quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Quase 90% dos jornalistas do setor privado guineense ganham mal e não têm contratos de trabalho

Por rtp.pt  19 Outubro 2022

Quase 90% dos jornalistas dos órgãos de comunicação social privados da Guiné-Bissau auferem menos de 100.000 francos cfa (cerca de 150 euros) por mês e não têm contrato de trabalho, concluiu um relatório hoje apresentado.

Elaborado a pedido da Associação das Mulheres Profissionais da Comunicação Social, em parceria com a Associação para a Cooperação Entre Povos, e financiado pelo Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, o relatório traça o perfil dos órgãos de comunicação social na Guiné-Bissau.

No que se refere à comunicação social privada, dominada pelas rádios, os dados indicam que naquele setor trabalham 229 profissionais e que a "esmagadora maioria é do sexo masculino".

"Daquele número 89% aufere menos de 100 mil francos cfa e quase 71% dos funcionários não têm contratos de trabalho formalizados, nem estão inscritos no sistema da segurança social. Factos que colocam em risco os princípios da independência e da objetividade no jornalismo guineense", salienta o documento.

O relatório refere também que apenas 14% dos profissionais da comunicação social têm o ensino superior e que 29% têm o 12.º ano concluído.

Os órgãos de comunicação social, segundo o relatório, têm uma "boa relação com certas estruturas sociais como o poder tradicional, o poder religioso, organizações da sociedade civil e organismos internacionais", mas, o mesmo não se pode dizer na relação com os políticos.

"A relação entre os `media` e os partidos políticos na Guiné-Bissau apresenta um certo de grau de suscetibilidade, o que, por vezes, pode originar choques e hostilidades em relação aos conteúdos jornalísticos na cobertura de eventos", salienta o relatório.

A situação financeira dos órgãos de comunicação social é fraca o que, sublinha o relatório, se "reflete negativamente na condição de trabalho de cada profissional" sem conseguirem "criar condições básicas que garantam o pagamento regular dos salários" ou "descontos para a segurança social".

O estudo recomenda mais formação e apoios à comunicação social e concluiu que neste setor "ainda há muito a fazer" e que a situação de deterioração está também relacionada com os conflitos e instabilidade política, violações da Lei da Imprensa e da liberdade de expressão.

"Os governantes guineenses estão no topo da violação de tais dispositivos legais, resultando no aumento da ingerência do Governo nos órgãos de comunicação estatais. O direito de acesso à informação não está garantido e os jornalistas continuam a autocensurarem-se quando fazem cobertura das deficiências do Governo, crime organizado e à contínua influência militar".

O relatório refere que os órgãos de comunicação social da Guiné-Bissau estão "desprovidos de meios financeiros e fracos apoios institucionais e isso impede o processo de desenvolvimento do setor".

Por outro lado, os "órgãos da classe têm sido limitados nas suas intervenções de promoção e de defesa dos seus membros devido às limitações estatuárias e condições financeiras".

Forças Armadas guineenses descobrem ossadas humanas em terreno junto a quartel

Por LUSA  19 Outubro 2022 

As Forças Armadas da Guiné-Bissau disseram hoje que descobriram um conjunto de ossadas humanas num terreno junto ao quartel de Cumeré, após um líder partidário guineense ter denunciado terça-feira a descoberta de uma vala comum.

Fonte daquela instituição militar, contactada pela Lusa, explicou que as ossadas foram descobertas durante uma série de trabalhos que foram efetuados naquele terreno ao lado do centro de instrução militar de Cumeré, no setor de Nhacra, na região de Oio.

A mesma fonte precisou que as ossadas são referentes ao período pós-independência, entre 1974 e 1980.

A Guiné-Bissau declarou unilateralmente a independência em 1973.

O líder do Partido de Unidade Nacional, Idrissa Djaló, denunciou terça-feira, em conferência de imprensa, a descoberta de uma vala comum num terreno junto a Cumeré.

"Neste momento, tenho uma informação, que peço ao general Biagué Na N´Tan [chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas] para confirmar se é verdade e tornar pública. Num terreno junto ao quartel de Cumerá foram encontradas valas comuns", disse.

"Muitos inocentes foram fuzilados lá sem julgamento", afirmou, salientando que muitas daquelas ossadas provavelmente poderiam ser de antigos comandos guineenses, que combateram por Portugal.

O líder do PUN pediu que, caso a informação seja confirmada, para Portugal ajudar a identificar os corpos através da recolha de ADN para que sejam entregues às suas famílias para fazer o luto.

MSE // PJA

PRESIDENTE DE CABO VERDE INICIA SEXTA-FEIRA VISITA OFICIAL À GUINÉ-BISSAU

 JORNAL ODEMOCRATA  19/10/2022  

O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, inicia sexta-feira uma visita oficial de três dias à Guiné-Bissau, a primeira desde que tomou posse, há um ano, seguindo depois para o Senegal, anunciou hoje a Presidência da República de Cabo Verde.

De acordo com uma nota da Presidência da República cabo-verdiana, esta visita oficial insere-se “no quadro das relações históricas, de fraternidade, políticas e culturais” que unem Cabo Verde ao “país irmão” da Guiné-Bissau.

O chefe de Estado de Cabo Verde, que tomou posse em novembro de 2021, será acompanhado na visita a Bissau pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares.

“Visando reforçar os laços de cooperação e de amizade que alicerçam as relações entre os dois povos e países que juntos trilharam os caminhos para a independência e a soberania”, explica a nota da Presidência da República, sobre a visita oficial de três dias.

Na tarde de sexta-feira, de acordo com o programa a que a Lusa teve acesso, logo após a chegada a Bissau está previsto um encontro restrito entre José Maria Neves e o homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, no Palácio da República, seguido de um encontro entre as delegações dos dois países e de uma declaração conjunta à comunicação social.

“Momento em que serão passadas em revista as principais questões das relações bilaterais, bem como da nossa sub-região, mormente tendo em conta que a Guiné-Bissau assegura a presidência em exercício da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental]”, acrescenta a nota.

No sábado, José Maria Neves vai proferir uma conferência na Escola Nacional de Administração sobre o tema “Desafios dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento” e à tarde reúne-se com o primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam. Vai ainda visitar as obras de reabilitação das ruas da cidade de Bissau, acompanhado por Umaro Sissoco Embaló, antes de reunir com a comunidade cabo-verdiana radicada no país.

No domingo está prevista a visita do Presidente cabo-verdiano à fábrica de processamento de castanha de caju do grupo Santy Comercial e durante a tarde José Maria Neves vai reunir-se com as direções dos principais partidos guineenses: Madem-G15, PRS e PAIGC.

A partida de Bissau está prevista para segunda-feira, com destino ao Senegal, aonde José Maria Neves participa, com uma intervenção no mesmo dia, na oitava edição do Fórum Internacional Dakar Sobre Paz e Segurança em África, antes de regressar, ao final da tarde, à Praia.

In lusa

UCRÂNIA/RÚSSIA: Conselho de Segurança da ONU reúne-se à porta fechada devido a 'drones'

© Reuters

Por LUSA  19/10/22 

O Conselho de Segurança da ONU reúne-se hoje à tarde em Nova Iorque, a pedido dos membros ocidentais, devido à presença de 'drones' iranianos na guerra russa na Ucrânia, enquanto a União Europeia prepara sanções contra Teerão.

Os Estados Unidos, França e o Reino Unido, membros permanentes do Conselho, exigiram uma sessão à porta fechada, depois de uma reunião do Conselho dedicada à Somália, a partir das 15:00 locais (20:00 de Lisboa), segundo diplomatas da ONU e norte-americanos.

Não é esperada qualquer decisão após a sessão.

Em Bruxelas, a diplomacia europeia anunciou hoje ter reunido "provas suficientes" que demonstram que os 'drones' (aeronaves não-tripuladas) utilizados pela Rússia contra a Ucrânia foram fornecidos pelo Irão e disse estar a preparar sanções e "uma resposta europeia clara, rápida e firme".

Uma lista de sanções foi submetida à aprovação dos Estados-membros do bloco europeu e é esperada uma decisão "durante esta semana", disse uma fonte diplomática.

A Força Aérea ucraniana indicou hoje ter destruído 223 'drones' iranianos desde meados de setembro.

Em Washington, um porta-voz do Departamento de Estado sublinhou que "o fornecimento pelo Irão à Rússia deste tipo específico [de 'drones'] constitui uma violação da resolução 2231 (de 2015) do Conselho de Segurança", uma questão que deve ser abordada.

Enquanto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a Rússia dispõe de um direito de veto que lhe permite bloquear todas as resoluções apresentadas a votação e que sejam contrárias aos seus interesses.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 238.º dia, 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: MNE de Madagáscar demitido após voto na ONU a condenar anexações russas

ECOLOGIA: Angola e Guiné-Bissau entre países em maior risco de choques ecológicos

© Lusa

Por LUSA  19/10/22 

Angola e Guiné-Bissau estão entre os países do mundo em maior risco de choques ecológicos, segundo o Relatório de Ameaças Ecológicas, divulgado hoje pelo Instituto de Economia e Paz.

Segundo o estudo, que analisa 228 países e territórios, Angola (10.ª posição) e Guiné-Bissau (16.ª) estão ameaçadas sobretudo pelo risco de escassez alimentar, rápido crescimento populacional e escassez de água.

O instituto, sediado na Austrália, sublinha que Angola será um dos países do mundo onde o risco de escassez de água sobe mais até 2040 e cuja população deverá crescer 132% até 2050 -- o segundo crescimento mais rápido a seguir ao Níger.

Também Moçambique é apontado pelo "Ecological Threat Report" (ETR) como um país em risco de escassez alimentar, tendo registado o quarto maior aumento mundial no nível de insegurança alimentar.

Os autores da terceira edição do Relatório concluem que existe uma "relação cíclica entre a degradação ecológica e conflitos", como guerra civil e terrorismo, dando Moçambique como um exemplo.

Inhambane, no sul de Moçambique, é ainda apontada como das oito regiões do mundo (todas situadas na África subsaariana) com maior risco de choques ecológicos "catastróficos".

Quanto ao Brasil, o instituto lembrou que foi o 12.º país com maior número de desastres naturais desde 1981, apontando para as metrópoles de São Paulo e Rio do Janeiro como os locais de maior risco.

O relatório aponta Portugal como um dos vários países europeus que deverão sentir o maior aumento no risco de escassez de água até 2040, juntamente com Grécia, Itália e Países Baixos.

O ETR sublinhou que existem atualmente mais de 1,4 mil milhões de pessoas em 83 países já em risco extremo de escassez de água.

O Burundi tem a pontuação geral mais alta no relatório, o que reflete a vulnerabilidade do país, seguido pela República Centro-Africana, Chade, Afeganistão, Haiti, Iraque e Síria.

O instituto estimou que o número de pessoas subnutridas no mundo aumentou 35% em 2021 para mais de 750 milhões e deverá continuar a aumentar devido ao impacto da degradação ecológica.

Pelo menos 41 países enfrentam atualmente "grave insegurança alimentar", algo que deverá agravar-se devido à "crescente degradação ecológica, inflação e guerra entre a Rússia e a Ucrânia", disse o ETR.

O presidente executivo e fundador do IEP, Steve Killelea, disse que, antes da cimeira COP27 no Egito, em novembro, os países devem procurar "soluções sistémicas" para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, investindo na "construção de resiliência de longo prazo", com programas de desenvolvimento que se concentrem em "microempresas que captem água e melhorem a agricultura e a manufatura de valor agregado".

terça-feira, 18 de outubro de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA: Autoridades de Lugansk confirmam fim de controlos fronteiriços com Rússia

© Getty Images

Por LUSA  18/10/22 

As autoridades pró-russas da autoproclamada República Popular de Lugansk, anexada à Rússia após um referendo de adesão, informaram que, desde há uma semana, foram eliminados os controlos fronteiriços com o resto do território russo.

Conforme noticiado pelo governador da República, Leonid Pasechnik, "todos os postos de controlo foram abolidos" e os guardas fronteiriços que permanecem no cargo limitam-se apenas a "proteger a propriedade", segundo a agência russa TASS.

O governo da região cumpriu assim as instruções do seu Comité Aduaneiro estatal, que tinha apelado à abolição dos postos fronteiriços com as regiões russas de Belgorod, Voronezh e Rostov.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, considerando-a legitimada nos resultados de uma série de referendos de adesão que, no entanto, não foram reconhecidos nem pela Ucrânia nem pela comunidade internacional.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Guiné-Bissau: As Realizações Importantes e Perspectivas no sector das Obras Públicas Habitação e Urbanismo.


 Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo  MOPHU/18.10.2022


Jovem detido pela polícia Judiciaria nesta terça feira, por supostamente Burlar Professores com promesas de transferencia para Capital Bissau.


Fonte: Ministerio da Educação Nacional

Guiné-Bissau: Tribunal decide por realização de congresso da UNTG

 DW Português para África   18/10/22

O Tribunal Regional de Bissau considerou improcedente uma ação judicial intentada por um dirigente sindical e que impedia a realização do 5.º congresso da UNTG, a maior central sindical da Guiné-Bissau, refere em despacho judicial.

No despacho, o tribunal negou provimento à ação judicial intentada pelo sindicalista Laureano Pereira, que, em maio, requereu a anulação dos trabalhos preparatórios que deveriam culminar na realização do congresso da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG).

Na altura, Laureano Pereira avançou, primeiro, com uma providência cautelar a escassos dias do congresso, e, dias depois, com um pedido de ação condenatória, alegando que a comissão criada para a reunião magna era composta por pessoas sem legitimidade e próximas ao seu adversário, Júlio Mendonça, secretário-geral cessante e candidato à reeleição. 

O tribunal considerou que Laureano Pereira não tem razão nas suas alegações. 

(LUSA)

UCRÂNIA/RÚSSIA: Governadores de regiões russas acusam exército ucraniano de ataques

© Pavel Kolyadin/BelPressa/Handout via REUTERS

Por  LUSA  18/10/22 

Os governadores das regiões russas de Kursk e Belgorod, junto da fronteira com a Ucrânia, acusaram hoje o exército ucraniano de atacar instalações civis.

"O exército ucraniano está a bombardear as localidades de Tiotkino e Popovo-Lezhachi. Temos indicação de falhas no abastecimento de eletricidade", afirmou o governador de Kursk, Roman Starovoit, sem dar mais pormenores sobre vítimas ou outros danos.

O governador de Belogorod, Viacheslav Gudkov, afirmou que as forças ucranianas bombardearam uma estação ferroviária da região, sem indicar qual, referindo que um homem ficou ferido nas pernas e foi assistido.

Afirmou que o ataque danificou a rede ferroviária mas que não há outros danos visíveis, precisando que "o tráfego de comboios está interrompido temporariamente e as brigadas de reparação estão a trabalhar para o restabelecer".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Governo desvaloriza problemas no fornecimento de gás mas Galp alerta: "não é claro neste momento" o impacto em Portugal do que está a acontecer na Nigéria

Por cnnportugal.iol.pt, 18/10/22

Em causa estão as inundações no país africano, essencial no fornecimento de gás a Portugal. Galp mais prudente que o Ministério do Ambiente

A Galp disse esta terça-feira que “não é claro neste momento” se as inundações da Nigéria, principal fornecedor nacional de gás natural, poderão causar ruturas adicionais de abastecimento e garantiu estar a monitorizar a situação.

“Não é claro neste momento quando é que as operações locais serão restauradas ou se os impactos deste evento poderão resultar em ruturas adicionais de abastecimento para Galp”, disse fonte oficial da petrolífera, em resposta escrita à Lusa.

A Galp garantiu ainda que “está a monitorizar os desenvolvimentos na Nigéria”.

A Nigeria LNG Limited alertou a Galp para “uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito” devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode meter em risco o abastecimento em Portugal, segundo nota enviada pela empresa portuguesa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na noite de segunda-feira.

Naquela nota, a Galp dizia que ainda “não foi disponibilizada qualquer informação que suporte a avaliação dos potenciais impactos do evento, que poderão, no entanto, resultar em perturbações adicionais de abastecimento” à petrolífera portuguesa.

No seguimento daquele anúncio, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática desvaloriza a situação: adianta que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria”, afirmando não haver “escassez no mercado”.

“O Ministério do Ambiente e da Ação Climática informa que não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”, salientou o ministério num comunicado enviado às redações.

“Qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”, acrescentou o gabinete de Duarte Cordeiro.

Guiné-Bissau: Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, Suzi Barbosa, preside a reunião de peritos e representantes da Comissão da CEDEAO

Rádio Jovem Bissau

GUERRA NA UCRÂNIA: Zelensky: "30% de centrais elétricas ucranianas destruídas" em oito dias

© Getty Images

Notícias ao Minuto  18/10/22 

Estes ataques causaram vários apagões em todo o país. O presidente ucraniano afasta a possibilidade de negociar com Vladimir Putin.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, indicou, através da sua conta oficial do Twitter, que "30% das centrais elétricas ucranianas" foram destruídas em oito dias.

O chefe de Estado ucraniano destacou que têm sido realizados “outro tipo de ataques terroristas russos: a destruição da infraestrutura crítica e energética ucraniana”.

“Desde 10 de outubro, a Rússia destruiu 30% das centrais elétricas ucranianas, o que causou apagões massivos em todo o país”, pode ler-se na publicação.

Zelensky deixou claro que, na sequência dos vários ataques dos últimos dias, não há “espaço para negociar com o regime de Putin”.

Recorde-se que a central de Zaporíjia está sob controlo russo desde 4 de março, poucos dias após o início da invasão russa da Ucrânia.

Desde então, tem sido um dos principais focos da guerra na Ucrânia, dado o perigo de ocorrer um desastre nuclear como o da central ucraniana de Chernobyl, em 1986, o mais grave de sempre no mundo, quando o país integrava a antiga União Soviética.

Ucrânia e Rússia acusam-se mutuamente de lançar ataques contra a área circundante, pondo em perigo a segurança da central e da região.

Uma missão especial da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) começou, em agosto, a avaliar o estado das instalações e dos seus trabalhadores, mantendo uma equipa na central.

Na semana passada, o diretor da AIEA, Rafael Grossi, reuniu-se com autoridades ucranianas e russas para tentar um acordo que permita a desmilitarização da central.

"A situação da central é insustentável e precisamos de ação imediata para a proteger", comentou na rede social Twitter na sexta-feira, ao regressar de Kiev.

As informações divulgadas pelas duas partes sobre a guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro deste ano, não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será consideravelmente elevado.


Veja Também: "A Rússia tem um objetivo deliberado de agravar as condições dos ucranianos" para o inverno

Idriça Djaló líder do Partido da Unidade Nacional "PUN" está em conferência de imprensa

 Radio Voz Do Povo

Frente Social, formada por quatros sindicatos da saude e educação em conferência de imprensa para anunciar a entrega de novo pre aviso de greve a iniciar a 7 de Novembro.

 Radio Voz Do Povo 

GUINÉ EQUATORIAL: PR da Guiné Equatorial "é o tipo de ditador que quer morrer no poder"

© Reuters

Por LUSA  18/10/22 

A recandidatura de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo à presidência da Guiné Equatorial não "surpreendeu" a analista Ana Lúcia Sá, que prevê que vá cumprir o mandato completo, porque "é o tipo de ditador que quer morrer no poder".

"Teodoro Obiang é um ditador que se eterniza no poder, seja por que vias for e esta recandidatura não me surpreendeu", afirmou em declarações à Lusa a investigadora do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE, especialista no estudo de regimes autoritários em África, com destaque para Angola e a Guiné Equatorial.

Ana Lúcia de Sá acredita que Obiang irá cumprir a totalidade de sete anos do mandato presidencial, e que a única hipótese de não vir a fazê-lo é se "algo lhe acontecer, de facto".

Um ativista na Guiné Equatorial, que conversou com a Lusa sob condição de anonimato, afirmou igualmente a sua convicção de que Obiang "permanecerá no poder durante mais sete anos", apesar das pressões da primeira-dama, Constança Mangue Nsue Okomo, que "há anos tenta que Obiang ceda o poder ao filho" dos dois, o primogénito e o atual vice-presidente, Teodoro Nguema Obiang Mangue (conhecido como Teodorín).

"Mas ele não confia no filho", disse a mesma fonte.

Para Ana Lúcia Sá, outro obstáculo à eventual sucessão de Teodorín relaciona-se com os problemas do atual vice-presidente equato-guineense com a justiça francesa, que o condenou em 2021 a uma pena suspensa de três anos, multa de 30 milhões de euros e o confisco de várias propriedades em França, incluindo um edifício numa das avenidas mais caras de Paris avaliado em cerca de 110 milhões de euros.

A Constituição da Guiné Equatorial estabelece que o vice-presidente é o sucessor do Presidente em caso de impedimento deste. E, sublinha a analista do ISCTE, "quando há uma sucessão constitucionalmente garantida, a ideia é que o regime se mantenha".

"Mas creio que Teodoro Obiang irá cumprir a totalidade do novo mandato. Ele é já um senhor que não vai para novo, mas a sua ideia de sucessão é:'depois de mim se verá'", afirmou. "Obiang é o tipo de ditador que quer morrer no poder", reforçou.

A analista admite como "mais plausível" a eventualidade de "uma sucessão mais rápida com Teodoro Obiang vivo, se houver pressão internacional sobre Teodorín e, paralelamente, se houver algum movimento de colocar Gabriel [Mbaga Obiang Lima, filho de Teodoro Obiang e da segunda dama, Celestina Lima] no poder".

"Só se houver internacionalmente um apoio explícito a Gabriel Obiang, o outro filho, que dizem ser o preferido das instituições internacionais e com quem os Estados Unidos têm mais vontade de dialogar", reforçou.

Teodoro Obiang, atualmente com 80 anos, é o Presidente há mais tempo no poder, liderando há 43 anos a Guiné Equatorial, um pequeno país rico em petróleo, com "mão de ferro" desde um golpe de Estado, em 1979.

As próximas eleições presidenciais na Guiné Equatorial estavam previstas para abril de 2023, mas Obiang surpreendeu o país e a comunidade internacional ao antecipar o plebiscito, em cerca de seis meses, ignorando a Constituição do país, fazendo com que coincidisse com as eleições legislativas e locais previstas para 20 de novembro.

As últimas semanas têm sido marcadas por um forte aumento da repressão no país, o líder do Ciudadanos por la Inovación (CI), um partido ilegalizado em 2018 na Guiné Equatorial, foi detido no final de setembro, assim como mais de uma centena de apoiantes que se encontravam nas instalações do partido em Malabo.

Um número não determinado de jovens e mais de uma dezena de ativistas foram igualmente detidos, de acordo com organizações ativistas equato-guineenses.

"A repressão é cada vez maior e há mortes não explicadas nos edifícios da polícia. Há prisões de membros do partido da oposição ilegalizado pelo regime, e há uma lista de várias pessoas que estão detidas, sendo que algumas foram mortas. Isto está tudo a acontecer", afirmou Ana Lúcia Sá.

"Sabemos que algo muito grave está a acontecer, sabemos de alguns factos, mas sem mais explicações", acrescentou.

UCRÂNIA: Exumados mais de 600 corpos de civis em Kharkiv

© Lusa

Por LUSA  18/10/22 

As autoridades ucranianas já exumaram mais de 600 corpos de civis na região de Kharkiv, no nordeste do país, após a retirada das tropas russas, adiantou o ministro do Interior, Denis Monastyrsky.

"Já exumámos mais de 600 corpos de mortos na região de Kharkiv. Não conseguimos identificá-los de imediato", explicou o ministro.

"Entendemos que à medida que nos aproximamos da vitória revelam-se novos crimes de guerra cometidos pelos ocupantes", realçou.

Monastyrsky observou que as autoridades enfrentaram a mesma situação em todos os territórios libertados pela Rússia, referindo-se às "câmaras de tortura deixadas pelos russos".

Há um problema, indicou, ressaltando que a identificação dos corpos é feita através de análise de DNA (ácido desoxirribonucleico), que deve ser realizada em laboratórios especiais.

"Os nossos parceiros internacionais ajudaram-nos para que isso fosse feito de forma rápida, mas entendemos que esse trabalho demora semanas, às vezes meses, para perceber exatamente que foi torturado", acrescentou.

O líder da Administração Interna ucraniana alertou ainda que "qualquer território ocupado significa dezenas de civis torturados, prisioneiros (...)", dizendo que é isso que o país "enfrenta todos os dias".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Cerca de 99% dos corpos exumados em Izyum com "sinais de morte violenta"

JERUSALÉM: Austrália deixa de reconhecer Jerusalém Ocidental como capital de Israel

© Lusa

Por LUSA  18/10/22 

O governo da Austrália, liderado pelo trabalhista Anthony Albanese, anunciou hoje que irá deixar de reconhecer formalmente Jerusalém Ocidental como a capital de Israel, revertendo uma decisão tomada em 2018 pelo anterior executivo conservador.

"A questão do estatuto final de Jerusalém deve ser resolvida por meio de negociações de paz entre Israel e o povo palestino", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Penny Wong, numa conferência de imprensa.

Wong também sublinhou que o novo governo, eleito em maio, após nove anos de executivo conservador, não pretende transferir para Jerusalém Ocidental a embaixada australiana, que irá manter-se em Telavive.

"A Austrália está comprometida com uma solução de dois Estados na qual Israel e um futuro Estado palestino coexistam, em paz e segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas", disse, antes de afirmar que não apoiará "uma abordagem que prejudique essa perspetiva".

O então primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou em novembro de 2018 que o país iria reconhecer Jerusalém Ocidental como a capital de Israel, mas que não iria mudar a embaixada até que existisse um acordo de paz com a Palestina.

"Sei que isso causou conflitos e confusão no seio de parte da comunidade australiana, e hoje o governo está a tentar resolver isso", disse Penny Wong.

A ministra acusou o governo de Scott Morrison de tomar a decisão para tentar ganhar uma eleição crucial num subúrbio de Sydney com uma grande comunidade judaica.

"Foi um jogo cínico e malsucedido", disse Wong.

A decisão de 2018 também causou consternação na vizinha Indonésia - o país com o maior número de muçulmanos no mundo -, levando à suspensão temporária de um acordo de livre comércio com a Austrália.

Os Estados Unidos foram o primeiro país a tomar esta decisão, em dezembro de 2017, que rompeu com décadas de consenso internacional sobre a Cidade Santa, cuja parte oriental é ocupada por Israel desde 1967 e reivindicada pelos palestinianos como capital do seu Estado.

O anúncio da decisão do então Presidente norte-americano, Donald Trump, foi seguido por declarações semelhantes de outros países, como a Guatemala, o Paraguai, a República Checa e as Honduras.

Mas, em setembro de 2018, o Governo do atual Presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, disse que iria anular a decisão, "absolutamente unilateral e sem consulta, sem qualquer tipo de elementos, nem argumentos fundados no Direito Internacional", tomada pelo Presidente cessante, Horácio Cartes, e anunciou o fecho da embaixada.

Esta decisão provocou mal-estar em Israel que, por seu lado, decidiu encerrar a sua representação em Assunção.

A maioria dos países, incluindo Portugal, mantém as suas embaixadas em Telavive.


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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

PNUD no âmbito das atividades da semana das Nações Unidas para a Comemoração do Dia da ONU, organizou hoje o Dia Internacional para Erradicação da Pobreza, um debate com universitários, intelectuais, sociedade civil e associações de jovens sobre como moldar o futuro em tempos INCERTOS.

A Guiné Bissau ocupa na posição 177 de 191 países do mundo, no índice de desenvolvimento humano dados de PNUD.

Radio TV Bantaba

Porta-voz do Departamento de Estado considerou que a "Rússia aprofundar uma aliança com o Irão é algo que o mundo inteiro [...] deve ver como uma ameaça profunda".

© Reuters

Notícias ao Minuto  17/10/22 

 Drones? "Qualquer negócio" com o Irão será alvo de "sanções"

Porta-voz do Departamento de Estado considerou que a "Rússia aprofundar uma aliança com o Irão é algo que o mundo inteiro [...] deve ver como uma ameaça profunda".

Os Estados Unidos advertiram, esta segunda-feira, que seriam tomadas medidas contra as nações e empresas que sejam identificadas por estarem a apoiar o programa de desenvolvimento de drones iraniano, na sequência do ataques levados a cabo, esta manhã, pelas tropas russas sobre Kyiv, com recurso a estes aparelhos.

"Qualquer entidade que faça negócios com o Irão que possam ter qualquer ligação aos veículos aéreos não tripulados, ao desenvolvimento de mísseis balísticos ou ao fluxo de armas do Irão para a Rússia deve ser muito cuidadosa e fazer a sua devida diligência", explicou o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, aqui citado pela AFP.

Em declarações aos jornalistas, a mesma fonte acrescentou ainda que a "Rússia aprofundar uma aliança com o Irão é algo que o mundo inteiro [...] deve ver como uma ameaça profunda".

Citando dados anteriormente divulgados pelos serviços secretos norte-americanos, Vedant Patel ressalvou ainda que, ao contrário do que seria de esperar, alguns dos veículos aéreos não tripulados alegadamente disponibilizados pelo Irão à Rússia têm funcionado deficientemente no terreno de batalha. 

Tudo isto, na perspetiva do porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, mostra a "enorme pressão" que tem vindo a ser sentida pela Rússia, na sequência das perdas que tem vindo a sofrer na Ucrânia. E destacou ainda que, por essa mesma razão, Moscovo está "a ser francamente forçada a recorrer a países pouco fiáveis, como o Irão, para obter abastecimento e equipamento".

Segundo as informações conhecidas até ao momento, as forças russas têm utilizado, ao longo das últimas semanas, drones kamikaze para atacar centros urbanos e infraestruturas várias em diversas regiões ucranianas. Foi isto que aconteceu, precisamente, esta segunda-feira, em Kyiv, cidade que acordou literalmente 'debaixo de fogo', depois de ter sido alvo de um ataque por parte destes aparelhos, comandados por tropas russas. 

Segundo as acusações feitas pela Ucrânia, os drones serão, alegadamente, de fabrico iraniano - embora o governo iraniano tenha voltado, uma vez mais, a negar a venda de drones à Rússia. Já o Kremlin, por sua vez, ainda não comentou o assunto.

Perante todo este cenário, a União Europeia disse estar já a investigar a alegada venda pelo Irão de 'drones' à Rússia para utilização pelas forças russas na guerra da Ucrânia, segundo indicou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho. Caso essa possibilidade se veja confirmada, "haverá sanções acrescidas ao Irão", referiu ainda o governante português.

Segundo as mais recentes contabilizações da ONU (Organização das Nações Unidas), foram já confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos na sequência deste conflito na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro. Porém, a mesma fonte remete um balanço mais certeiro para o final dos combates no terreno, altura em que será possível fazer um apuramento mais preciso das fatalidades.

UCRÂNIA: A força aérea ucraniana afirma que a Rússia atacou hoje o território ucraniano com um total de 43 drones 'kamikaze', dos quais 37 foram abatidos por Kyiv.

© REUTERS

Por LUSA  17/10/22 

 Kyiv reivindica destruição de 37 dos 43 drones usados em ataque russo

A força aérea ucraniana afirma que a Rússia atacou hoje o território ucraniano com um total de 43 drones 'kamikaze', dos quais 37 foram abatidos por Kyiv.

O representante do comando da força aérea ucraniana, Yuriy Ihnat disse na televisão ucraniana que os drones "voaram do sul, 43, dos quais 37 foram eliminados" e que "todas as forças e meios - aviação, sistemas de mísseis antiaéreos e outras forças de defesa - estiveram envolvidos".

"Pelo menos 86% dos aparelhos destruídos são Shahed (de fabrico iraniano). Este não é um mau resultado para estes alvos", referiu Ihnat.

A força aérea ucraniana apelou ao público para que deixe as tropas ucranianas fazer o seu trabalho, face a uma imagem a circular nas redes sociais que mostra um homem a tentar disparar contra um objeto voador a partir de uma janela.

"Não há necessidade de disparar pela janela", disse Ihnat, avisando que as balas disparadas em áreas densamente povoadas podem atingir inocentes, especialmente as de espingardas de caça.

O representante do comando da força aérea acrescentou que a Ucrânia espera agora que os seus parceiros reforcem o seu sistema de defesa aérea para cobrir o máximo possível do território da Ucrânia.

Anteriormente, o ministro do Interior, Denis Monastyrsky, tinha relatado que a Rússia tinha atacado a Ucrânia com 42 drones 'kamikaze', 36 dos quais foram abatidos. 

"O ataque deveria exceder os de segunda-feira passada, quando houve bombardeamentos de mísseis, mas não aconteceu", disse o ministro, dizendo que demonstrou que a Rússia não tinha conseguido atingir o seu objetivo. 

Os serviços de emergência ucranianos anunciaram hoje que recuperaram os corpos de quatro pessoas após um ataque russo com 'drones' em Kiev, enquanto na região de Sumy morreram mais quatro pessoas com um míssil.

Segundo o presidente da Câmara de Kiev, Vitaliy Klitschkó, esta manhã houve um total de cinco explosões na capital ucraniana, todas causadas por 'drones' Shahed de fabrico iraniano.

O Serviço de Emergência do Estado informou ainda que um míssil russo atingiu um prédio administrativo de uma subestação elétrica em Sumy, no norte do país, tendo sido retirados dos escombros quatro corpos e três pessoas vivas.

Na região de Dnipropetrovsk (centro), uma pessoa ficou ferida na sequência de um ataque com um míssil nas instalações de uma subestação elétrica, acrescentaram os serviços de resgate.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Dois mortos após queda de avião militar na cidade russa de Yeysk

© Twitter / @Mike_Bresson

Notícias ao Minuto  17/10/22 

Segundo o ministério da Defesa da Rússia, o avião militar em causa tratava-se de um Su-34 e ter-se-á despenhado no decorrer de um voo de treino.

Um avião militar caiu sobre um bloco de apartamentos na cidade russa de Yeysk, junto às margens do Mar de Azov, perto da Ucrânia. A informação foi avançada pelo ministério da Defesa do país, aqui citada por agências noticiosas russas.

Segundo a informação que foi divulgada até ao momento, os dois pilotos da aeronave ter-se-ão ejetado momentos antes do embate, que provocou um enorme incêndio no edifício de nove andares. Porém, pelo menos 15 edifícios terão ficado danificados devido à ocorrência.

À agência noticiosa russa TASS, um residente disse: "Ambulâncias e bombeiros estão a chegar de toda a cidade, helicópteros estão no local". 

Segundo o ministério da Defesa da Rússia, o avião militar em causa tratava-se de um Su-34 e ter-se-á despenhado no decorrer de um voo de treino. Segundo um dos pilotos, citado pela mesma fonte, a causa do acidente estará relacionada com um incêndio num dos motores da aeronave, registado durante a descolagem.

Após o embate da aeronave com os edifícios, terão ocorrido explosões, derivadas da combustão de munições armazenadas no avião.

A Reuters, que cita as autoridades locais, está a noticiar que morreram duas pessoas na sequência da queda deste avião militar, com 15 outras, pelo menos, a terem ficado feridas.

Veja, na galeria acima, o vídeo que ilustra a intensidade das chamas decorrentes deste embate da aeronave militar num bloco de apartamentos na Rússia.


A view shows a site of a plane crash on residential building in the southern city of Yeysk, Russia October 17, 2022. REUTERS/Stringer

PR Umaro Sissoco Embaló, recebeu hoje (17.10), a delegação da Organização Internacional de Trabalho_ chefiada pelo seu Diretor Geral, Dramane Haidara.

 Radio TV Bantaba

Guiné-Bissau: As eleições legislativas na Guiné-Bissau serão realizadas a 23 de Abril 2023.


Por Radio Voz Do Povo

A proposta foi aprovada na reunião de concertação entre o Governo e os Partidos Políticos com e sem assento parlamentar.

Sob a égide do Ministro da Administração Territorial e Poder Local, Fernando Gomes, a reunião contou com as presenças dos técnicos do GTAPE e da CNE.

A proposta vai agora para o Conselho de Ministros e, depois para o Presidente da República que decretará a oficialização da data. 

As legislativas deviam ser realizadas a 18 de Dezembro_2022, mas devido aos atrasos no recenseamento eleitoral, o Governo  e os partidos políticos concordaram e fixaram uma nova data, a 23 de Abril de 2023.


Ucrânia pede sanções contra o Irão por fornecimento de drones à Rússia...Dmytro Kuleba considerou ainda que o próximo pacote de sanções a aplicar à Rússia "tem de ser severo".

© Getty Images

Notícias ao Minuto  17/10/22 

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu esta segunda-feira à União Europeia para que sancione o Irão pelo alegado fornecimento de drones kamikaze à Rússia, que terão sido responsáveis pela morte de, pelo menos, quatro civis em Kyiv, esta manhã.

Numa declaração em vídeo publicada no Facebook, aqui citada pelo The Guardian, o governante ucraniano considerou ainda que o próximo pacote de sanções a aplicar à Rússia "tem de ser severo", tendo solicitado, novamente, a doação de mais sistemas de defesa aérea e munições para as tropas ucranianas. 

Pela mesma via, Dmytro Kuleba endereçou ainda uma outra mensagem aos governantes da União Europeia, ressalvando que os ataques às instalações energéticas da Ucrânia representaram um golpe na segurança energética europeia - pelo facto de terem tido consequências negativas ao nível das exportações de energia ucraniana para o bloco europeu.

Segundo as informações conhecidas até ao momento, as forças russas têm utilizado, ao longo das últimas semanas, drones kamikaze para atacar centros urbanos e infraestruturas várias em diversas regiões ucranianas. Foi isto que aconteceu, precisamente, esta segunda-feira, em Kyiv, cidade que acordou literalmente 'debaixo de fogo', depois de ter sido alvo de um ataque por parte destes aparelhos, comandados por tropas russas. 

Segundo as acusações feitas pela Ucrânia, os drones serão, alegadamente, de fabrico iraniano - embora o governo iraniano tenha voltado, uma vez mais, a negar a venda de drones à Rússia. Já o Kremlin, por sua vez, ainda não comentou o assunto.

Perante todo este cenário, a União Europeia disse estar já a investigar a alegada venda pelo Irão de 'drones' à Rússia para utilização pelas forças russas na guerra da Ucrânia, segundo indicou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho. Caso essa possibilidade se veja confirmada, "haverá sanções acrescidas ao Irão", referiu ainda o governante português.

Segundo as mais recentes contabilizações da ONU (Organização das Nações Unidas), foram já confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos na sequência deste conflito na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro. Porém, a mesma fonte remete um balanço mais certeiro para o final dos combates no terreno, altura em que será possível fazer um apuramento mais preciso das fatalidades.


GUINÉ-BISSAU - DIREÇÃO DE RÁDIO PINDJIQUITI PEDE DESCULPAS AO SEC-ESTADO DA ORDEM PUB NO CASO DA DROGA.

Kansala News


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Rússia adverte Israel para consequências de fornecer armas a Kyiv

© Reuters

Por LUSA  17/10/22 

A Rússia advertiu hoje Israel de que se fornecer armas à Ucrânia irá prejudicar as relações entre Moscovo e Telavive, depois de um ministro israelita ter admitido a entrega de armamento a Kyiv.

"A parentemente, Israel pretende também fornecer armas ao regime de Kyiv. Um passo muito insensato. Irá destruir todas as relações interestatais entre os nossos países", afirmou o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia ex-chefe de Estado, Dmitri Medvedev.

Numa declaração na rede social Telegram, Medvedev acusou o Governo ucraniano de ser nazi, uma das justificações dadas por Moscovo para a invasão do país vizinho, em 24 de fevereiro deste ano.

"Basta olhar para os símbolos [nazis] usados pelos seus atuais capangas", disse, referindo-se às tatuagens usadas por alguns membros do batalhão ultranacionalista ucraniano Azov, segundo a agência espanhola EFE.

O ministro da Diáspora israelita, Nachman Shai, condenou, no domingo, o alegado fornecimento de mísseis balísticos iranianos à Rússia e defendeu a entrega de armas à Ucrânia por parte de Israel.

"Não há dúvida de qual o lado que Israel deveria escolher neste conflito sangrento. Chegou o momento de a Ucrânia receber de Israel o mesmo apoio militar que recebe dos Estados Unidos e da NATO", disse Shai.

Uma porta-voz do primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, disse à AFP que o seu gabinete não comentaria as observações de Medvedev.

Até agora, as autoridades israelitas limitaram a sua cooperação com a Ucrânia à ajuda humanitária e à entrega de equipamento não letal, a fim de não prejudicar a sua relação com Moscovo.

A ajuda militar de Teerão a Moscovo tem passado pelo fornecimento de drones [aeronaves não tripuladas) Shahed, rebatizado pela Rússia como Guran-2, com o qual o exército russo destrói infraestruturas civis ucranianas.

De acordo com o Instituto de Estudos de Guerra norte-americano, o Irão também forneceu alegadamente drones Arash-2 e mísseis balísticos, algo que Teerão nega categoricamente.

Os aliados ocidentais da Ucrânia, incluindo Portugal, têm fornecido ajuda militar a Kyiv.

Algumas das armas norte-americanas e europeias permitiram às forças armadas ucranianas lançar recentemente uma contraofensiva e recuperar território que estava sob ocupação russa.

A guerra na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a mais grave crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será consideravelmente elevado.

IDOSO ACUSADO DE REVELAR “SEGREDOS DO FANADO” FOI BRUTALMENTE ESPANCADO EM BIOMBO

By Rádio Jovem  outubro 17, 2022

O presidente da Associação para a Defesa e Proteção dos Idosos na Guiné-Bissau, Nelson Oliveira Intchama, considera, esta segunda-feira, que o respeito aos Direitos Humanos no país é uma ironia.

Nelson Intchama fez esta afirmação numa conferência de imprensa realizada hoje, 17.10, para denunciar o espancamento de um idoso, na casa dos 70 anos, na região de Biombo, concretamente na povoação de Quisset.

Segundo este responsável, tudo ocorreu na noite de 10 de outubro, após o filho do idoso em causa sair do local da circuncisão “barraca do fanado”, tendo os agressores alegados que o homem velho estava a revelar “os segredos” de alguns usos praticados durante esta cerimónia tradicional.

Para Nelson, a fragilidade no capítulo da sensibilização sobre os Direitos Humanos está a pôr em causa seriamente a vida de muitas pessoas no país, inclusive dos idosos.

Sendo assim, a organização em questão condena o ato e pede que os autores sejam traduzidos à justiça.

Nelson intchama apela ainda à sociedade guineense a respeitar os idosos, lembrando que um dia também seremos idosos.

”Penso que não estamos num Estado ditatorial em que podemos fazer o que bem entendemos, pelo que deve haver uma punição severa para os autores desses atos que põem em causa o direito de qualquer cidadão”.

Manuel dos Santos, o velho que foi vítima da agressão, avançou que ficou surpreendido e triste com o que aconteceu.

“O meu filho se encontrava na rua e adverti-o que devia estar dentro naquelas horas, já que acabou de sair da “barraca”. Ao ter dito isso, esse grupo de jovens, inclusive o meu próprio filho, levou-me diretamente para as matas, tendo sido forçado a ajoelhar para depois receber várias pauladas”.

De referir que o pai foi quem responsabilizou de cuidar do filho na “barraca” durante essa prática tradicional. Segundo as informações disponíveis, no ato, participaram sete jovens, sendo que três deles já se encontram na posse das autoridades judiciais.

Conforme essa organização que protege e defende Direitos dos Idosos, já se registou vários casos desse género, com os casos dos idosos mortos acusados de serem feiticeiros a destacar-se.