quinta-feira, 13 de outubro de 2022

SEGUNDO ETAPA DO SEMINÁRIO DE CAPACITAÇÃO DOS ATORES ESTATAIS

Por Alison Cabral 

Iniciou hoje a segunda etapa do seminário da Capacitação de Atores Estatais, sobre Direitos Humanos, Media e Liberdade de Expressão, num hotéis em Bissau.

A ação de capacitação é uma iniciativa da Fundação dos Media para África (MFWA) em colaboração com o Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS), visa promover a Liberdade de Imprensa e Acesso à Informação de qualidade no país.

Participam nesta formação Forças de Defesa e Segurança (Militares, Polícia da Ordem Pública e Guarda Nacional), Técnicos do Instituto Nacional de Defesa, Técnicos de ARN, Técnicos da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Técnicos do Supremo Tribunal de Justiça e Técnicos do Conselho Nacional de Comunicação Social.

A ação de capacitação que iniciou na última segunda-feira, 10 de outubro, conta com dois Consultores Internacionais, nomeadamente Nuno Andrade Ferreira e Muheeb Saeed, ambos jornalistas.

As referidas sessões formativas enquadram-se no âmbito das atividades do projeto de “Promoção da  Liberdade dos Medias e Acesso à Informação de Qualidade na Guiné-Bissau”, financiado pela União Europeia por um período de 3 anos.

O projeto tem como objetivo geral assegurar que os jornalistas e outros atores da comunicação social estejam seguros e protegidos. Além disso, o projeto visa ajudar os jornalistas a produzir conteúdos jornalísticos eticamente apropriados, oportunos e baseados em factos.

Alison Cabral "AC", jornalista e influenciador digital

UCRÂNIA/RÚSSIA: Um edifício residencial foi atingido por um ataque ucraniano na cidade russa de Belgorod, numa região que faz fronteira com a Ucrânia, acusaram hoje as autoridades locais russas.

© Reprodução

Por LUSA  13/10/22 

 Edifício residencial em cidade russa atingido por ataque ucraniano

Um edifício residencial foi atingido por um ataque ucraniano na cidade russa de Belgorod, numa região que faz fronteira com a Ucrânia, acusaram hoje as autoridades locais russas.

"As forças armadas ucranianas bombardearam Belgorod. Defesa antiaérea ativada. Há destruição num prédio residencial", disse na rede social Telegram Vyacheslav Gladkov, governador desta região, onde os tiroteios se têm multiplicado nas últimas semanas.

"Estamos a tentar esclarecer se há [potenciais] vítimas", acrescentou Gladkov, que publicou fotografias de detritos espalhados por uma rua e de um carro danificado.

Segundo o governador da região de Belgorod, um míssil caiu também no complexo desportivo de uma escola de ensino médio da cidade, mas não explodiu.

Imagens publicadas nas redes sociais mostraram o último andar de um prédio residencial destruído, enquanto um outro vídeo mostra o impacto do míssil, numa nuvem de fumo preta.

Gladkov também acusou Kiev de ter disparado contra a localidade russa de Krasnoye, igualmente situada junto à fronteira com a Ucrânia. 

"Há destruição no terreno da escola", acrescentou, divulgando também uma fotografia de uma cratera rodeada por estilhaços de um obus de morteiro.

Embora a região de Belgorod tenha sido regularmente alvo de fogo da Ucrânia, especialmente desde a primavera, a capital regional foi, até agora, raramente alvo de ataques desde o início do conflito.

Na terça-feira, Gladkov indicou que cerca de 2.000 moradores ficaram sem eletricidade após um ataque ucraniano a uma fábrica de energia elétrica na cidade de Chebekino, também na região de Belgorod. No dia anterior, uma mulher de 74 anos foi morta e outras pessoas ficaram feridas noutro ataque à localidade.

A Rússia reportou na semana passada um "aumento considerável" dos ataques ucranianos a regiões russas junto à fronteira com a Ucrânia. Segundo Moscovo, os ataques atingiram edifícios residenciais e administrativos, complexos de produção de energia elétrica e postos de fronteira.


Leia Também: "A guerra na Ucrânia não é regional, é verdadeiramente global"

COMUNICADO DE IMPRENSA... Sobre o vazamento de um áudio nas redes sociais, de suposto envolvimento do PGR e de alguns Magistrados do MP no tráfico de droga.

13,10,2022

Guiné-Bissau: 3 funcionários da DGCI detidos sob suspeita de desvio de quase 3 bilhões de francos cfa

Por Rádio Sol Mansi

O Ministério Publico deteve, na sexta-feira a esta parte, 3 funcionários do ministério das Finanças por forte indícios de desvios de cerca de 3 biliões de francos cfa.

De acordo com uma fonte judicial, os referidos servidores públicos afetos à Direção Geral de Contribuição e Impostos, supostamente desde há 3 anos, recebiam os devidos impostos de certos contribuintes, registavam estes pagamentos, e depois apagavam os referidos registos no sistema, para assim apropriarem se das referidas somas.

"A presumível fraude, segundo mesma fonte, foi descoberta graças a apresentação dos recibos de pagamentos por parte das pessoas e empresas em causa", garante a mesma fonte.

Entretanto, a Radio Sol Mansi sabe que o MP vai nos próximos dias requerer junto do juiz da instrução criminal a prisão preventiva destes funcionários do ministério das Finanças.

Esta detenção resulta das buscas e apreensões feitas na DGCI, em agosto último, pelos Magistrados do Gabinete da Luta Contra a Corrupção e delitos econômico do ministério público, no quadro da implementação do seu plano estratégico de luta contra a Corrupção denominado "Olho do cidadão".

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© Lusa

Por LUSA  13/10/22 

Três funcionários da direção-geral de Impostos do Ministério das Finanças da Guiné-Bissau foram detidos por suspeita de desvio de dinheiro, disse hoje fonte judicial.

Segundo a fonte, os três funcionários são suspeitos do desvio de três mil milhões de francos cfa (cerca de 4,5 milhões de euros).

"Recebiam os impostos dos contribuintes, registavam os pagamentos e depois apagavam os referidos registos do sistema", explicou a fonte judicial.

"A fraude foi descoberta através dos recibos de pagamentos dos contribuintes", acrescentou.

Os funcionários foram detidos no âmbito de uma operação que teve início na sexta-feira pelo gabinete contra a corrupção e delitos económicos do Ministério Público, no quadro do plano estratégico de luta contra a corrupção, denominado "Olho do Cidadão".

GUERRA NA UCRÂNIA: Alemanha e 13 aliados da NATO acordam compra de sistemas de defesa... A assinatura do acordo ocorreu na sede da NATO, em Bruxelas.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  13/10/22  

A Alemanha e outros 13 aliados da NATO assinaram, esta quinta-feira, uma carta de intenções para a aquisição conjunta de sistemas de defesa aérea na categoria de sistemas como o Arrow 3 (ISRAI.UL) e o Patriot (RTX.N), está a reportar a Reuters.

A assinatura do acordo ocorreu na sede da NATO, em Bruxelas. Alemanha, Reino Unido, Eslováquia, Noruega, Letónia, Hungria, Bulgária, Bélgica, República Checa, Finlândia, Lituânia, Holanda, Roménia e Eslovénia são os países envolvidos no mesmo.

De recordar que alguns membros da NATO têm vindo a trabalhar para melhorar as suas capacidades de defesa aérea, na sequência da invasão russa sobre a Ucrânia. Outros precisam, por sua vez, de restabelecer o seu stock de armamento, após terem feito doações de material militar à Ucrânia.

De facto, tal como adianta o The Guardian, dezenas de aliados da Ucrânia comprometeram-se a enviar mais ajuda militar à Ucrânia, depois de mais de 50 países ocidentais se terem encontrado em Bruxelas na quarta-feira.

Em primeiro-lugar, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, elogiou a chegada do primeiro de quatro sistemas de defesa Iris-T, oferecidos pela Alemanha, e a entrega de sofisticados sistemas avançados de mísseis terra-ar NASAMS, por parte dos Estados Unidos.

Já o Reino Unido mostrou-se disponível para doar armamento de defesa aérea de ponta, os mísseis antiaéreos AMRAAM, capazes de abater mísseis de cruzeiro.

Por sua vez, França prometeu oferecer sistemas de radar e de defesa aérea nas próximas semanas, enquanto o Canadá disse que forneceria munições de artilharia e vestuário de combate para o inverno.

Finalmente, os Países Baixos deverão fornecer 15 milhões de euros em material de defesa aérea à Ucrânia.

A invasão russa sobre a Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, foi alvo de uma enorme condenação por parte dos países ocidentais, que responderam com o envio de apoio humanitário, financeiro e militar à nação invadida, a Ucrânia, e com a aplicação de sanções à Rússia.


A França iniciou hoje o abastecimento de gás natural diretamente para a Alemanha, no quadro do plano de solidariedade energética europeia implementado para superar o fim dos fluxos de energia da Rússia, disse hoje a companhia GRTgaz.

© Reuters

Por LUSA  13/10/22 

 França iniciou abastecimento de gás para a Alemanha

A França iniciou hoje o abastecimento de gás natural diretamente para a Alemanha, no quadro do plano de solidariedade energética europeia implementado para superar o fim dos fluxos de energia da Rússia, disse hoje a companhia GRTgaz.

Os primeiros envios de gás natural de França para a Alemanha começaram às 06:00 através de um gasoduto que cruza a fronteira comum de Mosela / Medelsheim en Sarre.

A distribuição vai ser "avaliada todos os dias, em função das capacidades da rede" e que têm uma capacidade máxima de 100 GWh/dia, disse a GFTgaz. 

A quantidade corresponde a 10% do que a França recebe diariamente em Gás Natural Liquefeito (GNL) nos quatro terminais de que dispõe, refere ainda a operadora. 

Os pontos de interconexão na fronteira franco-alemã foram inicialmente concebidos para operarem no sentido contrário (Alemanha-França) tendo sido necessário inverter o sistema para permitir a nova circulação de gás. 

"É uma situação histórica. É a primeira vez que a França vai enviar gás diretamente para a Alemanha. Até ao momento o nosso gás era enviado para a Bélgica", disse Thierry Trouvé, diretor-geral da GRTgaz, questionado pela France Presse. 

A GRTgaz em colaboração com empresas alemãs (OEG e GRTgaz Deutschland) levou a cano uma série de "ajustes técnicos" para garantir o fluxo entre a França e a Alemanha. 

A Alemanha é deficitária em gás utilizado nomeadamente no setor industrial que é vital para a economia do país.

A França tem mais gás do que a Alemanha porque beneficia de fornecimentos de Gás Natural Liquefeito, principalmente dos Estados Unidos, tendo abastecido as reservas para o próximo inverno.

A GRTgaz é o segundo maior transportador de gás da Europa, com 32.500 quilómetros de gasodutos e 640 TWh de gás transportado.

A crise energética foi provocada pela nova campanha militar da Rússia contra a Ucrânia iniciada no passado dia 24 de fevereiro.  

RELATÓRIO: África com quatro dos cinco países com níveis alarmantes de fome

© Reuters

Por LUSA  13/10/22

Quatro dos cinco países com níveis alarmantes de fome estão situados no continente africano, nomeadamente o Chade, República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Madagáscar, segundo o Índice Global da Fome (IGF), hoje divulgado.

O documento, elaborado anualmente pelas organizações não-governamentais (ONG) Welthungerhilfe e Concern Worldwide para analisar o estado da fome no mundo, revela que o Iémen (Médio Oriente) também obtém este nível alarmante de fome.

De acordo com o IGF de 2022, a que a agência Lusa teve acesso, apresentam níveis de fome previsivelmente alarmantes o Burundi, a Somália, o Sudão do Sul, os três situados no continente africano, e a Síria.

O relatório, intitulado "Transformação dos sistemas alimentares e governação local", indica que a África subsaariana e o sul da Ásia são as regiões com os níveis mais elevados de fome e as mais vulneráveis a crises futuras. Contudo, nestas regiões os avanços na luta contra a fome encontram-se estagnados.

Em termos gerais, os autores referem que "o progresso global contra a fome estagnou em larga medida nos últimos anos".

A pontuação do IGF para o mundo em 2022 é considerada moderada - 18,2, o que "revela apenas um ligeiro declínio em relação à pontuação de 19,1 em 2014".

"A prevalência da subalimentação mostra que a percentagem de pessoas que não têm acesso regular a calorias suficientes está a aumentar", com cerca de 828 milhões de pessoas subalimentadas em 2021, o que representa uma inversão de mais de uma década de progresso no combate à fome", lê-se no documento.

O IGF identificou 49 países com um nível de fome baixo, moderado em 36 países, grave em 35 países, alarmante em nove países. A escala da fome não aponta nenhum estado com um nível extremamente alarmante.

Os autores advertem: "Sem uma mudança significativa, não se prevê que o mundo no seu conjunto, nem cerca de 46 países, possam atingir mesmo um nível baixo de fome até 2030".

Um baixo nível de fome até 2030 é o objetivo global de erradicação da fome, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda de 2030 estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A África subsaariana é a segunda região do mundo com a segunda maior pontuação de IGF, atrás da Ásia Meridional. Nesta região do continente africano, a prevalência da subnutrição e a taxa de mortalidade infantil são mais elevados do que em qualquer outra região do mundo, com os conflitos que se registam a serem determinantes para a insegurança alimentar em muitos dos seus países, como o Burkina Faso, Camarões, República Centro-Africana (RCA), Chade, República Democrática do Congo (RDCongo), Etiópia, Mali, Níger, Nigéria, Ruanda, Somália, Sudão do Sul e Uganda.

"A região é também singularmente vulnerável à variabilidade e ao impacto das alterações climáticas, dada a sua elevada taxa de pobreza e dependência de atividades dependentes dos recursos naturais, como a agricultura, a pesca e a pecuária", refere-se.

As fortes chuvas que levam a inundações, o aumento da frequência de secas e a desertificação podem reduzir ainda mais a produção alimentar e aumentar a insegurança alimentar na região.

Na África Oriental, a Etiópia, o Quénia e a Somália estão a sofrer umas das secas mais graves dos últimos 40 anos, que ameaça a sobrevivência de milhões de pessoas.

Segundo o relatório, o Iémen, com 45,1 (alarmante) no IGF, tem a pontuação mais alta de todos os países. A segunda pontuação mais alta (44) foi atribuída à RCA (alarmante).

Na República Centro-Africana, 52,2% da população está subnutrida - a taxa mais alta identificada no relatório deste ano.

Os autores concluíram que a situação mundial da fome é "sombria e lúgubre".

"As crises sobrepostas que o mundo enfrenta estão a expor as fraquezas nos sistemas alimentares, desde o global até ao local, e expondo a vulnerabilidade das populações de todo o mundo à fome", apontam.

Segundo o documento, "a ameaça de fome paira mais uma vez no Corno de África e os fundos humanitários continuam a ser insuficientes para chegar a todos os necessitados".

Rússia sofreu a maior derrota na Assembleia Geral da ONU, numa votação que condenou a "tentativa de anexação ilegal" de quatro regiões da Ucrânia.

© Reprodução Twitter/ Sergiy Kyslytsya

Notícias ao Minuto  13/10/22 

"Quantos votaram pela Rússia? Quatro?" Embaixador da Ucrânia ironiza

Rússia sofreu a maior derrota na Assembleia Geral da ONU, numa votação que condenou a "tentativa de anexação ilegal" de quatro regiões da Ucrânia.

Sergiy Kyslytsya, representante permanente da Ucrânia nas Nações Unidas, não se conteve e celebrou o desaire da Rússia de forma inusitada. O responsável do governo de Kyiv agarrou nuns binóculos e, usando a ironia, espreitou, como se estivesse em busca dos países que apoiaram a decisão de Vladimir Putin.

"Oh Deus! Não os consigo ver! Quantos disse que votaram pela Rússia? Quatro? Caramba!…", pode ler-se na legenda da publicação que o próprio partilhou no Twitter.

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, na quarta-feira, com uma esmagadora maioria de 143 votos, a resolução que condena a anexação dos territórios de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia pela Rússia, reforçando o isolamento de Moscovo na panorama internacional.

O projeto de resolução, elaborado pela União Europeia e copatrocinado por dezenas de países de vários continentes, obteve 143 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU.

Das quatro resoluções aprovadas pela Organização desde que as tropas russas invadiram o país vizinho, em 24 de fevereiro, esta foi a que conseguiu reunir o maior apoio da Assembleia Geral à Ucrânia e contra Moscovo.

Votaram contra este texto a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Nicarágua, e entre os países que se abstiveram estão Moçambique, China, África do Sul, Guiné Conacri, Índia ou Cuba.

Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Brasil e Timor-Leste votaram a favor e os votos da Guiné Equatorial e de São Tomé e Príncipe não foram registados, segundo o placar da votação apresentado na Assembleia Geral.

No total, 10 países não registaram os seus votos


Leia Também: Condenação na ONU de "anexações ilegais" russas envia "mensagem clara"

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Guiné-Bissau: Muitas críticas aos tribunais no Dia da Justiça


 DW.COM 12.10.20222

Organizações da sociedade civil, cidadãos comuns e governantes reconhecem que há muito por fazer no setor da Justiça na Guiné-Bissau.

"O setor da Justiça depara-se com dificuldades de vária ordem", reconheceu, esta quarta-feira (12.10), a ministra guineense da Justiça e dos Direitos Humanos no ato oficial da celebração do Dia Nacional da Justiça.

Teresa da Silva admitiu que há uma "fraca independência" do poder judicial no país, "insuficiência de pessoal" e "insuficiência de infraestruturas para os serviços da Justiça". Aliás, segundo a governante, várias instituições judiciárias que funcionam em casas arrendadas já foram alvo de despejo, por falta de pagamento da renda.

Mas há mais problemas por resolver, recorda o vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé.

Bubacar Turé: "A Justiça guineense necessita de uma terapia urgente"

A Justiça no país continua a ser associada a "morosidade" e "corrupção", diz.

A "permeabilidade" da Justiça guineense "às influências políticas e económicas" é um dos principais desafios, comenta Turé, acrescentado que este é um fenómeno relacionado com o "nível galopante de corrupção que reina no setor e que constitui uma ameaça séria ao próprio Estado de Direito".

"Não há justiça na Guiné-Bissau"

Além disso, a Justiça continua a ser inacessível ao cidadão comum, acrescenta o ativista: "Mais de 90% dos tribunais dos setores estão, neste momento, fechados devido à incompetência dos sucessivos governos". 

Vários cidadãos ouvidos pela DW África nas ruas da capital guineense também reprovam o atual estado da Justiça.

"Não há justiça na Guiné-Bissau. Muitas pessoas acabam por não recorrer à Justiça porque não acreditam que os seus problemas possam ser resolvidos", afirmou uma funcionária pública. Um professor acrescentou: "A Justiça não está a fazer o seu papel e os cidadãos estão desanimados e não confiam nela".

Em 12 de outubro de 1974, a então administração colonial remeteu todos os documentos ligados à Justiça às autoridades da Guiné-Bissau recém-instaladas após a independência do país, para assumir a sua "soberania" no setor. 

48 anos depois, as críticas não param de aumentar contra o desempenho das instituições de Justiça.

Bubacar Turé, da Liga Guineense dos Direitos Humanos, delineia algumas ideias para mudar o cenário: "A Justiça guineense necessita de uma terapia urgente, que passa necessariamente por reformas profundas, que a tornem imune às pressões políticas e económicas e acessível a todos os cidadãos, independentemente das condições económicas."

UCRÂNIA/RÚSSIA: Assembleia-Geral da ONU condena anexações russas com apoio esmagador

© Lusa

Por LUSA  12/10/22 

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje, com uma esmagadora maioria de 143 votos, uma resolução que condena a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, reforçando o isolamento de Moscovo na panorama internacional.

O projeto de resolução, elaborado pela União Europeia e copatrocinado por dezenas de países de vários continentes, obteve 143 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções.

"A ONU não tolerará tentativas de anexação pela força", disse a embaixadora norte-americana junto à ONU, Linda Thomas Greenfield, minutos antes da votação.

Já o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, insistiu que o seu país está a atuar na Ucrânia em defesa de uma população e que os referendos, e consequente anexação, tiveram o apoio da população local.

Além de exigir que a Rússia reverta a anexação de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, a resolução declara que as ações de Moscovo violam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e são inconsistentes com os princípios da Carta da ONU.

A resolução condena claramente os "chamados referendos ilegais" da Rússia e a tentativa de anexação ilegal" e diz que são inválidos sob o direito internacional.

O texto também inclui linguagem de apoio à redução do conflito e promove a resolução do mesmo através de "diálogo político, negociação, mediação e outros meios pacíficos", com respeito às fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia e de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas.


Leia Também: Portugal apoia resolução da ONU que condena anexações russas na Ucrânia

SAÚDE: Problemas nos ossos - Os sinais de alerta a que tem de estar atento... O melhor é perceber os sintomas para evitar algumas patologias.

© ShutterStock

Notícias ao Minuto 12/10/22 

A osteoporose é um dos problemas que associamos aos ossos. Por vezes, diz-se que é uma doença de ‘velhos’, mas a verdade é que não é bem assim. Outras patologias podem surgir caso não tenha os ossos saudáveis e existem sinais que o podem indicar.

O portal Reader’s Digest reuniu alguns dos sintomas que podem significar que está com alguma doença. Uma alimentação saudável e exercício físico acabam por ser fundamentais. Ainda assim, o melhor é estar atento.

Unhas quebradiças

Pode ter várias causas, mas uma das mais comuns é a falta de colagénio. “É uma proteína que suporta a pele e o esqueleto”, explica o portal. Uma alimentação saudável pode ajudar a repor os níveis.

Gengivas a recuar

“As gengivas retraem à medida que o maxilar perde força e massa óssea. O maxilar é a âncora de seus dentes, então, quando enfraquece, as gengivas podem soltar-se dos dentes.”

Está a perder altura

Não é um mito: com a idade ficamos mais pequenos. Isso deve-se à perda de massa óssea. “A massa óssea diminui e a cartilagem entre os ossos desgasta-se ao longo dos anos.” Pode significar um enfraquecimento dos músculos que estão à volta da coluna.

Está com falta de força

Um estudo mostrou que a perda de força nas mãos era indicativo da perda de densidade mineral óssea. “Pode sempre treinar a força.”

Tem fraturas quando não deveria ter

“Pode ser um sinal precoce de que tem osteoporose, por exemplo.” É um sinal de fraqueza nos ossos, partir num pequeno incidente.

Tem muitas cãibras e dores musculares

Pode ser um sinal de deficiência de vitamina D. “As cãibras musculares são mais comuns nos pés e nas pernas. São frequentes durante a noite.”


Leia Também: É vegetariano? Saiba o que deve fazer para fortalecer os ossos

VOLODYMYR ZELENSKY: "Toda a máquina terrorista russa deve ser neutralizada. E será"

© Presidência da Ucrânia

Notícias ao Minuto  12/10/22 

O presidente da Ucrânia considerou que "quanto mais audacioso e cruel se torna o terror russo, mais óbvio é para o mundo que ajudar a Ucrânia a proteger o céu é uma das tarefas humanitárias mais importantes para a Europa".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta quarta-feira, que o aumento dos ataques da Federação Russa no país tornam “óbvio” para o mundo que “ajudar a Ucrânia a proteger o céu é uma das tarefas humanitárias mais importantes para a Europa”. Na sua comunicação diária ao país, o chefe de Estado deixou ainda uma garantia: “Toda a máquina terrorista russa deve ser neutralizada. E será neutralizada”.

“Quanto mais audacioso e cruel se torna o terror russo, mais óbvio é para o mundo que ajudar a Ucrânia a proteger o céu é uma das tarefas humanitárias mais importantes para a Europa do nosso tempo”, considerou Zelensky, citado no site da Presidência da Ucrânia, agradecendo aos “parceiros que já tomaram a decisão de reforçar esse apoio”.

O chefe de Estado “celebrou” também os militares da Força Aérea ucraniana destacados no sul do país. “Foram alcançados bons resultados, em particular, quatro helicópteros de ataque russos e mais de dez drones de fabrico iraniano foram abatidos”, afirmou.

Segundo Zelensky, a “situação permanece dura em todas as áreas limítrofes da linha de frente”. Durante a noite desta quarta-feira, as tropas russas bombardearam Nikopol, na região de Dnipropetrovsk, tendo provocado vários feridos, entre os quais “uma criança, uma menina nascida em 2016”, que está “gravemente ferida”.

Já o ataque desta manhã num mercado na região de Donetsk provocou sete mortos e 12 feridos.

“Os nossos serviços secretos, serviços especiais, agências de aplicação da lei estão a descobrir todos os pormenores relativos a estes e outros ataques russos. Nenhum terrorista russo conseguirá permanecer desconhecido para a justiça - descobriremos todos os nomes e todos os detalhes”, garantiu. “Toda a máquina terrorista russa deve ser neutralizada. E será neutralizada”.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

GUERRA NA UCRÂNIA: Ataque nuclear russo na Ucrânia poderá provocar "resposta física" da NATO

© Shutterstock

Notícias ao Minuto  12/10/22 

Um alto funcionário da aliança transatlântica afirmou que qualquer utilização de armas nucleares por Moscovo teria “consequências sem precedentes”.

Um alto funcionário da aliança transatlântica NATO considerou, esta quarta-feira, que um ataque nuclear por parte da Rússia mudaria o curso do conflito e, provavelmente, provocaria uma "resposta física" dos aliados da Ucrânia e da própria aliança.

Citado pela agência de notícias Reuters, o funcionário, que falou de forma anónima, afirmou que qualquer utilização de armas nucleares por Moscovo teria "consequências sem precedentes" e "quase certamente obteria uma resposta física de muitos aliados, e potencialmente da própria NATO".

Segundo considerou o responsável, a resposta será diferente dos objetivos de Moscovo, que utiliza a retórica nuclear para dissuadir a NATO e outros países de se envolverem diretamente no conflito.

As declarações surgem numa altura em que os ministros da Defesa da NATO se reúnem, em Bruxelas, para reforçar o apoio à Ucrânia devido às ameaças russas. 

Antes da reunião, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, exortou os Aliados a disponibilizarem à Ucrânia "diferentes tipos" de sistemas de defesa aérea, dados os bombardeamentos e ameaças nucleares russas, vincando também ser "extremamente importante" salvaguardar infraestruturas energéticas este inverno.


GUINÉ-BISSAU: Governo guineense admite adiar legislativas após encontro com partidos

© Rádio Jovem Bissau

Por LUSA  12/10/22 

O ministro da Administração Territorial da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, admitiu hoje o adiamento das legislativas marcadas para 18 de dezembro, após um encontro com partidos políticos que consideraram "ser difícil" realizar as eleições na data prevista.

"Entendemos hoje convocar os partidos políticos para juntos nos debruçarmos sobre o processo eleitoral e as ideias e opiniões foram unânimes, com os partidos a reconhecerem que nesta fase em que o processo se encontra é difícil de realizar as eleições a 18 de dezembro", afirmou Fernando Gomes.

Os partidos políticos com e sem assento parlamentar, o ministro da Administração Territorial, o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral e a Comissão Nacional de Eleições estiveram hoje reunidos durante cerca de três horas no Palácio do Governo, em Bissau, a debater o processo eleitoral em curso.

"Todos eles concordaram que vai ser muito difícil e sugeriu-se que o Governo trabalhasse num outro cronograma para submeter ao Presidente da República", afirmou Fernando Gomes, salientando que o encontro foi bom porque houve um consenso quase geral dos partidos que a data de 18 de dezembro é "impraticável".

Questionado pela Lusa sobre quando será apresentado o novo cronograma eleitoral, Fernando Gomes afirmou que será feito "assim que for possível".

"Para já vamos levar o caso ao Governo e cabe ao Governo levá-lo ao Presidente da República", afirmou.

O ministro explicou que as razões que estiveram na origem do atraso no início do processo eleitoral foi o facto de os partidos exigirem um recenseamento eleitoral de raiz e que a entrega dos cartões de eleitor fosse feita no ato de recenseamento, o que obrigou à aquisição de impressoras específicas, que só chegaram ao país em meados de setembro.

Os problemas de acessibilidade a algumas zonas do país, devido à época das chuvas, a sensibilidade dos materiais que não podem ser molhados e o facto de no interior do país muitas pessoas estarem nos campos agrícolas, foram outras das razões que levaram ao pedido de adiamento das eleições.

"Todos aqueles fatores levaram a que o processo eleitoral tivesse algumas dificuldades, mas o Governo trabalhou sempre para o cumprimento do dia 18 de dezembro", disse o ministro.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu a 16 de maio o parlamento da Guiné-Bissau e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.

Os principais partidos políticos guineenses defenderam a realização de um recenseamento eleitoral de raiz, que segundo a lei deve durar cerca de três meses, mas, que até ao momento, ainda não começou.


Leia Também: Guiné-Bissau. Aumentaram processos por crimes contra mulheres e crianças

Acidente de trânsito agora mesmo, na Av. José Carlos Schwrtz (via sitec)



GOVERNO PEDE SINDICATOS PARA SUSPENDEREM A GREVE

Por: Marcelino Iambi  radiosolmansi.net  12/10/22

A Ministra da Educação Nacional pediu, hoje, aos sindicatos do setor da educação o benefício de dúvida, para que as aulas possam funcionar na sua normalidade.

O pedido da governante foi tornado público esta quarta-feira, durante uma visita relâmpago a Escola do Ensino Básico Patrice Lumumba, depois da abertura do ano eletivo 2022/2023 e do terceiro dia da greve da frente social.

Martina Moniz reconhece, contundo, que as revindicações dos sindicatos são oportunas, mas pede-lhes a darem prioridade ao ensino e as crianças, uma vez que os pagamentos dos atrasados, um dos pontos constantes nos seus cadernos reivindicativos estão a ser processados.

“Os meus parceiros que são sindicatos peço-lhes para derem prioridades à escola principalmente às crianças afetadas com a greve. Reconheço as suas revindicações que são legítimas, neste caso estamos a processar os pagamentos assim faço o pedido aos sindicatos a darem o benefício de dúvida para que as aulas funcionam normal”, pediu a ministra da Educação.

A ministra da educação Nacional disse também que o governo está aberto a negociações com os sindicatos, uma vez que a sua maior prioridade é a melhoria de qualidade do ensino guineense.

“O Governo, através do ministério da educação, está sempre com os braços abertos para negociar com os sindicatos como principais parceiros, por isso nunca me vou desistir de dialogar com os professores porque a minha maior prioridade é a melhoria de qualidade do ensino guineense nesta senda a greve me preocupa muito”, garante Martina Moniz.

Em relação a visita as escolas, Martina Moniz disse que este visa inteirar-se da real funcionalidade das aulas, devido a greve dos dois sindicatos dos professores, respetivamente FRENAPROF e SINDEPROF.

“Como damos abertura do ano eletivo 2022/2023 no sábado vim hoje para inteirar da real funcionalidade das escolas sem avisar os diretores, o fato evidente é que o diretor da escola Patrice Lumumba não está é assim que vamos fazer nas diferentes escolas”, prometeu a Ministra da Educação.

Contudo, há a destacar o início das aulas que teve lugar no sábado, para o ano letivo 2022/2023, e vai contar com 174 dias úteis sob o lema “Acesso a Todas as Crianças e Adultos, uma Aprendizagem Inclusiva e de Qualidade – Ka Nô para Aprendi”, os dois sindicatos dos professores congregados na Frente Comum, estão já no terceiro dias da greve, ou seja, de paralisação.

Na Escola Ensino Básico Patrice Lumumba as aulas estão a funcionar na sua normalidade devido autogestão implementada pela Associação dos Pais e encarregados de Educação desta escola.


Veja Também:

@Radio Voz Do Povo


Orlando Mendes Viegas, Ministro das pescas visita a instalação da Marinha de guerras Nacional.

Esta visita visa inteirar dos serviços da operação ligada a todos as atividades e informações do mar.👇

Radio TV Bantaba

MADEM G15 : A Coordenação da MUADEM com representantes na diáspora, reuniram-se hoje na sede Nacional em Bissau, para o fecho do ciclo das atividades do II Congresso do MADEM-G15.

O momento de confraternização serviu para homenagear, despedir das camaradas que se envolveram arduamente e agora estão de regresso.


 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA: Decorre neste momento em Bissau, uma reunião entre Governo com os partidos políticos com e sem assento parlamentar, GTAPE e CNE, para discutir sobre o processo eleitoral.

 A reunião está sendo presidida pelo Ministro da Administração Territorial e Poder Local, Fernando Gomes.👇

Rádio Jovem Bissau

Inundações na Nigéria já provocaram mais de 500 mortos

© All Rights Reserved/Twitter/fresh_shious & oluwa_sharon via BUZZVideos

Por LUSA  12/10/22 

As autoridades nigerianas anunciaram hoje que o número de mortos devido às fortes inundações registadas no país nas últimas semanas é superior a 500.

Segundo o Governo, mais de 1.500 pessoas ficaram feridas, e cerca de 1,4 milhões foram obrigadas a abandonar as respetivas áreas de residência, segundo o jornal Premium Times.

Cerca de 90 mil casas ficaram danificadas pelas chuvas, que devastaram o país desde o final de julho.

No total, as autoridades estimam que 31 dos 36 estados do país foram afetados, incluindo a capital.

As inundações foram causadas por fortes chuvas e transbordamento de reservatórios localizados em território nigeriano, bem como em áreas do vizinho Camarões e as autoridades alertaram que alguns estados do centro e sul do país podem continuar a sofrer inundações nas próximas semanas.

GUERRA NA UCRÂNIA: NATO pede envio de "vários tipos de defesa aérea" às forças ucranianas

© Getty Images

Por LUSA 12/10/22 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, exortou hoje os Aliados a disponibilizarem à Ucrânia "diferentes tipos" de sistemas de defesa aérea, dados os bombardeamentos e ameaças nucleares russas, vincando também ser "extremamente importante" salvaguardar infraestruturas energéticas este inverno.

"Os Aliados têm fornecido defesa aérea, mas precisamos ainda de mais. Precisamos de diferentes tipos de defesa aérea: curto alcance, longo alcance, sistemas de defesa aérea para levar mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro, drones, diferentes sistemas para diferentes tarefas e depois, claro, a Ucrânia é um grande país, muitas cidades, por isso precisamos de escalar para podermos ajudar a Ucrânia a defender ainda mais cidades e mais território contra os horríveis ataques russos contra as suas populações civis", declarou Jens Stoltenberg.

Falando à chegada da reunião de ministros da Defesa dos Aliados, em Bruxelas, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) saudou os equipamentos de defesa aérea que já estão a ser mobilizados para as forças ucranianas, nomeadamente por parte da Alemanha, vincando que tal apoio "é extremamente importante".

"Penso que todos já vimos porque é que isto é bastante importante, [dados os] horríveis ataques indiscriminados contra cidades ucranianas, civis mortos, infraestruturas críticas civis destruídas e, não menos importante, os ataques ao sistema energético, às infraestruturas energéticas, ainda mais graves à medida que nos aproximamos do inverno. Tudo isto demonstra a necessidade urgente de mais defesa aérea para a Ucrânia", elencou Jens Stoltenberg.

Os ministros da Defesa da NATO reúnem-se hoje e quinta-feira em Bruxelas para reforçar o apoio à Ucrânia devido às ameaças russas, debatendo ainda a salvaguarda de infraestruturas críticas como gasodutos europeus.

"Durante as últimas semanas, assistimos à mais grave escalada da guerra desde a invasão em fevereiro: a Rússia está a mobilizar dezenas de milhares de novas tropas, está a tentar anexar ilegalmente novas terras ucranianas e assistimos aos ataques indiscriminados contra as cidades ucranianas e depois, claro, ouvimos também as ameaças nucleares veladas vindas de Moscovo", destacou Jens Stoltenberg nas declarações à chegada da reunião.

Nos últimos dias, registaram-se, entre outras áreas, ataques russos contra a zona da central nuclear de Zaporijia, no sul da Ucrânia, a maior da Europa, depois de Putin ter anunciado uma mobilização parcial de 300 mil reservistas russos.

Já esta segunda-feira, dezenas de pessoas morreram ou ficaram feridas em bombardeamentos provocados pelas forças russas em várias regiões ucranianas, nomeadamente na zona de Kyiv.

Esta foi a primeira vez que a capital ucraniana foi bombardeada desde junho passado, após o início da guerra causada pela invasão russa em fevereiro deste ano.

Neste encontro dos ministros da Defesa dos Aliados -- no qual Portugal estará representado pela governante da tutela, Helena Carreiras --, a NATO irá então debater como salvaguardar a dissuasão nuclear e como reabastecer os 'stocks' de munições e armas, tanto para armazenamento próprio como para apoiar a Ucrânia.

Os responsáveis pela tutela da Defesa da NATO vão, ainda, discutir a resiliência das infraestruturas críticas, quando a Rússia é acusada de sabotagem nos gasodutos da Nord Stream no Mar Báltico.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou a fuga de milhões de pessoas e a morte de milhares de civis, segundo as Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: Ministros da Defesa da NATO reúnem-se para reforçar apoio à Ucrânia

Especialista adverte que África está "por sua conta" nas pandemias

© Reuters

Por LUSA  12/10/22 

O continente africano deve planear eficazmente e sem ajuda internacional uma resposta eficaz aos surtos de doenças, pois durante as pandemias África está "por sua conta", defendeu hoje um responsável internacional de saúde pública.

Como a assistência muitas vezes nunca se materializa, as nações africanas devem colmatar lacunas na sua resposta a surtos, como o Ébola no Uganda, disse Ahmed Ogwell, chefe interino dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças.

"Este não é o primeiro surto da estirpe sudanesa do vírus Ébola aqui em África e particularmente no Uganda", disse, acrescentando: "Nós, infelizmente, neste momento não temos um diagnóstico rápido para esta estirpe em particular, nem vacinas".

Ogwell falava na capital ugandesa, Kampala, onde funcionários africanos da saúde pública e outros estão reunidos para planear a cooperação transfronteiriça em resposta ao Ébola.

O Uganda declarou um surto de Ébola no passado dia 20 de setembro.

Segundo os peritos, os 54 países africanos não receberam o apoio internacional adequado nas recentes crises sanitárias e tiveram dificuldade em obter vacinas contra a covid-19.

Ogwell lamentou o fracasso da comunidade internacional em ajudar os países africanos a melhorar a sua capacidade de testar a varíola dos macacos e controlar a sua propagação. Disse que não chegou ajuda a África, onde este ano foram reportadas mais mortes por varíola de macacos do que em qualquer outra parte do mundo.

"Recentemente, durante a pandemia, quando vimos o número de casos de varíola crescer aqui em África, emitimos um alerta global, mas nenhuma ajuda chegou", referiu.

E acrescentou: "De facto, hoje, ao vermos o fim da pandemia, ainda não há ajuda a chegar a África para a varíola dos macacos. Isto significa que precisamos de verificar a nossa realidade e, para nós, a realidade é que, quando uma crise de saúde pública é grande, como a pandemia, África está por sua conta".

O epicentro do surto de Ébola no Uganda é uma comunidade rural no centro do país onde os trabalhadores da saúde não foram rápidos a detetar a doença contagiosa que se manifesta como uma febre hemorrágica viral.

Embora o Ébola tenha começado a espalhar-se em agosto, os funcionários descreveram inicialmente uma "doença estranha" que matava pessoas. O Ébola infetou agora 54 pessoas e matou pelo menos 19, incluindo quatro profissionais de saúde. Uma das vítimas é um homem que procurou tratamento num hospital em Kampala e aí morreu.

O Ébola pode ser difícil de detetar no início porque a febre é também um sintoma de malária. A doença espalha-se através do contacto com fluidos corporais de uma pessoa infetada ou materiais contaminados. Os sintomas incluem febre, vómitos, diarreia, dores musculares e, por vezes, hemorragias internas e externas.

Não há vacina comprovada para a estirpe sudanesa do Ébola, mas estão em curso planos para testar uma possível vacina num pequeno grupo de ugandeses que tiveram contacto com doentes com Ébola.

"Uma vez que o Ébola é uma doença prioritária para África, a ausência de diagnósticos rápidos e a ausência de uma vacina significa que temos uma lacuna na forma como damos prioridade às nossas doenças e aos instrumentos de que precisamos para lhes dar resposta", observou Ogwell.

"Como África, temos agora de fazer as coisas de forma diferente, tendo em conta que durante a maior parte do tempo estaremos por nossa conta", reiterou.


GUERRA NA UCRÂNIA: Kyiv reclama reconquista de cinco localidades em Kherson

© Getty Images

Por LUSA  12/10/22 

O gabinete do chefe de Estado ucraniano anunciou hoje a reconquista de cinco localidades na região sul de Kherson onde as forças da Ucrânia mantêm uma contra-ofensiva fazendo recuar as tropas russas na zona.  

"As Forças Armadas da Ucrânia libertaram cinco localidades no distrito de Beryslav, região de Kherson: Novovasylivka, Novogrygorivka, Nova Kamianka, Tryfonivka, Chervone", especifica a nota da presidência ucraniana. 

As forças ucranianas mantêm há várias semanas uma contra-ofensiva na região controlada pelas forças russas desde o início da nova invasão que começou no passado dia 24 de fevereiro. 

De acordo com Kyiv, as operações militares contra as forças russas na região intensificaram-se em outubro, sobretudo nas zonas perto do rio Dniepre, a sul da cidade industrial de Kryvyi Rig. 

Segundo Kyiv a ofensiva visa principalmente afetar as linhas de abastecimento das forças russas em Kherson, uma da quatro regiões anexadas recentemente por Moscovo.

O processo de anexação foi rejeitado pelos aliados da Ucrânia.   


terça-feira, 11 de outubro de 2022

ÚLTIMA HORA: Ministro do Interior, Botche Candé reage alegada invasão à Rádio Privada “Pindjiguiti”. Ontem, a Associação Juvenil para Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (AJPDH) denunciou a invasão às instalações da Rádio Pindjiguiti e perseguição aos jornalistas, por um grupo ainda por identificar.

Radio Voz Do Povo

ONU quer trabalhar com a CEDEAO para ajudar os países na transição na sub-região

Liga guineense dos Direitos humanos preocupada com aumento da criminalidade

Agentes da polícia estiveram na madrugada na Radio Pindjiguiti👇



GOVERNO INAUGURA COFRE GERAL DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA


 JORNAL ODEMOCRATA  11/10/2022  

O governo inaugurou esta terça-feira, 11 de outubro de 2022, a sede do cofre geral dos Oficiais de Justiça. Macária Barai, diretora-geral do Cofre, considerou a iniciativa como um marco histórico no sistema da justiça guineense.

“O ato como este não poderia ter lugar se não tivéssemos a determinação, o empenho e a colaboração de todos os profissionais do setor de justiça, em especial do Ministério público, do Ministério da justiça e dos direitos humanos», enfatizou, tendo sublinhado que o cofre criado a 20 de março do ano 2018 visa criar condições para promover meios materiais e humanos, melhorar condições de trabalho, a eficiência e a qualidade de serviços.

Advertiu que, enquanto diretora-geral, vai continuar a lutar para que o ministério da justiça seja uma instituição de referência, de transparência e de liderança, promovendo a cultura de inovação para que os operadores do setor judicial saibam produzir resultados para o bem-estar do Estado.

Em curtas declarações, a Ministra da Justiça, Alexandrinha da Silva, enalteceu o ato, a flexibilidade e prontidão do presidente do Supremo Tribunal de Justiça em ceder o espaço onde passará a funcionar o cofre em concordância com o presidente do Tribunal do Comércio.

Por: Francisco Gomes

Foto: FG

ONU DISPONÍVEL PARA APOIAR PROCESSO DE TRANSIÇÃO NOS PAÍSES DA CEDEAO


JORNAL ODEMOCRATA
  11/10/2022  

O Representante do Secretário-geral das Nações Unidas para Africana Ocidental e o Sahel, Mahamat Saleh Annadif, transmitiu a disponibilidade das Nações Unidas em apoiar a Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) na facilitação do processo de transição no Burkina-Faso, no Mali e na Guiné-Conacri.

À saída de uma audiência com o Presidente da República, Úmaro Sissoco Embalo, esta terça-feira, 11 de outubro de 2022, Mahamat Saleh disse que foi inteirar-se junto do Presidente em exercício da conferência da CEDEAO dos trabalhos que estão a ser feitos nos países membros em regime de transição, nomeadamente as medidas a serem adotadas, os desafios e os progressos da organização relativamente a esses países.

“Também saber em que é que a ONU pode ser útil para ajudar na facilitação no processo de transição nesses países”, frisou.

De salientar que desde 2021, a CEDEAO tem enfrentado ondas de golpes de Estado em alguns países membros da organização. A Guiné-Conacri, por exemplo, está em regime de transição desde setembro de 2021. A junta militar que afastou o professor Alpha Condé do poder determinou um prazo de 36 meses para gerir a transição, período contestado pela CEDEAO, tendo-lhe sido impostas sanções.

O Mali vive em transição desde agosto de 2020, enquanto isso o Burkina Faso viveu dois golpes em 8 meses.

Por: Epifânia Mendonça

Foto: Cortesia da Presidência