL

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

 O Presidente da República recebeu, em audiência, a Confederação Nacional Estudantil que remeteu ao Chefe de Estado o manifesto estudantil “Skola I Nô Fiança”, no qual documenta os constrangimentos a nível do ensino superior publico.

No encontro, o  Presidente manifestou a sua preocupação com a situação da educação nacional e garantiu que o manifesto será objeto de análise profunda no sentido de identificar a melhor forma de mitigar a atual crise neste sector.


AUDIÊNCIA À COMUNIDADE NACIONAL DA JUVENTUDE ISLÂMICA

  Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República recebeu, em audiência, a comissão organizadora da primeira visita a Guiné-Bissau do Presidente da juventude da Organização da Cooperação Islâmica, OCI. 

Na ocasião, a comissão transmitiu ao Chefe de Estado o programa da visita da delegação da OCI, que inclui palestras, doação de donativos e apoio a projetos de inserção de jovens no mercado de trabalho.



China ameaça retaliar se líder de Taiwan se reunir com Kevin McCarthy

© Getty Images

POR LUSA   29/03/23 

A China ameaçou hoje adotar "contramedidas resolutas", caso a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, se reúna com o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, no Estado norte-americano da Califórnia.

A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, Zhu Fenglian, denunciou em conferência de imprensa o plano de Tsai de fazer escala nos Estados Unidos, a caminho de um périplo pelos aliados diplomáticos de Taipé na América Central, e exigiu que nenhuma autoridade norte-americana se reúna com ela.

"Opomo-nos firmemente a [um encontro] e vamos tomar contramedidas resolutas caso isso aconteça", disse Zhu.

Os EUA devem "abster-se de organizar visitas durante o trânsito de Tsai Ing-wen e até mesmo o contacto com autoridades norte-americanas, e tomar ações concretas no âmbito do compromisso de não apoiarem a independência de Taiwan", afirmou a porta-voz.

As visitas feitas durante as escalas realizadas nos Estados Unidos, nas viagens internacionais mais amplas dos líderes de Taiwan, são há muitos anos habituais, defenderam altos funcionários dos EUA anteriormente.

Durante estas visitas não oficiais, Tsai reuniu já com membros do Congresso e da diáspora taiwanesa e foi recebida pelo presidente do Instituto Americano em Taiwan, organização sem fins lucrativos administrada pelo governo dos EUA, que mantém relações não oficiais com Taipé.

Tsai enquadrou a sua viagem como uma oportunidade para mostrar o compromisso de Taiwan com os valores democráticos no cenário mundial.

"Quero dizer ao mundo todo que uma Taiwan democrática vai proteger resolutamente os valores da liberdade e da democracia e continuar a ser uma força para o bem no mundo", disse a líder taiwanesa, antes de embarcar no avião presidencial. "A pressão externa não nos vai impedir de dialogar com o mundo", afirmou.

Tsai deve fazer escala em Nova Iorque, em 30 de março, antes de seguir para a Guatemala e Belize. Em 05 de abril, deverá estar em Los Angeles, no caminho de volta para Taiwan, e reunir-se ali com McCarthy.

A reunião planeada com McCarthy acontecerá num período de atritos crescentes entre Pequim e Washington, que continua a ser o principal aliado e fornecedor de armas de Taiwan.

Nos últimos anos, as incursões de jatos da Força Aérea chinesa no espaço aéreo de Taiwan intensificaram-se e, após a ex-presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, se deslocar a Taiwan - a visita de mais alto nível realizada pelos Estados Unidos à ilha em 25 anos -, em agosto passado, Pequim lançou exercícios militares numa escala sem precedentes, que incluíram o lançamento de mísseis e o uso de fogo real.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.

McCarthy disse que se encontraria com Tsai quando ela estiver nos EUA e não descartou a possibilidade de visitar Taiwan, numa demonstração de apoio.

Pequim vê o contacto oficial entre os EUA e Taiwan como um incentivo para tornar permanente a independência de facto da ilha, algo que os líderes dos EUA dizem não apoiar.

PRESIDENTE RECEBE A ASSOCIAÇÃO GUINEENSE DE LUTA CONTRA RACISMO E TRIBALISMO

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

A Associação Guineense de Luta contra o Tribalismo e Racismo, uma nova ONG que iniciou contatos com os titulares de órgãos de soberania para dar a conhecer os objetivos da criação da organização, foi recebida hoje, em audiência pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.

A audiência com o Chefe de Estado enquadra-se nos objetivos desta associação cuja missão é de promover os valores da identidade nacional e coesão social. No período eleitoral que se avizinha a associação pretende promover ações junto da população no sentido de abster-se de alinhar com discursos políticos de caráter tribal. 

O Presidente avançou que irá exercer a sua magistratura de influência no sentido de viabilizar ações cívicas de cidadania e patriotismo obedecendo às características do tecido sociopolítico guineense.



POPULARES DA ILHA DE KOMO E TABANCAS ARREDORES ABANDONAM LARES PARA ZONAS COM ACESSO À ÁGUA

JORNAL ODEMOCRATA  29/03/2023 

O régulo da região de Tombali, sul da Guiné-Bissau, Malam Sambú, revelou que devido à escassez da água potável  na região, algumas pessoas que residem nas zonas críticas da ilha de Como e em Tombali de baixo estão a abandonar as suas zonas  de conforto para procurar zonas 1 acesso à água.

Em entrevista telefónica esta quarta-feira, 22 de março, para falar da crise em volta desse líquido precioso, Malam Sambú revelou que os populares de Wedekeia atravessam diques de 400 metros e  depois percorrem três  quilómetros à procura da água na tabanca de Gã-Tona.

“Estamos a falar da água imprópria para o consumo humano. Água turva e incolor  e a luta por esse líquido precioso é constante entre famílias e  tabancas. Os furos construídos em diferentes localidades da Ilha não têm água de qualidade.  A água está contaminada, porque contém um líquido salubre”, lamentou.

Sambú alertou que nessas condições, a população não pode cuidar da saúde, enquanto estiver a consumir água turva e incolor, como tem vindo a  acontecer por vários anos que retiram água dos poços tradicionais e das lagoas improvisados nessas alturas do ano.  

Segundo o régulo, os populares de diferentes tabancas da secção de Gã-Sala percorrem  quilómetros e quilómetros para encontrar a água  nas lagoas, onde os animais também vão saciar a sua sede.

Malam Sambú lamentou que as populações dessas zonas tenham sido abandonadas e isoladas do resto do país pelas autoridades nacionais.

Na sua mensagem alusiva ao dia mundial da água, o Ministro dos Recursos Naturais reconheceu que, apesar dos esforços do governo, o setor da água enfrenta grandes dificuldades.

Segundo os dados do inquérito (MICS 6/2019), estima-se que a cobertura atual dos serviços básicos de água a nível nacional seja de 67%.

Dionísio Cabi revelou que 3,6 biliões de pessoas no mundo tiveram acesso inadequado à água e que cada vez mais pessoas enfrentam secas no planeta terra. Neste sentido, convidou todos a repensarem as atitudes em relação ao uso e consumo da água.

Por: Filomeno Sambú

Líder do Wagner prepara-se para presidência russa? Há quem pense que sim

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto  29/03/23 

Para os analistas, uma recente entrevista de Prigozhin sugere uma de duas coisas: ou o empresário está a "parodiar o estilo 'cinematográfico' de Putin", numa "campanha que procura gozar com o Kremlin", ou "traça paralelos táticos entre Prigozhin e o gabinete da presidência russa".

O fundador do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, pode estar a usar a sua influência na 'media" russa para se apresentar como candidato às eleições presidências de 2024 na Rússia, de acordo com o Instituto norte-americano para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês).

De acordo com o ISW, a agência de notícias de  Prigozhin - a Agência Federal de Notícias - publicou, a 14 de março, uma entrevista com o próprio, que conta também com jornalistas russos do Russia Today e RIA, que tem um "formato único".

Segundo o ISW, durante a entrevista "Prigozhin parecia imitar a maneira como o presidente russo, Vladimir Putin, filma as suas reuniões públicas coreografadas, seja para fazer troça de Putin silenciosamente ou para sugerir subtilmente que Prigozhin se poderia tornar presidente russo como Putin".

"A coreografia e a encenação da entrevista de Prigozhin colocam-no no enquadramento da câmara na mesa", em "frente ao seu público", "da mesma forma" que são filmadas as reuniões de Putin. Este é um estilo de filmagem "incomum" para o líder do grupo Wagner, que, geralmente, opta por se "filmar a si próprio".

"Prigozhin também usou esta entrevista para reiterar os seus argumentos anteriores sobre a necessidade de incutir uma ideologia de linha dura nos combatentes russos e insinuar que o Ministério da Defesa russo está deliberadamente a privar o Grupo Wagner de munição de artilharia", acrescenta o Instituto.

Desta forma, o Instituto acha que esta entrevista tem um de dois objetivos: ou serve para "parodiar o estilo 'cinematográfico' de Putin", numa "campanha que procura gozar com o Kremlin" ou "traça paralelos táticos entre Prigozhin e o gabinete da presidência russa".

O ISW lembra que Prigozhin já havia insinuado que poderia substituir Putin, quando a 11 de março anunciou que concorreria à presidência da Ucrânia em 2024 - "uma declaração que um proeminente estudioso russo ligado ao Kremlin argumentou que promoveu implicitamente uma narrativa de que Prigozhin concorreria às eleições presidenciais da Rússia, que também estão marcadas para 2024".

Note-se que, em janeiro, o empresário já tinha atacado diretamente a administração de Putin, ao referir que alguns dos seus funcionários querem que Moscovo perca a guerra. 

"O comportamento recente de Prigozhin – independentemente de sua intenção – está a avançar uma narrativa entre a sociedade russa de que este tem maiores aspirações políticas" no país, nota o Instituto. 


Leia Também: As revelações de Peskov em privado: Guerra vai durar "muito, muito tempo"

ARMAS NUCLEARES: EUA e Federação Russa acabam com partilha semestral de informação nuclear

© Wikimedia Commons

POR LUSA   29/03/23 

Os EUA e a Federação Russa acabaram com a rotina semestral de partilhar informação sobre as suas armas nucleares, como estipulado no Tratado Novo START, o último pacto de controlo de armas entre aqueles Estados.

A informação foi avançada na terça-feira por dirigentes dos EUA.

Responsáveis do governo do presidente Joe Biden na Casa Branca, no Pentágono e no Departamento de Estado disseram que os EUA se tinham disposto a continuar a fornecer esta informação à Federação Russa, mesmo depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter suspendido a participação no tratado, no mês passado, mas Moscovo informou Washington que deixaria de partilhar informação.

"Devido ao não cumprimento pela Federação Russa das obrigações decorrentes do tratado, os EUA também não vão fornecer a sua informação semestral à Federação Russa, de forma a encorajar a Federação Russa a regressar ao cumprimento do tratado", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, a jornalistas.

A Casa Branca, que tem acusado o Kremlin de violações múltiplas do tratado, disse que a recusa russa de cumprir o estipulado é "legalmente inválida" e que a decisão de reter a informação nuclear é outra violação.

Apesar de ter sido prolongado pouco depois de Joe Biden tomar posse, em janeiro de 2021, o Novo START tem estado sujeito a severos testes desde o início da invasão da Ucrânia pela Federação Russa e passou para suporte de vida há mais de um mês, desde que Putin anunciou que iria deixar de cumprir com o estipulado.

O tratado, que os presidentes de então - Barack Obama e Dmitry Medvedev -- assinaram em 2010, limita cada Estado a um máximo de 1.550 ogivas nucleares e 700 bombardeiros. O acordo contempla ainda inspeções extensas às instalações nucleares para verificar o cumprimento do acordado.

Desde 2020, contudo, que as inspeções não se têm realizado, devido à pandemia do novo coronavírus.

As discussões para o seu reinício deveriam ter começado em novembro de 2022, mas a Federação Russa cancelou-as, argumentando com o apoio dos EUA à Ucrânia.

Em fevereiro, Moscovo suspendeu formalmente a sua participação no tratado.


Leia Também: EUA sem "indicações" de que Putin irá usar armas nucleares táticas

ONU discutirá destacamento de armas nucleares russas na Bielorrússia

© Reuters

POR LUSA   29/03/23 

O Conselho de Segurança da ONU discutirá esta sexta-feira o anúncio da Rússia de um acordo para implantar armas nucleares táticas na Bielorrússia, depois de a Ucrânia ter exigido uma reunião urgente sobre o assunto.

A sessão foi incorporada esta terça-feira à programação do Conselho de Segurança e ocorrerá no último dia de março, pouco antes de a Rússia assumir a presidência rotativa do órgão mais importante das Nações Unidas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o acordo com a Bielorrússia, um país que faz fronteira com a Ucrânia, no sábado, um movimento que disse ser uma reação à decisão do Reino Unido de fornecer ao Exército ucraniano munição de urânio empobrecido.

O líder russo reconheceu que a munição britânica não é considerada uma arma de destruição em massa, mas é uma arma "mais perigosa".

Putin enfatizou também que o acordo com o seu aliado não viola os tratados de desarmamento existentes e que em 01 de julho será concluída a construção de um silo para colocar essas armas no país vizinho.

Em resposta, o Governo ucraniano escreveu às Nações Unidas no domingo a solicitar com urgência a realização de uma reunião sobre o anúncio do Kremlin e solicitou a participação do secretário-geral da organização, António Guterres.

O anúncio de Putin provocou críticas severas do Ocidente, com a NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte) a denunciar uma "retórica perigosa e irresponsável da Rússia".

A União Europeia (UE) ameaçou a Bielorrússia com novas sanções se aceitasse acolher as armas nucleares russas.

Os Estados Unidos também condenaram a medida, mas reiteraram que não tinham motivos para acreditar que a Rússia se preparava para utilizar armas nucleares.

Já a Bielorrússia referiu esta terça-feira que aceitou acolher armas nucleares táticas russas em resposta a uma pressão ocidental sem precedentes.

No comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia realçou ainda que Minsk não terá controlo sobre as armas nucleares russas.

Defendeu ainda que a transferência destas não contradiz as disposições do tratado de não-proliferação nuclear.

Embora a Bielorrússia não esteja diretamente envolvida no conflito na Ucrânia, Moscovo utilizou o seu território para conduzir a sua ofensiva em Kiev, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

Liderado por Alexander Lukashenko desde 1994, o país vizinho da UE está ligado a Moscovo por um tratado que criou a União da Federação Russa e da Bielorrússia.

O tratado, que atualizou um acordo de 1997, foi assinado por Putin e Lukashenko em 08 de dezembro de 1999.

Putin e outros dirigentes russos têm repetidamente feito ameaças veladas de utilização de armas nucleares na Ucrânia, caso o conflito se agrave significativamente.

As armas nucleares táticas podem ter mais do triplo da potência da bomba atómica lançada pelos Estados Unidos na cidade japonesa de Hiroshima em 1945.

A Rússia tem capacidade para lançar este tipo de armas a partir de navios, aviões e forças terrestres, com um alcance de até 500 quilómetros.

Este armamento é considerado mais destrutivo do que uma ogiva convencional, embora tenha a mesma energia explosiva, e causa contaminação por radiação que afeta o ar, o solo, a água e a cadeia alimentar.


NATO. Suécia e Finlândia tornam-se "alvos legítimos" após adesão

© Shutterstock

POR LUSA   29/03/23

A Finlândia e a Suécia vão tornar-se "alvos legítimos" para "retaliação" russa assim que se tornem membros da NATO, alertou esta terça-feira o embaixador russo em Estocolmo, reacendendo a retórica das ameaças de Moscovo.

"Após a adesão da Finlândia e da Suécia, a extensão total das fronteiras entre a Rússia e a NATO vai quase duplicar", realçou o embaixador Viktor Tatarintsev, num texto publicado no 'site' da missão russa na Suécia.

"Se ainda parece a alguém que isso vai de alguma forma melhorar a segurança da Europa, fiquem tranquilos que os novos membros do bloco hostil se tornarão um alvo legítimo para as medidas retaliatórias russas, inclusive de natureza militar", acrescentou o diplomata, num longo texto contra a adesão destes países à Aliança Atlântica.

O alerta surge depois de Moscovo ter arrefecido nos últimos meses as ameaças contra as duas capitais nórdicas, iniciadas desde a sua decisão histórica, em maio, de se candidatarem à NATO.

As candidaturas, que viraram a página de décadas de neutralidade, são resultado direto da invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Finlândia, que faz fronteira com a Rússia, aguarda apenas a ratificação turca prometida pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan para ingressar na aliança.

Quanto à Suécia, a sua candidatura transformou-se um duro jogo diplomático e enfrenta atualmente o veto de Ancara, bem como o atraso da sua ratificação pela Hungria.

A Turquia acusa em especial a Suécia de ser um refúgio para "terroristas" curdos e de recusar extradições, que são, na prática, decididas pela justiça sueca, não pelo Governo.

Outro motivo de preocupação do lado sueco é que a Hungria está a usar a aprovação da adesão de Estocolmo à NATO como moeda de troca na sua batalha com a União Europeia (UE).

Milhares de milhões de fundos destinados a Budapeste estão atualmente congelados por Bruxelas, aguardando reformas para que o Estado húngaro possa melhor combater a corrupção no país.

No entanto, Estocolmo ainda espera ingressar antes da próxima cimeira da NATO em julho, em Vilnius.

A opinião pública mudou dramaticamente a favor da NATO após a invasão da Ucrânia, superando 80% de apoio na Finlândia e aproximando-se de dois terços na Suécia, de acordo com sondagens.

Mas para o embaixador russo em Estocolmo, que nasceu em Kherson, na atual Ucrânia, a Suécia "dá um passo para o abismo" ao querer ingressar na NATO.

Criticando, entre outras coisas, uma decisão "precipitada" sem referendo nacional, o diplomata apontou o risco do comando da NATO "decidir entrar totalmente no conflito".

"Nesse caso, os suecos sem dúvida serão atraídos e enviados para a morte pelos interesses de outros", sublinhou Tatarintsev.


Leia Também: Perante ameaça russa, países nórdicos querem criar força aérea unificada

Chefe do Gabinete: “POLÍCIA JUDICIÁRIA PERSEGUE BOTCHE CANDÉ”

Com  JORNAL ODEMOCRATA  28/03/2023 

O Diretor de Gabinete do Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Braima Tcham, denunciou uma suposta perseguição ao seu ministro, Botche Candé, por parte da Polícia Judiciária (PJ), acusando esta corporação policial de investigação criminal de fazer trabalho parcial para denegrir a imagem do também líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG).

Em conferência de imprensa, esta terça-feira, 28 de março de 2023, Braima Tcham avisou que o gabinete do ministro não vai admitir atos de “difamação, intriga e calúnia” contra a pessoa de Botche Candé, ameaçando interpor uma queixa-crime.

“Quando chegamos aqui, ministério de Agricultura, constatamos que os dois últimos ministros, Marciano Silva Barbeiro e Sandji Fati, contraíram uma dívida de mais de 700 milhões de Francos CFA à empresa SOCOVEN PROAGRE SARL, que fornecia materiais agrícolas ao ministério. Quando recebemos várias toneladas de adubo, a empresa disse-nos para fazermos um encontro de contas. Informamos a todas as instituições e fizemos tal e qual foi acordado. Demos setenta e um mil e duzentos e oitenta (71. 280) sacos de adubo a essa empresa” revelou, afirmando que se a PJ quiser investigar o caso das cinco mil toneladas de adubo doadas ao país, que interpele os dois últimos ministros, porque foram eles quem assinaram o contrato com essa empresa.

“Que a PJ deixe de nos perseguir. Somos perseguidos até aos locais onde tomamos café. Somos guineenses, não merecemos ser tratados desta forma. Não sabemos as motivações das difamações, perseguições e calúnias. Talvez haja alguém por detrás disso. Mas é bom que essas pessoas nos confrontem” insistiu Braima Tcham, denunciando que o Diretor da Agricultura para a região de Biombo terá desviado materiais agrícolas destinados à população daquela zona, o que motivou a sua exoneração, questionando as razões pelas quais o sindicato de base do ministério não falou desse assunto.

Questionado sobre o suposto envolvimento de alguns governantes no corte de madeiras no país, Braima Tcham desafiou a associação da indústria madeireira a exibir publicamente os documentos que comprovam a atribuição de licenças aos governantes que supostamente estão implicados no corte de madeira.

A associação da indústria madeireira denunciou que existiam 12 concessões industriais, mas nos últimos tempos este número subiu para 20 com “novos contratos ilegais”. Tcham refutou estas afirmações, informando que, depois de se ter realizado o concurso público para concessões industriais, apenas a 4 empresas foram dadas novos contratos.

“A empresa CUBA Lda, cujo proprietário é o atual ministro, foi concedida a licença em 2013. Portanto, não é verdade que ele favoreceu a sua empresa no concurso. Eu, enquanto diretor de gabinete, não escrevi e nem vi um contrato de concessão entre o ministro da agricultura, o primeiro ministro, o ministro da defesa e o antigo ministro do interior. Aquilo que aconteceu em 2012 jamais acontecerá aqui, enquanto Botche Candé estiver a frente deste ministério. Se a associação da indústria madeireira tiver esse documento que o apresente publicamente” desafiou, convidando os madeireiros a um debate público sobre esse assunto.

Por sua vez, o assessor de imprensa do Ministro da agricultura, Aliu Maquilo Baio, não duvida que a perseguição contra o seu ministro não é de hoje, lembrando que desde a polémica sobre o tráfico de droga que terá envolvido altos dirigentes do Ministério do Interior que as pessoas tentam envolver Botche Candé no caso, denunciando que o Ministro da Agricultura está sob “perseguição forte sem fundamentos e sem provas” da parte da polícia judiciária.

“Se quiserem investigar o contrato com a empresa SOCOVEN PROAGRE SARL, que interpelem os ex-ministros Marciano Silva Barbeiro e Sandji Fati, na qualidade de assinantes. As pessoas estão a ser instrumentalizadas, mas estamos tranquilos” concluiu.

Por: Tiago Seide

terça-feira, 28 de março de 2023

AUTORIDADES GUINEENSES INICIAM DISTRIBUIÇÃO DO ARROZ DOADO PELA CHINA

Por Notabanca; 28.03.2023

O Chefe de gabinete do Presidente da República  Califa Soares Cassamá prometeu esta, terça-feira, que a distribuição dos 21 mil sacos de arroz doados pela República Popular da China vai decorrer na maior transparência possível.

Em declarações à imprensa, após proceder à entrega de arroz aos administradores das regiões de Gabu e Bafatá,  Soares Cassamá disse que o arroz vai ser distribuído  em oitos regiões administrativas do país, incluindo o Setor Autónomo de Bissau e que  a distribuição será equitativa, ou seja, em conformidade com o número da população de cada região.

Cassamá pediu a colaboração de todos na denúncia da venda ilegal dessa remessa de arroz, no mercado ou em qualquer lugar, caso se verificar.

“ A nível das regiões, foi decidida a criação de comissões regionais de distribuição, composta pelos governadores das regiões, administradores setoriais, chefes de secções, das tabancas, autoridades tradicionais e organizações da sociedade civil, acompanhados da Polícia Judiciária e agentes de Serviço de Informação de Segurança ”, disse Califa Soares Cassamá.

Por sua vez, e em representação do embaixador da China, Li Feng disse que o donativo representa uma assistência alimentar ao povo guineense na luta contra a fome.


 Li Feng destacou na ocasião os projetos em curso com financiamento da República Popular da China, nomeadamente a construção da autoestrada aeroporto/Safim, o Porto de pesca de Alto Bandim e  a reabilitação da Assembleia Nacional Popular.

Li Feng disse que existem outras ações que diz serem “cooperações frutuosas” entre a China e Guiné-Bissau nas áreas agrícolas, saúde, infraestruturas e outras, tudo “para ajudar o povo guineense”.


Em nome dos governadores regionais Luís Olundo Mendes, Governador da Região de Caheu, dirigindo-se ao governo, Chefe de Estado e ao Conselheiro político do embaixador da China no país, declarou que essa remessa de arroz  será entregue ao seu destinatário, e que a distribuição será feita  através das comissões  criadas para o efeito na respetivas regiões e setores.

“Nenhum saco de arroz será desviado”, prometeu Olundo Mendes.

Remessas anteriores de arroz, doadas pela China e destinadas às populações mais carenciadas registaram, na distribuição, desvios de grande quantidade para proveitos pessoais.



A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa presidiu hoje à inauguração do Edifício, onde no passado funcionaram várias instituições do Estado nomeadamente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Primatura, o Ministério da Cultura e ainda o Museu Etnográfico, que foi totalmente reabilitado pelo Governo da China no quadro da Cooperação entre os dois países.

 Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

O ato, decorreu na presença do Embaixador da China, das Secretárias de Estado das Comunidades, da Cooperação, do Secretário Geral, do Inspetor Geral e dos Diretores Gerais do Ministério.

O Imóvel é composto por um Salão para realização de Conferências Internacionais, e vários Gabinetes onde passarão a funcionar as estruturas do Ministério.

A Chefe da Diplomacia, agradeceu o apoio que o Governo Chinês tem dado a Guiné-Bissau e, aproveitou para anunciar para breve, o lançamento da primeira pedra para a Construção do Novo Edifício do Ministério dos Negócios Estrangeiros que vai albergar todas as estruturas que compõe o Ministério., 

De acordo com a Ministra de Estado, a recuperação do Edifício foi graças a magistratura de influência do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.


Presidente de Imames da Guiné-Bissau considera normal às divergências dos fiéis muçulmanos em termos do mês de Ramadão.

As considerações de Aladje Tcherno Suleimane Baldé foram registadas à RTB, onde o lider religioso enalteceu a forma como os fiéis muçulmanos começaram o Ramadão este ano no mesmo dia.

Radio TV Bantaba

Kyiv exige que Rússia se retire de "cada metro quadrado" do país

© Reuters

POR LUSA  28/03/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, exigiu hoje que Moscovo retire de "cada metro quadrado" da Ucrânia, sublinhando que não poderá haver paz com a Rússia "a qualquer preço".

"Vou ser muito claro: a Rússia tem de retirar de cada metro quadrado de território ucraniano. Não pode haver qualquer mal-entendido sobre o que significa a palavra retirada", afirmou Kuleba, numa intervenção por vídeo num fórum de debate sobre "A paz na Ucrânia", realizado no âmbito da 2.ª Cimeira das Democracias do Mundo, iniciativa do Presidente norte-americano, Joe Biden, que hoje começou em Washington e nas capitais costa-riquenha, sul-coreana, zambiana e neerlandesa.

"Nesta guerra, estamos a defender o mundo democrático no seu conjunto", prosseguiu o chefe da diplomacia ucraniano, sublinhando: "Nenhum outro país quer mais a paz que a Ucrânia. Mas a paz a qualquer preço é uma ilusão".

O Departamento de Estado norte-americano tinha anunciado que seria o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a participar via vídeo neste fórum sobre a Ucrânia na 2.ª Cimeira das Democracias do Mundo, mas ele pediu desculpas por não comparecer e foi substituído pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros.

A China apresentou recentemente propostas para pôr fim à guerra na Ucrânia que foram recebidas com frieza pelo Ocidente, que insiste na soberania e na integridade territorial da Ucrânia.

Por sua vez, o anfitrião da reunião virtual, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, alertou para "a armadilha cínica" representada por determinadas iniciativas de paz, que não nomeou.

"Penso (...) que é necessário desconfiar do que poderá à superfície parecer um apaziguamento, mas pode revelar-se na realidade uma armadilha cínica", declarou Blinken, referindo como exemplo um eventual cessar-fogo que nada mais faria além de "congelar o conflito" e permitir à Rússia "consolidar as suas conquistas e reorganizar-se".

A ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, insistiu, por seu lado, em que "a justiça deve prevalecer" e frisou, a propósito, que o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) para o Presidente russo, Vladimir Putin, representa "um grande passo" na luta contra a impunidade.

Colonna instou também os países europeus a cumprirem as suas obrigações nessa matéria e a entregarem o Presidente russo ao TPI, se ele entrar na União Europeia (UE), depois de a Hungria ter indicado que não entregaria Putin.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 398.º dia, 8.401 civis mortos e 14.023 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Kyiv confirma novo pacote de 2.500 milhões dólares de ajuda dos EUA

Brasil ultrapassa 700 mil mortes em três anos de Covid-19

© Lusa

POR LUSA  28/03/23 

O Brasil ultrapassou as 700 mil mortes associadas à covid-19 desde que a pandemia de coronavírus surgiu no país em 2020, informaram hoje fontes oficiais.

Os números colocam o Brasil como o país com o segundo maior número de mortes associadas à covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (1,1 milhões), de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

As autoridades brasileiras comunicaram 322 mortes na última semana e o total ascende agora a 700.239 mortes relacionadas com a doença, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), um organismo composto por funcionários de saúde dos 27 estados brasileiros.

O número de casos comunicados oficialmente é de 37,2 milhões, embora este número já não seja um indicador fiável porque os testes de autodiagnóstico estão disponíveis nas farmácias desde o ano passado.

Além disso, os doentes com doenças mais leves não são agora sequer testados.

O Brasil registou a sua primeira morte relacionada com a covid-19 em 12 de março de 2020, um ano em que morreram 195.725 pessoas no país.

O ano de 2021 foi o pior da pandemia, com 423.349 mortes. Em 2022, com a vacinação já numa fase avançada, caiu para 74.779, enquanto que em 2023, segundo a Conass, foram registadas 6.386 mortes.

A gestão da pandemia do coronavírus no Brasil foi marcada pela negação do Governo do anterior presidente brasileiro Jair Bolsonaro após perder as eleições para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde o início, Bolsonaro minimizou a gravidade do vírus, criticou a imposição de medidas de isolamento, rejeitou o uso de máscaras, promoveu medicamentos de eficácia duvidosa contra a covid-19 e semeou suspeitas infundadas sobre a eficácia das vacinas.

Com a chegada de Lula da Silva ao poder em 01 de Janeiro, o novo Governo apelou à população para tomarem as doses de reforço, especialmente entre as crianças, cuja taxa de vacinação permanece baixa.

Segundo dados oficiais, 80,6% dos 213 milhões de pessoas do Brasil estão totalmente imunizadas (duas doses ou doses únicas), enquanto apenas 50,5% tiveram um reforço.

Atualmente, os estados brasileiros oferecem a possibilidade de tomar a vacina bivalente da Pfizer, desenvolvida com base nas novas variantes do vírus que surgiram nos últimos três anos.


EUA sancionam primos de Bashar al-Assad por tráfico de droga

© iStock

POR LUSA  28/03/23 

Os Estados Unidos impuseram hoje sanções a dois primos do Presidente sírio Bashar al-Assad, acusados de traficarem a droga captagon, um estimulante do qual a Síria se tornou um exportador mundial.

As sanções, tomadas em conjunto com o Reino Unido, visam Samer Kamal al-Assad e Wassim Badi al-Assad, dois primos do Presidente sírio, destacou em comunicado o Departamento do Tesouro dos EUA.

O primeiro tem uma fábrica na cidade costeira de Latakia, que produziu 84 milhões de comprimidos de Captagon em 2020, explicou a mesma fonte, citada pela agência France-Presse (AFP).

"A Síria tornou-se líder mundial na produção de captagon, que é extremamente viciante, e grande parte do qual passa pelo Líbano", frisou Andrea Gacki, do Tesouro norte-americano.

O captagon, uma anfetamina retirada de uma antiga droga psicotrópica, anteriormente associada aos 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico, gerou uma indústria ilegal de mais de 10.000 milhões de dólares (cerca de 9.230 milhões de euros) que apoia o regime do Presidente al-Assad, tornando a Síria o mais recente narcoestado do mundo.

Esta droga ilícita espalhou-se pelo Médio Oriente, onde a Arábia Saudita é o maior mercado.

Outros alvos de sanções dos EUA divulgadas hoje incluem o traficante libanês Nouh Zaiter, que é procurado pelas autoridades, e Hassan Dekko, que chefia uma rede libanesa-síria.

Estas sanções surgem num momento em que os apelos dos Estados Unidos contra a normalização das relações com o Presidente Assad são cada vez menos acolhidas por outros países.

Al-Assad estava diplomaticamente isolado desde a repressão aos protestos populares em 2011 que resultaram numa longa guerra civil.

No entanto, desde o terremoto na Síria (e na Turquia) em 06 de fevereiro, os países árabes intensificaram os seus contactos e enviaram ajuda a Damasco.

As sanções dos EUA visam congelar quaisquer ativos sob jurisdição dos EUA e impedir que entidades da lista negra acedam a mercados e serviços financeiros internacionais.


Leia Também: EUA e aliados querem transparência para combater 'dinheiro sujo'

Polícia francesa em confrontos com manifestantes em vários pontos do país

© REUTERS/Nacho Doce

 POR LUSA  28/03/23 

As forças policiais francesas entraram hoje em confrontos com manifestantes em várias cidades, enquanto centenas de milhares protestaram durante mais um dia contra a reforma das pensões do Presidente Emmanuel Macron.

A segurança foi reforçada para a 10.ª jornada de manifestações contra a revisão da lei das pensões em França, depois do Governo ter alertado que alguns manifestantes pretendiam "destruir, ferir e matar".

O Ministério do Interior estimou o número de manifestantes em todo o país em 740.000, face aos mais de um milhão que saíram às ruas cinco dias antes, em reação à decisão de Macron em aprovar o projeto de lei que eleva a idade legal de reforma em França de 62 para 64 anos sem votação no Parlamento.

A polícia de Paris contabilizou 93.000 manifestantes, em comparação com 119.000 na última quinta-feira, quando a violência atingiu o pico.

A preocupação de que a violência pudesse atrapalhar as manifestações levou ao que o ministro do Interior, Gérald Darmanin, descreveu como uma mobilização sem precedentes de 13.000 polícias, quase metade destes concentrados na capital francesa.

Um grupo de forças de segurança em Paris retirou-se para trás das portas de madeira de um prédio residencial durante confrontos de horas contra militantes ultraesquerdistas que atacavam com vários projéteis e objetos incendiários.

As manifestações começaram pacificamente na manhã de hoje, com grandes multidões em várias cidades, mas as tensões aumentaram quando as marchas terminaram em Paris, Lyon, Nantes, Bordeaux e outros lugares.

A polícia foi atingida com objetos e respondeu com gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes na cidade de Nantes, no oeste de França. No centro de Lyon, no sudeste, houve vários confrontos entre manifestantes e polícias à medida que o protesto diminuía.

O ministro do Interior disse que mais de 1.000 "radicais", alguns do exterior, poderiam participar de marchas em Paris e outras cidades.

"Eles vêm para destruir, ferir e matar polícias. Os seus objetivos nada têm a ver com a reforma das pensões. Os seus objetivos são desestabilizar as nossas instituições republicanas e trazer sangue e fogo para a França", alertou o ministro na segunda-feira.

Por outro lado, alguns manifestantes, ativistas de direitos humanos e oponentes políticos de Macron alegam que os polícias usaram força excessiva contra os manifestantes. Um órgão de supervisão da polícia está investigando várias alegações de irregularidades cometidas por agentes.

Numa tentativa de manter a pressão sobre o Governo para que este simplesmente retire a sua medida, os sindicatos que organizaram os protestos e convocaram novas greves e marchas para 06 de abril.

Num sinal de que os protestos podem estar a perder força, os trabalhadores de recolha de lixo em Paris anunciaram a suspensão da sua greve de mais de três semanas, que deixou pilhas de lixo nauseabundo não recolhido nas ruas da capital, que se tornaram um símbolo da luta.

Apesar dos novos apelos sindicais para que o Governo interrompa o seu esforço para aumentar a idade legal de reforça, Macron permanece aparentemente fiel a esta medida.

Em resultado das greves, os responsável da Torre Eiffel divulgaram que a famosa atração turística estava encerrada, enquanto o Museu do Louvre também esteve em greve na segunda-feira.

Embora se mantenha inflexível quanto à reforma, o Governo proclama o seu desejo de "apaziguamento", tendo a primeira-ministra, Élisabeth Borne, anunciado um período de três semanas de consultas com os deputados, os partidos políticos, os dirigentes locais e os parceiros sociais.

As centrais sindicais, que advertiram contra uma derrapagem descontrolada da contestação, não tencionam desistir da idade de aposentação dos trabalhadores, pedra angular das suas palavras de ordem nas manifestações que têm reunido regularmente centenas de milhares de pessoas desde janeiro, numa população de cerca de 67 milhões de pessoas.


Leia Também: Presidente do Quénia exorta a população a respeitar o Estado de direito