Bissau 16 Abr 24 (ANG) – Os familiares do antigo ministro das Finanças e do ex-Secretário de Estado do Tesouro, consideram hoje de “sequestro” a detenção dos dois deste 30 de Novembro de 2023, frisando que estão sendo feitos reféns do regime num contexto de total indiferença pelas leis dos direitos fundamentais.
O grito do socorro foi feito em nome das duas familias pela Tia do ex-Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro durante um encontro com a Liga Guineense dos Direitos Humanos para entre outros solicitar o maior empenho desta organização no caso.
Raquel Pereira Borja disse que alguém deve fazer alguma coisa para os libertar uma vez que não fizeram nada de anormal se não pagar um dívida que o Estado contraiu ou seja uma prática recorrente com diferentes ministros das Finanças.
“Por isso responsabilizamos civil e criminalmente o poder político e judicial pelos eventuais danos que os dois possam ter, devido a privação arbitrária das suas liberdades e por isso pedimos aos juízes e magistrados deste país que cumpram com as leis e que libertem Suleimane Seide e António Monteiro porque sabemos que estão injustamente detidos “, frisou Raquel Borja em nome das duas famílias.
Por seu turno, o vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Edimar Nhaga disse que a sua organização sempre pugnou pela defesa dos direitos humanos e da legalidade democrática na Guiné-Bissau e face essa situação dos ex-ministro das Finanças e Secretário de Estado do Tesouro a Liga tem acompanhado com muita preocupação o processo desde início.
Segundo ele, a organização efectuou várias deligências no sentido de poder inteirar realmente do que está a passar, salientando que neste particular, todos os prazos já foram largamente ultrapassados no que concerne a detenção destas duas figuras.
“Ou seja nunca existiu os requisitos que podiam levar a prisão preventiva destes dois governantes, digo isso porque os requisitos da prisão preventiva, acontecem em caso de perigo de fuga e da perturbação da investigação que está a deccorrer o que não se verificar no caso dos dois”, afirmou.
Edimar Nhaga sublinhou que, aliás o ex-Secretário de Tesouro estava fora do país quando iniciou este processo, mas voltou para enfrentar a justiça.
Aquele responsável disse que enquanto defensores dos direitos humanos o que pedem nesta declaração conjunta é que se efectue a libertação dessas duas figuras ainda que seja condicionada para que possam aguardar o julgamento em liberdade, tendo exigido que a justiça seja célere e justa para ajudar na credibilização do próprio sistema judicial guineense face ao descredito total em que se encontra.
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