O Comité Executivo cessante da Federação de Futebol da Guiné-Bissau(FFGB) considera, este domingo, 09 de agosto, ilegal o Congresso Ordinário do órgão que elegeu o empresário guineense, Fernando Tavares, como presidente do organismo que dirige o futebol nacional.
Em reação ao congresso organizado pelos cinco candidatos à presidência da FFGB, Mama Saliu Baldé, um dos membros cessante do órgão, disse que o ato realizado foi simplesmente "uma diversão".
"Aquilo que aconteceu no sábado (ontem) foi simplesmente uma diversão, porque não pode realizar um Congresso Ordinário sem uma convocatória. Por isso, se pretende dirigir uma instituição deve conhecer os seus estatutos" afirmou Mama Saliu Baldé.
Com a ausência do presidente da comissão eleitoral e do secretário, o primeiro vogal da comissão, Abdu Mané, presidiu os trabalhos que começou com o preenchimento dos restantes membros, tendo culminado com a eleição de Tavares para dirigir o organismo nos próximos 4 anos.
Em conferência de imprensa, na sede da FFGB, no alto Bandim, em Bissau, Saliu Baldé alega que o número dos associados do organismo, presentes no congresso, com poderes de votos, não ultrapassa 15, o que demonstra claramente que os princípios da legalidade não foram respeitados.
Questionado pela imprensa sobre eventual reconhecimento da FIFA do novo presidente da FFGB, Fernando Tavares, Baldé afiançou que o organismo que gere o futebol mundial não vai reconhecer o processo eleitoral.
Sobre uma eventual disputa judicial, Baldé disse que a direção cessante do organismo não tem esta intenção.
O empresário guineense, Fernando Tavares, foi eleito, este sábado, 8, o novo presidente da FFGB, sucedendo ao cargo Manuel de Nascimento Lopes, que ocupava o cargo desde 2012.
O Congresso Ordinário do organismo que, inicialmente, foi marcado para o dia 25 julho, e que foi adiado para este sábado, 08, pela comissão eleitoral devido à pandemia de covid-19, alegando que a sala onde deveria decorrer o ato não obedece aos parâmetros exigidos pelas autoridades da luta contra a doença.
Aconteceu que quando faltavam 24 horas para o congresso ordinário, a FIFA, organismo que dirige o futebol mundial, anunciou a suspensão de Manelinho, presidente cessante do órgão, igualmente candidato a um terceiro mandato.
A FIFA anunciou a suspensão por 10 anos de funções relativas ao desporto de Manelinho, devido a falhas na proteção de um homem atacado em massa.
Por: Alison Cabral
Rádio Jovem Bissau
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