terça-feira, 6 de junho de 2023

Portugal: Proibida a exportação de 101 medicamentos

Por sicnoticias.pt   06/06/23

Esta proibição destina-se a assegurar o abastecimento do mercado nacional após a ocorrência de uma rutura e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes.

Vacinas contra a hepatite A, contra a difteria, tétano e tosse convulsa estão entre os 101 medicamentos que estão proibidos desde esta terça-feira para exportação, segundo uma circular informativa do Infarmed.

A circular informativa da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) atualiza os medicamentos que estão com a exportação temporariamente suspensa, uma lista que abrange todos os fármacos críticos que estiveram em rutura no mês de maio, bem como os medicamentos que estejam a ser abastecidos ao abrigo de autorização de utilização excecional.

A lista que entra esta terça-feira em vigor integra 101 apresentações de fármacos de várias categorias e substâncias ativas, entre os quais medicamentos para o tratamento da diabetes, antibacterianos, antipsicóticos, antipiréticos, ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, a vacina adsorvida pneumocócica poliosídica conjugada.

Segundo o Infarmed, esta proibição destina-se a assegurar o abastecimento do mercado nacional após a ocorrência de uma rutura e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes.

Ressalva que "esta proibição se aplica aos medicamentos incluídos na lista e não a medicamentos fabricados para exportação".

O Infarmed integra a rede europeia de pontos de contacto das autoridades nacionais competentes, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) e da Comissão Europeia que, desde abril de 2019, é utilizada para a partilha de informação sobre ruturas de abastecimento e questões de disponibilidade de medicamentos autorizados na União Europeia.


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Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ( ROJAE-CPLP) apresenta declaração preliminar sobre as eleições legislativas.


© Radio Voz Do Povo 

Leopold Sedar Domingos fez uma transmissão ao vivo.

ROUBO NA OBRAS DE AUTO-ESTRADA AEROPORTO SAFIM.

Três marginais prindido és madrugada na Auto estrada 🛣️ Aeroporto Safim, tudo tá indica de kuma é sta ba na tentativa de rinka varões ku sta armando na Baletas de obra 🏗️ em curso.

Por  Nickson Mendonça Da Silva 

GUERRA NA UCRÂNIA: Destruição de barragem qualificada como "ato ultrajante"

© Getty

POR LUSA    06/06/23 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, qualificou hoje como um "ato ultrajante" a destruição da barragem ucraniana de Kakhovka, considerando que demonstra a brutalidade da guerra da Rússia na Ucrânia.

"A destruição da barragem de Kakhovka coloca hoje em risco milhares de civis e causa graves danos ambientais", escreveu Stoltenberg na rede social Twitter.

"Este é um ato ultrajante, que demonstra mais uma vez a brutalidade da guerra da Rússia na Ucrânia", acrescentou.

A Ucrânia acusou hoje a Rússia de ter destruído a barragem situada na região de Kherson (sul), uma das quatro que Moscovo declarou como anexadas em 30 de setembro de 2022, sete meses depois de ter invadido o país vizinho.

A Rússia atribuiu a destruição da barragem no rio Dnipro às forças ucranianas.


Leia Também: A Ucrânia denunciou hoje a Rússia como um "Estado terrorista" perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), acusando-a de ter destruído a barragem de Kakhovka, no sul do país.

Agente do FBI condenado por espiar para a Rússia morre em prisão dos EUA

© PAUL J. RICHARDS/AFP via Getty Images

POR LUSA   06/06/23 

O agente norte-americano do FBI Robert Hanssen, espião para a extinta União Soviética e depois para a Rússia, morreu segunda-feira numa prisão nos Estados Unidos onde cumpria 15 penas consecutivas de prisão perpétua por trair os Estados Unidos.

Robert Hanssen, de 79 anos, foi "encontrado inconsciente" por volta das 07:00 horas locais (13.00 GMT), na prisão federal "Supermax" em Florence, no Colorado, onde estava desde 2002, informaram os serviços prisionais norte-americanos em comunicado.

A nota, sem fornecer detalhes sobre o motivo da morte, especifica que nenhum prisioneiro ou funcionário da prisão foi ferido e que não houve perigo para o público.

Robert Hanssen foi preso em 2001 e declarou-se culpado de 15 acusações de espionagem por vender material confidencial à União Soviética e à Rússia durante os últimos anos da Guerra Fria.

Na sua página de internet, o FBI refere-se a Robert Hanssen como "o espião mais prejudicial" da história, com atividades de espionagem desde 1985, nove anos depois de ingressar no FBI.


Ucrânia acusa Rússia de destruir barragem e alerta para inundações

© Twitter/ Mykhailo Podolyak

POR LUSA   06/06/23 

As autoridades ucranianas acusaram hoje as tropas russas de fazerem explodir a barragem da central hidroelétrica de Kakhovka e pediram aos residentes nas zonas junto ao rio Dnipro, no sul da Ucrânia, que abandonem as habitações.

O Comando Sul das Forças Armadas ucranianas avançou a destruição da infraestrutura, a 60 quilómetros da cidade de Kherson, e indicou que está a investigar a extensão dos danos, bem como a velocidade e a quantidade de água que deverá afetar as áreas vizinhas.


O chefe da Administração Militar Regional de Kherson, Oleksandr Prokudin, disse, num vídeo publicado na plataforma Telegram, pouco antes das 07:00 (05:00 em Lisboa), que "o exército russo cometeu mais um ato de terror" e alertou que a água deverá atingir "níveis críticos" dentro de cinco horas.

O Ministério do Interior ucraniano pediu aos residentes de 10 aldeias na margem direita do rio Dnipro e de partes da cidade de Kherson que reúnam os documentos essenciais e animais de estimação, desliguem os aparelhos elétricos e abandonem as casas.

Imagens que circulam nas redes sociais, e que parecem ser de uma câmara de vigilância, com vista para a barragem, mostram um foco de luz, uma explosão e a barragem a desabar.

O chefe do gabinete da Presidência ucraniana, Andriy Yermak, revelou que o Presidente Volodymyr Zelensky, convocou, de forma urgente, uma reunião do Conselho de Segurança do país, após "mais um crime de guerra cometido pelo terroristas russos".

Em resposta, Moscovo disse que a barragem desmoronou "devido a danos" causados pelo conflito, confirmando que os terrenos próximos estão a sofrer inundações.

"A barragem não aguentou, um suporte desabou e a inundação começou", disse uma fonte à agência de notícias oficial russa TASS.

O autarca da cidade ocupada de Nova Kakhovka disse que, por volta das 02:00 (23:00 de segunda-feira em Lisboa), as forças ucranianas realizaram "uma série de ataques à central hidroelétrica de Kakhovka, que destruíram as válvulas".

Também de acordo com a TASS, Vladimir Leontiev disse a água estava a sair da represa "de forma incontrolável".

A Ucrânia e a Rússia tinham vindo a trocar acusações sobre alegados ataques à barragem e, em outubro, Zelensky avisou que a Rússia tinha colocado explosivos na estrutura para causar uma inundação e dificultar o avanço das tropas ucranianas.

Em fevereiro, os níveis da água na barragem de Kakhovka estavam tão baixos que muitos temiam um colapso na central nuclear de Zaporijia, ocupada pelos russos, cujos sistemas de arrefecimento são abastecidos com água de um reservatório mantido pela barragem.

Em meados de maio, após fortes chuvas e com a neve de inverno a derreter, os níveis da água subiram além dos níveis normais, inundando aldeias próximas.


Leia Também: O presidente do Conselho Europeu disse hoje que vai propor aos líderes da União Europeia (UE) maior assistência à Ucrânia pelo "ataque sem precedentes" à central hidroelétrica de Kakhovka, acusando a Rússia de cometer um crime de guerra.


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Senegal vive calmaria após dias de confrontos

Por DW.COM   06/06/23  

No Senegal, após as violentas manifestações que abalaram o país nos últimos dias, a situação acalmou. Há pelo menos 500 detidos e 16 mortos. E o Governo tenta o diálogo para manter a ordem.

Nesta segunda-feira (05.06), a polícia senegalesa informou que pelo menos 16 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas nos confrontos entre as forças policiais e apoiantes do líder da oposição Ousmane Sonko.

Sonko, que ficou em terceiro lugar nas presidenciais de 2019, foi condenado há dias a dois anos de prisão, acusado por corrupção de menores. Mas os seus apoiantes, na sua maioria jovens, acusam o Governo de manobras para tentar impedir a sua candidatura às eleições presidenciais de 2024.

Em protesto, saíram às ruas na última quinta-feira envolvendo-se em confrontos violentos com as autoridades policiais.

Polícia e manifestantes entraram em confronto em Dakar nos últimos diasFoto: ZOHRA BENSEMRA/REUTERS

Pelo menos 500 detidos

Cerca de 500 pessoas estão detidas e a polícia denuncia a presença de forças ocultas entre os manifestantes. 

"As pessoas detidas durante estes acontecimentos são sobretudo indivíduos armados e perigosos. Entre elas, identificámos também menores e pessoas de nacionalidade estrangeira. A maioria das pessoas detidas estava na posse de cocktails Molotov e de armas brancas, bem como de armas de fogo de grande calibre", de acordo com Ibrahima Diop, Diretor da Segurança Pública.

Num comunicado de imprensa, o principal movimento da sociedade civil do Senegal, 'Y'en a marre', disse que a polícia não se pronunciou sobre o que mais preocupa os senegaleses.

Entretanto, várias organizações nacionais e internacionais pedem o fim das tensões. Biram Bass é membro da sociedade civil baseada em Dakar e diz que a situação não é boa "para o futuro dos nossos filhos e dos nossos irmãos".

"É lamentável. Isso poderia ter sido evitado", afirma Bass.

Além dos protestos, houve pilhagens e depredação de infraestruturas públicas e privadasFoto: ZOHRA BENSEMRA/REUTERS

Diálogo contra a crise

O Presidente Macky Sall convocou uma reunião de emergência do seu partido. O Secretariado-Executivo Nacional e a Aliança para a República, o partido presidencial, deveriam reunir-se ontem, segundo a imprensa senegalesa.

O diálogo para resolver crise no país estava no topo da agenda do encontro.

A polícia nacional considera que as manifestações registadas no Senegal são subversivas à ordem pública e não uma forma de expressão de opinião.

Segundo Ibrahima Diop, "os ataques visam as infraestruturas essenciais do Estado, como as centrais de produção de água e eletricidade, os transportes públicos, bem como as empresas e os bancos".

Polícia diz que pelo menos 500 pessoas foram detidas nos últimos diasFoto: JOHN WESSELS/AFP

"O objetivo destes ataques é perturbar a atividade económica do país e criar um clima de terror entre os nossos cidadãos", reforçou.

Falta de oportunidades

Mas, para o cientista político senegalês Moussa Diau, a falta de oportunidades para os jovens pode ter atiçado os ânimos.

"Muitos jovens que estão desempregados. Por isso, à mínima oportunidade, atacam o património público e invadem lojas porque têm fome. É uma forma de vingança da sociedade contra a forma como o poder político governa", avalia.

Apesar de uma relativa calmaria, vários manifestantes reunidos na Praça da Independência, em Dakar, gritavam esta segunda-feira que a resistência à opressão é um "dever moral e cívico".

EUA avisam China que "não vai demorar muito para alguém se magoar"

© Getty Images

POR LUSA   06/06/23 

Os Estados Unidos alertaram hoje a China que "não demorará muito para que alguém se magoe", após manobras de um navio militar chinês, este fim de semana, perto de Taiwan, a metros do contratorpedeiro americano USS Chung-Hoon.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em conferência de imprensa, expressou "a preocupação dos EUA" com o comportamento "inseguro e pouco profissional" da China.

Este tipo de eventos "podem levar a erros de cálculo quando há pedaços de metal desse tamanho, seja no ar ou no mar", disse John Kirby.

"Se operam tão de perto", continuou, "não vai demorar muito para que haja um erro de julgamento ou apenas um erro e alguém se magoe. E isso tornou-se inaceitável, deveria ser inaceitável também para eles", afirmou.

John Kirby considerou que há um aumento crescente da agressividade pelas forças chinesas, principalmente no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da Ásia.

O incidente com o contratorpedeiro americano e o navio de guerra chinês no Estreito de Taiwan, no sábado, ocorre após o Pentágono ter denunciado, em 30 de maio, manobras "desnecessárias" e "agressivas" de um caça chinês para intercetar um avião de reconhecimento dos EUA no Mar da China Meridional.


Leia Também: Vídeo expõe manobra perigosa de navio chinês no Estreito de Taiwan

ATIVISMO CLIMÁTICO: Estudo identifica 81 mulheres assassinadas por defenderem o ambiente

© Vuk Valcic/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

POR LUSA   05/06/23 

A quantidade de mulheres assassinadas por defenderem o ambiente nas últimas décadas ascende a 81, segundo um estudo publicado pela Nature Sustainability.

A repressão das ativistas inclui também deslocações, perseguição judicial e assédio físico.

O problema é mais grave na América Latina, Ásia e África, mas também ocorre na América do Norte e Europa.

Daqueles assassínios, 19 ocorreram nas Filipinas, sete na Colômbia e no Brasil, seis no México, quatro na Guatemala e no Peru, dois no Reino Unido e no EUA e um em Espanha.

As investigadoras apontaram para a necessidade de abordar a violência sistémica que incide sobre as mulheres defensoras do ambiente que, com frequência, "não é denunciada".

Avisaram também que esta informação mostra a perpetuação da violência contra as comunidades indígenas, minoritárias, pobres y rurais.

Estes conflitos ocorrem, por norma, quando os projetos de extração de recursos naturais para exportação implicam a expulsão de comunidades das suas terras e a destruição ecológica, o que ameaça a existência cultural e física daquelas comunidades, resumiu-se no texto.

Quando os defensores ambientais que se enfrentam a represálias violentas são mulheres, os incidentes não costumam ser documentados, por censura e falta de informação. Desta forma a violência contra as mulheres está subestimada em grande medida.

Dalena Tran, da Universidade Autónoma de Barcelona, e Ksenija Hanacek, da de Helsínquia, examinaram os casos disponíveis até janeiro de 2022 no Mapa Mundial de Justiça Ambiental, que recenseia conflitos relacionados com água, combustíveis fósseis, agricultura e desflorestação.

As autoras identificaram 523 casos em que estiveram envolvidas defensoras ambientais, concentrados na extração e recursos, agroindústria e indústria.


Leia Também: Quando morrer, ativista quer dar partes do corpo ao rei, a Musk e não só

Maior navio de guerra do mundo colocado sob comando da NATO na Noruega

© Mass Communication Specialist 2nd Class Ridge Leoni/U.S. Navy via Getty Images

POR LUSA   05/06/23 

O porta-aviões nuclear norte-americano "Gerald R. Ford", considerado o maior navio de guerra do mundo, foi colocado sob o comando da NATO para participar em manobras no mar da Noruega, noticiou hoje a Aliança Atlântica.

O Gerald R. Ford tem 333 metros de comprimento e 41 metros de largura, uma tripulação de 4.500 pessoas e pode acomodar até 90 aviões e helicópteros.

O porta-aviões chegou às águas do fiorde de Oslo há menos de duas semanas, em 24 de maio, e está desde sexta-feira sob comando aliado com o objetivo de realizar atividades de segurança marítima e de treino planeadas com as Forças Navais de Ataque e Apoio da NATO (SFN) no Mar da Noruega, informou a organização em comunicado.

A NATO diz ainda que se trata de um desdobramento "programado" do porta-aviões norte-americano, e que as atividades nas quais vai participar com outras capacidades de países aliados vão ocorrer na próxima semana, tendo a Noruega como anfitriã.

O grupo de ataque consiste no porta-aviões da classe Ford USS Gerald R. Ford (CVN 78), Carrier Air Wing Eight (CVW 8), Destroyer Squadron Two (DESRON 2), o míssil guiado da classe Ticonderoga cruzador USS Normandy (CG 60) e o contratorpedeiro de mísseis guiados classe Arleigh Burke USS Ramage (DDG 61).

Conforme explicado pela organização, a cooperação e a transição de Gerald R. Ford para o comando da NATO reforçam a interoperabilidade das forças aliadas e a agilidade das estruturas de comando e controlo da organização transatlântica.

"Esta transferência de autoridade é uma demonstração tangível e transparente das capacidades avançadas da Aliança em operações de 'domínio omni' e compromisso defensivo em toda a área de responsabilidade do Comandante Supremo Aliado na Europa (SACEUR)", disse a organização.

A última vez que a NATO assumiu o comando de um grupo de ataque de porta-aviões dos EUA foi em março de 2023, com o porta-aviões norte-americano USS George H.W. Bush no Mediterrâneo e a participação no exercício Neptune Strike.


Leia Também: A invasão russa da Ucrânia é um alerta de que "a liberdade não é de graça", referiu hoje o chefe do Estado-Maior do Exército norte-americano, que traçou um paralelo com os sacrifícios dos aliados no desembarque de 1944.

Marcelo tenciona ir com Costa à Guiné-Bissau para celebrar a independência

Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (Tiago Petinga/LUSA)

Cnnportugal.iol.pt, 05/06/23

O chefe de Estado manifestou vontade de assinalar todas as independências de países de língua oficial portuguesa, antigas colónias de Portugal, se for convidado

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta segunda-feira que tenciona deslocar-se à Guiné-Bissau em novembro deste ano, juntamente com o primeiro-ministro, António Costa, para celebrar a independência deste país.

Em declarações aos jornalistas na Cidade do Cabo, África do Sul, durante um encontro com portugueses e lusodescendentes, o chefe de Estado manifestou vontade de assinalar todas as independências de países de língua oficial portuguesa, antigas colónias de Portugal, se for convidado.

"Eu já estou disponível para ir no dia 15 de novembro, e irá também o senhor primeiro-ministro, à celebração da independência da Guiné-Bissau, que foi a primeira", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

A Guiné-Bissau foi a primeira colónia portuguesa em África a tornar-se independente. A independência foi proclamada unilateralmente em 24 de setembro de 1973, decorrida uma década de luta armada, mas há a intenção de promover comemorações em novembro.

As Nações Unidas reconheceram de imediato a independência da Guiné-Bissau, e Portugal apenas um ano mais tarde, em setembro de 1974, após o 25 de Abril.

Sobre as celebrações dos 50 anos da independência de Angola, em 2025, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: "No caso angolano, em conversas que tenho tido com o Presidente João Lourenço, já se admitiu a hipótese desse convite. É evidente que eu irei. E se entender o parlamento e o Governo irem também, acho muito bem".

Na sua opinião, essa presença do chefe de Estado português nestas celebrações "é simbolicamente muito forte".

A este propósito, o Presidente da República lembrou o seu discurso na sessão solene do 25 de Abril deste ano no parlamento, em que defendeu que Portugal deve não só "pedir desculpa – devida, sem dúvida" pela exploração e escravatura no período colonial, mas "assumir a responsabilidade" por tudo o que fez no passado.

Ter havido "um pedido de desculpa, mas, mais do que isso, o assumir a responsabilidade histórica pela colonização, e aquilo que nela houve de mau, e não apenas a historiografia do que teria havido de bom ou terá havido de bom, já foram passos dados", disse.

"Agora, é evidente que fica mais forte se o antigo colonizador for às independências e lá estiver a celebrar", considerou.

Ao mesmo tempo, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou a vontade de ver "os países que saíram independentes de uma experiência de séculos de colonização estarem no 25 de Abril de 2024", a celebrar os 50 anos da Revolução dos Cravos, que "acelerou o que era inevitável".

O Presidente da República referiu que o primeiro-ministro, António Costa, se articulou consigo para transmitir esse convite ao Presidente de Angola, João Lourenço, e que se estende também a Timor-Leste, além dos países africanos de língua portuguesa.

Questionado sobre a polémica acerca da presença do Presidente do Brasil, Lula da Silva, no parlamento no 25 de Abril deste ano, o chefe de Estado respondeu que "as comemorações dos 50 anos serão mais vastas" do que o habitual.

No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que, "se for caso de a Assembleia da República entender", os presidentes convidados marquem presença no parlamento: "É impossível serem todos oradores, mas qualquer coisa de simbólico".

Marcelo Rebelo de Sousa chegou hoje à África do Sul, onde ficará até quinta-feira, para comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Na terça-feira, será recebido em Pretória pelo Presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, em visita oficial qualificada como de Estado pelas autoridades sul-africanas.

Na quarta-feira, as comemorações do Dia de Portugal irão prosseguir em Joanesburgo e Pretória, contando também com a participação do primeiro-ministro, António Costa, vindo de Angola, juntamente com o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

COLIGAÇÃO PAI TERRA-RANKA PEDE CALMA AOS MILITANTES E AGUARDA OS RESULTADOS DA CNE

 O DEMOCRATA  05/06/2023  

A Coligação Plataforma da Aliança Inclusiva- PAI Terra Ranka liderada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde ( PAIGC) pediu calma aos  seus militantes enquanto se aguarda os resultados a serem anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

O apelo da coligação foi transmitido pelo porta-voz do PAIGC, Minuro Conté,  lembrando que  as atas sínteses de apuramento estão afixadas em público, razão pela qual devem  fazer fé nos resultados que saíram da votação de domingo, porque” estão perante um processo que pode ser desvirtuado”.

“Façam  fé na Comissão Nacional de Eleições, que trabalhou arduamente num contexto de muita  pressão”, aconsehou.

O Secretário para a Comunicação, Informação e Documentação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e Porta-voz da Coligação PAI Terra-Ranka agradeceu os eleitores pela afluência ordeira às urnas no domingo.

Muniro Conté, que  falava em conferência de imprensa esta segunda-feira, 05 de junho de 2023, agradeceu  às forças de defesa e segurança pelo seu desempenho no asseguramento do processo.

“O sistema eleitoral guineense é transparente. Com as novas tecnologias pode-se escanear as atas síntese do apuramento, permitindo aos cidadãos ter acesso às atas síntese, aos resultados expressos nas urnas”, sublinhou.

Muniro Conté informou que projeto político da Coligação PAI Terra-Ranka quer tranquilizar os seus militantes em como, pelos registos a que tiveram acesso ontem, após a votação, ficaram tranquilos e confortáveis.

Quero acreditar que há partidos que já estarão a sentir que os  resultados não lhes favorecem, de maneira que neste momento estão a aguardar a proclamação oficial dos resultados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE)”, ironizou.

Muniro disse existir  denúncias, através das redes sociais, de que há uma tentativa de adulterar os resultados que foram apurados nas assembleias de voto, mas “fazemos fé que as CRE e a CNE serão leais aos resultados que receberam das mesas de apuramento”.

“É óbvio que vamos ter reclassificações e protestos, mas  alterar os resultados, defraudar as expectativas do povo, não será possível. Os resultados já foram afixados”, disse.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

SENEGAL: Meste corânico detido no Senegal sob acusação de violação de alunas

© Getty Images

POR LUSA   05/06/23 

Um mestre corânico senegalês, suspeito de ter violado 27 das suas alunas em Touba, foi hoje detido nesta cidade do centro do país, após várias semanas em fuga, anunciou fonte policial.

O presumível violador "foi detido hoje depois de se ter apresentado à polícia" e, "depois de interrogado, foi entregue à guarda", disse o oficial da polícia de Touba, confirmando uma notícia publicada na imprensa local.

O suspeito "estava em fuga" há várias semanas, referiu ainda o agente.

Touba é uma cidade considerada santa pelos Mourides, uma importante confraria religiosa muçulmana do Senegal.

O mestre corânico, cuja idade não foi indicada, desapareceu desde o início do processo, no primeiro trimestre, na sequência de uma queixa apresentada pelas vítimas, que apresentaram atestados médicos, acrescentou a fonte.

O detido é acusado de "violar 27 alunas na sua escola em Touba", acrescentou. As alegadas agressões ocorreram ao longo de um período de tempo, disse, sem dar mais pormenores, designadamente a idade das vítimas.

As vítimas são "menores", o que sugere que têm menos de 15 anos, e a escola corânica, onde são dadas aulas sobre o Islão, foi encerrada, segundo a imprensa local.

O caso veio a lume quando uma das raparigas se recusou a regressar à escola porque o mestre corânico "mantinha relações sexuais com ela e com todas as outras raparigas", escreveu o diário le Jour, na edição de 31 de maio.

Este caso coincide com a sentença proferida na semana passada contra o líder da oposição Ousmane Sonko, acusado de violar uma empregada de um salão de beleza em Dacar.

Ousmane Sonko acabou por ser absolvido da acusação de violação, mas foi condenado a dois anos de prisão por ter incitado a jovem a cometer um atentado ao pudor.

O caso dominou as manchetes dos jornais durante dois anos. Mas a questão da violência sexual foi relegada para segundo plano devido à politização do caso.

O Parlamento senegalês criminalizou a violação em 2020.


segunda-feira, 5 de junho de 2023

Media russos transmitem 'deepfake' com falso discurso de Putin

© Twitter

POR LUSA   05/06/23 

Um falso discurso do Presidente russo, Vladimir Putin, sobre a evacuação das regiões de Kursk, Belgorod e Bryansk, na fronteira com a Ucrânia, foi transmitido em algumas emissoras locais, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Houve um ataque em algumas regiões. Especificamente, na Rádio Mir e em alguns órgãos de comunicação. O conteúdo já foi removido e tudo está sob controlo", afirmou Peskov, acrescentando que uma investigação já está em curso.

A transmissão em questão é um vídeo do Presidente russo realizado com um tipo de tecnologia que permite criar conteúdos multimédia falsos, mas de aparência autêntica, que resulta da manipulação informática de sons e imagens, conhecida por 'deepfake', segundo as primeiras investigações sobre o incidente, relatadas pela agência russa TASS.

O conteúdo da gravação era constituído por um discurso de emergência de Putin, em que especificava que era necessária uma retirada imediata da população antes da entrada de tropas ucranianas naquelas regiões, ao mesmo tempo em que anunciava a aplicação da lei marcial no país por esse motivo.

A Interstate Radio and Television Company (MTRK) também emitiu um comunicado sobre a falsificação da mensagem e deixou claro que a gravação, bem como as informações transmitidas durante o período da hora de almoço, eram "provocações".

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo as Nações Unidas, têm admitido que será muito elevado.

A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais no fornecimento de armamento, aliados esses que também impuseram sanções contra os interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra no território ucraniano.


Leia Também: Putin sem reunião agendada com enviado do Papa, revela Kremlin

AUDIÊNCIA : Presidente da República, recebeu hoje em audiência o Comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da União Africana, Bankole Adooye.

  Presidência da República da Guiné-Bissau   05.06.2023 

Exclusivo: Ucrânia tem agentes de sabotagem dentro da Rússia e está a entregar-lhes drones para ataques

Por CNN, 05/06/23

A Ucrânia tem cultivado uma rede de agentes e simpatizantes no interior da Rússia que trabalham para levar a cabo atos de sabotagem contra alvos russos e começou a fornecer-lhes drones para a realização de ataques, disseram à CNN várias fontes familiarizadas com os serviços secretos norte-americanos sobre o assunto.

As autoridades norte-americanas acreditam que estes agentes pró-ucranianos no interior da Rússia levaram a cabo um ataque com drones que visou o Kremlin no início de maio, lançando drones a partir do interior da Rússia em vez de os transportar da Ucrânia para Moscovo.

Não é claro se outros ataques com drones levados a cabo nos últimos dias - incluindo um que visou um bairro residencial perto de Moscovo e outro que atingiu refinarias de petróleo no sul do país - foram também lançados a partir do interior da Rússia ou conduzidos por esta rede de agentes pró-ucranianos.

As autoridades norte-americanas acreditam que a Ucrânia desenvolveu células de sabotagem no interior da Rússia, constituídas por uma mistura de simpatizantes pró-ucranianos e operacionais bem treinados neste tipo de guerra. Crê-se que a Ucrânia lhes forneceu drones de fabrico ucraniano e dois funcionários norte-americanos disseram à CNN que não há provas de que qualquer dos ataques com drones tenha sido efetuado com drones fornecidos pelos EUA.

Os responsáveis não puderam dizer de forma conclusiva como é que a Ucrânia conseguiu colocar os drones atrás das linhas inimigas, mas duas das fontes disseram à CNN que a Ucrânia estabeleceu rotas de contrabando que poderiam ser utilizadas para enviar drones ou componentes de drones para a Rússia, onde poderiam depois ser montados.

"O dinheiro faz maravilhas"

Um funcionário dos serviços secretos europeus observou que a fronteira russo-ucraniana é vasta e muito difícil de controlar, o que a torna propícia ao contrabando - algo que, segundo ele, os ucranianos têm feito durante a maior parte da década em que estiveram em guerra com as forças pró-russas.

"Também há que ter em conta que esta é uma zona periférica da Rússia", acrescentou. "A sobrevivência é um problema de todos, por isso o dinheiro faz maravilhas."

Drone explode perto da cúpula do Kremlin em Moscovo, nesta imagem retirada de um vídeo obtido pela Reuters a 3 de maio de 2023. Ostorozhno Novosti/Reuters

Fontes disseram à CNN que não se sabe exatamente quem controla estes bens, embora as autoridades norte-americanas acreditem que estejam envolvidos elementos da comunidade de serviços secretos da Ucrânia. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky estabeleceu parâmetros gerais para o que os seus serviços de informação e segurança estão autorizados a fazer, disseram duas das fontes, mas nem todas as operações requerem a sua aprovação.

Solicitado a comentar, um porta-voz do chefe do Serviço de Segurança ucraniano sugeriu à CNN que as explosões misteriosas e os ataques de drones dentro da Rússia iriam continuar.

"Só comentaremos o 'algodão' depois da nossa vitória", disse. Citando o chefe do Serviço de Segurança, Vasyl Malyuk, o porta-voz acrescentou que, independentemente disso, "o 'algodão' tem estado a arder, está a arder e vai continuar a arder".

"Algodão" é uma gíria que os ucranianos utilizam para se referirem a explosões, normalmente na Rússia ou em territórios ocupados pela Rússia na Ucrânia. As suas origens remontam às primeiras semanas da guerra e resultam do facto de a palavra russa para "explosão" ser muito semelhante à palavra ucraniana para "algodão".

O culminar de meses de esforços

Ao longo do último ano, tem havido um ritmo constante de incêndios e explosões misteriosas no interior da Rússia, tendo como alvo depósitos de petróleo e de combustível, caminhos-de-ferro, gabinetes de alistamento militar, armazéns e oleodutos. Mas, nas últimas semanas, as autoridades têm vindo a registar um aumento destes ataques em solo russo, a começar pelo ataque ao edifício do Kremlin. Parece ser "o culminar de meses de esforços" por parte dos ucranianos para criar as infraestruturas necessárias a este tipo de sabotagem, disse uma das fontes familiarizadas com as informações.

"Há meses que há uma pressão bastante consistente por parte de alguns na Ucrânia para serem mais agressivos", disse a fonte, falando sob anonimato devido à sensibilidade dos serviços secretos dos EUA. "E tem havido certamente alguma vontade a níveis superiores. O desafio tem sido sempre a sua capacidade de o fazer."

Um perito inspeciona a fachada danificada de um edifício de apartamentos após um ataque de drones em Moscovo, a 30 de maio de 2023. Kirill Kudryavtsev/AFP/Getty Images

O chefe dos serviços secretos militares da Ucrânia, Kyrylo Budanov, propôs sistematicamente alguns dos planos mais ousados para operações contra a Rússia e valoriza atos simbólicos, disseram à CNN responsáveis norte-americanos.

De acordo com o Washington Post, documentos confidenciais do Pentágono divulgados online no início deste ano revelaram que a CIA pediu a Budanov que "adiasse" os ataques contra a Rússia no aniversário da invasão da Ucrânia. Budanov concordou com o pedido da CIA, segundo os documentos confidenciais. Mas os drones foram vistos perto de Moscovo a 28 de fevereiro, poucos dias depois do aniversário de um ano da guerra.

Outro relatório dos serviços secretos dos EUA, obtido pela CNN, que tem como fonte os serviços secretos de sinais [intercetação e interpretação de sinais de rádio, sinais de radar e telemetria], diz que Zelensky, no final de fevereiro, "sugeriu atacar os locais de implantação russos na região russa de Rostov" utilizando drones, uma vez que a Ucrânia não possui armas de longo alcance capazes de chegar tão longe.

Não é claro se esse plano avançou, mas instalações petrolíferas en Rostov incendiaram-se depois de terem sido atingidas por drones suspeitos várias vezes ao longo do último ano - ataques que a Rússia está agora a investigar e que atribuiu a "ações criminosas das formações armadas da Ucrânia".

"Tudo o que vou comentar é que temos matado russos", disse Budanov ao Yahoo News no mês passado, quando questionado sobre o ataque com carro-bomba que matou a filha de uma importante figura política russa nos subúrbios de Moscovo no ano passado. A comunidade dos serviços secretos dos EUA avaliou que essa operação foi autorizada por elementos do governo ucraniano.

"E continuaremos a matar russos em qualquer parte do mundo até à vitória completa da Ucrânia", acrescentou Budanov.

Uma estratégia militar inteligente

Publicamente, os altos responsáveis norte-americanos condenaram os ataques dentro da Rússia, alertando para a possibilidade de uma escalada da guerra. Mas, em declarações à CNN, responsáveis norte-americanos e ocidentais afirmaram acreditar que os ataques transfronteiriços são uma estratégia militar inteligente que pode desviar os recursos russos para a proteção do seu próprio território, numa altura em que a Ucrânia se prepara para uma grande contraofensiva.

Na terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido disse aos jornalistas que a Ucrânia tem "o direito de projetar a força para além das suas fronteiras para minar a capacidade da Rússia de projetar a força na própria Ucrânia". "Alvos militares legítimos para além das suas próprias fronteiras são reconhecidos internacionalmente como fazendo parte da autodefesa de uma nação. Devemos reconhecer isso."

O vice-almirante francês Nicolas Vaujour, chefe de operações do Estado-Maior Conjunto, disse à CNN na sexta-feira que os ataques dentro da Rússia são apenas "parte da guerra" e oferecem uma oportunidade para enviar uma mensagem à população russa.

"Há uma guerra e isso pode preocupar-vos [o público russo] no futuro", disse Vaujour sobre os ataques. "Por isso, é uma boa forma de os ucranianos enviarem uma mensagem não só a Vladimir Putin, mas também à população russa", acrescentou.

Relativamente aos atentados, disse que não era "proibido" à Ucrânia pensar nisso.

Responsáveis ucranianos, além disso, disseram em privado que planeiam continuar os ataques dentro da Rússia porque é uma boa tática de distração que está a forçar a Rússia a preocupar-se com a sua própria segurança interna, de acordo com uma fonte americana que falou com oficiais ucranianos nos últimos dias.

Numa atualização dos serviços secretos, o Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou que os ataques de grupos pró-ucranianos e os ataques de drones na região fronteiriça de Belgorod forçaram a Rússia a utilizar "toda a gama de poder de fogo militar no seu próprio território".

"Os comandantes russos enfrentam agora um dilema agudo", indica o documento, "entre reforçar as defesas nas regiões fronteiriças da Rússia ou reforçar as suas linhas na Ucrânia ocupada".

CFM, Conferência de imprensa Coligação PAI Terra Ranka. Data: 05.06.2023 Não temos direitos autorais

Rádio Capital Fm 

Domingos Simões Pereira: "Não há qualquer dúvida sobre a vitória"

Domingos Simões Pereira (c.) no dia das eleições legislativas, em BissauFoto: Alison Cabral/DW

Por Braima Darame  DW.COM   05/06/23

A coligação PAI - Terra Ranka está à frente na contagem de votos das legislativas da Guiné-Bissau, segundo as atas das assembleias de votação consultadas pelo PAIGC. Líder do partido, Domingos Simões Pereira, falou à DW.

"Confirmo que não só a coligação PAI - Terra Ranka vai à frente, como certamente está a reunir uma maioria absoluta consolidada. Portanto, estamos seguros de que não há qualquer dúvida sobre a vitória da coligação nestas eleições legislativas", diz Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em declarações à DW esta segunda-feira.

Apesar de Simões Pereira não assegurar que, no caso de vitória da coligação, seja indicado como primeiro-ministro, adianta que não descarta essa hipótese.

"Eu sou um quadro e um responsável, neste caso o presidente do maior partido político do país e desta coligação, e certamente não posso privar a coligação e o povo guineense dos meus préstimos", frisou.

"A coligação entendeu desde o primeiro momento acompanhar a visão do PAIGC e reservar-se ao direito de, após a proclamação desses resultados, consultar os órgãos competentes e tomar a decisão que considerar mais consentânea com a circunstância atual", acrescentou.

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, avisou no domingo que só trabalharia com "políticos sérios", ecoando declarações anteriores de que se recusaria a nomear Domingos Simões Pereira como primeiro-ministro se a coligação PAI - Terra Ranka ganhasse as eleições.

"Ambiente tranquilo" na votação

Sobre o processo eleitoral, Domingos Simões Pereira considera que "globalmente correu num ambiente tranquilo e apaziguado".

"Houve aqui e ali alguns pequenos incidentes próprios da complexidade desse tipo de exercícios, mas penso que foram sendo sanados. E no global, a maioria dos inscritos pôde exercer o seu direito de voto", concluiu.

Num comunicado de balanço lido no domingo (05.06) pelo secretário-executivo adjunto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Idrissa Djaló, considerou que o pleito decorreu "num clima de muita cordialidade, cooperação e solidariedade", e afirmou que os resultados provisórios serão divulgados "a partir de quarta-feira".

Cerca de 900 mil eleitores guineenses foram chamados a escolher no domingo os novos deputados e o partido que vai formar o Governo entre 22 formações políticas, nas sétimas legislativas desde a abertura ao multipartidarismo, em 1994.

Legislativas antecipadas - Secretário Executiva da CNE confirma início de votação no Senegal

Bissau, 05 Jun 23 (ANG) – A Secretária Executiva da Comissão Nacional de Eleições (CNE), confirmou o início hoje da votação dos guineenses residentes no Senegal, que não se realizaram no domingo devido as manifestações populares ocorridas naquele país.

Em declarações exclusivas à ANG, Felisberta Moura disse que os guineenses no Senegal já iniciaram a votação desde às 07 horas desta segunda-feira.

O voto dos guineenses no Senegal, que devia acontecer no Domingo, dia 04 de junho, dia da votação oficial no país e na diáspora, foi adiado devido aos confrontos violentos entre os opositores do regime do Presidente Macky Sall e as forças de segurança, na sequência da prisão de um opositor na semana passada.

“Entretanto a única preocupação tem a ver com os boatos que pairavam de que as pessoas iam sair de novo para as manifestações nas ruas de Dakar à partir das 11 horas de hoje, mas até esse momento, nada aconteceu sobretudo na capital senegalesa e a votação está a decorrer normalmente”, salientou.

Felisberta Moura disse contudo que até ao momento, registava-se  pouca afluência dos eleitores nas Assembleias de votos, frisando que supõem-se ser motivada pela situação de anúncio de novas manifestações.

“Na localidade Tchiês, que disseram que já estão a decorrer as manifestações em alguns locais,  as forças de ordem estão a proteger os Brigadistas e os trabalhos estão a decorrer bem”, sublinhou.

Perguntada sobre se os atrasos no início de votação no Senegal não irá criar transtornos na divulgação dos resultados provisórios previstos para a próxima quarta-feira, Moura respondeu que não, tendo em conta que é um Circulo de África e pode ficar por apurar.

“Não sei quem disse que os resultados provisórios serão divulgados na quarta-feira, porque a CNE ainda não decidiu se vai ser na quarta-feira ou não”, salientou.

A Secretária Executiva da CNE afirmou que à partir da votação no Senegal, como já se iniciou hoje, provavelmente até o final do dia, estarão em condições de dizer o dia em que vão anunciar os resultados provisórios.

Abordada sobre informações que circulam nas redes sociais de que algumas urnas terão sido  desviadas depois da votação de Domingo, Felisberta Moura disse que isso não corresponde à verdade.

“Não temos nenhuma informação ao nível do território nacional, de que algumas urnas foram desviadas, tanto ao nível do Secretariado Executivo,  como da Plenária”, salientou.

Aquela responsável disse que estão em contato permanente com os Presidentes das Comissões Regionais das Eleições(CREs), e que têm  informações de que as urnas foram já recolhidas em todas as CREs com exepção das Ilhas, que têm as suas particularidades mas que tudo será resolvido. 

ANG/ÂC//SG

PR Umaro Sissoco Embalo recebeu esta segunda-feira (05.06) em audiência o Comissario para o paz dos assuntos politicos e Segurança da União Africana

"Queremos garantir o povo da Guiné-Bissau que lideres da União Africana continuam firmes Tolerância zero nas mudanças inconstitucionais". _disse o Comissario para o paz dos assuntos politicos e Segurança da União Africana_Bankole Adooye após a saida de audiência com chefe do estado General Umaro Sissoco Embalo

 Radio Voz Do Povo

Decorre em Bissau, de 05 a 09 de Junho, seminário sobre prevenção à fraudes documentais destinado aos agentes dos Serviços de Migração e Fronteiras.

 Radio TV Bantaba

EUA: Vídeo expõe manobra perigosa de navio chinês no Estreito de Taiwan

© Reuters

POR LUSA   05/06/23 

O Exército dos Estados Unidos divulgou hoje um vídeo que expõe uma manobra chinesa perigosa no Estreito de Taiwan, na qual um navio da marinha chinesa cortou bruscamente o trajeto de um navio de guerra norte-americano.

O incidente ocorreu no sábado, quando o contratorpedeiro USS Chung-Hoon e a fragata canadiana HCS Montreal realizavam o que os EUA designam como "operação de liberdade de navegação", entre a ilha de Taiwan e a China continental.

A China reivindica Taiwan como uma província sua e defende que o Estreito é parte da sua zona económica exclusiva, enquanto os EUA e os países aliados navegam regularmente e sobrevoam o espaço aéreo, para enfatizar a sua noção de que se trata de águas internacionais.

Durante a passagem no sábado, o contratorpedeiro chinês de mísseis guiados ultrapassou o Chung-Hoon a bombordo e desviou-se na sua proa a uma distância de cerca de 137 metros, de acordo com o Comando para o Indo-Pacífico dos EUA.

O contratorpedeiro norte-americano manteve o seu curso, mas reduziu a velocidade para 10 nós "para evitar uma colisão", disseram os militares.

As imagens divulgadas hoje mostram o navio chinês a cortar o curso do contratorpedeiro norte-americano e a endireitar-se, para começar a navegar numa direção paralela.

O Comando para o Indo-Pacífico disse que as ações violaram as regras marítimas de passagem segura em águas internacionais.

O navio chinês não tentou uma manobra semelhante na fragata canadiana, que navegava atrás do contratorpedeiro norte-americano.

"O trânsito do Chung-Hoon e do Montreal pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso conjunto dos EUA e do Canadá com um Indo-Pacífico livre e aberto", afirmou o Exército norte-americano, em comunicado. "Os militares dos EUA voam, navegam e operam com segurança e responsabilidade em qualquer lugar permitido pela lei internacional", acrescentou.

Os EUA recentemente acusaram a China de realizar também uma "manobra desnecessariamente agressiva" no ar, sobre o Mar do Sul da China.

Um caça chinês, modelo J-16, é visto num vídeo difundido pelo Pentágono a voar nas proximidades de um avião norte-americano, um RC-135, que é normalmente utilizado para vigilância. O piloto chinês posicionou-se então bem à frente do RC-135, que foi forçado a voar através da turbulência provocada pelo caça chinês.

A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos. Os EUA também não reconhecem as reivindicações de Pequim sobre um território marítimo estratégico, através do qual passam cerca de cinco biliões de dólares (cerca de 4,68 biliões de euros) em comércio internacional todos os anos.

O incidente no Estreito de Taiwan ocorreu no mesmo dia em que o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e o ministro da Defesa da China, o general Li Shangfu, participam em Singapura no mais importante evento sobre segurança da região Ásia -- Pacífico, o Diálogo de Shangri-La.

No domingo, Li acusou os EUA e os seus aliados de criarem perigos e de tentarem provocar a China, com as suas operações.

"O melhor é que os países, especialmente as suas embarcações de guerra e caças, não realizem operações de aproximação em torno dos territórios de outros países", disse Li. "Qual é o sentido de irem para lá? Na China, dizemos sempre: ' Trata da tua vida que eu trato da minha'", argumentou.

Pequim e Washington assinaram acordos para lidar com "eventos inesperados" entre as suas forças aéreas e navais, mas a comunicação entre os dois exércitos foi suspensa pela China, devido ao apoio militar e à venda de armas a Taiwan pelos Estados Unidos ou o abate de um alegado balão de espionagem chinês no espaço aéreo norte-americano.

Pequim rejeitou esta semana um encontro entre Austin e Li, em Singapura.

A China interceta frequentemente aviões e navios militares dos EUA e dos aliados nos mares do Sul e Leste da China e no Estreito de Taiwan.

Ações semelhantes resultaram num acidente aéreo, em 2001, sobre o Mar do Sul da China, entre um caça chinês e um avião de vigilância da Marinha dos EUA. O avião chinês ficou destruído e o piloto morreu.

O avião danificado dos EUA pousou numa base da força aérea da marinha chinesa, levando à detenção da tripulação e a um impasse diplomático entre os dois países.


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