terça-feira, 12 de novembro de 2019

FUNCIONÁRIOS CONTRATADOS DO HOSPITAL SIMÃO MENDES INICIAM GREVE PARA EXIGIR SALÁRIOS

Os funcionários contratados do Hospital Nacional Simão Mendes iniciaram na manhã desta segunda-feira, 11 de novembro de 2019, a segunda vaga de greve para exigir o pagamento de cinco meses de salários em atraso bem como a afetação dos funcionários contratados expulsos por terem aderido à  greve convocada pelo mesmo sindicato, como também pediram  a reposição do dinheiro retido em conquencia da à greve.

Cerca de 178 funcionários contratados nos diferentes serviços do maior estabelecimento hospitalar do país exigem igualmente do patronato o pagamento de subsídios de vela e prémio dos exatores, seguros dos contratados e a melhoria das condições do serviço, de acordo com o caderno revendicativo da greve. O sindicato informa ainda que vai prestar o serviço mínimo nos diferentes serviços do hospital.

O presidente do Sindicato de pessoal Contratado de Saúde (SPCS), Reinaldo Camalá, explicou durante uma entrevista concedida ao Jornal O Democrata e a Rádio Sol Mansi, com o intuito de abordar a razão que levou os trabalhadores daquela categoria a desencadear a segunda vaga da greve que a direção do hospital não está interessada em negociar com o sindicato, porque não quer cumprir os pontos em causa.

Informou que o serviço mínimo foi salvaguardado, tendo em conta a negociação mantida e promovida pela direção geral do sistema da saúde, enquanto a direção do hospital continua indiferente.

“Reunimos com a direção do hospital, mas, não chegamos a lugar nenhum”, contou. 

Assegurou que a greve afetou apenas o hospital Nacional Simão Mendes, porque o ministério da tutela reagiu positivamente, pagando três, dos 20 meses que estavam em dívida, razão pela qual deram o benefício de dúvida ao ministério de saúde, uma vez que a cada pagamento corrente comprometeu-se liquidar um mês em atraso.

Garantiu que se a direção do hospital Simão Mendes continuar “indiferente” às suas reivindicações, serão obrigados a radicalizar-se e que durante a grave os serviços mínimos serão limitados apenas ao banco do socorros e laboratório.

Revelou ainda que não é por falta de meios que o hospital não paga seus funcionários, porque o hospital gere uma grande soma de fundos provinientes dos pagamentos dos serviços prestados aos utentes, mas a direção prioriza outros assuntos e sacrifica os seus funcionários que contribuem para a recolha dos referidos fundos.

“Entre 16 de agosto a 23 de outubro, o hospital conseguiu uma receita aproximada de 50 milhões de Francos CFA. Mas não se compreende porque não nos pagam o salário.  Decidiram recrutar pessoas para prestarem os serviços que fazemos e pagam-nas diariamente uma soma de 2500 (dois mil e quinhento) Francos CFA”, criticou o sindicalista, que entretanto, considera de desumana a atitude da direção do hospital. 

Por: Epifânia Mendonça

Foto: E.M

OdemocrataGB

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