sexta-feira, 4 de maio de 2018

Paz e segurança - Brasileiro José Viegas Filho é o novo representante especial para a Guiné-Bissau

António Guterres destacou quatro décadas de experiência em diplomacia e governação do seu novo representante; diplomata sucede a Modibo Touré, que termina o mandato este domingo, 6 de maio.


Foto: Uniogbis Sede do Escritório Integrado de Construção da Paz das Nações Unidas na Guiné-Bissau, também conhecido como Uniogbis.

O secretário-geral da ONU nomeou esta sexta-feira o diplomata brasileiro José Viegas Filho para representante especial da Guiné-Bissau e chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz no país, Uniogbis.

Viegas Filho, 76 anos, vai suceder a Modibo Touré, do Mali, que termina o seu mandato no próximo domingo, 6 de maio.

Nomeação

Numa nota do porta-voz do secretário-geral, António Guterres “está agradecido pela liderança de Touré e pelas conquistas da missão durante o seu mandato na Uniogbis.”

Segundo a nota, o novo representante especial “traz consigo mais de quatro décadas de experiência de serviço governamental e diplomacia.”


ONU/Kim Haughton  Modibo Toure termina o seu mandato no domingo, 6 de maio.

Carreira

O cargo mais recente do diplomata foi como embaixador do Brasil em Itália, entre 2009 e 2012. Antes disso, foi embaixador em Espanha (2005 a 2009), Rússia (2001 a 2002), Peru (1998 a 2001) e Dinamarca (1995 a 1998). 

Viegas Filho também foi ministro da Defesa entre 2003 e 2004. Nos anos 90, foi subsecretário-geral de Assuntos Multilaterais e Planejamento de Políticas e chefe do Departamento de Assuntos Multilaterais, ambos no Ministério das Relações Exteriores.


Antes disso, Viegas Filho liderou a delegação brasileira que negociou a reforma do Tratado de Tlatelolco para desnuclearização da América do Sul (1992 e 1993) e da Convenção que Proíbe o uso de Minas Antipessoais (1995 a 1997).

O brasileiro ainda serviu em várias missões diplomáticas nos Estados Unidos, Chile, Itália, França e Cuba entre 1969 e 1990.

Viegas Filho estudou no Instituto Rio Branco, uma escola de relações internacionais e diplomacia em Brasília, no Brasil.

Guiné-Bissau

Em abril, o presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, nomeou Aristides Gomes para primeiro-ministro do país.

Aristides Gomes é o sétimo primeiro-ministro nomeado por Mário Vaz, eleito presidente em 2014.

A principal missão do governo de Aristides Gomes será organizar as próximas eleições legislativas, que devem acontecer este ano.

Na altura da nomeação, Antonio Guterres pediu que fossem tomados “de imediato” os próximos passos para a estabilidade do país, como a formação de um governo inclusivo, a reabertura da Assembleia Nacional e a implementação do Acordo de Conacri. 

Apresentação: Alexandre Soares

news.un.org/pt

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