A sua chegada a Kigali o Chefe de Estado Guineense foi recebido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Durante a visita, Bissau e Kigali vão assinar varios acordos de interesse comun.
A sua chegada a Kigali o Chefe de Estado Guineense foi recebido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Durante a visita, Bissau e Kigali vão assinar varios acordos de interesse comun.
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Notícias ao Minuto 07/03/22
A alteração da administração do Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, com a criação de um comité de gestão, permitiu "melhorias significativas" na prestação dos cuidados de saúde à população, disse o diretor-geral daquela unidade, Sílvio Coelho.
"Esse comité de gestão trouxe para o hospital melhorias significativas", afirmou o médico guineense.
O comité de gestão envolve os ministérios da Saúde e Finanças, organização não-governamentais, sociedade civil e sindicatos do setor e é presidido pelo diretor-geral do Hospital Nacional Simão Mendes, principal unidade hospitalar da Guiné-Bissau.
Segundo Sílvio Coelho, especialista em dermatologia, o comité de gestão fez alterações profundas no hospital.
Além das obras de melhoria nos diversos edifícios do hospital, os medicamentos no contexto de urgência e de emergência passaram a ser totalmente gratuitos, tal como a assistência a gestantes, crianças até aos cinco anos e maiores de 60 anos.
O comité de gestão definiu também novas tabelas de preços e as cirurgias passaram a ser gratuitas.
O médico explicou que as consultas de especialidade custam agora 1.000 francos cfa (cerca de 1,5 euros), o pacote de análises 2.000 francos cfa (cerca de três euros) e que os restantes exames, como as radiografias, passaram a custar 2.500 francos (cerca de 3,80 euros) e que também foi criada uma equipa de manutenção dos equipamentos.
"Tudo isso está naquele contexto de melhoria significa da prestação dos cuidados de saúde. Como é sabido, para a nossa população, que tem condições económicas muito baixas, vir ao hospital e ser prescrita uma certa medicação para ir comprar lá fora representa um certo gasto e o Governo está a subvencionar todo o tratamento em caso de emergência e urgência", explicou.
A farmácia do hospital é atualmente gerida pela organização não-governamental AIDA e durante o ano de 2021 entregou medicamentos gratuitos a 73.118 utentes.
"Hoje dá-se refeição de acordo com as patologias dos doentes e isso é muito bom. Estamos a falar de um país onde as pessoas diariamente não têm três refeições. Aqui no hospital já é garantido para os utentes hospitalizados, mas também para as pessoas que os assistem", disse.
Mas, segundo o diretor-geral, ainda há coisas para fazer, nomeadamente a capacitação de técnicos e a aquisição de novos medicamentos.
"Hoje já estamos a pensar em comprar um aparelho para fazer tomografias. Mas quando se pensa em adquirir esses equipamentos é preciso também ter técnicos treinados para fazer os diagnósticos", afirmou.
O médico salientou também que as "respostas do Governo" obrigam a novos desafios, que passam pela qualificação dos profissionais de saúde, dando, por exemplo, formações internas sobre atendimento humanizado e cobranças ilegais.
Sílvio Coelho recordou igualmente que têm sido estabelecidos acordos de cooperação, que permitiram o envio de uma "equipa robusta de médicos nigerianos" e que para breve deve chegar uma equipa de médicos espanhóis.
"Tem havido investimentos, na minha modesta opinião, nunca antes vistos no setor da saúde e isso é bom de salientar. Fora disso contamos também com um maior número de quadros, jovens formados que estão dispostos a trabalhar e um grupo considerável de pessoas que já estão a terminar as suas carreiras e que hoje funcionam como conselheiros dos mais jovens", afirmou.
Em 2021, além de ter fornecido medicamentos gratuitos a mais de 73 mil utentes, o Hospital Nacional Simão Mendes deu 44.212 consultas, teve 12.388 internamentos e realizou 958 cesarianas e 620 cirurgias.
O diretor-geral salientou que em 2021, que foi marcado por uma greve anual no setor, o hospital teve uma média de atendimento diário de 212 pessoas.
O Hospital Nacional Simão Mendes em Bissau tem 292 médicos, incluindo 20 especialistas e 630 enfermeiros.
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A Cerimónia, foi presenciado pelo secretário geral do Minsap, Director do referido hospital, Abdu Djamanca, chefe de departamento da C.TICA pela África e Medio Oriente, em representação do governo Turco, assim como entre outras individualidade.
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Por LUSA 07/03/22
Moscovo está a recrutar especialistas sírios em combate urbano para lutar na Ucrânia, de acordo com autoridades norte-americanas consultadas pelo The Wall Street Journal.
Relatórios dos EUA indicam que a Rússia, que opera dentro da Síria desde 2015, recrutou nos últimos dias combatentes sírios na esperança de que a sua experiência em combates urbanos possa ajudar a tomar Kiev.
"O número de combatentes recrutados é desconhecido, mas alguns deles já estão na Rússia a preparar-se para entrar no conflito", segundo o jornal.
Os especialistas consultados pelo jornal recusaram-se a dar mais detalhes sobre o deslocamento de combatentes sírios na Ucrânia.
De acordo com uma publicação com sede na cidade síria de Deir Ezzor, a Rússia ofereceu aos voluntários entre 200 a 300 dólares (entre cerca de 180 a 270 euros) "para ir para a Ucrânia operar como guardas armados" durante seis meses e também confirmou que há combatentes chechenos no terreno.
"Com a chegada de voluntários de outros países à Ucrânia, o conflito pode tornar-se um novo foco para combatentes estrangeiros", disse Jennifer Cafarella, do Instituto para o Estudo da Guerra em Washington.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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Notícias ao Minuto 07/03/22
O grupo de 'hackers' Anonymous reivindicou hoje a responsabilidade por um ataque cibernético sobre os principais canais de televisão russos, transmitindo imagens não editadas da guerra na Ucrânia.
Numa publicação na rede social Twitter, o grupo disse que os canais afetados foram o Russia 24, o Channel One e o Moscow 24.
O ataque teve também entre os alvos as plataformas audiovisuais russas Wink e Ivi -- semelhantes à Netflix --, que contam com milhares de assinantes.
A publicação inclui uma gravação, com 38 segundos, que alegadamente comprova a transmissão de imagens da invasão da Ucrânia por tropas russas, assim como de mensagem sobre o conflito, nos três canais televisivos.
A 28 de fevereiro, o Anonymous reivindicou a responsabilidade por um ataque cibernético que paralisou as páginas na Internet de meios de comunicação russos, incluindo de agências estatais.
Durante alguns minutos, os sítios na Internet das agências de notícias estatais TASS e RIA Novosti, o jornal Kommersant, o diário pró-Kremlin Izvestia e a revista Forbes Russia exibiram uma mensagem que apelava ao "fim" da invasão russa da Ucrânia.
A 24 de fevereiro, o grupo declarou "guerra informática contra a Rússia", tendo depois reivindicado um ataque que deixou vários 'sites' estatais russos em baixo durante mais de 24 horas, incluindo as páginas da emissora estatal russa RT e do Ministério da Defesa russo.
Na sexta-feira, o parlamento russo aprovou uma lei que penaliza a divulgação de "informações falsas" sobre a "operação militar especial" em curso na Ucrânia, com penas previstas que variam desde multas até 15 anos de prisão.
No sábado, o Kremlin (Presidência russa) defendeu a necessidade de "firmeza" na nova lei que reprime "informações falsas" sobre o exército russo para enfrentar uma "guerra de informação" que diz estar a ser travada contra a Rússia no âmbito do conflito na Ucrânia.
"No contexto da guerra de informação, era necessário adotar uma lei cuja firmeza foi adaptada, o que foi feito", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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A Rússia já mobilizou 95% das suas tropas na Ucrânia e disparou 600 mísseis desde o início da invasão, a 24 de fevereiro, disse à CNN um alto responsável da defesa dos Estados Unidos.
Amesma fonte assegurou, este domingo, que as forças russas continuam a montar o cerco à capital, Kiev, e às cidades de Kharkiv, Chernigov e Mariupol, citada pela cadeia de televisão norte-americana.
A Coreia do Sul suspendeu hoje todas as transações com o Banco Central da Rússia, juntando-se ao movimento global de sanções adicionais contra Moscovo em resposta à invasão russa da Ucrânia.
A 1 de março, as autoridades sul-coreanas anunciaram sanções contra sete bancos russos e suas filiais.
Seul visa desta forma impor medidas semelhantes às anunciadas por outros países, como os Estados Unidos e a União Europeia.
O Japão elevou hoje o nível de alerta de viagem para todo o território russo e aconselhou os japoneses a não viajarem para a Rússia, avisando que "a tensão pode aumentar" após a imposição de sanções.
Oporta-voz do Governo japonês, Hirokazu Matsuno, anunciou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros elevou o alerta para o nível 3 para a Rússia, o segundo mais grave, apenas abaixo do nível 4, que recomenda a retirada imediata de um território.
Mais de 4.600 pessoas que se manifestaram hoje na Rússia contra a intervenção militar na Ucrânia foram detidas, em cerca de 60 cidades, elevando o total para 13.000, desde o início da ofensiva, segundo a ONG OVD-Info.
Pelo menos 4.640 pessoas foram detidas hoje em 65 cidades, elevando para mais de 13.000 o total de manifestantes detidos desde o início da operação militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, de acordo com o OVD-Info, que acompanha os protestos não autorizados.
Com medo de hipotéticas retaliações bélicas, o presidente russo mandou construir uma "cidade subterrânea" na Sibéria capaz de resistir a um ataque nuclear.
Invadiu a Ucrânia, provocou uma terrível guerra no país vizinho e, por isso, tem o mundo contra ele e contra a Rússia. Nada que não tivesse previsto. Mas Vladimir Putin é um homem que antecipa, é um estratega, pelo que nada é deixado ao acaso.
Desde que a guerra começou que o presidente russo se deixa filmar ou fotografar no seu gabinete no Kremlin, onde a imponente mesa de mármore de muitos metros salta à vista. Mas por onde anda a família de Putin? A imprensa internacional acredita que está escondida e devidamente protegida.
Valery Solovey, de 61 aos, é um professor universitário de Ciência Política garante que a família do líder russo está num bunker. A denominada "cidade subterrânea" fica nas montanhas de Altái. O luxuoso bunker está munido de alta tecnologia e resistirá a uma hipotética guerra nuclear.
"No fim de semana passado, a família o presidente Putin foi colocada no bunker especial preparado para uma guerra nuclear. Este bunker é toda uma cidade subterrânea, equipada com a mais avançada tecnologia do mundo", revelou Solovey num video.
O politólogo revela mais pormenores. Afirma que se trata de uma enorme casa de campo construída aparentemente pelo gigante de a energia Gazprom, há cerca de uma década no distrito de Ongudaysky, na República de Altái, uma região da Sibéria que faz fronteira com Mongólia, China e Cazaquistão.
De acordo com o 'Mail', observadores internacionais dão conta de "vários pontos de ventilação" nos terrenos ao redor do suposto bunker. Diz-se também que há uma linha de alta tensão ligada a uma moderna subestação que está em condições de abastecer uma pequena cidade.
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Notícias ao Minuto 06/03/22
Tropas do Reino Unido, EUA e Ucrânia reuniram-se na Lituânia para preparar missão
As forças especiais dos Estados Unidos da América e Reino Unido terão reunido com tropas ucranianas numa base militar remota na Lituânia no sentido de preparar uma missão de "resgate de alto risco" do presidente ucraniano Volodymyr Zelenky.
A notícia é avançada pelo jornal britânico The Sun que adianta que serão cerca de 70 soldados de elite do Reino Unido e 150 fuzileiros da Marinha dos EUA estão a treinar para esta missão junto de missão forças ucranianas.
Esta missão de resgate acontece depois das forças especiais russas terem tornado Zelensky o principal alvo a matar.
O presidente ucraniano já escapou a três tentativas de homicídio em apenas uma semana, desde que a invasão teve início na madrugada de 24 de fevereiro. Apesar do risco, Zelensky preferiu manter-se no seu país e, quando lhe foi oferecida ajuda dos EUA para abandonar a Ucrânia, o presidente respondeu que precisava de "munições, não de uma boleia", preferindo manter-se a lutar.
A invasão russa à Ucrânia mantem-se sem tréguas desde dia 24 de fevereiro. Segunda-feira, dia 7 de março, os dois países seguem para a terceira ronda de negociações numa tentativa de chegar a uma solução. Vladimir Putin parece, no entanto, não querer 'suavizar' a sua ofensiva e tem vindo a escalar os ataques ao país incessantemente.
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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, revelou hoje que Washington está a conversar com os seus aliados na Europa para proibir a importação de petróleo da Rússia como retaliação pela guerra na Ucrânia.
Os receios de um desastre nuclear aumentam, depois dos ataques em Chernobyl e Zaporizhzia.
O Kyiv Independent avança que as tropas russas bombardearam o Instituto de Física e Tecnologia de Kharkiv, e os serviços de segurança ucranianos alertaram que existe uma fonte de neutrões nas instalações, o que torna o ataque ainda mais perigoso.
Vladimir Putin. Sergei Guneyev/Sputnik/AFP/Getty Images
Foi neste tom que o presidente russo voltou a ameaçar o país governado por Volodymyr Zelensky, depois de Recep Erdoğan lhe ter pedido para "cessar-fogo de imediato"
No final da chamada telefónica com o presidente da Turquia, que durou cerca de uma hora, Vladimir Putin manteve a postura austera, inflexível e ameaçadora. "As operações militares na Ucrânia só vão terminar se as exigências da Rússia forem atendidas e se a Ucrânia parar de lutar".
Foi neste tom que o presidente russo voltou a ameaçar o país governado por Volodymyr Zelensky, depois de Recep Erdoğan lhe ter pedido para "cessar-fogo de imediato". Mas Putin não é homem de recuar até obter aquilo que quer.
"Qualquer tentativa de intervir no processo de negociação vai falhar", revela o comunicado do Kremlin, citado pela Reuters.
Com uma terceira ronda de negociações agendada para segunda-feira, o presidente russo espera que o lado ucraniano assuma "uma abordagem mais construtiva" e tenha "noção da realidade no terreno".
"Vamos abrir o caminho para a paz juntos"
O presidente da Turquia apelou, este domingo, ao "cessar-fogo imediato" numa conversa telefónica com o presidente russo, Vladimir Putin. "Vamos abrir o caminho para a paz juntos", disse-lhe Erdoğan.
De acordo com a agência Reuters, nesta chamada telefónica o presidente da Turquia reforçou a importância do cessar-fogo na Ucrânia, da abertura de corredores humanitários e da assinatura de um acordo de paz.
Erdoğan disse a Putin que Anacara está pronta a contribuir para uma "resolução pacífica" do conflito.
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Por LUSA 06/03/22
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que deixa a Guiné-Bissau convicto de que a cooperação nos próximos anos será mais sólida e concreta, depois de uma visita ao país para dar um "sinal claro de apoio à estabilidade".
"Saio daqui convicto de que vamos poder nos próximos anos dar passos mais concretos e sólidos naquilo que é a cooperação e identificamos também novas áreas onde é possível trabalharmos em conjunto", disse António Costa aos jornalistas no cemitério de Bissau, onde prestou homenagem aos antigos combatentes portugueses.
O primeiro-ministro salientou que a visita teve, em primeiro lugar, uma dimensão política, que "é um sinal claro de apoio à estabilidade, ao normal funcionamento das instituições na Guiné-Bissau", lembrando que há um novo acordo estratégico de cooperação, assinado o ano passado, orçado em cerca de 60 milhões de euros.
Durante a visita de António Costa a Bissau foram anunciadas a doação de um navio para fazer a ligação entre o continente e o arquipélago dos Bijagós e a vinda de 30 especialistas portugueses para dar formação e treino às forças armadas.
O primeiro-ministro destacou também as "conversações que foram feitas" para a construção de uma escola portuguesa na capital guineense e "os passos que foram dados tendo em vista resolver problemas burocráticos que sempre existem na concessão de vistos e que agora, com o novo acordo de mobilidade, vão ser revistos".
Sobre a visita ao talhão português do cemitério de Bissau, último ponto do programa da visita antes de seguir viagem para Cabo Verde, António Costa disse que se tratou de "prestar homenagem a todos os militares portugueses que ao longo dos séculos" prestaram serviço naquele país e que morreram no "exercício de funções".
O talhão português no cemitério de Bissau tem campas de militares portugueses, que datam do século XIX.
Na Guiné-Bissau existem ainda muitos antigos combatentes das forças armadas portuguesas que devem ser tratados com "todo o respeito, todo o carinho, valorizando o contributo que deram a Portugal", salientou António Costa.
"Obviamente, vivemos num país diferente, temos hoje relações diferentes com a Guiné-Bissau, estamos aqui em paz, mas é preciso respeitar a história e aqueles que combateram por Portugal, em nome da história", sublinhou.
Do cemitério de Bissau, António Costa seguiu para o aeroporto internacional Osvaldo Vieira para viajar para Cabo Verde, onde hoje inicia uma visita com um encontro com a comunidade portuguesa.
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Notícias ao Minuto 06/03/22
Enquanto aviões e helicópteros de ataque russos, equipados com mísseis e metralhadoras, sobrevoam várias cidades da Ucrânia, os soldados ucranianos optaram por aguardar até se conseguirem defender, técnica com a qual, nas últimas 24 horas, conseguiram abater pelo menos oito aviões russos.
Segundo o WST Post, as tropas ucranianas escondem-se nas árvores e esperam que os aviões russos baixem a sua altitude. Em defesa, dispararam mísseis com o intuito de os atingir antes que a tripulação ative infravermelhos e sinalizadores.
Nas redes sociais têm sido divulgadas imagens de caças russos abatidos em território ucraniano por mísseis de militares.
Os invasores foram alvo de um golpe brutal e direto. Nas últimas 24 horas, um helicóptero Mi-24 explodiu instantaneamente, após ter ficado em chamas. Ao atingir o solo os pilotos e tripulantes estavam já mortos. De referir que os aviões russos eliminados não só eram multifuncionais, como de ataque e apoio aéreo aproximado.
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Por LUSA 06/03/22
O Presidente de transição do Burkina Faso, Paul-Henri Sandaogo Damiba, nomeou um novo governo de 25 ministros para liderar o país durante os próximos três anos.
O general Barthélémy Simporé, já ministro da Defesa sob o comando de Roch Marc Christian Kaboré, o Presidente derrubado por um golpe militar no final de janeiro, mantém o cargo e passa a ser também ministro de Estado, de acordo com um decreto publicado no sábado à noite.
Yero Boly, várias vezes ministro com o antigo Presidente Blaise Compaoré, foi nomeado ministro de Estado responsável pela coesão social e reconciliação nacional do Burkina Faso.
Líderes da sociedade civil e sindicatos, incluindo Lionel Bilgo, na pasta da Educação Nacional e Alfabetização, e Bassolma Bazié, na da Função Pública, juntaram-se também à equipa governativa.
Seis mulheres estão no governo, incluindo Olivia Rouamba, que detém a pasta dos Negócios Estrangeiros.
Na quinta-feira, Albert Ouédraogo, um académico de 53 anos, foi nomeado primeiro-ministro.
O novo chefe de estado do Burkina Faso, tenente-coronel Damiba, 41 anos, tomou o poder no final de janeiro, após dois dias de motins em vários quartéis do país, derrubando o Presidente eleito Roch Marc Christian Kaboré, acusado de ineficácia perante a violência dos extremistas muçulmanos no país.
O novo Presidente fez da luta contra o extremismo islâmico e a reconstrução do Burkina Faso "as prioridades" da governação.
O período antes do regresso à ordem constitucional foi fixado em três anos, de acordo com uma carta assinada por Damiba, que o proíbe de concorrer às eleições marcadas para o final da transição.
A duração das transições domina as negociações entre os países da região palco de golpes e a Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a exigir que sejam o mais curtas possível.
O Burkina Faso, país da África ocidental vizinho do Mali, Níger, Costa do Marfim, Togo e Benim, tem cerca de 20 milhões de habitantes e é afetado pela violência dos extremistas muçulmanos desde 2015.
Atribuída a grupos filiados na rede terrorista Al-Qaida e no grupo extremista Estado Islâmico, a violência causou cerca de dois mil mortos no Burkina Faso nos últimos sete anos e mais de 1,5 milhões de deslocados.
Notícias ao Minuto 06/03/22
Civis estão dispostos a lutar pelo seu país e qualquer oportunidade para aprenderem a defender-se é aproveitada.
Desde que a guerra eclodiu na Ucrânia que todos foram chamados a ajudar o país e desafiados a juntar-se ao exército ucraniano.
Zelensky ativou a lei marcial, que impede que os homens entre os 18 e os 60 anos abandonem o país em tempos de conflito, e nas redes sociais tem até sido dadas indicações sobre a forma como os civis, sem qualquer formação militar, podem defender-se.
Também de fora, muitos foram os ucraniano que quiseram regressar ao país e fazer parte da defesa da Ucrânia.
No passado domingo, o presidente ucraniano apelou até aos cidadãos de países estrangeiros amigos da Ucrânia a deslocarem-se ao país para se juntarem à luta contra a agressão russa.
Zelensky indicou que quem quiser juntar-se "à defesa da segurança na Europa e no mundo" pode ir à Ucrânia e lutar "lado a lado com os ucranianos contra os invasores do século XXI".
Em Lviv, uma sala de cinema foi palco, no sábado, de uma aula sobre como usar uma espingarda AK47. Vários civis marcaram presença na sessão, onde lhes terão sido dados pormenores sobre como usarem esta arma em defesa própria.
Recorde-se que, após o início da guerra, mais de um milhão de pessoas já fugiram do país, muitos deles atravessando a fronteira pela cidade de Lviv em direção à Polónia.
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A rádio norte-americana Radio Free Europe/Radio Liberty anunciou que vai deixar de fazer reportagens a partir da Rússia, depois de aprovada uma lei que pune com prisão até 15 anos quem "divulgar informações falsas".
Arádio suspendeu as operações na Rússia "depois das autoridades locais terem iniciado um processo de falência contra a delegação na Rússia e depois da polícia ter intensificado a pressão sobre os jornalistas", de acordo com um comunicado.
A organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) defendeu, no sábado, que é "imperativo" retirar rapidamente a população da cidade ucraniana de Mariupol, cercada pelo exército russo, devido à situação humanitária "catastrófica".
"Em Mariupol, a situação é catastrófica e piora de dia para dia", disse Laurent Ligozat, coordenador de emergências da ONG na Ucrânia.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vai apresentar um "plano de ação" internacional destinado a fazer "fracassar" a invasão russa da Ucrânia e multiplicar as reuniões diplomáticas para tal na próxima semana em Londres, indicou hoje o seu gabinete.
Após uma vaga "sem precedentes" de sanções do Ocidente contra interesses russos em resposta à ofensiva armada na Ucrânia, Boris Johnson vai apelar à comunidade internacional para reaplicar "o seu esforço concertado" contra Moscovo por meio desse "plano de ação em seis pontos", cujos pormenores apresentará no domingo, precisou Downing Street em comunicado.
A Rússia está a "aperceber-se do custo real da guerra", perante a resistência da Ucrânia, e as negociações entre as delegações dos dois países começam a ser "construtivas", afirmou hoje um negociador ucraniano.
Questionado na cidade ucraniana de Lviv pelo diário canadiano The Globe and Mail, Mykhailo Podolyak, apresentado como um colaborador próximo do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que está a começar a ver uma mudança na atitude russa em relação à resistência ucraniana e às sanções internacionais.
Um avião russo aterrou hoje nos Estados Unidos para ir buscar 12 diplomatas expulsos da missão russa da ONU e acusados por Washington de "espionagem", disseram as autoridades.
Os EUA fecharam o seu espaço aéreo a todos os aviões russos, após Moscovo ter invadido a Ucrânia na semana passada.
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Segundo os serviços de informação dos EUA, as ações de Vladimir Putin poderão ter sido impactadas pelos dois anos de isolamento. O perfil que é desenhado do líder russo revela uma personalidade paranoica e que tenderá a agravar a situação.
As secretas norte-americanas transformaram a avaliação do estado mental de Vladimir Putin numa prioridade na última semana, tentando avaliar o seu impacto na gestão da crise ucraniana, segundo indicava a CNN na semana passada.
Agora, o New York Times indica que o debate, neste âmbito, está centrado nos últimos dois anos de pandemia e na possibilidade da sua determinação em ocupar a Ucrânia ter sido impactada pelos dois anos de isolamento ou por algum sentimento de que este era o melhor momento para reconstruir a influência russa e assegurar o seu legado.
Citando conclusões dos serviços de informação, o jornal norte-americano explica que, ao contrário do que aconteceu com a população russa, o presidente passou os últimos dois anos numa “bolha de proteção” mais apertada do que outros chefes de Estado. As reuniões foram quase sempre por videoconferência e quando presenciais, já este ano, é assegurada uma distância de segurança que, inclusive, se tornou motivo de troça nas redes sociais.
Não esquecer, ainda, a preocupação com acesso a material biológico. Alguns líderes, como Emmanuel Macron ou Olaf Scholz recusaram fazer um teste de rastreio ao vírus SARS-CoV-2 no encontro com o homólogo russo, num ambiente de desconfiança bilateral.
Estas preocupações, disseram os serviços de informação à Casa Branca e ao Congresso, refletem a sua idade (aos 69 anos seria um doente de risco, se contraísse o vírus SARS-CoV-2), mas também algo que descrevem como paranoia decorrente da sua carreira como espião ao serviço do K.G.B (serviços secretos russos).
Segundo os elementos das secretas norte-americanas, Vladimir Putin tende a agravar uma situação quando se sente encurralado pelos seus próprios excessos, descrevendo uma série de cenários e possíveis reações - que variam desde o bombardeamento indiscriminado de cidades ucranianas, para compensar erros iniciais do seu exército, a ciberataques dirigidos ao sistema financeiro norte-americano, ou mais ameaças nucleares e, talvez, movimentos no sentido de levar a invasão além das fronteiras da Ucrânia.
Recorde-se que a Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.