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POR LUSA 07/04/23
Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos pediram hoje à comunidade internacional para repatriar trabalhadores norte-coreanos no estrangeiro para reduzir as remessas utilizadas para financiar o programa de armas de destruição maciça de Pyongyang.
Os três diplomatas, Kim Gunn (Coreia do Sul), Takehiro Funakoshi (Japão) e Sung Kim (EUA), emitiram uma declaração no final da reunião trilateral, em Seul, na qual condenaram os repetidos lançamentos de mísseis balísticos do regime norte-coreano, "bem como a retórica desestabilizadora relacionada com a utilização de armas nucleares".
A reunião decorreu dez dias depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter inspecionado ogivas nucleares táticas, um tipo de armamento que Pyongyang nunca antes exibira, quando a Coreia do Norte procura desenvolver armas atómicas de curto alcance para potencial utilização contra a Coreia do Sul ou países vizinhos, como o Japão.
Na declaração, os três diplomatas sublinharam "que, de acordo com a resolução 2397 de 2017 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os Estados-membros devem repatriar todos os trabalhadores da República Popular Democrática da Coreia [RPDC, nome oficial da Coreia do Norte] que estejam a gerar rendimentos nas jurisdições" respetivas.
O texto "deplora as violações dos direitos humanos" envolvidas no desvio dos rendimentos destes trabalhadores para financiar o programa nuclear e de mísseis e destaca não só trabalhadores físicos, geralmente em atividades como exploração florestal ou construção, mas também o número crescente de engenheiros de comunicações norte-coreanos que estão a ser recrutados sob falsas nacionalidades.
"Estamos também profundamente preocupados com a forma como a RPDC está a financiar estes programas - armas - através do roubo e branqueamento de fundos, bem como a recolha de informação através de atividades cibernéticas maliciosas", acrescentou.
Só em 2022, calcula-se que a Coreia do Norte tenha conseguido roubar moedas criptográficas no valor de 1,7 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) através de um exército de 'hackers'.










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