ALPHA CONDÉ - PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ CONACRY FOTO: PEDRO PARENTE
«Penso que vocês não contribuem para a melhoria da imagem da Guiné que, como digo sempre, é vítima do seu passado”, disse num encontro com os jornalistas.
Alpha Condé reagiu asperamente contra os jornalistas por causa do relatório da ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF), de 2018 sobre a Guiné elevar o país o 104º lugar num total dos 180 países no mundo, um recuo de três pontos em relação a 2017.
No relatório, RSF escreve nomeadamente que «periodicamente o governo tenta censurar a imprensa crítica sob o pretexto administrativo, como “a suspensão de várias rádios, em Novembro 2017, jurídicos, tais como ofensa as instituições, publicação de falsas notícias, ou financeiras, como a falta de pagamento das dívidas do Estado”.
A ONG afirma que a certa altura, a Alta autoridade da Comunicação social não responde aos pedidos de autorização da média, para depois acusá-la de não estar autorizada.
Não é a primeira vez que o encontro entre Alpha Kondé e a imprensa foi tenso. Aquando da cerimónia de encerramento do encontro da imprensa francófona, em Conakry, a 25 de Novembro de 2017, o chefe do Estado ameaçara encerrar algumas estações de rádio que entrevistassem os sindicalistas em greve.
O relatório do RSF acusa igualmente o regime do Presidente Alpha Condé de “forçar os jornalistas ao exílio, por terem publicado artigos controversos”.
Condé disse que alguma imprensa guineense contribui para a exacerbação das tensões étnicas, alegando mesmo que existem estações semelhantes a rádio Mil colinas, multiplicando apelos a eliminação da minoria, como foi o caso no Ruanda.
angop.ao/angola/pt
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