O candidato independente às eleições presidenciais de 24 de novembro, Carlos Gomes Júnior, advertiu esta segunda-feira, 09 de setembro de 2019, que os trabalhos de correção de omissões nos cartões eleitorais não passa de uma trapaça, porque houve um recenseamento de raiz feito pelo executivo para as eleições legislativas e que não faz sentido essas correções.
Gomes júnior falava aos jornalistas depois de um encontro com a missão ministerial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) numa das unidades hotaleiras da capital Bissau, que se encontrava no país para uma avaliação técnica dos trabalhos da preparação das eleições presidenciais bem como analisar a situação política vigente junto de atores políticos e os titulares de órgão da soberania.
A missão chefiada pelo ministro nigerino dos negócios estrangeiros e que exerce a função do ministro da Presidência do Conselho de Ministros da CEDEAO, Kalla Ankoura, da qual fez parte o Secretário-geral da Presidência da República da Guiné-Conacri, em representação do Presidente Alpha Condé, mediador da crise guineense e do presidente da Comissão da CEDEAO, Jean Claude Kass Brou, reuniu-se hoje com responsáveis dos principais partidos com assento parlamentar (PAIGC, MADEM-G 15, PRS e APU-PDGB) e com alguns candidatos, designadamente Carlos Gomes Júnior, Idrissa Djaló e Vladmir Deuna.
Carlos Gomes Júnior disse na sua curta declaração aos jornalistas que a proposta apresentada pela CEDEAO é boa, contudo não revelou os pormonores da proposta. Sustenta, porém, que a mesma defende a realização ainda este ano das eleições presidenciais, como também recomenda o consenso das partes envolvidas relativamemte à correção ou não dos cadernos eleitorais.
Para o Gomes Júnior, a correção só vai gastar tempo uma vez que só faltam apenas 60 dias para o escrutínio. E esclareceu que a lei eleitoral é clara com relação a sua alteração, algo que só pode acontecer na Assembleia Nacional Popular.
Por seu turno, o líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) e candidato às eleições presidenciais, Idrissa Djaló, disse que os guineenses merecem estabilidade devido à crise política vivida nos últimos tempos. Acrescentou que a realização das eleições presidenciais é a alternativa para os guineenses alcançarem a almejada estabilidade.
Entretanto, a missão ministerial da CEDEAO
reuniu-se também com o Procurador-Geral da República, Ladislau Embassa, que na sua declaração aos jornalistas explicou que no concernente ao processo eleitoral vigente, o ministério público deve preocupar-se com a observância da legalidade de todos os processos, caso seja solicitado a sua intervenção.
Por: Epifania Mendonça
Por OdemocrataGB
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