O Futebol Clube de Pelundo participou no Congresso Ordinário da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), convocado por um grupo dos associados e clubes filiados da FFGB, que culminou com eleição do empresário guineense, Fernando Tavares, como presidente, o que provocou polémica entre membros da direção do clube nortenho do país.
Em causa está a participação do secretário geral do clube de Pelundo no congresso eleitoral do órgão federativo guineense, Edilson Mendes, sem aval da direção do clube liderado por Farcé Injai.
Numa breve declaração à imprensa este domingo, 09 de agosto, na sede da FFGB, no alto Bandim em Bissau, o primeiro vice-presidente do clube, Ernesto Mendes, considera de sem efeito a participação com o nome do clube de Pelundo no congresso.
Segundo informação disponível, nesta segunda-feira, 10 agosto, a direção do clube de Pelundo vai reunir-se e em seguida vai pronunciar-se sobre esta controvérsia.
Fonte: Alison Cabral
O número de mortes por covid-19 é hoje de 23.253 em África, continente com mais de um milhão de infetados pela doença, que afeta sobretudo as regiões Austral e do Norte, segundo os dados oficiais mais recentes.
O continente contabilizava hoje 23.253 mortes (mais 350 mortes nas últimas 24 horas) causadas pelo novo coronavírus, num universo de 1.047.218 de infetados (mais 12.287) , tendo o número de pessoas declaradas como recuperadas da doença subido para 720.775 (mais 12.600), de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), que reúne os dados mais recentes dos relatórios oficiais dos 55 países membros desta organização.?????
O maior número de casos e de mortos de covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 589.066 infetados e 11.087 vítimas mortais.
Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 559.858 infetados e 10.408 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 176.809 infetados e 7.119 mortos e na África Ocidental o número de casos subiu para 140.601 e o de vítimas mortais para 2.087.
Na região da África Oriental, registam-se 90.423 casos e 1.999 mortos e na África Central são contabilizados hoje 50.319 casos de infeção e 961 óbitos.
O Egito é o segundo país com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, contabilizando 95.492 infetados e 5.009 óbitos, seguindo-se a Argélia, que conta hoje com 34.658 casos e 1.289 vítimas mortais.
Entre os cinco países mais afetados, estão também a Nigéria, que regista 46.577 infetados e 945 óbitos, e o Sudão, com 11.956 casos e 773 vítimas mortais.
Entre os países africanos lusófonos, Cabo Verde lidera em número de casos (tem hoje 2.835 casos e 32 mortos), seguindo-se a Guiné-Bissau (2.050 casos e 29 mortos), Moçambique (2.269 casos e 16 mortos), Angola (1.672 infetados e 75 mortos) e São Tomé e Príncipe (878 casos e 15 mortos).
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem 4.821 infetados e 83 óbitos, um número que se mantém constante há várias semanas.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África Subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 722 mil mortos e infetou mais de 19,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
In LUSA
A Índia voltou a atingir um novo máximo diário de mortes por covid-19, com 1.007 óbitos nas últimas 24 horas, além de 62.064 novas infeções, informaram as autoridades de Saúde do país.
© Reuters
Segundo o Ministério da Saúde indiano, o país registou 44.386 mortes desde o início da pandemia, para um total de 2.215.074 milhões de casos diagnosticados.
Pelo menos 634.935 doentes continuavam em tratamento, indicou.
A Índia registou mais de 60 mil novas infeções diárias pelo quarto dia consecutivo, e mais casos que qualquer outro país do mundo nos últimos seis dias.
Desde meados de junho, o país contabilizou, em média, cerca de 50 mil casos por dia.
Goa, um dos estados indianos menos afetados no início da pandemia, registou nas últimas 24 horas 506 infeções, além de três mortes, o que eleva o total para 8.712 casos e 75 mortos.
A Índia é o terceiro país do mundo com o maior número de infetados, depois dos Estados Unidos e do Brasil, e o quinto com mais mortos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 727 mil mortos e infetou mais de 19,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA
A explosão no porto de Beirute criou uma cratera com 43 metros de profundidade, revelou hoje fonte da segurança libanesa, citando avaliações feitas por especialistas franceses em pirotecnia enviados para o local.
© Getty Images
A explosão "causou uma cratera de 43 metros de profundidade", revelou a fonte, citada pela AFP.
A explosão de terça-feira, que provocou mais de 150 mortos, 6.000 feridos e dezenas de desaparecidos, aconteceu num armazém onde, segundo o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, estavam 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas durante seis anos "sem medidas cautelares".
França ofereceu apoio logístico ao Líbano, incluindo para a investigação à explosão, e enviou forças de segurança, equipas de busca e ajuda médica.
O American Institute of Geophysics (USGS), com sede na Virgínia, revelou ter registado a explosão como um terramoto 3,3 na escala Richter.
An aerial view of parts of the devastated Beirut port taken on August 7 shows the crater caused by the colossal explosion three days earlier of a huge pile of ammonium nitrate that had languished for years in a port warehouse @AFP
No sábado, milhares de manifestantes libaneses revoltados com a classe política, acusada de corrupção, incompetência e negligência após a explosão, marcharam pelo centro de Beirute e invadiram os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Energia.
Acabaram por ser retirados pelo exército.
Guilhotinas em madeira foram instaladas na praça dos Mártires em Beirute, epicentro da contestação iniciada em outubro de 2019, e muitos manifestantes gritaram "vingança, vingança, até à queda do regime".
Segundo a Cruz Vermelha libanesa, 130 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre a polícia e os manifestantes, 28 das quais tiveram de ser transportadas para o hospital.
Hoje, realiza-se uma videoconferência de doadores para o Líbano, coorganizada pelas Nações Unidas e pela França.
Ainda no final da tarde de sábado, num discurso difundido pela televisão, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, afirmou que "apenas eleições antecipadas podem permitir uma saída da crise estrutural" e apelou "a todas as partes políticas que se entendam sobre a próxima etapa", afirmando estar "disposto a continuar a assumir (...) responsabilidades durante dois meses até que cheguem a acordo".
O chefe do Governo acrescentou que vai submeter na segunda-feira a sua proposta ao Conselho de Ministros.
LUSA
In line with the job creation agenda of the Federal Government, the Vice President, Prof Yemi Osibanjo has reaffirmed government’s commitment towards creation of five million jobs.
Osibanjo who disclosed this over the weekend during the Virtual Presidential Policy Dialogue Session organised by the Lagos Chamber of Commerce and Industry (LCCI), said that the administration is focused on providing
He stated that while focusing on key areas like agriculture, housing, manufacturing, that they would expand cultivation and agro processing.
The Vice President said, “We are to create jobs and boost our national housing programme. We would be intentional in the support of manufacturers in using our local raw materials. We are seriously engaging the use of cement in building our roads, as it will be cheaper for us and more durable.
“We are targeting electrification of five million households with solar power, and we are supporting SMEs, especially in the pharmaceuticals to enhance the production of personal protective equipment.”
Earlier in her welcome address, the LCCI President, Mrs Toki Mabogunje expressed worries over failure of the Nigerian Customs Service to adhere to the Executive Order which forbids Customs checkpoints around the ports and within given geographical delimitations in the country.
She pointed out that the slow pace of reforms in the oil and gas sector was another cause for worry, adding that the part of the PIB that was passed was not signed by the President as it has affected the growth of the sector.
According to her, “Closure of the land borders has enormous implications for cross border economic activities around the country. The indications are now that the closure is indefinite. While we share the concern of government on issues of security and smuggling, we believe that the indefinite closure of land borders is not the solution to the problem.
“We are excited about the signing of the AFCTA. But we need to get ourselves ready for the pressure of competition inherent in the continental economic integration agenda. A number of commitments were made about the creation of an environment that would enable the private sector to be competition ready. But not much has happened in this regard so far.
“We are aware of the efforts of government to fix our infrastructure, including roads and railways, but funding has remained a major challenge. We would like to see a new funding model with much bigger focus on private sector capital within a Public Private Partnership [PPP] framework for infrastructure development in the country.”
Native Reporters
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai realizar hoje consultas sobre a Guiné-Bissau e analisar o último relatório do secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre o país.
No último relatório sobre a Guiné-Bissau, divulgado na sexta-feira, António Guterres pediu aos atores políticos guineenses para dialogarem genuinamente para que seja implementada uma governação inclusiva e realizadas reformas essenciais à estabilidade na Guiné-Bissau.
O secretário-geral da ONU exortou também as autoridades da Guiné-Bissau a "demonstrarem rapidamente" o seu compromisso na luta contra o tráfico de droga com a aplicação do plano aprovado em 2019 pelo anterior Governo.
Guterres insistiu na necessidade de as forças de defesa e segurança se "absterem de qualquer ingerência no processo político, sob pena de comprometerem a paz e a estabilidade".
"Exorto as autoridades de Estado a responsabilizarem aqueles que se envolvem em atos de intimidação, incluindo ameaças de morte, discurso de ódio e incitamento à violência", afirmou António Guterres, salientando a necessidade de ser estabelecido um ambiente propício ao respeito pelos direitos humanos e pelo Estado de Direito.
Depois de a Comissão Nacional de Eleições ter declarado Umaro Sissoco Embaló vencedor da segunda volta das eleições presidenciais, o candidato dado como derrotado, Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), não reconheceu os resultados eleitorais, alegando que houve fraude e meteu um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, que não tomou, até hoje, qualquer decisão.
Umaro Sissoco Embaló assumiu unilateralmente o cargo de Presidente da Guiné-Bissau em fevereiro e acabou por ser reconhecido como vencedor das eleições pela CEDEAO, que tem mediado a crise política no país, e restantes parceiros internacionais.
Após ter tomado posse, o chefe de Estado demitiu o Governo liderado por Aristides Gomes, saído das eleições legislativas de 2019 ganhas pelo PAIGC, e nomeou um outro liderado por Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que assumiu o poder com o apoio das forças armadas do país, que ocuparam as instituições de Estado.
O programa de Governo de Nuno Nabian foi aprovado no parlamento da Guiné-Bissau com o apoio de cinco deputado do PAIGC.
noticiasaominuto.com
Encontro de acompanhamento da Covid-19 em Malanje, Angola (Foto de Arquivo)
Mais cinco mortes e 100 novos casos batem recorde de vítimas fatais e infecções da Covid-19 em Angola num só dia, revelou o secretário de Estado para a Saúde Pública neste domingo, 9.
Franco Mufinda acrescentou que os mortos tinham entre 59 e 82 anos, enquanto entre os novos infetados a idade varia entre os 10 e os 83 anos, dos quais 82 são do sexo masculino e 18 do sexto feminino.
No total, o país tem um total acumulado de 1.672 casos e 75 mortes, o número mais elevado entre os países africanos de língua portuguesa.
Mufinda disse ainda que 567 são considerados recuperados e 1.030 ativos.
Cabo Verde continua a ser o país lusófono em África com mais casos.
Neste domingo, o Ministério da Saúde revelou mais 23 novos casos, todos na ilha de Santiago, epicentro da pandemia.
No total, o arquipélago tem 2.858 casos e 32 óbitos.
Neste momento, 2.086 pessoas foram dadas como recuperadas.
Sem vítimas mortais hoje, Moçambique registou nas últimas 24 horas, mais 28 casos da Covid-19, elevando o total para 2.269.
O número de mortes mantém em 16, de acordo com o comunicado do Ministério da Saúde.
Há 840 pessoas dadas como recuperadas, 55 internados e 16 óbitos.
Sem atualizar dados nos últimos dias, a Guiné-Bissau tem registados 2.050 casos, com 29 mortos, enquanto São Tomé e Príncipe mantém 878 casos, com 15 mortos.
VOA
Cabo Verde registou mais 23 casos de infeções pelo novo coronavírus, o menor número dos últimos 10 dias e todos na ilha de Santiago, elevando o total acumulado para 2.858, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
Em comunicado, aquele ministério cabo-verdiano adiantou que os laboratórios de virologia do país analisaram 216 amostras na últimas 24 anos, das quais 23 deram resultado positivo, o menor número registado nos últimos 10 dias.
Os novos casos foram todos registados na ilha de Santiago, distribuídos pelos concelhos da Praia (15) e São Salvador do Mundo (oito).
No mesmo comunicado, o Ministério da Saúde e da Segurança Social referiu ainda que o país registou mais 13 pessoas recuperadas da covid-19, na Praia (12) e em Ribeira Grande de Santiago (uma), passando a ter um total de 2.086 doentes recuperados.
Com os novos dados, o país passou a contabilizar um acumulado de 2.858 casos de covid-19 desde 19 de março, continuando com 32 óbitos, dois transferidos e 738 casos ativos da doença.
Em África, há 22.903 mortos confirmados em mais de um milhão de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 727 mil mortos e infetou mais de 19,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
interlusofona.info
Pelo menos oito pessoas, seis turistas franceses e dois cidadãos nigerinos, foram assassinadas hoje a tiro por um grupo de desconhecidos na região de Kouré, no sudoeste do Níger, anunciaram hoje fontes de segurança.
In LUSA 9 de Agosto, 2020
“São oito mortos: dois nigerinos, um guia turístico e um motorista, os outros seis são franceses. Estamos a gerir a situação, vamos dar mais informações depois”, disse o governador de Tillabéri, Tidjani Ibrahim Katiella, à agência France-Presse.
Os atacantes, que se deslocavam em motas, abriram fogo contra os turistas franceses, o que causou também a morte do guia turístico e do motorista, e queimaram ainda o veículo em que viajavam os cidadãos franceses.
“A maior parte das vítimas foi abatida a tiro e uma mulher, que conseguiu escapar, foi apanhada e degolada. No local, foi encontrada um carregador [de armas de fogo] sem cartuchos. Não sabemos a identidade dos atacantes, mas vieram de mota pelo mato e esperaram a chegada dos turistas. O veículo alugado pelos turistas pertence à organização não-governamental Acted”, disse à AFP fonte próxima dos serviços ambientais.
Embora nenhum grupo tenha reivindicado a responsabilidade pelo ataque, o mesmo apresenta muitas semelhanças com atos perpetrados pelos grupos ‘jihadistas’ em toda a região do Sahel contra cidadãos ocidentais.
Moçambique registou, nas últimas 24 horas, mais 28 casos positivos de covid-19, elevando o total para 2.269 e mantendo-se com 16 vítimas mortais, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
“Todos os 28 casos novos hoje reportados são de indivíduos de nacionalidade moçambicana e são de transmissão local”, lê-se numa nota do Ministério da Saúde.
Os 28 novos casos estão nas províncias de Maputo (seis), Cabo Delgado (dois), Niassa (um), Nampula (um), Sofala (10) e Maputo Cidade (oito).
“Dos casos novos, 16 são do sexo masculino e 11 do sexo feminino”, acrescenta a nota.
Dos 2.269 casos já registados, 2.087 são de transmissão local e 182 são importados, havendo 840 pessoas dadas como recuperadas, 55 internados e 16 óbitos.
A maioria dos casos ativos estão na cidade e província de Maputo, com 433 e 298 pessoas infetadas, respetivamente, seguidas de Cabo Delgado, com 249, e Nampula, com 210 casos.
As restantes sete províncias do país registam menos de 70 casos.
Moçambique, que viveu os últimos quatro meses em estado de emergência devido à pandemia, realizou 68.686 testes de casos suspeitos, desde o anúncio do primeiro caso de covid-19 em 22 de março, tendo rastreado mais de 1,6 milhões de pessoas.
Um total de 26.791 pessoas suspeitas de infeção foram colocadas em quarentena domiciliária e 3.840 continuam a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, decretou, na quarta-feira, um novo estado de emergência por 30 dias, a partir de sábado, prevendo durante este período o reinício faseado das atividades económicas do país a partir de 18 de agosto.
interlusofona.info
Os restaurantes chineses sofrem mais quebras no negócio do que os restaurantes nacionais devido ao estigma associado a produtos da China, país onde o novo coronavírus foi detetado pela primeira vez, e porque o turista asiático deixou de visitar Portugal.
“Muitas pessoas, de forma errada, faziam uma associação, muitas vezes por falta de informação e por receio, mas essencialmente não estão bem informadas, e pensavam que poderiam eventualmente ser infetados num restaurante chinês e isso obviamente não é verdade. São restaurantes seguros como tantos outros desde que cumpram as regras. Mas esse receio veio agudizar um pouco mais os problemas” sentidos pelos empresários chineses da restauração, destacou o presidente da associação nacional de restaurantes PRO.VAR, Daniel Serra.
O presidente da Liga dos Chineses em Portugal, Y Ping Chow, que é também dono do restaurante chinês no Porto – King Long – e presidente da Câmara de Comércio Portugal-China PME, avançou à agência Lusa que os empresários estão a registar quebras na ordem dos “50% a 60%” nos restaurantes chineses em Portugal, tanto ao nível da frequência em sala como no serviço de ‘take away’, assumindo também que a crise na restauração é mais severa junto dos restaurantes chineses, porque viviam muito da clientela asiática, que deixou de poder viajar para a Europa.
“Os restaurantes chineses tiveram uma quebra maior [do que os restaurantes portugueses], porque se trabalha muito com o turista asiático. Neste momento, há uma quebra muito grande neste tipo de turistas”, reconheceu Y Ping Chow.
No Porto, o dono do restaurante King Long, aberto há mais de 45 anos no Largo Dr. Tito Fontes, junto à Travessa Alferes Malheiro, acrescenta que a quebra também se fez sentir junto dos clientes portugueses ‘habitués’, que estão também a sentir a crise económica, os cortes nos salários, passando a frequentar menos o espaço.
“Preferem restaurante de preços mais baixos”, conta, salvaguardando que o restaurante chinês “não é caro”, mas não será para “fazer refeições todos os dias”.
Apesar da crise profunda instalada no setor da restauração chinesa, e que Ping Chow acredita que se mantenha mais um “ano e meio”, as iguarias chinesas com mais procura no menu neste época de pandemia têm sido os “pratos de carne”, principalmente de “pato e galinha”, mas também “alguma vaca e porco”, descreveu.
“Pato à Pequim ou pato lacado é muito conhecido e o cliente normalmente gosta”, contou.
Gabriel Torres e a filha, Mafalda, decidiram quebrar o jejum de comida chinesa que fizeram durante a pandemia desde março e regressaram agora em agosto à “tradição familiar” de ir degustar um “shop soey de gambas”, “arroz chao chao” e “pão chinês”.
“É a primeira vez desde que começou a pandemia. Viemos comer o de sempre, que é a nossa tradição”, contou Gabriel Torres, enquanto desinfetava as mãos à entrada do restaurante Chinês, o primeiro a abrir em Portugal há 54 anos e que faz parte programa Porto de Tradição, uma política que a Câmara do Porto implementou para salvaguardar o comércio local e tradicional.
O amante de gastronomia asiática assume que não tem medo de comida chinesa. “Temos de ter confiança nas instituições em Portugal como a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica)”, declarou Gabriel Torres.
De forma envergonhada, por não dominar o idioma português, Chow Feng Ying , dona do Restaurante Chinês da Ponte, junto ao tabuleiro superior da Ponte Luís I, confessa à Lusa que o negócio “está muito mal”, porque os turistas deixaram de ir ali comer.
“Está mesmo crise. Os turistas preferem comer português”, explicou a empresária, referindo que, devido à pandemia, os clientes preferem ficar na esplanada do café português a comer “pão e a beber cerveja”.
O restaurante Chinês, que antes do aparecimento do novo coronavírus fazia parte do roteiro dos turistas orientais que chegavam à cidade do Porto, regista atualmente quebras de 50% a 60% nos clientes.
A barreira cultural e linguística é também um entrave no acesso aos apoios governamentais aos empresários da restauração chinesa para que se consigam readaptar à nova realidade.
Segundo contou Daniel Serra, muitos empresários da restauração chinesa estão a “beneficiar do ‘lay-off’, mas não estão a beneficiar de outros apoios que existem, como por exemplo, o programa Adaptar”, um programa implementado pelo Governo com benefícios a fundo perdido para adaptar o restaurante ao contexto de pandemia e que diz é “do desconhecimento da maioria”.
O programa Adaptar prevê, por exemplo, o apoio à colocação das barreiras de acrílico, máscaras, sistemas de pagamento ‘contactless’ (sem contacto) ou site’ de vendas de produtos, explicou.
A covid-19 é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
interlusofona.info
O Comité Executivo cessante da Federação de Futebol da Guiné-Bissau(FFGB) considera, este domingo, 09 de agosto, ilegal o Congresso Ordinário do órgão que elegeu o empresário guineense, Fernando Tavares, como presidente do organismo que dirige o futebol nacional.
Em reação ao congresso organizado pelos cinco candidatos à presidência da FFGB, Mama Saliu Baldé, um dos membros cessante do órgão, disse que o ato realizado foi simplesmente "uma diversão".
"Aquilo que aconteceu no sábado (ontem) foi simplesmente uma diversão, porque não pode realizar um Congresso Ordinário sem uma convocatória. Por isso, se pretende dirigir uma instituição deve conhecer os seus estatutos" afirmou Mama Saliu Baldé.
Com a ausência do presidente da comissão eleitoral e do secretário, o primeiro vogal da comissão, Abdu Mané, presidiu os trabalhos que começou com o preenchimento dos restantes membros, tendo culminado com a eleição de Tavares para dirigir o organismo nos próximos 4 anos.
Em conferência de imprensa, na sede da FFGB, no alto Bandim, em Bissau, Saliu Baldé alega que o número dos associados do organismo, presentes no congresso, com poderes de votos, não ultrapassa 15, o que demonstra claramente que os princípios da legalidade não foram respeitados.
Questionado pela imprensa sobre eventual reconhecimento da FIFA do novo presidente da FFGB, Fernando Tavares, Baldé afiançou que o organismo que gere o futebol mundial não vai reconhecer o processo eleitoral.
Sobre uma eventual disputa judicial, Baldé disse que a direção cessante do organismo não tem esta intenção.
O empresário guineense, Fernando Tavares, foi eleito, este sábado, 8, o novo presidente da FFGB, sucedendo ao cargo Manuel de Nascimento Lopes, que ocupava o cargo desde 2012.
O Congresso Ordinário do organismo que, inicialmente, foi marcado para o dia 25 julho, e que foi adiado para este sábado, 08, pela comissão eleitoral devido à pandemia de covid-19, alegando que a sala onde deveria decorrer o ato não obedece aos parâmetros exigidos pelas autoridades da luta contra a doença.
Aconteceu que quando faltavam 24 horas para o congresso ordinário, a FIFA, organismo que dirige o futebol mundial, anunciou a suspensão de Manelinho, presidente cessante do órgão, igualmente candidato a um terceiro mandato.
A FIFA anunciou a suspensão por 10 anos de funções relativas ao desporto de Manelinho, devido a falhas na proteção de um homem atacado em massa.
Por: Alison Cabral
Rádio Jovem Bissau
A Unicef estimou hoje que cerca de 100.000 crianças foram afetadas pelas explosões em Beirute em 04 de agosto, apesar dos números ainda serem "confusos", e alertou para a urgência em ajudar a atenuar as suas necessidades mais imediatas.
© Getty Images
As explosões afetaram, entre outros, hospitais que sofreram graves danos, tal como centros de saúde e cerca de 120 escolas, além de se terem perdido as provisões de saúde que estavam armazenadas perto da capital libanesa em plena pandemia de covid-19.
A diretora de Comunicação e Alianças Privadas da Unicef, uma agência das Nações Unidas, a espanhola Raquel Fernández, dizia num vídeo comunicado que entre as 100.000 crianças afetadas estão as vítimas mortais e feridas, mas também aquelas que perderam a sua casa ou que não encontram a sua família no meio do "caos".
Segundo Raquel Fernández, estas crianças estão a sentir "o trauma do horror vivido" a que se soma a situação de crise económica e a pandemia de covid-19 que atravessava o país antes da explosão, e, por isso, defendeu que a necessidade de proteger a infância nestes momentos é urgente.
Segundo esta porta-voz da Unicef, neste momento, as prioridades centram-se na compra de provisões de saúde e 'kits' de higiene e água, e no apoio do programa de juventude pelo qual os jovens voluntários ajudam a limpar ruas e casas e a preparar e distribuir comida para as famílias mais vulneráveis.
Reunir crianças separadas das suas famílias, dar apoio psicossocial, reabilitar escolas e centros de saúde são também outras das prioridades destacadas pela Unicef.
"São necessidades muito urgentes, imediatas e muito graves. A Unicef precisa de ajuda, necessita de fundos. As nossas necessidades iniciais são superiores a oito milhões de dólares e como sempre agradecemos muitíssimo a todo aquele que possa e queira apoiar", apelou Raquel Fernández.
A Unicef trabalha, desde o primeiro dia, com as autoridades locais, organizações não-governamentais (ONG) e outros "aliados" no terreno.
Raquel Fernández dá exemplos de como ajudar e, entre outros, refere o transporte de medicamentos e vacinas que havia num armazém perto do porto de Beirute, e que foram levados para um outro mais seguro, e o programa de apoio à juventude e proteção infantil que presta apoio psicossocial às crianças afetadas.
Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando, pelo menos 158 mortos e cerca de 6.000 feridos, segundo o último balanço feito pelas autoridades libanesas.
Até 300.000 pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud.
As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.
LUSA
A pandemia do novo coronavírus causou pelo menos 727.288 mortos em todo o mundo desde o aparecimento da doença na China em dezembro, segundo o balanço hoje às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa) da agência France-Presse.
© Lusa
Mais de 19.674.290 casos foram diagnosticados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, dos quais 11.665.200 foram considerados curados.
Nas últimas 24 horas foram registados 6.045 mortos e 278.509 infetados em todo o mundo. Os países que registaram mais novas mortes foram os Estados Unidos (1.329), o Brasil (905) e a Índia (861).
Os Estados Unidos são o país mais afetado tanto em número de mortos como de casos, com 162.425 mortes em 4.998.105 infetados. Pelo menos 1.643.118 pessoas foram consideradas curadas.
Após os Estados Unidos, os países mais atingidos são o Brasil, com 100.477 mortos em 3.012.412 casos, o México com 52.006 mortes (475.902), o Reino Unido (46.566 mortos em 309.763 casos) e a Índia (43.379 mortes entre 2.153.010 infetados).
Entre os países mais afetados, a Bélgica é o que lamenta mais mortos em relação à sua população, com 85 mortes por 100.000 habitantes, seguida do Reino Unido (69), do Peru (63), da Espanha (61) e da Itália (58).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) regista oficialmente um total de 84.619 casos (23 nas últimas 24 horas), entre os quais 4.634 mortos (0 entre sábado e hoje), e 79.168 recuperados.
A América Latina e as Caraíbas totalizavam hoje às 11:00 TMG 218.345 mortos em 5.505.076 casos, a Europa 213.091 mortos (3.340.067 casos), os Estados Unidos e o Canadá 171.438 mortes (5.117.286 infetados), a Ásia 71.303 mortos (3.412.962 casos), o Médio Oriente 29.885 mortes (1.239.138 infetados), a África 22.898 mortos (1.036.731 casos) e a Oceânia 328 mortos (23.031 infetados).
Este número de casos apenas reflete uma fração do número real de contaminações, dado que alguns países só testam os casos graves, outros utilizam os testes sobretudo para despistagem e numerosos países pobres têm limitadas capacidades de testagem.
O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da OMS.
In LUSA
I INVEJA, MALVADESA OU INCOMPETÊNCIA!
A degradação de estrada que liga o Bairro Cuntum Madina (periferias da capital Bissau) ao Bairro Alto Bandim (Zona-07), dificulta a passagem de viaturas e em particular, dos transportes públicos (Toca-toca/taxi).
A estrada de volta como também é conhecido, está totalmente degradado devido às águas pluviais estagnadas, o que impossibilita a circulação de automóveis.
Lembrando que Domingos Simões Perreira vulgo DSP, é Presidente do PAIGC foi eleito Deputado de nação várias vezes no Círculo 28 Bairro Cuntum Madina, fez milhares de promessas que vai reabilitar está estrada, mas nunca nada saio do papel.
QUERENDO MUDAR O ESTADO DEGRADADO E TRISTE QUE O PAIGC NOS COLOCOU!
Vem outra vez o mal da fita trava o contributo do Cidadão e Empresário NICK GOMES, Actual Director do PETROGUIM.
Para quem não tem memória seletiva e curta, lembra que por capricho da política de terra queimada o antigo Ministro das Obras Públicas Oscar Barbosa (Kankan), Dirigente do PAIGC, mandou parar na altura a obra de reabilitação das estradas de Cuntum Madina e Quelelé, pelo facto de não ser o militante ou Dirigente do PAIGC a levar a cabo está manutenção.
" GOSI MORADORIS DI CUNTUM MADINA KU CONTINUA NA SUFRI"
Nunde Diputado Domingos Simões Perreira ku si promessas?
O Ministro das Obras Públicas na altura Kankan Dirigente do PAIGC, não se lembrou que a sua tutela é quem devia fazer manutenção dessas estradas, más não o fez. Como se não bastasse, mandou parar a obra de um cidadão que quis apenas dar a sua contribuição para o bem estar social.
"NICK GOMES, DEUS KU NA PAGAU"
Onde estão os Deputados do PAIGC que prometeram apoiar e servir os moradores do Círculo 28?
SÓ KAFUMBAM!
Por: BG
Fonte: Prs Bissau
TGB Televisão da Guiné-Bissau
Responsável dos Serviços da Proteção Civil da Região de Biombo explica como a tragédia terá acontececido e lamenta a falta de meios materiais para dar resposta as necessidades básicas dos cidadãos daquela zona.
TGB Televisão da Guiné-Bissau
L'adansonia digitata est l'arbre parrain de cette journée. Le thème retenu cette année est: la reforestation, un remède contre la pandémie.
Le Chef de l'Etat a invité les sénégalais à s'approprier la journée pour reboiser et lutter contre la déforestation.
Fonte: Présidence de la République du Sénégal
nô pintcha 8 Agosto 2020
Bairro de Enterramento
No passado dia 5 de agosto, os moradores do Bairro de Enterramento clamaram pela reparação da estrada que os serve, uma estrada pouco recomendável ao trânsito de viaturas particulares e de transportes públicos, com a situação a ficar mais complicada depois das intensas chuvas que têm caído nos últimos tempos e dizem que até parece que foram esquecidos e desprezados pelos governantes. Os motoristas recusam-se a transportar os passageiros que se dirigem para o bairro e as pessoas veem-se obrigadas a percorrer distâncias consideráveis até um local onde conseguem aceder a um meio de transporte.
O grito de socorro dos habitantes do Bairro de Enterramento foi registado pela repórter do jornal “Nô Pintcha” que percorreu quase todas as vias de comunicação daquela urbanização, inclusive os que constituíam alternativas e que se tornaram impraticáveis após chuvas intensas dos últimos dias.
A maioria dos residentes acusa as autoridades competentes da falta de interesse para a resolução dos problemas das estradas de Enterramento e criticou o silêncio do deputado do Círculo 10 que, em campanha eleitoral, fez promessas mas depois de se eleger esqueceu de tudo.
Por isso, alguns proprietários dos transportes públicos decidiram pura e simplesmente parar as suas viaturas, por causa das más condições das estradas.
Ouvida uma das moradoras de Enterramento, Henriqueta Cá explicou que é difícil apanhar um táxi ou toca-toca nesse bairro, pois levanta-se todos os dias muito cedo para ir vender os seus produtos no mercado de Bandim, mas tem de caminhar quilómetros até conseguir um transporte.
Para Binar Cá, o mais antigo morador do Bairro, disse que a situação da estrada de Enterramento é muito complexa, até parece que forem esquecidos pelo Governo. Os motoristas são obrigados a contribuir para o Fundo Rodoviário e eles não cumprem com os seus deveres. Onde está o dinheiro cobrado? Há muito tempo que as estradas se encontram nessa situação. É uma vergonha, porque é no Bairro de Enterramento que se encontram as residências dos funcionários das Pescas, a sede da Autoridade Reguladora Nacional (ARN), a Escola Nacional de Saúde e a Faculdade de Medicina, o Centro de Saúde Mental, a Escola Nacional de Administração (ENA), entre outras instituições.
Em nome da juventude de Enterramento, Sene Sanhá afirmou que é preciso que os governantes reajam e assumam urgentemente a reparação das estradas de Enterramento e dos outros bairros, porque todos estão em estado avançado de degradação.
António Dju disse que esta situação não é de hoje e que exigem uma rápida reparação destas estradas, pois é por esse motivo que não existe transportes públicos neste bairro, onde a população é numerosa, tendo em conta as que habitam no Enterramento e Cupul, tornando-se tudo mais complicado porque são obrigados a utilizar os mesmos transportes.
Para um dos habitantes de Enterramento, António Pedro Delgado, que habita numa residência situada na parte do bairro denominada Ilha, confidenciou que a estrada que faz a ligação Quelelé-Enterramento-Guimetal carece de uma profunda intervenção do Ministério das Obras Públicas, que devia antes do começo da atual época das chuvas proceder à terraplanagem de toda a extensão daquela via. Tanto para os moradores com carros particulares como para os que se deslocam em transportes públicos, morar neste bairro constitui um grande martírio para todos. Há que exigir das autoridades rodoviárias a reparação e manutenção das estradas de terra batida de todos os bairros da cidade de Bissau.
Adelina Pereira de Barros
Por Husantcho Mango
Eng. Domingos Simões Pereira, precisa voltar ao país, queremos opositor forte, para debater problemas do país. Não ficar em lisboa, emitindo opiniões pela rede sociais. Na Guinea Bissau, terá todo proteção que necessita, como sempre teve...
Aliás não há nenhum motivos para sua estada em lisboa, entretanto, estas fazendo isso, para chamar atenção da sociêdade Guineense de forma errada.
Meu amigo Eng. Domingos Simões Pereira, Guinea Bissau, é seu lugar, nada vai lhe acontecer ali.
O que não pode, é permitir continuidade exdrúxulas, e com festa dos recursos públicos. Guinea Bissau, é de todos nós, não podemos ficar nessas de supervalorização dos seres mortais, como todos nós.
Eng. Domingos Simões Pereira, têm capacidade incontestavel, porém não é Jesus e sequer anda nas águas; Tudo que faz, outros podem fazer. Amilcar Cabral, morreu a luta continuou até vitória final, apesar de muitas achavam que tudo acabaria com a sua morte.
Não existe super homem, todos somos dispensaveis como substituiveis.
Após três anos de seca, é desolador o cenário na barragem de Poilão, a primeira construída em Cabo Verde, que deu vida nova à Ribeira Seca, mas que agora está praticamente sem água e a fazer jus ao nome.
© Lusa
"Há três anos estamos a viver com a seca e, como se pode ver, não temos nada. Hoje fazemos parte da Ribeira Seca, sem nada", desabafou à agência Lusa o vice-presidente da Associação dos Agricultores da Barragem de Poilão, Adilson Varela, mais conhecido por Nelson.
A barragem de Poilão, situada no município de São Lourenço dos Órgãos, foi a primeira infraestrutura hidráulica do tipo construída em Cabo Verde, financiada pelo Governo da China e inaugurada há 14 anos, em 03 de julho de 2006.
A infraestrutura, que beneficia ainda diretamente o concelho de Santa Cruz, tem 153 metros de comprimento, 26 de altura e capacidade para reter 1,7 milhões de metros cúbicos de água.
Após ter começado a receber água, Nelson recorda que tudo passou a ser em abundância na região, desde produtos nos mercados, trabalho para todos os agricultores e pasto para os animais.
Após a sua inauguração, a barragem chegou a transbordar em anos seguintes, cobrindo toda a região de verde, transformando-se num ponto de atração turística e da realização de sete edições da festa do milho, em 01 de novembro, com centenas de pessoas e o comércio a fluir nas imediações.
Mas desde 2017, por causa da falta de chuva, não se realizou a tradicional festa do milho, a pouca água que havia ainda na albufeira secou e tudo começou a ficar castanho e cinzento, num cenário desolador.
A barragem beneficiava muitos agricultores a montante, mas sobretudo a jusante, na bacia hidrográfica da Ribeira Seca, que durante anos esteve molhada, mas agora está novamente a fazer jus ao seu nome, disse o vice-presidente da associação de agricultores.
E logo que se começa a falar do cenário nas imediações da barragem de Poilão, Nelson respira fundo, desvia o olhar e descrever o drama vivido nos últimos três anos por mais de 200 agricultores da Ribeira Seca.
"Agora estamos neste cenário sem nada", prosseguiu, afirmando que muitas famílias da região têm enfrentado dificuldades, mas concretamente em Lém Jorge, a zona onde mora com a família, que já faz parte do município de Santa Cruz.
Para atenuar as dificuldades, Nelson, 36 anos, não tem dúvidas que a solução seria fazer um furo na ribeira, que a associação pediu assim que a água da barragem começou a secar.
Mas até agora a procura de água no subsolo não chegou a acontecer. "Pelo menos um furo para combatermos a seca, mas agora ficámos sem nada", disse, referindo que foi feita uma perfuração com água apenas para abastecer a população.
"Agora dependemos da chuva para ver se as coisas melhoram", continuou o agricultor, apontando para os tubos que antes eram utilizados para rega gota-a-gota, mas que agora estão estendidos nas terras secas, sem escorrer um pingo de água.
Contactado via telefone pela agência Lusa, o delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente dos municípios de São Lourenço dos Órgãos e Santa Cruz, António Andrade, começou por lamentar a situação provocada por três anos consecutivos de seca severa no país.
Segundo o responsável, a água que existia na barragem deu para regar algumas parcelas de terreno até meados de 2019, sendo que até agora está-se a usar uma perfuração mista na ribeira, tanto para rega, como para abastecimento da população.
Os agricultores reclamam mais uma perfuração para agricultura, mas o delegado esclareceu que, desde que o país vive esta situação de seca, que a prioridade primeira da pouca água é para as pessoas, seguida dos animais e só em terceiro lugar as plantas.
"Achamos que neste momento não é necessário fazer novas perfurações porque temos uma quantidade mínima de água nos lençóis freáticos. E também estamos a correr o risco de não encontrar água, pelo que não é sustentável agora", afirmou António Andrade.
O delegado disse que o que o Ministério tem feito é melhorar o furo já existente, que é bastante produtivo, mas que devido a uma avaria reduziu a sua capacidade de fornecimento de água de 200 metros cúbicos por dia, para os atuais 12 metros cúbicos por hora para rega e 10 metros cúbicos para abastecimento da população.
Devido ao consumo elevado de combustível, António Andrade adiantou que já há financiamento para equipar o furo com uma bomba com mais capacidade e instalar painéis solares, e assim reduzir os custos de combustível e levar água para rega a um reservatório de 100 metros cúbicos.
Além de Poilão, Cabo Verde conta com mais sete barragens, em Saquinho (Santa Catarina), Faveta (São Salvador do Mundo), Salineiro (Ribeira Grande), Flamengos (São Miguel), todas em Santiago, Banca Furada e Fajã (São Nicolau) e Canto de Cagarra (Santo Antão).
Em fevereiro de 2018, no primeiro ano de seca, o presidente da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), Manuel Moura, avançou que as barragens do país estavam na altura com menos de 3,6% da sua capacidade.
Em janeiro deste ano, o Governo cabo-verdiano declarou a situação de emergência hídrica em todo o país até outubro próximo, devido à seca acumulada nos últimos anos, admitindo neste período limitações temporárias ao consumo de água.
A chuva voltou a cair em julho em alguns pontos do país, enquanto os agricultores cabo-verdianos esperam mais precipitações neste e no próximo mês para evitar mais um ano de seca no arquipélago.
Por LUSA