sábado, 8 de julho de 2023

❗️🇬🇼/ 🇨🇻 Chegada do José Maria Neves presidente da República do Cabo-verde a Guiné-Bissau por ocasião da Cimeira da CEDEAO.

Presidência da República da Guiné-Bissau 


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A CEDEAO lança em Bissau a marca de certificação de qualidade no espaço sub-regional_"ECOQMARK".

 Radio Voz Do Povo 

"500 dias da guerra em grande escala". Zelensky visita Ilha da Serpente


© Serviço de Imprensa Presidencial Ucraniano / Folheto via REUTERS

Notícias ao Minuto   08/07/23 

A ilha esteve sob controlo russo durante quatro meses. Entretanto, as tropas de Putin retiraram-se e a Ucrânia retomou-a.

É um dos maiores símbolos da resistência ucraniana desde a invasão da Rússia em fevereiro do ano passado. Este sábado, quando se assinala o 500.º dia de guerra, o presidente Volodymyr Zelensky decidiu visitar a Ilha da Serpente.

"A ilha livre da Ucrânia. Sou grato a todos os que lutaram aqui contra os ocupantes. Comemoramos os heróis que deram as suas vidas nesta batalha – uma das mais importantes durante a guerra em grande escala. Glória a todos os que lutam pela segurança do nosso Mar Negro", escreveu o líder ucraniano numa publicação na rede social Twitter, a qual é acompanhada por um vídeo do momento da visita.

Entretanto, o chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, também destacou a visita da equipa à Ilha da Cobra, revelando fotografias desse momento.

"A noite é sempre mais escura antes do amanhecer. Este amanhecer na Ilha das Cobras foi inspirador. Junto com o presidente e equipa, visitámos o local da vitória. A Ilha da Serpente é um símbolo da invencibilidade da Ucrânia. Vamos ter tudo de volta", escreveu Yermak numa publicação na rede social Twitter.

De recordar que as forças russas tomaram o controlo da pequena ilha rochosa em 24 de fevereiro de 2022, o dia em que Moscovo lançou a invasão contra a Ucrânia, na esperança aparente de a usar como base para um assalto a Odessa, o maior porto ucraniano e quartel general da Armada.

A ilha ganhou um significado lendário para a resistência ucraniana à invasão russa quando as tropas ucranianas receberam ordens de um navio russo para se renderem ou seriam bombardeadas, recusando-as categoricamente.

A Ucrânia tem celebrado o episódio com fervor patriótico, emitindo um selo postal comemorativo.

Os defensores da ilha foram capturados pelos russos, mas libertados mais tarde, numa troca de prisioneiros.

Depois da tomada da ilha, os militares ucranianos bombardearam fortemente a pequena guarnição russa, forçando os russos a recuar em 30 de junho de 2022.  retirada russa reduziu a ameaça de um ataque por mar a Odessa e ajudou a abrir caminho para um acordo de exportação de cereais ucranianos.

"Que a liberdade que todos os nossos heróis, em diferentes momentos, desejaram para a Ucrânia e que deve ser conquistada agora, seja um tributo a todos os que deram a vida pela Ucrânia", declarou Zelensky.

"Vamos decididamente ganhar", vaticinou.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Ucrânia. Missão africana questiona papel da UA e apelos a posições comuns

© Shutterstock

POR LUSA   08/07/23 

Analistas internacionais consideram que a missão de sete países africanos à Ucrânia e Rússia levantou questões sobre a relevância da União Africana (UA) na diplomacia de crise fora de África e contradiz os apelos a posições comuns africanas.

"Os apelos regulares a posições comuns africanas ao reforço das relações entre a UA e a Organização das Nações Unidas (ONU) e à sua representação no G20 estão em contradição com este estilo 'ad hoc' de diplomacia pan-africana", sustentam dois analistas do Instituto de Estudos de Segurança (ISS, na sigla em inglês).

Com África a tornar-se uma "arena de competição geopolítica", a missão foi importante e representou uma mudança radical na diplomacia do continente em crises de segurança não africanas, sustentam os investigadores Hubert Kinkoh e Ueli Staeger.

Mas "organizar a mediação fora dos quadros da UA levanta questões sobre a relevância e a posição do organismo continental em intervenções diplomáticas de alto nível" e crises fora de África, insistem.

Os investigadores questionam se a delegação agiu em nome do continente ou contribuiu para os interesses da África do Sul, com o seu Presidente, Cyril Ramaphosa, a liderar o grupo que incluiu os presidentes do Senegal, das Comores e da Zâmbia, juntamente com o primeiro-ministro do Egito e enviados da República do Congo e do Uganda.

Este episódio, dizem os analistas do ISS, evidencia que a dinâmica geopolítica e os impactos da guerra Rússia-Ucrânia em África levam "à necessidade de redefinir o mandato do Conselho de Paz e Segurança da UA", interpretado como limitado a África, no que diz respeito à diplomacia de crise não africana.

Sem a legitimidade política que uma iniciativa liderada pela UA teria proporcionado, a missão de paz de junho de 2023 ficou ainda vulnerável a acusações de parcialidade, escrevem Hubert Kinkoh, investigador na área da governação africana, paz e segurança, do ISS e Ueli Staeger, da Universidade de Genebra e Instituto Universitário da ONU.

Isto porque, "apesar da sua posição não alinhada, quatro das nações envolvidas (Egito, África do Sul, República do Congo e Uganda) se voltam para a Rússia", em contraste com "a Zâmbia e as Comores que estão mais alinhadas com o Ocidente".

A missão africana não forneceu um roteiro para a mediação além da viagem única e, olhando para iniciativas de outros países, como a Turquia, os analistas concluem que tinha poucas hipóteses de aproximar as posições da Ucrânia ou da Rússia.


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Taiwan deteta 13 caças e seis navios de guerra chineses nas imediações

© Gallo Images / Orbital Horizon/Copernicus Sentinel Data 2019

POR LUSA   08/07/23

O Ministério da Defesa de Taiwan detetou hoje, ao início da manhã, 13 aviões de combate e seis navios de guerra do exército chinês nas imediações da ilha.

Quatro aviões atravessaram o espaço aéreo a sudoeste, pelo que as forças armadas de Taiwan controlaram a situação e responderam com o destacamento de aviões, navios e sistemas de mísseis terrestres, indicou o Ministério da Defesa na rede social Twitter.

A escalada das tensões na região começou com a viagem à ilha da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi, em agosto do ano passado, e a situação agravou-se na sequência da visita da líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, aos EUA, onde se reuniu com vários congressistas norte-americanos, apesar dos avisos de Pequim.

Taiwan tem um governo independente desde 1949, mas a China considera o território sob a sua soberania e a sua política fundamental em relação à ilha é de reunificação pacífica, ao abrigo do princípio "um país dois sistemas", embora não exclua o uso da força face a "tentativas de independência".


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Bombas de fragmentação aproximam mundo de guerra, acusa embaixador russo

© Getty Images

POR LUSA   08/07/23 

O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoli Antonov, considerou a decisão de enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia como mais uma provocação dos EUA que "aproxima a humanidade de uma nova guerra mundial".

Antonov descreveu a ação dos EUA como um "gesto de desespero", mostrando que os EUA "e os seus satélites se aperceberam da sua impotência".

Neste sentido, o representante russo denunciou "a brutalidade e o cinismo" das autoridades norte-americanas ao abordar "a questão do fornecimento de armas letais a Kiev".

O embaixador russo disse que "as provocações dos EUA estão realmente fora de escala" e Washington está "tão obcecado com a ideia de derrotar a Rússia que não se apercebe da gravidade das suas ações".

A interferência da potência ocidental "só causa mais vítimas e prolonga a agonia do regime de Kiev", lê-se num comunicado divulgado pela embaixada russa na plataforma Telegram, na sexta-feira.

A Rússia também denunciou que os Estados Unidos "ignoraram as opiniões negativas dos aliados sobre os perigos do uso indiscriminado de munições de fragmentação", assim como "fecharam os olhos às vítimas civis".

No entanto, Antonov garantiu que o fornecimento de armas ocidentais "não impedirá de forma alguma a realização dos objetivos da operação militar especial destinada a erradicar as ameaças à segurança da Federação Russa, incluindo o nazismo alimentado na Ucrânia".

O Presidente dos EUA disse que foi "difícil", mas necessária, a decisão de enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia, como parte do novo pacote de ajuda militar, justificado por "os ucranianos estão a ficar sem munição".

Numa entrevista à cadeia de televisão CNN, Joe Biden indicou que a decisão foi acertada com os aliados, apesar das reservas da Alemanha e das críticas da organização não-governamental Human Rights Watch (HRW).

As bombas de fragmentação foram proibidas em mais de uma centena de países devido ao risco de causar danos a civis, uma vez que muitos subprojéteis lançados não explodem, podendo permanecer enterrados no solo e serem acionados facilmente.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia foi justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, invasão condenada pela comunidade internacional que tem respondido com envio de armamento, além da imposição de sanções políticas e económicas à Rússia.

Mais de nove mil civis, incluindo 500 crianças, foram mortos desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, disse a Missão de Monitorização dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, num comunicado divulgado na sexta-feira, dia em que os combates ultrapassaram a marca dos 500 dias.


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sexta-feira, 7 de julho de 2023

Presidente do Senegal defende entrada da União Africana no G20

© Lusa

POR LUSA   07/07/23 

A entrega à União Africana (UA) de um lugar no G20 permitiria reparar uma "injustiça", considerou hoje, em Aix-en-Provence, o presidente senegalês, Macky Sall, que apelou também a aumentar a solidariedade dos países desenvolvidos para com os pobres.

"A África no seu conjunto está no oitavo lugar em termos de produto interno bruto" (PIB), disse Sall, que discursava, por videoconferência, no quadro dos Encontros Económicos de Aix, no sul de França.

"Hoje, admitir o continente enquanto União Africana" no seio do G20 [Grupo dos 20, que junta as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia] permitiria reparar uma "injustiça", prosseguiu o chefe de Estado do Senegal e antigo presidente da UA.

"Há avanços na medida em que o conjunto dos membros do G20 deram o seu acordo para que África obtenha este lugar permanente", possibilidade que Macky Sall espera ver concretizada durante a próxima cimeira do G20, na Índia, no final deste ano.

Agora, apenas um Estado africano, a África do Sul, tem assento enquanto membro permanente no G20, que representa mais de 80% do PIB mundial.

Também presente hoje em Aix-en-Provence, a antiga diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e atual presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, defendeu o aumento do peso de África naquela instituição.

"Os países africanos têm dois lugares no [conselho de administração do] FMI, três no Banco Mundial", recordou.

"O terceiro lugar representando os países africanos no FMI deveria ser concebido no futuro próximo", considerou, enquanto recordava que a decisão pertence aos 190 "Estados membros" do FMI. O conselho de administração do FMI tem 24 diretores.

Por seu lado, Macky Sall apelou ainda ao aumento de reafetação dos direitos de saque especiais [DSE, uma espécie de moeda de reserva] dos Estados ricos em favor dos pobres.

No final de junho em Paris, os Estados desenvolvidos atingiram o seu objetivo de redirigir 100 mil milhões de dólares dos seus DSE para os Estados pobres, para financiar em particular o desenvolvimento e a transição climática.

"As necessidades são tão grandes para o conjunto dos países em desenvolvimento, que os 100 mil milhões de DSE não chegam, apesar de ser um balão de oxigénio importante", acrescentou Macky Sall.


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O Presidente da República, recebe em audiência os Ministros dos Negócios Estrangeiros da CEDEAO.


 Presidência da República da Guiné-Bissau


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  • Declarações à imprensa da presidente do Conselho dos Ministros da CEDEOA, Suzi Carla Barbosa, após o encerramento da Nonagéssima sessão ordinária do Conselho dos Ministros da organização regional.

CERIMÓNIA DE LANÇAMENTO DA PRIMEIRA PEDRA PARA CONSTRUÇÃO DAS CASAS DO INSS EM SAFIM

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O dia de hoje ficará gravado na história do nosso país. 

Com efeito, a realização  do “Projecto Imobiliário INSS/Safim”, através do INSS , em parceria com o Banco Atlantique e a Sociedade SIMMO LUXURY, vai contribuir para   uma mudança qualitativa importante das condições de habitação das nossas populações. 

O Instituto Nacional de Segurança Social que,  é o promotor deste projeto, vai poder criar  uma nova fonte de receitas e garantir o aumento das pensões dos reformados,  bem como a melhoria das suas prestações em geral.

Enquanto Presidente da República, estarei sempre disponível para apoiar na concretização de mais projetos sociais deste natureza, animado da mesma vontade de tudo fazer para criar melhores condições de vida e  o bem-estar do povo da Guiné-Bissau. 

Aproveito esta ocasião para encorajar o Senhor Director-Geral do INSS e a sua equipa, a Empresa SIMMO LUXURY e todas as pessoas envolvidas, à não pouparem  esforços, a fim de garantir a concretização desse Projecto Imobiliário que,  contempla diferentes tipos  de habitações, com  os serviços básicos que o Estado garante ao cidadão, nomeadamente infra-estruturas sanitárias, educacionais,  espaços de lazeres etc…

Trate-se de um investimento  necessário e viável , destinado a satisfazer a procura   de habitações modernas e de qualidade, por parte  de  cidadãos que vivem no território nacional, bem como na Diáspora. 

Em três anos,  demostramos ser possível, juntos, construímos uma outra Guiné-Bissau.

Várias são as obras iniciadas e concluídas, com centenas de quilómetros de estradas , infraestruturas administrativas e educativas totalmente  reabilitadas,  tais como  o Liceu Kwame Nkrumah e o Complexo “Cimeira dos 5” , onde será instalada a Escola Francesa. 

Todas estas realizações  têm como único propósito,  promover e servir o interesse colectivo, com determinação e redobrada energia, como temos feito, desde a nossa eleição na qualidade de Supremo Magistrado da Nação.

A comunidade local, convido a máxima colaboração na proteção  e conservação destas infra-estrutural, porque os cidadãos residentes nesta zona serão os principais beneficiários destes importantes investimentos. 

Muito Obrigado


A Primeira Dama, Sra. Dinisia Embalo, foi recebida em audiência de cortesia pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. 🇵🇹🇬🇼

 Presidência da República da Guiné-Bissau

MALI: Pelo menos três mortos em ataque contra coluna da missão da ONU no Mali

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POR LUSA   07/07/23 

Pelo menos três pessoas morreram num ataque ocorrido quinta-feira contra uma coluna logística da missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), anunciou hoje o contingente da organização.

Segundo a Minusma, na rede social Twitter, uma das suas colunas foi alvo de dois ataques na quinta-feira na zona de Ansongo, no leste do país.

O primeiro dos ataques provocou "três mortos e 11 feridos civis, dois dos quais ficaram em estado grave".

Os 'capacetes azuis', salienta-se na mensagem, "responderam aos dois ataques sem perdas".

A Minusma está a tratar da sua saída do país, o que deverá ocorrer antes do final do ano, em resultado da recente escalada das tensões políticas com o Governo maliano.

No final de junho, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que estabeleceu o fim da Minusma, que conta atualmente com cerca de 13.000 'capacetes azuis'.

A junta militar do Mali, chefiada por Assimi Goita, tinha exigido a partida "imediata" das tropas e recebeu esta semana o plano de retirada da Minusma.

As relações de Bamaco com a Minusma foram afetadas por um relatório da ONU sobre o massacre de mais de 500 pessoas em março de 2022 na cidade de Moura (centro), que apontava o exército maliano como o principal responsável.

O governo rejeitou "firmemente" o relatório e afirmou que as imagens de satélite obtidas pelos investigadores constituem um crime de "espionagem".

Nos últimos meses, Goita já tinha colocado a Minusma no centro das atenções, apelando a uma maior cooperação com o exército na realização das suas operações contra a ameaça terrorista, especialmente dos movimentos ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico.

A missão tem 'capacetes azuis' destacados no país desde 2013, embora as relações se tenham deteriorado na sequência dos golpes de Estado liderados por Goita em agosto de 2020 e maio de 2021 e dos adiamentos da junta para o estabelecimento de um calendário eleitoral para uma transição democrática.


Leia Também: Nigéria confirma surto de difteria na capital, Abuja

Nigéria confirma surto de difteria na capital, Abuja

© iStock

POR LUSA   07/07/23 

As autoridades nigerianas confirmaram hoje um surto de difteria na capital, Abuja, após a recente morte de um rapaz de 4 anos, em pleno pico de infeções com quase 800 casos confirmados até agora este ano.

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (NCDC, na sigla em inglês) indicou que o sistema de gestão de incidentes de difteria foi ativado "para coordenar as atividades de resposta", o que inclui o reforço dos esforços para detetar possíveis infeções e campanhas de sensibilização.

Desde dezembro de 2022, foram confirmados 798 casos em oito estados do país, com um total de 80 mortes, dos quais 782 em Kano (norte), o estado mais afetado.

Cerca de 71,7% dos casos foram detetados em crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 14 anos.

A difteria é uma doença infecciosa causada pela bactéria 'corynebacterium diphtheria', que infeta principalmente a garganta e o trato respiratório superior e produz uma toxina que afeta outros órgãos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A OMS refere que a toxina "pode, em casos graves, causar miocardite ou neuropatia periférica" e acrescenta que "a doença é transmitida através do contacto físico direto ou da inalação de secreções em aerossol provenientes da tosse ou espirros de indivíduos infetados".


Leia Também: Nigéria deverá assumir a próxima presidência da CEDEAO, diz Guiné-Bissau

Ucrânia. EUA confirmam fornecimento de munições de fragmentação a Kyiv

© Shawn Thew/EPA/Bloomberg via Getty Images

POR LUSA    07/07/23 

Os Estados Unidos fornecerão munições de fragmentação ('cluster') à Ucrânia, confirmou hoje a Casa Branca, ultrapassando uma barreira importante no tipo de armamento oferecido a Kyiv para se defender da Rússia.

"É uma decisão difícil, adiámo-la" por algum tempo, mas era "a coisa certa a fazer", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em conferência de imprensa.

Sullivan afirmou que o Presidente norte-americano, Joe Biden, tomou a decisão em consulta com aliados e após uma "recomendação unânime" da sua administração.

O conselheiro assegurou ainda que os ucranianos deram garantias "por escrito" sobre a utilização que darão a estas armas para minimizar "os riscos que representam para os civis".

A decisão surge apesar das preocupações generalizadas de que as controversas munições de fragmentação possam causar vítimas civis.

Sullivan disse que as munições que os Estados Unidos entregarão à Ucrânia têm uma taxa de não explosão - ou seja, as que permanecem no solo e por detonar -- inferior a 2,5%, indicando que haverá muito menos cartuchos não detonados que podem resultar em mortes não intencionais de civis.

Por outro lado, as bombas de fragmentação que a Rússia supostamente usou têm uma taxa de não explosão de 30 a 40%, de acordo com Sullivan.

Mais de uma centena de países, incluindo membros da NATO como a França e a Alemanha, opõem-se ao uso de bombas de fragmentação e ratificaram a Convenção sobre Munições de Fragmentação, da qual a Ucrânia, a Rússia e os Estados Unidos não fazem parte.

Sullivan também indicou que a Ucrânia não se deverá juntar à NATO no final da cimeira de Vilnius, marcada para a próxima semana, mesmo que essa questão seja levantada durante o evento.

Kiev "ainda tem muitas etapas a percorrer antes de se tornar um membro" da Aliança Atlântica, disse.

Antes da confirmação por parte da Casa Branca, o secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se hoje contra o uso de munições de fragmentação.

"O secretário-geral apoia a Convenção sobre Munições 'Cluster', que, como sabem, foi adotada há 15 anos. Ele quer que os países atuem de acordo com os termos dessa convenção. E, como resultado, é claro, ele não quer que haja um uso contínuo de munições 'cluster' no campo de batalha", disse o vice-porta-voz de Guterres, Farhan Haq, no seu 'briefing' diário à imprensa.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: Guterres contra uso contínuo de munições de fragmentação na guerra

O que leva as pessoas a fazer branqueamento de pele? ...Será uma questão de falta de informação sobre as consequências? ...Ou simples crença de que esse é o padrão de beleza ideal?

 VOA Português 

Declaração a imprensa do Presidente da República Umaro Sissoco Embalo após a cerimônia de lançamento da primeira pedra para a construção das casas comerciais do Instituto Nacional de Segurança Social_SAFIM

 Radio Voz Do Povo

”Mercado chinês vai tornar-se uma oportunidade para exportação da nossa castanha de caju”, diz Vogal de Conselho de Administração da instituição

Bissau, 07 Jul 23 (ANG) – O primeiro Vogal do Conselho de Administração da Agência  Nacional do Caju da Guiné-Bissau (ANCA-GB) revelou que está em curso uma ofensiva diplomática para tornar o mercado chinês numa “grande oportunidade” para a exportação de castanha de caju do pais

Mustafá Seide Bari falava em entrevista ao Jornal Nô Pintcha, e acrescenta que  o governo da Guiné-Bissau solicitou às autoridades de Pequim a abertura do seu mercado para aquisição da castanha guineense solicitação que, diz Bari, recebera uma reação satisfatória.

Mustafá Bari disse que as autoridades chinesas inclusive se disponibilizaram para prestar assistência técnica necessária para permitir a entrada do produto ao seu mercado.

Aquele responsável realça que a República Popular da China pode surgir como alternativa para o produto estratégico guineense devido à vários fatores, nomeadamente, por ser o maior mercado mundial e fazer ponte para abastecer o merccado regional.

Sublinhou que a próposito, o Governo chinês enviou às autoridades de Bissau questionários para responder em língua mandarim e que se encontra neste momento em tradução na Embaixada da Guiné-Bissau em Pequim, e que será remetida às autoridades alfandegárias daquele país.

Bari explicou que depois dessas formalidades uma missão técnica das Alfândegas da China visitará a Guiné-Bissau para proceder ao levantamento e conhecer os procedimentos de exportação e reconhecer os serviços administrativos da ANCA e o modelo de certificação que emite para a exportação.

Afirmou  que o governo chinês já nomeou um delegado do Ministério de Comércio Internacional do seu país junto à sua Embaixada em Bissau para tratar do assunto da castanha de caju.

“A qualidade da castanha de caju da Guiné-Bissau é natural e única do mundo, porque seus pomares não contém produtos químicos como acontece em muitos países”, salientou acrescentando que a amêndoa guineense tem um sabor natural e é mais saudável. 

ANG/MI/ÂC//SG    

Museus de Cabo Verde receberam mais de 18 mil turistas no 1.º semestre

© Lusa

POR LUSA   07/07/23 

Os museus de Cabo Verde receberam mais de 18 mil turistas no primeiro semestre do ano, aproximando-se do total do ano de 2022, de cerca de 24 mil, anunciou hoje o Instituto do Património Cultural (IPC).

Em comunicado, o IPC avançou que os museus de Cabo Verde, tutelados pelo Ministério da Cultura e Indústrias Criativas, contabilizaram no primeiro semestre 18.012 visitantes, mais de 7 mil do valor total alcançado no mesmo período em 2022, que contabilizou 10.851.

"Estes valores traduzem a grande aposta de ações de dinamização e valorização dessas estruturas, com grande enfoque na modernização de novos projetos museográficos, nomeadamente do Museu do Mar, e do mais recente e moderno Museu de Arqueologia da Boa Vista, inaugurado no passado 08 de junho", frisou o instituto cabo-verdiano.

Nos primeiros seis meses do ano, o museu mais visitado, quer por nacionais quer por estrangeiros, continuou a ser o Museu do Campo de Concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago, com 6.428 visitantes.

Em segundo aparece o Museu Etnográfico da Praia, com 3.430 visitantes e, em terceiro, o Museu do Mar, em São Vicente, com 2.332 entradas.

No caso do Museu do Mar, o IPC registou um aumento de visitantes, associado ao projeto de reabilitação do edifício e à apresentação de uma exposição temporária ocorridos em janeiro do corrente ano.

"O Museu de Arqueologia da Boa Vista, que apesar de ter as portas abertas há menos de 15 dias, contemplou num total de 203 visitantes, sendo a mais recente estrutura museológica e a mais nova oferta e atração turística da Boa Vista", salientou o IPC.

O instituto cabo-verdiano indicou que estão a ser realizados programas de divulgação que vão desde o contacto direto com o setor educativo e turístico, como no reforço dos mecanismos de comunicação digitais e que todos os museus que gere já integram o 'site' oficial (www.museus.cv), traduzido em três idiomas e dispõem de páginas individuais nas redes sociais para partilha de conteúdos.

"Estes dados atestam o valor que os bens culturais agregam aos destinos, ainda que o produto âncora esteja associado à natureza", terminou o IPC.

Em todo o ano de 2022, os museus cabo-verdianos receberam um total de 23.665 visitantes, um aumento de 179% em relação ao ano anterior, segundo dados do IPC.

Integram ainda a rede de museus de Cabo Verde a Casa da Morna Sodade, o Museu da Tabanca, o Museu do Mar, o Núcleo Museológico Cesária, a Casa Museu Eugénio Tavares e o Museu do Sal.

Cerca de 25% do Produto Interno Bruto e do emprego em Cabo Verde depende do turismo, setor que paralisou em março de 2020, com a pandemia de covid-19, depois de um recorde de 819 mil turistas no ano anterior, mas no ano passado o país recebeu um recorde de 836 mil turistas, confirmando a recuperação do setor.


Sissoco Embalo preside cerimónia de lançamento de pedra de construção de casas Residênciais e comerciais do Instituto Nacional de Segurança Social em Safim nos subúrbios de Bissau

 Radio TV Bantaba 

❗️🇬🇼 Presidente da República General do Exército Umaro Sissoco Embaló preside à cerimónia do lançamento da primeira pedra para a construção do Imobiliário em safim.

 Presidência da República da Guiné-Bissau 


CAFÉ: Tem mais energia quando bebe café? É provável que seja efeito placebo... Saiba o que dizem investigadores portugueses.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   07/07/23 

Muitos começam o dia com uma chávena de café. Porquê? É uma forma de ter mais energia. Mas será que funciona? Recentemente, uma equipa de investigadores portugueses, investigou este assunto e concluiu que o café pode ter efeito placebo. 

Então, analisaram os consumidores de café e tentaram descobrir se esse efeito depende efetivamente das propriedades da cafeína ou se está relacionado com a experiência em si, explicam os cientistas, citados no DailyMail. 

Para isso recrutaram indivíduos que bebiam no mínimo uma chávena de café todos os dias. Cada um fez uma ressonância magnética antes e depois de beber café. Os resultados foram disponibilizados na Frontiers in Behavioral Neuroscience

Com os exames descobriram que a conectividade da rede de modo predefinido - "envolvida nos processos de introspeção e autorreflexão" - diminui tanto depois de beber café como depois de ingerir cafeína. 

Isto sugere que ambos fazem com que as pessoas estejam "mais preparadas para passar do modo de "descanso" para o modo de "trabalho" nas tarefas".

Mas beber café também "aumentou a conectividade na rede visual superior e na rede de controlo executivo direita" Tratam-se de partes do "cérebro que estão envolvidas na memória de trabalho, no controlo cognitivo e no comportamento orientado por objetivos". Algo que não aconteceu quando os participantes bebiam apenas água quente com cafeína. 

Ou seja, segundo os investigadores, a cafeína em si não chega para o deixar mais acordado e pronto a trabalhar. É mesmo necessário ter a experiência de beber um café. 

Após duas semanas de peregrinação aos lugares sagrados da Arábia Saudita, a delegação da Guiné-Bissau ( Aladjes e Hadjas) regressa à Bissau e, foi recebida pelo vice-Primeiro-ministro.

 Radio Voz Do Povo 

PRÉSIDENTE DA RÉPUBLICA RECEBE PRESIDENTE DA COMISSÃO DA UEMOA

O Presidente da Republica recebeu, em audiência, o Presidente da Comissão da UEMOA, Abdoulaye DIOP.

Na ocasião, foram abordadas  as questões em agenda para a Cimeiras dos chefes de Estados e do Governo da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA), que a Guiné-Bissau acolhe pela primeira vez. 

O Presidente da Comissão passou ainda em revista temas relacionados com a economia da União, que está a recuperar de forma satisfatória do choque da pandemia.

Presidência da República da Guiné-Bissau

Presidente da Guiné-Bissau admite abdicar da presidência da CPLP

© Getty Images

POR LUSA    07/07/23 

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, admitiu abdicar da presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e optar antes por presidir à União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA).

"Tudo está em aberto. Estou a avaliar essa possibilidade, mas já estou a sentir a manifestação de um outro país que me pediu para lhe passar a presidência. Agora, estou a ponderar fazê-lo", disse Umaro Sissoco Embalo, em entrevista à Lusa e à RDP, quando questionado sobre se a Guiné-Bissau iria assumir a presidência da CPLP após São Tomé e Príncipe, que receberá a presidência de Angola na próxima cimeira, em 27 de agosto, em São Tomé.

O Presidente destacou também que no próximo ano, em 2024, a Guiné-Bissau deverá assumir, "em princípio", a UEMOA e que "preferia presidir" àquela organização monetária regional em detrimento da CPLP.

"É uma organização monetária da zona. Estamos num período em que estamos a pensar mudar o nome da nossa moeda e estamos a pensar na integração de mais países para termos a nossa moeda comum. Penso que esta batalha sub-regional é importante e depois tenho tempo de presidir à CPLP", explicou o Presidente.

A UEMOA foi criada em 1994 e tem como objetivo criar na África Ocidental um espaço económico com total liberdade de circulação de pessoas, capitais, bens e serviços e é integrada por oito países que têm como moeda única o franco cfa.

Além da Guiné-Bissau, a organização regional económica é integrada pelo Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo.

"A Guiné-Bissau é também candidata à presidência da União Africana. Tenho a solidariedade e o acordo dos meus colegas. Se não tivesse desempenhado bem a presidência da CEDEAO nunca poderia ser candidato à presidência rotativa da União Africana", disse Umaro Sissoco Embaló.

O presidente argumentou ainda que também tem de se concentrar na política interna, tendo já admitido que pretende recandidatar-se nas próximas presidenciais, previstas para 2025.

A CPLP realiza a sua cimeira em 27 agosto em São Tomé e Príncipe, sendo este país a assumir a presidência nos próximos dois anos.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.


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"Um teatro de enganos. A palavra de Putin, de Lukashenko, de Prigozhin, valem muito pouco"

Por sicnoticias.pt   07/07/23

Germano Almeida, comentador da SIC, faz uma análise aos últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, nomeadamente a promessa dos EUA à Ucrânia de envio de bombas de fragmentação, o encontro inédito entre Zelensky e Erdogan, a renegociação do acordo de cereais e o regresso de Prigozhin à Rússia.

Os EUA vão fornecer bombas de fragmentação à Ucrânia num novo pacote de ajuda militar que deverá ser anunciado hoje pelo Pentágono, no mesmo dia em que Zelensky se reúne com o Presidente da Turquia pela primeira vez desde o início da guerra. A Rússia ameaça mais uma vez bloquear o acordo de cereais e as palavras contraditórias de Putin e Lukashenko na análise do comentador da SIC Germano Almeida.

A Ucrânia já tem bombas de fragmentação e já as usou a nesta guerra. “A novidade é que a elas sejam dadas pelos Estados Unidos, o que vai aumentar bastante a capacidade ucraniana”.

“Não é uma decisão fácil [para os EUA] mas é um exemplo de como a Ucrânia precisa mesmo de um outro tipo de dimensão para compensar a ainda muito grande superioridade russa de meios”.

As bombas de fragmentação - as cluster - são proibidas em mais de 120 países, incluindo vários aliados da NATO, como Reino Unido, França, Alemanha, que assinam o Tratado Internacional de Proibição de Bombas de Fragmentação, tratado esse que não é assinado pelos Estados Unidos, Rússia e Ucrânia.

“As bombas de fragmentação aumentam a capacidade de munição da Ucrânia, mas tem vários perigos, nomeadamente deixam um rasto numa área muito grande e, portanto, usadas junto de perto populações civis, como é, infelizmente, o caso da guerra da Ucrânia tem consequências”.

Por seu lado, a Rússia está a receber mais drones do Irão, fundamentais para os ataques russos.

"O fornecimento de drones Shahed é fundamental [para a Rússia]. A onda de bombardeamentos da Rússia sobre cidades ucranianas começou nos últimos meses. Uma parte são mísseis de cruzeiro russos, como foi o caso ontem [do ataque] em Lviv que foram [mísseis] Kalibr, mas uma boa parte, 40 e 50%, do que é usado são os drones Shahed".

Zelensky reúne-se com o Presidente da Turquia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reúne-se hoje com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, em Istambul. Esta é a primeira visita de Zelensky à Turquia desde o início da guerra com a Rússia. A exportação dos cereais ucranianos no Mar Negro deverá ser o tema central do encontro entre os dois líderes.

“É muito importante que se Zelensky esteja na Turquia pela primeira vez desde o início da guerra. A Turquia tem tentado ter aqui um papel de mediação, mas em alguns aspetos continua um pouco mais próxima da Rússia do que da Ucrânia, mas é um país da NATO e, portanto, nesse sentido está no grande bloco que está a apoiar a Ucrânia, Erdogan tem sabido de forma inteligente usar isso”.

O acordo dos cereais foi mediado pela Turquia e pelas Nações Unidas e permite aos navios carregados de cereais sair dos portos da Ucrânia. No entanto, este entendimento termina no dia 17 de julho. A Rússia tem dito que não vê razões para o prolongar, mas Zelensky espera que Erdogan possa ajudar a desbloquear este impasse com Moscovo.

“Parece-me que vai ser também importante a possibilidade de a Turquia, mais uma vez - e já é a terceira ou quarta vez que o acordo cereais vai ser renovado e que a Rússia ameaça não o fazer - à última desbloquear a decisão”.

Prigozhin terá voltado à Rússia

O líder do grupo Wagner Prigozhin estará em São Petersburgo, segundo o Presidente da Bielorrússia.

“É um teatro de enganos que começa desde 24 de junho. Mostra que a palavra de Putin, de Lukashenko, de Prigozhin, vale muito pouco, porque dizem uma coisa, fazem supostamente um determinado acordo e depois é para não cumprir”.

Para Germano Almeida, “Putin está a mostrar é que manteve força suficiente para não cumprir a tal promessa revelada ao mundo nesse dia como solução de dar a Prigozhin a possibilidade de ir para a Bielorrússia e isso, supostamente não se confirma”.

O Presidente bielorrusso também se contradisse quando disse que Prigozhin e os mercenários eram bem vindos à Bielorrússia.

"Putin até se auto-incriminou porque tinha dito que o Estado russo estava a financiar com 2 milhares de milhões por ano o Grupo Wagner, sendo que a lei russa impede que o Estado financie diretamente grupos mercenários. Estamos aqui num teatro de enganos".

Nigéria deverá assumir a próxima presidência da CEDEAO, diz Guiné-Bissau

© Getty Images

POR LUSA   07/07/23

O Presidente da Guiné-Bissau e em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, disse que a Nigéria deverá ser o próximo país a assumir a presidência rotativa da organização regional.

Em entrevista à Lusa e RDP, por ocasião do final do mandato da Guiné-Bissau à frente da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló fez um balanço positivo da presidência da organização e adiantou que a Nigéria deverá assumir a presidência, no final da cimeira de chefes de Estado e de Governo, que se realiza no domingo, em Bissau.

"De um modo geral é complicado fazer uma autoavaliação, mas aquilo que me consta é que os meus homólogos disseram que foi um bom desempenho, sobretudo com uma dinâmica e termos participado em várias mediações de paz, que é o espírito da CEDEAO", disse.

O chefe de Estado salientou que "infelizmente" a organização não conseguiram concluir os processos de transição na Guiné-Conacri, Mali e Burkina Faso durante o seu mandato.

"De resto penso que desempenhámos a nossa presidência com grande êxito e não esqueça que é a primeira vez que um país lusófono presidiu a esta grande organização regional e isso é muito importante para a Guiné e Cabo Verde, mas também para a lusofonia", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

Questionado sobre a sua deslocação à Rússia e à Ucrânia no âmbito da presidência da CEDEAO, o Presidente guineense explicou que o espírito da organização é a "paz", referindo que decidiu ir aos dois países "manifestar que a África hoje não é só pedir, mas que também participa na busca de soluções pacíficas e de paz".

"Esta guerra acabará em cima de uma mesa e isso cada dia está a provar-se", salientou.

Sobre a integração e estabilização da sub-região, o Presidente guineense destacou que a "integração já está", referindo que a CEDEAO é a única zona de África onde as pessoas circulam sem necessitar de visto.

"Agora temos o aspeto da segurança, temos o problema dos 'jihadistas' no norte do Mali e no Burkina Faso e o Boko Haram na Nigéria e estamos a implementar uma força anti-golpe e de luta contra o terrorismo", afirmou.

Questionado sobre se a decisão definitiva de criação da força antigolpe e de luta contra o terrorismo sairá desta cimeira, Umaro Sissoco Embaló disse pensar que sim.

"Penso que sim, porque como sabem a Nigéria é um país que pode contribuir muito em termos efetivos, de logística, materiais e em termos monetários", disse.

Umaro Sissoco Embaló explicou também a razão pela qual decidiu não fazer dois anos à frente da organização sub-regional.

"Era para fazer dois anos, mas entendi que depois da derrota da maioria presidencial, não tenho condições para presidir à CEDEAO", afirmou.

"Para presidir à CEDEAO tem de haver uma sinergia, uma cumplicidade entre o Governo e o Presidente da República, porque, como sabem, é a ministra dos Negócios Estrangeiros que preside ao Conselho de Ministros, e é o ministro da Defesa e do Interior e durante a minha presidência são os meus tenentes", disse o Presidente.

"Agora que há uma outra maioria, não tenho condições, porque não haverá essa cumplicidade, haverá mais distância", salientou.

A Guiné-Bissau assumiu a presidência da CEDEAO há um ano.

Fazem parte da CEDEAO, o Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.