José Mário Vaz, presidente da Guiné-Bissau SEYLLOU / AFP
José Mário Vaz, presidente cessante da Guiné-Bissau e candidato às presidenciais de 24 de Novembro, afirmou este fim-de-semana que não tem medo de ninguém e que entrega a sua cabeça "à Virgem Maria" e aos guineenses.
Num comício em Canchungo, norte do país, José Mário Vaz acusou o actual primeiro-ministro, Aristides Gomes, de influenciar a comunidade internacional para que o sancione.
O presidente cessante diz que não tem medo dessas possíveis sanções, nem tem medo de ninguém: “entregamos a nossa cabeça à Virgem Maria e ao povo” guineense.
Entretanto, no próximo sábado, deve chegar a Bissau uma delegação de seis chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental para comunicar as decisões da cimeira ao Presidente guineense.
No comunicado final da cimeira extraordinária realizada esta sexta-feira em Niamey, no Níger, os chefes da CEDEAO decidiram “reforçar a Ecomib para permitir fazer face aos desafios que se colocam antes, durante e depois das eleições”.
No documento, recordam a José Mário Vaz, que é “presidente interino” desde 23 de Junho, e que “todos os seus actos devem ser subscritos pelo primeiro-ministro, a fim de lhe conferirem legalidade”.
A CEDEAO havia dado um prazo, que terminou na sexta-feira, para que o Governo de Faustino Imbali se demitisse.
O primeiro-ministro que tinha sido recentemente nomeado pelo Presidente cessante da Guiné-Bissau acabou por apresentar a sua carta de demissão do cargo, precisamente na sexta-feira. Mas, até ao momento, José Mário Vaz ainda não se pronunciou sobre o assunto.
A Guiné-Bissau tem eleições presidenciais agendadas para 24 de Novembro. Na corrida à presidência estão 12 candidatos.
RFI
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