domingo, 20 de agosto de 2023

Morreu um familiar após a notícia do falecimento do jornalista João Umpa Mendes.

Fonte: Radio Voz Do Povo

Um familiar de João Umpa Mendes faleceu esta manhã logo depois de ter recebedo a noticia do falecimento, informou fonte familiar. 

A Rádio Tv Voz do Povo manifesta as mais sentidas condolências a Família enlutada. 

Em atualização...

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O medo faz com que cada vez mais vozes se calem. Mesmo assim, da política ao teatro e aos meios de comunicação social, ainda há quem tenha coragem de relatar a repressão de Moscovo.

SIC Notícias

Arnaut Moreira: "Ocidente tem medo" e não dá tudo o que Kyiv precisa

© Reuters

POR LUSA  20/08/23 

O analista militar José Arnaut Moreira considera que os aliados da Ucrânia apostaram no gradualismo no seu apoio e não forneceram tudo o que Kyiv precisa para enfrentar a invasão russa, porque "o Ocidente tem medo do Ocidente".  

Quando se assinala um ano e meio da guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, o major-general do Exército destacou em entrevista à Lusa a "opção política" do Ocidente "em fornecer apenas aquilo que é necessário em cada um dos momentos".

Esta opção, prosseguiu, é difícil de compreender em Kyiv e justifica o avanço lento da contraofensiva ucraniana em curso, ao fim de meses de discussões entre os aliados sobre o envio de equipamentos pesados essenciais, como tanques alemães Leopard2 ou os norte-americanos Abrams, que ainda não chegaram ao terreno, os sistemas modernos de defesa antiaérea ou mais recentemente os caças norte-americanos F-16, que na quinta-feira receberam luz verde de Washington mas só deverão chegar aos céus do país no próximo ano.

Estas discussões levaram a "um enorme atraso" nas entregas, na análise do comentador militar, e permitiram a Moscovo "organizar e estabelecer linhas defensivas consistentes", numa atitude dos aliados de Kyiv do que chama "gradualismo de ir fornecendo apenas pequenos incrementos de capacidade de potencial de combate para não irritar a Federação Russa", nem escalar o conflito para lá das fronteiras da Ucrânia.

"Ou seja, a Ucrânia nunca dispõe do potencial de combate suficiente para realizar grandes manobras, porque não está a ser alimentada para isso", apontou, e, nesse sentido, é injusto acusar o Exército ucraniano de lentidão nas suas operações, "porque não tem capacidade para as conduzir mais depressa".

A montante de tudo isto, "o Ocidente tem medo do Ocidente", destacou, porque não quer desde o início as forças da NATO envolvidas numa confrontação direta com a Federação Russa, que também joga com essas cautelas e usa-as na sua narrativa e nas ações psicológicas dirigidas aos aliados sobre as suas 'linhas vermelhas' em relação ao armamento fornecido a Kyiv, como está a acontecer novamente com os mísseis de longo alcance alemães Taurus.

"O Ocidente não tem confiança no Ocidente", insistiu o major-general, numa situação que persegue os aliados desde o fim da guerra fria, em que "se passa o tempo todo a discutir a segurança da Rússia, quando o que se devia estar a discutir era os problemas da segurança da Europa e os seus interesses", incompatíveis com Moscovo, que "não perde nenhuma oportunidade para ameaçar os seus vizinhos", usando o seu mito de invencibilidade, mas que já enfrenta ataques no seu território.

Nesta fase, na ausência de perspetivas de negociações de paz e em que ambas as partes persistem na opção militar, mesmo que o apoio ocidental desaparecesse ou que os russos tenham dificuldade em repor os seus meios, segundo Arnaut Moreira, isso não seria necessariamente o fim da guerra, porque "há muitas outras formas de conduzir o conflito", que não passam necessariamente pela sua natureza convencional, existindo outras possibilidades do ponto de vista político, económico ou outros.

Se o Presidente russo, Vladimir Putin, pode alimentar esperanças em alterações políticas nos Estados Unidos nas eleições de 2024, que conduzam a uma inversão no apoio à Ucrânia - cenário no qual "sobra para a Europa" - Arnaut Moreira alertou que Kyiv aposta na sua contraofensiva militar e "as guerras são guerras de vontade e o que acontece quando o material falta é que mudam na forma como são exercidas".

No caso da Ucrânia, gerou "ódios insanáveis entre duas nações e dois povos que eram irmãos e ucranianos e russos não vão viver mais em paz, é impossível que isso aconteça".

Mesmo que a guerra fique congelada do ponto de vista convencional, "ela pode desenvolver-se noutros patamares na parte insurrecional, por exemplo, como atentados, perseguições de natureza cultural, linguística ou pressões que são feitas do ponto de vista económico sobre as populações".

O que está a acontecer no Mar Negro parece estar em linha com este pensamento, em que apesar do abandono russo da Iniciativa dos Cereais e dos bombardeamentos intensivos aos portos do sul da Ucrânia, as forças de Kyiv tomaram a iniciativa através de ataques estratégicos com os seus próprios meios, já que os ocidentais vêm acompanhados de "asteriscos", ou seja, sujeitos à condição de não serem usados em solo da Federação Russa, que, por sua vez, se sentia muito confortável com isso.

Depois da anexação da Crimeia, em 2014, segundo o comentador militar, a NATO não deu importância à região e, como não reagiu com a colocação de uma frota no Mar Negro, esse vazio foi ocupado pela Rússia, que entendeu que "era seu e só seu", o que leva a que "quem está a responder a este desafio estratégico é a Ucrânia".

Mas, se a Rússia era "dona e senhora do Mar Negro por ausência da NATO, já não é", analisou, porque Kyiv desenvolveu meios de ataque em profundidade com 'drones' navais com raio de alcance de 800 quilómetros, o que conduziu também à mudança da equação na região e não só.

As embarcações de guerra russas passaram a estar vulneráveis, quando dantes se sentiam seguras para fazer fogo à vontade sobre território ucraniano, mas "todas as marinhas do mundo estão preocupadas com o facto de, de repente, aparecer um conjunto de equipamentos que custam apenas alguns milhares de dólares e que podem afundar, danificar ou tornar inoperacionais navios de superfície" de muito milhões de dólares, numa nova demonstração de Kyiv de travar uma "guerra assimétrica", neste caso, por falta de comparência da NATO.


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UCRÂNIA/RÚSSIA: Guerra "está absolutamente perdida" e Putin sabe. Sonho imperial terminou

© Wojciech Grzedzinski/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   20/08/23 

O major-general José Arnaut Moreira defende que o sonho imperial russo acabou em abril de 2022, três meses depois da invasão da Ucrânia, e o líder do Kremlin, Vladimir Putin sabe, que a guerra "está absolutamente perdida".

Para o especialista militar, em entrevista à Lusa, a ofensiva russa, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, é "na verdade uma continuação da guerra de 2014", com a anexação ilegal da Crimeia e a insurreição no Donbass, leste da Ucrânia, e só acontece por "desleixo Ocidental", quer da NATO quer da União Europeia, que viviam "numa certa esperança de grande cooperação com a Federação Russa" e fecharam os olhos às ações hostis de Moscovo.

"A invasão de 2022 é a concretização do sonho imperial russo. Isto é, a Federação Russa considerou que estavam reunidas as condições de natureza política, porque a leitura daquilo que tinha feito o Ocidente em relação à guerra de 2014 mostrava o Ocidente desunido, fraco e sem capacidade de resposta", observou, a que se somou a militarização da Crimeia.

Criaram-se, segundo o analista militar, todas as condições para, "em 2022, o sonho imperial russo passar a ter afirmação e expressão territorial", mas que, na verdade, só durou três meses, quando se tornou claro que o poder político não ia colapsar em Kiev e que as forças armadas da Ucrânia eram capazes de conduzir ações de natureza defensiva contra o segundo maior exército do mundo.

"A partir de abril do ano passado começou um novo período a que eu chamaria o período da esperança ucraniana", sustentou Arnaut Moreira, que recordou a recuperação de território pelas forças de Kiev, logo naquele que se encontrava ocupado nas proximidades da sua capital, no norte do país, e da retirada das forças russas das regiões de Kharkiv, no leste, e de Kherson, no sul, no ano passado.

Uma ofensiva falhada de Moscovo no início de 2023 foi acompanhada de campanhas de destruição de infraestruturas civis em pleno inverno.

A anunciada contraofensiva ucraniana começou em junho, atrasada devido a demoras na entrega do equipamento moderno prometido pelo Ocidente, o que permitiu às tropas da Rússia estabelecer defesas bem montadas, justificando os avanços lentos das forças de Kiev desde então, o que, para o major-general, é "absolutamente normal em todas as guerras", porque todas "começam com planos brilhantes" que depois não se verificam.

"Às vezes concentramo-nos muito apenas no pequeno espaço de tempo do que aconteceu nas últimas semanas, mas a verdade é que a Ucrânia já recuperou mais de 50% do território que a Federação Russa conseguiu no início", observou. Adverte, por outro lado, que o número de quilómetros quadrados conquistados é irrelevante quando visto de forma mais ampla.

Segundo o analista, a confirmarem-se, ainda que lentos, os avanços ucranianos no sudeste do país, na direção de Berdyansk, Melitopol ou Mariupol, as tropas de Kiev nem precisam atingir o Mar de Azov, "porque a certa altura a profundidade estratégica é insuficiente" para a manutenção de forças da Federação Russa ocupantes.

"O que é importante não é chegar ao mar de Azov. O que é importante é olhar para onde passam as linhas férreas e para onde passam as linhas de abastecimento rodoviárias, que fazem a ligação entre o Donbass e a Crimeia e a zona de Armyansk, e se essas linhas forem cortadas, vão cair como um castelo de cartas todas as forças russas que se encontrem a ocidente delas (...) e muitos quilómetros quadrados sem disparar um tiro", apontou parecendo-lhe que estes objetivos de Kiev foram "muito bem escolhidos", tal como a Ponte da Crimeia, sem a qual "não é possível sustentar" um grande volume de tropas nesta zona.

"Putin sabe perfeitamente que esta guerra do ponto de vista militar para a Federação Russa está perdida", considerou Arnaut Moreira, que não vê "nenhuma capacidade" de Moscovo conquistar a Ucrânia neste momento, mas também do ponto de vista geoestratégico a derrota é evidente, "não há como esconder".

Ninguém apoia militarmente de forma aberta a Rússia, argumentou, enquanto todo o Ocidente alargado está a ajudar a Ucrânia do ponto de vista económico, financeiro e em armamento, contribuindo também para o isolamento de Moscovo a adesão da Finlândia à NATO, e provável da Suécia, países até aqui neutrais, o que significa que o Kremlin "não tem capacidade de atração sobre os seus vizinhos, apenas de repulsão" e não há liderança geoestratégica sem esse poder.

Um dos argumentos para a invasão russa foi justamente a aproximação da Aliança Atlântica às suas fronteiras, através da Ucrânia, mas ela acabou por acontecer de qualquer forma e bastante extensa, através daqueles países nórdicos - fazendo do Mar Báltico, "onde a Rússia ainda dispunha de alguma liberdade, um mar autêntico da NATO" - e futuramente com a possível adesão de Kiev, também candidata a estado-membro da União Europeia.

Em suma, "a Rússia sai perdedora de todo este conflito", a que se adiciona, ainda no capitulo das fragilidades, a debilidade económica de Moscovo, evidenciada pela acentuada queda do rublo, após o período em que as autoridades russas estiveram "a vangloriar-se de que as sanções não tinham qualquer efeito sobre a economia da Federação" e que mantinha "um conjunto grande de divisas acumuladas em face dos negócios milionários que ela conduziu com a própria Europa em relação àquilo que eram os bens de natureza energética".

Para o major-general, "tudo isso são coisas do passado" e a narrativa de que apenas o rublo conta para efeitos de economia doméstica não é verdade, na medida em que Putin retirou recursos da produção de bens para os colocar na indústria militar e que as importações ficarão mais caras, com custos para a classe média.

A própria guerra fria, lembrou, não terminou com uma derrota militar da União Soviética, mas "com uma derrota de natureza económica e social, porque nada daquilo que foi prometido acabou cumprido", tal como, no mesmo sentido, não augura "nada de bom" para a economia russa.   

Arnaut Moreira também não tem nenhuma perspetiva de negociação entre as partes, como foi levantado na semana passada por um alto funcionário da NATO, sugerindo que Kiev poderia abdicar de território a troco do acordo de Moscovo na sua adesão à Aliança Atlântica (opção prontamente desmentida pelo secretário-geral Jens Stolternberg).

"Cada novo território entregue é uma base de partida para novas aspirações imperiais depois", alertou o analista militar, recordando que cada conquista e derrotas de ambas as partes tiveram custos humanos, e materiais, e frisando que nem vê nenhum ator internacional com capacidade de persuasão para sentá-las à mesa.

A guerra vai então prolongar-se por tempo indeterminado, em que a Rússia, na análise de Arnaut Moreira, já denota dificuldades de reposição de forças, mantendo-se em postura defensiva, enquanto Putin "espera que isto se resolva do ponto de vista político" e pelas eleições para a Casa Branca em 2024, em que uma vitória de Donald Trump poderia virar o jogo a seu favor.


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Sonda russa Luna-25 despenhou-se na superfície da Lua... A nave caiu depois de girar numa órbita descontrolada.

© IKI RAS

Notícias ao Minuto   20/08/23

A primeira missão lunar da Rússia em 47 anos falhou depois da sonda russa Luna-25 ter girado numa órbita descontrolada, acabando por se despenhar na superfície da lua, anunciou a agência espacial russa, Roscosmos, citada pela Reuters.

A agência espacial disse que perdeu o contato com a nave logo depois da colisão.

"O aparelho entrou em uma órbita imprevisível e deixou de existir devido a uma colisão com a superfície da Lua", refere a Roscosmos em um comunicado.

Os problemas a bordo da nave espacial surgiram no sábado quando, às 14h10 de Moscovo (12h10 em Lisboa), os motores impulsionaram a Luna-25 para a órbita de aterragem pré-lunar, escreve a agência espanhola de notícias EFE.

A sonda, que foi lançada em 11 de agosto a partir do Cosmódromo de Vostochny, no Extremo Oriente russo, entrou em órbita na quarta-feira, após uma viagem de cinco dias e quase dez horas.

Em todos os momentos, a Roscosmos informou que os sistemas da sonda estavam a funcionar normalmente, tendo enviado para a Terra imagens da superfície lunar e detetado o impacto de um micrometeorito, entre outros fenómenos.

A sonda deveria aterrar na superfície da lua em 21 de agosto, dois dias antes da sonda indiana Chandrayaan-3, lançada em 14 de julho.


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Estamos de luto!: Faleceu, esta manhã, jornalista e apresentador João Umpa Mendes.

Por  TGB Televisão da Guiné-Bissau

Taiwan deteta 45 aviões e nove navios militares chineses nas imediações da ilha

Taiwan Flag (Getty Images/ Jose Lopes Amaral)

cnnportugal.iol.pt,  20/08/23

As autoridades de Taiwan responderam com o destacamento de aviões e navios e com a ativação de sistemas de mísseis terrestres, indicou o comunicado.

Taipé anunciou este domingo ter detetado 45 aviões e nove navios militares chineses nas imediações da ilha nas últimas 24 horas, após a China ter anunciado o arranque de exercícios militares em torno de Taiwan.

O Ministério da Defesa taiwanês disse que, entre os aviões detetados, estavam caças Su-30, J-10 e J-11, sendo que 27 das 45 aeronaves atravessaram, a sudoeste de Taiwan, a linha mediana que separa a ilha da China continental.

Num comunicado divulgado na rede social X (antigo Twitter), o ministério acrescentou que também foram detetados oito navios militares chineses, até às 06:00 de hoje (23:00 de sábado em Lisboa).

As autoridades de Taiwan responderam com o destacamento de aviões e navios e com a ativação de sistemas de mísseis terrestres, indicou o comunicado.

No sábado, o exército da China tinha anunciado o arranque de exercícios militares marítimos e aéreos em torno de Taiwan, num "sério aviso" aos "grupos separatistas" da ilha e às "forças externas" que os apoiam.

O Comando do Teatro Oriental do exército chinês, cuja área de operações está voltada para Taiwan, divulgou online imagens dos exercícios, que mostravam soldados a correr, bem como barcos e aviões militares.

A televisão estatal chinesa CCTV referiu que barcos equipados com mísseis e caças estavam envolvidos na operação e que as unidades trabalharam em conjunto para simular um cerco a Taiwan.

O Ministério da Defesa de Taipé disse num comunicado que "condena veementemente este comportamento irracional e provocativo e enviará as forças adequadas em resposta (...) a fim de defender a liberdade, a democracia e a soberania de Taiwan".

O ministério tinha detetado no sábado a presença de 42 aviões e oito navios militares chineses nas imediações da ilha, sendo que 26 das aeronaves atravessaram a linha mediana que separa Taiwan da China continental.

O ministro dos Negócios Estrangeiros taiwanês acusou a China de querer “influenciar as próximas eleições nacionais em Taiwan". “Cabe aos nossos cidadãos decidir, não ao nosso vizinho tirânico", afirmou Joseph Wu Jaushieh na rede social X.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China tinha prometido no domingo passado "medidas firmes" contra a passagem do vice-Presidente taiwanês William Lai Ching-te pelos Estados Unidos, que considerou ser um ataque às suas reivindicações de soberania sobre Taiwan.

William Lai, um defensor da independência de Taiwan, foi o escolhido pelo Partido Democrático Progressista, atualmente no poder, como candidato a suceder à Presidente Tsai Ing-wen nas eleições marcadas para 2024.

Lai fez duas paragens nos EUA, numa viagem com destino ao Paraguai – um dos poucos países a reconhecer oficialmente Taiwan –, onde participou na tomada de posse do novo Presidente, Santiago Peña, na terça-feira.

Pelo menos 21 mortos em ataque armado no centro do Mali

Mali (Associated Press)

Por cnnportugal.iol.pt, 20/08/23

A situação agravou-se após dois golpes de Estado em agosto de 2020 e maio de 2021.

Pelo menos 21 pessoas morreram, 11 ficaram feridas e várias casas foram incendiadas num ataque de grupos armados na localidade de Yarou, na região de Bandiagara, no centro do Mali, avançou este domingo fontes locais.

O ataque ocorreu na sexta-feira, quando os assaltantes invadiram Yarou e atiraram contra os moradores, além de terem roubado gado e outros bens, segundo disseram testemunhas, por telefone, à agência de notícias EFE.

O centro do Mali é palco há anos de ataques de grupos fundamentalistas islâmicos, mas também de conflitos interétnicos e confrontos entre grupos armados rivais que disputam território e poder.

Nos últimos dias, grupos armados impuseram ainda um bloqueio a Douentza e à autoestrada RN16, que liga a cidade ao norte do Mali.

O Mali vive uma profunda crise política e de segurança desde 2012, quando grupos rebeldes e fundamentalistas islâmicos assumiram o controle do norte do país, expandindo a sua área de influência para os vizinhos Burkina Faso e Níger.

A situação agravou-se após dois golpes de Estado em agosto de 2020 e maio de 2021.

A junta militar fez da soberania o seu lema desde que tomou o poder no Mali, rompendo a aliança com a França e os seus parceiros contra o terrorismo, para se voltar militar e politicamente para a Rússia.

A pedido da junta militar, a Missão das Nações Unidas no Mali está a retirar, até 31 de dezembro, cerca de 11.600 soldados e 1.500 polícias de dezenas de nacionalidades, que estiveram presentes no norte do Mali.

A 03 de agosto, um ataque do grupo extremista Estado Islâmico (EI) a uma caravana do exército do Mali que se dirigia para o Níger deixou 16 soldados mortos e dezenas de feridos na região de Ménaka, no nordeste do país.

Homem mata irmão à facada após discussão no Porto

Por cnnportugal.iol.pt

Situação ocorreu na zona de Contumil, Campanhã

Um homem de 47 anos agrediu e matou este domingo o irmão, de 55 anos, com uma arma branca, durante um desacato, na zona de Contumil, Campanhã, no Porto, disse à Lusa fonte da Polícia de Segurança Pública local.

Segundo a PSP do Porto, cerca de 20:00 as autoridades foram chamadas à Rua Engenheiro Pedro Inácio Lopes devido "a uma situação de agressão entre dois irmãos, em que a vítima é um homem com 55 anos, que foi agredido pelo irmão de 47 anos, com uma arma branca, causando-lhe a morte".

O caso seguirá os trâmites normais, ficando na alçada da Polícia Judiciária, explicou a mesma fonte, sem dar mais informação.

Sonda russa Luna-25 falha órbita para aterrar na lua na segunda-feira

© Lusa

POR LUSA   19/08/23 

A sonda russa Luna-25, cuja missão é ser a primeira nave espacial a aterrar no polo sul da lua, não conseguiu entrar na órbita necessária para pousar na superfície lunar na segunda-feira, informou hoje a agência espacial russa, Roscosmos.

"Durante a operação na estação automática, ocorreu uma situação de emergência que impediu que a manobra fosse realizada de acordo com os parâmetros planeados", escreveu a Roscosmos num comunicado difundido no Telegram.

Os problemas a bordo da nave espacial surgiram quando, às 14:10 de Moscovo (12:10 em Lisboa), os motores impulsionaram a Luna-25 para a órbita de aterragem pré-lunar, escreve a agência espanhola de notícias EFE.

"A situação está atualmente a ser analisada por especialistas do grupo de controlo", refere o comunicado oficial.

A sonda, que foi lançada em 11 de agosto a partir do Cosmódromo de Vostochny, no Extremo Oriente russo, entrou em órbita na quarta-feira, após uma viagem de cinco dias e quase dez horas.

Em todos os momentos, a Roscosmos informou que os sistemas da sonda estavam a funcionar normalmente, tendo enviado para a Terra imagens da superfície lunar e detetado o impacto de um micrometeorito, entre outros fenómenos.

A sonda deveria aterrar na superfície da lua em 21 de agosto, dois dias antes da sonda indiana Chandrayaan-3, lançada em 14 de julho.

A Luna-25, herdeira da soviética Luna-24, a terceira nave espacial a recolher amostras da superfície lunar em agosto de 1976, espera encontrar água sob a forma de gelo na lua.


Leia Também: Rússia retoma programa lunar com lançamento da estação Luna-25

ABDOURAHAMANE TIANI: Níger - Chefe militar diz que transição "não pode exceder três anos"

© AFP via Getty Images

POR LUSA   19/08/23 

O novo homem forte do Níger, general Abdourahamane Tiani, no poder através de um golpe de Estado, assegurou hoje que a transição não pode exceder três anos e alertou os países estrangeiros contra uma intervenção militar no seu país.

"A nossa ambição não é confiscar o poder", disse Tiani, durante um discurso hoje à noite, especificando que a duração da transição "não pode ultrapassar três anos".

"Se um ataque for realizado contra nós, não será a vitória fácil em que algumas pessoas acreditam", alertou, um dia depois de ter sido conhecida uma decisão da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO), afirmando que estava pronta para uma intervenção armada.

Num discurso que durou cerca de 10 minutos, o general Tiani anunciou o lançamento de um "diálogo nacional" dando 30 dias para formular "propostas concretas" com vista a lançar "as bases de uma nova vida constitucional".

As declarações surgem na sequência da visita, ao início do dia, de uma delegação da CEDEAO para procurar uma solução pacífica para a crise.

"A CEDEAO prepara-se para atacar o Níger através da criação de um exército de ocupação em colaboração com um exército estrangeiro", continuou o general Tiani, sem citar um país.

O novo líder do Níger também denunciou sanções "ilegais" e "desumanas" por parte da organização regional da África Ocidental.

Desde 30 de julho, o Níger está sob pesadas sanções financeiras e comerciais impostas pela CEDEAO, que quer o retorno ao poder do Presidente deposto, Mohamed Bazoum, mantido prisioneiro desde o golpe de 26 de julho.

A delegação da África Ocidental que chegou a Niamey hoje para tentar alcançar uma solução diplomática para a crise no Níger encontrou-se com Mohamed Bazoum, revelou fonte da CEDEAO.

Citada pela agência France-Presse, a fonte da organização regional disse que o Presidente deposto, detido desde 26 de julho, "tem ânimo".

O encontro foi confirmado por um jornalista da agência noticiosa nigerina, presente no palácio presidencial na tarde de hoje, aquando da visita da delegação.

O chefe da Guarda Presidencial nigerina, Abdourahmane Tiani, anunciou em 26 de julho a deposição de Mohamed Bazoum e o encerramento das fronteiras, devido à profunda crise económica e de segurança no país, que enfrenta um aumento das operações das ramificações do grupo extremista Estado Islâmico e da Al-Qaida.

O Níger é o quarto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burquina Faso, que também tiveram golpes de Estado entre 2020 e 2022.


Motoristas e Transportadores pedem a intervenção do governo na reabilitação de algumas vias urbana

Radio TV Bantaba

DSP pretende estabelecer parceria com a direção da escola Patrício Lumbumba em Bissau.

Radio TV Bantaba

sábado, 19 de agosto de 2023

Níger. Delegação da África Ocidental reúne-se com o presidente deposto

© Reuters

POR LUSA   19/08/23 

A delegação da África Ocidental que chegou a Niamey hoje para tentar alcançar uma solução diplomática para a crise no Níger encontrou-se com o presidente deposto Mohamed Bazoum, revelou fonte da CEDEAO.

Citada pela agência AFP, a fonte da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse que o Presidente deposto, detido desde o golpe de Estado de 26 de julho, "tem ânimo".

O encontro foi confirmado por um jornalista da agência noticiosa nigerina, presente no palácio presidencial na tarde de hoje, aquando da visita da delegação.

O grupo de representantes, liderado pelo ex-Presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar, foi recebido no aeroporto de Niamey pelo primeiro-ministro nomeado pelos militares que chegaram ao poder em julho, Ali Mahaman Lamine Zeine.

A delegação reuniu-se com alguns militares, detalhou a fonte da CEDEAO, sem especificar se esteve presente o novo homem forte do Níger, o general Abdourahamane Tiani.

Abubakar já esteve em Niamey em nome da CEDEAO em 03 de agosto, mas não se tinha reunido nem com o general Tiani, nem com o presidente deposto.

Esta mediação diplomática ocorre um dia depois de a organização da África Ocidental ter afirmado estar pronta para usar a força para restaurar a ordem constitucional no Níger.

O chefe da Guarda Presidencial nigerina, Abdourahmane Tiani, anunciou em 26 de julho a deposição de Mohamed Bazoum e o encerramento das fronteiras, devido à profunda crise económica e de segurança no país, que enfrenta um aumento das operações das ramificações do grupo extremista Estado Islâmico e da Al-Qaida.

O Níger é o quarto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burquina Faso, que também tiveram golpes de Estado entre 2020 e 2022.


Sobre Alunos kuna bai Portugal estuda mas é está inda na Guiné-Bissau.

 

© Albano Barai 

Guiné-Bissau: O preço de peixe poderá baixar nos próximos tempos

Por Rádio Capital Fm

Bissau - (19.08.2023) – O Ministro das Pescas e Economia Marítima, Dionísio Pereira, promete a redução do preço de peixe a 50%.

As promessas do governante guineense foram feitas no âmbito da sua visita às infraestruturas do Porto de Pesca Artesanal, Unidade de Transformação e Conservação do Pescado, Instituto de Fiscalização e Atividade de Controlo de Pesca e algumas empresas privadas ligadas às atividades pesqueiras. 

Dionísio Pereira disse que a redução do preço de peixe faz parte do programa de “emergência” do Governo, durante os primeiros 100 dias de governação. 

“O que nós podemos garantir a população guineense é que temos um programa, denominado 'Nó Pis na Riba Cassa'. Estamos a trabalhar nesse programa", vincou, adiantado que "no quadro do programa de emergência do Governo, com duração de 100 dias, podemos garantir a população guineense de que vamos reduzir os preços de peixe no mercado".

"Não vamos só reduzir os preços, mas, sim, abastecer o mercado com o pescado suficiente. Iremos distribuir o pescado para todos 38 setores que compõem a Guiné-Bissau”, garantiu o Ministro das Pescas e Economia Marítima. 

Dionísio Pereira falou da criação do projeto “Nô Pis na Riba Cassa”.

“A ideia é criar condições para garantir que todos os navios façam transbordo aqui no país. Temos 4 mil e 600 grandes unidades pesqueiras que estão aqui, em Bissau, e com a capacidade de 4600 toneladas. Isso é suficiente para garantir o stock", acrescentou. 

O governante assegurou que têm trabalhado para instalar pequenas unidades em todos os setores. 

"Isso vai-nos permitir criar um sistema de abastecimento do mercado  e paralelamente estudar o mercado para baixar o preço de peixe a 50%", sublinhou Pereira, segundo ainda o qual, "estamos a trabalhar no sentido de conseguirmos um certificado junto da União Europeia para podermos começar exportar o pescado no próximo ano”.  

Por Sulai Seide

Níger. Milhares de manifestantes defendem saída das tropas francesas

© Getty Images

 POR LUSA    19/08/23 

Milhares de mulheres, na sua maioria jovens, manifestaram-se hoje na capital do Níger, Niamey, para exigir a retirada imediata das tropas francesas, cujo destacamento no país foi autorizado pelo Presidente entretanto deposto num golpe de Estado.

O protesto, organizado por várias organizações da sociedade civil, concentrou-se junto à base 101 da Força Aérea Francesa, onde os participantes entoaram palavras de ordem contra a presença militar francesa e a favor da junta militar nigerina, que se autodenomina Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP).

"Viemos aqui para exigir a retirada das forças francesas. O regime do Presidente Bazoum estendeu o tapete vermelho para uma nova era de colonização do nosso país", disse à reportagem da agência espanhola de notícias EFE uma das organizadoras da manifestação, Naomi Binta Stansly.

Entre as palavras de ordem ouvidas durante a manifestação estavam "França fora, sois cúmplices dos terroristas que choram as nossas famílias", "Estamos unidos atrás do exército para a libertação total do nosso país" e "Abaixo a França, abaixo os traidores africanos e nigerianos".

Em 03 de agosto, a junta militar anulou (com prazos de 30 a 90 dias) os cinco acordos de cooperação em matéria de defesa e segurança assinados com a França, que tem 1.500 militares destacados no Níger para ajudar a combater o terrorismo 'jihadista'.

Além da grave crise de segurança, o Níger vive uma situação de instabilidade política desde o golpe militar que pôs fim ao mandato de Mohamed Bazoum, eleito em fevereiro de 2021 num sufrágio contestado pela oposição.

A Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) enviou hoje uma nova missão a Niamey para tentar uma solução diplomática para o conflito, mas também para "transmitir firmeza" na intenção de avançar com uma intervenção militar regional para garantir o regresso à ordem constitucional no país.


Leia Também: Níger. CEDEAO em Niamey para transmitir "mensagem de firmeza"

O Ministro das Pescas e Economia Marítima, Dionísio do Reino Pereira e a sua equipa efectuaram hoje sábado (19.08), uma visita de trabalho às diferentes direcções gerais do Ministério, nomeadamente: INFISCAP, CIPA, Unidade de Transformação e Conservação do Pescado e as empresas privadas que trabalham na área pesqueira, a Afripêche e a Ocean Fishing Bissau.

Radio Voz Do Povo

URGENTE: A delegação da CEDEAO liderada pelo ex-Chefe de Estado Militar da Nigéria, Abdulsalami Abubakar, está voando de volta para Abuja, Nigéria, depois de passar apenas 90 minutos na República do Níger

A delegação deveria se encontrar com o líder do golpe na República do Níger, general Abdourahamane Tchiani, mas há relatos não confirmados de um suposto motim da guarda presidencial no palácio presidencial na República do Níger

Segundo golpe???

Por Journalist KC


Níger. CEDEAO em Niamey para transmitir "mensagem de firmeza"

© Journalist KC

POR LUSA   19/08/23 

Uma delegação da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) chegou hoje à capital do Níger, Niamey, para tentar uma nova mediação diplomática e "transmitir uma mensagem de firmeza" face ao golpe militar de julho.

De acordo com a agência francesa de notícias France-Presse (AFP), que cita fontes próximas da delegação, o avião aterrou por volta das 13:00 locais, mesma hora em Lisboa, levando uma delegação liderada pelo antigo presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar.

O antigo chefe de Estado da Nigéria já tinha visitado o país em 03 de agosto, mas não se encontrou nem com o líder da junta militar que governa o país, Abdourahamane Tiani, nem com o Presidente deposto, Mohamed Bazoum, algo que a delegação vai agora tentar fazer.

O conjunto de emissários da CEDEAO vai transmitir "uma mensagem de firmeza" aos militares do Níger e encontrar-se com Bazoum, que continua detido, no dia seguinte a uma reunião dos chefes militares da CEDEAO ter confirmado que haverá uma intervenção caso os militares nigerinos não devolvam o poder ao Presidente.

O comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança do bloco, Abdel-Fatau Musah, garantiu após o encontro de dois dias que "se as opções pacíficas fracassarem", optarão por uma "intervenção militar cirúrgica" contra a junta militar no Níger.

O encontro ocorreu depois de os chefes de governo da CEDEAO - bloco formado por 15 países -- terem determinado em 10 de agosto ativar a "força de reserva" da organização, embora também tenham priorizado o diálogo para resolver a crise do Níger.

Possíveis ações militares dividiram a região, com os governos da Nigéria, Benim, Costa do Marfim e Senegal a confirmarem publicamente, nas últimas semanas, a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigerino.

No outro extremo, os vizinhos Mali e Burquina Faso, governados por juntas militares, opõem-se ao uso da força e argumentam que qualquer intervenção no Níger equivaleria a uma declaração de guerra também contra os seus países.

Além do Chade, a Guiné-Conacri, a Argélia e Cabo Verde rejeitaram essa intervenção militar, defendendo antes o diálogo.

O chefe da Guarda Presidencial nigerina, Abdourahmane Tiani, anunciou, em 26 de julho, a deposição de Mohamed Bazoum e o encerramento das fronteiras, devido à profunda crise económica e de segurança no país, que enfrenta um aumento das operações das ramificações do grupo extremista Estado Islâmico e da Al-Qaida.

O Níger é o quarto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burquina Faso, que também tiveram golpes de Estado entre 2020 e 2022.



Leia Também: CEDEAO garante "intervenção militar" se negociações falharem no Níger

"Putin sacrifica o exército e o povo pela sua sobrevivência pessoal"

© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images

Notícias ao Minuto   19/08/23 

O chefe da diplomacia europeia afirmou que o "projeto de conquista" do presidente russo foi "um fiasco completo".

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, defendeu que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "enganou-se em quase tudo" em relação à sua chamada "operação militar especial" na Ucrânia e que "está agora a sacrificar o seu exército e o seu povo pela sua sobrevivência especial".

"Militarmente a Rússia falhou. Putin queria uma 'blitzkrieg' [guerra-relâmpago, em alemão], mas já passaram 18 meses e está na defensiva. O seu projeto de conquista rápida foi um fiasco completo", apontou, em entrevista ao jornal espanhol El País.

"A Rússia já pagou um preço enorme em termos materiais e humanos: perdeu dois mil tanques, mais do que todos os exércitos da Europa juntos. Embora isso não signifique que tenha esgotado as suas capacidades, Putin está agora a sacrificar o seu exército e o seu povo pela sua sobrevivência pessoal", acusou.

Borrell afirmou ainda que "Putin pensou que a enorme dependência da Europa" em relação aos hidrocarbonetos russos "impediria" a União Europeia (UE) de lhe "fazer frente". No entanto, "em ano e meio, o consumo de gás russo, com excessão da Hungria, caiu para praticamente zero".

"Ele pensava que tinha tudo sob controlo e, de repente, parte do seu exército, ou pelo menos parte das suas tropas, pega em armas contra os seus próprios camaradas e avança 400 quilómetros em direção a Moscovo. Este facto põe em evidência as fissuras do sistema político russo", disse, referindo-se à rebelião falhada do Grupo Wagner. 

"Repito: Putin vai sacrificar o seu povo e o seu exército pela sua sobrevivência pessoal e política, e é por isso que é tão difícil negociar a paz. E o que tem de ser negociado é um novo sistema de segurança coletiva que esta guerra destruiu", atirou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 16 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


Leia Também: O exército russo afirmou hoje ter frustrado um ataque de um drone ucraniano que visava a região de Moscovo, numa altura em que estes ataques em solo russo estão a aumentar como parte da contraofensiva das forças de Kyiv.

🇳🇪 🇳🇬 As autoridades nigerianas dizem que o encerramento da fronteira com o Níger devido às sanções impostas pela comunidade internacional poderá resultar em perdas de 226 milhões de dólares.

VOA Português  

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Putin reuniu-se com generais russos no sul da Rússia

© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images

POR LUSA   19/08/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, reuniu-se hoje em Rostov-on-Don, no sul da Rússia, com os generais encarregados da operação militar na Ucrânia, anunciou o Kremlin.

"O chefe de Estado ouviu os relatórios do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, dos comandantes de setor e de outros oficiais", refere um comunicado do Kremlin.

De acordo com o Kremlin, Putin deslocou-se hoje à região de Rostov-on-Don, no sul do país, para ouvir as informações do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Valeri Gerasimov, que tem sido amplamente criticado por alguns setores pela falta de vitórias na Ucrânia.

Putin foi também informado por outros comandantes e oficiais de unidades que combatem no que é conhecido na Rússia como "operação militar especial", segundo o comunicado oficial.

O Ministério da Defesa russo informou hoje, no seu briefing matinal, sobre os bombardeamentos aéreos contra posições inimigas na região oriental de Donetsk.

Acusou Kiev de lançar um novo ataque na península anexa da Crimeia com um míssil terra-ar S-200, que foi abatido por baterias russas.

Os únicos sucessos alcançados nas últimas semanas pelo exército russo foram na área de Kupiansk, uma cidade na região nordeste de Kharkov, uma situação que foi reconhecida por Kiev.

Ao mesmo tempo, as forças russas tiveram de se retirar de várias cidades de Donetsk e da região sul de Zaporijia, o epicentro da contraofensiva ucraniana.

Desde o início da contraofensiva, a 04 de junho, Putin afirma que foi um fracasso total para Kiev, que perdeu dezenas de milhares de soldados na sua tentativa de avançar para o Mar de Azov.

Gerasimov e o ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, continuam nos seus cargos, apesar de o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ter pedido a sua cabeça depois de, no final de junho, terem encenado uma rebelião armada em que os seus mercenários tomaram a cidade de Rostov-on-Don.


Leia Também: Zelensky na Suécia para falar com governo e família real


China lança manobras militares em torno de Taiwan. Ilha condena

© Lusa

POR LUSA   19/08/23 

O exército da China anunciou hoje o arranque de exercícios militares marítimos e aéreos em torno de Taiwan, dias após a passagem do vice-Presidente taiwanês, William Lai Ching-te, pelos Estados Unidos.

O Comando do Teatro Oriental do exército chinês, cuja área de operações está voltada para Taiwan, anunciou que as manobras constituem um "sério aviso" aos "grupos separatistas" da ilha e às "forças externas" que os apoiam.

O porta-voz do comando, o coronel Shi Yi, disse que as manobras serão realizadas na área adjacente a Taiwan, com a participação de "navios e aeronaves de combate", para "praticar a coordenação entre si" e o "controlo do espaço aéreo e marítimo".

De acordo com um comunicado, publicado na rede social Weibo -- semelhante à X (antigo Twitter), bloqueada na China --, os exercícios visam "testar a real capacidade de combate" das tropas do Comando do Teatro Oriental, que é responsável pela defesa da costa leste da China.

Em reação, o Ministério da Defesa de Taipé disse num comunicado que "condena veementemente este comportamento irracional e provocativo e enviará as forças adequadas em resposta (...) a fim de defender a liberdade, a democracia e a soberania de Taiwan".

William Lai voltou a Taipé na sexta-feira, depois de viajar para o Paraguai, onde participou na posse de Santiago Peña como novo Presidente daquele país, um dos poucos a reconhecer oficialmente Taiwan.

O vice-Presidente fez duas paragens em Nova Iorque e em São Francisco, tendo sido recebido por representantes do Instituto Americano de Taiwan, que atua como a embaixada norte-americana de facto na ilha, na ausência de relações diplomáticas entre Washington e Taipei.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China tinha prometido no domingo passado "medidas firmes" contra a passagem de Lai pelos Estados Unidos, algo que considerou ser um ataque às suas reivindicações de soberania sobre Taiwan.

"A China opõe-se firmemente a qualquer forma de contacto oficial entre os Estados Unidos e Taiwan e opõe-se firmemente a qualquer viagem de separatistas pela independência de Taiwan aos Estados Unidos", declarou um porta-voz do ministério.

A China considera Taiwan, onde cerca de 23 milhões de habitantes são governados por um sistema democrático, uma das suas províncias e não renunciou ao eventual uso da força militar para conseguir a reunificação.

O exército chinês já tinha lançado em abril manobras de três dias em torno de Taiwan, em reação a uma reunião nos Estados Unidos entre o presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Kevin McCarthy, e a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen.

William Tai foi o escolhido pelo Partido Democrático Progressista, atualmente no poder em Taiwan, como candidato a suceder a Tsai Ing-wen nas eleições marcadas para 2024.


Leia Também: Taipé detetou hoje a presença de 42 aviões militares chineses nas imediações da ilha, horas após a China ter anunciado o arranque de exercícios militares marítimos e aéreos em torno de Taiwan.

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

SENEGAL: Líder da oposição no Senegal recupera consciência nos cuidados intensivos

© Adnan Farzat/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA    18/08/23 

Dacar, 18 ago 2023 (Lusa) - O líder da oposição no Senegal e anunciado candidato presidencial Ousmane Sonko recuperou a consciência após na quinta-feira ter sido internado nos cuidados intensivos, anunciou hoje o porta-voz do seu partido.

Ousmane Sonko "permanece nos cuidados intensivos sob vigilância médica e policial e o seu estado de saúde continua a ser muito preocupante", acrescentou o porta-voz do Partido do Senegal pelo Trabalho, Ética e Fraternidade (Pastef), Ousseynou Ly, em declarações à agência France-Presse.

As autoridades do Senegal não se pronunciaram sobre o seu estado de saúde atual, mas anteriormente tinha questionado se Sonko estaria realmente em greve de fome.

O Pastef, dissolvido desde 31 de julho pelo Governo senegalês depois de acusado de insurreição, recordou na quinta-feira que Sonko estava no seu 19.º dia de greve de fome, iniciado para protestar contra a sua detenção.

"O Presidente Macky Sall, o seu ministro da Justiça, o seu ministro do Interior e todos os implicados nesta perseguição desumana, que acabaram de colocar em perigo a vida do líder da oposição, serão plenamente responsáveis por tudo o que ocorra", acrescenta-se no comunicado.

No texto divulgado na quinta-feira, o Pastef faz ainda um "apelo aos militantes, simpatizantes e a todo o povo senegalês para que se levante e exija a libertação imediata e incondicional do presidente Sonko, da sua família e de todos os detidos políticos".

O partido já tinha anunciado no dia 06 a hospitalização de urgência de Sonko e tinha responsabilizado Macky Sall e o seu regime.

Sonko foi detido em 28 de julho e encontra-se em prisão preventiva desde 31 de julho, dia em que o Ministério do Interior anunciou igualmente a dissolução do seu partido.

Desde a sua detenção que eclodiram tumultos em Dacar e noutras cidades do país entre as forças policiais e os jovens, que queimaram pneus, montaram barricadas e bloquearam estradas em sinal de protesto.

O popular líder da oposição denunciou a "instrumentalização" da justiça pelo Presidente senegalês, Macky Sall, para o impedir de concorrer às próximas eleições, previstas para 2024.

Ousmane Sonko foi condenado em 01 de junho a dois anos de prisão por aliciamento de menores, um veredicto que o torna inelegível para se candidatar a eleições, de acordo com os seus advogados e juristas.

Conhecido pelo seu discurso "antissistema", Sonko critica a má governação, a corrupção e o neo-colonialismo francês, e tem muitos seguidores entre a juventude senegalesa.


Leia Também: Líder da oposição no Senegal nos cuidados intensivos devido a greve de fome

Ucrânia conta com nova ajuda de aliados para reforçar contraofensiva

© Lusa

POR LUSA   18/08/23 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, saudou hoje os anúncios pelos aliados de mais ajuda militar, necessária para impulsionar a contraofensiva ucraniana na frente leste e sobretudo no sul, onde o Exército conseguiu avançar apesar da resistência russa.

"Os aliados estão a cumprir os acordos. Estão a chegar equipamento bélico pesado, artilharia e sistemas de defesa antiaérea. Continuamos a trabalhar nos próximos pacotes [de ajuda militar]. Em breve haverá mais notícias", escreveu Zelensky na plataforma digital Telegram, informando sobre a sua reunião com representantes do Governo e do Exército.

Zelensky comentou assim a chegada recente de mais dois sistemas antiaéreos alemães IRIS-T SLS, dez radares Ground Observer 12 e meios de transporte de carga.

O Reino Unido comprometeu-se a reforçar a defesa antiaérea ucraniana, com a assinatura de três contratos de fornecimento desse tipo de armas por mais de 114 milhões de dólares (104 milhões de euros), que incluirão sistemas UAS e CORTEX Typhon.

Por sua vez, a República Checa anunciou a intenção de fornecer a Kyiv helicópteros de assalto Mi-24B de fabrico russo, sem especificar a quantidade.

Os ucranianos também receberam com satisfação a aprovação por Washington do envio de caças F-16 pelos Países Baixos e a Dinamarca.

A única condição imposta pelos Estados Unidos para a entrega dos F-16 foi o treino de pilotos ucranianos, um processo que, segundo o diário norte-americano The Washington Post, só será concluído em meados de 2024.

Entretanto, o Exército ucraniano mantém a pressão na frente sul, onde recentemente conseguiu avançar sobre as localidades de Urozhaine e Novodarivka, nas regiões de Donetsk e Zaporijia, no âmbito do seu plano para chegar ao mar de Azov e cortar a ponte terrestre russa à anexada península da Crimeia.

O Estado-Maior do Exército ucraniano afirmou, por seu lado, que as forças de Kyiv fizeram abortar as tentativas do Exército russo para recuperar terreno nestes setores da frente de combate.

O comando militar ucraniano assegurou também ter contido os russos na frente de Kupiansk, na região de Kharkiv, e de Belohirivka, em Lugansk.

Afirmaram ainda ter travado as tropas russas nos arredores de Bakhmut, Avdiivka e Marinka, na região de Donetsk.

O norte-americano Instituto de Estudos da Guerra (ISW) estimou que "os recentes avanços ucranianos podem estar a enfraquecer significativamente a confiança da defesa russa no setor sul da frente" e são um sinal da degradação das forças russas.

"Os recentes avanços ucranianos a norte e nordeste de Robotyne (10 quilómetros a sul de Orikhiv), no oeste de Zaporijia, poderão permitir às forças ucranianas alcançar além dos campos de minas mais densos", o que faria acelerar o avanço da contraofensiva, indicou o ISW.

Apesar destes feitos, alguns aliados da Ucrânia questionam a capacidade das suas Forças Armadas para conseguir, até ao final deste ano, cortar a ponte terrestre russa de ligação à Crimeia, principal objetivo da contraofensiva, segundo The Washington Post.

O diário, que citou fontes "familiarizadas com o prognóstico confidencial" sobre os resultados da operação ucraniana, indicou que a "brutal habilidade da Rússia para defender o território ocupado" desencadeará dúvidas sobre os gastos milionários em dinheiro e armas, por um lado, e os poucos resultados, por outro.

Uma realidade recentemente reconhecida pelo chefe do Estado-Maior norte-americano, Mark Milley, ao afirmar que a ofensiva ucraniana "é longa, sangrenta e lenta, e é uma luta muito difícil".

Esta situação, de acordo com o jornal, poderá comprometer o recente pedido do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Senado, para aprovar mais 20.600 milhões de dólares (18.940 milhões de euros) de ajuda à Ucrânia.