quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

UE: "Fortalecer" uma Gâmbia democrática "é do interesse de todos"

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POR LUSA  22/12/22 

O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, disse hoje que os 27 "condenam" a tentativa de golpe de Estado denunciada na quarta-feira pelo Governo da Gâmbia.

"A União Europeia condena a tentativa de golpe na Gâmbia e reafirma o seu total apoio ao Presidente Adama Barrow", escreveu Borrell na rede social Twitter.

Na sua mensagem, Borrell acrescenta que "fortalecer" uma Gâmbia democrática "é do interesse de todos".

O Governo da Gâmbia anunciou na quarta-feira que tinham sido detidos quatro militares e que tinha conseguido impedir um golpe de Estado, assegurando que a situação está "totalmente controlada"

De acordo com a agência France-Presse, não há qualquer outra confirmação desta alegada tentativa de golpe de Estado para além da declaração do Governo, havendo apenas alguns relatos de soldados que se deslocaram pelo quartel-general presidencial no centro da capital, Banjul, na terça-feira à noite, e boatos sobre uma tentativa de golpe.

Em comunicado, o porta-voz do Governo gambiano, Ebrima G. Sankareh anunciou que "a partir de informações secretas, alguns soldados do Exército gambiano estavam a conspirar para derrubar o Governo democraticamente eleito do Presidente Adama Barrow, mas o alto comando (das forças armadas da Gâmbia) montou rapidamente uma operação militar ontem [terça-feira] e deteve quatro soldados ligados a esta alegada tentativa de golpe".

Em Paris, o Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgou também hoje um comunicado que anuncia que "condena firmemente" a tentativa de golpe de Estado

A Gâmbia vive num regime multipartidário somente desde 2017, após cerca de 20 anos de ditadura de Yahya Jammeh.

A confirmar-se, esta seria a mais recente tentativa de golpe na África Ocidental desde 2020, após dois golpes bem-sucedidos no Mali e no Burkina Faso e outro na Guiné-Conacri, e uma tentativa na Guiné-Bissau, que está fisicamente próxima da Gâmbia, separada apenas por uma pequena faixa de 300 quilómetros de território senegalês.


Leia Também: União Africana e CEDEAO condenam alegada tentativa de golpe na Gâmbia

Administração Pública - Ministro qualifica de positivas atividades realizadas durante 2022

Bissau, 22 Dez 22 (ANG) – O Ministro da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social qualificou de positivas as actididades levadas a cabo durante  2022 por aquela instituição.

Em declarações, esta quarta-feira, à imprensa, em jeito de balanço do ano prestar a terminar, e sobre as perspetivas para o próximo ano, Cerilo Mama Saliu Djaló  sustentou a sua afirmação com a promulgação do novo Código de Trabalho e a contenção, paulatina, da massa salarial, através do recenseamento de funcionários públicos.

Disse  que o recenseamento  permitiu ainda a abtenção de uma base única de dados, e que seja conheçida  a real situação da Função Pública, em termos de recursos humanos, e a formulação de programas de formação e de requalificação dos funcionários.

Segundo Cerilo Djaló, o novo Código de Trabalho prevê a criminalização do trabalho infantil, inclusão do trabalho portuário e doméstico  e aumentou o tempo de  licença de maternidade de 60 para 90 dias.

Acrescentou que o código permitiu ainda a atualização de multas,porque, diz, as antigas sanções  não desencorajam práticas de infrações.

Uma outra realização, segundo Cerilo  Djaló, tem a ver com a criação de um programa de trabalho digno, em parceiria com Organização Internacional de Trabalho(OIT).

Quanto ao Instituto Nacional de Segurança Social, destacou os trabalhos de   sensibilização sobre a prevenção e riscos de doenças profissionais para diminuir doenças e acidentes nos locias de trabalho e  sua integração   no protofolio de Conferência Internacional Africana de Previdência Social (CIPRES).

O ministro das Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social apontou a criação de condições para uma  maior robustez na proteção social, bem como a  mobilização de recursos externos e o reforço de capacidades de quadros e técnicos do INSS como vantagem da sua integração na CIPRES.

Nessa entrevista aos órgãos públicos de informação revelou que o rácio de funcionários público no páis é de 20 por mil habitantes, pelo que deve baixar mais porque ao nível da UEMOA o rácio  é de sete por mil habitantes.

 “Mama Saliu destacou que após o  recenseamento a folha de salário começou a ser processada a partir dos dados apurados e que atualmente, os salários de mais de quatro mil funcionários públicos entre pensionistas e activos, foram bloqueados definitivamente,”, disse o ministro.

Segundo o governante, os dados do recenseamento pirmitiram ao Governo, não só  saber quantos funcionários estão a caminho da reforma(552) assim como identificar as áreas com necessidade de  formação, conforme vagas apuradas, na Função Pública.

Perguntado sobre a estratégia para conter mais ingressos no aparelho de Estado, sem concurso público disse que a partir do próximo ano, o ingresso só será possível mediante realização de concurso público.

E quanto a ausência de avaliação de três em três anos, do desempenho determinado por lei,disse que é preciso que haja um conjunto de indicadores, tais como tarefas e  objectivos, e diz que “sem isso não é possivel fazer avaliação do desempenho dos funcionários públicos”. 

ANG/LPG//SG

Finanças - Ministro diz que o país caminha com “passos seguros” na implementação das metas traçadas pelo FMI

Bissau, 22 Dez 22(ANG) – O ministro das Finanças disse hoje que o país está a caminhar com “passos seguros” na implementação das metas traçadas pelos parceiros nomeadamente o Fundo Monetário Internacional(FMI).

Em entrevista exclusiva concedida à ANG, em jeito de balanço das atividades levadas a cabo durante 2022, Ilídio Vieira Té afirmou que se sentem que estão a cumprir à 100 por cento, as recomendações dos parceiros.

“Podem constatar que a título de exemplo, o país assinou um acordo com a equipa técnica do Fundo Monetário Internacional(FMI), que vai ser validado no seu Conselho de Administração, no próximo dia 30 de Janeiro de 2023”, salientou.

Acrescentou que chegar-se à essa etapa demonstra que o FMI considera que o país é credível e merece apoios.

Referiu que, há seis anos, o país não tinha nenhum acordo financeiro com o FMI, e que, com base neste bom desempenho, conseguiu-se arrastar apoio orçamental do governo francês e português que contribuíram com cinco mil euros cada.

“Isso significa que quando o dossiê da Guiné-Bissau for validado no Conselho de Administração do FMI, haverá mais apoios para o país”, sublinhou.

O governante frisou que as referidas “proezas” dignificam à todos os filhos da Guiné-Bissau, acrescentando que, isso deve-se, sobretudo, ao desempenho e a dinâmica do Presidente da República e do Primeiro-ministro.

Ilídio Té disse que o executivo está igualmente empenhado na melhoria de arrecadação de receitas, e que diz estarem a ser aplicadas na melhoria das infraestruturas do país.

“Penso que é visível o que está a acontecer na parte baixa da cidade de Bissau. As obras que estão a ser realizadas graças ao financiamento interno ou seja com fundos provenientes do Tesouro Público”, disse.

Afirmou que isso demonstra que o governo está empenhado em fazer um trabalho de forma a satisfazer as necessidades das populações no que toca a criação de infraestruturas.

Perguntado sobre o que estão a fazer para estancar a subida da massa salarial na Função Pública, uma vez que 80 por cento das receitas fiscais destinam-se ao pagamento de salário, Ilídio Té respondeu que, existe uma convergência no espaço UEMOA que estipula que a massa salarial não deve ultrapassar os 35 por cento.

“Ou seja a Guiné-Bissau já se situa em 80 por cento das nossas receitas fiscais, mas são aspectos que vêm de longos anos. Todos sabemos que é uma realidade no país, onde os partidos políticos metem as pessoas nas instituições do Estado para honrar os compromissos eleitorais”, disse acrescentando que o governo está a adoptar algumas medidas sobretudo no âmbito das reformas na Administração Pública.

Disse ainda   que existem muitas situações para resolver, sobretudo na carreira do pessoal, quadro orgânico, número elevado de conselheiros entre outros.

“A título de exemplo, quanto ao número elevado de conselheiros, o Presidente da República, tomou recentemente uma decisão sábia de redução drástica do número dos seus conselheiros ficando atualmente em 14, e os do Primeiro-ministro Ministro foram igualmente reduzidos restando com seis”, informou.

O governante sublinhou que, são exemplos de sinais visíveis do que está a ser feito no âmbito das reformas ao nível da Administração Pública, para a redução das despesas orçamentais. 

ANG/ÂC//SG

Vias rodoviárias - Ministro das Obras Públicas anuncia reabilitação de quase 37 por cento da rede rodoviária do país


Bissau, 22 Dez 22 (ANG) - O ministro  das Obras Públicas, Construção e Urbanismo anunciou que 37 por cento de 83 vias rodoviárias do país, que se encontravam num nível  de degradação muito elevado, estão reabilitadas.

Fidélis Forbs falava, quarta-feira (21) em entrevista conjunta aos órgãos públicos de informação, nomeadamente a ANG, jornal Nô Pintcha, RDN e TGB, em jeito de balanço dos trabalhos levados ao cabo pelo seu ministério em 2022.

O governante defende que é preciso ter um país estável para poder concluir grandes projetos e atingir os objetivos fixados no início da governação, em 2020.

Forbs diz estar minimamente satisfeito com os resultados das obras realizadas, apesar de faltar mais obras e projetos para concluir o que estava planeado para 2022 , no setor das obras públicas.

Disse que o governo, através das Obras Públicas, tem várias obras já executadas e outras em execução com financiamentos já aprovados.

A título de exemplo, citou a conclusão da Avenida Macky Sall e a Muhamudu Bhuri que foram  completamente recuperadas.

Referiu-se a obra da estrada de Sitec que também faz parte das obras  que foram executadas e que anteriormente estavam com um nível de degradação muito alto, e que era necessário, não só a sua reabilitação mais também que tinham uma necessidade urgente da sua ampliação e construção de passeios.

“Temos obras em execução, nomeadamente as do Aeroporto até Safim, a recuperação e manutenção profunda da estrada de Safim até  São Domingos, de mais ou menos 105 à 107 quilómetros”, salientou.

Forbs afirmou que estão igualmente empenhados na reabilitação do eixo Ingoré-Begene-Farim, uma extensão de 60 quilómetros.

Disse que, ao nível do Sul do país também existem obras em execução, nomeadamente  a  manutenção da estrada  Bambadinca-Buba,uma distância de 100 quilómetros bem como Fulacunda/Nova Sintra, na região de Quinará, tido como  um dos eixos principais para  circulação de pessoas e bens  ao nível daquela região.

Aquele governante sublinhou que têm ainda  em carteira com  início previsto para o próximo ano, as obras do troço da segunda cintura de Bissau ,que compreende a Retunda da Guimetal até a Escola Nacional de Saúde, passando  pelo prédio  libanês, Sobrade, Cuntum Madina,o Estádio 24 de Setembro e  até estrada das Nações Unidas.

Disse que o referido projeto vai abranger a segunda saída de Bissau que abrange áreas  de Antula em direção a  Universidade Jean Piaget, atravessando o canal impernal para Nhacra.

Segundo Fidélis, trata-se de uma obra já com garantias de financiamento  do Banco Árabe para o Desenvolvimento de África(BADEA).

Forbs disse que, neste momento, está em fase de atualização dos  estudos a estrada de Antula, em curso  há mais de oito anos, salientando que é preciso ser atualizado para depois passar a fase de preparação do caderno de encargo e posterior lançamento ao concurso e avaliação para se chegar a publicação do vencedor e dar  início a execução da obra.

“Ainda há outro projeto que é de Boké/Quebo que já ultrapassou todas estas fases de estudos de anteprojeto sumário e detalhado, caderno de encargo, concurso e neste preciso momento está em processo de avaliação para se anunciar  o vencedor e dar inicio a obra. Significa que, em 2023, estas obras vão começar”, diz Fidélis Forbs.

O governante referiu-se  ainda ao projeto de construção da  Ponte de  Farim e da estrada Farim/Dungal acrescido de quatro quilómetros de estrada dentro de  cidade de Farim, acrescentando  que é um projeto que está em curso e tem um financiamento aprovado.

“Outro projeto, muito importante, é a  construção da Estação de Pesagem de Viaturas, que se instalará  depois do aeroporto de Bissau, ao lado da fábrica de espuma”, disse.

Forbs realçou que a estação de pesagem é extremamente importante para a vida de uma estrada, porque define o gabarito e o próprio eixo do carro, tendo em conta que a viatura deve possuir um determinado peso para correr numa  estrada para  permitir que ela dure mais anos.

Disse que, um dos fatores de degradação da rede rodoviária é exatamente a falta de estação de pesagem de viaturas no país.

“Por essa razão, é primeira vez na história do país que vai ser construida uma estação de pesagem. Se tudo correr como planeado, no final de Janeiro de 2023 será feito o lançamento da primeira pedra para a sua construção”, disse.

Salientou  que está em curso uma grande obra rodoviária de transformação de cidade de Bissau com  várias fases e diz que dentro de duas  ou três semanas pode-se  estar a fechar o asfaltamento do projecto de Bissau Velho, para se avançar para  fases de pinturas.

Em relação aa obras de construção da autoestrada Aeroporto-Safim, Fidélis Forbs disse que as obras estão a decorrer no seu ritmo normal, apesar de pequenos atrasos, relacioanados a busca de  consensos entre o Governo e os moradores sobre o paagamento das indeminizações decorrentes das demolições  de casas e outras pertenças afetadas.

“Neste momento estamos a negociar com todas as pessoas que tem os seus documentos em ordem e já começamos o processo de pagamento de indemnizações”, disse o governante.

Assegurou que se tudo correr bem, na segunda semana de Janeiro, as demolições propriamente ditas vão arrancar.

ANG/MIÂC//SG    

ANÚNCIO DE CONCURSO PARA RECRUTAMENTO DE CONSULTOR(A) NACIONAL

JORNAL ODEMOCRATA  22/12/2022 

A Representação da FAO na Guiné-Bissau vem por este meio anunciar o lançamento de um concurso para o preenchimento do posto de Consultor(a)/Expert para prestação de serviços, no âmbito da implementação do Projeto: UNJP / GBS / 041 / PBF.

Consultor nacional sobre conflitos em pastorícia (12 meses com um período experimental de 3 meses).

Os candidatos interessados ao posto devem entregar os seus CV e uma carta de motivação redigidos em francês no escritorio da FAO, Avenida Francisco Mendes, ao lado do Restaurante Papalouca, com a menção do posto no envelope ou enviar por correio electrónico para o endereço  FAO-GW@fao.org.

A data limite para a entrega das candidaturas é no dia 07 de Janeiro de 2023.

A Representação da FAO na Guiné-Bissau


A mensagem do Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló por ocasião da festa de Natal.

Radio Voz Do Povo


ÚLTIMA HORA: Caso da CNE: Cipriano Cassama põe "ponto final" nas auscultações com os partidos políticos.


Vídeo by:  Radio TV Bantaba

Cancro: o balanço de 2022 e as prioridades para 2023

Isabel Galriça Neto, Luís Costa, Teresa Bartolomeu e António Medina de Almeida durante a reunião moderada pela jornalista da Sic Notícias Nelma Pinto, ao centro

Sara Fevereiro  sicnoticias.pt  22 DEZEMBRO 2022

O ano de 2022 não foi mais fácil que o anterior e o ano que se segue também não se adivinha mais tranquilo. Na saúde, nomeadamente na área da oncologia, os desafios atuais são enormes e os objetivos claros. O novo plano nacional contra o cancro - que ainda não foi implementado - mostra que as metas traçadas requerem muito trabalho e reorganização para serem alcançadas.

Promover estilos de vida saudáveis, melhorar o ambiente, melhorar a cobertura dos rastreios já existentes e a sua acessibilidade, reformular a estrutura nacional de cuidados dentro do SNS, aumentar a capacidade de resposta dos cuidados paliativos, obter mais informação sistematizada sobre os sobreviventes de cancro no país e incluir os cancros pediátricos e hereditários pela primeira vez na estratégia são as propostas mais sonantes.

Mas estará este documento à altura de fazer frente às necessidades? Que balanço podemos fazer de 2022 e como devemos olhar para o futuro?

Para debater estas questões, o Tenho Cancro. E depois? contou com António Medina Almeida,diretor do Serviço de Hematologia do Hospital da Luz, Isabel Galriça Neto, diretora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz, José Mário Mariz, médico onco-hematologista do IPO do Porto, Júlio Oliveira, presidente IPO Porto, Luís Costa, diretor Serviço de Oncologia Hospital Santa Maria, Maria Rita Dionísio, diretora Médica da Novartis, Teresa Bartolomeu, responsável de Marketing da Médis e Vítor Neves, presidente Europacolon Portugal.


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Conheça as principais conclusões do debate:

  • 2022 foi um ano pós-pandemia, um ano em que os profissionais se preparam para um fluxo muito grande de doentes, com uma estrutura que era a que existia prévia à pandemia, afetada porque durante o período mais crítico houve ajuste de recursos humanos, procedimentos diferentes e, sobretudo, profissionais muito desgastados;

  • Os casos de cancro em estado avançado tem aumentado, assim como as listas de espera. “Estamos a trabalhar no limite em termos de capacidade de resposta”, alerta Luís Costa, diretor do serviço de oncologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa;

  • Os cuidados de saúde primários estão a aproximar-se daquilo que era o seu funcionamento antes da chegada da covid-19, mas há um problema, que é a falta de recursos humanos, que se foi agravando durante a pandemia e que continua agora;

  • Os especialistas pedem mais autonomia para 2023, sendo depois pedida a responsabilidade por objetivos;

  • “As pessoas com cancro deixaram de ser prioritárias por causa da covid”, diz Isabel Galriça Neto, referindo também que, no que toca aos cuidados paliativos, como os doentes não têm resposta do público, fazem um “esforço hercúleo” para serem tratados no privado, que também já está a atingir o limite da sua capacidade;

  • O circuito de diagnostico e aprovações “ficou danificado” pela pandemia, explica António Medina de Almeida, e é urgente recuperá-lo;

  • Os curadores põe também a tónica na dificuldade de acesso. “Nós sentimos a carência dos especialistas em responder em tempo oportuno e isso resulta em falta de acesso os doentes”, diz Vítor neves. Um acesso que, apesar dos esforços que se têm feito, está longe de ser igualitário;

  • A preocupação dos portugueses com o acesso à saúde aumentou significativamente. Antes da pandemia, os seguros “abrangiam 2.5 milhões de portugueses e agora 3.3 milhões”, refere Teresa Bartolomeu;

  • Aumentar a literacia e a prevenção primária está entre as prioridades para o próximo ano, uma vez que ainda há muito a fazer nesta área. Hoje temos 1.3 milhoes de pessoas que fumam, diariamente, em Portugal. 67.6% da nossa população tem excesso de peso e 50% da população portuguesa não come fruta ou vegetais;

  • Diagnosticar precocemente continua a ser um dos focos principais para 2023, mas para isso, cuidados de saúde primários e rastreios têm que funcionar em pleno;

  • Quanto aos novos rastreios anunciados recentemente, os curadores do Tenho Cancro. E depois? acreditam que é um começo, mas que não basta identificar as pessoas, é preciso que depois seja dado o acompanhamento necessário em caso de suspeita de cancro;

  • Desburocratizar o sistema de saúde para agilizar processos é mais um dos problemas que migram para o próximo ano. "Tem que haver mudança nesse sentido para conseguirmos avançar mais rápido", acredita o presidente do IPO do Porto, Júlio Oliveira

  • Gerir melhor os dados e criar a tão desejada rede de referenciação - que está contemplada no novo plano de combate ao cancro, mas que ainda não existe -, são outras prioridades apontadas. Com a chegada do novo CEO do SNS, Fernando Araújo, há quem acredite a situação da oncologia portuguesa pode mudar finalmente porque ele é alguém “que tem uma capacidade e um conhecimento muito grande no sector”, diz José Mário Mariz, mas há também quem refira que quem está no terreno deve ser ouvido primeiro e que, só assim, se podem tomar decisões mais acertadas.

Saiba mais sobre o futuro da oncologia nacional na edição em papel de 23 de dezembro do Jornal Expresso

Rússia só tem um porta-aviões. Esta manhã, incendiou-se em Murmansk... Não há feridos a registar. Vinte pessoas tiveram, contudo, de ser retiradas do navio.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  22/12/22 

O'Almirante Kuznetsov' é o único porta-aviões que a Rússia tem na sua frota. Esta manhã, incendiou-se em Murmansk, avançou a agência de notícias TASS. Não houve vítimas a registar, mas vinte pessoas tiveram de ser retiradas.

O navio encontra-se, atualmente, em reparações na doca seca do estaleiro ártico da referida russa e, por razões ainda não apuradas, ocorreu um fogo a bordo. 

"Não houve um incêndio, apenas uma ignição local, que foi apagada às 11h30 pela força de trabalho e pelos bombeiros presentes nas dependências do estaleiro. O sistema de controlo de avarias do navio foi prontamente acionado e não há danos", assegurou Alexey Rakhmanov, o CEO da United Shipbuilding Corporation, à agência. 

Atrasos e acidentes prejudicaram a revisão em curso do 'Almirante Kuznetsov', que teve início em 2017 e que estava inicialmente prevista para terminar em 2021, segundo a agência norte-americana AP. Rakhmanov disse à imprensa russa, em junho, que esperava que o 'Almirante Kuznetsov' voltasse ao serviço no início de 2024, com quase três anos de atraso.

O 'Almirante Kuznetsov' construído na década de 1980, nos Estaleiros do Mar Negro, na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, que integrava então a União Soviética.

Com um convés de 306 metros de comprimento, o 'Almirante Kuznetsov' tem capacidade para transportar 26 aviões e 24 helicópteros. Dispõe de diversos sistemas de lançamento de mísseis e uma tripulação de 1.960 efetivos, incluindo 518 oficiais.

Foi usado pela primeira vez em missões de combate na Síria, entre novembro de 2016 e janeiro de 2017, de acordo com a TASS.

Heavy aircraft-carrying cruiser Admiral Kuznetsov

© Lev Fedoseyev/TASS, archive


A Comissão Política de Movimento para Alternância Democrática ( MADEM G-15) de Região de Gabu realiza um marcha pacífica sob lema " Bai recensea, bu futuro sta na bu mon"

Radio TV Bantaba / Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 

O Director-Geral do Turismo continua em Cabo-verde em missaão de seviço onde desde sexta-feira última participa num encontro sobre a "Economia Azul"...

A margem do encontro, esta quinta-feira, 22, Dr. Umaro Balde, foi recebido pelo seu homólogo na cidade turística de Sal uma das maravilhas caboverdianas mais visitadas por turistas.

//BDS.

Ministério do Turismo e Artesanato  Bissau: 22/ 12/ 2022.

Braima Camara líder do Movimento para alternância democrática MADEM-G15 recensea_se em Bissau


Vídeo by: Radio Voz Do Povo

Cientista quer criar "primeiro ventre artificial do mundo"... Hashem Al-Ghaili diz que o seu ‘concept’ é capaz de incubar 30 mil bebés por ano.

© Reprodução The Next Web

Notícias ao Minuto  22/12/22

Um cientista de nome Hashem Al-Ghaili sediado em Berlim, Alemanha, acredita ter criado uma solução para combater os problemas de natalidade na Europa através do “primeiro ventre artificial do mundo”.

A solução deste cientista dá pelo nome de EctoLife e é um ‘concept’ que consiste em 75 laboratórios separados, os quais conseguem acomodar 400 “cápsulas de crescimento” que são capazes de replicar as condições do ventre de uma mãe.

Al-Ghaili diz que um único destes laboratórios é capaz de incubar 30 mil bebés por ano, com o crescimento a poder ser monitorizado diretamente através do telemóvel dos respectivos pais.

Nota o site The Next Web que este ‘concept’ de Al-Ghaili também permite aos pais (que estejam dispostos a pagar por isso) escolherem diversos aspetos genéticos dos filhos: como altura, tom de pele, inteligência, etc.

Neste momento trata-se apenas de um ‘concept’ e ainda não há planos para construir um destes EctoLife.





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PR Umaro Sissoco Embaló recebeu as cartas de acreditação de Mário Augusto Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola na Guiné-Bissau.

Radio TV Bantaba

NIGÉRIA: Duzentos criminosos e 10 civis mortos em operação do exército nigeriano

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 POR LUSA  22/12/22 

Pelo menos 200 criminosos foram mortos numa operação militar realizada pelo exército nigeriano no noroeste do país, na qual 10 civis e 10 soldados também perderam a vida, disseram fontes militares à agência noticiosa EFE.

"Lançámos uma grande operação no domingo, envolvendo tropas terrestres e a força aérea, em [na cidade de] Dansadau, no [estado de] Zamfara", disse na quarta-feira um oficial do exército sob anonimato à EFE por telefone.

O oficial do exército afirmou ainda que os confrontos duraram dois dias e que "pelo menos, 200" criminosos foram capturados. 

"Após dois dias de luta contínua contra os criminosos, neutralizamos pelo menos 200 deles", disse a fonte, acrescentando que alguns dos bandidos tentaram fugir mas foram, mais tarde, abatidos com ataques aéreos.

A fonte acrescentou, ainda, que "infelizmente" perderam "10 homens e 10 civis foram mortos no fogo cruzado".

"Alguns dos nossos foram também mortos durante a operação", disse à EFE Attahiru Mohammed, secretário da Coligação de Grupos da Sociedade Civil de Zamfara.

"Enquanto parabenizamos os militares pela operação em Dansadau, pedimos que evitem esse tipo de dano colateral da próxima vez", pediu o ativista.

Os estados centrais e noroeste da Nigéria sofrem ataques frequentes de "bandidos", o termo utilizado localmente para bandos criminosos que cometem assaltos em massa, roubos e raptos para obterem resgates lucrativos.

A violência continua apesar das repetidas promessas do Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, de acabar com o problema e do destacamento de forças de segurança adicionais para a área.

Em meados de novembro, um grupo de bandidos raptou quase uma centena de pessoas em várias cidades Zamfara, incluindo Kanwa e Maradun, assim como em aldeias mais pequenas.

Esta insegurança tem sido agravada desde 2009 pelo grupo terrorista Boko Haram e, desde 2016, pelo seu descendente, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês).

Ambos os grupos já mataram mais de 35.000 pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, na sua maioria na Nigéria, mas também em países vizinhos como os Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do Governo e da Organização das Nações Unidas.


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Guiné-Bissau: Lançamento oficial do novo partido político na Guiné-Bissau "Partido Luz"

Radio Voz Do Povo  


GÂMBIA: União Africana e CEDEAO condenam alegada tentativa de golpe na Gâmbia

© Reuters

POR LUSA  22/12/22 

A União Africana (UA) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenaram "veementemente" a alegada tentativa de golpe de Estado anunciada pelo Governo da Gâmbia na quarta-feira.

"Condeno veementemente a tentativa de desestabilização do Governo da Gâmbia. A União Africana rejeita veementemente qualquer tomada de poder pelas armas e mantém-se solidária com o Governo da Gâmbia", disse na quarta-feira o chefe de Estado senegalês e presidente em exercício da UA, Macky Sall, na rede social Twitter.

O bloco regional de 15 países da África Ocidental, a CEDEAO, também condenou os acontecimentos num comunicado e expressou a sua "rejeição total" de qualquer mudança "inconstitucional" de Governo nos seus estados membros.

"A Comissão da CEDEAO saúda a liderança e o pessoal dos serviços de segurança da Gâmbia pela sua adesão ao seu papel constitucional e por impedir esta conspiração ilegal", disse a organização.

O Governo da Gâmbia alertou na quarta-feira para uma alegada tentativa de golpe de Estado, que levou à prisão de quatro soldados do exército da Gâmbia e três outros alegados cúmplices estão a ser procurados.

"O Governo da Gâmbia anuncia que, com base em informações secretas, que alguns soldados do exército gambiano estavam a conspirar para derrubar o Governo democraticamente eleito do Presidente Adama Barrow", escreveu o porta-voz do executivo e conselheiro presidencial, Ebrima G. Sankareh.

Na declaração, o porta-voz do Governo anunciou que "numa rápida operação militar", realizada na terça-feira, o Alto Comando das Forças Armadas Gambianas "prendeu quatro soldados ligados a esta alegada conspiração golpista".

Segundo os "relatórios dos serviços secretos", "alguns soldados do exército gambiano conspiraram para derrubar o Governo democraticamente eleito do Presidente Adama Barrow", explicou.

"As investigações sobre este assunto continuam e os cidadãos serão devidamente informados de quaisquer novos desenvolvimentos", disse o porta-voz do executivo e conselheiro da presidência, acrescentando que a situação estava "totalmente sob controlo".

A confirmar-se, esta seria a mais recente tentativa de golpe de Estado na África Ocidental desde 2020, após dois golpes bem-sucedidos no Mali e no Burkina Faso e outro na Guiné-Conacri, e uma tentativa na Guiné-Bissau, que está fisicamente próxima da Gâmbia, separada apenas por uma pequena faixa de 300 quilómetros de território senegalês.

A Gâmbia, um pequeno país que só desde 2017 tem um regime democrático, é considerado frágil, depois de 20 anos de ditadura de Yahya Jammeh.

A Gâmbia é presidida por Adama Barrow desde dezembro de 2016, quando derrotou nas urnas o ex-presidente Yahya Jammeh, que tinha governado o país com mão de ferro desde 1994, num regime caraterizado por graves violações dos direitos humanos, incluindo desaparecimentos forçados, tortura e execuções extrajudiciais de estudantes, ativistas, opositores e funcionários públicos.

Em 2018, Barrow lançou a Comissão de Verdade, Reconciliação e Reparação, que investigou estes abusos durante três anos e em finais de novembro de 2021 apresentou as suas conclusões finais ao Presidente, apelando à acusação dos responsáveis pelos crimes cometidos durante o regime de Jammeh.

Barrow foi reeleito como Presidente da Gâmbia em dezembro de 2021 para outro mandato de cinco anos, enquanto Jammeh está no exílio na Guiné Equatorial desde a sua derrota eleitoral.


Leia Também: Gâmbia aborta tentativa de golpe de Estado. Quatro soldados foram detidos

Zelensky recebe ovação de pé no Congresso dos EUA. "Mundo depende de vós"

© Reprodução @readparadigm/ Twitter

Notícias ao Minuto  22/12/22 

O líder ucraniano disse ainda aos congressistas norte-americanos que estes podiam acelerar a vitória da Ucrânia.

O presidente da Ucrânia recebeu, na quinta-feira, uma ovação de pé ao entrar no Congresso dos Estados Unidos (EUA), onde discursou.

"As nossas duas nações são aliadas nesta batalha e o próximo ano vai ser um ponto de viragem. Sei disso. O ponto em que a coragem ucraniana e a determinação norte-americana têm que garantir o futuro da nossa liberdade comum. A liberdade das pessoas que apoiam estes valores", afirmou Volodymyr Zelenksy durante o seu discurso, momento depois de ter sido recebido pela presidente da Câmara dos Representantes dos EUA.

O líder ucraniano disse ainda que sabia que "tudo" depende das Forças Armadas ucranianas. "Ainda assim, há tanta coisa que depende do mundo. Há tanto no mundo que depende de vós", referiu, dirigindo-se ao Congresso. A Rússia pode parar a sua agressão, se quisesse. Mas vocês podem acelerar a nossa vitória", rematou.

Momentos depois, e já na sala onde discursou, o chefe do Estado ucraniano dirigiu-se para o púlpito, onde discursou para democratas e republicanos. Para além de cumprimentar novamente Nancy Pelosi, Zelensky teve ainda oportunidade de conhecer a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.

Esta é a primeira viagem oficial ao estrangeiro que o líder ucraniano faz desde que a guerra começou, a  de fevereiro. Mais de 300 dias depois da invasão da Rússia, que ainda ontem fez soar os alarmas aéreos em toda a Ucrânia, Zelensky dirigiu-se para junto dos aliados norte-americanos para agradecer todo o apoio, seja monetário, humanitário e também em termos de artilharia, já que nestas horas os EUA também anunciaram a doação de mísseis Patriot, "críticos" na defesa aérea, de acordo com o que lembrou ontem Zelensky, quando estava ao lado do presidente Joe Biden.

A líder da câmara dos Representantes evocou ainda Churchill durante a visita de Zelenksy, lembrando que o seu pai, o representante Thomas D'Alesandro Jr., assistiu a um discurso do líder britânico dos EUA.  "Oitenta e um anos mais tarde, é particularmente comovente para mim estar presente quando outro líder heroico se dirige ao Congresso em tempo de guerra, e com a própria democracia em jogo", afirmou a democrata.

Veja o momento em que Zelensky recebe uma ovação na galeria acima.