sexta-feira, 4 de maio de 2018

Guiné Conakry: Alpha Condé critica jornalistas

Conakry - O Presidente da Guiné Conakry, Alpha Condé acusou quinta-feira os jornalistas guineenses de veicularem “falsas informações e apresentarem uma má imagem do país».

ALPHA CONDÉ - PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ CONACRY FOTO: PEDRO PARENTE

«Penso que vocês não contribuem para a melhoria da imagem da Guiné que, como digo sempre, é vítima do seu passado”, disse num encontro com os jornalistas.

Alpha Condé reagiu asperamente contra os jornalistas por causa do relatório da ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF), de 2018 sobre a Guiné elevar o país o 104º lugar num total dos 180 países no mundo, um recuo de três pontos em relação a 2017.

No relatório, RSF escreve nomeadamente que «periodicamente o governo tenta censurar a imprensa crítica sob o pretexto administrativo, como “a suspensão de várias rádios, em Novembro 2017, jurídicos, tais como ofensa as instituições, publicação de falsas notícias, ou financeiras, como a falta de pagamento das dívidas do Estado”.

A ONG afirma que a certa altura, a Alta autoridade da Comunicação social não responde aos pedidos de autorização da média, para depois acusá-la de não estar autorizada.

Não é a primeira vez que o encontro entre Alpha Kondé e a imprensa foi tenso. Aquando da cerimónia de encerramento do encontro da imprensa francófona, em Conakry, a 25 de Novembro de 2017, o chefe do Estado ameaçara encerrar algumas estações de rádio que entrevistassem os sindicalistas em greve.

O relatório do RSF acusa igualmente o regime do Presidente Alpha Condé de “forçar os jornalistas ao exílio, por terem publicado artigos controversos”.

Condé disse que alguma imprensa guineense contribui para a exacerbação das tensões étnicas, alegando mesmo que existem estações semelhantes a rádio Mil colinas, multiplicando apelos a eliminação da minoria, como foi o caso no Ruanda.

angop.ao/angola/pt

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