Joshua começou a falar japonês aos três anos e aos seis anos de idade tornou-se na pessoa mais jovem do mundo a estudar Filosofia e História.
Cada ser humano tem o seu próprio ritmo de aprendizagem e a sua própria forma de assimilar conhecimento, contudo, há pessoas particularmente peculiares. Joshua Beckford é uma delas. Com apenas dois anos, Joshua já dominava a leitura. Um ano depois começou a falar japonês e aos seis anos de idade tornou-se na pessoa mais jovem do mundo a estudar Filosofia e História na prestigiada Universidade de Oxford, em Inglaterra, onde ganhou uma distinção em ambas disciplinas. O primeiro contacto que o pai de Joshua, Knox Daniel, teve com a realidade que o filho era muito inteligente para a idade que tinha, foi quando estava em frente ao computador com o menino e percebeu algo diferente. “Comecei a dizer ao Joshua quais eram as letras do teclado e percebi que ele ia memorizando e percebia o que estava a ver.” Knox queria ver até onde a inteligência do seu filho podia ir ou o que conseguia alcançar e em 2011 inscreveu-o na Universidade, no curso de Filosofia para crianças brilhantes entre os oito e treze anos. A faculdade aceitou, e Joshua tornou-se assim no aluno mais jovem já aceite. E passou com distinção. Foi nomeado aos seis anos como uma das crianças mais inteligentes do mundo. Agora, com 13 anos, já é muito avançado academicamente para continuar a estudar na faculdade com o resto dos seus colegas, e foi “obrigado” a ter aulas em casa. Joshua destaca-se nas áreas das Ciências, Matemática, História e Línguas. E qual é o sonho de um das crianças mais inteligentes do mundo? Ser médico e astrounata! Joshua quer ser neuro-cirurgião e está no caminho certo para que isso acontecessa o mais rápido possível. Já tem alguma prática, mais precisamente na remoção da vesícula biliar e procedimentos de apendicectomia. Joshua Beckford pode se tornar no mais jovem médico em apenas dois anos. Tendo em conta as aulas na escola de medicina e os anos associados a isso, tudo indica que o sonho está muito perto de se realizar. “Aos quatro anos eu usava o computador do meu pai que tinha um simulador de corpos onde eu retirava os órgãos. Quero salvar a Terra. Quero mudar o mundo e mudar as ideias das pessoas para fazer as coisas certas.” Joshua está também a escrever um livro infantil sobre o Egito. Quando não está no meio dos livros e cadernos, Joshua está a trabalhar, é a cara da campanha Black and Minority (BME) da National Autistic Society. Diagnosticado com autismo, Joshua ajuda a espalhar a missão da campanha que destaca os obstáculos que a comunidade negra enfrentam quando tenta obter acesso aos serviços médicos e a falta de suportes necessários para o autismo. De acordo com um estudo de 2011, Autism and the African American Community, “evidências demonstram que embora as taxas de diagnóstico para autismo ocorram nas mesmas taxas em todos os grupos raciais, o diagnóstico em crianças afro-americanas ocorre mais tarde que em crianças brancas. Como resultado, as crianças afro-americanas podem exigir uma intervenção mais longa e mais intensa”. Enquanto pratica para ser neurocirurgião, Joshua angaria fundos para três instituições de caridade de autismo, uma no Reino Unido e duas em África, e ainda faz e participa em campanhas para salvar o meio ambiente. Abaixo podes ver e ouvir umas das entrevistas dadas por Joshua Beckford, no TEDx:
A representante do Programa Alimentar Mundial (PAM) defende, esta quarta-feira (24 de Julho), a sensibilização da população guineense como forma de reduzir a desnutrição e insegurança alimentar na Guiné-Bissau A ideia defendida durante o seminário de apresentação e validação do resultado do estudo de conhecimento, Atitudes, Praticas e Motivações (CAPM) na nutrição das crianças menores de cinco anos e causas de malnutrição materna e infantil nas regiões de Oio, Bafatá, Gabú e sector Autónomo de Bissau. As actividades contam com o apoio Financeiro do PAM e da União Europeia. De acordo com a representante do PAM no país, Kiyomi Kawaguchi, a pobreza e o elevado grau de alfabetismo são um dos factores da desnutrição persistente uma vez existe grande nível de desconhecimento da noção de nutrição no país. “O problema no país tanto em anemia quanto ao sobrepeso assim como o desconhecimento da noção de nutrição e a sua consequência em mal ou não utilização dos alimentos disponíveis, por isso toda a população guineense precisa ser sensibilizada na questão de nutrição”, salientou a representante do PAM. Para o presidente do Parlamento Nacional Infantil (PNI), Júnior Sebastião Tamba, a falta de inspecção dos alimentos é factor da má desnutrição na Guiné-Bissau principalmente para as crianças que a sua instituição representa. “Na Guiné-Bissau vivemos num país em que a inspecção é muita fraca uma vez que há vários tipos de alimentos que a população consume sem saber da sua gravidade para a saúde, dado que existem certos produtos que contêm produtos químicos”, alertou o Presidente do Parlamento Nacional Infantil. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) apurou que maior parte dos agricultores se dedicam à monocultura (Produção de arroz e caju), por isso são as mulheres que garantem a diversificação da produção e consequentemente da dieta alimentar. Facto que a ministra da Mulher Família e Protecção Social, Cadi Seide, ao presidir o acto, diz que o país possui condições naturais favoráveis ao cultivo de diversos produtos agrícolas para melhorar e garantir segurança alimentar e nutricional para as crianças e mulheres. “Uma boa nutrição não é apenas comer mais sobretudo saber o quê comer”, referiu a Ministra da Mulher Família. Segundo dados do Programa Alimentar Mundial (PAM), cerca de 16 por cento dos agregados familiares da Guiné-Bissau sofre de insegurança alimentar moderada e severa. A insegurança alimentar está associada à falta de alimentação diversificada, porque a alimentação de muitos agregados é pobre, estando baseado no arroz. Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi radiosolmansi.net
A Embaixada de Espanha na Guiné-Bissau entregou, esta quarta-feira (24), duas viaturas e equipamentos de serviço à Guarda Nacional (GN) para a vigilância de fronteiras e controlo do território
A entrega se inscreve no Projecto financiado pela União Europeia, tendo sido capacitados 19 elementos da GN no domínio da vigilância de fronteiras e controlo do território, através da Guarda Civil espanhola. O Embaixador de Espanha na Guiné-Bissau, Marcos Canteiro, disse esperar que a contribuição sirva para melhorar a capacidade da intervenção defesa e segurança. “Continuamos determinados a apoiar a Guiné-Bissau e podemos afirmar que o compromisso das partes, a boa-fé e a vontade política dos parceiros são muitos firmes e são essenciais para cobrir o objectivo para alcançar sucesso” O Ministro do Interior, Juliano Fernandes, deu a garantia ao Reino de Espanha de que os materiais doados serão utilizados para os devidos fins e não haverá desvios... “ Isto é de grande importância pra Guiné-Bissau para os nossos parceiros que nos apoiam e que devem sentir que os meios que nos dão estão a servir as finalidades que estão subjacentes a estas ofertas e esta doação. Não haverá qualquer deportação desta finalidade, não haverá qualquer desvio porque os meios devem servir para a capacitar a intervenção da nossa GN”, promete. Entre os materiais ofertados contam duas viaturas e equipamentos diversos, destinados aos serviços do controlo e vigilância da fronteira, e da fiscalização marítima. Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Bíbia Mariza Pereira Imagem: Bíbia Mariza Pereira radiosolmansi.net
Em resposta a solicitação do Movimento Político Botche Candé, o Presidente da República José Mário Vaz promete para breve anunciar a possível recandidatura, para consolidar os progressos da paz e estabilidade, obtidos no primeiro mandato, rumo ao desenvolvimento.
O Primeiro-Ministro, Aristides Gomes, foi recebido hoje em Abidjan pelo Presidente Alassane Ouatara no âmbito da sua visita à Costa do Marfim. Numa audiência que decorreu no Palácio Presidencial em Abidjan, o Chefe do Executivo guineense informou ao seu interlocutor os avanços registados no seguimento roteiro estabelecido pela CEDEAO para a normalização politica-institucional na Guine-Bissau. Informou-lhe igualmente dos preparativos das próximas eleições presidenciais com a fixação da data do início das operações de correção dos dados do último recenseamento biométrico. O Presidente Ouatara acolheu com satisfação a evolução da situação política guineense mas que ainda assim requer acompanhamento. Anunciou neste particular para breve a deslocação de uma missão de seguimento da CEDEAO a Guine-Bissau como forma de aquilatar os progressos. ditaduraeconsenso
A ministra da Função pública garante que o Governo liderado por Aristides Gomes tudo fará para responder as reivindicações dos sindicados mas de acordo com o primado na Lei Esta terça-feira a UNTG promoveu um seminário de formação que visa capacitar os sindicalistas sobre a prestação dos serviços de qualidade em tempo de perfeição. Fatumata Djau Baldé, Ministra da função pública, afirma que desde de sempre o governo funcionou com base na legalidade e, no entanto, promete aplicar na íntegra a legislação laboral. “Garanto-vos que tudo o que tem a ver com a legislação laboral será aplicado na íntegra”, disse. Já o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau, Júlio António Mendonça, disse que estabilidade social depende muito do Governo, porque tem que a ver a promoção do diálogo sério entre o executivo e os demais parceiros sociais. “A Guiné-Bissau é um país com potencial enorme para desenvolver mas se compararmos com os demais países da sub-região somos os piores em índice de desenvolvimento porque a nossa classe política pode conseguiu ditar boas acções governativas”, enfatiza Júlio Mendonça que, no entanto, diz acreditar na mudança da atitude da classe polícia. O secretário-geral da UNTG promete nunca poupar esforços na lutar pela conquista da dignidade daqueles que prestam serviços ao Estado e pagam impostos. Entretanto, Júlio Mendonça afirma que é possível a mudança de paradigma, não só ao nível sindical mas também em todas as instituições que compõem o Estado. O seminário terá a duração de quatro dias e decorre sob o tema: “prestar os serviços de qualidade em tempo hábil aos seus membros”. Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Turé da Silva radiosolmansi.net
O coletivo dos alunos das escolas públicas e privadas do país agrupado na chamada “Carta XXI” acusou hoje, 23 de julho de 2019, o governo liderado por Aristides Gomes de pretender salvaguardar a imagem do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, com a salvação do presente ano letivo, comprometendo o conhecimento dos alunos e pondo em risco toda a esfera social do país. Para os estudantes, os atuais responsáveis pelo pelouro da educação e ensino não estão a ter em conta questões técnicas e pedagógicas, mas sim questões políticas, beneficiando o partido no governo no embate eleitoral que se avizinha, pondo em risco a educação de qualidade defendida pelos atuais responsáveis antes da sua nomeação. Um grupo de estudantes foi impedido esta manhã pelas forças de segurança de prosseguir com a manifestação que tinha como objetivo exigir do governo, através do ministério da Educação, a invalidação de forma parcial do presente ano letivo devido às cíclicas greves decretadas pelos sindicatos do setor.
A marcha juntou menos de cinquenta estudantes e ativistas sociais na sede dos serviços de Meteorologia Nacional, onde se concentraram planeando marchar para o Ministério da Educação nacional quando foram bloqueados. Os estudantes tinham em mãos cartazes com seguintes dizeres: salvar o ano nunca mais; Queremos educação de qualidade; salvar o ano vai contra o conhecimento de um aluno; salvar o ano mata a Guiné; e gritavam repetida e incessantemente: o ministro esqueceu-se muito cedo, corrupção na educação; morremos no nosso direito. Segundo o coordenador do coletivo, Amadu Djaló, o Ministério do Interior alegou desconhecer que a manifestação teria lugar e por não terem respeitado também as normas institucionais para a realização de qualquer manifestação. Afirmou que levaram uma carta a dar conhecimento da manifestação, mas que a secretaria do Ministério do Interior deu sem efeito simplesmente, ou seja, recusou dar entrada à carta. “Isto não passa de uma encenação do PAIGC com três motivos de querer a todo custo validar este ano letivo que já não tem condições técnicas de ser validado, primeiro querem salvaguardar a imagem de forma a manipular os eleitores, segundo querem justificar o dinheiro das propinas que querem usar nas campanhas presidenciais e o terceiro os próprios responsáveis da educação e ensino querem se salvar”, disse Amadu. No entanto, garantiu que vão continuar a lutar até ser-lhes dado o direito à escola de qualidade. O coordenador da “Carta XXI” (os estudantes das escolas públicas e privadas), Franique Alberto da Silva, revelou que sua organização já discutiu com alguns parceiros do Ministério da Educação e afirma que sua organização já tem planos para que não haja mais greves cíclicas no setor. “Vamos tentar um encontro com o ministério da educação e parceiros para, de uma forma sã, apresentar as nossas preocupações e discutirmos em conjunto esta situação e a do próximo ano letivo. É o que nos interessa, não esses desentendimentos que estão a criar junto com o ministro do interior só para nos fazer calar”, referiu. Por: Epifania Mendonça Foto: Marcelo Na Ritche OdemocrataGB
Regra geral, os métodos que utilizam hormonas para impedir a ovulação – e, por consequência, a gravidez – são considerados os mais confiáveis.
A pílula anticoncecional, por exemplo, tem uma eficácia superior a 99% quando tomada corretamente. Fazem parte da mesma família o anel vaginal e o adesivo transdérmico, que libera hormonas ao ser aplicado na pele - sendo estes a nível de percentagens os métodos mais eficazes contra uma possível gravidez. Entretanto, esses métodos têm um ponto fraco: nenhum deles impede a infeção com as chamadas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), especialmente a SIDA. Por enquanto, a única forma de se prevenir é usar o preservativo (masculino e feminino), que têm uma eficácia de 95% para evitar gravidezes indesejadas. Bem menos confiáveis são os chamados métodos ‘naturais’. O o coito interrompido, consiste em retirar o pénis da vagina antes da ejaculação – o problema é que o líquido que lubrifica o pénis já pode conter espermatozoides. O segundo, a ‘tabela’, está dependente da mulher menstruar sempre num período determinado, o que tantas vezes não acontece.
Há ainda um último grupo de anticoncecionais bem mais radicais: as cirurgias. Estas podem interromper o caminho do óvulo ao útero (a ligadura das trompas, no caso da mulher) ou evitar a presença de espermatozoides na ejaculação (a vasectomia, para o homem). “São opções definitivas, porque a operação de reversão é difícil e nem sempre bem-sucedida”, diz o ginecologista Jorge Villanova Biazús, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS), no Brasil, em declarações à revista Abril. A verdade é que opções não faltam, mas de todos os métodos, os preservativos são os únicos que protegem tanto o homem como a mulher de doenças transmitidas pela via sexual. DIU O que é: Plástico com cobre em forma de T, inserido no útero através da vacina. Dificulta a passagem do espermatozoide e impede que o óvulo fecundado se fixe na parede do útero. Vantagens: Inibe a menstruação em 80% dos casos. Pode ser uma boa opção para mulheres que sentem enjoos com pílula. Desvantagens: Não protege contra DSTs e pode sair do útero sem que a pessoa se dê conta. Para algumas mulheres, a colocação incomoda. Métodos ‘naturais’ O que são: Os mais famosos são o coito interrompido, quando o homem retira o pénis da vagina antes da ejaculação, e a ‘tabela’, que consiste em não fazer sexo durante o período fértil da mulher. Vantagens: São métodos naturais, sem a presença de hormonas ou barreiras físicas. Desvantagens: Não protegem contra DSTs e são muito pouco confiáveis. No caso do coito interrompido, pode haver espermatozoides antes da ejaculação no líquido que lubrifica o pénis. Relativamente à ‘tabela’, a margem de erro do período fértil é grande e as falhas são comuns. Anel vaginal O que é: Um anel colocado no fundo da vagina que liberta hormonas para impedir a gravidez. A cada mês, o anel é removido por uma semana, permitindo menstruação normal. Vantagens: Alta eficiência. Os efeitos colaterais e a ocorrência de hemorragias irregulares são mínimas. Desvantagens: Não protege contra DSTs. Algumas mulheres podem apresentar irritação na vagina, com aumento de secreção. Diafragma O que é: Anel com película de borracha que barra a entrada dos espermatozoides do útero. É inserido na vagina antes da relação e retirado até 12 horas depois. Vantagens: Não exige pausa na relação sexual para ser colocado. A mulher pode pôr o diafragma horas antes do encontro. Desvantagens: Não protege contra DSTs. Tem baixa eficiência se não for usado com outro anticoncecional, como um espermicida (que mata espermatozoides). Pílula O que é: Comprimido que interrompe a ovulação por meio da ação de duas hormonas. As mais comuns são a pílula de uso contínuo, tomada por três semanas a cada mês, e a pílula do dia seguinte, usada até 72 horas após a relação sexual Vantagens: Quando bem utilizada, possui uma eficiência superior a 99%, além de diminuir o sangramento durante a menstruação. NAOM
Um jornalista nigeriano baleado na segunda-feira durante uma manifestação da minoria xiita em Abuja morreu durante a noite, anunciou hoje a empresa onde trabalhava, elevando para oito o balanço de vítimas mortais.
"Precious Owolabi morreu", anunciou, em comunicado, a cadeia de televisão Channels, onde o jovem de 23 anos trabalhava. "O jovem foi baleado quando fazia a cobertura dos confrontos entre a polícia e manifestantes xiitas em Abuja", acrescenta o comunicado. O Comité para a Proteção dos Jornalistas apelou às autoridades nigerianas para que abram uma investigação para determinar o responsável pela morte do repórter. Pelo menos seis membros do Movimento Islâmico da Nigéria (IMN), uma organização xiita radical do norte da Nigéria, e um polícia foram também mortos na manifestação. "A manifestação era pacífica, mas a polícia começou a aparecer em grande número e a lançar gás lacrimogéneo e os manifestantes ripostaram com 'cocktails' Molotov e atearam fogo a carros dos bombeiros", segundo um jornalista da agência France Presse no local. De seguida, a polícia começou a disparar balas reais e os jornalistas no local contaram seis manifestantes e um polícia caídos por terra. O porta-voz do IMN, por seu lado, estabeleceu o balanço em onze mortos entre as suas fileiras. "Um grande número de pessoas foram atingidas. Posso confirmar 11 mortos e 30 feridos", disse Ibrahim Musa, adiantando que a polícia recolheu os corpos. A organização Amnistia Internacional apelou, na segunda-feira, às autoridades para que acabem com o uso de violência na repressão das manifestações. "As forças de segurança disparam balas reais contra as pessoas que exercem apenas a liberdade de expressão", lamentou a organização de defesa dos direitos humanos. Os militantes do IMN manifestam-se quase diariamente nas ruas de Abuja para pedir a libertação do seu líder, Ibrahim Zakzaky, preso desde dezembro de 2015. O movimento, que conta com milhares de simpatizantes, contesta há anos as autoridades nigerianas e as suas manifestações são frequentemente reprimidas de forma violenta. NAOM
O presidente da Casa da Moeda, Gonçalo Caseiro, disse hoje que o acordo que Portugal e a Guiné-Bissau assinam na próxima sexta-feira, permite aos guineenses terem documentos de identificação seguros.
"Este trabalho vai permitir aos guineenses virem a ter um documento de identificação e um passaporte eletrónico. Mas a componente que antecede esses documentos é que é muito relevante. Porque não se trata apenas de ter documentos seguros. O pior que pode acontecer é ter um documento verdadeiro com dados falsos", afirmou o presidente da Imprensa Nacional Casa da Moeda, em declarações à Lusa à margem da apresentação do livro do secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro. "Valorizar os portugueses no Mundo" é o título do livro que foi apresentado hoje à tarde em Lisboa, numa cerimónia que decorreu na Biblioteca da Imprensa Nacional, Casa da Moeda, e na qual o ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que iria assinar, durante a visita à Guiné-Bissau, que começa na próxima quinta-feira, um acordo de cooperação para apoiar aquele país na área da segurança documental. "A Casa da Moeda será chamada a assegurar o acervo documental da Guiné-Bissau, algo que anunciarei durante a minha visita" aquele país, afirmou Augusto Santos Silva na cerimónia de lançamento do livro do seu secretário de Estado da Comunidades Portuguesas. Assim, aquela entidade vai estar envolvida no trabalho de mudança do processo de registos, quer na Guiné-Bissau quer em Cabo Verde, no âmbito de um acordo já assinado entre Portugal e este último país, e de um outro, que deverá ser assinado durante a deslocação do Ministro dos Negócios Estrangeiros português a território guineense. "Não é apenas o documento físico ser ou não verdadeiro - no caso de Cabo Verde até é produzido pela Imprensa Nacional Casa da Moeda -, trata-se de revisitar todo o processo, nos registos civis desses dois países, encontrar os pontos críticos e melhorar todo o processo de obtenção de nacionalidade, de registo civil até chegar à parte documental propriamente dita. Portanto, o reforço da segurança documental é um processo muito mais vasto", explicou Gonçalo Caseiro à margem da apresentação do livro do Secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, quando falava sobre o trabalho a desenvolver pela entidade que lidera. Trata-se de "um projeto de cooperação que é feito com as autoridades locais e apenas o integramos enquanto especialistas", acrescentou. O caso de Cabo Verde é diferente da Guiné-Bissau porque "evoluiu muitíssimo nas matérias de gestão documental". Segundo o presidente da Casa da Moeda o trabalho na Guiné-Bissau vai demorar cerca de dois anos e vai contar com uma equipa de especialistas, "uma parte dela são residentes e outra irá de Portugal". Sobre o montante que o projeto poderá envolver, Gonçalo Caseiro escusou-se a revelar um número exato, mas disse: "estaremos a falar de valores da ordem de alguns milhões de euros". Ainda na cerimónia, o ministro Santos Silva destacou que a possibilidade de cooperação naquela área com a Guiné-Bissau surge precisamente após ter vindo da reunião de Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realizou na passada semana na cidade do Mindelo, em Cabo Verde, onde a mobilidade esteve em debate. A segurança dos documentos, sublinhou Santos Silva, "é importante para facilitar a mobilidade", referindo-se à proposta que se discute entre os nove estados-membros da CPLP para a livre circulação de pessoas no espaço daquela comunidade. O ministro dos Negócios Estrangeiros português inicia quinta-feira (25) uma visita à Guiné-Bissau, que termina no domingo (28), com uma agenda que prevê encontros com o Presidente da República, José Mário Vaz, e com o primeiro-ministro, Aristides Gomes. Uma visita que, tal como Santos Silva, disse hoje de manhã aos jornalistas, tem o objetivo de retomar "o nível máximo" de cooperação com aquele país. O Programa Estratégico Cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau para o período 2015-2020 tem um envelope financeiro indicativo de 40 milhões de euros e tem como prioridades a promoção da boa governação, estado de direito e direitos humanos, desenvolvimento sustentável e bens públicos globais. A visita deverá servir igualmente para lançar as discussões sobre o futuro da cooperação entre os dois países após 2020 e a preparação do próximo programa estratégico. NAOM
A Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau explica que a dificuldade em conseguir o agendamento, com vista a concepção dos vistos para Portugal tem a ver com problemas de sistema interno Para conseguir visto de entrada para Portugal, os guineenses passam horas aglomeradas em frente a embaixada e outrora acabam por dormir no chão. António Alves de Carvalho, Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, a margem do encontro com a secretaria de Estado de comunicação, disse que está-se a fazer esforços para colmatar a situação evitando a aglomeração das pessoas. “Estamos a trabalhar nisso e temos uma grande afluência. Como sabem continuamos a fazer todos os esforços para evitar e para melhor atender muitos utentes e amigos que nos procuram, por vezes temos problemas no sistema que não funcionar por isso que podemos encontrar tanta gente lá fora, é uma questão técnica e nós leva a ter um problema de sistema informático e mas vamos continuar a trabalhar mais e melhor com as condições que temos”, garante. As pessoas que procuram visto de entrada em Portugal, lamentam a lentidão no atendimento e, no entanto, são obrigados a madrugar para conseguir o agendamento. Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Bíbia Mariza Pereira/radiosolmansi com Conosaba do Porto Imagem: Bíbia Mariza Pereira
O Reino da Arábia Saudita ja disponibilizou as 751 vagas disponiveis na quota da Guine-Bissau para a Peregrinação-2019. O anúncio foi feito hoje pelo Embaixador da Arábia Saudita na Guiné- Bissau com residência em Dakar, Fahad Al Dosary, durante uma audiência que lhe foi concedida pelo Primeiro-Ministro, horas antes de seguir para Abidjan onde é aguardado para uma visita oficial. De acordo com o diplomata saudita mais 1000 lugares podem ser disponibilizados a título de bolsas. O Embaixador da Arábia Saudita comunicou ainda ao Primeiro-Ministro algumas facilidades em termos de visto com a atribuição online e localmente como forma de evitar atrasos. Saudando a formacao de um novo Governo Al Dosary instou Aristides Gomes a maximizar as oportunidades que existem no ambito da cooperacao bilateral entre os 2 paises, sobretuso em materia da energia e infra-estruturas. A audiência decorreu na presença da Ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, o Secretário de Estado das Comunidades , Bacai Sanha e o Embaixador da Guine-Bissau no Senegal, Ibraima Sano. ditaduraeconsenso.blogspot.com
O BOAD disponibilizou 20 dos 27 bilhões de Francos Cfa necessários para a reabilitação e modernização das infra-estruturas aeronáuticas do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira. A decisão saída da reunião do Conselho da Administrativo do BOAD, foi anunciada pelo Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, tendo realçado a necessidade do governo recorrer ao empréstimo junto dos bancos comerciais para a cobertura total dos fundos do projecto. SAMUEL DINIS MANUEL falava ontem na abertura da décima quarta reunião do Comité de Gestão das Actividades Aeronáuticas Nacionais, onde saúdou o contributo da ASECNA para modernização do Aeroporto Osvaldo Vieira. Foto: net Aliu Cande
Vários homens armados atacaram nos últimos dias três aldeias no noroeste da Nigéria, no estado de Sokoto, matando pelo menos 37 pessoas, divulgaram hoje fontes oficiais e locais.
"Os bandidos abriram fogo contra as pessoas e incendiaram mercados e colheitas", prosseguiu o líder local, acrescentando que os homens também roubaram todo o gado que existia nas localidades. As aldeias de Kamitau, Ololo e Rijiyar Tsamiya, onde ocorreram estes incidentes, ficam a cerca de 100 quilómetros de Sokoto, a capital do estado nigeriano com o mesmo nome. "O massacre durou cerca de duas horas, sem resposta das forças de segurança, dada a dificuldade de acesso à área", referiu Zakari Chinaka. Um habitante de Kamitau, onde foram contabilizados 23 mortos, contou à AFP que as pessoas da aldeia tentaram defender-se e recuperar o gado, o único meio de subsistência naquela região extremamente pobre e remota. "Mas os bandidos reagiram e mataram ainda mais pessoas", disse o habitante, identificado como Alu Ibrahim. O estado de Sokoto, que até há pouco tempo não tinha registos de violência, tornou-se recentemente no novo alvo de grupos criminosos organizados que têm espalhado o terror no noroeste da Nigéria, roubando gado e vendendo-o em mercados paralelos a preços elevados. No último mês, pelo menos 43 pessoas morreram nos distritos de Rabah e Isa em ataques conduzidos por gangues criminosos. O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, já "condenou de modo veemente" estes ataques. "O Presidente está comprometido em responder com força contra estes inimigos da humanidade", afirmou um porta-voz de Muhammadu Buhari, num comunicado. A situação no noroeste da Nigéria, que integra os estados de Katsina, Zamfara, Kaduna e Sokoto, é encarada com particular preocupação por causa da infiltração de elementos de grupos extremistas islâmicos nestes gangues, que têm vindo a ganhar dimensão nos últimos 12 meses. NAOM
[REPORTAGEM_julho_2019] A venda de produtos alimentares no chão e a falta de higiene que se registam nos principais mercados da capital deixam a Câmara Municipal de Bissau impotente na sua iniciativa de organização e de limpeza dos mercados. A vida dos utentes e dos cidadãos está em risco de contaminação por doenças. Por outro lado, a falta de higiene e a desorganização dos mercados continuam a preocupar os utentes dos mercados, em particular nos principais mercados visitados pela equipa de reportagem do semanário O Democrata, designadamente o mercado de Caracol (Bairro Bandim), a chamada Feira de Cacheu (Bairro Mindara) e o mercado do Bairro Militar, que manifestam-se preocupadas com a situação neste período das chuvas. De acordo com a constatação “in loco” feita pela nossa equipa de reportagem, na qual a questão do lixo bem como a falta de espaços para novos utentes continuam a ser o maior desafio da edilidade da capital, sobretudo no que concerne à limpeza dos mercados e à sua organização, proibindo a venda de produtos alimentares no chão. O mercado de Caracol e de Cacheu (improvisado), as mais populares, também deparam-se com sérios problemas de higiene e de espaços adequados devido à situação geográfica dos mesmos. Aliás, os mesmos problemas são enfrentados pelos três principais mercados visitados, dado que estão no meio de habitações privadas, apesar de serem os mais frequentados. CARACOL ENTRE A INICIATIVA DE BOAS PRÁTICAS DE LIMPEZA E A PERSISTÊNCIA DO LIXO Não obstante a deterioração que se verifica em algumas zonas dos mercados confrontados com falta de higiene e falta de espaço, os utentes improvisam a venda dos peixe, fruta e outros produtos hortícolas no chão, onde estendem plásticos ou panos (em tecido africano) no chão para neles exporem os seus produtos. A nossa reportagem não ouviu nenhum “viva-alma” que se movimentam naqueles mercados reclamar que os produtos alimentares estavam expostos no chão. Compram-nos sem hesitação. Registaram-se algumas melhorias no mercado de Caracol em comparação com os anos anteriores, dado que os utentes em colaboração com funcionários de Câmara Municipal, removem o lixo todos os dias do interior do mercado. No fim de cada dia de trabalho lavam a zona pavimentada com produtos de limpeza enquanto outras zonas, fora do edifício do mercado, são deixadas abandonadas, sem cuidados nenhuns em termos de higiene. Muitas vezes são os próprios utentes quem limpa os lugares onde trabalham. As mulheres “bideiras”, que vendem fora do edifício principal devido a falta do espaço no interior, improvisam, com recurso a baldes com água ou outros materiais, para conservar os seus produtos e assim evitar expô-las no chão. Mas nem todos os utentes têm esse cuidado. Por falta de espaço no interior do mercado, a maioria que vende fora usa plásticos ou panos estendidos no chão, onde expõem para venda dos seus produtos, sem se preocuparem com o risco de contaminação dos seus produtos. FORÇAS DE ORDEM GARANTEM SEGURANÇA DO MERCADO DE CARACOL E AOS UTENTES Em termos de segurança, registaram-se melhorias significativas, de acordo com os utentes abordados pela nossa equipa de reportagem. O mercado conta com um corpo de elementos das forças de ordem pública colocados para garantir a segurança do mercado e dos utentes. As forças de ordem dispõem de uma esquadra situada a 100 metros do portão principal do mercado. De acordo com os utentes, após a chegada das forças de segurança registou-se uma significativa redução de roubos, no período da noite, sobretudo os carteiristas que atuavam de dia, gatunos que perturbavam muito os cidadãos que circulavam no mercado. Os elementos da polícia circulam por todo o mercado durante o dia, alguns deles a paisana. Movimentam-se no interior e nos arredores, controlam o mercado a fim de garantir a segurança aos utentes e seus bens. Os proprietários dos ’boutiques’ e armazéns do mercado contratam seguranças à empresas de segurança ou guardas particulares para cuidar dos seus armazéns no período da noite, dado que sentem-se mais confortáveis com os guardas privadas a noite, uma vez que as forças de ordem muitas vezes não conseguem garantir a total segurança do local. No que diz respeito à água, Caracol dispõe de água canalizada junto às casas de banho. Estas têm condições básicas de funcionamento e é exigida uma taxa de 25 francos cfa para urinar, 100 francos cfa para um uso mais “pesado”. A responsável das mulheres vendedeiras do mercado de Caracol, Glόria Có, explicou na entrevista que a Câmara Municipal de Bissau conseguiu cumprir com parte da promessa feita de manter o edifício principal do mercado limpo. Contudo diz que falta a construção de balcões que também é uma das promessas feitas pelos responsáveis da edilidade, cujo objetivo é acabar com a venda de produtos alimentares no chão. “Os agentes da Câmara, no final da tarde, fazem toda a limpeza, recolhem o lixo e lavam o recinto e os pavimentados. Essa iniciativa assumida pela Câmara ajuda muito a deixar o interior do mercado limpo e acaba com o mau cheiro”, contou para de seguida assegurar que nenhuma vendedeira deseja colocar os seus produtos no chão, sobretudo nesta época da chuva. Mas lamenta a falta de espaço adequado. Segundo a sua explanação, isso leva os utentes a vender os produtos no chão, com os riscos de contrair doenças infecciosas. MERCADO IMPROVISADO DE CACHEU – UMA AMEAÇA À SÁUDE DE UTENTES E CONSUMIDORES
O mercado improvisado de Cacheu que se encontra no meio de habitações no bairro de Mindara é confrontado também com sérios problemas de higiene e de superlotação devido a falta do espaço, mas é um dos mercados mais procurados da capital para a venda de produtos hortícolas e peixe seco trazido da região de Cacheu. A famosa feira de Cacheu ocupa uma rua estreita entre a antiga discoteca “Cabana” e o interior do bairro. Algumas vendedeiras ocupam outras ruas próximas, até a beira da estrada, com os seus produtos expostos no chão. As vendedeiras ocupam casas particulares para colocar os seus produtos. Perante essa situação, são obrigadas a pagar o espaço ocupado do particular bem como a pagar a Câmara Municipal pela ocupação. A movimentação das pessoas naquele mercado leva as vendedeiras a ocupar até as bermas da estrada, o que torna muito difícil trânsito de carros e de pedestres. Segundo Célia Yalá, uma moradora de Belém e utente daquele mercado improvisado, a localização geográfica do mercado não é nada boa porque interfere e dificulta o trânsito e cria aglomeração de pessoas na estrada. “O mercado é muito apertado, sujo e com mau cheiro! Recorremos ao mesmo porque não temos alternativa. Vimos algumas vendedeiras a terem cuidado com os seus produtos, por isso usam objetos altos para colocar os produtos, mas nem todas tomam esses cuidados. Vimos todos os dias produtos expostos no chão junto ao lixo”, explicou. VENDEDORES RESPONSABILISAM A CÂMARA MUNICIPAL PELA FALTA DE CONDIÇÕES DE HIGIENE A localização do mercado não a permitiu ter casa de banho própria que estaria disponível para os utentes. Por isso, os utentes são obrigados a recorrer às casas de banho dos moradores, onde são obrigados a pagar 50 francos cfa para urinar e 100 francos para o outro “serviço”. O mercado não dispõe de uma equipa encarregue da limpeza ou da remoção do lixo, pelo que são os utentes que acabam por fazer o serviço ou cada um procura limpar apenas o seu espaço. A vendedora da peixe, Celeste Té, disse a repórter que pagam diariamente aos proprietários do terreno 300 francos cfa e à Câmara Municipal de Bissau 150 francos pela ocupação do espaço, mas lamenta o facto de serem eles mesmos a ocupar-se da limpeza do mercado e da remoção do lixo. “Para além do espaço que pagamos duas vezes diariamente, ao proprietário e à Câmara Municipal, pagamos mais 100 francos aos jovens dos carrinhos de mão para remover o lixo retirado dos nossos espaços para um local onde há contentores de lixo. A câmara não fez nada aqui, para além de cobrar dinheiro aos utentes, por isso responsabilizamo-la pela situação da degradação em que se encontra este mercado. Se estivermos no espaço de particulares, que a câmara deixe de cobrar-nos o espaço, deixando apenas os proprietários cobrar”, lamentou para de seguida avançar que todos os dias recebem críticas de consumidores que circulam pelo mercado sobre a falta de higiene e relativas aos produtos expostos no chão. Lembrou ainda que a Câmara, no passado, queria retirar-lhes daquele lugar, transferindo toda a gente para o mercado de Bandim, mas o mercado de Bandim estava totalmente lotado por comerciantes estrangeiros, razão pela qual não conseguiram mudar – se para aquele mercado, resolveram ficar. “Outra razão para não estarmos no mercado de Badim tem a ver com a clientela. Se conseguir espaço e a maioria das colegas não conseguir, poderá ficar vítima e não ter muitos clientes no mercado de Bandim, sobretudo a procura de produtos hortícolas e de peixe seco. A maioria que ficar terá o domínio do mercado. É verdade que a situação deste mercado é precária, mas conseguimos vender e muito os nossos produtos e os clientes estão habituados ao espaço”, contou. Lamentou ainda que atualmente o negócio esteja difícil devido à atual situação financeira do país, o que acaba por criar a subida de preços dos produtos. Informou, por exemplo, que compram o famoso peixe “Bica” junto dos pescadores no valor de 3500 (três mil e quinhentos) F.CFA por quilograma e outros peixes primeira a 2500 (dois mil e quinhentos) junto dos pescadores. “Nós somos obrigados a aumentar um pouco, acima do valor de compra para podermos ganhar alguma coisa, tendo em conta os gastos que fizemos”, disse. Um dos vendedores de panos de “Pinte” no mercado de Cacheu, Papis Ié, contou que pagam aos proprietários dos terrenos 5000 francos cfa mensais pela ocupação do espaço, enquanto pagam à Câmara Municipal 150 francos diários e 3000 francos mensais aos proprietários de armazéns onde guardam os materiais e os seus panos. “O mercado não tem nenhumas condições para funcionar corretamente, mas não temos alternativa, por isso decidimos ficar aqui para trabalhar e conseguir o nosso ganha-pão do dia-a-dia. Comecei a vender aqui no ano passado depois de as mulheres abandonarem este espaço que estou a ocupar. Vendo panos tradicionais que custam entre 12 a 18 mil francos cfa, muito procurados para as cerimónias tradicionais”, notou. MERCADO DO BAIRRO MILITAR – UM DOS MAIS PROCURADOS DA CAPITAL E MAIS VULNERÁVEL
O mercado do Bairro Militar, considerado o terceiro mais popular da Capital, é tido igualmente como um dos mercados mais vulneráveis devido à aglomeração dos utentes, o que dificulta a sua limpeza. Contudo, é o mercado com mais organização em relação aos dois outros, nomeadamente o mercado do Caracol e o de Cacheu. A nossa repórter constatou que a maioria dos produtos vendidos são colocados em cima de balcões ou mesas construídas a madeira, evitando assim o contato direto com lamas e águas sujas nesta época da chuva. No entanto, nota-se ainda um pequeno número de mulheres que vedem cebolas, foles e outros produtos expostos no chão. O mercado dispõe de casa de banhos para homens e para mulheres, situada a menos de 100 metros do sítio onde as mulheres preparam comidas (Tchep, Caldos e pratos tradicionais guineenses) e de outro local onde se deita lixo, o que constituiu perigo a saúde dos utentes e dos consumidores. De acordo com informações recolhidas no terreno, a esquadra da polícia do bairro militar envia sempre alguns agentes para manter a segurança, que sofria roubos constantes e ataque de carteiristas e de gatunos. A semelhança de outros mercados visitados, os utentes contrataram guardas para o período da noite. O Secretário-geral de associação dos utentes do mercado do Bairro Militar (AUMEB), Mamade Darame, disse que a situação tem vindo a melhorar aos poucos, graças à intervenção da sua organização, que trabalha para a melhoria das condições sanitárias do mercado e a instalação de uma política de boas maneiras. Mostrou-se preocupado com a situação do lixo e de venda ilegal de medicamentos, que segundo a sua explicação, a sua organização não tem competências para exigir dos utentes cuidados na vendas dos produtos bem como dos moradores a não deitarem o lixo no mercado, mas acredita que as autoridades competentes farão esforços para pôr fim a tais práticas que põem em risco a saúde pública. Explicou que, apesar de a Câmara retirar com regularidade o lixo, vê-se o acumular dos lixos no mercado devido ao número de utentes. Também alguns moradores dos arredores do mercado aproveitam e deitam o seu lixo junto ao mercado para que, quando a câmara passar, o possa recolher. Contou que diariamente pagam 150 francos à Câmara Municipal e que são eles (os vendedores/proprietários de cacifos) que assumem as despesas com os guardas noturnos. As três casas de banho foram reabilitadas com esforços da associação mas que segundo ele são insuficientes aos seus utentes. Por: Epifânea Mendonça Foto: Marcelo Na Ritche OdemocrataGB
Em cada época da vida, o corpo passa por alterações hormonais que, somados aos hábitos, podem resultar numa pele mais envelhecida. Dermatologista ensina como cuidar adequadamente da derme em cada faixa etária.
Cuidar da saúde da pele é importante em qualquer idade, ainda mais para as mulheres. “Além dos agressores ambientais como radiação ultravioleta, poluição e mudanças bruscas de temperatura, a pele da mulher está constantemente sujeita a alterações hormonais, o que torna imprescindível cuidados específicos para cada fase da vida”, explica a dermatologista Cláudia Marçal membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Em todas as fases da vida, geralmente o produto mais negligenciado é o protetor solar. Os efeitos imediatos são os de uma pele bronzeada, porém com o decorrer dos anos, os resultados demonstram, na forma de envelhecimento cutâneo, perda de luminosidade, firmeza e elasticidade, além do risco do cancro da pele”, alerta a médica.
A especialista separou algumas dicas de cuidados para cada fase da vida: Adolescência — “Nessa fase, o maior problema é o acne e a oleosidade, sobretudo pela grande descarga hormonal e alterações que ocorrem no corpo. Mas iniciar, nessa fase, uma boa rotina de cuidados é fundamental. Indicamos o uso de sabonetes neutros, loções tónicas seborreguladoras e hidratantes faciais de uso diário. Para as espinhas, é importante usar secativos com Acneol SR, ácido salicílico ou peróxido de benzoíla”, afirma a médica. Dos 20 aos 30 anos — “Nesta fase da vida, a pele está plena, sendo que as alterações e modificações hormonais da adolescência já se estabilizaram e se resolveram, e a pele está em boas condições de saúde. As pontes de colágenio e elastina dão brilho e firmeza à pele. No entanto, é nesta altura que devemos reforçar os cuidados com a hidratação e proteção da pele. Cremes com Vitamina C, Vitamina E, Alistin, e ácido hialurónico são indicados. É essencial aplicar protetor solar diariamente, independentemente da estação do ano. Os ativos antipoluição como Exo-P também são muito indicados nessa fase, uma vez os níveis de poluição nos grandes centros urbanos estão cada vez maiores”, indica a médica. Dos 30 aos 40 anos — “A partir dos 30, há uma redução natural na produção de óleo pelas glândulas, além de uma queda nos antioxidantes do organismo. Tudo isso predispõe ao aparecimento das primeiras linhas de expressão, já que a produção do colágenio e da elastina também começam a diminuir. Além dos cuidados diários, nutricosméticos com silício Exsynutriment, Bio-Arct, Biotina e Vitamina C são indicados”. Na pele, a médica indica reforçar a hidratação com ácido hialurónico e a fotoproteção deve vir acompanhada de antioxidantes. “À noite, o ácido retinoico ou retinol deve ser utilizado com a devida prescrição médica". Dos 40 aos 50 anos — “Com a aproximação da menopausa, fase de grandes modificações hormonais, acontecem muitas alterações na pele. A pele fica mais seca, com pouca firmeza, devido à redução na produção das fibras de colágenio e elastina”. Como sugestão, além das vitaminas orais, a dermatologista diz ser indispensável nessa época acrescentar a aplicação de cremes preenchedores e visitar o dermatologista com mais frequência para recuperar a pele com tecnologias como lasers, radiofrequência microagulhada e outros procedimentos. A partir dos 50 — “Com os danos na pele causados pelo sol, poluição e maus hábitos, mais evidentes pelo processo cumulativo, e a queda dos níveis hormonais, o tecido cutâneo fica mais frágil e seco”. Nesta fase, além dos cuidados anteriores, é muito importante o uso de hidratantes ricos em lipídeos e específicos para a pele madura. Quanto aos ativos, há uma lista importante deles: Hyaxel, DSH CN, Progenitrix, Sculptessence, Nutriomega 3, 6, 7 e 9 de maneira tópica; e por via oral Exsynutriment, Bio-Arct, Glycoxil, FC Oral e InCell. “Esse conjunto de vitaminas, aliado aos procedimentos médicos realizados em clínicas, consegue devolver a saúde da pele madura”, finaliza. NAOM
É cada vez mais crescente a preocupação das mulheres portuguesas com a estética das suas regiões íntimas. Muitas vezes a autoestima da mulher é alterada devido à sua zona genital, afetando mesmo a sua vida íntima com o parceiro.
Neste sentido, ao nível da cirurgia íntima da mulher, é possível realizar aperfeiçoamentos e ter como resultado final uma harmonização da zona genital. Consequentemente, devido a este rejuvenescimento vaginal, também a vida íntima da mulher acaba por melhorar dado que passam a sentir-se melhor com o aspecto da sua região genital, podendo inclusive retirar maior prazer na sua relação sexual. Segundo o cirurgião plástico David Rasteiro “O tamanho excessivamente grande dos pequenos lábios vaginais ou uma assimetria visível e desconfortável entre os mesmos são exemplos de deformidades que se podem solucionar com uma labioplastia. São casos bastante comuns nas mulheres portuguesas que acabam por culminar em problemas de autoconfiança”. Para a correção da hipertrofia (aumento) dos pequenos lábios ou assimetrias, recorremos à labioplastia que não carece de ausência laboral. O Dr. David Rasteiro refere ainda que “no caso de uma assimetria pode ser possível diminuir um dos lábios para que se equipare ao outro”. A labioplastia é uma cirurgia que dura cerca de uma hora na qual um cirurgião recorre a anestesia local em regime ambulatório. Importa referir que os resultados da labioplastia são vitalícios e por se tratar de uma mucosa a cicatrização dos lábios é fácil e quase impercetível. Os cuidados a ter no pós-operatório passam pelo cuidado com a higiene da região e as lavagens com Betadine ginecológico. Para uma recuperação plena, uma paciente deverá pausar atividade sexual de quatro a seis semanas e poderá retomar findo este período. A restrição da atividade desportiva é curta - apenas 10 dias. Outra zona passível de correção são os grandes lábios vaginais. Por vezes os grandes lábios são demasiado volumosos, outras vezes os grandes lábios estão com alguma atrofia e é possível fazer a sua reconstrução estética. Para o Dr. David Rasteiro “dependendo do caso podemos aumentar ou reduzir os grandes lábios. O objetivo é harmonizar a região íntima da mulher e que os grandes lábios cubram os pequenos lábios corretamente”. Por um lado, podemos recorrer ao lipofilling para aumentar os grandes lábios. A gordura aumenta o volume em casos em que os grandes lábios estejam atrofiados. Em caso de um excesso de pele ou volume é então indicada a cirurgia de redução dos grandes lábios. Mais uma vez o pós-operatório é importante com atenção na higiene da região e com lavagens com Betadine ginecológico. A paciente deverá abster-se de relações sexuais por quatro a seis semanas. Existem outros procedimentos cirúrgicos complementares como a clitoriopexia (redução do capuz clitoriano se excesso de pele sob o clitóris), a vaginoplastia para redução do introito vaginal (entrada do canal vaginal) ou a colporrafia para redução do canal vaginal. Já a cirurgia de redução do monte de Vénus é indicada para pacientes que tenham gordura acumulada na região púbica que se consegue retirar através de lipoaspiração. Realizada sob anestesia local ou geral, dura aproximadamente 45 minutos onde é feita uma pequena incisão de 5mm abaixo da linha do biquíni, tornando-se discreta, e podendo ficar mesmo impercetível. Não necessita de internamento e apenas deverá retomar a atividade física uma a duas semanas após a cirurgia. Não obstante, existem algumas alternativas não cirúrgicas para rejuvenescimento vaginal e reabilitação do pavimento pélvico que melhoram a elasticidade e tonicidade desta área. A radiofrequência é uma aliada neste sentido e que se complementa com a cirurgia íntima. NAOM