quinta-feira, 6 de abril de 2023

DMITRY SUSLOV: Contraofensiva ucraniana? Rússia com 400 mil homens para "ataque final"

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Notícias ao Minuto  06/04/23 

As declarações são do assessor de política externa do Kremlin, Dmitry Suslov, que dá conta de uma nova investida caso "a ofensiva de Kyiv falhar".

O assessor de política externa do Kremlin, Dmitry Suslov, referiu, esta quinta-feira, que a Rússia seria capaz de mobilizar 400 mil homens para um "ataque final" se a contraofensiva de Kyiv falhar.

"Se a ofensiva de Kyiv falhar, o Ocidente ficará sem armas e, nesse momento, a Rússia poderá mobilizar 400.000 homens para o ataque final", afirmou, em declarações ao jornal italiano Corriere della Sera esta quinta-feira

Segundo Suslov, a contraofensiva da Ucrânia provavelmente vai concentrar-se no Mar de Azov e vai separar a península da Crimeia. No entanto, minimizou as probabilidades de que está a conseguir.

O conselheiro do Kremlin destacou ainda que há "zero" chance de negociações de paz acontecerem em 2023.

Já está quinta-feira, o vice-chefe de gabinete do presidente ucraniano, Andriy Sybiha, referiu que a Ucrânia está disposta a discutir o futuro da Crimeia com Moscovo caso as tropas cheguem à fronteira da península ocupada pela Rússia.

"Se conseguirmos alcançar os nossos objetivos estratégicos no campo de batalha e quando estivermos na fronteira administrativa com a Crimeia, estamos prontos para abrir [uma] página diplomática para discutir esta questão", referiu Andriy Sybiha, em declarações ao Financial Times.

Referindo-se à planeada contraofensiva, acrescentou ainda que "isso não significa que esteja excluído o caminho da libertação [da Crimeia] pelo exército [ucraniano]".

A declaração de Andriy Sybiha foi a mais explícita do interesse da Ucrânia nas negociações desde que interrompeu foram interrompidas em abril do ano passado.

Recorde-se que ministro da Defesa ucraniano apontou, a semana passada, a contraofensiva das forças de Kyiv para abril ou maio, após a chegada dos primeiros tanques alemães e britânicos, num momento que as tropas russas intensificaram os ataques no Donbass (leste).

"Depende das condições climáticas. Na primavera, o solo fica muito húmido. Somente veículos sobre lagartas podem ser usados. Acho que veremos [a contraofensiva] em abril-maio", disse Oleksii Reznikov, em declarações a jornalistas estónios.


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