terça-feira, 28 de março de 2023

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Ucrânia quer "desgastar" e "infligir perdas" nas tropas russas em Bakhmut

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Notícias ao Minuto  28/03/23 

O general ucraniano Oleksandr Syrskyi confirmou que a Rússia continua a focar as suas investidas na zona de Bakhmut, após extensos meses de batalha.

A Ucrânia pretende esgotar e causar perdas pesadas nas tropas russas que tentam agora capturar a cidade de Bakhmut, na região de Donestk. A informação foi avançada pelo comandante das forças terrestres ucranianas, numa publicação em vídeo partilhada na terça-feira, reporta a Reuters.

Sobre o tema, o general Oleksandr Syrskyi explicou que a Rússia continua a focar as suas investidas na zona de Bakhmut, após extensos meses de batalha. "Eles não param de tentar cercar e capturar a cidade", explicou a fonte citada, por via de um vídeo partilhado na rede social Telegram. 

E acrescentou: "Atualmente, a nossa principal tarefa passa por desgastar as forças esmagadoras do inimigo e infligir-lhes pesadas perdas. Isso vai criar as condições necessárias para libertar as terras ucranianas e para acelerar a nossa vitória".

De recordar que o Kremlin vê a conquista de Bakhmut como um ponto-chave para passar a controlar, na sua totalidade, a região do Donbass, no leste da Ucrânia.

As declarações do general Oleksandr Syrskyi surgem depois de, na segunda-feira, ele próprio ter dito que a defesa de Bakhmut se tratava de uma necessidade militar - ilustrando a vontade de Kyiv em manter esta cidade sob o seu controlo.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Apesar da convergência de interesses com Moscovo, China revela-se "descontente com escalada nuclear"

 Liliana Reis, especialista em Relações Internacionais, analisa as táticas de intimidação nuclear por parte da Rússia durante o decurso da guerra na Ucrânia, mas também a disponibilidade de países europeus em acolher capacidade nuclear em seu território.

Cnnportugal.iol.pt

Minsk diz ter sido "forçada" pela NATO a acolher armas nucleares russas

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Notícias ao Minuto   28/03/23 

A Bielorrússia, que se apresenta como uma das mais expressivas aliadas do presidente russo, Vladimir Putin, alega que os países membros da Aliança Atlântica têm vindo a ameaçar a sua "segurança nacional".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia disse, esta terça-feira, que foi forçada a acolher armas nucleares russas no seu território devido às "ações agressivas" dos países da NATO, segundo reporta a agência estatal russa TASS, aqui citada pela Reuters.

O país, que se apresenta como um dos mais expressivos aliados do presidente russo, Vladimir Putin, alega que os países membros da Aliança Atlântica têm vindo a ameaçar a sua própria "segurança nacional".

Na perspetiva de Minsk, tal decisão é, portanto, válida pelo facto de as "medidas coercivas unilaterais tomadas nos campos da política e da economia terem sido acompanhadas por um acumular do potencial militar (ocidental) no território dos países vizinhos (da Bielorrússia) que são membros da NATO".

De recordar que os planos para que a Bielorrússia posicionasse armas nucleares táticas russas foram anunciadas no fim de semana pelo próprio Vladimir Putin.

Minsk garantiu, ainda, que tais planos não violariam os acordos internacionais de não proliferação de armas nucleares, uma vez que a Bielorrússia não teria nenhum controlo sobre as armas. "A cooperação militar entre a Rússia e a Bielorrússia está a ser desenvolvida em estrita concordância com o direito internacional", assegurou a tutela, referindo-se a este tema em concreto.

Sobre este acordo com a Rússia, a Bielorrússia disse ainda que está apenas a "tomar medidas "para reforçar a sua própria capacidade de segurança e defesa" perante aquelas que diz serem as ameaças provenientes do Ocidente - que, segundo Minsk, pretende "mudar o curso geopolítico e o sistema político interno" deste país.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


Leia Também: Rússia vê apoio "indireto" de Minsk como "mensagem política importante"

Fome no sul de Angola das "piores do mundo" em 2022

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POR LUSA   28/03/23 

A insegurança alimentar nas províncias angolanas do Cunene, Huíla e Namibe em 2022 foi das "piores do mundo", alertou hoje a Amnistia Internacional (AI), sublinhando que o historial de Angola quanto a direitos humanos continua a ser "terrível".

No relatório sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2022, a AI denuncia que a fome afetou "cerca de 1,58 milhões de pessoas" naquelas províncias do sul de Angola, sem que houvesse a intervenção necessária do Governo.

"Milhares de pessoas caminharam para a Namíbia a pé, sem comida e água, algumas delas doentes e desnutridas; muitas morreram durante a viagem", relata a organização de defesa dos direitos humanos.

"O Governo da Namíbia e a Cruz Vermelha fizeram esforços visíveis para fornecer ajuda aos refugiados" enquanto do lado angolano "havia pouco alívio governamental para os que permaneceram em Angola", de tal forma que "a fome obrigou muitos dos que tinham sido repatriados a regressar" ao país vizinho.

Cerca de 400.000 crianças foram classificadas como "gravemente desnutridas" em 2022, de acordo com o fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

A Amnistia Internacional acusa também as autoridades angolanas de repressão do direito à reunião pacífica e ao protesto, detenção e tortura de ativistas, sobretudo nos períodos, "mergulhados" em violações dos direitos humanos, pré e pós-eleições, realizadas a 24 de agosto.

Embora não tenham sido comunicadas violações dos direitos humanos nas mesas de voto no dia das eleições, as situações sucederam-se antes e depois e "os agentes de segurança ficarem impunes por estes crimes", refere a Amnistia Internacional.

Entre outros casos, refere o ocorrido em março, quando agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) detiveram e "submeteram a tortura durante a detenção", 10 ativistas cívicos por planearem um seminário sobre desenvolvimento regional sustentável na escola Agostinho Neto, na província de Malanje.

As sucessivas detenções de António Tuma, adjunto para a informação do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) e outros ativistas desta estrutura são também denunciadas no relatório, que documenta com vários casos como as autoridades "reforçaram o controlo sobre o direito à liberdade de associação, impedindo reuniões da sociedade civil antes das eleições".

Após a eleição, "procederam a detenções em massa", acrescenta a AI, recordando, entre outros, os casos no Lobito, a 26 de agosto, quando a policia nacional dispersou uma manifestação e deteve oito ativistas e 11 outras pessoas, e mais 20 no dia seguinte, durante um protesto em que contestavam o resultado das eleições.

A organização de defesa dos direitos humanos delata ainda outras violações, como a expropriação de pastagens comunais, agravando a já difícil situação destas comunidades, para pecuária comercial no sul de Angola.

Em outubro, exemplifica, a polícia incendiou 16 casas e objetos pessoais numa operação para expulsar a comunidade Mucubai das suas terras, na província do Namibe.


Amnistia Internacional denuncia homicídios em massa e racismo no Brasil

© Lusa

POR LUSA   28/03/23 

Os assassínios em massa cometidos pelas forças de segurança e o racismo continuaram a ser das mais evidentes violações dos direitos humanos no Brasil em 2022, denunciou a Amnistia Internacional (AI) num relatório hoje divulgado.

"O racismo, a violência e a impunidade das forças se segurança continuaram a encorajar a violência do Estado. Assassínio em massa pelas forças de segurança foram frequentes e afetaram desproporcionalmente pessoas negras em favelas", concluiu a organização de defesa dos direitos humanos.

A ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública observou que 99% das vítimas de homicídios cometidos por forças policiais eram do sexo masculino e 84% eram negras, relata a AI no seu relatório sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2022, ano em que o Brasil ainda tinha como chefe de Estado Jair Bolsonaro.

Na análise sobre o direito à alimentação, os dados recolhidos mostram que, do total da população que se encontrava em situação de segurança alimentar, 70% eram pessoas negras.

"A inação histórica do Estado para enfrentar o racismo estrutural continuou a fazer com que os povos indígenas e afrodescendentes sofressem desproporcionalmente com medidas e ações institucionais inadequadas", sublinha a AI no seu relatório anual.

Sobre a violação dos direitos dos povos indígenas, refere que entre janeiro e julho, a Comissão Pastoral da Terra documentou 759 incidentes violentos e 33 homicídios em conflitos relacionados com a terra "um aumento de 150% em relação ao primeiro semestre de 2021".

A Amnistia Internacional denunciou também que jornalistas e defensores dos direitos humanos "foram frequentemente ameaçados e mortos", documentando casos verificados ao longo do ano.

O fraco desempenho face à crise climática e a degradação ambiental é evidenciada no relatório, que recolhe dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, segundo os quais a taxa de desmatamento na Amazónia brasileira atingiu o seu nível mais alto desde 2015 entre janeiro e outubro de 2022, com um total de 9.277 quilómetros quadrados de floresta devastados.

Em contexto eleitoral, a AI constatou também mais repressão e aponta a "divulgação de declarações e notícias falsas do Presidente Jair Bolsonaro", que "instigou a violência por motivos políticos, colocou em risco as instituições do Estado e minou o funcionamento das instituições judiciais".


Leia Também: Violação de direitos humanos em Moçambique aumentou com conflito no norte

Rússia diz que testou mísseis no mar do Japão

© REUTERS/Evgenia Novozhenina/File Photo

POR LUSA   28/03/23 

Moscovo testou mísseis antinavio no mar do Japão, anunciou hoje o Ministério da Defesa da Rússia.

O Ministério disse que duas embarcações lançaram um ataque simulado com mísseis contra um falso navio de guerra inimigo, a cerca de 100 quilómetros de distância.

O alvo foi atingido com êxito por dois mísseis de cruzeiro Moskit, acrescentou.

O Moskit é um míssil de cruzeiro supersónico antinavio com capacidade para transportar ogivas convencionais e nucleares.

Moscovo indicou que o exercício decorreu no golfo de Pedro, o Grande, no mar do Japão, sem especificar as coordenadas.


Leia Também: Ucrânia. Rússia lança ataque com 15 'drones', 14 abatidos


Acidente de autocarro com peregrinos causa 20 mortos na Arábia Saudita

© iStock

POR LUSA   28/03/23

Um autocarro que transportava peregrinos para Meca, na Arábia Saudita, incendiou-se esta segunda-feira após uma colisão numa ponte, acidente que causou 20 mortos e 30 feridos, adiantou a televisão estatal saudita.

O acidente, que ocorreu na província de Asir, no sul, destaca o constante desafio de segurança no transporte de peregrinos para Meca e Medina, as duas cidades mais sagradas do Islão, noticiou a agência Efe.

O desastre ocorreu durante a primeira semana do mês sagrado do Ramadão, quando muitos muçulmanos realizam a peregrinação Umrah (peregrinação menor), e alguns meses antes da peregrinação anual hajj.

"De acordo com informações preliminares que recebemos, o número de mortos neste acidente chegou a 20 e o número total de feridos foi de cerca de 29", referiu a estação estatal Al-Ekhbariya.

As vítimas são de "diferentes nacionalidades", segundo o canal, que não apresentou mais detalhes.

Al-Ekhbariya divulgou imagens onde mostra um repórter em frente ao que parecia ser a carcaça carbonizada de um autocarro.

Transportar peregrinos nas estradas da Arábia Saudita pode ser perigoso, especialmente durante o hajj, quando as intermináveis filas de trânsito são criadas por autocarros cheios de fiéis.

Em outubro de 2019, 35 estrangeiros morreram e outros quatro ficaram feridos na colisão entre um autocarro e outro veículo pesado perto de Medina.

No entanto, as peregrinações continuam a ser uma parte crucial do setor de turismo, do qual os líderes sauditas dependem para diversificar a sua economia dependente de combustíveis fósseis.


“Já estamos no CAN-2023” diz Baciro Candé

© Radio TV Bantaba   Março 28, 2023

O selecionador nacional, Baciro Candé afirmou esta segunda-feira (27-03), que a turma nacional já está no CAN-2023, a realizar-se no ano 2024, em Côte d’ivoire.

As afirmações do selecionador Nacional foram registada, após a derrota dos Djurtus por uma bola a zero diante da Nigéria. Em conferência de imprensa, no jogo da quarta jornada do grupo A para o CAN-2023.

“Já estamos no CAN desde a vitória em Abuja, fizemos aquilo que muitos países mais desenvolvidos não conseguiram qualificar pela quarta vez consecutiva no Campeonato Áfricano das Nações” afirmo

Baciro Candé, ao seu estilo mostrou-se confiante aliás afirmou como nas qualificações anteriores, mesmo sendo segundo do grupo que “Os Djurtus ” já estão no CAN-2023.

A Seleção nacional passa ocupar a segunda posição da tabela classificativa do grupo A, com a derrota diante da Nigéria.




segunda-feira, 27 de março de 2023

Advogada Tirana Hassan nomeada diretora executiva da Human Rights Watch

© Shutterstock

POR LUSA   28/03/23 

A advogada e defensora dos direitos humanos Tirana Hassan, que documentou abusos em crises e conflitos em todo o mundo, foi nomeada diretora executiva da Human Rights Watch, anunciou hoje a organização.

Tirana Hassan era diretora de programas da Human Rights Watch e estava como diretora executiva interina desde setembro de 2022, após a saída da liderança em agosto de 2022 do Kenneth Roth que liderou a organização não-governamental quase 30 anos.

A organização não-governamental adianta em comunicado que Tirana Hassan, 48 anos, irá concentrar-se em usar "todos os recursos possíveis para pressionar os governos para que cumpram suas obrigações com as vítimas em todo o mundo", incluindo no Afeganistão, Israel e Palestina, Etiópia, e Irão.

"Sinto-me honrada por liderar esta excecional organização num momento em que a defesa dos direitos humanos parece mais urgente do que nunca", afirma Tirana Hassan, acrescentando: "Espero construir uma formidável base na Human Rights Watch para elevar os defensores de direitos humanos com quem trabalhamos e as comunidades que servimos para pressionar os que estão no poder a concretizar um futuro de respeito aos direitos humanos para todos".

Para o presidente do International Peace Institute e ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, a nova diretora executiva da Human Rights Watch "traz credenciais impecáveis como defensora de direitos humanos e uma visão ambiciosa de soluções para os desafios que o mundo enfrenta".

"É uma ativista extremamente experiente e será uma líder formidável e uma força a ser reconhecida", declarou Zeid Ra'ad Al Hussein.

Com décadas de experiência nos campos de direitos humanos e humanitário, Tirana Hassan começou sua carreira como assistente social, tendo passado muitos anos a trabalhar com mulheres e crianças em situações de conflito e crise, e ingressou na Human Rights Watch em 2010, cobrindo emergências em toda a África, Ásia e Oriente Médio.

"Tirana tem a rara combinação de ampla experiência de investigação, criatividade estratégica e um profundo compromisso com os princípios de direitos humanos de que a Human Rights Watch precisa para enfrentar os complexos desafios de direitos humanos que o mundo enfrenta", afirma o ex-diretor executivo da Human Rights Watch Kenneth Roth citado no comunicado.


Grupos armados e governamentais mataram "milhares de civis" em África

© Reuters

POR LUSA  28/03/23 

Ataques de grupos armados mas também de forças governamentais mataram milhares de civis em África no último ano, quase 9.000 só na Nigéria e República Democrática do Congo, alguns em assassínios em massa, revelou a Amnistia Internacional (AI).

Uma situação que se repete, acusa a organização no seu relatório sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2022, divulgado hoje, realçando que "o flagelo de conflitos manteve-se enraizado e mostrou poucas promessas de abrandamento".

A Etiópia, a República Democrática do Congo (RDCongo) - onde os ataques se intensificaram e "grupos armados mataram mais de 1.800 civis"-, e a região do Sahel são destacadas no relatório da AI como locais onde as lutas de "forças governamentais e grupos armados causaram a morte de milhares de civis", mas houve mais.

Na Nigéria, os ataques dos extremistas do Boko Haram espalharam-se do nordeste para áreas do centro norte e noroeste e estes e outros atacantes não identificados "mataram pelo menos 6.907 pessoas", denuncia a organização de defesa dos direitos humanos.

Para se ter um termo de comparação, refira-se que, somados, só os números destes dois países africanos superam os que a ONU apresentou como confirmados em 13 meses de guerra na Ucrânia - 8.317 civis mortos - embora sublinhando que estão muito aquém dos reais.

A Amnistia documentou muitos outros ataques a civis em África, como os dos combatentes do Estado Islâmico do Sahel (ISS, na sigla em inglês) no Mali, onde o grupo paramilitar russo Wagner apoia as forças governamentais, segundo denuncias da União Europeia e outros organismos.

A AI refere "ataques indiscriminados do ISS" como os que deixaram "centenas de civis mortos em outubro, ou um do Grupo de Apoio aos Islâmicos e Muçulmanos que fez "pelos menos 130 mortos, a maioria civis" em junho.

Na Etiópia, ataques de forças governamentais, incluindo a um jardim de infância, mataram centenas de civis no Tigray, e, na República Centro-Africana, pelo menos 100 foram mortos por grupos armados e forças governamentais só "entre fevereiro e março", segundo o relatório da Amnistia.

Na Somália, o grupo extremista Al-Shebab foi responsável pela maioria das 167 mortes e 261 feridos civis em ataques entre fevereiro e maio e um novo ataque, em outubro, matou mais de 100 pessoas.

As graves violações e abusos dos direitos humanos em África agravaram-se com as alterações climáticas, responsáveis em grande pelo aumento da fome, e também as repercussões da guerra na Ucrânia

"Grandes segmentos da população enfrentaram fome aguda e elevados níveis de insegurança alimentar, incluindo em Angola, Burkina Faso, República Centro África, Chade, Quénia, Madagáscar, Níger, Somália, Sudão do Sul e Sudão", indica o relatório.

Em Angola, relata a Amnistia, a insegurança alimentar nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe "foi das piores do mundo.

No Burkina Faso, que viveu dois golpes de Estado num ano, estimativas da ONU indicaram que 4,9 milhões de pessoas enfrentavam insegurança alimentar, incluindo muitos deslocados internos devido ao conflito.

Nas violações dos direitos reiteradas em África está também a violência contra mulheres, raparigas e pessoas LGBTI (sigla que designa Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero e Intersexo), ocorrendo no contexto dos conflitos armados, mas "a maior parte em tempo de paz", sublinha a Amnistia Internacional.

Entre os casos mais graves está a Nigéria, onde, das centenas de crianças em idade escolar raptadas pelo Boko Haram em anos anteriores, "110 raparigas permaneciam em cativeiro no final do ano".

Moçambique é também referido no relatório, porque na província de Cabo Delgado, grupos armados, identificados como extremistas islâmicos, continuaram a "raptar mulheres e raparigas", e as forças governamentais "também cometeram violações dos direitos humanos contra a população, incluindo desaparecimentos forçados, assédio e intimidação de civis".

A repressão da dissidência e da liberdade de manifestação e expressão são direitos humanos e civis largamente violados nos países africanos, como mostra a morte de dezenas de manifestantes relatada e atribuída ao uso excessivo da força pelas forças de segurança no Chade, RDCongo, Guiné, Quénia, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Somália e Sudão, entre outros países.

Em 2022, os impactos da pandemia de Covid-19, repercussões da invasão da Ucrânia pela Rússia e condições meteorológicas extremas comprometeram "seriamente" os direitos de milhões de pessoas à alimentação, a um nível de vida adequado e também à saúde.

Vários países registaram novos surtos de doenças, como o sarampo no Zimbabué, onde mais de 750 menores de cinco anos morreram, e no Congo (112 crianças mortas), as epidemias de cólera no Malawi (576 mortes), na Nigéria (320 mortes) e nos Camarões (298 mortes), ou um surto de ébola no Uganda, que resultou em 56 mortes.

PJ DETEVE MULHER SUSPEITA DE ABANDONAR BEBÉ DE TRÊS DIAS NA LIXEIRA NA BERMA DA ESTRADA

Por pjguinebissau.com   27/03/23

A brigada de combate a crimes contra mulheres e menores da Polícia Judiciária (PJ) deteve no domingo, 26 de março de 2023, uma jovem rapariga que deu à luz a um bebé e abandonou-a numa lixeira na berma da estrada de Granja, em Bissau.

A suspeita deu à luz a uma menina e deitou a criança na rua, numa lixeira ao lado de uma valeta, concretamente na berma da estrada que liga o bairro de Sintra à Granja.

A bebé de apenas dois dias de nascença foi encontrada com vida pelos moradores daquela zona e levada para o hospital nacional Simão Mendes, onde está sob os cuidados médicos.

A rapariga vai ser apresentada esta segunda-feira, 27 de março, ao Ministério Público para audição e aplicação da medida de caução correspondente.

Guiné-Bissau perde por 1-0 em casa com a Nigéria após a vitória em Abuja.

O Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, o Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará, o cabeça de lista do PRS às legislativas, Florentino Mendes Pereira e o Ministro dos Depostos, Augusto Gomes assistiram o jogo e no final, falaram a imprensa.

 Radio Voz Do Povo

EUA saúdam adiamento da reforma sobre a justiça em Israel

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POR LUSA   27/03/23

Os Estados Unidos saudaram o anúncio da pausa no processo de aprovação da contestada reforma judicial em Israel, feito hoje pelo primeiro-ministro israelita, indicando que este passo "dá mais tempo para encontrar um compromisso" a nível nacional.

"Continuamos a apelar aos responsáveis políticos em Israel que encontrem um compromisso o mais rapidamente possível", disse uma porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, numa referência à decisão do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de suspender o projeto de reforma.

Pouco antes do anúncio de Netanyahu, o Presidente norte-americano, Joe Biden, tinha transmitido ao primeiro-ministro israelita a sua preocupação sobre a proposta de reforma judicial, que originou forte contestação social e dividiu o país do Médio Oriente.

Em conferência de imprensa, John Kirby, um dos porta-vozes do Conselho de Segurança Nacional, disse que as inquietações de Biden provêm da ideia de que devem existir "controlos e equilíbrios" e um apoio "consensual" nos sistemas democráticos.

Kirby também indicou que responsáveis dos Estados Unidos vinham mantendo contacto com as autoridades israelitas nas duas últimas semanas.

O Governo de coligação de Israel, o mais à direita desde a fundação do Estado judaico em 1948, forneceu um prazo até julho para concretizar os ajustamentos necessários à reforma, que a oposição e amplos setores sociais consideram uma ameaça por comprometer a independência da justiça.


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Nações Unidas rejeitam Resolução russa para investigar Nord Stream

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POR LUSA  27/03/23 

O Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou hoje um projeto de resolução proposto pela Rússia que pedia ao secretário-geral que estabelecesse uma comissão internacional para conduzir uma investigação sobre as explosões nos oleodutos Nord Stream.

O projeto de resolução reuniu três votos a favor, zero contra e 12 abstenções, falhando em reunir o número necessário de apoio para a sua aprovação.

Rússia, China e Brasil foram os países que votaram a favor do projeto de resolução.

Os ataques aos gasodutos Nord Stream, que não estavam em serviço no momento do incidente, ocorreram em 26 de setembro de 2022 e provocaram duas fugas em cada um deles, todas em águas internacionais.

Cientistas chineses descobriram "reservatório" de água na Lua

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Notícias ao Minuto  27/03/23

Composto por esferas de vidro, pode conter mil milhões de toneladas de água a funcionar como uma esponja. Absorve a água e alimenta o ciclo na superfície lunar, sugerem os cientistas.

Um grupo de cientistas do Instituto de Geologia e Geofísica (IGG) da Academia Chinesa de Ciências (CAS) diz ter descoberto um novo "reservatório" de água na Lua.

Segundo o novo estudo publicado na Nature Geoscienc chamado "um reservatório de água solar derivado do vento na Lua hospedado em esferas de vidro impacta [um componente onipresente em solos lunares de natureza amorfa]", os investigadores relatam a existência de esferas de vidro que continham água  em solos lunares Chang'e-5 (CE5).

Apresentando um estudo detalhado, os cientistas mostram esse "reservatório" de água na Lua a registar a entrada e saída dinâmica da água derivada do vento solar e a atuar como um amortecedor para o ciclo da água na superfície lunar.

No entanto, permanece alguma incerteza quanto ao comportamento exato dessa água quando está na Lua. Parece mudar ao longo do dia e perde-se para o espaço, o que sugere que deveria haver algum tipo de armazenamento no solo.

Além disso, estudos anteriores ao solo lunar - através de grãos e rochas - não conseguiram explicar como ou onde essa água está a ser armazenada. Como tal, os investigadores acreditam que deve haver alguma outra explicação para a forma como a água está a ser armazenada.

No entanto, com base na nova descoberta, aumenta a certeza entre os estudiosos de que há água na Lua, embora muito menos água do que na Terra, acreditando que a maior parte da superfície da Lua inclua um pouco de água.

Composto por esferas de vidro, pode conter mil milhões de toneladas de água a funcionar como uma esponja. Absorve a água e alimenta o ciclo na superfície lunar, sugerem os cientistas.

Por sua vez, a descoberta pode ser útil tanto para compreensão da Lua como também para missões espaciais que possam vir a utilizá-la como um habitat.

Os milhares de milhões de toneladas de água que estão espalhados pela superfície lunar poderiam ser utilizados pelos astronautas que pretendem partir na Lua - e usá-la como base para explorarem o sistema solar.


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União Europeia e França condenam suspensão da France 24 no Burkina Faso

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POR LUSA  27/03/23 

A União Europeia e a França condenaram hoje a decisão do Burkina Faso de suspender a emissão do canal televisivo France 24 por causa de uma entrevista com o líder da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico.

Para a União Europeia, as acusações feitas pela junta militar no poder no Burkina Faso contra aquele orgão de comunicação social foram "graves"

A comparação feita pelo porta-voz do governo do Burkina Faso da France 24 com "uma agência de comunicação para terroristas" é uma "acusação grave e totalmente injustificada, tendo em conta o profissionalismo do canal em geral", disse Peter Stano, porta-voz do chefe da diplomacia europeia Josep Borrell.

Segundo aquele porta-voz, "após a suspensão da estação de rádio RFI, em dezembro de 2022, as autoridades do Burkina Faso estão a enviar sinais muito negativos aos seus compatriotas, muitos dos quais ouvem e apreciam estes meios de comunicação".

"A luta contra o terrorismo é compatível com a liberdade de imprensa e a liberdade de informar, que são elementos essenciais de uma sociedade pacífica e democrática, e não deve ser usada como pretexto para limitar o trabalho dos meios de comunicação e dos jornalistas independentes", prosseguiu Borrell.

As autoridades francesas também lamentaram hoje que a junta militar do Burkina Faso tenha suspendido as emissões do canal de televisão, após a publicação de uma entrevista com o líder do grupo terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), Abu Ubaida Yusef al Anabi.

Numa declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês sublinhou o seu "empenho constante" na liberdade de imprensa, na liberdade de expressão e na proteção dos jornalistas e de todos aqueles que contribuem para uma informação livre e pluralista.

A junta no poder no Burkina Faso cortou as emissões da France 24 no seu território após uma entrevista com o chefe da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), acusando o canal de oferecer "um espaço para legitimar ações terroristas e discursos de ódio para satisfazer os maus objetivos desta organização no Burkina Faso".

Desde 2015, o Burkina Faso entrou numa espiral de violência perpetrada por grupos terroristas ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda, que já causaram a morte de um total de 10.000 civis e militares, segundo as ONG, e cerca de dois milhões de deslocados.

As relações com a França deterioraram-se desde que o Capitão Ibrahim Traore chegou ao poder. Em janeiro, as autoridades de Ouagadougou exigiram e conseguiram a saída da força francesa Sabre do país, um contingente de 400 forças especiais para a luta contra o terrorismo na região do Sahel.

Depois de anunciar a suspensão das emissões da France 24, o porta-voz do governo do Burkina Faso, Jean Emmanuel Ouédraogo, manifestou o seu "pesar" ao "ver que o chefe de uma organização terrorista como a AQIM, reconhecida como tal por toda a comunidade internacional, pode beneficiar de importantes órgãos como a France 24 para se exprimir na estação de rádio do canal".

"Esta organização, convém recordar, segue uma linha de terrorismo jihadista e é responsável por crimes atrozes que abalam a consciência humana e deixaram milhares de vítimas em todo o mundo", recordou, antes de denunciar que a AQIM "alimenta a violência e a barbárie terrorista contra as populações pacíficas do Shael".

Neste sentido, sublinhou que o grupo terrorista "tem planos terríveis" para o Burkina Faso e argumentou que, ao conceder-lhe esta entrevista, "a France 24 não está apenas a atuar como uma agência de comunicação para terroristas, mas está a oferecer um espaço para legitimar as suas ações terroristas e o seu discurso de ódio".

Em resposta, o canal francês disse que tinha tomado conhecimento da decisão através do comunicado do governo e salientou que "lamenta aquela decisão e rejeita as acusações infundadas que lançam dúvidas sobre o profissionalismo do canal". O canal indica que "não falou diretamente" ao líder da AQIM e acrescentou que "relatou as suas declarações sob a forma de uma crónica que permitia a distância e contextualização necessárias".


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GUINÉ-BISSAU PERDE EM CASA COM A NIGÉRIA

POR O GOLO GB  MARÇO 27, 2023

A Seleção Nacional de Futebol Djurtus, recebeu e perdeu hoje (27.03), por uma bola a zero, frente a Seleção da Nigéria, no jogo da 4ª jornada da fase de grupo A de apuramento para o Campeonato Africano das Nações, CAN Côte d’ivoire 2023. 

O único golo da partida foi apontado no minuto 29 por Moses Simon, de penalidade, dando assim os três pontos às Águias, e igualmente, aplicar a primeira derrota aos Djurtus nessa corrida para o magno evento futebolístico africano, a disputar-se na Costa do Marfim.

Em atualização…

© Mamadi N’Djai

Tanques Leopard 2 portugueses e alemães chegaram hoje à Ucrânia

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Notícias ao Minuto  27/03/23 

Os tanques Leopard de fabrico alemão estão a ser utilizados, nos seus vários modelos, por uma dúzia de exércitos de países da NATO.

A Ucrânia recebeu os três tanques Leopard 2 doados por Portugal e os 18 prometidos pela Alemanha, informou, esta segunda-feira, uma fonte de segurança. 

Além dos 18 tanques de batalha, chegaram ainda 40 veículos de combate de infantaria alemães Marder e dois veículos blindados de recuperação a território ucraniano.

O exército alemão treinou operacionais ucranianos para operar os veículos, bem como tropas para operar os veículos Marder durante várias semanas em campos de treino em Muenster e Bergen, no norte da Alemanha.

De recordar que, no final de janeiro, Berlim tinha-se comprometido a colocar à disposição da Ucrânia, juntamente com outros países, cerca de 30 tanques de combate Leopard 2 para ajudar Kyiv contra a ofensiva russa iniciada há mais de um ano.

Semanas depois, a Alemanha anunciou o envio de 14 veículos blindados Leopard 2 para a Ucrânia, no final de março, aos quais se juntaram os três anunciados por Portugal.

O que são os Leopard 2?

O Leopard 2 é um carro de combate desenvolvido no início dos anos 70, e as diferentes versões têm servido nas forças armadas da Alemanha e de outros países europeus, bem como de países não europeus.

A versão Leopard 2A6 distingue-se das anteriores (A1 a A4), devido á sua blindagem de terceira geração, como é explicado no site do exército português, e relativamente à versão A5, possui uma peça mais moderna, com maior alcance, que garante vantagem tática no campo de batalha.


Leia Também: Nove países já se comprometeram a entregar 150 tanques Leopard à Ucrânia

China critica decisão russa em colocar armas nucleares na Bielorrússia

© REUTERS/Thomas Peter

Notícias ao Minuto   27/03/23 

Segundo Putin, a formação do pessoal militar bielorrusso terá início em 3 de abril, e a construção de um silo para albergar as armas nucleares na antiga república soviética estará concluída em 1 de julho.

Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, abordou hoje a decisão da Rússia em colocar armas nucleares na Bielorrússia, criticando o país aliado. 

"Uma guerra nuclear nunca deve ser travada" nem "ganha", disse a responsável num briefing diário, frisando ainda "importância de evitar uma guerra entre Estados" que possuem armas nucleares.

"Nas atuais circunstâncias, todas as partes envolvidas devem focar-se nos esforços diplomáticos para uma resolução pacífica da crise ucraniana", aconselhou por fim. 

Segundo Putin, a formação do pessoal militar bielorrusso terá início em 3 de abril, e a construção de um silo para albergar as armas nucleares na antiga república soviética estará concluída em 1 de julho.

Em reação, a União Europeia (UE) ameaçou adotar novas sanções contra a Bielorrússia, aliada da Rússia na invasão da Ucrânia ordenada por Putin em 24 de fevereiro de 2022.

"O acolhimento de armas nucleares russas pela Bielorrússia constituiria uma escalada irresponsável e uma ameaça à segurança europeia", disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, no domingo.

"A Bielorrússia ainda pode impedir isso. A UE está pronta para responder com mais sanções", assegurou o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.

A NATO disse estar vigilante e denunciou a retórica nuclear russa, que classificou como "perigosa e irresponsável".

Uma porta-voz da NATO acrescentou que a Aliança "não viu quaisquer mudanças na postura nuclear da Rússia" que levassem ao ajustamento da sua estratégia.

Já a Ucrânia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU e disse esperar "ações efetivas para combater a chantagem nuclear do Kremlin por parte do Reino Unido, China, Estados Unidos e França".

Kyiv referia-se aos países que, tal como a Rússia, têm poder de veto no Conselho de Segurança por serem membros permanentes daquele órgão da Organização das Nações Unidas.

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano pediu ainda ao G7 (o grupo das sete economias mais desenvolvidas) e à UE para pressionarem a Bielorrússia, ameaçando-a com "sérias consequências" se aceitar a imposição russa.

A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra sem fim à vista, que é considerada como a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: Zelensky reúne-se com chefe da agência de energia atómica em Zaporijia

ESCRAVATURA: Guterres pede introdução de conteúdos sobre escravatura nas escolas

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POR LUSA  27/03/23 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje aos Governos para introduzirem nos currículos escolares as causas, manifestações e consequências do comércio transatlântico de escravos, argumentando que a educação é a arma mais poderosa contra o racismo.

Num evento na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unias (ONU) para marcar o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravatura e do Tráfico Transatlântico de Escravos, assinalado no sábado passado, Guterres recordou a história de "crueldade e barbárie" e "de injustiça colossal" que devastou o continente africano, "impedindo o seu desenvolvimento por séculos".

"O empreendimento maligno da escravatura durou mais de 400 anos. Foi a maior migração forçada sancionada legalmente na história da Humanidade. Milhões de crianças, mulheres e homens africanos foram sequestrados e traficados através do Atlântico, arrancados das suas famílias e terras natais -- as suas comunidades dilaceradas, os seus corpos mercantilizados, a sua humanidade negada", relembrou o líder da ONU.

"Ainda assim, o legado do comércio transatlântico de escravos persegue-nos até hoje. Podemos traçar uma linha reta desde a era da exploração colonial até às desigualdades sociais e económicas de hoje. As cicatrizes da escravatura ainda são visíveis nas persistentes disparidades de riqueza, rendimentos, saúde, educação e oportunidades", avaliou.

De acordo com o ex-primeiro-ministro português, a longa sombra da escravidão ainda paira sobre a vida dos afrodescendentes que carregam consigo o trauma transgeracional e que continuam a enfrentar a marginalização, a exclusão e o fanatismo, algo que é visível no "ódio da supremacia branca que ressurge hoje".

Nesse sentido, e com foco no poder da educação, Guterres pediu aos Governos de todo o mundo que introduzam conteúdos sobre a escravatura nos currículos escolares, colocando ao dispor dos Estados-membros o programa Relembrar a Escravidão das Nações Unidas e o projeto Rota do Escravo da UNESCO, para ajudar nessa tarefa.

"Devemos aprender e ensinar a terrível história da escravatura. Devemos aprender e ensinar a história de África e da diáspora africana, cujo povo enriqueceu as sociedades por onde passou e se destacou em todos os campos da atividade humana. E devemos aprender e ensinar as histórias de resistência e resiliência", frisou.

Perante a Assembleia-Geral da ONU, Guterres aproveitou para recordar figuras históricas que lutaram pela liberdade e contra a escravatura, como a "rainha Ana Nzinga do Ndongo, na atual Angola, cuja hábil diplomacia e vitórias militares frustraram as ambições coloniais de Portugal e que inspiraram movimentos de independência durante séculos".

"Ao ensinar a história da escravatura, ajudamos a proteger-nos contra os impulsos mais perversos da Humanidade. Ao estudar as suposições e crenças predominantes que permitiram que a prática florescesse por séculos, desvendamos o racismo do nosso tempo. E ao homenagear as vítimas da escravidão, restauramos em alguma medida a dignidade para aqueles que foram impiedosamente despojados dela", concluiu o secretário-geral da ONU.

Polícia do Quénia lança gás lacrimogéneo contra marcha da oposição

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POR LUSA   27/03/23 

A polícia queniana lançou hoje gás lacrimogéneo sobre a marcha de apoiantes do líder da oposição, Raila Odinga, enquanto este apelava à manifestação contra o Governo e a inflação, um dia depois de o Governo ter proibido qualquer protesto.

Este é o segundo dia de manifestações, convocadas pelo líder da oposição contra o Presidente William Ruto.

Raila Odinga, o candidato presidencial que perdeu as eleições em agosto passado, continua a afirmar que lhe foi "roubada" a vitória e que o Governo de Ruto é "ilegítimo".

"Estamos a pedir uma redução do custo de vida, uma redução nos preços da farinha de milho, da gasolina, do açúcar e das propinas escolares", disse Raila Odinga para centenas de apoiantes da classe trabalhadora do distrito de Kawangware, antes de a polícia disparar gás lacrimogéneo e canhões de água contra a marcha, para a fazer mudar de direção.

Em Kibera, a maior favela da capital, os manifestantes atearam fogo a pneus e atiraram pedras à polícia.

Os manifestantes daquele reduto de Raila Odinga confrontaram a polícia, batendo em panelas vazias e cantando "não temos farinha de milho", segundo relatos de um repórter da agência de notícias francesa AFP no local.

A situação permaneceu calma no resto da cidade, especialmente nos bairros onde ocorreram confrontos na semana passada, e onde se estabeleceu uma forte presença policial para este dia arriscado.

Os esquadrões antimotim ocuparam pontos estratégicos em Nairobi e patrulharam as ruas, onde muitos negócios permaneceram fechados. As ligações ferroviárias entre os subúrbios e o distrito comercial central foram suspensas.

Raila Odinga manteve, este domingo, o seu apelo a manifestações contra os efeitos da inflação todas as segundas e quintas-feiras, pouco depois de o chefe da polícia, Japhet Koome, ter decretado uma proibição dos protestos marcados para hoje.

Koome tinha avisado que a polícia não permitiria que "hooligans viessem à cidade para pilhar e destruir bens e empresas das pessoas".

Em Kisumu, um bastião da oposição no oeste do país, a polícia gaseou cerca de 200 saqueadores.

Odinga descreveu, no domingo, a planeada manifestação de força na segunda-feira como a "mãe de todas as manifestações" e acusou o vice-Presidente, Rigathi Gachagua, de orquestrar uma operação para criar o "caos".

Na passada segunda-feira, manifestações da oposição levaram a confrontos entre manifestantes e polícia.

Um estudante foi morto por tiros da polícia e 31 polícias ficaram feridos nos confrontos em Nairobi e nos bastiões da oposição na parte ocidental do Quénia.

Mais de 200 pessoas foram presas, incluindo várias figuras de liderança da oposição, e a marcha de Odinga já foi alvo de gás lacrimogéneo e canhões de água.

William Ruto, atualmente em viagem pela Europa, apelou na quinta-feira ao líder da oposição para que acabasse com os protestos: "Digo a Raila Odinga que se ele tem um problema comigo, deve enfrentar-me e parar de aterrorizar o país".

Muitos quenianos, confrontados com os elevados preços das mercadorias, estão a lutar para se alimentarem a si próprios. A inflação atingiu 9,2% em fevereiro, de acordo com o Governo, e o recorde de seca na região deixou milhões de pessoas sem recursos e sem alimentos.

"Se os líderes não se pronunciarem, aqueles que são afetados somos nós. Eles são pessoas ricas, e nós é que vamos dormir de estômago vazio", disse à AFP o motorista de táxi Collins Kibe.

O regulador de energia do Quénia anunciou um aumento dos preços da eletricidade a partir de abril, apesar de o presidente Ruto ter dito, em janeiro, que não haveria nenhuma subida dos preços da energia elétrica.

Durante a campanha eleitoral, o atual presidente retratou-se como um defensor dos mais desfavorecidos e prometeu melhorar a vida do cidadão comum do seu país. No entanto, retirou os subsídios ao combustível e à farinha de milho, um alimento básico.


Leia Também: Polícia do Quénia mata manifestante durante protestos contra o Governo


Leia Também: Proibidos protestos em Nairobi contra aumento do custo de vida

Rússia diz ter armas "capazes de destruir qualquer adversário". Até EUA

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Notícias ao Minuto   27/03/23 

Os comentários do influente secretário do Conselho de Segurança da Rússia são os últimos de um alto funcionário russo a levantar a hipótese de um confronto nuclear entre Moscovo e Washington.

Nikolai Patrushev alertou que a Rússia tem armas para destruir qualquer inimigo, incluindo os Estados Unidos, se a sua existência estiver ameaçada.

Os comentários do influente secretário do Conselho de Segurança da Rússia são os últimos de um alto funcionário russo a levantar a hipótese de um confronto nuclear entre Moscovo e Washington, algo que o Kremlin diz querer evitar.

"Os políticos americanos presos pela sua própria propaganda continuam confiantes de que, no caso de um conflito direto com a Rússia, os Estados Unidos são capazes de lançar um ataque preventivo com mísseis, após o qual a Rússia não poderá mais responder" começou por dizer, citado pela Sky News. 

"Isso é uma estupidez míope e muito perigosa", disse Patrushev ao jornal estatal Rossiiskaya Gazeta.

"A Rússia é paciente e não intimida ninguém com a sua vantagem militar mas possui armas modernas e únicas capazes de destruir qualquer adversário, inclusive os Estados Unidos, em caso de ameaça à sua existência”, acrescentou.

A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra sem fim à vista, que é considerada como a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Parlamento quer esclarecimento sobre visita de Putin à África do Sul

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POR LUSA  27/03/23 

O comité parlamentar das Relações Internacionais sul-africano quer que o Governo esclareça o estatuto da visita do Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, à África do Sul em agosto, foi hoje anunciado.

"Vamos escrever à ministra [das Relações Exteriores e Cooperação] assim que reunirmos na próxima semana para discutir esse assunto, apenas para entender a abordagem do ponto de vista do poder executivo porque estamos a supervisioná-los", declarou Supra Mahumapelo, responsável do comité parlamentar sobre Relações Internacionais e Cooperação, ao canal público sul-africano SABC.

Na quinta-feira, a chefe da diplomacia sul-africana, Naledi Pandor, confirmou que o país convidou Vladimir Putin para a cimeira do grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em agosto, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o Presidente russo.

Como Estado-membro do TPI, a África do Sul, que receberá a cimeira de chefes de Estado e de Governo do BRICS na cidade portuária de Durban, sudeste do país, em agosto, é obrigada a cooperar na detenção de Putin, depois de o tribunal internacional ter emitido recentemente um mandado de detenção para o líder russo por alegados crimes de guerra.

A África do Sul afirmou no ano passado ter adotado uma posição neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia, e apelou ao diálogo e à diplomacia para resolver o conflito.


Leia Também: Ucrânia. Governo belga pede a Pretória que ajude a abrir caminho de paz

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Radio Voz Do Povo

Comunidade muçulmana da Guine-Bissau recebe apoio da Fundação do Rei do Marrocos Mohammed VI_ULEMA_Africano no âmbito de Ramadão

 Radio Voz Do Povo

Uma delegação de investidores russos, integrada por departamentos governamentais visita Bissau em Abril próximo.

Anunciou hoje o Embaixador Russo na Guiné-Bissau após encontro de restituição com o presidente do parlamento Cipriano Cassama que participou recentemente em Moscovo na Conferência Internacional Parlamentar Rússia-África num Mundo Multipolar.

Radio Voz Do Povo

Moldova realiza exercícios militares com Roménia, EUA e Reino Unido

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POR LUSA  27/03/23 

A Moldova começou hoje exercícios militares conjuntos com a Roménia, os Estados Unidos e o Reino Unido, que vão permitir a transferência de equipamento militar para diferentes zonas do território.

O Ministério da Defesa da Moldova indicou que este equipamento será colocado à disposição das tropas envolvidas nas manobras nos centros de treino das Forças Armadas do país.

No entanto, as autoridades moldavas têm pedido à população que mantenha a calma e "não especule" sobre o objetivo final deste tipo de manobras militares, sobretudo em plena invasão russa na Ucrânia, de acordo com o canal de televisão Moldova 1.

Espera-se que os exercícios conjuntos durem pelo menos até 07 de abril.

"O objetivo destas manobras é trocar experiências entre militares dos quatro países e aumentar o nível de interação entre os contingentes", afirmou o Ministério da Defesa moldavo.

Assim, as manobras incluem tiro com munição real, saltos de paraquedas e exercícios de campo, entre outros.


Leia Também: "Não há perigo de guerra na Moldova enquanto a Ucrânia lutar"

O Ministro do Desporto Augosto Gomes em declarações aos jornalistas, após o último sessão de treinos dos "Djurtus" com olhos posto na partida de esta segunda-feira (27-03), com a seleção da Nígeria, jogo de apuramento para o CAN-2023, à disputar-se no ano 2024, em Côte d'ivoire.

Em  caso da vitória,  a turma nacional,  estará pela quarta vez  consecutiva, na fase final da maior festa de Futebol Áfricano.

 Radio TV Bantaba