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Notícias ao Minuto 28/03/23
A Bielorrússia, que se apresenta como uma das mais expressivas aliadas do presidente russo, Vladimir Putin, alega que os países membros da Aliança Atlântica têm vindo a ameaçar a sua "segurança nacional".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia disse, esta terça-feira, que foi forçada a acolher armas nucleares russas no seu território devido às "ações agressivas" dos países da NATO, segundo reporta a agência estatal russa TASS, aqui citada pela Reuters.
O país, que se apresenta como um dos mais expressivos aliados do presidente russo, Vladimir Putin, alega que os países membros da Aliança Atlântica têm vindo a ameaçar a sua própria "segurança nacional".
Na perspetiva de Minsk, tal decisão é, portanto, válida pelo facto de as "medidas coercivas unilaterais tomadas nos campos da política e da economia terem sido acompanhadas por um acumular do potencial militar (ocidental) no território dos países vizinhos (da Bielorrússia) que são membros da NATO".
De recordar que os planos para que a Bielorrússia posicionasse armas nucleares táticas russas foram anunciadas no fim de semana pelo próprio Vladimir Putin.
Minsk garantiu, ainda, que tais planos não violariam os acordos internacionais de não proliferação de armas nucleares, uma vez que a Bielorrússia não teria nenhum controlo sobre as armas. "A cooperação militar entre a Rússia e a Bielorrússia está a ser desenvolvida em estrita concordância com o direito internacional", assegurou a tutela, referindo-se a este tema em concreto.
Sobre este acordo com a Rússia, a Bielorrússia disse ainda que está apenas a "tomar medidas "para reforçar a sua própria capacidade de segurança e defesa" perante aquelas que diz serem as ameaças provenientes do Ocidente - que, segundo Minsk, pretende "mudar o curso geopolítico e o sistema político interno" deste país.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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