Enquanto os dirigentes dos partidos políticos da Guiné-Bissau continuarem a considerar que a política é um jogo de poder entre inimigos, quiçá, de vida ou morte, e não, uma oportunidade na paz e na harmonia entre irmãos, de se chegar ao poder para servir as populações e o País, com base na disputa eleitoral assente no reconhecimento e na validação da Democracia e da sua essência pluralista, não estaremos à altura das nossas responsabilidades, considerando o Estado de Direito Democrático que define e caracteriza o nosso Estado na sua perspectiva Constitucional.
Quando um líder de um partido político cria uma teoria da conspiração, alegando a existência de inimigos do partido, por via da tese de que "quem não é do partido, é contra o partido", instrumentalizando os seus fiéis para a divisão e a exclusão no seio do próprio partido, então, o respeito pelo pluralismo de ideias no partido é uma falácia, bem como o reconhecimento de outras forças políticas nacionais, que, enquanto concorrentes às disputas eleitorais, não são, por isso, inimigos, mas sim, parte de um Todo, da Estrutura do Poder Político da Guiné-Bissau.
Temos que acabar com mentalidade da guerra e do inimigo, pois que, a Guiné-Bissau não está em guerra, e nem a concorrência político-partidária significa a existência de inimigos na perspectiva da Missão e dos Objectivos dos Partidos políticos, tendo em conta as suas Representatividades em prol da Democracia e do Estado de Direito, que devem alicerçar a Guiné-Bissau.
Somos irmãos, diferentes uns dos outros, mas não necessariamente inimigos, por via das nossas diferenças, sejam elas quais forem...!
Positiva e construtivamente.
Didinho 20.09.2020
Sem comentários:
Enviar um comentário